SlideShare uma empresa Scribd logo
Quem é


no codesign?
quem


rodrigo@gonzatto.com
rodrigo gonzatto
gonzatto.com
Lygia Clark e Hélio Oiticica.
"Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
Quem são?
Quem são?
“usuários” &
projetistas
para entender
rodrigo 

freese 

gonzatto
professor 

Design/PUCPR
mentor

Apple Developer Academy



especialista

Design de Interação
doutor 

Tecnologia e Sociedade/PPGTE
rodrigo 

freese 

gonzatto
professor 

Design/PUCPR
mentor

Apple Developer Academy



especialista

Design de Interação
doutor 

Tecnologia e Sociedade/PPGTE
insights a partir da tese

“Usuários e Produção

da Existência”
(Gonzatto, 2018)
esteriótipos

de “usuários”
“usuários não sabem o que querem”
“usuários são ignorantes/burros”
“usuários não sabem usar”
Tumblr “Sentado no Usuário”:
https://sentadonousuario.tumblr.com
MELO, Lafayette Batista (2012). Estereótipos sociais em piadas do profissional de informática:
relações com o usuário de computador.
“Se eu tivesse perguntado 

às pessoas o que elas queriam, 

elas teriam dito cavalos mais rápidos”
Tumblr “Sentado no Usuário”:
https://sentadonousuario.tumblr.com
saberes e 

não-saberes?
como “usuários”
foram e são alienados 

da produção de suas existências 

por meio da tecnologia digitais?
porque lhes é negado o direito 

de participar das tecnologias 

do seu tempo socio-histórico?
como construímos uma relação

tão desigual com as tecnologias, 

que as pessoas podem usa-lá

sem tomá-las para si?
porque não estamos construindo a
produção, educação e socialização 

das tecnologias junto com a
consciência de se saber o que se quer?
como projetistas
foram e são alienados

da função social de seu trabalho

da produção social da existência?
porque lhes é dado condições

mais propícias para falar pelos
“usuários” do que ser e estar 

com estes?
produção 

da existência
Vieira Pinto
Campos dos Goytacazes 1909 ⭒
Rio de Janeiro 1987 †

Paulo Freire
⭒ 1921 Recife
† 1997 São Paulo
Ler Vieira Pinto e Paulo Freire me apresentou 

um viés dialético-existencial para IHC
compreensão dialética: 

uso e produção não são opostos.


produção/projeto partem do uso, 

uso direciona-se a produção/projeto
“Usuários” são sempre 

pessoas concretas, 

em um tempo histórico, 

em sociedade: 

produzindo suas existências

a partir de suas amanualidades

e em meio a opressões
Gonzatto (2018)
Todo “usuário” 

possui saberes e fazeres: 

necessariamente 

projetam, produzem e tem tecnologia


porquê precisam sobreviver 

em um mundo

que exige tecnologias digitais
construindo

um “usuário”
O que é um “usuário”?

• [1] uma pessoa representativa [persona], no
sentido estatístico ou pragmático;
• [2] uma pessoa individual em um contexto único;
• [3] uma pessoa trabalhando em uma
configuração colaborativa;
• [4] um componente de um sistema de trabalho;
• [5] uma organização, uma parte interessada;
• [6] um usuário-final;
• [7] uma organização representando o usuário;
• [8] um consumidor.
Ehn; Löwgren (1997)
Concepcões de utentes, 

influentes na IHC:

1. Usuário como uma engrenagem em uma máquina
racional;
2. Usuário como uma fonte de erro;
3. Usuários como parceiros em interações sociais;
4. Usuários como consumidores. 

• Usuários como aprendizes
• Usuários como modeladores e modificadores de seus
ambientes
• Usuários como se tornando "algo a mais”
Kuutti (2001)
Concepções de “usuários”:

1. Usuário como um corpo físico
2. Usuário como alguém que compreende linguagem
3. Usuário como um processador de informação
4. Usuário como um trabalhador em uma organização
5. Usuário como um buscador de informação
6. Usuário como um ser social

• Usuário como uma fonte de significado
Winograd (2011)
existem tantas concepcões de “usuário” 

quanto existem teorias, abordagens e discursos
“usuário" é uma construção social
não é “natural" existirem “usuários”
por isso, vamos para uma

abordagem histórica
Origens da palavra
• Do Latim usus: ato de usar uma coisa, 

a sua aplicação, emprego ou equivalente. 

• Foi adaptada como o substantivo 

agente de usus descrevendo 

aquele que executa a acao de uso.

• É o particípio passado de uti 

para uso + sufixo tus de verbos de ação.
• Em seguida, passa através do Francês Antigo 

com a palavra user 

• Entre 1175 e 1225 passa para o Inglês Médio 

na forma Usen, que é de onde 

herdamos a forma contemporânea
Bradley et al. (2013)
USUÁRIO
3 usos do termo “usuário”
1. alguém que faz uso de uma
coisa; que usa algo;
manuais

séc.19
influências
Bradley et al. (2013)
3 usos do termo “usuário”
1. alguém que faz uso de uma
coisa; que usa algo
2. pessoa que usa narcóticos, 

“usuário de drogas”
manuais

séc.19
1930-
drogas
influências
Bradley et al. (2013)
3 usos do termo “usuário”
1. alguém que faz uso de uma
coisa; que usa algo
2. pessoa que usa narcóticos, 

“usuário de drogas”
3. pessoa ou organização que 

usa computadores
manuais

séc.19
1930-
drogas
PC

revistas

IHC

DCU
influências
Bradley et al. (2013); Kerssens (2016)
porém, nem sempre 

pessoas usando computadores 

foram “usuárias”






depois: Fatores Humanos/Ergonomia e

as interfaces para "diminuir custos”

e contratar operadores 

menos experientes
no início… eram 

as operadoras
no início… eram 

as operadoras
no início… eram 

as operadoras
gerência e análise de sistemas
programação
operação
sistemas de informação

ciências da computação
fatores humanos/IHC
disciplinarização dos conhecimentos 

origens da computação
Grudin (2012)
nem sempre “usuário” 

foi quem opera
o computador: 

mudança:“usuário” é

hands off ou hands on ?

(uso delegado / uso direto)
Kerssens (2016)
de computador como simbiose

amplificador intelectual 

para ferramenta doméstica

(Personal Computer)
noção atual:
"usar" absorve o "operar"
Kerssens (2016)
condição de “usuário"
“usuário” é a pessoa que 

precisa usar tecnologias computacionais 

para sobreviver



mas 

a quem foi negada especializar-se nelas

e foi afastada dos espaços onde poderia 

participar em seu projeto
Gonzatto (2018)
usuarismo

& opressão
— a condição de

“usuário"
"Usuários" representados como 

indivíduos desempoderados
• Imagens ingênua de “usuários" para justificar 

que temos que “salvar usuários”
• Para “empoderar”, defende-se um fácil de usar, 

mas que desespecializam, 

gerando dependência “fora" de alguém lá “dentro”.
• Pessoas não se “empoderam“ por 

mero contato com tecnologias alienígenas
"Usuários" representados como 

receptores de interfaces
• "Usuários" vistos como “sem poder" 

de transformar as interfaces.
• Como se fosse uma condição natural, e não algo
produzido intencionalmente
• Interface tida como algo que está “pronto”
• Nenhum artefato chega “pronto”, nem atende
todas as demandas. Utentes produzem computar.
Precisam fazê-lo pra produzir existência.
Construções sociais da relação

entre pessoas e tecnologias que favorecem 

a alienação da produção da existência
Usuários são afastados dos
espaços e tempos projetuais
privilegiados
Usuários foram

desespecializados
• “Usuários” não são ignorantes: lhes foi negada a
especialização em tecnologias computacionais
• Pessoas foram historicamente desespecializadas
de sua busca pelo domínio das tecnologias digitais
• Nos negamos a reconhecer 

que “usuários” podem se especializar
Usuários foram

desespecializados
quando “usuários” começam a dominar tecnologias
paramos de chama-los de “usuários"


“se tornam”
hackers

everyday designer

amateur designer

non-expert designers

co-designers

não-designers 

etc.



não “usam”. fazem:

design intuitivo

design espontâneo

ad hoc appropriations
creative use

creative practice

design-by-use

Non-Intentional Design

etc.
Gonzatto (2018)
Usabilidade como 

continuidade da ideologia da gerência científica: 

manutenção “usuários” como não-especialistas
• Como sociedade

não nos educamos nem nos formamos 

para nos especializar em tecnol. digitais
• A quem interessa 

usuários se especializando?

Programando, projetando, criando

propondo, reparando?
• Ocultamos a pergunta: 

designers e “usuários" 

trabalham para quem?
• Utentes projetam, nos espaços que lhes são possíveis
Mas esses não são espaços de projeto privilegiados
pelo modo de produção capitalista.
• Afastados dos espaços projetuais propícios para
transformar computadores (fábrica, indústria, estúdio)
• Mesmo “fora” exige-se de "usuários" uma 

percepção do sistema que cujo espaço para 

ter/participar é muito regulado
“Usuários” afastados dos
espaços projetuais privilegiados
Usuários são afastados dos
espaços e tempos projetuais
privilegiados
Construção de um
“dentro “ e “fora”
do espaço projetual
• “Não se pode projetar para si mesmo" 

"Designer não é o usuário”

Quem projeta deve ser distante e
descompromissado com quem usa?
• Projetistas constroem auto-imagem de si mesmos
como “não-usuários”, por estarem “dentro” das
organizações, e, os utentes, “fora”.
• Essa separação não existia no inicio da computação
Cooper; Bowers (1995)
Usuário” posto como o 

“outro” dos projetistas
projetista

projeta

dentro 

especialista

técnica
razão

sujeito
usuário

usa

fora

não-especialista
intuição
emoção
objeto
Gonzatto (2018)
origens do 

usuarismo
em IHC
conhecimentos
especializados
produção de
artefatos
produção de
artefatos
computacionais
produção do projeto de
artefatos computacionais
produção da

cultura material
produção social

da existência
divisões do trabalho do computar
projeto desenvolvimento
IHC Computação
divisões do trabalho do computar
projeto
teoria
desenvolvimento
prática
IHC
pesquisadores
Computação
praticantes
divisões do trabalho do computar
projeto
teoria
produção
desenvolvimento
prática
uso
IHC
pesquisadores
projetistas
Computação
praticantes
“usuários"
divisão internacional

do trabalho do computar
quem desenvolve
quem teoriza
quem produz
quem projeta
quem prática
quem usa
somos os “usuários”?
Heróis, Tiranos e Vítimas
Quem são?
Clay Spinuzzi (2003)

Introduction: Tyrants, Heroes, and Victims in Information Design
Disputas disciplinares
• 1970-1980: retórica das comunidades de IHC se volta 

a legitimação de uma constituição disciplinar própria
• Assume usuários e interfaces (e a interação destes)
como seu domínio:
• O “computador" 

já era reinvidicado pela Computação
• Não usar “operador/a”, 

para se distanciar da Ergonomia
Cooper; Bowers (1995)
• “Usuário" é categoria central na IHC 

serviu ao seu reconhecimento disciplinar:
• Se para projetar sistemas é preciso entender os
“usuários”, então o projeto precisa de IHC, pois ela
representará os “interesses dos usuários”
• Profissional de IHC como

um “advogado do usuário” 

→ seu representante no espaço de projeto
Disputas disciplinares
Cooper; Bowers (1995)
“Usuários"como algo que 

o projetista ‘usa' para 

vencer debates, 

convencer clientes, etc.
“Usuário” como “recurso cênico” 

do espaço projetual: não influencia
decisões de projeto, mas serve de
recurso retórico e político
Sharrock e Anderson (1994); van Amstel: “Usuário não é Pokémon” (2012)
Um conceito abstrato/genérico de "usuário"

interessa à manutenção de uma visão de IHC “indispensável”,
na qual “usuários” precisam ser continuamente representados
Resultado de busca no Google:

indivíduo genérico, bustos sem rosto
Cooper; Bowers (1995)
Centralidade da IHC na 

Psicologia Cognitiva
• IHC assume-se“ciência aplicada das teorias
cognitivas” para obter legitimidade científica
Cooper; Bowers (1995)
“usuário" = mente de um indivíduo

modelos sem corpo, sem mundo
Igoe; O’Sullivan “How the computer sees us” (2004)
Frustrados
Ansiosos
Irritados
Inseguros
Estressados
Confusos
Desmotivados
Insatisfeitos
Patologização dos “usuários”
Cooper; Bowers (1995)
quem paga e financia 

“usuários” sendo



Centrados
Modelados
Avaliados
Testados



— designers trabalham para quem?
Design Centrado no Usuário
mas submisso a lógica de mercado que vem antes dele?
que fazer?
Clique'aqui.'
'
Clique'aqui.'
'
A interface do “usuário"

é toda a realidade do sistema

para “usuários”?
Clique'aqui.'
'
<código>'
$programação'
/**'
linguagem'
**/'
'
Clique'aqui.'
'
01001010101101'
01010010101001'
10101010010101'
01010110011101'
01010101010101'
01000011110001'
10101010010101'
'
'
<código>'
$programação'
/**'
linguagem'
**/'
'
Clique'aqui.'
'
01001010101101'
01010010101001'
10101010010101'
01010110011101'
01010101010101'
01000011110001'
10101010010101'
'
'
<código>'
$programação'
/**'
linguagem'
**/'
'
diferenças entre “usuários" e "designers"

diferentes relações com artefatos
Amanualidade em Winograd e Flores (1987)
baseado em Heidegger
Ilustração de Alexandre Nascimento
Clique'aqui.'
'
compartilhamos um mundo
Gonzatto (2018) baseado em Álvaro Vieira Pinto (1960)
Ilustração de Alexandre Nascimento
Como surgiu 

esse objeto?
“camera cover”?
“usuários” adaptando/regulando 

com o que se tem disponível“a mão”
“Nuvem" dos “usuários”



E-mail, Grupo,WhatsApp para si mesmo 

para armazenamento ou notas

ou para transferir arquivos do celular pro computador
“usuários”
projetando novas funções em objetos 

que não foram “feitos para aquilo”
dual SIM
caso de comunidades rurais no Quênia
uso de mais de um SIM no mesmo celular

(interface amanual)
como criar um botão de desliga?
Tirar a bateria para celular desligar quando
trava= botão de desligar (interface
amanual)
celular como lanterna
Foi observando o uso de celulares como lanternas
que essa funcionalidade foi “adicionada”
como não negar o saber daqueles, 

chamados de “usuários”?
assumir que “usuários”
sempre possuem saberes
possuem IHC
possuem Computação
possuem Design
mas podem 

desenvolvê-las?
“usuários”
projetam, computam e interagem

entre

o grau de amanualidade que lhes foi dado

e o grau de amanualidade que criam
uma amanualidade que foi

negada, 

constrangida, 

subdesenvolvida
não com as técnicas de IHC, Computação e Design

que nunca lhe foram ensinadas, mas com

uso, não-uso
gambiarra, adaptação
resistência, contra-projeto
“usuários” se especializam em criar espaço projetual




nas brechas dos 

processos produtivos
uma outra imagem

de “usuário”:



“Usuários” como sujeitos 

na pesquisa e no projeto 

em IHC, Computação e Design
• “Usuários" não devem ser só “objetos" da IHC 

(a quem o objeto se destina)
• “Usuários" tem tecnologia, projetam e produzem
computadores, mesmo que 

em condições desprivilegiadas
• “Usuários” produzem a IHC, e 

a IHC deveria reconhecer a produção por utentes.
Que IHC é essa que

“usuários" produzem?
Gonzatto (2018)
ativismo LGBT
projetando inclusão de
nome social em formulários
https://ufmg.br/comunicacao/noticias/nome-social-
pode-ser-incluido-na-plataforma-do-curriculo-lattes
o uso não é só

compreender o que foi projetado
fonte de bugs
final do ciclo de vida de um produto
emoticons :)
#hashtags

@pessoa
praticamente todas as funções
sociais de redes sociais
foram criadas pelos seus “usuários”
o uso não é só

passivo

recepção

absorção
associações de “usuários”

se assumem “usuários”

para reinvidicar direitos
SURICATO- associação dos usuários da rede de saúde mental da prefeitura de Belo Horizonte: 

https://www.youtube.com/watch?v=6KikhmQPR5Y&feature=youtu.be
o uso não é só
um recurso barato para gerar dados
um saber para nos apropriamos por

testes, pesquisas e etnografias

sem oferecer contrapartida justa,
sem reconhecer autoria
entregadores
projetando apps

com greve
https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/07/01/greve-dos-
entregadores-ocorre-em-diversas-capitais-do- brasil-confira.htm
co-design

participação
incluir-se no projeto

dos “usuários"
incluir “usuários"

no projeto?
modalidade de projeto

que é impossível de se realizar

sem ser por “usuários"
o projeto para si
para nós
e não apenas projeto

“para um outro”
o projeto para si
para nós
co-participar dos

projetos dos “usuários"
“usuários” já estão
projetando suas existências 

suas condições materiais
quem tem que ser "incluído”

na participação são os “projetistas”
para tal, também

precisam estar como/com “usuários”
produção de existência 

pela produção de tecnologias
como denominar

“usuários”?
Existe diferença entre chamar alguém de:
paciente
consumidor
público

cliente

espectador
cidadão
?
público
visitante
leitor
leitor imersivo
leito-autor
interator
internauta
cibernauta
navegante
agente
interagente
usuário ?
E se ao invés de “usuário" fosse:
operador

operário
funcionário
proletário
?
Se o termo “usuário” é envolto de diversas
problemáticas, como denominar “usuários”?
• Alguns autores propõem mudar o termo 

para “pessoas” ou “humanos”:
• Cuidado: Risco de mudar o termo 

sem mudar seu sentido/significado objetificante
• Cuidado: Risco de perder tradição crítica
Exemplo de manifesto
que reivindica abolir
o termo “usuário”.
O que mudar?

1. Mudar as condições materiais: projetar para usos
que possam produzir de formas mais elaboradas
2. Preferir reconhecer as identidades assumidas 

por aqueles ditos “usuários”
3. Ou assumir o termo como categoria política

sem deixar de denunciar 

o uso alienado de seu conceito ingênuo:
• Usar aspas (“Usuário”) para indica suspensão e dúvida 

de seu significado tradicional
• Apontar a crítica explicitamente, textualmente
Gonzatto (2018)
“Em lugar do cidadão 

formou-se um consumidor, 

que aceita ser chamado de usuário.”
(MILTON SANTOS)


rodrigo@gonzatto.com
rodrigo gonzatto
gonzatto.com
obrigado!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Jordana Mello
Jordana MelloJordana Mello
Jordana Melloossobuco
 
Design de interfaces e linguagens digitais
Design de interfaces e linguagens digitaisDesign de interfaces e linguagens digitais
Design de interfaces e linguagens digitais
UTFPR
 
IHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de Design
IHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de DesignIHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de Design
IHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de Design
Márcio Darlen Lopes Cavalcante
 
Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)
Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)
Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)Impacta Eventos
 
Usabilidade, IHC - Definições
Usabilidade, IHC - DefiniçõesUsabilidade, IHC - Definições
Usabilidade, IHC - Definições
Luiz Agner
 
01 - IHC e usabilidade [Conceitos]
01 - IHC e usabilidade [Conceitos]01 - IHC e usabilidade [Conceitos]
01 - IHC e usabilidade [Conceitos]
Robson Santos
 
Interação Humano Computador 1
Interação Humano Computador 1Interação Humano Computador 1
Interação Humano Computador 1
Robson Santos
 
Interface Humano-Computador (IHC)
Interface Humano-Computador (IHC)Interface Humano-Computador (IHC)
Interface Humano-Computador (IHC)
Wellington Oliveira
 
Arquitetura da Informação e Experiência do Usuário
Arquitetura da Informação e Experiência do UsuárioArquitetura da Informação e Experiência do Usuário
Arquitetura da Informação e Experiência do Usuário
Thais Campas
 
Campus Mobile 2013 - Design e usabilidade
Campus Mobile 2013 - Design e usabilidadeCampus Mobile 2013 - Design e usabilidade
Campus Mobile 2013 - Design e usabilidade
Leandro Biazon
 
Seminario
SeminarioSeminario
Ihc 01-conceitos básicos
Ihc 01-conceitos básicosIhc 01-conceitos básicos
Ihc 01-conceitos básicosEduardo Xavier
 
Flat Design e a Re-Cultura da Interface
Flat Design e a Re-Cultura da InterfaceFlat Design e a Re-Cultura da Interface
Flat Design e a Re-Cultura da Interface
Edu Agni
 
DevUX
DevUXDevUX
DevUX
Edu Agni
 
Design de Interação 2008
Design de Interação 2008Design de Interação 2008
Design de Interação 2008
Wellington Vieira
 
Interação humano computador (introdução )
Interação humano computador (introdução )Interação humano computador (introdução )
Interação humano computador (introdução )Jesse Teixeira
 
Caio Adorno Vassao Design e Computação Ubíqua
Caio Adorno Vassao Design e Computação UbíquaCaio Adorno Vassao Design e Computação Ubíqua
Caio Adorno Vassao Design e Computação Ubíqua
caiovassao
 
Aula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane Fidelix
Aula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane FidelixAula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane Fidelix
Aula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane Fidelix
Cris Fidelix
 

Mais procurados (20)

Jordana Mello
Jordana MelloJordana Mello
Jordana Mello
 
Design de interfaces e linguagens digitais
Design de interfaces e linguagens digitaisDesign de interfaces e linguagens digitais
Design de interfaces e linguagens digitais
 
IHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de Design
IHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de DesignIHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de Design
IHC - Slide 2 - Usabilidade e Princípios de Design
 
Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)
Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)
Palestra Experiência do Usuário no contexto do negócio (UX Expert)
 
Sc ad-tp-g4-a.ppt
Sc ad-tp-g4-a.pptSc ad-tp-g4-a.ppt
Sc ad-tp-g4-a.ppt
 
Usabilidade, IHC - Definições
Usabilidade, IHC - DefiniçõesUsabilidade, IHC - Definições
Usabilidade, IHC - Definições
 
01 - IHC e usabilidade [Conceitos]
01 - IHC e usabilidade [Conceitos]01 - IHC e usabilidade [Conceitos]
01 - IHC e usabilidade [Conceitos]
 
Interação Humano Computador 1
Interação Humano Computador 1Interação Humano Computador 1
Interação Humano Computador 1
 
Interface Humano-Computador (IHC)
Interface Humano-Computador (IHC)Interface Humano-Computador (IHC)
Interface Humano-Computador (IHC)
 
Aula5 ihm
Aula5 ihmAula5 ihm
Aula5 ihm
 
Arquitetura da Informação e Experiência do Usuário
Arquitetura da Informação e Experiência do UsuárioArquitetura da Informação e Experiência do Usuário
Arquitetura da Informação e Experiência do Usuário
 
Campus Mobile 2013 - Design e usabilidade
Campus Mobile 2013 - Design e usabilidadeCampus Mobile 2013 - Design e usabilidade
Campus Mobile 2013 - Design e usabilidade
 
Seminario
SeminarioSeminario
Seminario
 
Ihc 01-conceitos básicos
Ihc 01-conceitos básicosIhc 01-conceitos básicos
Ihc 01-conceitos básicos
 
Flat Design e a Re-Cultura da Interface
Flat Design e a Re-Cultura da InterfaceFlat Design e a Re-Cultura da Interface
Flat Design e a Re-Cultura da Interface
 
DevUX
DevUXDevUX
DevUX
 
Design de Interação 2008
Design de Interação 2008Design de Interação 2008
Design de Interação 2008
 
Interação humano computador (introdução )
Interação humano computador (introdução )Interação humano computador (introdução )
Interação humano computador (introdução )
 
Caio Adorno Vassao Design e Computação Ubíqua
Caio Adorno Vassao Design e Computação UbíquaCaio Adorno Vassao Design e Computação Ubíqua
Caio Adorno Vassao Design e Computação Ubíqua
 
Aula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane Fidelix
Aula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane FidelixAula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane Fidelix
Aula 01 - Conceitos de IHC - Prof.ª Cristiane Fidelix
 

Semelhante a Usuários e designers: quem é quem no codesign?

Aula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no Usuário
Aula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no UsuárioAula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no Usuário
Aula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no UsuárioErico Fileno
 
Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016
Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016
Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016
Tiago Silva da Silva
 
Novas formas de interação Homem-máquina
Novas formas de interação Homem-máquinaNovas formas de interação Homem-máquina
Novas formas de interação Homem-máquina
Joana Moura Ferreira
 
Usabilidade para sistemas
Usabilidade para sistemasUsabilidade para sistemas
Usabilidade para sistemas
anatofol
 
244183.pptx
244183.pptx244183.pptx
Oficina de Introdução ao Design de Interação
Oficina de Introdução ao Design de InteraçãoOficina de Introdução ao Design de Interação
Oficina de Introdução ao Design de Interação
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Palestra ufjf ago-2013(2)
Palestra ufjf  ago-2013(2)Palestra ufjf  ago-2013(2)
Palestra ufjf ago-2013(2)
Background Maxx Comunicação
 
Palestra UFJF - Agosto 2013
Palestra UFJF - Agosto 2013Palestra UFJF - Agosto 2013
Palestra UFJF - Agosto 2013Better Mello
 
Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário?
Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário? Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário?
Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário?
Agatha Martins
 
Design de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuário
Design de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuárioDesign de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuário
Design de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuário
Luiz Henrique Pinho de Sá
 
Experiência do usuário e Design de Interfaces no Governo
Experiência do usuário e Design de Interfaces no GovernoExperiência do usuário e Design de Interfaces no Governo
Experiência do usuário e Design de Interfaces no Governo
UFPE
 
Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...
Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...
Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...
Renata Tonezi
 
Design para o Comportamento
Design para o ComportamentoDesign para o Comportamento
Design para o Comportamento
CogIgnition
 
O que é design de interação
O que é design de interaçãoO que é design de interação
O que é design de interação
UFPE
 
Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...
Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...
Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...
Luciano Lobato
 
Sociedade 2º bimestre - semana 4
Sociedade   2º bimestre - semana 4Sociedade   2º bimestre - semana 4
Sociedade 2º bimestre - semana 4
dicasdubr
 
Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.
Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.
Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.
Impacta Eventos
 
Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7
Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7
Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7
Melina Alves
 
O que é design de interação
O que é design de interaçãoO que é design de interação
O que é design de interação
Hugo Albuquerque
 

Semelhante a Usuários e designers: quem é quem no codesign? (20)

Aula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no Usuário
Aula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no UsuárioAula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no Usuário
Aula 1 - Minicurso sobre Design Centrado no Usuário
 
Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016
Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016
Chega de "tapa na UX" - Agile trends 2016
 
Novas formas de interação Homem-máquina
Novas formas de interação Homem-máquinaNovas formas de interação Homem-máquina
Novas formas de interação Homem-máquina
 
Usabilidade para sistemas
Usabilidade para sistemasUsabilidade para sistemas
Usabilidade para sistemas
 
244183.pptx
244183.pptx244183.pptx
244183.pptx
 
Oficina de Introdução ao Design de Interação
Oficina de Introdução ao Design de InteraçãoOficina de Introdução ao Design de Interação
Oficina de Introdução ao Design de Interação
 
Palestra ufjf ago-2013(2)
Palestra ufjf  ago-2013(2)Palestra ufjf  ago-2013(2)
Palestra ufjf ago-2013(2)
 
Palestra UFJF - Agosto 2013
Palestra UFJF - Agosto 2013Palestra UFJF - Agosto 2013
Palestra UFJF - Agosto 2013
 
Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário?
Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário? Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário?
Como criar projetos orientados pelo design e pela experiência do usuário?
 
Design de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuário
Design de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuárioDesign de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuário
Design de Interação - Entendendo, conceituando e abordagem centrada no usuário
 
Experiência do usuário e Design de Interfaces no Governo
Experiência do usuário e Design de Interfaces no GovernoExperiência do usuário e Design de Interfaces no Governo
Experiência do usuário e Design de Interfaces no Governo
 
Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...
Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...
Chatbots e UX: Como os chatbots podem ajudar a entender o que as pessoas real...
 
Design para o Comportamento
Design para o ComportamentoDesign para o Comportamento
Design para o Comportamento
 
O que é design de interação
O que é design de interaçãoO que é design de interação
O que é design de interação
 
Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...
Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...
Design para o Comportamento - uma alternativa ao Design da Experiência do Usu...
 
Sociedade 2º bimestre - semana 4
Sociedade   2º bimestre - semana 4Sociedade   2º bimestre - semana 4
Sociedade 2º bimestre - semana 4
 
Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.
Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.
Os desafios do Arquiteto de Informação como UX Expert: Criatividade e Inovação.
 
Rumo à biblioteconomia 2.0
Rumo à biblioteconomia 2.0Rumo à biblioteconomia 2.0
Rumo à biblioteconomia 2.0
 
Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7
Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7
Campus Party_Design do dia a dia #Cpbr7
 
O que é design de interação
O que é design de interaçãoO que é design de interação
O que é design de interação
 

Mais de Rodrigo Freese Gonzatto

Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]
Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]
Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Fluxogramas
FluxogramasFluxogramas
Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)
Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)
Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Brainstorming: técnicas e abordagens em grupos
Brainstorming: técnicas e abordagens em gruposBrainstorming: técnicas e abordagens em grupos
Brainstorming: técnicas e abordagens em grupos
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019
Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019
Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...
Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...
Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Diagrama de afinidades
Diagrama de afinidadesDiagrama de afinidades
Diagrama de afinidades
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...
Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...
Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...
Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...
Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Design de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projeto
Design de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projetoDesign de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projeto
Design de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projeto
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...
Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...
Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Projetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiro
Projetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiroProjetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiro
Projetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiro
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Projetando interações com vídeo
Projetando interações com vídeoProjetando interações com vídeo
Projetando interações com vídeo
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]
Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]
Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Música e Tecnologia
Música e TecnologiaMúsica e Tecnologia
Música e Tecnologia
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Comida e Tecnologia
Comida e TecnologiaComida e Tecnologia
Comida e Tecnologia
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Internet: Descentralização ou Centralização?
Internet: Descentralização ou Centralização?Internet: Descentralização ou Centralização?
Internet: Descentralização ou Centralização?
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Rabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill Verplank
Rabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill VerplankRabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill Verplank
Rabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill Verplank
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Alguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e Vaporwave
Alguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e VaporwaveAlguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e Vaporwave
Alguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e Vaporwave
Rodrigo Freese Gonzatto
 
Interações opressivas (Design & Opressão)
Interações opressivas (Design & Opressão)Interações opressivas (Design & Opressão)
Interações opressivas (Design & Opressão)
Rodrigo Freese Gonzatto
 

Mais de Rodrigo Freese Gonzatto (20)

Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]
Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]
Consciência ingênua e crítica em Vieira Pinto e Paulo Freire [atualizado]
 
Fluxogramas
FluxogramasFluxogramas
Fluxogramas
 
Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)
Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)
Ler imagens (Gestalt e composição para Design de Interfaces)
 
Brainstorming: técnicas e abordagens em grupos
Brainstorming: técnicas e abordagens em gruposBrainstorming: técnicas e abordagens em grupos
Brainstorming: técnicas e abordagens em grupos
 
Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019
Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019
Guidelines - Design de apps (Apple iOS e Google Material Design) 2019
 
Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...
Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...
Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à q...
 
Diagrama de afinidades
Diagrama de afinidadesDiagrama de afinidades
Diagrama de afinidades
 
Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...
Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...
Produzir nossa própria existência: Reflexões para a produção em/sobre Álvaro ...
 
Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...
Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...
Desenvolvimento de coleção de REA sobre o conceito de amanualidade em Design ...
 
Design de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projeto
Design de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projetoDesign de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projeto
Design de Moda e Design Digital: o corpo como fulcro do projeto
 
Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...
Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...
Sobre o conceito de amanualidade em Simone de Beauvoir e Vieira Pinto a parti...
 
Projetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiro
Projetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiroProjetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiro
Projetando interações opressivas e libertárias com o corpo inteiro
 
Projetando interações com vídeo
Projetando interações com vídeoProjetando interações com vídeo
Projetando interações com vídeo
 
Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]
Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]
Conceito de Técnica e Tecnologia [em Álvaro Vieira Pinto]
 
Música e Tecnologia
Música e TecnologiaMúsica e Tecnologia
Música e Tecnologia
 
Comida e Tecnologia
Comida e TecnologiaComida e Tecnologia
Comida e Tecnologia
 
Internet: Descentralização ou Centralização?
Internet: Descentralização ou Centralização?Internet: Descentralização ou Centralização?
Internet: Descentralização ou Centralização?
 
Rabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill Verplank
Rabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill VerplankRabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill Verplank
Rabiscando os rabiscos do modelo da ação de Bill Verplank
 
Alguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e Vaporwave
Alguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e VaporwaveAlguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e Vaporwave
Alguns apontamentos sobre Arte Digital: Glitch Art, GIF Art e Vaporwave
 
Interações opressivas (Design & Opressão)
Interações opressivas (Design & Opressão)Interações opressivas (Design & Opressão)
Interações opressivas (Design & Opressão)
 

Usuários e designers: quem é quem no codesign?

  • 1. Quem é 
 no codesign? quem 
 rodrigo@gonzatto.com rodrigo gonzatto gonzatto.com Lygia Clark e Hélio Oiticica. "Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
  • 2. Quem são? Quem são? “usuários” & projetistas para entender
  • 3.
  • 4. rodrigo 
 freese 
 gonzatto professor 
 Design/PUCPR mentor
 Apple Developer Academy
 
 especialista
 Design de Interação doutor 
 Tecnologia e Sociedade/PPGTE
  • 5. rodrigo 
 freese 
 gonzatto professor 
 Design/PUCPR mentor
 Apple Developer Academy
 
 especialista
 Design de Interação doutor 
 Tecnologia e Sociedade/PPGTE insights a partir da tese
 “Usuários e Produção
 da Existência” (Gonzatto, 2018)
  • 7. “usuários não sabem o que querem” “usuários são ignorantes/burros” “usuários não sabem usar”
  • 8. Tumblr “Sentado no Usuário”: https://sentadonousuario.tumblr.com
  • 9. MELO, Lafayette Batista (2012). Estereótipos sociais em piadas do profissional de informática: relações com o usuário de computador.
  • 10. “Se eu tivesse perguntado 
 às pessoas o que elas queriam, 
 elas teriam dito cavalos mais rápidos”
  • 11. Tumblr “Sentado no Usuário”: https://sentadonousuario.tumblr.com
  • 13. como “usuários” foram e são alienados 
 da produção de suas existências 
 por meio da tecnologia digitais? porque lhes é negado o direito 
 de participar das tecnologias 
 do seu tempo socio-histórico?
  • 14. como construímos uma relação
 tão desigual com as tecnologias, 
 que as pessoas podem usa-lá
 sem tomá-las para si? porque não estamos construindo a produção, educação e socialização 
 das tecnologias junto com a consciência de se saber o que se quer?
  • 15. como projetistas foram e são alienados
 da função social de seu trabalho
 da produção social da existência? porque lhes é dado condições
 mais propícias para falar pelos “usuários” do que ser e estar 
 com estes?
  • 17. Vieira Pinto Campos dos Goytacazes 1909 ⭒ Rio de Janeiro 1987 †
 Paulo Freire ⭒ 1921 Recife † 1997 São Paulo Ler Vieira Pinto e Paulo Freire me apresentou 
 um viés dialético-existencial para IHC
  • 18. compreensão dialética: 
 uso e produção não são opostos. 
 produção/projeto partem do uso, 
 uso direciona-se a produção/projeto
  • 19. “Usuários” são sempre 
 pessoas concretas, 
 em um tempo histórico, 
 em sociedade: 
 produzindo suas existências
 a partir de suas amanualidades
 e em meio a opressões Gonzatto (2018)
  • 20. Todo “usuário” 
 possui saberes e fazeres: 
 necessariamente 
 projetam, produzem e tem tecnologia 
 porquê precisam sobreviver 
 em um mundo
 que exige tecnologias digitais
  • 22. O que é um “usuário”?
 • [1] uma pessoa representativa [persona], no sentido estatístico ou pragmático; • [2] uma pessoa individual em um contexto único; • [3] uma pessoa trabalhando em uma configuração colaborativa; • [4] um componente de um sistema de trabalho; • [5] uma organização, uma parte interessada; • [6] um usuário-final; • [7] uma organização representando o usuário; • [8] um consumidor. Ehn; Löwgren (1997)
  • 23. Concepcões de utentes, 
 influentes na IHC:
 1. Usuário como uma engrenagem em uma máquina racional; 2. Usuário como uma fonte de erro; 3. Usuários como parceiros em interações sociais; 4. Usuários como consumidores. 
 • Usuários como aprendizes • Usuários como modeladores e modificadores de seus ambientes • Usuários como se tornando "algo a mais” Kuutti (2001)
  • 24. Concepções de “usuários”:
 1. Usuário como um corpo físico 2. Usuário como alguém que compreende linguagem 3. Usuário como um processador de informação 4. Usuário como um trabalhador em uma organização 5. Usuário como um buscador de informação 6. Usuário como um ser social
 • Usuário como uma fonte de significado Winograd (2011)
  • 25. existem tantas concepcões de “usuário” 
 quanto existem teorias, abordagens e discursos “usuário" é uma construção social não é “natural" existirem “usuários” por isso, vamos para uma
 abordagem histórica
  • 26. Origens da palavra • Do Latim usus: ato de usar uma coisa, 
 a sua aplicação, emprego ou equivalente. 
 • Foi adaptada como o substantivo 
 agente de usus descrevendo 
 aquele que executa a acao de uso.
 • É o particípio passado de uti 
 para uso + sufixo tus de verbos de ação. • Em seguida, passa através do Francês Antigo 
 com a palavra user 
 • Entre 1175 e 1225 passa para o Inglês Médio 
 na forma Usen, que é de onde 
 herdamos a forma contemporânea Bradley et al. (2013) USUÁRIO
  • 27. 3 usos do termo “usuário” 1. alguém que faz uso de uma coisa; que usa algo; manuais
 séc.19 influências Bradley et al. (2013)
  • 28. 3 usos do termo “usuário” 1. alguém que faz uso de uma coisa; que usa algo 2. pessoa que usa narcóticos, 
 “usuário de drogas” manuais
 séc.19 1930- drogas influências Bradley et al. (2013)
  • 29. 3 usos do termo “usuário” 1. alguém que faz uso de uma coisa; que usa algo 2. pessoa que usa narcóticos, 
 “usuário de drogas” 3. pessoa ou organização que 
 usa computadores manuais
 séc.19 1930- drogas PC
 revistas
 IHC
 DCU influências Bradley et al. (2013); Kerssens (2016)
  • 30. porém, nem sempre 
 pessoas usando computadores 
 foram “usuárias” 
 
 
 depois: Fatores Humanos/Ergonomia e
 as interfaces para "diminuir custos”
 e contratar operadores 
 menos experientes no início… eram 
 as operadoras no início… eram 
 as operadoras no início… eram 
 as operadoras
  • 31. gerência e análise de sistemas programação operação sistemas de informação
 ciências da computação fatores humanos/IHC disciplinarização dos conhecimentos 
 origens da computação Grudin (2012)
  • 32. nem sempre “usuário” 
 foi quem opera o computador: 
 mudança:“usuário” é
 hands off ou hands on ?
 (uso delegado / uso direto) Kerssens (2016)
  • 33. de computador como simbiose
 amplificador intelectual 
 para ferramenta doméstica
 (Personal Computer) noção atual: "usar" absorve o "operar" Kerssens (2016)
  • 34. condição de “usuário" “usuário” é a pessoa que 
 precisa usar tecnologias computacionais 
 para sobreviver
 
 mas 
 a quem foi negada especializar-se nelas
 e foi afastada dos espaços onde poderia 
 participar em seu projeto Gonzatto (2018)
  • 35. usuarismo
 & opressão — a condição de
 “usuário"
  • 36. "Usuários" representados como 
 indivíduos desempoderados • Imagens ingênua de “usuários" para justificar 
 que temos que “salvar usuários” • Para “empoderar”, defende-se um fácil de usar, 
 mas que desespecializam, 
 gerando dependência “fora" de alguém lá “dentro”. • Pessoas não se “empoderam“ por 
 mero contato com tecnologias alienígenas
  • 37. "Usuários" representados como 
 receptores de interfaces • "Usuários" vistos como “sem poder" 
 de transformar as interfaces. • Como se fosse uma condição natural, e não algo produzido intencionalmente • Interface tida como algo que está “pronto” • Nenhum artefato chega “pronto”, nem atende todas as demandas. Utentes produzem computar. Precisam fazê-lo pra produzir existência.
  • 38. Construções sociais da relação
 entre pessoas e tecnologias que favorecem 
 a alienação da produção da existência Usuários são afastados dos espaços e tempos projetuais privilegiados Usuários foram
 desespecializados
  • 39. • “Usuários” não são ignorantes: lhes foi negada a especialização em tecnologias computacionais • Pessoas foram historicamente desespecializadas de sua busca pelo domínio das tecnologias digitais • Nos negamos a reconhecer 
 que “usuários” podem se especializar Usuários foram
 desespecializados
  • 40. quando “usuários” começam a dominar tecnologias paramos de chama-los de “usuários" 
 “se tornam” hackers
 everyday designer
 amateur designer
 non-expert designers
 co-designers
 não-designers 
 etc.
 
 não “usam”. fazem:
 design intuitivo
 design espontâneo
 ad hoc appropriations creative use
 creative practice
 design-by-use
 Non-Intentional Design
 etc. Gonzatto (2018)
  • 41. Usabilidade como 
 continuidade da ideologia da gerência científica: 
 manutenção “usuários” como não-especialistas
  • 42. • Como sociedade
 não nos educamos nem nos formamos 
 para nos especializar em tecnol. digitais • A quem interessa 
 usuários se especializando?
 Programando, projetando, criando
 propondo, reparando? • Ocultamos a pergunta: 
 designers e “usuários" 
 trabalham para quem?
  • 43. • Utentes projetam, nos espaços que lhes são possíveis Mas esses não são espaços de projeto privilegiados pelo modo de produção capitalista. • Afastados dos espaços projetuais propícios para transformar computadores (fábrica, indústria, estúdio) • Mesmo “fora” exige-se de "usuários" uma 
 percepção do sistema que cujo espaço para 
 ter/participar é muito regulado “Usuários” afastados dos espaços projetuais privilegiados Usuários são afastados dos espaços e tempos projetuais privilegiados
  • 44. Construção de um “dentro “ e “fora” do espaço projetual • “Não se pode projetar para si mesmo" 
 "Designer não é o usuário”
 Quem projeta deve ser distante e descompromissado com quem usa? • Projetistas constroem auto-imagem de si mesmos como “não-usuários”, por estarem “dentro” das organizações, e, os utentes, “fora”. • Essa separação não existia no inicio da computação Cooper; Bowers (1995)
  • 45. Usuário” posto como o 
 “outro” dos projetistas projetista
 projeta
 dentro 
 especialista
 técnica razão
 sujeito usuário
 usa
 fora
 não-especialista intuição emoção objeto Gonzatto (2018)
  • 47. conhecimentos especializados produção de artefatos produção de artefatos computacionais produção do projeto de artefatos computacionais produção da
 cultura material produção social
 da existência
  • 48. divisões do trabalho do computar projeto desenvolvimento IHC Computação
  • 49. divisões do trabalho do computar projeto teoria desenvolvimento prática IHC pesquisadores Computação praticantes
  • 50. divisões do trabalho do computar projeto teoria produção desenvolvimento prática uso IHC pesquisadores projetistas Computação praticantes “usuários"
  • 51. divisão internacional
 do trabalho do computar quem desenvolve quem teoriza quem produz quem projeta quem prática quem usa somos os “usuários”?
  • 52. Heróis, Tiranos e Vítimas Quem são? Clay Spinuzzi (2003)
 Introduction: Tyrants, Heroes, and Victims in Information Design
  • 53. Disputas disciplinares • 1970-1980: retórica das comunidades de IHC se volta 
 a legitimação de uma constituição disciplinar própria • Assume usuários e interfaces (e a interação destes) como seu domínio: • O “computador" 
 já era reinvidicado pela Computação • Não usar “operador/a”, 
 para se distanciar da Ergonomia Cooper; Bowers (1995)
  • 54. • “Usuário" é categoria central na IHC 
 serviu ao seu reconhecimento disciplinar: • Se para projetar sistemas é preciso entender os “usuários”, então o projeto precisa de IHC, pois ela representará os “interesses dos usuários” • Profissional de IHC como
 um “advogado do usuário” 
 → seu representante no espaço de projeto Disputas disciplinares Cooper; Bowers (1995)
  • 55. “Usuários"como algo que 
 o projetista ‘usa' para 
 vencer debates, 
 convencer clientes, etc. “Usuário” como “recurso cênico” 
 do espaço projetual: não influencia decisões de projeto, mas serve de recurso retórico e político Sharrock e Anderson (1994); van Amstel: “Usuário não é Pokémon” (2012)
  • 56. Um conceito abstrato/genérico de "usuário"
 interessa à manutenção de uma visão de IHC “indispensável”, na qual “usuários” precisam ser continuamente representados Resultado de busca no Google:
 indivíduo genérico, bustos sem rosto Cooper; Bowers (1995)
  • 57. Centralidade da IHC na 
 Psicologia Cognitiva • IHC assume-se“ciência aplicada das teorias cognitivas” para obter legitimidade científica Cooper; Bowers (1995)
  • 58. “usuário" = mente de um indivíduo
 modelos sem corpo, sem mundo Igoe; O’Sullivan “How the computer sees us” (2004)
  • 60. quem paga e financia 
 “usuários” sendo
 
 Centrados Modelados Avaliados Testados
 
 — designers trabalham para quem? Design Centrado no Usuário mas submisso a lógica de mercado que vem antes dele?
  • 62. Clique'aqui.' ' Clique'aqui.' ' A interface do “usuário"
 é toda a realidade do sistema
 para “usuários”?
  • 66. diferenças entre “usuários" e "designers"
 diferentes relações com artefatos Amanualidade em Winograd e Flores (1987) baseado em Heidegger Ilustração de Alexandre Nascimento
  • 68. Gonzatto (2018) baseado em Álvaro Vieira Pinto (1960) Ilustração de Alexandre Nascimento
  • 69. Como surgiu 
 esse objeto? “camera cover”? “usuários” adaptando/regulando 
 com o que se tem disponível“a mão”
  • 70. “Nuvem" dos “usuários”
 
 E-mail, Grupo,WhatsApp para si mesmo 
 para armazenamento ou notas
 ou para transferir arquivos do celular pro computador “usuários” projetando novas funções em objetos 
 que não foram “feitos para aquilo”
  • 71. dual SIM caso de comunidades rurais no Quênia uso de mais de um SIM no mesmo celular
 (interface amanual) como criar um botão de desliga? Tirar a bateria para celular desligar quando trava= botão de desligar (interface amanual) celular como lanterna Foi observando o uso de celulares como lanternas que essa funcionalidade foi “adicionada”
  • 72. como não negar o saber daqueles, 
 chamados de “usuários”? assumir que “usuários” sempre possuem saberes possuem IHC possuem Computação possuem Design mas podem 
 desenvolvê-las?
  • 73. “usuários” projetam, computam e interagem
 entre
 o grau de amanualidade que lhes foi dado
 e o grau de amanualidade que criam uma amanualidade que foi
 negada, 
 constrangida, 
 subdesenvolvida
  • 74. não com as técnicas de IHC, Computação e Design
 que nunca lhe foram ensinadas, mas com
 uso, não-uso gambiarra, adaptação resistência, contra-projeto “usuários” se especializam em criar espaço projetual 
 
 nas brechas dos 
 processos produtivos
  • 75. uma outra imagem
 de “usuário”:
 
 “Usuários” como sujeitos 
 na pesquisa e no projeto 
 em IHC, Computação e Design
  • 76. • “Usuários" não devem ser só “objetos" da IHC 
 (a quem o objeto se destina) • “Usuários" tem tecnologia, projetam e produzem computadores, mesmo que 
 em condições desprivilegiadas • “Usuários” produzem a IHC, e 
 a IHC deveria reconhecer a produção por utentes. Que IHC é essa que
 “usuários" produzem? Gonzatto (2018)
  • 77. ativismo LGBT projetando inclusão de nome social em formulários https://ufmg.br/comunicacao/noticias/nome-social- pode-ser-incluido-na-plataforma-do-curriculo-lattes
  • 78. o uso não é só
 compreender o que foi projetado fonte de bugs final do ciclo de vida de um produto
  • 79. emoticons :) #hashtags
 @pessoa praticamente todas as funções sociais de redes sociais foram criadas pelos seus “usuários”
  • 80. o uso não é só
 passivo
 recepção
 absorção
  • 81. associações de “usuários”
 se assumem “usuários”
 para reinvidicar direitos SURICATO- associação dos usuários da rede de saúde mental da prefeitura de Belo Horizonte: 
 https://www.youtube.com/watch?v=6KikhmQPR5Y&feature=youtu.be
  • 82. o uso não é só um recurso barato para gerar dados um saber para nos apropriamos por
 testes, pesquisas e etnografias
 sem oferecer contrapartida justa, sem reconhecer autoria
  • 84. co-design
 participação incluir-se no projeto
 dos “usuários" incluir “usuários"
 no projeto?
  • 85. modalidade de projeto
 que é impossível de se realizar
 sem ser por “usuários" o projeto para si para nós e não apenas projeto
 “para um outro”
  • 86. o projeto para si para nós co-participar dos
 projetos dos “usuários" “usuários” já estão projetando suas existências 
 suas condições materiais
  • 87. quem tem que ser "incluído”
 na participação são os “projetistas” para tal, também
 precisam estar como/com “usuários” produção de existência 
 pela produção de tecnologias
  • 89. Existe diferença entre chamar alguém de: paciente consumidor público
 cliente
 espectador cidadão ?
  • 91. E se ao invés de “usuário" fosse: operador
 operário funcionário proletário ?
  • 92. Se o termo “usuário” é envolto de diversas problemáticas, como denominar “usuários”? • Alguns autores propõem mudar o termo 
 para “pessoas” ou “humanos”: • Cuidado: Risco de mudar o termo 
 sem mudar seu sentido/significado objetificante • Cuidado: Risco de perder tradição crítica Exemplo de manifesto que reivindica abolir o termo “usuário”.
  • 93. O que mudar?
 1. Mudar as condições materiais: projetar para usos que possam produzir de formas mais elaboradas 2. Preferir reconhecer as identidades assumidas 
 por aqueles ditos “usuários” 3. Ou assumir o termo como categoria política
 sem deixar de denunciar 
 o uso alienado de seu conceito ingênuo: • Usar aspas (“Usuário”) para indica suspensão e dúvida 
 de seu significado tradicional • Apontar a crítica explicitamente, textualmente Gonzatto (2018)
  • 94. “Em lugar do cidadão 
 formou-se um consumidor, 
 que aceita ser chamado de usuário.” (MILTON SANTOS)