O documento discute a agregação de conteúdo usando RSS readers. Ele explica o que é RSS e como os leitores RSS permitem que os usuários acompanhem atualizações de sites e blogs de maneira privada e sem sobrecarregar suas caixas de e-mail. Também discute como as bibliotecas podem usar RSS readers para distribuir notícias, novas aquisições e conteúdo multimídia.
1. Agregação de conteúdos (RSS readers)
Bibliotecas Escolares e a Web 2.0
Unidade 8
Agregação de conteúdos (RSS readers )
Palavras-chave
RSS
Tags
Feeds
Google reader
À laia de introdução – Questões de linguagem
A linguagem HTML foi usada durante anos como a linguagem de base para a estrutura e conteúdo
das páginas Web. Com a evolução da Web foi sendo necessária a criação de outras linguagens
como a SGML. A SGML foi inicialmente concebida para permitir a partilha de documentos que
permitissem a leitura por máquina em projectos de grande dimensão.
Da adaptação e simplificação do SGML surgiu o XML, que a par da SGML é também uma
metalinguagem (uma linguagem de linguagens).
O RSS é uma linguagem criada a partir do XML. As suas iniciais
correspondem a Rich Site Summary ou Really Simple Syndication, sendo
que é está última que é a mais utilizada na actualidade: agregação
realmente simples, e quer-se com isto descrever uma linguagem desenhada
para a agregação (syndication em inglês) de notícias ou outras
informações/conteúdos contidas em páginas Web.
Figura 1 - RSS Existem muitas versões da linguagem RSS. A versão 1.0 desta linguagem
chamava-se RDF e tinha sido desenvolvida por um grupo independente de investigadores. É
possível encontrar feeds ou canais RSS etiquetados como “RSS 1.0″ ou “RDF” e guardados em
arquivos com extensão “.rdf”.
Atom é uma outra sublinguagem XML e foi criada para resolver
as incompatibilidades das diferentes versões de RSS. Esta
linguagem mão se baseia em nenhuma versão de RSS, mas tem
o mesmo objectivo: permitir a distribuição de conteúdos e
notícias de blogues e páginas web. Para este tipo de feeds
podem ser encontradas as extensões “.xml” ou “.atom”. Um
documento Atom pode conter mais informação e mais
completa que um documento RSS, no entanto tem-se
generalizado o formato RSS.
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2. Agregação de conteúdos (RSS readers)
O ícone alaranjado da Figura 1 converteu-se no símbolo para indicar a existência de um canal RSS
numa página Web ou blogue, independentemente de os arquivos serem RSS, RDF ou Atom. Não
obstante podemos encontrar outros ícones como os que se encontram na figura 2 para indicar a
existência de um feed.
Qual o conceito que subjaz aos RSS readers?
Até agora, existiam duas formas mais comuns de se ir estando a par das
actualizações das páginas/blogues que nos interessavam ou através da recepção
de e-mail de alerta (por meio de subscrição) ou através da adição do hiperligação à
listagem de favoritos do nosso navegador da Web (Internet Explorer, Firefox, …)
Para saber se havia algo de novo nessas páginas, era necessário visitá-las uma a
uma com a frequência desejada e comprovar que, na maior parte das vezes, não havia
actualizações…
Com o RSS não somos nós que temos que partir em busca da informação actualizada, é a própria
informação que vem ter connosco. Deste modo além do tempo que se poupa ficaremos seguros
que estaremos sempre a par das actualizações dos sítios que queremos seguir.
A agregação de conteúdos com RSS combina dois conceitos que não são novos na distribuição de
informação na Internet, que são as tecnologias “push e pull”, já que por um lado é um servidor
quem envia os alertas ao cliente (push) mas é este que tem que se subscrever previamente para
solicitar esse envio (pull).
Então qual é a novidade? Esta consiste no modo como os utilizadores recebem essa informação.
Antes da generalização de RSS já havia muitas páginas Web e empresas que distribuíam conteúdos
mediante o envio de alertas ou do envio de newsletters por correio electrónico.
A grande vantagem com o RSS é o facto de que já não recebemos a informação por e-mail.
Utilizamos um agregador ou leitor de feeds, um programa ou uma página Web na qual podemos
ver todas as actualizações que houve nas páginas e blogues cujos feeds subscrevemos, sem a
necessidade de enchermos a nossa caixa de correio de e-mail ou sobrecarregarmos os nossos
favoritos.
Face ao e-mail, o uso de RSS é mais vantajoso para os utilizadores já que este acaba por ser menos
intrusivo pois é o utilizador quem decide as novidades que quer ver, não ficando sujeito a
mensagens de spam. Acrescenta-se que a leitura via RSS tem um carácter privado já que não temos
que fornecer a nossa direcção de correio electrónico aos detentores da informação. As
desvantagens, a existirem, ficam do lado dos fornecedores da informação pois este tipo de leitura
por RSS não deixa marcas nas estatísticas dos sítios Web.
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3. Agregação de conteúdos (RSS readers)
Como síntese do que acabámos de escrever, aconselhamos o visionamento do vídeo realizado por
Common Craft, RSS in plain English, embora alertemos para o facto de nele se misturarem duas
formas de subscrever feeds que iremos explicar adiante. Qualquer uma delas é independente da
outra e não sendo necessário fazer uma combinação das duas para subscrever os nossos feeds.
Para reflexão:
A subscrição de notícias via e-mail e por RSS serão mutuamente exclusivos? Provavelmente um
meio não substitui o outro e a cada um cumpre a sua função. Haverá conteúdos que devem ser
recebidos por e-mail, como pode ser uma newsletter informativa semanal ou mensal e outros a
que preferiremos aceder através do nosso leitor de feeds, como as últimas noticias ou as
actualizações dos blogues que temos como favoritos.
Como subscrever feed ou como seguir 100 blogues sem deixar de
dormir à noite?1
Um agregador ou leitor de notícias é um tipo de software que serve para seguir os blogues e canais
de notícias em formatos RSS, Atom ou RDF. O agregador reúne as notícias ou post publicados nos
sítios Web e blogues que subscrevemos e mostra as novidades ou modificações que se produziram
desde a nossa última leitura.
Estes programas podem ser de diversos tipos:
1. Aplicações baseadas na Web. São aplicações alojadas num servidor remoto, ao qual nos
ligamos a partir do nosso navegador (Internet Explorer, Opera, Firefox, …). Têm a vantagem
de que não temos de instalar nenhum programa no nosso computador e de que lhe
podemos aceder em qualquer computador com ligação à Web: no trabalho, em casa, num
cybercafé… São gratuitos e basta que criemos uma conta para começar a utilizá-los. Os
mais conhecidos são:
o Bloglines
o Google Reader
o Netvibes
o Newsgator
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Procure entender o conceito antes de se preocupar com os aspectos práticos. Foi preparado um guia de apoio
técnico para apoiar a parte prática.
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4. Agregação de conteúdos (RSS readers)
Segundo um artigo publicado no blogue de Feedburner em Fevereiro de 2007, este era a quota de
mercado dos principais agregadores Web segundo o número efectivo de leitores por posts vistos.
2. Aplicações locais que instalamos no nosso computador, algumas são gratuitas, outras com
mais funcionalidades, são pagas, ainda que tenham um custo baixo.
o Para Windows: Feedreader, RSS Bandit
o Para Mac: NetNewsWire, Shrook, MiNews…
o Para Linux: Liferea
o Multiplataforma: RSSOWl
3. Uma funcionalidade de um navegador
o Firefox de Mozilla.
o Opera
o Internet Explorer.
4. Aplicações baseadas no email. Não existem muitas pois na realidade contrariam tudo o
que temos estado a dizer sobre este assunto sobre as vantagens do RSS face ao e-mail.
o Newspipe
Nesta formação iremos desenvolver apenas os pontos 1 e 3.
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5. Agregação de conteúdos (RSS readers)
Mais sugestões podem ser encontradas na lista de agregadores da wikipedia ou em directórios
como NewsOnFeeds.
Outro recurso útil para estar a par das novidades sobre RSS e agregadores de conteúdos é o canal
temático dedicado ao tema do blogue Genbeta, que pode ser subscrito.
Aplicações baseadas na web
Existem alguns tutoriais sobre alguns destes agregadores (Bloglines -
http://www.slideshare.net/lbarroso/bloglines-141270?src=embed; Google Reader; Netvibes;
Newsgator). Seria interessante dar uma vista de olhos a este tutoriais antes da decisão por alguma
destas aplicações. No entanto, na realidade, o funcionamento de todos eles é muito parecido.
Pessoalmente uso o Google Reader por ter já subscrito todo um outro conjunto de ferramentas
Google e ter acesso simplificado a essas mesmas ferramentas através de um clique.
Uma funcionalidade de um navegador
Apresentamos um pequeno vídeo retirado do you tube
http://www.youtube.com/watch?v=FCyBE5ZWiF4 que ensina a subscrever um feed a partir do
Internet Explorer versão 7 (ver a partir do minuto 1). O filme prossegue dando instruções de como
subscrever um feed com versões anteriores do IE e com um tutorial do Google reader.
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6. Agregação de conteúdos (RSS readers)
Como é fácil entender, seguir feeds através de um navegador tem a desvantagem de ser necessário
estar sempre perante o mesmo computador para ter acesso aos nossos feeds.
Os alertas do google
Se possui conta no google, será também de muita utilidade subscrever os “alertas do google”
(pesquise o tema no google para acesso mais rápido se ainda não conhece o serviço). Através de
uma configuração muito simples poderá receber por e-mail uma síntese do que foi publicado na
web sobre determinado assunto.
Alguns truques para a gestão de feeds
Não será difícil conceber que a facilidade com que se subscrevem feeds pode levar, a curto prazo, à
subscrição de uma imensidão de feeds com a qual será difícil lidar.
Eis alguns truques para gerir eficazmente os feeds.
Lançar periodicamente um olhar sobre todos os nossos feeds. Provavelmente
aproveitaremos para os reorganizar (criar novas pastas temáticas, alterar as etiquetas, …) e
eventualmente apagar uns quantos feeds, porque nos deixaram de interessar por,
eventualmente, não estarmos tão centrados no tema que tratam, ou porque já estão
desactualizados (se cada dia se criam milhares de blogues, quantos desaparecem?)
Ser selectivo. Ao princípio pode-nos parecer que alguns blogues são muito úteis porque
nos fornecem informações que nos parecem necessárias. Mas serão mesmo?
Analisar um blogue antes de o subscrever – A ferramenta
AideRSS é útil para analisar um blogue antes de o subscrever; informa sobre a frequência
de actualização, as tendências do blogue e um indicador PostRank™ que trabalha em
função da relevância e reacção suscitada pelos seus posts ao mais puro estilo 2.0.
Filtrar os feeds. Há alguns programas que permitem criar filtros para os feeds, a título de
exemplo apresenta-se o FeedRinse. É gratuito, apenas se tem que criar uma conta e em
três passos pode-se gerar um novo feed filtrado.
Juntar vários feeds num só. Há muitos blogues e páginas muito interessantes mas que se
actualizam com pouca frequência. É possível reduzir a lista de subscrições usando
ferramentas como Feedblendr, RSS Mixer
Como criar feeds?
Tudo o que foi referido na sessão sobre o Diigo no referente a etiquetas aplica-se aqui com
propriedade. Um post no blogue deverá ser trabalhado e etiquetado com todo o rigor de modo a
ser mais fácil construir e seguir um feed.
Como integrar conteúdos de terceiros. Aproveita o bom de outros
É possível adicional no menu lateral de um blogue um widget, (pequena aplicação desenhada para
melhorar o conteúdo de outra aplicação ou web, inserir funcionalidades, etc.). Um dos widgets do
Blogger e do wordpress é o RSS que permite adicionar ao menu do vosso blogue caixas com o
conteúdo de outros blogues ou webs que tenham canais RSS.
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7. Agregação de conteúdos (RSS readers)
Só tem que ser preenchido o URL e já está! 2 O Google reader também oferece um serviço
semelhante ao publicar automaticamente no blogue os itens que o utilizador deseja compartilhar.
Aplicações do RSS nas bibliotecas
O RSS, os blogues ou qualquer outra das ferramentas que temos estado a estudar ao longo desta
oficina podem converter-se em grandes aliados para o trabalho com as bibliotecas. São soluções
simples e baratas para ajudar-vos a prestar um bom serviço de informação.
Noticias e novidades.
Mediante um canal RSS na página da biblioteca podemos distribuir todas as notícias e novidades
relacionadas com as actividades e eventos organizados, o marketing da biblioteca…
Também se pode oferecer um canal RSS com as novidades do catálogo, novas aquisições… em
bibliotecas maiores com um grande volume de novas aquisições podem-se criar vários canais, por
áreas ou temáticas. A título de exemplo, a Biblioteca do Congresso oferece nada menos que 33
canais RSS distintos. Em Espanha também podemos encontrar bibliotecas que já começaram a
oferecer um canal RSS para as novidades, como a Biblioteca Biblioteca Municipal de Muskiz
Distribuição de conteúdos multimédia
A tecnologia RSS não só permite distribuir conteúdos escritos mas também audiovisuais e
multimédia; de facto o podcasting e o videocasting popularizaram-se graças ao RSS.
Cada vez mais nas nossas bibliotecas temos que manejar diferentes formatos para os recursos de
informação. O RSS e a agregação de conteúdos podem ajudar-nos a trabalhar com este tipo de
arquivos. Um exemplo é o projecto ARCA. Este portal usa a tecnologia RSS para recolher
automaticamente e centralizar toda a informação sobre conteúdos multimédia de diferentes
instituições académicas e apresenta-a ao utilizador de uma forma inteligível, navegável e
susceptível de ser pesquisada.
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Ir ao painel Esquema, adicionar uma mini, aplicação e escolha Feed. Depois é só seguir as instruções
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8. Agregação de conteúdos (RSS readers)
bibliografia
Para além da apresentada na plataforma
1. Bhatt, J. (2006). Using RSS to increase user awareness of e-resources in academic libraries.
En: HigherEd BlogCon, April 2006.
2. Çelikbaş, Zeki (2004). What is RSS and how can it serve libraries?. En: Yalvaç, Mesut and
Gülseçen, Sevinç, Eds. Proceedings First International Conference on Innovations in
Learning for the Future: e-Learning 277-292, İstanbul (Turkey).
3. Hart, Lauree G. (2007). Library 2.0: RSS Feeds Dynamic Uses for Special Libraries
4. Jeffries, Sandra; Wallis, Corey Exploring the Application of RSS for Library Staff Professional
Development and SDI ervices
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