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A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares


                Bibliotecas Escolares e a Web 2.0



                               Síntese da Unidade




Esta unidade teve por objectivos:
       Familiarizar-se com os conceitos de Web 2.0 e Biblioteca 2.0
       Debater os novos desafios que se colocam à biblioteca escolar no contexto da
        Web 2.0


Para a realização das actividades deste módulo de formação, para lá do texto de
introdução à temática, foram disponibilizados 11 documentos, 5 de leitura obrigatória.


Foram propostas três tarefas, das quais os formados realizariam apenas uma.


Na primeira tarefa, os formandos deviam, a partir das leituras efectuadas, elaborar
uma reflexão sobre a temática «Que passos poderiam dar as nossas bibliotecas (tenha
em conta a realidade da sua escola) para se aproximarem de um modelo de biblioteca
2.0?»


Na segunda, a partir da temática referida numa apresentação de Gabriela Grosseck, os
formandos deveriam tentar responder à pergunta: «Como evitar que sejamos presas
de uma “pedagogia tomada pela tecnologia”?».


Na terceira proposta, era pedido aos formandos que realizassem uma pequena
dissertação acerca de um dos temas abaixo.


       A criação de redes de partilha e de comunicação da informação e as novas
        formas de relacionamento da biblioteca com a comunidade.
A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares


      O surgimento de novos equipamentos, ambientes e suportes de difusão da
       informação e as suas implicações para a biblioteca.
      O surgimento de novas formas de aceder e produzir informação/conhecimento.
      A necessária mudança da biblioteca escolar na forma como oferece acesso às
       suas colecções e o apoio ao utilizador.
      A perspectiva do futuro e as adaptações a que a biblioteca escolar tem de
       responder (no espaço/tempo da Web 2.0), numa perspectiva de serviço e
       resposta aos anseios e necessidades da escola/ utilizador.



De referir o elevado nível de participação dos formandos nas tarefas propostas, sendo
que, apesar de todas as limitações de tempo impostas pelo desempenho da função de
CIBE e outras formações em que estão envolvidos, todos participaram na sessão,
mesmo que alguns o tenho feito com atraso (Carla Fernandes, Lucília Santos, Maria
João Filipe, Elisabete Carvalho Maria José Vitorino e Paixão Pinto).
Devemos igualmente destacar não só quantidade de interacções que se
estabeleceram, mas sobretudo a qualidade da maior parte das reflexões,
evindenciadoras de uma já notória incorporação dos conceitos da Web 2.0 e das
problemáticas e desafios que colocam às bibliotecas escolares.


Quanto à tarefa 1, a temática «Que passos poderiam dar as nossas bibliotecas) para se
aproximarem de um modelo de biblioteca 2.0?» foi a preferida pela maioria dos
formandos (12 em 20), tanto na reflexão como nos comentários, tendo dado origem a
36 mensagens no fórum respectivo.
Sintetizando o conjunto das contribuições, podemos dizer que os passos a dar pelas BE
para se aproximarem de um modelo de biblioteca 2.0 evolvem:


a) Enfoque no utilizador.


b) Questões organizacionais, que se prendem com a política educativa da escola, o
estabelecimento de metas a médio/longo prazo e com uma redefinição do foco
estratégico da própria biblioteca e/ou da própria escola.


Síntese da unidade
                                                                                2
A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares


c) Formação da equipa e de utilizadores, fundamental no contexto de uma biblioteca
2.0, caracterizada pela evolução permanente e pela gestão da mudança.

d) A infra-estrutura tecnológica


e) Motivação


f) Redes de partilha


A importância que o professor bibliotecário desempenha neste processo foi talvez o
tema que reuniu um maior consenso no conjunto das contribuições, nomeadamente a
necessidade de ter formação na área e de ser portador de um determinado conjunto
de competências – aventureiro, proactivo, atitude de abertura, com vontade de mudar
(Carla Fernandes, Lucília Santos, Maria João, António Pires, Regina, Elisabete
Carvalho, Isabel Antunes e Rosário). A Raquel destaca a importância de uma «política
educativa que vise o desenvolvimento de competências essenciais ao aluno do século
XXI» e de uma «cultura de trabalho colaborativo», que Lucília Santos concretiza na
figura da equipa PTE e da direcção. A Lucília realça ainda muito pertinentemente as
ameaças que novos protagonismos permitidos pela Web 2.0 poderão representar para
as relações de poder e a organização da escola, sugerindo que a um PB 2.0 deverá
corresponder um director 2.0
A Maria João, a Raquel e a Elisabete enumeram algumas das ferramentas que
poderão ajudar o PB a dar o tal «passo em frente», e os contextos em que poderão ser
utilizadas.
A Júlia descreve um conjunto de 4 passos, de que destacamos a capacidade de
«envolver os utilizadores», um dos princípios da Web 2.0, no que também é seguida
pelo António Pires, a Regina, a Elisabete, e a Maria José Alves. Neste âmbito, a Isabel
Antunes, refere a curiosa imagem de se ser necessário instituir-se «o reinado do
utilizador, transformando-o num construtor de conteúdos».
A Regina acrescenta também ser indispensável ultrapassar a «falta de cultura da
escola sobre a utilização da biblioteca enquanto recurso pedagógico».
A proposta 2 gerou 19 mensagens no fórum respectivo: perguntava-se aos formandos
«Como evitar que sejamos presas de uma “pedagogia tomada pela tecnologia”?»


Síntese da unidade
                                                                                  3
A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares


Entre a diversidade de argumentos utilizados, destacamos as seguintes contribuições:
A Helena Paz dos Reis refere a necessidade de «questionar que aprendizagens
queremos, que competências se desenvolvem, que ferramentas e recursos temos e
queremos adoptar para apoiar as aprendizagens» e de assumir uma nova atitude na
promoção de novas literacias, uma atitude de mudança. A importância da mudança é
igualmente realçada pela Isabel Mendinhos, que responde ao repto do fórum
equacionando, por um lado, «como vamos alargar a colecção a novos formatos, como
vamos criar novas formas de disponibilizar a informação e de contactar com os
utilizadores» e assegurando que o recurso às novas ferramentas não se faça apenas
para sossegar a consciência. A Raquel Ramos, que optou por fazer uma reflexão
igualmente sobre este tema, considera ser necessário «incluir as enormes
potencialidades das novas tecnologias nas situações de aprendizagem que realizamos
com os alunos» e que «estes não devem ter uma atitude passiva, mas serem
chamados a desenvolver competências várias de leitura, de literacia, dos media
digitais.»
A Margarida Costa salienta um aspecto importante que traduz aquela que ainda é a
realidade de muitas das nossas escolas, onde a falta de infra-estruturas tecnológicas e
de formação se traduz em ambientes educativos que continuam a «negligenciar todo
um conjunto de recursos e ferramentas que estão ao nosso dispor». Coloca assim a
questão de uma outra forma: Como evitar uma «pedagogia» que persiste em ignorar as
potencialidades da «tecnologia»?


Na proposta 3, propunha-se aos formandos que se debruçassem sobre quatro temas,
que no fundo podem ser sintetizados como os grandes desafios que se colocam às BE
perante o novo contexto. Embora nem todos os temas tenham sido objecto de
reflexão, de uma forma geral, nas suas contribuições, os formandos reconheceram o
papel que a BE é chamada a desempenhar perante as novas formas de aceder e
produzir informação/conhecimento e o aparecimento de novos equipamentos,
ambientes e suportes de difusão da informação, e identificaram as adaptações a que a
BE tem de proceder (no espaço/tempo da Web 2.0), numa perspectiva de serviço e
resposta aos anseios e necessidades da escola/utilizador.




Síntese da unidade
                                                                                    4
A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares


A Maria Artur Barros falou do «novo conceito de conhecimento, ultrapassando a ideia
aristotélica da aquisição unidireccional do saber com base na apropriação de conceitos
transmitidos por uma fonte legitimada pela publicação» e enunciou algumas das
vantagens da Web 2.0: «maior liberdade de escolha, personalização na utilização,
exploração de novas possibilidades de pesquisa, envolvimento dos utilizadores no
processo implicando uma atitude de colaboração e partilha, carácter lúdico da
aquisição de conhecimentos»
A Maria José Vitorino, que desenvolveu a sua reflexão sobre o tema A perspectiva do
futuro e as adaptações a que a biblioteca escolar tem de responder (no espaço/tempo
da Web 2.0), numa perspectiva de serviço e resposta aos anseios e necessidades da
escola/ utilizador, coloca metaforicamente «os pés na terra e a cabeça nas nuvens»
para percorrer o caminho entre aquilo, muito, que as bibliotecas já hoje fazem e o
domínio da utopia, «trabalhar em laboratório, testando soluções e experimentando»,
de modo a não perder de vista as novas necessidades dos utilizadores. E não
descurando as questões emocionais.
A Maria João Castro centrou a sua reflexão sobre os mais recentes equipamentos – e-
readers, tablets, smartphones – e sobre os desafios que eles representam não só para
os produtores de conteúdos, mas para as próprias bibliotecas, no sentido de
conseguirem chegar aos seus jovens utilizadores, que se movem com naturalidade no
mundo digital. Toma como base o artigo de Isabel Coutinho no jornal Público,
reproduzindo uma das afirmações da jornalista que melhor traduzem o grande desafio
que as BE actualmente enfrentam: «Se queremos chegar às gerações mais novas, em
qualquer parte do mundo, temos de perceber que elas estão a olhar para um ecrã:
têm um telemóvel nas mãos e estão a olhar para ele. Se queremos chegar às pessoas,
é no telemóvel que devemos colocar os conteúdos.»
A Paixão Pinto, tomando como mote «A necessária mudança da biblioteca escolar na
forma como oferece acesso às suas colecções e o apoio ao utilizador» elenca um
conjunto de transformações que a Web 2.0 introduziu na forma como gere e
disponibiliza as colecções, e os novos serviços que é hoje possível fornecer aos
utilizadores. A Maria do Carmo reflectiu sobre o mesmo tema e enunciou a
necessidade de «adoptar novas práticas, definir novos contextos de trabalho e de




Síntese da unidade
                                                                                   5
A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares


prestação de serviços», capazes de potenciar a «criação de situações de aprendizagem
inovadoras e mobilizadora de novos meios para essa aprendizagem.


Numa segunda fase de cada tarefa, cada formando deveria seleccionar, no fórum, as
participações que desejasse comentar, tendo em conta que deveria escolher pelo
menos uma das reflexões dos outros formandos. Consideramos que globalmente esta
fase correu bastante bem, com a participação de todos os formandos, à excepção da
Maria do Carmo Pato. A discussão permitiu aprofundar as reflexões e enriquecer o
contributo de cada formando para a discussão das temáticas, tendo por vezes gerado
algum diálogo construtivo. Apraz-nos também registar que alguns formandos
comentaram inclusivamente mais de uma reflexão.




Em síntese, consideramos que os objectivos da sessão foram cumpridos e que os
formandos dominam os conceitos básicos de Web 2.0 e Biblioteca 2.0 e estão
conscientes dos desafios que a nova Web coloca à biblioteca, condições fundamentais
para o desenvolvimento posterior deste percurso de formação.


Novembro de 2010
Os formadores




Síntese da unidade
                                                                                6

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Síntese da Sessão
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  • 1. A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares Bibliotecas Escolares e a Web 2.0 Síntese da Unidade Esta unidade teve por objectivos:  Familiarizar-se com os conceitos de Web 2.0 e Biblioteca 2.0  Debater os novos desafios que se colocam à biblioteca escolar no contexto da Web 2.0 Para a realização das actividades deste módulo de formação, para lá do texto de introdução à temática, foram disponibilizados 11 documentos, 5 de leitura obrigatória. Foram propostas três tarefas, das quais os formados realizariam apenas uma. Na primeira tarefa, os formandos deviam, a partir das leituras efectuadas, elaborar uma reflexão sobre a temática «Que passos poderiam dar as nossas bibliotecas (tenha em conta a realidade da sua escola) para se aproximarem de um modelo de biblioteca 2.0?» Na segunda, a partir da temática referida numa apresentação de Gabriela Grosseck, os formandos deveriam tentar responder à pergunta: «Como evitar que sejamos presas de uma “pedagogia tomada pela tecnologia”?». Na terceira proposta, era pedido aos formandos que realizassem uma pequena dissertação acerca de um dos temas abaixo.  A criação de redes de partilha e de comunicação da informação e as novas formas de relacionamento da biblioteca com a comunidade.
  • 2. A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares  O surgimento de novos equipamentos, ambientes e suportes de difusão da informação e as suas implicações para a biblioteca.  O surgimento de novas formas de aceder e produzir informação/conhecimento.  A necessária mudança da biblioteca escolar na forma como oferece acesso às suas colecções e o apoio ao utilizador.  A perspectiva do futuro e as adaptações a que a biblioteca escolar tem de responder (no espaço/tempo da Web 2.0), numa perspectiva de serviço e resposta aos anseios e necessidades da escola/ utilizador. De referir o elevado nível de participação dos formandos nas tarefas propostas, sendo que, apesar de todas as limitações de tempo impostas pelo desempenho da função de CIBE e outras formações em que estão envolvidos, todos participaram na sessão, mesmo que alguns o tenho feito com atraso (Carla Fernandes, Lucília Santos, Maria João Filipe, Elisabete Carvalho Maria José Vitorino e Paixão Pinto). Devemos igualmente destacar não só quantidade de interacções que se estabeleceram, mas sobretudo a qualidade da maior parte das reflexões, evindenciadoras de uma já notória incorporação dos conceitos da Web 2.0 e das problemáticas e desafios que colocam às bibliotecas escolares. Quanto à tarefa 1, a temática «Que passos poderiam dar as nossas bibliotecas) para se aproximarem de um modelo de biblioteca 2.0?» foi a preferida pela maioria dos formandos (12 em 20), tanto na reflexão como nos comentários, tendo dado origem a 36 mensagens no fórum respectivo. Sintetizando o conjunto das contribuições, podemos dizer que os passos a dar pelas BE para se aproximarem de um modelo de biblioteca 2.0 evolvem: a) Enfoque no utilizador. b) Questões organizacionais, que se prendem com a política educativa da escola, o estabelecimento de metas a médio/longo prazo e com uma redefinição do foco estratégico da própria biblioteca e/ou da própria escola. Síntese da unidade 2
  • 3. A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares c) Formação da equipa e de utilizadores, fundamental no contexto de uma biblioteca 2.0, caracterizada pela evolução permanente e pela gestão da mudança. d) A infra-estrutura tecnológica e) Motivação f) Redes de partilha A importância que o professor bibliotecário desempenha neste processo foi talvez o tema que reuniu um maior consenso no conjunto das contribuições, nomeadamente a necessidade de ter formação na área e de ser portador de um determinado conjunto de competências – aventureiro, proactivo, atitude de abertura, com vontade de mudar (Carla Fernandes, Lucília Santos, Maria João, António Pires, Regina, Elisabete Carvalho, Isabel Antunes e Rosário). A Raquel destaca a importância de uma «política educativa que vise o desenvolvimento de competências essenciais ao aluno do século XXI» e de uma «cultura de trabalho colaborativo», que Lucília Santos concretiza na figura da equipa PTE e da direcção. A Lucília realça ainda muito pertinentemente as ameaças que novos protagonismos permitidos pela Web 2.0 poderão representar para as relações de poder e a organização da escola, sugerindo que a um PB 2.0 deverá corresponder um director 2.0 A Maria João, a Raquel e a Elisabete enumeram algumas das ferramentas que poderão ajudar o PB a dar o tal «passo em frente», e os contextos em que poderão ser utilizadas. A Júlia descreve um conjunto de 4 passos, de que destacamos a capacidade de «envolver os utilizadores», um dos princípios da Web 2.0, no que também é seguida pelo António Pires, a Regina, a Elisabete, e a Maria José Alves. Neste âmbito, a Isabel Antunes, refere a curiosa imagem de se ser necessário instituir-se «o reinado do utilizador, transformando-o num construtor de conteúdos». A Regina acrescenta também ser indispensável ultrapassar a «falta de cultura da escola sobre a utilização da biblioteca enquanto recurso pedagógico». A proposta 2 gerou 19 mensagens no fórum respectivo: perguntava-se aos formandos «Como evitar que sejamos presas de uma “pedagogia tomada pela tecnologia”?» Síntese da unidade 3
  • 4. A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares Entre a diversidade de argumentos utilizados, destacamos as seguintes contribuições: A Helena Paz dos Reis refere a necessidade de «questionar que aprendizagens queremos, que competências se desenvolvem, que ferramentas e recursos temos e queremos adoptar para apoiar as aprendizagens» e de assumir uma nova atitude na promoção de novas literacias, uma atitude de mudança. A importância da mudança é igualmente realçada pela Isabel Mendinhos, que responde ao repto do fórum equacionando, por um lado, «como vamos alargar a colecção a novos formatos, como vamos criar novas formas de disponibilizar a informação e de contactar com os utilizadores» e assegurando que o recurso às novas ferramentas não se faça apenas para sossegar a consciência. A Raquel Ramos, que optou por fazer uma reflexão igualmente sobre este tema, considera ser necessário «incluir as enormes potencialidades das novas tecnologias nas situações de aprendizagem que realizamos com os alunos» e que «estes não devem ter uma atitude passiva, mas serem chamados a desenvolver competências várias de leitura, de literacia, dos media digitais.» A Margarida Costa salienta um aspecto importante que traduz aquela que ainda é a realidade de muitas das nossas escolas, onde a falta de infra-estruturas tecnológicas e de formação se traduz em ambientes educativos que continuam a «negligenciar todo um conjunto de recursos e ferramentas que estão ao nosso dispor». Coloca assim a questão de uma outra forma: Como evitar uma «pedagogia» que persiste em ignorar as potencialidades da «tecnologia»? Na proposta 3, propunha-se aos formandos que se debruçassem sobre quatro temas, que no fundo podem ser sintetizados como os grandes desafios que se colocam às BE perante o novo contexto. Embora nem todos os temas tenham sido objecto de reflexão, de uma forma geral, nas suas contribuições, os formandos reconheceram o papel que a BE é chamada a desempenhar perante as novas formas de aceder e produzir informação/conhecimento e o aparecimento de novos equipamentos, ambientes e suportes de difusão da informação, e identificaram as adaptações a que a BE tem de proceder (no espaço/tempo da Web 2.0), numa perspectiva de serviço e resposta aos anseios e necessidades da escola/utilizador. Síntese da unidade 4
  • 5. A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares A Maria Artur Barros falou do «novo conceito de conhecimento, ultrapassando a ideia aristotélica da aquisição unidireccional do saber com base na apropriação de conceitos transmitidos por uma fonte legitimada pela publicação» e enunciou algumas das vantagens da Web 2.0: «maior liberdade de escolha, personalização na utilização, exploração de novas possibilidades de pesquisa, envolvimento dos utilizadores no processo implicando uma atitude de colaboração e partilha, carácter lúdico da aquisição de conhecimentos» A Maria José Vitorino, que desenvolveu a sua reflexão sobre o tema A perspectiva do futuro e as adaptações a que a biblioteca escolar tem de responder (no espaço/tempo da Web 2.0), numa perspectiva de serviço e resposta aos anseios e necessidades da escola/ utilizador, coloca metaforicamente «os pés na terra e a cabeça nas nuvens» para percorrer o caminho entre aquilo, muito, que as bibliotecas já hoje fazem e o domínio da utopia, «trabalhar em laboratório, testando soluções e experimentando», de modo a não perder de vista as novas necessidades dos utilizadores. E não descurando as questões emocionais. A Maria João Castro centrou a sua reflexão sobre os mais recentes equipamentos – e- readers, tablets, smartphones – e sobre os desafios que eles representam não só para os produtores de conteúdos, mas para as próprias bibliotecas, no sentido de conseguirem chegar aos seus jovens utilizadores, que se movem com naturalidade no mundo digital. Toma como base o artigo de Isabel Coutinho no jornal Público, reproduzindo uma das afirmações da jornalista que melhor traduzem o grande desafio que as BE actualmente enfrentam: «Se queremos chegar às gerações mais novas, em qualquer parte do mundo, temos de perceber que elas estão a olhar para um ecrã: têm um telemóvel nas mãos e estão a olhar para ele. Se queremos chegar às pessoas, é no telemóvel que devemos colocar os conteúdos.» A Paixão Pinto, tomando como mote «A necessária mudança da biblioteca escolar na forma como oferece acesso às suas colecções e o apoio ao utilizador» elenca um conjunto de transformações que a Web 2.0 introduziu na forma como gere e disponibiliza as colecções, e os novos serviços que é hoje possível fornecer aos utilizadores. A Maria do Carmo reflectiu sobre o mesmo tema e enunciou a necessidade de «adoptar novas práticas, definir novos contextos de trabalho e de Síntese da unidade 5
  • 6. A Web 2.0 – Potencialidades para as Bibliotecas Escolares prestação de serviços», capazes de potenciar a «criação de situações de aprendizagem inovadoras e mobilizadora de novos meios para essa aprendizagem. Numa segunda fase de cada tarefa, cada formando deveria seleccionar, no fórum, as participações que desejasse comentar, tendo em conta que deveria escolher pelo menos uma das reflexões dos outros formandos. Consideramos que globalmente esta fase correu bastante bem, com a participação de todos os formandos, à excepção da Maria do Carmo Pato. A discussão permitiu aprofundar as reflexões e enriquecer o contributo de cada formando para a discussão das temáticas, tendo por vezes gerado algum diálogo construtivo. Apraz-nos também registar que alguns formandos comentaram inclusivamente mais de uma reflexão. Em síntese, consideramos que os objectivos da sessão foram cumpridos e que os formandos dominam os conceitos básicos de Web 2.0 e Biblioteca 2.0 e estão conscientes dos desafios que a nova Web coloca à biblioteca, condições fundamentais para o desenvolvimento posterior deste percurso de formação. Novembro de 2010 Os formadores Síntese da unidade 6