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SEMIOLOGIA DO
POLITRAUMATIZADO
Dr. André Cipriano
DEFINIÇÃO DE POLITRAUMA
- A definição do que é um paciente politraumatizado é
difícil e controversa
- Trentz: múltiplas lesões com reação sistêmica
sequencial, que pode levar à disfunção ou falha de órgãos
remotos e sistemas vitais que não foram diretamente
acometidos pelo trauma.
DADOS
- Traumas matam mais que as três grandes
endemias: malária, tuberculose e AIDS (OPAS
Brasil)
- Estados Unidos gasta cerca de 150 bilhões de
dólares por ano no tratamento das incapacidades
resultantes de acidentes.
Distribuição Global da Mortalidade por Trauma
1º pico: segundos a minutos do trauma.(ex: lesão
aorta, coração, gdes vasos).
2º pico: minutos a várias horas do trauma. (ex:
ruptura de baço, fígado, fraturas pélvicas).
3º pico: dias a semanas do trauma.
Qual nome do teste ?
Qual utilidade?
re?
re?
James Styner, ele é ORTOPEDISTA!
O ATLS surgiu nos Estados Unidos, na década de 70. Teve como fator
precipitador um acidente ocorrido com um ortopedista do estado de
Nebraska, Dr. James Stimmer, enquanto pilotava seu avião.
ATLS (Advanced Trauma and Life Support)
É um treinamento téorico-prático, desenvolvido pelo Colégio Americano de Cirurgiões, para
médicos que atuam nos serviços de emergências.
AMERICAN COLLEGE OF
SURGIONS COMMITTEE ON
TRAUMA .
Advanced Trauma Life Suport
ATLS. 10 ed. , 2018.
*Faloppa - Propedeutica Ortopedica e Traumatologica, 1ed
ATLS - INTRODUÇÃO
1- Preparação
2- Triagem
3- Exame primário (ABCDE)
4- Reanimação
5- Medidas auxiliares ao exame primário e à
reanimação
6- Exame secundário (da cabeça aos dedos dos
pés)
7- Medidas auxiliares ao exame secundário
8- Reavaliação e monitorização contínua
9- Cuidados definitivos
As avaliações primaria e secundária devem
ser repetidas com frequência
- com intuito de detectar qualquer deterioração
no estado do doente e
- de identificar as medidas terapêuticas a serem
adotadas tão logo se descubra a mudança
ocorrida.
ATLS – FASE PRÉ-HOSP
- Manutenção das vias aéreas;
- Controle dos sangramentos externos e do choque
- Imobilização do doente
- Transporte imediato ao PS.
Preparação- Planejamento antecipado da equipe
EXAME PRIMÁRIO
 A Vias aéreas com PROTEÇÃO DA COLUNA
CERVICAL
 B Respiração e ventilação
 C Circulação com controle da hemorragia
 D “Disability” Incapacidade, Déficit neurológico
 E Exposição/controle do ambiente
A - Vias aéreas com controle da coluna cervical
- Assegurar a permeabilidade - corpos estranhos, fraturas
faciais, mandibulares ou tráqueo-laríngeas
- Técnicas de manutenção das VAS:
- “chin lift”: elevação do queixo
- aspirador rígido
- “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula
subluxações de até 5mm, mesmo com o colar cervical
(APRAHAMIAN - 1984 ).
-cânula orofaríngea
A - Vias aéreas com controle da coluna cervical
- Considerar inicialmente lesão de coluna cervical
em todo politrauma
Retirar o colar:
-conscientes
-após palpação
-dúvida: Rx Coluna Cervical
EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
Expor o tórax do paciente
- Inspeção, palpação, ausculta, percussão
- Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem
oxigenado
- Via aérea pérvia não significa uma ventilação adequada
- Não há necessidade de exame complementar para diagnosticar
lesões potencialmente fatais
- Nesta fase o oxímetro de pulso deve ser conectado ao paciente
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO
Lesões:
-Pneumotórax - trauma contuso de tórax / pulmão
Hipertensivo - “válvula unidirecional”
- diagnóstico clínico; nunca radiológico
- QC: dispnéia, hipotensão, desvio traquéia contralateral, ausência MV,
distensão veias pescoço, timpanismo à percussão
- TTO: descompressão imediata( agulha 2ºEIC linha
hemiclavicular seguido da drenagem 5° EIC)
- Hemotórax (sangue na cavidade torácica)
- QC: sinais choque hipovolêmico, MV ausente, macicez
- TTO: Drenagem tórax 5º EIC, reposição volêmica – RL, sangue
EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
CIRCULATÓRIO
 Hemorragia: principal causa de óbito no trauma
(Principal causa de mortes evitáveis)
 Avaliação -nível de consciência
(menor perfusão cerebral)
-cor da pele (cianose – perda 30% volemia)
- PA (diminuição – perda 30% volemia)
- pulso (taquicardia, filiformes, ausentes)
- diurese (50ml/h); PVC
03 parâmetros rápidos: nível de consciência, cor de pele e pulso
EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e-atualizacao-de-2018/
AMERICAN COLLEGE OF
SURGIONS COMMITTEE ON
TRAUMA .
Advanced Trauma Life Suport
ATLS. 10 ed. , 2018.
ESTADO NEUROLÓGICO
- Nível de consciência
-Glasgow (< 8 – intubação)
- A (Alerta)
- V ( resposta ao estímulo Verbal )
- D ( só responde a Dor )
- I ( Inconsciente )
- Pupilas : tamanho e reação (nl: isocóricas e fotorreagentes)
- Rebaixamento - diminuição oxigenação - lesão cerebral ou choque hipovolêmico
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ESTADO NEUROLÓGICO
- Fraturas de base de crânio
- Otorréia
- Rinorréia
- Sinal de Battle
(equimose reg. Mastóidea)
- Sinal de guaxinim
(equimose periorbitária)
EXAME PRIMÁRIO
A Vias aéreas com controle da coluna cervical
B Respiração e ventilação
C Circulação com controle da hemorragia
D Incapacidade , estado neurológico
E Exposição
EXPOSIÇÃO
- Despir totalmente o paciente
- Cobrir o paciente: prevenir hipotermia
- Cobertores aquecidos
- Fluidos aquecidos
- Ambiente aquecido
História - A (Alergia)
- M (Medicação)
- P (Passado médico)
- L (Líquidos e alimentos ingeridos)
- A (Ambiente e eventos relacionados ao trauma)
Sinal: Hematoma
escrotal/grandes lábios (Destot)
Sugere: Fratura anel pélvico
REFERÊNCIAS
- Campbell Cirurgia Ortopédica, 12 ed
- Faloppa - Propedeutica Ortopedica e Traumatologica, 1ed
- Ortopedia e Traumatologia - Geraldo Motta e Tarcisio Barros
- Netter Atlas De Anatomia Ortopedica, 2 ed
- Institute of Neurological Sciences NHS Greater Glasgow and Clyde- https://www.glasgowcomascale.org/downloads/GCS-
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Semiologia do politraumatizado

  • 2. DEFINIÇÃO DE POLITRAUMA - A definição do que é um paciente politraumatizado é difícil e controversa - Trentz: múltiplas lesões com reação sistêmica sequencial, que pode levar à disfunção ou falha de órgãos remotos e sistemas vitais que não foram diretamente acometidos pelo trauma.
  • 3. DADOS - Traumas matam mais que as três grandes endemias: malária, tuberculose e AIDS (OPAS Brasil) - Estados Unidos gasta cerca de 150 bilhões de dólares por ano no tratamento das incapacidades resultantes de acidentes.
  • 4.
  • 5. Distribuição Global da Mortalidade por Trauma 1º pico: segundos a minutos do trauma.(ex: lesão aorta, coração, gdes vasos). 2º pico: minutos a várias horas do trauma. (ex: ruptura de baço, fígado, fraturas pélvicas). 3º pico: dias a semanas do trauma.
  • 6. Qual nome do teste ? Qual utilidade?
  • 7. re?
  • 8. re?
  • 9. James Styner, ele é ORTOPEDISTA! O ATLS surgiu nos Estados Unidos, na década de 70. Teve como fator precipitador um acidente ocorrido com um ortopedista do estado de Nebraska, Dr. James Stimmer, enquanto pilotava seu avião. ATLS (Advanced Trauma and Life Support) É um treinamento téorico-prático, desenvolvido pelo Colégio Americano de Cirurgiões, para médicos que atuam nos serviços de emergências.
  • 10. AMERICAN COLLEGE OF SURGIONS COMMITTEE ON TRAUMA . Advanced Trauma Life Suport ATLS. 10 ed. , 2018. *Faloppa - Propedeutica Ortopedica e Traumatologica, 1ed
  • 11. ATLS - INTRODUÇÃO 1- Preparação 2- Triagem 3- Exame primário (ABCDE) 4- Reanimação 5- Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação 6- Exame secundário (da cabeça aos dedos dos pés) 7- Medidas auxiliares ao exame secundário 8- Reavaliação e monitorização contínua 9- Cuidados definitivos As avaliações primaria e secundária devem ser repetidas com frequência - com intuito de detectar qualquer deterioração no estado do doente e - de identificar as medidas terapêuticas a serem adotadas tão logo se descubra a mudança ocorrida.
  • 12. ATLS – FASE PRÉ-HOSP - Manutenção das vias aéreas; - Controle dos sangramentos externos e do choque - Imobilização do doente - Transporte imediato ao PS. Preparação- Planejamento antecipado da equipe
  • 13. EXAME PRIMÁRIO  A Vias aéreas com PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL  B Respiração e ventilação  C Circulação com controle da hemorragia  D “Disability” Incapacidade, Déficit neurológico  E Exposição/controle do ambiente
  • 14. A - Vias aéreas com controle da coluna cervical - Assegurar a permeabilidade - corpos estranhos, fraturas faciais, mandibulares ou tráqueo-laríngeas - Técnicas de manutenção das VAS: - “chin lift”: elevação do queixo - aspirador rígido - “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula subluxações de até 5mm, mesmo com o colar cervical (APRAHAMIAN - 1984 ). -cânula orofaríngea
  • 15. A - Vias aéreas com controle da coluna cervical - Considerar inicialmente lesão de coluna cervical em todo politrauma Retirar o colar: -conscientes -após palpação -dúvida: Rx Coluna Cervical
  • 16.
  • 17. EXAME PRIMÁRIO A Vias aéreas com controle da coluna cervical B Respiração e ventilação C Circulação com controle da hemorragia D Incapacidade , estado neurológico E Exposição
  • 18. Expor o tórax do paciente - Inspeção, palpação, ausculta, percussão - Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado - Via aérea pérvia não significa uma ventilação adequada - Não há necessidade de exame complementar para diagnosticar lesões potencialmente fatais - Nesta fase o oxímetro de pulso deve ser conectado ao paciente RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO
  • 19. RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO Lesões: -Pneumotórax - trauma contuso de tórax / pulmão Hipertensivo - “válvula unidirecional” - diagnóstico clínico; nunca radiológico - QC: dispnéia, hipotensão, desvio traquéia contralateral, ausência MV, distensão veias pescoço, timpanismo à percussão - TTO: descompressão imediata( agulha 2ºEIC linha hemiclavicular seguido da drenagem 5° EIC) - Hemotórax (sangue na cavidade torácica) - QC: sinais choque hipovolêmico, MV ausente, macicez - TTO: Drenagem tórax 5º EIC, reposição volêmica – RL, sangue
  • 20. EXAME PRIMÁRIO A Vias aéreas com controle da coluna cervical B Respiração e ventilação C Circulação com controle da hemorragia D Incapacidade , estado neurológico E Exposição
  • 21. CIRCULATÓRIO  Hemorragia: principal causa de óbito no trauma (Principal causa de mortes evitáveis)  Avaliação -nível de consciência (menor perfusão cerebral) -cor da pele (cianose – perda 30% volemia) - PA (diminuição – perda 30% volemia) - pulso (taquicardia, filiformes, ausentes) - diurese (50ml/h); PVC 03 parâmetros rápidos: nível de consciência, cor de pele e pulso
  • 22. EXAME PRIMÁRIO A Vias aéreas com controle da coluna cervical B Respiração e ventilação C Circulação com controle da hemorragia D Incapacidade , estado neurológico E Exposição
  • 23.
  • 24.
  • 26. ESTADO NEUROLÓGICO - Nível de consciência -Glasgow (< 8 – intubação) - A (Alerta) - V ( resposta ao estímulo Verbal ) - D ( só responde a Dor ) - I ( Inconsciente ) - Pupilas : tamanho e reação (nl: isocóricas e fotorreagentes) - Rebaixamento - diminuição oxigenação - lesão cerebral ou choque hipovolêmico - Diagnóstico de exclusão: hipoglicemia, álcool e/ou outras drogas
  • 27. ESTADO NEUROLÓGICO - Fraturas de base de crânio - Otorréia - Rinorréia - Sinal de Battle (equimose reg. Mastóidea) - Sinal de guaxinim (equimose periorbitária)
  • 28. EXAME PRIMÁRIO A Vias aéreas com controle da coluna cervical B Respiração e ventilação C Circulação com controle da hemorragia D Incapacidade , estado neurológico E Exposição
  • 29. EXPOSIÇÃO - Despir totalmente o paciente - Cobrir o paciente: prevenir hipotermia - Cobertores aquecidos - Fluidos aquecidos - Ambiente aquecido História - A (Alergia) - M (Medicação) - P (Passado médico) - L (Líquidos e alimentos ingeridos) - A (Ambiente e eventos relacionados ao trauma)
  • 30.
  • 31. Sinal: Hematoma escrotal/grandes lábios (Destot) Sugere: Fratura anel pélvico
  • 32.
  • 33. REFERÊNCIAS - Campbell Cirurgia Ortopédica, 12 ed - Faloppa - Propedeutica Ortopedica e Traumatologica, 1ed - Ortopedia e Traumatologia - Geraldo Motta e Tarcisio Barros - Netter Atlas De Anatomia Ortopedica, 2 ed - Institute of Neurological Sciences NHS Greater Glasgow and Clyde- https://www.glasgowcomascale.org/downloads/GCS- Assessment-Aid-Portuguese.pdf