O documento descreve a arte neoclássica no século XVIII, influenciada pelos ideais do iluminismo de razão e progresso. O estilo buscava a simplicidade e ordem inspirada na arte greco-romana antiga, aplicada à arquitetura, escultura e outros campos. A arte neoclássica se espalhou pela Europa e Estados Unidos como expressão dos ideais revolucionários da época.
1. A arte neoclássica
a estética do iluminismo: o
regresso à ordem
a arquitetura neoclássica
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2. Uma nova atitude crítica floresceu no século XVIII com o
advento do iluminismo;
O iluminismo que defendia a Razão, o Progresso, a
Liberdade, a procura da Felicidade criou
Uma estética própria que tinha por base o estudo e a escolha
do útil e do belo na Natureza e obras dos Antigos (Grécia e
Roma);
Jean François Chalgrin,
Arco do Triunfo, Paris
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3. Era a procura de:
Soluções técnicas engenhosas;
Simplicidade estrutural;
Clareza e regularidade das formas;
Harmonia de proporções;
Equilíbrio e sobriedade decorativa;
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4. O Neoclassicismo deve ser entendido como uma nova
procura do ideal clássico de beleza;
Numa época de mudança em que se procede ao
desmoronamento do antigo regime;
A arte procura expressar os ideais da nova sociedade que
se proclama liberal, igualitária e fraterna;
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5. Trata-se de uma recriação e não uma cópia,
Orientada pela razão e fundamentada no conhecimento
científico do mundo clássico,
De modo a construir uma arte ideal;
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6. A arte deve instruir, o artista deve ser um educador público
ao serviço do povo;
O Neoclassicismo foi uma arte intelectualizada e racional que
procurou
O virtuosismo e a beleza idealizada dos Antigos,
Alcançados através de aprendizagens rigorosas, feitas nas
Academias;
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7. A arte Neoclássica tornou-se a expressão do triunfo das
conceções iluministas e a arte da revolução em todo o
mundo;
Era o regresso à ordem, que correspondia aos interesses de
uma nova ideologia revolucionária e à criação de uma arte
mais intelectualizada;
As Academias contribuíram para um ensino rigoroso da arte;
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8. Johann Joachim Winckelmann (1717-1768), foi um dos
teóricos do neoclassicismo, publicou vários livros;
Anton Rafael Mengs (1728-1779) foi outro dos grandes
teóricos;
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10. As viagens de estudo, sobretudo à Itália, Grécia e Egipto
tornam-se populares entre a burguesia, surge o Grand Tour;
Desenvolve-se o gosto pelo colecionismo que iria dar origem
ao aparecimento dos primeiros museus;
Os princípios da arte também se aplicam às “artes menores”
contribuindo para a divulgação do estilo;
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11. São publicados livros de gravuras e desenhos divulgando
a arte grega e romana;
Um dos principais desenhadores foi Piranesi;
Foram descobertas as cidades romanas de Herculano e
Pompeia;
Gravuras
neoclássicas
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12. Mapa da expansão do neoclassicismo e do romantismo
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14. Victor Louis, Grande Teatro de Bordéus, 1782
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15. J. Germain Soufflot, Igreja de Santa Genoveva
ou Panteão de Paris
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16. J. Germain Soufflot, Igreja
de Santa Genoveva ou
Panteão de Paris
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17. Fachadas e plantas tipo de
neoclássico
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18. John Soane, Casa Tyringham (1797), Inglaterra
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19. Robert Smirke, Museu Britânico, 1847, Londres
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20. Os arquitetos do neoclássico realizaram pesquisas e
experimentações;
Procuraram conciliar a estética estrutural e formal clássica
com os novos sistemas construtivos, as novas maquinarias
e novos materiais (ferro fundido);
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21. Existe uma maior preparação escolar, surgem as Academias
(Escola Politécnica de Paris (1795), foi a primeira);
A arquitetura não foi uma cópia da grega ou romana,
procuraram responder às necessidades do seu tempo com
originalidade;
Embora inspirada nos cânones estruturais, estéticos e formais
clássicos (Grécia e Roma);
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22. Criou novas tipologias: hospitais, museus, escolas,
estações de caminho-de-ferro, etc.;
Procurou satisfazer as novas necessidades culturais,
económicas, sociais e políticas da época, quer no sector
público quer no privado;
Giuseppe Piermarini, Teatro
La Scala, 1778, Milão
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23. Características gerais da arquitetura neoclássica:
Utilizou os materiais clássicos (pedra, mármore, madeiras,
etc.;
Mas igualmente os modernos: ladrilho cerâmico, ferro fundido
e exploraram as potencialidades destes novos materiais;
Robert Smirke, Museu
Britânico, 1847, Londres
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24. Usaram processos técnicos, por vezes complexos, do seu
tempo, contudo os sistemas construtivos simples (trilítico e o
arco redondo) foram os preferidos;
Plantas utilizaram formas regulares, geométricas e simétricas
(quadrado, retângulo, círculo);
Surgem as primeiras preocupações funcionalistas;
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25. Os volumes eram maciços com uma decoração contida;
A cobertura dos edifícios, para além do teto plano,
abóbadas de berço
cúpulas (sobretudo nas zonas centrais das construções,
cobriam os salões);
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26. À estrutura arquitetónica era aplicada a gramática decorativa
clássica: pórticos colunados, entablamentos, frontões, frisos,
etc.;
Utilizavam as ordens gregas e romanas (dórica, jónica,
coríntia, compósita) mas utilizavam com liberdade os seus
cânones métricos;
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27. Leo von Klenze, Gliptoteca de Munique, 1830
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28. Os espaços interiores são pensados, organizados segundo
critérios geométricos e com preocupações funcionalistas;
A decoração de interiores recorreu a elementos estruturais
clássicos: pintura mural, relevo, mas era contida;
Robert Adam, biblioteca da Kenwwod House,
átrio da Kedleston House
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29. Estas características visavam objetivos específicos:
Evidenciar a racionalidade, robustez, sobriedade,
simplicidade, monumentalidade, simetria;
Era uma decoração fundamentalmente estrutural;
Nas moradias procuraram o conforto e uma elegância
discreta;
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30. Tipologias:
Inspiração clássica direta com base na basílica e panteão
romanos e no templo grego;
Novas tipologias: hospitais, museus, escolas, cafés,
bancos, repartições públicas, etc.;
A encomenda civil (pública ou estatal) cresceu tanto que
enviou para segundo lugar a encomenda religiosa;
A arquitetura neoclássica expandiu-se por toda a Europa e
América;
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31. As reformas urbanísticas levadas a cabo em muitas
metrópoles europeias nos finais do século XVIII e princípios
do século XIX foram marcadas pela estética neoclássica;
John Wood (pai e filho), reformulação urbanística de
Bath, Inglaterra
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32. Principais características do urbanismo neoclássico:
Racionalização dos espaços urbanos (grandes vias unindo
as praças principais;
Ordenação e regularização dos edifícios;
Geometrização da malha urbana;
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34. J. Germain Soufflot, Igreja
de Santa Genoveva ou
Panteão de Paris
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35. Um dos núcleos iniciais do neoclássico de inspiração na
estética romana;
Foi a arte da Revolução Francesa;
Baseada num academismo rigoroso;
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36. Principais arquitectos neoclássicos franceses:
Jacques-Ange Gabriel (1698-1782);
Jacques-Germain Soufflot (1713-80);
Jean François Chalgrin (1739-1811);
François-Joseph Bélanger (1744-1818);
Victor Louis (1731-1800);
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37. Surgiu o neoclássico utópico, que utilizou formas
geométricas puras (cilindros, cubos etc.) sem decoração;
Principais arquitetos do neoclassicismo utópico:
Étienne-Louis Boullée (1728-99);
Claude-Nicolas Ledoux (1737-1806);
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38. Claude Nicolas Ledoux, projecto para uma casa, 1804
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44. Na Inglaterra o neoclássico foi denominado de
Neopalladianismo, que se inspirou diretamente nos
cânones renascentistas;
Neopalladianismo – tendência neoclássica em Inglaterra
que se inspira nas ideias do arquiteto renascentista italiano
Andrea Palladio (1508-80), que trabalhou em Inglaterra;
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45. Nesta época foram construídas numerosas casas de
campo para a aristocracia inglesa;
Principais arquitetos do neoclássico inglês:
William Chambers (1723-96);
John Soane (1753-1837);
John Carr (1723-1807);
Robert Smirke (1781-1867);
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47. Karl Gottfried Langhans, Porta de Brandenburgo, 1791, Berlim
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48. Leo von Klenze, Walhalla, 1842, Ratisbona
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49. Karl Friedrich Schinkel, Altes Museum, Munique
A Alemanha desenvolveu uma escola neoclássica
caracterizada pelo rigor científico, e
Pela predominância da influência grega, sobretudo através da
arquitetura dórica;
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50. Principais arquitetos do neoclássico alemão:
Karl Gottfried Langhans (1731-1808);
Leo von Klenze (1784-1864);
Karl Friedrich Schinkel (1781-1841);
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51. Na Itália os principais centros foram Milão e Roma;
Em Espanha o principal centro foi Madrid;
Na Rússia foi Sampeterburgo;
Giuseppe Piermarini, La Scala, Milão
Francesco Sabatini, Porta de Alcalá
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52. Estados Unidos da América
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53. William Thornton e Charles Bulfinch, Capitólio, 1844,
Washington;
Thomas Jefferson, biblioteca da Universidade de Virgínia,
1836, Charlottesville
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54. O neoclássico americano foi influenciado pela Inglaterra e
pela arte grega, tornando-se no primeiro estilo nacional da
América;
Principais arquitetos:
Thomas Jefferson (1743-1826);
William Thornton;
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56. Thorvaldsen, Jasão com o velo de
ouro, 228 cm, mármore
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57. Os temas históricos, mitológicos, literários servem de base
para retratar homens e mulheres com poses semelhantes à
dos deuses gregos e romanos;
A estatuária serviu para a glorificação e publicidade de
políticos e pessoas públicas, colocadas em pedestais nas
praças das cidades;
António Canova, Retrato de
Napoleão, mármore, tamanho
natural
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57
58. António Canova, Retrato de Paulina Bonaparte,
mármore, tamanho natural
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58
59. António Canova, Retrato de Paulina Bonaparte,
mármore, tamanho natural
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60. A escultura neoclássica copiou as formas de representação
dos modelos clássicos:
Corpos nus ou seminus;
Expressões serenas, inexpressivas, impessoais;
Composições simples;
Perfeição técnica;
Domínio dos cânones, mas falta a imaginação e criatividade;
António Canova, Retrato de
Paulina Bonaparte, mármore,
tamanho natural
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60
61. Houdon, busto de Rousseau
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61
62. António Canova, Psiché reanimada pelo beijo do amor,
mármore
Tecnicamente são perfeitas;
Aplica-se metodologias
rigorosas
Desde a concepção (modelos e
maquetas em barro e gesso)
Até ao acabamento final
perfeito;
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63. Material predileto foi o mármore branco, (desconhecimento
que os gregos e romanos pintavam as estátuas);
O mármore era considerado o símbolo da pureza e brilho;
Principais escultores:
António Canova (1757-1822);
Jean-Antoine Houdon (1741-1828);
Francês, influenciado por Canova;
Grande retratista;
Thorvaldsen (1770-1844);
Dinamarquês, perfeição técnica, pouca originalidade criativa;
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67. A pintura teve as suas raízes ideológicas no Iluminismo,
surge nos finais do século XVIII e prolonga-se até meados
do século XIX;
Foi uma reação contra o Barroco;
Redescobriu o Classicismo com fonte de inspiração;
Jacques-Louis David, Marte
desarmado por Vénus
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68. Os pintores adotaram formas racionais onde a
austeridade,
simplicidade e o
geometrismo são os
elementos dominantes;
Jacques-Louis David,
Retrato de Madame
Récamier, 170x240 cm
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68
69. Principais características da pintura neoclássica:
Composição geométrica;
Desenho rigoroso, linear;
Perfeccionismo técnico;
Tratamento elaborado do claro-escuro;
Predominância da linha, do contorno sobre a cor;
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70. Cores sóbrias, o tom geral é frio, sem grande variação
cromática;
Estética naturalista;
Idealização da realidade, imitação da natureza mas
idealizada;
Procura de modelos absolutos e perfeitos;
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70
71. Principal temática:
Assuntos históricos, mitológicos, heroicos, e o retrato, em
telas de grandes dimensões (monumentalidade);
Criaram-se um conjunto e regras básicas que deram origem
ao academismo de temas, técnicas e formas;
Jacques-Louis David,
Intervenção das Sabinas
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71
72. Jacques-Louis David (1748-1825);
Neste pintor a perspectiva linear quase desaparece, os
fundos surgem uniformes, lisos quase abstractos;
Efeito teatral da composição;
A figura humana é despojada de sentimentalismos;
Fundou a escola académica da pintura neoclássica francesa,
cujo lema é “saber desenhar”;
Jacques-Louis David, O
Juramento dos Horácios,
330x425 cm
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74. Antoine-Jean Gros (1771-1835), seguidor de David, pintor
com um gosto pelo dramático;
Antoine-Jean Gros, Os pestíferos de Jaffa, 532x720 cm
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77. Jean-Dominique Ingres (1780-1867), discípulo de David;
Grande desenhador, delicadeza do desenho;
Mestria no tratamento do nu feminino;
Suavidade cromática, cores claras e luminosas;
Inspiração nas pinturas e baixos-relevos clássicos;
Pintura longe de tudo o que é dramático;
Gosto pelo exótico (Odalisca, Banho Turco);
Retratista;
Jean-Dominique Ingres,
Odalisca, 91x162 cm
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79. Portugal permaneceu até mais tarde do que a
generalidade dos países europeus absolutista e avesso
aos ideais iluministas;
A primeira metade do século XIX também foi adversa para
o desenvolvimento das artes e cultura:
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79
80. Invasões francesas;
Fuga da família real para o Brasil;
Dominação inglesa;
Revolução liberal;
Independência do Brasil;
Lutas entre as fações liberais;
Só em 1851, com o governo da Regeneração, se criaram
condições para o desenvolvimento da arte;
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80
81. O Barroco e o Rococó prolongaram-se no tempo,
atrasando a entrada do neoclassicismo, que irá sobreviver
até ao século XX;
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83. A arquitetura conheceu duas influências principais:
A Italiana, predominante na região de Lisboa (bolseiros
portugueses em Roma, artistas italianos em Portugal);
A Inglesa (neopalladiana) predominante no Porto, (colónia
inglesa numerosa devido ao comércio do vinho do Porto);
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83
84. O Porto foi o primeiro centro da arquitetura neoclássica no
país;
John Carr,
Hospital de
Santo António,
finais do século
XVIII
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84
86. Joaquim António Lima, Palácio das Carrancas (Museu
Soares dos Reis) e Palácio da Bolsa
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86
87. Carlos Amarante, Igreja da Ordem da Trindade e Bom
Jesus, Braga
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87
88. Principais arquitetos que trabalharam no Porto:
John Carr;
John Whitehead;
Carlos Amarante (1748-1815), foi o maior arquiteto do
norte do país;
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88
89. Em Lisboa o neoclássico foi mais tardio devido à influência da
corte e da “escola de Mafra” ainda barroca/rococó;
Fabri, Palácio da Ajuda, 1860
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89
91. José da Costa e Silva, Teatro de S. Carlos, 1792
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91
92. Principais arquitetos do sul do país:
José Costa e Silva (1747-1819); o teatro de S. Carlos foi
inspirado no La Scala de Milão;
Francisco Xavier Fabri (1761-1817), italiano;
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92
94. O terramoto ocorrido a 1 de Novembro de 1755 tornou
necessária a reconstrução de parte da cidade de Lisboa;
Foi a notável acção do futuro Marquês de Pombal, Sebastião
José de Carvalho e Melo que permitiu uma rápida
reconstrução da capital;
Le Bras, Ruínas do
terramoto
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94
95. Foram aprovadas leis que procuravam deter a
especulação, lançados novos impostos;
O primeiro estudo foi da responsabilidade do engenheiro
Manuel Maia, propunha 5 hipóteses:
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95
96. 1ª - Reconstrução da cidade tal e qual ela era antes;
2ª - Alargamento das vias principais;
3ª - Limitar a altura dos edifícios a 2 andares;
4ª - Demolição do que restava e construir segundo um
novo plano;
5ª - Construir a cidade a ocidente da antiga;
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96
97. O rei, D. José I, decidiu pela 4ª;
Lisboa foi reconstruída como uma cidade geométrica,
racional, com imposições estéticas e construtivas;
Vários planos foram apresentados tendo sido escolhido o de
Eugénio dos Santos, que seria continuado por Carlos Mardel
após a morte daquele;
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97
98. Eugénio dos Santos e Carlos Mardel
A Praça do Comércio Vítor Santos, Mód. 7,uma nova situação política e
simboliza Curso de Turismo
social criada pelo “pombalismo”, de onde a habitação real foi
excluída;
98
99. O plano baseava-se numa grelha de perpendiculares, verticais
e horizontais, com quarteirões retangulares;
Criaram-se duas praças principais: O Terreiro do Paço (Praça
do Comércio) e o Rossio
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99/
100. Eugénio dos Santos e Carlos Mardel,
Praça do Comércio, planta e arcadas
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100
101. As duas praças estavam ligadas por duas ruas importantes
(Augusta e Ouro);
As ruas mantiveram a toponímia dos principais ofícios da
cidade: sapateiros, douradores e outras relembrando
antigas igrejas: Santa Justa, Vitória, etc.;
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101
103. Foram criadas 3 tipologias
na construção da cidade de
Lisboa (A, B ou C) conforme
a importância das ruas;
As casas obedeciam a esse
esquema rígido de
construção;
Foram construídas casas
práticas, reduzidas ao
essencial, para uma nova
sociedade urbana, sem
palácios;
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103
104. A estrutura dos edifícios foi feita
em madeira flexível, na tentativa
de uma construção antissísmica;
A estandardização e préfabricação de elementos de
cantaria e madeira permitiu uma
construção massificada;
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104
105. O exterior era pintado a amarelo;
O interior possuía escadas estreitas e divisões que pouco
variavam;
Eram casas práticas, reduzidas ao essencial, para uma
nova sociedade urbana, burguesa, sem palácios;
Os palácios e Igrejas foram construídas posteriormente;
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105
106. A cidade preservou o saneamento e a saúde pública,
a construção no “sistema de gaiola” (estrutura em madeira
flexível),
A estandardização e prefabricação possibilitou uma
construção massificada;
Deu origem a uma grande unidade estilística;
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106
107. Esta unidade estilística tornou-se na cidade-emblema de D.
José, e do seu ministro, o Marquês de pombal;
E foi a maior obra pública realizada em Portugal.
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107
109. Os principais escultores do neoclassicismo foram João
José Aguiar e Machado de Castro;
As oficinas de formação foram o Convento de Mafra e o
palácio da Ajuda onde trabalhou Machado de Castro;
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109
110. João José Aguiar, D.
João VI, 1823
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110
111. João José Aguiar, D. Maria I, 1797
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111
112. João José Aguiar (1769-1841) é considerado o melhor
escultor da época;
João José Aguiar,
Consideração, Palácio da
Ajuda
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112
113. A pintura do neoclássico em Portugal
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113
114. A pintura do século XIX, em Portugal, viveu dois momentos
distintos em simultâneo:
Um dependente de artistas estrangeiros, muitos deles
trabalharam em Mafra e na Ajuda;
Outro foi protagonizado por dois pintores, Vieira Portuense
e Domingos Sequeira;
Estes dois pintores foram os únicos comparáveis aos seus
congéneres europeus;
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114
115. Vieira Portuense (1765-1805);
Viajou por Itália e Inglaterra;
Influências italianas (composição) e inglesa (visão colorista
da paisagem);
Foi um percursor do Romantismo;
Temática: histórica, mitológica, retrato e religiosa;
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115/
116. Vieira Portuense, D. Filipa de Vilhena armando seus
filhos cavaleiros; Júpiter e Leda; Morte de S. Margarida
de Cortona
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116
117. Domingos Sequeira (1768-1837);
Foi um pintor neoclássico;
Reynaldo dos Santos (historiador de arte) considera que nos
esboços atingiu “uma visão impressionista do desenho”;
Sobretudo na “Descida da Cruz”, onde as formas são diluídas
numa luz quase impressionista;
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117
118. Foi um grande retratista, realizou vários retratos
psicológicos;
Liberal, teve uma vida acidentada (Invasões francesas,
lutas liberais, etc.);
Foi o mais inovador dos pintores de oitocentos;
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118
122. Domingos Sequeira, Descida da cruz, esboço
Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da
Cultura e das Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011
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122