Este documento descreve um estudo de caso sobre o uso de imagens visuais como recurso pedagógico na educação de uma adolescente surda. Foram realizadas sessões utilizando representações como desenhos e fotos para avaliar possíveis contribuições no processo de aprendizagem. Os resultados indicaram o desenvolvimento de diálogos e relações entre os assuntos propostos, confirmando o efeito facilitador das imagens visuais na educação de surdos.
1. Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Educação Curso de Educação Especial Noturno- licenciatura
IMAGENS VISUAIS COMO RECURSOS
PEDAGOGICOS NA EDUCAÇÃO DE
UMA ADOLESCENTE SURDA: UM
ESTUDO DE CASO
NOME: Rolciane dos Santos Portella
AUTORAS: Clarisse Nery
Cecilia Batista
Santa Maria, Outubro de 2015
2. INTRODUÇÃO
O uso de imagens visuais vem sendo um
recurso pedagógico no trabalho com crianças e
adolescentes surdas. Essa proposta foi testada
com uma jovem surda, observando possíveis
contribuições do uso de imagens visuais no
processo de aprendizagem dessa jovem. Foram
realizadas três sessões pedagógicas, com a
utilização de representações pedagógicas, como
os desenhos , fotos e pinturas.
As sessões foram filmadas, transcritas e
analisadas de modo qualitativo.
3. DESENVOLVIMENTO
Ao falar em educação inclusiva temos que ver em
qual âmbito abrange tal proposto para politica
educacional.
O processo de inclusão tem um objetivo que
transforma concepções sobre a diversidade humana e a
participação das pessoas com deficiência ou não, em
uma sociedade em que todos sejam de fato cidadãos.
4. Sendo deste modo o estado/governo tem
responsabilidades de proporcionar condições
favoráveis , oferecendo oportunidades e meios para
que aconteça a inclusão de fato.
A inclusão é um processo em que os alunos com
necessidades educacionais, frequenta redes comum
de ensino. Estas deverão estar preparadas para dar
apoio, interação, atender as dificuldades individuais
e promover a integração à comunidade.
5. Neste trabalho foi observado uma jovem
de dezenove anos, em seis sessões.
1ºAtividade
Foi apresentado a ela, figuras de objetos,
com a finalidade de relacionar com suas
respectivas funções e matérias de que eram
feitos.
-esculturas de um galo
-de um galo de metal
-almofada de tecido com desenho de tartaruga
-quadro com a pintura de cobra
7. Relato:
*figura da almoçada da tartaruga
-iniciando com uma investigação sobre o material de
que é feito(tecido), a garota fala da função da
almofada(serve para dormir), pergunta o nome do
objeto e segue um dialogo sobre usos e
características de almofada de sua casa e da
educadora.
9. Foi proposto que ela desenhasse :
-passarinhos, peixe, gato e cachorro
A atividade foi realizada de modo completo, tendo
que a jovem feito os desenhos dos quatro animais
propostos.
A partir do desenho, é mantido uma conversa
sobre aquários da educadora e dela, com riqueza nos
detalhes.
Explorando as características dos peixes e seus
hábitos.
10. 3º Atividade
Nesta atividade era para a garota associar as cartas(tipo
baralho) com desenhos que representavam determinadas
situações.
ex: pessoa parecendo cansada
Com a frase que indicava o significado correspondente.
Ex:? Ficar de língua de fora
Do conjunto de 17 cartas apresentadas, foram 3 casos
de acerto total, 5 aproximação e 9 de erros.
11. 4º Atividade
Foi proposto para que observasse a gravura de
uma bailarina produzisse um texto.
-ela demonstrou grande interesse pela gravura, pois
gostava de dançar.
O dialogo foi direcionado para as características
da bailarina.
12. 5º Atividade:
A atividade consiste na leitura (com sinais) de
legendas com informações a respeito de
características e hábitos de animais e observações de
gravuras coloridas suas.
A proposta era para que estabelecesse relações de
semelhanças e diferenças entre os animais .
13. Ex :
micro leão dourado,
lobo guara,
arara azul,
onça pintada,
jacaré de papo amarelo.
Durante as observações , ela demostra interesse
em ter informações sobre seus hábitos e
características dos mesmos.
14. CONCLUSÃO
Os resultados indicam o desenvolvimento de uma
pratica discursiva com diálogos extensos, abordando
elementos descritivos e estabelecendo relações e
interferências entre os assuntos propostos.
O estudo confirma achados anteriores sobre o
efeito facilitador da imagem visual na educação do
surdo e trouxe a discussão sobre as dificuldades de
inclusão social dos jovens surdos.
Portanto, a pedagogia inclusiva não pretende a
correção do sujeito, mas a manifestação do seu
potencial, contemplando à necessidade de todos os
especiais.