SlideShare uma empresa Scribd logo
Validação de Processos Farmacêuticos Por:  Helton MM Santos Dptº de Investigação & Desenvolvimento Labialfarma, Laboratorio de Produtos Farmacêuticos e Nutracêuticos, SA. Centro de Estudos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
Módulo I. Definições, aspectos regulamentares e orientadores Módulo II. Organização, Planeamento & Execução Módulo III. Casos práticos
Módulo I. Definições, aspectos regulamentares e orientadores
Validação de Processos Farmacêuticos Definições ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Definições auxiliares ,[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],Validação de Processos Farmacêuticos Definições auxiliares
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Validação de Processos Farmacêuticos Definições auxiliares
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Guia para o bom fabrico de medicamentos Decreto-Lei n.º 92/2005, de 7 de Junho (Revogado pelo Decreto-Lei 176/2006) Validação 5.21   Os estudos de validação devem reforçar as práticas de bom fabrico e devem ser conduzidos em conformidade com procedimentos predefinidos. Tanto os resultados como as conclusões devem ser registados. 5.22   Quando se adopta uma nova fórmula de fabrico ou um novo método de fabrico, deve demonstrar-se que são reproduzíveis. Um dado processo, usando um dado equipamento e os mesmos materiais, deve originar sempre um mesmo produto com a mesma qualidade.
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Guia para o bom fabrico de medicamentos Decreto-Lei n.º 92/2005, de 7 de Junho (Revogado pelo Decreto-Lei 176/2006) Validação 5.23  Qualquer alteração significativa que seja feita num processo de fabrico, incluindo a mudança de equipamento ou de materiais e que possa influir na qualidade do produto e ou na reprodutibilidade do processo, deve ser validada. 5.24  Todos os processos e procedimentos devem ser periodicamente sujeitos a uma revalidação, de modo a comprovar que estão aptos para alcançar os resultados previstos.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Guia para o bom fabrico de medicamentos  Decreto-Lei n.º 92/2005, de 7 de Junho (Revogado pelo Decreto-Lei 176/2006)
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Estatuto do Medicamento Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto Artigo 66.º Instalações e Equipamentos 3  As instalações e o equipamento previstos para os processos de fabrico e que sejam vitais para a qualidade dos produtos são submetidos a qualificação e validação adequadas, nos termos da lei. Artigo 122.º Conformidade de Fabrico 3  O processo de fabrico dos medicamentos experimentais é integralmente validado, tendo em conta a etapa de desenvolvimento do medicamento, envolvendo, necessariamente, a validação das fases críticas do processo, tais como a esterilização e, bem assim, a documentação das fases de concepção e de desenvolvimento do processo de fabrico.
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Estatuto do Medicamento Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto Anexo I Parte 1 Requisitos normalizados para os dossiês de Autorização de Introdução no Mercado Modulo 3  Informações químicas, farmacêuticas e biológicas relativas aos medicamentos que contêm substâncias químicas e/ou biológicas. 3.2.P.3.5 Validação e/ou avaliação do processo de fabrico do produto acabado Devem ser apresentados a descrição, a documentação e os resultados dos estudos de validação para os passos ou doseamentos críticos utilizados no processo de fabrico.
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Estatuto do Medicamento Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Estatuto do Medicamento Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Estatuto do Medicamento Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 Desenvolvimento Processo de produção Especificações Validação do Processo
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 Protocolo de validação de processo 1 Descrição do processo de produção e sumário dos passos críticos ou parâmetros críticos a serem monitorizados 2 Especificações de libertação do produto acabado 3 Metódos analíticos 4 IPC proposto e critérios de aceitação 5 Plano de amostragem 6 Registo e avaliação dos resultados 7 Períodos de execução
Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 Relatório de validação de processo 1 Dados analíticos para cada um dos lotes 2 Certificados de análises 3 Ordens de produção de cada um dos lotes 4 Acontecimentos e alterações justificadas 5 Conclusão
Módulo II. Organização, planeamento e execução
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estructuras de organização ,[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estruturas de organização ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estruturas de organização Consultoria Vantagens  e  desvantagens  comuns à contratação de um consultor ou empresa de consultoria para a realização de qualquer outro serviço dentro da empresa. Deve-se ter a capacidade de rever um processo e imediatamente apresentar um protocolo de validação. Trabalha-se num projecto específico sob regime contratual com custos e tempos de execução definidos.
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estruturas de organização Força-tarefa Aquando da necessidade de validação de um processo farmacêutico, forma-se um comité com representações das diversas secções da empresa envolvidas no processo. O chefe deste comité deve ser o especialista responsável pelo trabalho e documentação da validação. Tem a tarefa de designar as responsabilidades de cada um dos membros do comité. Vantagens  cada um dos membros do comité trazer experiências da sua área de aplicação, os membros do comité podem variar consoante o processo a ser validado. Desvantagem  cada membro do comité tem uma dupla tarefa dentro da organização da empresa.
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estruturas de organização Grupo dedicado Departamento ou secção dedicada exclusivamente aos trabalhos de validação.  Vantagens  cada um dos membros dedica-se exclusivamente ao propósito, permite melhor compreensão da situação e elimina o sistema de dupla prestação de contas que pode levar a um conflito de interesses. Desvantagem  se não se reporta à produção ou a garantia de qualidade, pode ter influência limitada quando uma acção correctiva deve ser tomada.
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Responsabilidades Produção Pode ser definido como uma organização do tipo força-tarefa. Impõe uma estrutura secundária sobre outros departamentos (produção, engenharia, garantia de qualidade e investigação e desenvolvimento).  Vantagens  produção ininterrupta, facilidades na comunicação inter-departamental, centralização da responsabilidade sobre uma única entidade, consistência do conceito técnico e na linha de acção. Modelo Sandoz (1980).
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Responsabilidades Garantia da qualidade O interesse fundamental centra-se na implementação e execução de políticas de garantia da qualidade. Contudo, as acções são respondidas através do departamento de produção apesar de se considerar acções de controlo de qualidade. Modelo Eli Lilly (1980).
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Responsabilidades Engenharia ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Responsabilidades Investigação & Desenvolvimento O processo de validação é organizado por um comité coordenado por um membro do departamento de investigação e desenvolvimento. Justifica-se por assumir responsabilidades de optimização de produtos e processos, e transposição de escala de produção de novos produtos. Requer a cooperação de outros sectores (e.g., garantia da qualidade, engenharia, e produção). Modelo Wyeth Laboratories.
Validação de Processos Farmacêuticos Organização (âmbito) Pessoal* Qualificações e responsabilidades Infra-estructuras* Design  e construção Serviços Água, electricidade, calefacção e refrigeração, iluminação, limpeza, ventilação, descarga de resíduos, sanitização, etc. Equipamentos Design , tamanho, localização, materiais de construção, manutenção, operação, limpeza, etc. Matérias-primas Controlo, testes, armazenagem, auditorias, etc Procedimentos Procedimento padrão de operação, amostragem, cálculos de rendimento, tempo de processamento, contaminação microbiana, etc. Embalamento e rotulagem Materiais, parâmetros de rotulagem, data de validade. Armazenamento e distribruição* Procedimentos gerais. Controlo laboratorial Testes, libertação, estudos de estabilidade, testes específicos, amostrateca, etc. Registos Uso e limpeza de equipamentos, contentores, rótulos, controlo de produção de lotes, etc.
Validação de Processos Farmacêuticos Organização (âmbito) Qualificação de equipamentos Qualificação de instalação  adequação do local de instalação, disponibilidade de serviços (e.g., água e ar comprimido), material de composição do equipamento, e adequação, posicionamento, precisão e calibração dos instrumentos. Qualificação de operação  investigação das variáveis de qualquer equipamento.
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Prioridades Arumbolo, 1979; Nash, 1981. Parenterais Grande volume Parenterais Pequeno volume Oftalmicos e biológicos Sólidos Estéreis Sólidos orais Baixa dose/alta potência Sólidos orais Comprimidos e cápsulas (outros) Líquidos e semi-sólidos Orais e tópicos
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Prioridades ,[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estratégias de validação Validação prospectiva Parte integral de um programa de desenvolvimento de um produto/processo logicamente pensado e planeado. A organização deve claramente estabelecer as autoridades e responsabilidades. Deve ainda ser estruturada de acordo com as necessidades da empresa. Compreende toda a documentação desde a fase inicial de desenvolvimento do produto até a produção de lotes industriais (e.g., relatórios, procedimentos, protocolos, especificações, metodologias analíticas, etc.).
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estratégias de validação Validação retrospectiva Captação de toda a informação disponível acumulada acerca de um determinado processo de produção com o propósito de demonstrar a sua validade. Utilização de informações já disponíveis: registos de produção e registos de controlo de qualidade. São outras fontes de informação: registos de instalação e manutenção de equipamentos, controlo de qualidade das matérias-primas. É válida para um processo que tenha permanecido inalterado por um longo período de tempo. Selecção dos últimos 20 lotes produzidos.*
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estratégias de validação Validação retrospectiva ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estratégias de validação Validação retrospectiva Processo não validado anteriormente Histórico de processamento estável (20 últimos lotes) Produto a ser comercializado ou descontinuado? Alterações significativas? Tempo de execução é uma preocupação? Captação dos últimos 20 lotes produzidos Validação retrospectiva Sim Sim Sim Não Não Não Baixa prioridade para validação Sim Não
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Documento que descreve detalhadamente o processo de produção, suas fases críticas, os parâmetros que devem ser avaliados e os seus limites de aceitação, e a forma como o processo será testado. Definição e descrição das responsabilidades de cada departamento. Deve ainda definir e descrever o tipo de avaliação a que o processo será sujeito e o número de lotes necessários para o propósito.
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Basicamente, deve conter os seguintes elementos: 1 Descrição do processo de produção e sumário dos passos críticos ou parâmetros críticos a serem monitorizados 2 Especificações de libertação do produto acabado 3 Métodos analíticos 4 IPC proposto e critérios de aceitação 5 Plano de amostragem 6 Registo e avaliação dos resultados 7 Períodos de execução
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Documentos auxiliares na elaboração: 1 Relatório de desenvolvimento 2 Relatório de transposição de escala 3 Relatório da definição das especificações do produto 4 Relatório de validação do processo durante a transposição de escala
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de desenvolvimento Trabalho de suporte que deve ser considerado para os trabalhos de validação do processo. Elaborado pela secção de I&D. Historial do desenvolvimento do produto: desenvolvimento da formulação e o desenvolvimento do processo.
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de desenvolvimento Desenvolvimento da formulação: 1 Estudos de pré-formulação 2 Estudos de formulação 3 Estudos dos efeitos das variáveis da formulação 4 Testes específicos para avaliação 5 Especificações iniciais para o produto 6 Definição da formulação
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de desenvolvimento Desenvolvimento do processo: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],1 Desenvolvimento de um processo específico 2 Identificação dos pontos críticos 3 Identificação das especificações durante o processo e os testes para avaliação 4 Identificação dos equipamentos que serão necessários
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de desenvolvimento 1 Relato do ajuste e caracterização do processo 2 Registos dos lotes de desenvolvimento 3 Especificações das matérias-primas 4 Lista dos equipamentos 5 Diagrama do processo 6 Limites de aceitação das variáveis do processo 7 Controlo de qualidade durante o processo 8 Especificações finais do produto 9 Avaliação de riscos 10 Requisitos para instalações de produção 11 Perfil de estabilidade 12 Especificações para o material de embalamento primário
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de transposição de escala Detalha a experiência ganha durante a transposição de escala incluindo a validação do processo. Fornece a fórmula, o modo de preparação e os teste que pretendem ser utilizados numa produção em escala completa.  A definição das especificações do produto deve ser discutida entre os departamentos de I&D, garantia da qualidade e a produção.
Validação de Processos Farmacêuticos Planificação A validação do processo em escala industrial é realizada para os primeiros lotes produzidos para comercialização. O número de lotes é variável, portanto dependente da complexidade do processo de produção.  É senso comum que os trabalhos de validação de processo de produção devem ser conduzidos, minimamente, em três (3) lotes industriais.
Módulo III. Casos práticos
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos orais Mistura I Misturador/granuladora de alta velocidade Granulação Misturador/granuladora de alta velocidade Secagem Câmara de leito fluido Calibração Oscilante Mistura II Misturador em V Compressão Compressora rotativa Pesagem Adição dos componentes Fase interna Adição dos componentes Fase externa
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos Orais Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 1 Pesagem 2 Adição fase interna Ordem de adição 3 Mistura I Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Uniformidade de teor 4 Granulação Carga de granulação Quantidade de líquido de granulação Taxa de adição do líquido de granulação Tempo de granulação Densidade Rendimento 5 Secagem Temperatura de secagem Carga de secagem Fluxo de ar Tempo de secagem Tempo de arrefecimento Densidade Teor de humidade Rendimento 6 Calibração Configuração da rede de calibração Taxa de alimentação Granulometria Massa volúmica em bruto Massa volúmica após compactação
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos Orais Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 7 Adição fase externa Ordem de adição 8 Mistura II Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Uniformidade de teor Características de escoamento 9 Compressão Taxa de compressão Taxa de alimentação Força de pré-compressão Força de compressão Variação de massa Friabilidade Dureza Altura Tempo de desagregação Dissolução Uniformidade de teor
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos Orais Análise das variáveis do processo F – Forte f – Fraca M – Moderada N – Nenhuma Operação unitária Variáveis de processo Uniformidade mistura I Teor de humidade Granulometria Uniformidade Dureza Friabilidade Uniformidade Mistura I Rpm  Tempo F F - - N N f f N N N N f f Granulação Rpm Quantidade de solvente Tempo - - - N f N f M M f f f f f f N f f f f f Secagem Carga Temperatura Tempo - - - M F F M - M N N N N N N N N Calibração Abertura de malha - - F f N M f Mistura II Rpm Tempo - - - - - - F F M N F F Compressão Taxa Força - - - - - - - - f F f F f f
Validação de Processos Farmacêuticos casos práticos: sólidos orais Validação Mistura I Não necessária Granulação Não necessária Calibração Distribuição de tamanhos Mistura II Uniformidade de teor Compressão Uniformidade de massa Dureza Altura Friabilidade Desagregação Dissolução
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós A amostragem é realizada apenas em misturas contendo todos os componentes da formulação. As amostras são colhidas primeiramente no topo da coluna de pós, seguido pelo meio e por fim no fundo da coluna de pós. Identificar cuidadosamente os pontos de amostragem no recipiente de mistura que representam áreas potenciais de baixa homogeneidade. O tamanho da amostra para a determinação do conteúdo de substância activa é no mínimo três vezes maior que o tamanho da forma farmacêutica pretendida. Colher três amostras em cada um dos pontos de amostragem para cada período de amostragem. Sempre utilizar a mesma técnica de amostragem e a mesma orientação da sonda. Realizar as amostragens ao mesmo nível da coluna de pós para cada ponto e tempo de amostragem utilizando o mesmo ângulo de entrada da sonda de amostragem. Não retornar a amostra colhida para o recipiente de mistura após a realização do ensaio de conteúdo.
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós Contentor (vista frontal) Topo Meio Fundo 1 2 3 4 6 5 7 8 9 10 Contentor (vista superior) 1 2 3 4 6 5 7 8 9 10
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós A homogeneidade da mistura seca de pós é determinada a partir de ensaios de conteúdo da substância activa em amostras individuais. O teste para o controlo durante o processo é realizado para todas as réplicas 1.  Critérios de aceitação (FPVIII: 2.9.6 modificado) A mistura satisfaz ao ensaio se nenhuma determinação é fora dos limites de 90 a 110 % do teor nominal e não mais que uma determinação individual de teor se afasta dos limites de 95 a 105 % do teor nominal. Se duas ou três amostras afastam-se dos limites de 95 a 105 % do teor nominal, mas não estão fora do intervalo de 90 a 110 % do teor nominal, deve-se testar as réplicas 2 e 3. A mistura satisfaz ao ensaio se os teores individuais de não mais de três unidades em 30 réplicas se afastarem do limite de 95 a 105 % do teor nominal e se nenhum se afastar dos limites de 90 a 110 % do teor nominal .
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós Critério de aceitação (USP28 <905> modificado) A mistura satisfaz ao ensaio se nenhuma determinação é fora dos limites de 90 a 110 % do teor nominal e não mais que uma determinação individual de teor se afasta dos limites de 95 a 105 % do teor nominal e o desvio padrão relativo (DPR) é menor ou igual a 6,0 %. Se duas ou três amostras afastam-se dos limites de 95 a 105 % do teor nominal, mas não estão fora do intervalo de 90 a 110 % do teor nominal ou se o DPR é maior que 6,0 %, ou se ambas as condições prevalecem , deve-se testar as réplicas 2 e 3. A mistura satisfaz ao ensaio se os teores individuais de não mais de três unidades em 30 réplicas se afastarem do limite de 95 a 105 % do teor nominal e se nenhum se afastar dos limites de 90 a 110 % do teor nominal   e o DPR das 30 determinações não excede 7,8 %.
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Compressão Realizar amostragem periodicamente e verificar: mínimo Início, Meio e Fim do processo. Uniformidade de massa (FVII 2.9.5)  Pese individualmente 20 unidades retiradas ao acaso e determine a massa média. Não mais do que 2 das 20 unidades poderão diferir da massa média encontrada em percentagem superior à especificada e em nenhum caso poderá a diferença exceder o dobro dessa percentagem. Dureza (FPVIII 2.9.8)  Retire 10 unidades ao acaso e determine a dureza (N). Apresentar valores médio, máximo, mínimo, e DPR (<10 %). Altura  Determinar a espessura de 20 unidades. Friabilidade (FPVIII 2.9.7)  Retire amostras ao acaso e determine a friabilidade de 20 unidades (se massa unitária inferior ou igual a 650 mg) ou 10 unidades (se massa unitária superior a 650 mg). Valor aceitável inferior a 1 %. Desagregação (FPVIII 2.9.1)  Retire 6 unidades ao acaso e Determine se há desagregação (Aparelho A) após tempo especificado. Dissolução (FPVIII 2.9.3, USP28 <711>)  Retire 6 unidades ao acaso e determine o teor de substância activa libertado no tempo especificado.
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Líquidos oral ou tópicos Enchimento de frascos Pesagem Adição I Reactor Adição II Reactor Adição III Reactor Adição IV Reactor Adição V Reactor Filtração Sistema de filtração
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Líquidos oral ou tópicos Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 1 Pesagem 2 Adição I Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 3 Adição II Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 4 Adição III Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 5 Adição IV Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 6 Adição V Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Líquidos oral ou tópicos Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 7 Filtração Volume de filtração Pressão de entrada Meio de filtração Uniformidade de teor pH Densidade 8 Enchimento Volume de enchimento Taxa de enchimento Uniformidade de teor pH Densidade
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Líquidos oral ou tópicos Caracterização do processo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: validação retrospectiva Solido oral (compressão) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: validação retrospectiva Solido oral (compressão) Colecta de dados relativos aos últimos 20 lotes produzidos. Mistura (passo 1)   Tempo de mistura de 14 lotes: 15 min. Tempo de mistura de 6 lotes: 20 min. Granulação seca (passo 3)  Rede de granulação 12 mesh: 17 lotes  Rede de granulação 14 mesh: 3 lotes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Controle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em CosmeticosControle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em Cosmeticos
Safia Naser
 
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladasA importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladasGiovanni Oliveira
 
Documentação técnica e desenvolvimento de produtos
Documentação técnica e desenvolvimento de produtosDocumentação técnica e desenvolvimento de produtos
Documentação técnica e desenvolvimento de produtosVanessa Rodrigues
 
RDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricos
RDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricosRDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricos
RDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricos
Vanessa Rodrigues
 
Indústria farmacêutica brasileira
Indústria farmacêutica brasileiraIndústria farmacêutica brasileira
Indústria farmacêutica brasileira
Lourdes Martins
 
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1   controle de qualidade na ind. de alimentosAula 1   controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
( UFS ) Universidade Federal de Sergipe
 
Pop+ +procedimento+operacional+padrao
Pop+ +procedimento+operacional+padraoPop+ +procedimento+operacional+padrao
Pop+ +procedimento+operacional+padrao
Glaucione Garcia
 
Boas Práticas de Fabricação
Boas Práticas de FabricaçãoBoas Práticas de Fabricação
Boas Práticas de Fabricação
Click Farma
 
Fases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentos
Fases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentosFases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentos
Fases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentos
Herbert Cristian de Souza
 
Acreditação de laboratórios
Acreditação de laboratóriosAcreditação de laboratórios
Acreditação de laboratóriosfcanico
 
Análise sensorial de alimentos
Análise sensorial de alimentosAnálise sensorial de alimentos
Análise sensorial de alimentos
Roberta Juliano Ramos
 
Qualificação de Fornecedores em Farmácia Hospitalar
Qualificação de Fornecedores em Farmácia HospitalarQualificação de Fornecedores em Farmácia Hospitalar
Qualificação de Fornecedores em Farmácia HospitalarGuilherme Becker
 
Legislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaLegislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaSafia Naser
 
Toxicologia 2012 b-2
Toxicologia 2012 b-2Toxicologia 2012 b-2
Toxicologia 2012 b-2pamcolbano
 
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Farmacêutico Digital
 
Métodos+de+doseamento
Métodos+de+doseamentoMétodos+de+doseamento
Métodos+de+doseamentoArianne Lopes
 
introdução à gestão da qualidade
introdução à gestão da qualidadeintrodução à gestão da qualidade
introdução à gestão da qualidadeelliando dias
 

Mais procurados (20)

Controle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em CosmeticosControle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em Cosmeticos
 
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladasA importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
 
Documentação técnica e desenvolvimento de produtos
Documentação técnica e desenvolvimento de produtosDocumentação técnica e desenvolvimento de produtos
Documentação técnica e desenvolvimento de produtos
 
RDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricos
RDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricosRDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricos
RDC 60.2014 - Registro de medicamentos novos, similares e genéricos
 
Bpmf Slide Share
Bpmf Slide ShareBpmf Slide Share
Bpmf Slide Share
 
Indústria farmacêutica brasileira
Indústria farmacêutica brasileiraIndústria farmacêutica brasileira
Indústria farmacêutica brasileira
 
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1   controle de qualidade na ind. de alimentosAula 1   controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
 
Pop+ +procedimento+operacional+padrao
Pop+ +procedimento+operacional+padraoPop+ +procedimento+operacional+padrao
Pop+ +procedimento+operacional+padrao
 
Boas Práticas de Fabricação
Boas Práticas de FabricaçãoBoas Práticas de Fabricação
Boas Práticas de Fabricação
 
Fases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentos
Fases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentosFases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentos
Fases pré clínica e clínica no desenvolvimento de medicamentos
 
Acreditação de laboratórios
Acreditação de laboratóriosAcreditação de laboratórios
Acreditação de laboratórios
 
Análise sensorial de alimentos
Análise sensorial de alimentosAnálise sensorial de alimentos
Análise sensorial de alimentos
 
Qualificação de Fornecedores em Farmácia Hospitalar
Qualificação de Fornecedores em Farmácia HospitalarQualificação de Fornecedores em Farmácia Hospitalar
Qualificação de Fornecedores em Farmácia Hospitalar
 
Legislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaLegislação farmaceutica
Legislação farmaceutica
 
Farmacotecnica 03
Farmacotecnica 03Farmacotecnica 03
Farmacotecnica 03
 
Toxicologia 2012 b-2
Toxicologia 2012 b-2Toxicologia 2012 b-2
Toxicologia 2012 b-2
 
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
 
Métodos+de+doseamento
Métodos+de+doseamentoMétodos+de+doseamento
Métodos+de+doseamento
 
introdução à gestão da qualidade
introdução à gestão da qualidadeintrodução à gestão da qualidade
introdução à gestão da qualidade
 
Aula 6 POP
Aula 6   POPAula 6   POP
Aula 6 POP
 

Semelhante a Validação De Processos Farmacêuticos

Validao dos processos de limpeza um olhar na praticabilidade em indstrias d...
Validao dos processos de limpeza   um olhar na praticabilidade em indstrias d...Validao dos processos de limpeza   um olhar na praticabilidade em indstrias d...
Validao dos processos de limpeza um olhar na praticabilidade em indstrias d...matheusquimico
 
Aula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3o
Aula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3oAula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3o
Aula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3o
Daniel Jovana Joaquim
 
Brc global standard for food safety issue 7 br free pdf
Brc global standard for food safety issue 7 br  free pdfBrc global standard for food safety issue 7 br  free pdf
Brc global standard for food safety issue 7 br free pdf
Alexandre Oliveira
 
REALIZAÇÃO DO PRODUTO2.ppt
REALIZAÇÃO DO PRODUTO2.pptREALIZAÇÃO DO PRODUTO2.ppt
REALIZAÇÃO DO PRODUTO2.ppt
Valdir Conceição
 
Ciclo de vida dos produtos
Ciclo de vida dos produtos Ciclo de vida dos produtos
Ciclo de vida dos produtos
Eduardo Almeida Lopes
 
RDC 17 2010 Perguntas e respostas
RDC 17 2010 Perguntas e respostasRDC 17 2010 Perguntas e respostas
RDC 17 2010 Perguntas e respostasRenata Jorge Tiossi
 
Apostila ad qual fusco cap5 2016
Apostila ad qual fusco cap5 2016Apostila ad qual fusco cap5 2016
Apostila ad qual fusco cap5 2016
José Paulo Alves Fusco
 
Cosmeticos saneantes
Cosmeticos saneantesCosmeticos saneantes
Cosmeticos saneantes
jahsefx79
 
Guias da Qualidade ANVISA
Guias da Qualidade ANVISAGuias da Qualidade ANVISA
Guias da Qualidade ANVISA
Marcelo Carvalho
 
Boas práticas de fabricação
Boas práticas de fabricaçãoBoas práticas de fabricação
Boas práticas de fabricação
Thiago Sanson
 
Acreditação lab!!!auditoria
Acreditação lab!!!auditoriaAcreditação lab!!!auditoria
Acreditação lab!!!auditoria
Mariana Luabo
 
Engenharia de qualidade
Engenharia de qualidadeEngenharia de qualidade
Engenharia de qualidade
Paulo Henrique
 
Garantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinico
Garantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinicoGarantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinico
Garantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinicoBnb Percussionista
 
Boas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3o
Boas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3oBoas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3o
Boas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3o
Marcia Rebelo
 
Regulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentos
Regulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentosRegulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentos
Regulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentos
Adoilson Amorim Carvalhedo
 
Validação+de+processo+%281%292222222.pdf
Validação+de+processo+%281%292222222.pdfValidação+de+processo+%281%292222222.pdf
Validação+de+processo+%281%292222222.pdf
lary3665
 
Rdc nº 302/05
Rdc nº 302/05Rdc nº 302/05
Rdc nº 302/05
José Vitor Alves
 

Semelhante a Validação De Processos Farmacêuticos (20)

Validao dos processos de limpeza um olhar na praticabilidade em indstrias d...
Validao dos processos de limpeza   um olhar na praticabilidade em indstrias d...Validao dos processos de limpeza   um olhar na praticabilidade em indstrias d...
Validao dos processos de limpeza um olhar na praticabilidade em indstrias d...
 
Processos (2)
Processos (2)Processos (2)
Processos (2)
 
Aula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3o
Aula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3oAula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3o
Aula de-boas-prc3a1ticas-de-fabricac3a7c3a3o
 
Brc global standard for food safety issue 7 br free pdf
Brc global standard for food safety issue 7 br  free pdfBrc global standard for food safety issue 7 br  free pdf
Brc global standard for food safety issue 7 br free pdf
 
REALIZAÇÃO DO PRODUTO2.ppt
REALIZAÇÃO DO PRODUTO2.pptREALIZAÇÃO DO PRODUTO2.ppt
REALIZAÇÃO DO PRODUTO2.ppt
 
Ciclo de vida dos produtos
Ciclo de vida dos produtos Ciclo de vida dos produtos
Ciclo de vida dos produtos
 
RDC 17 2010 Perguntas e respostas
RDC 17 2010 Perguntas e respostasRDC 17 2010 Perguntas e respostas
RDC 17 2010 Perguntas e respostas
 
Apostila ad qual fusco cap5 2016
Apostila ad qual fusco cap5 2016Apostila ad qual fusco cap5 2016
Apostila ad qual fusco cap5 2016
 
Cosmeticos saneantes
Cosmeticos saneantesCosmeticos saneantes
Cosmeticos saneantes
 
Guias da Qualidade ANVISA
Guias da Qualidade ANVISAGuias da Qualidade ANVISA
Guias da Qualidade ANVISA
 
Boas práticas de fabricação
Boas práticas de fabricaçãoBoas práticas de fabricação
Boas práticas de fabricação
 
Acreditação lab!!!auditoria
Acreditação lab!!!auditoriaAcreditação lab!!!auditoria
Acreditação lab!!!auditoria
 
Engenharia de qualidade
Engenharia de qualidadeEngenharia de qualidade
Engenharia de qualidade
 
Garantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinico
Garantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinicoGarantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinico
Garantia e controle_da_qualidade_no_laboratorio_clinico
 
Boas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3o
Boas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3oBoas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3o
Boas%20 pr%e1ticas%20de%20fabrica%e7%e3o%20e%20valida%e7%e3o
 
Regulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentos
Regulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentosRegulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentos
Regulamento básico de inspeção e sistema de qualidade de alimentos
 
Validação+de+processo+%281%292222222.pdf
Validação+de+processo+%281%292222222.pdfValidação+de+processo+%281%292222222.pdf
Validação+de+processo+%281%292222222.pdf
 
Rdc nº 302/05
Rdc nº 302/05Rdc nº 302/05
Rdc nº 302/05
 
Ix
Ix Ix
Ix
 
Vania
VaniaVania
Vania
 

Último

Guia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamento
Guia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamentoGuia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamento
Guia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamento
Leonardo Espírito Santo
 
Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...
Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...
Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...
E-Commerce Brasil
 
Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...
Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...
Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...
E-Commerce Brasil
 
Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023
Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023
Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023
E-Commerce Brasil
 
Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...
Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...
Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...
E-Commerce Brasil
 
Codigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistas
Codigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistasCodigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistas
Codigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistas
MichelFernandes43
 
Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...
Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...
Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...
E-Commerce Brasil
 
MANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊ
MANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊMANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊ
MANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊ
EMERSON BRITO
 
APRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptx
APRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptxAPRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptx
APRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptx
thiago718348
 
Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...
Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...
Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...
E-Commerce Brasil
 
ESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptx
ESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptxESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptx
ESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptx
vinicius252017
 

Último (11)

Guia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamento
Guia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamentoGuia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamento
Guia Definitivo do Feedback 2.0 como vc ter maturidade de relacionamento
 
Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...
Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...
Conferência Goiás I Como uma boa experiência na logística reversa pode impact...
 
Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...
Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...
Conferência Goiás I Perspectivas do Pix 2024: novidades e impactos no varejo ...
 
Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023
Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023
Conferência Goiás I Fraudes no centro-oeste em 2023
 
Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...
Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...
Conferência Goiás I Moda e E-commerce: transformando a experiência do consumi...
 
Codigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistas
Codigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistasCodigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistas
Codigo dos Homens.pdf e suas artimanhas de conquistas
 
Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...
Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...
Conferência Goiás I Uma experiência excelente começa quando ela ainda nem seq...
 
MANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊ
MANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊMANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊ
MANUAL DO REVENDEDOR TEGG TELECOM - O 5G QUE PAGA VOCÊ
 
APRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptx
APRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptxAPRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptx
APRESENTAÇÃO PTA NR 18 trabalho - R2.pptx
 
Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...
Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...
Conferência Goiás I As tendências para logística em 2024 e o impacto positivo...
 
ESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptx
ESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptxESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptx
ESTUDO BÍBLICO - A PESSOA DO ESPIRITO SANTO.pptx
 

Validação De Processos Farmacêuticos

  • 1. Validação de Processos Farmacêuticos Por: Helton MM Santos Dptº de Investigação & Desenvolvimento Labialfarma, Laboratorio de Produtos Farmacêuticos e Nutracêuticos, SA. Centro de Estudos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
  • 2. Módulo I. Definições, aspectos regulamentares e orientadores Módulo II. Organização, Planeamento & Execução Módulo III. Casos práticos
  • 3. Módulo I. Definições, aspectos regulamentares e orientadores
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Guia para o bom fabrico de medicamentos Decreto-Lei n.º 92/2005, de 7 de Junho (Revogado pelo Decreto-Lei 176/2006) Validação 5.21 Os estudos de validação devem reforçar as práticas de bom fabrico e devem ser conduzidos em conformidade com procedimentos predefinidos. Tanto os resultados como as conclusões devem ser registados. 5.22 Quando se adopta uma nova fórmula de fabrico ou um novo método de fabrico, deve demonstrar-se que são reproduzíveis. Um dado processo, usando um dado equipamento e os mesmos materiais, deve originar sempre um mesmo produto com a mesma qualidade.
  • 10. Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Guia para o bom fabrico de medicamentos Decreto-Lei n.º 92/2005, de 7 de Junho (Revogado pelo Decreto-Lei 176/2006) Validação 5.23 Qualquer alteração significativa que seja feita num processo de fabrico, incluindo a mudança de equipamento ou de materiais e que possa influir na qualidade do produto e ou na reprodutibilidade do processo, deve ser validada. 5.24 Todos os processos e procedimentos devem ser periodicamente sujeitos a uma revalidação, de modo a comprovar que estão aptos para alcançar os resultados previstos.
  • 11.
  • 12. Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Estatuto do Medicamento Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto Artigo 66.º Instalações e Equipamentos 3 As instalações e o equipamento previstos para os processos de fabrico e que sejam vitais para a qualidade dos produtos são submetidos a qualificação e validação adequadas, nos termos da lei. Artigo 122.º Conformidade de Fabrico 3 O processo de fabrico dos medicamentos experimentais é integralmente validado, tendo em conta a etapa de desenvolvimento do medicamento, envolvendo, necessariamente, a validação das fases críticas do processo, tais como a esterilização e, bem assim, a documentação das fases de concepção e de desenvolvimento do processo de fabrico.
  • 13. Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos regulamentares Estatuto do Medicamento Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto Anexo I Parte 1 Requisitos normalizados para os dossiês de Autorização de Introdução no Mercado Modulo 3 Informações químicas, farmacêuticas e biológicas relativas aos medicamentos que contêm substâncias químicas e/ou biológicas. 3.2.P.3.5 Validação e/ou avaliação do processo de fabrico do produto acabado Devem ser apresentados a descrição, a documentação e os resultados dos estudos de validação para os passos ou doseamentos críticos utilizados no processo de fabrico.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 Desenvolvimento Processo de produção Especificações Validação do Processo
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 Protocolo de validação de processo 1 Descrição do processo de produção e sumário dos passos críticos ou parâmetros críticos a serem monitorizados 2 Especificações de libertação do produto acabado 3 Metódos analíticos 4 IPC proposto e critérios de aceitação 5 Plano de amostragem 6 Registo e avaliação dos resultados 7 Períodos de execução
  • 24. Validação de Processos Farmacêuticos Aspectos orientadores Note For Guidance on Process Validation CPMP/QWP/846/96; EMEA/CVMP/598/99 Relatório de validação de processo 1 Dados analíticos para cada um dos lotes 2 Certificados de análises 3 Ordens de produção de cada um dos lotes 4 Acontecimentos e alterações justificadas 5 Conclusão
  • 25. Módulo II. Organização, planeamento e execução
  • 26.
  • 27.
  • 28. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estruturas de organização Consultoria Vantagens e desvantagens comuns à contratação de um consultor ou empresa de consultoria para a realização de qualquer outro serviço dentro da empresa. Deve-se ter a capacidade de rever um processo e imediatamente apresentar um protocolo de validação. Trabalha-se num projecto específico sob regime contratual com custos e tempos de execução definidos.
  • 29. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estruturas de organização Força-tarefa Aquando da necessidade de validação de um processo farmacêutico, forma-se um comité com representações das diversas secções da empresa envolvidas no processo. O chefe deste comité deve ser o especialista responsável pelo trabalho e documentação da validação. Tem a tarefa de designar as responsabilidades de cada um dos membros do comité. Vantagens cada um dos membros do comité trazer experiências da sua área de aplicação, os membros do comité podem variar consoante o processo a ser validado. Desvantagem cada membro do comité tem uma dupla tarefa dentro da organização da empresa.
  • 30. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estruturas de organização Grupo dedicado Departamento ou secção dedicada exclusivamente aos trabalhos de validação. Vantagens cada um dos membros dedica-se exclusivamente ao propósito, permite melhor compreensão da situação e elimina o sistema de dupla prestação de contas que pode levar a um conflito de interesses. Desvantagem se não se reporta à produção ou a garantia de qualidade, pode ter influência limitada quando uma acção correctiva deve ser tomada.
  • 31. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Responsabilidades Produção Pode ser definido como uma organização do tipo força-tarefa. Impõe uma estrutura secundária sobre outros departamentos (produção, engenharia, garantia de qualidade e investigação e desenvolvimento). Vantagens produção ininterrupta, facilidades na comunicação inter-departamental, centralização da responsabilidade sobre uma única entidade, consistência do conceito técnico e na linha de acção. Modelo Sandoz (1980).
  • 32. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Responsabilidades Garantia da qualidade O interesse fundamental centra-se na implementação e execução de políticas de garantia da qualidade. Contudo, as acções são respondidas através do departamento de produção apesar de se considerar acções de controlo de qualidade. Modelo Eli Lilly (1980).
  • 33.
  • 34. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Responsabilidades Investigação & Desenvolvimento O processo de validação é organizado por um comité coordenado por um membro do departamento de investigação e desenvolvimento. Justifica-se por assumir responsabilidades de optimização de produtos e processos, e transposição de escala de produção de novos produtos. Requer a cooperação de outros sectores (e.g., garantia da qualidade, engenharia, e produção). Modelo Wyeth Laboratories.
  • 35. Validação de Processos Farmacêuticos Organização (âmbito) Pessoal* Qualificações e responsabilidades Infra-estructuras* Design e construção Serviços Água, electricidade, calefacção e refrigeração, iluminação, limpeza, ventilação, descarga de resíduos, sanitização, etc. Equipamentos Design , tamanho, localização, materiais de construção, manutenção, operação, limpeza, etc. Matérias-primas Controlo, testes, armazenagem, auditorias, etc Procedimentos Procedimento padrão de operação, amostragem, cálculos de rendimento, tempo de processamento, contaminação microbiana, etc. Embalamento e rotulagem Materiais, parâmetros de rotulagem, data de validade. Armazenamento e distribruição* Procedimentos gerais. Controlo laboratorial Testes, libertação, estudos de estabilidade, testes específicos, amostrateca, etc. Registos Uso e limpeza de equipamentos, contentores, rótulos, controlo de produção de lotes, etc.
  • 36. Validação de Processos Farmacêuticos Organização (âmbito) Qualificação de equipamentos Qualificação de instalação adequação do local de instalação, disponibilidade de serviços (e.g., água e ar comprimido), material de composição do equipamento, e adequação, posicionamento, precisão e calibração dos instrumentos. Qualificação de operação investigação das variáveis de qualquer equipamento.
  • 37. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Prioridades Arumbolo, 1979; Nash, 1981. Parenterais Grande volume Parenterais Pequeno volume Oftalmicos e biológicos Sólidos Estéreis Sólidos orais Baixa dose/alta potência Sólidos orais Comprimidos e cápsulas (outros) Líquidos e semi-sólidos Orais e tópicos
  • 38.
  • 39. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estratégias de validação Validação prospectiva Parte integral de um programa de desenvolvimento de um produto/processo logicamente pensado e planeado. A organização deve claramente estabelecer as autoridades e responsabilidades. Deve ainda ser estruturada de acordo com as necessidades da empresa. Compreende toda a documentação desde a fase inicial de desenvolvimento do produto até a produção de lotes industriais (e.g., relatórios, procedimentos, protocolos, especificações, metodologias analíticas, etc.).
  • 40. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estratégias de validação Validação retrospectiva Captação de toda a informação disponível acumulada acerca de um determinado processo de produção com o propósito de demonstrar a sua validade. Utilização de informações já disponíveis: registos de produção e registos de controlo de qualidade. São outras fontes de informação: registos de instalação e manutenção de equipamentos, controlo de qualidade das matérias-primas. É válida para um processo que tenha permanecido inalterado por um longo período de tempo. Selecção dos últimos 20 lotes produzidos.*
  • 41.
  • 42. Validação de Processos Farmacêuticos Organização Estratégias de validação Validação retrospectiva Processo não validado anteriormente Histórico de processamento estável (20 últimos lotes) Produto a ser comercializado ou descontinuado? Alterações significativas? Tempo de execução é uma preocupação? Captação dos últimos 20 lotes produzidos Validação retrospectiva Sim Sim Sim Não Não Não Baixa prioridade para validação Sim Não
  • 43. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Documento que descreve detalhadamente o processo de produção, suas fases críticas, os parâmetros que devem ser avaliados e os seus limites de aceitação, e a forma como o processo será testado. Definição e descrição das responsabilidades de cada departamento. Deve ainda definir e descrever o tipo de avaliação a que o processo será sujeito e o número de lotes necessários para o propósito.
  • 44. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Basicamente, deve conter os seguintes elementos: 1 Descrição do processo de produção e sumário dos passos críticos ou parâmetros críticos a serem monitorizados 2 Especificações de libertação do produto acabado 3 Métodos analíticos 4 IPC proposto e critérios de aceitação 5 Plano de amostragem 6 Registo e avaliação dos resultados 7 Períodos de execução
  • 45. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Documentos auxiliares na elaboração: 1 Relatório de desenvolvimento 2 Relatório de transposição de escala 3 Relatório da definição das especificações do produto 4 Relatório de validação do processo durante a transposição de escala
  • 46. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de desenvolvimento Trabalho de suporte que deve ser considerado para os trabalhos de validação do processo. Elaborado pela secção de I&D. Historial do desenvolvimento do produto: desenvolvimento da formulação e o desenvolvimento do processo.
  • 47. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de desenvolvimento Desenvolvimento da formulação: 1 Estudos de pré-formulação 2 Estudos de formulação 3 Estudos dos efeitos das variáveis da formulação 4 Testes específicos para avaliação 5 Especificações iniciais para o produto 6 Definição da formulação
  • 48.
  • 49. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de desenvolvimento 1 Relato do ajuste e caracterização do processo 2 Registos dos lotes de desenvolvimento 3 Especificações das matérias-primas 4 Lista dos equipamentos 5 Diagrama do processo 6 Limites de aceitação das variáveis do processo 7 Controlo de qualidade durante o processo 8 Especificações finais do produto 9 Avaliação de riscos 10 Requisitos para instalações de produção 11 Perfil de estabilidade 12 Especificações para o material de embalamento primário
  • 50. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação Protocolo de validação Relatório de transposição de escala Detalha a experiência ganha durante a transposição de escala incluindo a validação do processo. Fornece a fórmula, o modo de preparação e os teste que pretendem ser utilizados numa produção em escala completa. A definição das especificações do produto deve ser discutida entre os departamentos de I&D, garantia da qualidade e a produção.
  • 51. Validação de Processos Farmacêuticos Planificação A validação do processo em escala industrial é realizada para os primeiros lotes produzidos para comercialização. O número de lotes é variável, portanto dependente da complexidade do processo de produção. É senso comum que os trabalhos de validação de processo de produção devem ser conduzidos, minimamente, em três (3) lotes industriais.
  • 52. Módulo III. Casos práticos
  • 53. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos orais Mistura I Misturador/granuladora de alta velocidade Granulação Misturador/granuladora de alta velocidade Secagem Câmara de leito fluido Calibração Oscilante Mistura II Misturador em V Compressão Compressora rotativa Pesagem Adição dos componentes Fase interna Adição dos componentes Fase externa
  • 54. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos Orais Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 1 Pesagem 2 Adição fase interna Ordem de adição 3 Mistura I Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Uniformidade de teor 4 Granulação Carga de granulação Quantidade de líquido de granulação Taxa de adição do líquido de granulação Tempo de granulação Densidade Rendimento 5 Secagem Temperatura de secagem Carga de secagem Fluxo de ar Tempo de secagem Tempo de arrefecimento Densidade Teor de humidade Rendimento 6 Calibração Configuração da rede de calibração Taxa de alimentação Granulometria Massa volúmica em bruto Massa volúmica após compactação
  • 55. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos Orais Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 7 Adição fase externa Ordem de adição 8 Mistura II Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Uniformidade de teor Características de escoamento 9 Compressão Taxa de compressão Taxa de alimentação Força de pré-compressão Força de compressão Variação de massa Friabilidade Dureza Altura Tempo de desagregação Dissolução Uniformidade de teor
  • 56. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Sólidos Orais Análise das variáveis do processo F – Forte f – Fraca M – Moderada N – Nenhuma Operação unitária Variáveis de processo Uniformidade mistura I Teor de humidade Granulometria Uniformidade Dureza Friabilidade Uniformidade Mistura I Rpm Tempo F F - - N N f f N N N N f f Granulação Rpm Quantidade de solvente Tempo - - - N f N f M M f f f f f f N f f f f f Secagem Carga Temperatura Tempo - - - M F F M - M N N N N N N N N Calibração Abertura de malha - - F f N M f Mistura II Rpm Tempo - - - - - - F F M N F F Compressão Taxa Força - - - - - - - - f F f F f f
  • 57. Validação de Processos Farmacêuticos casos práticos: sólidos orais Validação Mistura I Não necessária Granulação Não necessária Calibração Distribuição de tamanhos Mistura II Uniformidade de teor Compressão Uniformidade de massa Dureza Altura Friabilidade Desagregação Dissolução
  • 58. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós A amostragem é realizada apenas em misturas contendo todos os componentes da formulação. As amostras são colhidas primeiramente no topo da coluna de pós, seguido pelo meio e por fim no fundo da coluna de pós. Identificar cuidadosamente os pontos de amostragem no recipiente de mistura que representam áreas potenciais de baixa homogeneidade. O tamanho da amostra para a determinação do conteúdo de substância activa é no mínimo três vezes maior que o tamanho da forma farmacêutica pretendida. Colher três amostras em cada um dos pontos de amostragem para cada período de amostragem. Sempre utilizar a mesma técnica de amostragem e a mesma orientação da sonda. Realizar as amostragens ao mesmo nível da coluna de pós para cada ponto e tempo de amostragem utilizando o mesmo ângulo de entrada da sonda de amostragem. Não retornar a amostra colhida para o recipiente de mistura após a realização do ensaio de conteúdo.
  • 59. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós Contentor (vista frontal) Topo Meio Fundo 1 2 3 4 6 5 7 8 9 10 Contentor (vista superior) 1 2 3 4 6 5 7 8 9 10
  • 60. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós A homogeneidade da mistura seca de pós é determinada a partir de ensaios de conteúdo da substância activa em amostras individuais. O teste para o controlo durante o processo é realizado para todas as réplicas 1. Critérios de aceitação (FPVIII: 2.9.6 modificado) A mistura satisfaz ao ensaio se nenhuma determinação é fora dos limites de 90 a 110 % do teor nominal e não mais que uma determinação individual de teor se afasta dos limites de 95 a 105 % do teor nominal. Se duas ou três amostras afastam-se dos limites de 95 a 105 % do teor nominal, mas não estão fora do intervalo de 90 a 110 % do teor nominal, deve-se testar as réplicas 2 e 3. A mistura satisfaz ao ensaio se os teores individuais de não mais de três unidades em 30 réplicas se afastarem do limite de 95 a 105 % do teor nominal e se nenhum se afastar dos limites de 90 a 110 % do teor nominal .
  • 61. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Mistura de pós Critério de aceitação (USP28 <905> modificado) A mistura satisfaz ao ensaio se nenhuma determinação é fora dos limites de 90 a 110 % do teor nominal e não mais que uma determinação individual de teor se afasta dos limites de 95 a 105 % do teor nominal e o desvio padrão relativo (DPR) é menor ou igual a 6,0 %. Se duas ou três amostras afastam-se dos limites de 95 a 105 % do teor nominal, mas não estão fora do intervalo de 90 a 110 % do teor nominal ou se o DPR é maior que 6,0 %, ou se ambas as condições prevalecem , deve-se testar as réplicas 2 e 3. A mistura satisfaz ao ensaio se os teores individuais de não mais de três unidades em 30 réplicas se afastarem do limite de 95 a 105 % do teor nominal e se nenhum se afastar dos limites de 90 a 110 % do teor nominal e o DPR das 30 determinações não excede 7,8 %.
  • 62. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: sólidos orais Compressão Realizar amostragem periodicamente e verificar: mínimo Início, Meio e Fim do processo. Uniformidade de massa (FVII 2.9.5) Pese individualmente 20 unidades retiradas ao acaso e determine a massa média. Não mais do que 2 das 20 unidades poderão diferir da massa média encontrada em percentagem superior à especificada e em nenhum caso poderá a diferença exceder o dobro dessa percentagem. Dureza (FPVIII 2.9.8) Retire 10 unidades ao acaso e determine a dureza (N). Apresentar valores médio, máximo, mínimo, e DPR (<10 %). Altura Determinar a espessura de 20 unidades. Friabilidade (FPVIII 2.9.7) Retire amostras ao acaso e determine a friabilidade de 20 unidades (se massa unitária inferior ou igual a 650 mg) ou 10 unidades (se massa unitária superior a 650 mg). Valor aceitável inferior a 1 %. Desagregação (FPVIII 2.9.1) Retire 6 unidades ao acaso e Determine se há desagregação (Aparelho A) após tempo especificado. Dissolução (FPVIII 2.9.3, USP28 <711>) Retire 6 unidades ao acaso e determine o teor de substância activa libertado no tempo especificado.
  • 63.
  • 64. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Líquidos oral ou tópicos Enchimento de frascos Pesagem Adição I Reactor Adição II Reactor Adição III Reactor Adição IV Reactor Adição V Reactor Filtração Sistema de filtração
  • 65. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Líquidos oral ou tópicos Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 1 Pesagem 2 Adição I Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 3 Adição II Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 4 Adição III Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 5 Adição IV Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade 6 Adição V Carga de mistura Velocidade de mistura Tempo de mistura Temperatura Uniformidade de teor pH Densidade
  • 66. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: Líquidos oral ou tópicos Caracterização do processo Operação unitária Variáveis Controlo 7 Filtração Volume de filtração Pressão de entrada Meio de filtração Uniformidade de teor pH Densidade 8 Enchimento Volume de enchimento Taxa de enchimento Uniformidade de teor pH Densidade
  • 67.
  • 68.
  • 69. Validação de Processos Farmacêuticos Casos Práticos: validação retrospectiva Solido oral (compressão) Colecta de dados relativos aos últimos 20 lotes produzidos. Mistura (passo 1) Tempo de mistura de 14 lotes: 15 min. Tempo de mistura de 6 lotes: 20 min. Granulação seca (passo 3) Rede de granulação 12 mesh: 17 lotes Rede de granulação 14 mesh: 3 lotes