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Vania
Sierra
 Nasceu em 1858 em Épinal – Lorena
 Educado na tradição judaica, estudou hebraico e frequentou escola dos rabinos.
 Ingressou na Escola Superior Normal e cursou Filosofia
 Tese – Da Divisão Social do Trabalho - 1893
 1885 – realiza estágio na Alemanha
 1887 – Nomeado para Universidade de Bordéus.
 1902- ocupa um posto de Ciência da Educação na Sorbonne, e muda o nome da
cátedra em 1913 para Ciência da Educação e Sociologia.
 1917- Morre fortemente abalado com a morte de seu filho no fronte
Estender a conduta humana o racionalismo
científico é, realmente, nosso principal objetivo,
fazendo ver que, se a analisarmos no passado,
chegaremos a reduzi-la a relações de causa e efeito;
e em seguida, uma operação não menos racional a
poderá transformar em regras de ação para o
futuro. (p. XVII).
 Os fatos sociais devem ser tratados como coisas – eis a proposição fundamental de
nosso método (p. XX)
 É coisa todo objeto do conhecimento que a inteligência não penetra de maneira
natural, tudo aquilo de que não podemos formular uma noção adequada por
simples processo de análise mental, tudo aquilo de que não podemos formular
uma noção adequada por simples processo de análise mental, tudo o que o espírito
não pode chegar a compreender senão sob condição de sair de si mesmo, por meio
da observação e da experimentação, passando progressivamente dos caracteres
mais exteriores e mais imediatamente acessíveis para os menos visíveis e mais
profundos. (p. XXI)
Para que exista um fato social, é preciso que
pelo menos vários indivíduos tenham
misturado suas ações, e que desta
combinação se tenha desprendido um produto
novo. (p. XXXI)
Os estados da consciência coletiva são de natureza
diferente dos estados da consciência individual; são
representações de outra espécie. A mentalidade dos grupos
não é a mesma dos particulares; tem suas leis próprias.
(p.XXI)
O que as representações coletivas traduzem é a maneira
pela qual o grupo se enxerga a si mesmo nas relações com
os objetos que o afetam (p. XXVI)
Maneiras coletivas de agir ou de pensar
apresentam uma realidade exterior aos
indivíduos, os quais, a cada momento de
tempo, com elas se conformam. Constituem
coisas que têm existência própria. (XXXI)
Toda a crença, todo comportamento
instituído pela coletividade, sem
desnaturar o sentido da expressão; a
sociologia seria então definida como a
ciência das instituições, de sua gênese e
de seu funcionamento. (p. XXXII)
 Consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo,
dotados de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem? (p. 3)
 O fato social é reconhecível pelo poder de coerção externa que exerce ou é
suscetível de exercer sobre os indivíduos; e a presença deste poder é reconhecível
por sua vez, pela existência de alguma sanção determinada; seja pela resistência
que o fato opõe a qualquer empreendimento individual que tenda a violentá-lo. (p.
8)
 Do mesmo modo que as maneiras de agir, as maneiras de ser se impõem aos
indivíduos. (p. 9)
 A estrutura política de uma sociedade não é mais que o modo pelo qual diferentes
segmentos que a compõem tomaram o hábito de viver uns com os outros. (p. 10)
É fato social toda a maneira de agir fixa ou não;
suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção
exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de
uma sociedade dada, apresentando uma existência
própria, independente das manifestações
individuais que possa ter (p. 11).
 Os fatos sociais são coisas e devem ser tratados como coisas. (p.
24)
 Mas se consideramos os fatos sociais como coisas, consideramo-
los como coisas sociais. (p. 126)
 Longe de ser um produto da nossa vontade, eles a determinam
a partir do exterior; constituem como que moldes dentro dos
quais somos obrigados a plasmar nossas ações. (p. 25)
 Caracteres de constância e regularidade são sintomas de sua
objetividade.
 Coisa é tudo que é dado, tudo que se oferece ou antes de impõe
a observação. Tratar fenômenos como coisa, é trata-los na
qualidade de data que constituem o ponto de partida da
ciência. (p. 24)
 Coisa é reconhecida principalmente pelo sintoma de não poder
ser modificada por intermédio de um simples intermédio da
vontade. (p. 25)
 As coisas são forças que não podem ser engendradas senão por
outras forças. Para explicar os fatos sociais, é preciso buscar
então energias capazes de produzi-los. 9P. 126)
 Considerando, então, os fenômenos sociais como coisas, não
fazemos mais do que nos conformar com a natureza que
apresentam (p. 25)
 Tais fatos, tendem, em virtude de sua própria natureza, a
constituir-se fora das consciências individuais, uma vez que as
domina. (p. 26)
 É preciso afastar sistematicamente todas as prenoções
 A primeira tarefa do sociólogo deve ser, pois, definir as coisas que
trata, a fim de que se saiba, e de que ele próprio saiba do que está
cuidando. (p. 30)
 Uma teoria não pode ser controlada senão quando se sabe
reconhecer os fatos a que deve dar conta (p. 30).
 A definição deve ser objetiva, exprimindo os fenômenos não em
função de uma ideia do espírito, mas de propriedades inerentes aos
mesmos fenômenos. (p. 30)
 Nunca tornar por objeto de pesquisa senão um grupo de fenômenos previamente
definidos por certos caracteres exteriores que lhe são comuns, e compreender na
mesma pesquisa todos aqueles que correspondem a esta definição. (p. 30-31)
 Exemplo: a punição
 A ciência para ser objetiva, não deve partir de conceitos que se formaram sem ela,
mas da sensação. É aos dados sensíveis que deve diretamente tomar os elementos
de suas definições iniciais. (p. 37)
 Quando um sociólogo empreende a exploração de uma ordem qualquer de fatos
sociais, deve se esforçar por considerá-los naquele aspecto em que se apresentam
isolados de suas manifestações individuais (p. 39).
 DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. 7ª ed. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1975.
 LALLEMENT, Michel. História das Ideias Sociológicas-Vol. 1. Das Origens a Max
Weber. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003.

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Durkheim As regras do método sociológico

  • 2.
  • 3.  Nasceu em 1858 em Épinal – Lorena  Educado na tradição judaica, estudou hebraico e frequentou escola dos rabinos.  Ingressou na Escola Superior Normal e cursou Filosofia  Tese – Da Divisão Social do Trabalho - 1893  1885 – realiza estágio na Alemanha  1887 – Nomeado para Universidade de Bordéus.  1902- ocupa um posto de Ciência da Educação na Sorbonne, e muda o nome da cátedra em 1913 para Ciência da Educação e Sociologia.  1917- Morre fortemente abalado com a morte de seu filho no fronte
  • 4. Estender a conduta humana o racionalismo científico é, realmente, nosso principal objetivo, fazendo ver que, se a analisarmos no passado, chegaremos a reduzi-la a relações de causa e efeito; e em seguida, uma operação não menos racional a poderá transformar em regras de ação para o futuro. (p. XVII).
  • 5.  Os fatos sociais devem ser tratados como coisas – eis a proposição fundamental de nosso método (p. XX)  É coisa todo objeto do conhecimento que a inteligência não penetra de maneira natural, tudo aquilo de que não podemos formular uma noção adequada por simples processo de análise mental, tudo aquilo de que não podemos formular uma noção adequada por simples processo de análise mental, tudo o que o espírito não pode chegar a compreender senão sob condição de sair de si mesmo, por meio da observação e da experimentação, passando progressivamente dos caracteres mais exteriores e mais imediatamente acessíveis para os menos visíveis e mais profundos. (p. XXI)
  • 6. Para que exista um fato social, é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado suas ações, e que desta combinação se tenha desprendido um produto novo. (p. XXXI)
  • 7. Os estados da consciência coletiva são de natureza diferente dos estados da consciência individual; são representações de outra espécie. A mentalidade dos grupos não é a mesma dos particulares; tem suas leis próprias. (p.XXI) O que as representações coletivas traduzem é a maneira pela qual o grupo se enxerga a si mesmo nas relações com os objetos que o afetam (p. XXVI)
  • 8. Maneiras coletivas de agir ou de pensar apresentam uma realidade exterior aos indivíduos, os quais, a cada momento de tempo, com elas se conformam. Constituem coisas que têm existência própria. (XXXI)
  • 9. Toda a crença, todo comportamento instituído pela coletividade, sem desnaturar o sentido da expressão; a sociologia seria então definida como a ciência das instituições, de sua gênese e de seu funcionamento. (p. XXXII)
  • 10.  Consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotados de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem? (p. 3)  O fato social é reconhecível pelo poder de coerção externa que exerce ou é suscetível de exercer sobre os indivíduos; e a presença deste poder é reconhecível por sua vez, pela existência de alguma sanção determinada; seja pela resistência que o fato opõe a qualquer empreendimento individual que tenda a violentá-lo. (p. 8)  Do mesmo modo que as maneiras de agir, as maneiras de ser se impõem aos indivíduos. (p. 9)  A estrutura política de uma sociedade não é mais que o modo pelo qual diferentes segmentos que a compõem tomaram o hábito de viver uns com os outros. (p. 10)
  • 11. É fato social toda a maneira de agir fixa ou não; suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter (p. 11).
  • 12.  Os fatos sociais são coisas e devem ser tratados como coisas. (p. 24)  Mas se consideramos os fatos sociais como coisas, consideramo- los como coisas sociais. (p. 126)  Longe de ser um produto da nossa vontade, eles a determinam a partir do exterior; constituem como que moldes dentro dos quais somos obrigados a plasmar nossas ações. (p. 25)  Caracteres de constância e regularidade são sintomas de sua objetividade.  Coisa é tudo que é dado, tudo que se oferece ou antes de impõe a observação. Tratar fenômenos como coisa, é trata-los na qualidade de data que constituem o ponto de partida da ciência. (p. 24)
  • 13.  Coisa é reconhecida principalmente pelo sintoma de não poder ser modificada por intermédio de um simples intermédio da vontade. (p. 25)  As coisas são forças que não podem ser engendradas senão por outras forças. Para explicar os fatos sociais, é preciso buscar então energias capazes de produzi-los. 9P. 126)  Considerando, então, os fenômenos sociais como coisas, não fazemos mais do que nos conformar com a natureza que apresentam (p. 25)  Tais fatos, tendem, em virtude de sua própria natureza, a constituir-se fora das consciências individuais, uma vez que as domina. (p. 26)
  • 14.  É preciso afastar sistematicamente todas as prenoções  A primeira tarefa do sociólogo deve ser, pois, definir as coisas que trata, a fim de que se saiba, e de que ele próprio saiba do que está cuidando. (p. 30)  Uma teoria não pode ser controlada senão quando se sabe reconhecer os fatos a que deve dar conta (p. 30).  A definição deve ser objetiva, exprimindo os fenômenos não em função de uma ideia do espírito, mas de propriedades inerentes aos mesmos fenômenos. (p. 30)
  • 15.  Nunca tornar por objeto de pesquisa senão um grupo de fenômenos previamente definidos por certos caracteres exteriores que lhe são comuns, e compreender na mesma pesquisa todos aqueles que correspondem a esta definição. (p. 30-31)  Exemplo: a punição  A ciência para ser objetiva, não deve partir de conceitos que se formaram sem ela, mas da sensação. É aos dados sensíveis que deve diretamente tomar os elementos de suas definições iniciais. (p. 37)  Quando um sociólogo empreende a exploração de uma ordem qualquer de fatos sociais, deve se esforçar por considerá-los naquele aspecto em que se apresentam isolados de suas manifestações individuais (p. 39).
  • 16.  DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. 7ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1975.  LALLEMENT, Michel. História das Ideias Sociológicas-Vol. 1. Das Origens a Max Weber. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003.