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SEJA
BEM-VINDO
TRAUMA
MÓDULO
Í N D I C E
1
• AVALIAÇÃO DA CENA
• CINEMÁTICA DO TRAUMA
• IMPACTOS E COLIÕES
• ATLS
• HEMORRAGIAS
• HEMOSTASIA
• IMOBILIZAÇÕES
TRAUMA
3
Autores: Valdecir kreuch; Mariana Viecelli
Avaliação da cena
T R A U M A
• Confirmar a solicitação
• Identificar o tipo de situação
• Observar dos mecanismos de trauma
• Avaliar riscos potênciais
• Gerenciar os riscos
• Checar número de vítimas
• Checar necessidade de recursos adicionais
4
Avaliação rápida com objetivo de identificar fatores
que modificam as tomadas de decisão. A avaliação
deve ser continua durante a ocorrência.
Cinemática do Trauma
A cinemática do trauma é caracterizada como o processo de avaliação da cena de um
acidente para determinar quais lesões podem ter ocorrido das resultantes forças que
agem sobre um corpo. Esta avaliação é fundamental, pois determinará a sua avaliação
que o corpo sofreu com as forças que atuam em um acidente.
Impacto e Colisões
Os tipos de colisões no trânsito que determinarão a gravidade dos acidentes automobilísticos. O impacto absorvido pelo veículo
e as suas consequências é que nos dará as pistas de como estarão às vítimas dentro ou até mesmo fora dos automóveis, as que
forem lançadas para fora dos veículos.
Colisão Frontal
As consequências no organismo das vítimas são, em sua maioria, na parte da cabeça e tórax:
- Fratura de coluna cervical
- Fratura no Tórax
- Pneumotórax
- Ruptura traumática da aorta
- Lesão de Baço e Fígado
- Fratura posterior/lesão de quadril e ou joelho
T R A U M A – C O L I S Ã O T R A S E I R A
Colisão Traseira
A colisão traseira é uma das mais perigosas nos acidentes de trânsito, pois geralmente faz
energia de impacto em sua traseira, sendo esta convertida em uma rápida aceleração e
tempo, o que comumente é conhecido como “efeito chicote” e é responsável por lesar
- Lesão de coluna cervical
- Lesão de partes moles do pescoço
Impacto e Colisões
T R A U M A – C O L I S Ã O L A T E R A L
Colisão Lateral
As principais partes de um corpo atingidas por este tipo de acidente constituem geralmente
como lesões na parte lateral do corpo, como braços, pernas, costelas, etc.
As principais lesões geradas por este tipo de colisão:
- Entorse contra lateral do pescoço
- Fratura de coluna cervical
- Tórax instável lateral
- Ruptura traumática da aorta
- Ruptura do Diafragma
- Lesões de Baço, fígado e rim
- Fratura de pelve (quadril)
Impacto e Colisões
T R A U M A – C O L I S Ã O A N G U L A R
Colisão Angular
É o tipo de colisão em que as forças exercidas sobre os veículos vêm de várias partes,
corpos seja atirada para baixo e para cima e o veículo fique inclinado.
Suas lesões são as mesmas proporcionadas na colisão frontal e lateral.
-
Entorse contra lateral do pescoço
- Fratura de coluna cervical
- Tórax instável lateral
- Ruptura traumática da aorta
- Ruptura do Diafragma
- Lesões de Baço, fígado e rim
- Fratura de pelve (quadril)
Impacto e Colisões
- Fratura de coluna cervical
- Fratura no Tórax
- Pneumotórax
- Ruptura traumática da aorta
- Lesão de Baço e Fígado
- Fratura posterior/lesão de quadril e ou joelho
9
ATLS
"A partir do momento em que eu posso prestar um atendimento no local, com recursos limitados, melhor do que o atendimento que meus filhos e
eu recebemos no primeiro hospital, existe algo errado com o sistema e o sistema tem que ser mudado."
T R A U M A
ATLS
T R A U M A
Três conceitos nos quais se apoia o Programa ATLS tiveram, inicialmente, houveram dificuldades de serem
aceitos:
1. Tratar primeiro a maior ameaça à vida.
2. A falta de diagnóstico definitivo nunca deve impedir a aplicação do tratamento indicado.
3. A história detalhada não é essencial para iniciar a avaliação do traumatizado.
O resultado foi o desenvolvimento do método XABCDE para avaliação e tratamento do traumatizado. Esses
que, o atendimento do traumatizado é muitas vezes um trabalho de equipe, que permite que profissionais
prestem atendimento simultâneo, num processo liderado por alguém capacitado. O ATLS enfatiza que o trauma
previsível.
ATLS
T R A U M A
Por exemplo, as grandes hemorragias matam mais que obstruções das vias aéreas, que matam mais rapidamente do que a perda da capacidade de
ventilar. Esta mata mais rapidamente do que a perda de sangue. O problema mais letal, na sequência, é a presença de uma lesão de massa expansiva
intracraniana. Assim, o método mnemônico XABCDE define as avaliações e intervenções específicas e organizadas que devem ser seguidas em todos os
doentes traumatizados.
X - Hemorragia exsanguinante
A - Via aérea com proteção da coluna cervical
B - Boa Ventilação
C - Circulação, parar a hemorragia
D - Disfunção neurológica
E - Exposição (despir) e Ambiente (controle da temperatura)
EXSANGUINAÇÃO
OBSTRUÇÃO
VIAS AÉREAS
CAPACIDADE
RESPIRATÓRIA
HEMORRAGIA
01- X EXSANGUINAÇÃO
T R A U M A
PERDA ACIMA DE 40%
Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos!
Antes de começar a avaliação, devemos estabilizar a cervical do paciente com suspeita de trauma com alta energia cinética
(acidades automobilísticos, quedas de grandes alturas, etc) em que há risco de lesão de coluna. No A, deve-se tambem realizar
a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias
aéreas.
Nessa etapa devemos nos apresentar ao paciente e fazer alguma pergunta. Caso o paciente responda, já consideramos que as
vias aéreas estão pérvias. Em caso de ausência de respostas devemos realizar as manobras Jaw-Thrust (projeção da
mandíbula) e Chin Lift (elevação do mento) para avaliar presença de corpo estranho.
• Traqueia centralizada;
• Lesões;
• Enfisema subcutâneo;
• Estase de jugular;
• Dor a palpação cervical.
02- VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA
COLUNA VERTEBRAL
T R A U M A
Nunca realize a manobra de Chin Lift em vítima com suspeita de trauma.
No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da
vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares.
A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada.
02- VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA
COLUNA VERTEBRAL
T R A U M A
No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos,
cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase.
Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta (se possível) e percussão. Verificar se a
respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.
03- BOA VENTILAÇÃO E
RESPIRAÇÃO
T R A U M A
No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é
estancada pela compressão direta do foco. A perda de sangue é a principal causa de morte no trauma.
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a
hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de
hemorragia interna no trauma (pelve, abdome e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de
enchimento capilar lento, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência.
Nessa etapa devemos identificar choque e manter a circulação avaliando 4 parâmetros: pele, pulso, perfusão e hemorragias
(sangramentos externos).
04 – Circulação com Controle de
Hemorragias
T R A U M A
No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização
e o nível de lesão medular são medidas realizadas.
Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido
cerebral. Importante aplicar a escala de coma de Glasgow atualizada.
05 – Disfunção neurológica
T R A U M A
No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas
realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc.
A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente.
06 – Exposição Total do Paciente
T R A U M A
HEMORRAGIAS INTERNAS
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Hemorragia interna
Sinais e sintomas de hemorragias internas:
✔ Agitação;
✔ Palidez;
✔ Sudorese intensa;
✔ Pele fria e pegajosa;
✔ Taquicardia;
✔ Hipotensão;
✔ Sede;
✔ Fraqueza;
✔ Saída de sangue ou fluídos pelo nariz e/ou pavilhão auditivo externo;
✔ Vômito ou tosse com presença de sangue;
✔ Rigidez ou espasmos dos músculos abdominais;
✔ Sangramento pelas genitálias;
19
Tratamento de hemorragias internas
✔ garantir a permeabilidade das vias aéreas;
✔ coloque o paciente deitado e eleve as pernas cerca
de 20 cm;
✔ Mantenha a temperatura corporal;
✔ Não dê nada de comer nem beber;
HEMORRAGIAS EXTERNAS
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Hemorragia externa
A hemorragia externa é visível, facilitando sua avaliação e tratamento. Dentro da hemorragia e externa há a classificação anatômica das
hemorragias:
Hemorragia capilar: o sangue sai lentamente dos vasos menores.
Hemorragia arterial: hemorragia que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo.
Hemorragia venosa: hemorragia onde o sangue sai lento e contínuo, com cor vermelha escuro.
20
21
MÉTODOS DE HEMOSTASIA
P R I M E I R O S S O C O R R O S
A hemostasia consiste em conter a hemorragia externa não oriunda de orifícios naturais.
Para promover a hemostasia deve-se fazer a compressão direta sobre o ferimento, elevar o membro, e comprimir o ponto
arterial próximo da lesão.
As três técnicas podem ser utilizadas combinadas em caso de hemorragia severa. Alguns cuidados devem ser observados:
✔ Utiliza-se primeiramente a pressão direta, se não for suficiente, eleve o membro, e se ainda assim não for suficiente
comprima o ponto arterial, utilizando as três técnicas combinadas;
✔ Na pressão direta, nunca retirar o campo já colocado, para evitar que a hemorragia retorne;
✔ Nunca retire objetos encravados, exceto nas bochechas;
✔ Sangramentos por orifícios naturais não devem ser oclusos.
Eles se referem às hemorragias internas.
Caso o socorrista oclua o sangramento, ele não vai realizar hemostasia,
mas sim forçando o sangue a procurar uma cavidade para se alojar,
causando maiores danos ao paciente;
✔ As hemorragias podem levar o paciente a choque hipovolêmico,
portanto deve-se sempre estar atento aos sinais e sintomas.
IMOBILIZAÇOES
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Conceito:
Conceitualmente, para imobilizar uma fratura basta imobilizar o local fraturado juntamente com as articulações proximais e distais ao trauma.
Embora o conceito seja bem simples, existem detalhes no procedimento que podem torna-lo mais ou menos eficiente, tais como a correta avaliação do
indivíduo traumatizado e a escolha da técnica de imobilização adequada para o caso.
Antes da imobilização é preciso avaliar a condição do paciente:
Quando atendemos uma pessoa com uma fratura em algum seguimento do corpo, é preciso primeiramente fazer uma avaliação do estado de gravidade do
paciente para que as prioridades de atendimento sejam estabelecidas e respeitadas, é um grande erro quando o socorrista inicia o atendimento pela lesão
esteticamente mais feia, como uma fratura exposta de fêmur por exemplo. Existem situações como hemorragias ou obstruções das vias aéreas que matam
um indivíduo muito rápido e por isso devem ser resolvidas antes em relação a imobilização de qualquer fratura existente.
22
Posicionamento anatômico:
A posição anatômica é a melhor posição para permitir que haja adequado fluxo de sangue para as extremidades e para reduzir a dor. Para colocar o
paciente em posição anatômica, o socorrista deve tentar alinhar o membro fraturado com o corpo da vítima, esse procedimento deve ser tentado de
maneira delicada e apenas duas tentativas devem ser feitas, caso haja impedimento por algum motivo, o membro necessitará ser imobilizado da forma
como foi encontrado, para isso deve-se usar as talas moldáveis. Há uma importante observação a ser feita, pois alinhar um membro não é o mesmo
que reduzir uma fratura, a redução das fraturas é um procedimento que apenas o profissional médico está autorizado a executar.
Avaliação do membro fraturado:
Quando há uma fratura óssea, existe a possibilidade de lesão nas estruturas que estão ao redor do osso comprometido, podem existir lesões em
nervos com comprometimento da movimentação e da sensibilidade, podem haver lesões vasculares comprometendo a circulação das extremidades,
podem existir lesões musculares, etc. Devido a possibilidade dos demais traumas associados à fratura óssea, precisamos avaliar a condição do
membro antes e depois da imobilização, sempre que a condição clínica do paciente permitir. Avalia-se a presença e a qualidade do pulso que está
distal à fratura, a sensibilidade, a temperatura e a movimentação, os achados devem ser comparados com o membro contralateral.
Controle da dor:
Sempre que houver suporte avançado de vida disponível, deve-se considerar o controle da dor, para isso os derivados de opióide, principalmente a
morfina, devem ser utilizados, pois além da analgesia, promovem diminuição da ansiedade e quando o cenário em questão for o ambiente pré
hospitalar, conseguimos fornecer um transporte mais confortável e seguro. Entretanto existem contraindicações para a utilização dessas medicações,
principalmente alergia e instabilidade hemodinâmica, assim, caso haja contraindicações, a imobilização eficiente torna-se o melhor recurso para
analgesia no Atendimento Pré Hospitalar.
23
IMOBILIZAÇOES
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Luxação
É o desalinhamento das extremidades osseas de uma articulacao fazendo com que as
superficies articulares percam o contato entre si.
Sinais e sintomas
- Deformidade - Mais acentuada na articulacao luxada;
- Edema;
- Dor: Aumenta se a vitima tenta movimentar a articulacao;
- Impotencia funcional: Perda completa ou quase total dos movimentos articulares.
Entorse
E a torcao ou distensao brusca de uma articulacao, alem de seu grau normal de amplitude.
Sinais e sintomas
Sao similares aos das fraturas e aos das luxacoes. Mas nas entorses os ligamentos
geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco.
24
IMOBILIZAÇOES
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Fratura é a ruptura total ou parcial de um osso. Pode ser classificada em:
a) Aberta: onde ha rompimento da pele;
b) Fechada: onde não ha rompimento da pele.
Sinais e sintomas
✔ Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que
não possui articulação;
✔ Sensibilidade: geralmente o local da fratura esta muito sensível a dor;
✔ Crepitação: num movimento da vitima podemos escutar um som áspero,
produzido pelo atrito das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal
intencionalmente,
porque aumenta a dor e pode provocar lesões;
✔ Edema e alteração de coloração: quase sempre a fratura e acompanhada de
certo
inchaço provocado pelo liquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de
cor poderá
demorar varias horas para aparecer;
✔ Impotência funcional: perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A
vitima geralmente protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com
dificuldade e sente
dor intensa;
✔ Fragmentos expostos: numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se
projetar através da pele ou for vistos no fundo do ferimento.
25
IMOBILIZAÇOES
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Tratamento pré-hospitalar
O tratamento pré-hospitalar para fraturas é a imobilização.
Regras básicas de imobilização:
✔ alinhar (trazer a posição anatômica);
✔ tracionar;
✔ colocar tala;
✔ fixar tala com atadura da região distal para proximal;
✔ juntar ao corpo.
Imobilização de luxação e entorses:
✔ não alinhar;
✔ não tracionar;
✔ imobilizar na posição encontrada;
✔ colocar tala;
✔ fixar tala.
Razões para realizar a imobilização:
A imobilização e o tratamento pré-hospitalar para fratura, luxação e entorse.
Os benefícios da imobilização são:
✔ minimização da dor;
✔ Prevenção de lesões adicionais de músculos, nervos e vasos sanguíneos;
✔ Manutenção da perfusão no membro; e
✔ Auxilio da hemostasia.
26
TIPOS DE IMOBILIZAÇOES
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Existem diferentes técnicas de imobilização:
Com relação a escolha da técnica adequada, existem diversas formas de se manter uma fratura estável, entretanto respeitando-se as “prioridades” de
atendimento e os “princípios” da imobilização segmentar, o socorrista pode optar pela técnica de sua “preferência”.
Técnica de imobilização manual:
Utiliza-se as mãos do socorrista para manter a fratura estabilizada, isso pode ser necessário quando o socorrista não dispõe do material necessário para a
imobilização com talas ou mesmo enquanto o paciente aguarda a imobilização com materiais adequados.
27
TIPOS DE IMOBILIZAÇOES
P R I M E I R O S S O C O R R O S
Técnica de imobilização seguimentar (caixote):
Consiste em posicionar pelo menos três talas ao redor da fratura, da articulação
proximal e distal ao trauma e em seguida fixá-las, como se estivéssemos “guardando
a fratura em um caixote”.
28
COLAR CERVICAL
P R I M E I R O S S O C O R R O S
A finalidade principal e específica do colar cervical é proteger a coluna cervical de
compressão. Quando instalado de forma eficiente ele se apoia sobre o peito, a
coluna torácica posterior, a clavícula e o músculo trapézio. A cabeça fica imobilizada
sob o ângulo da mandíbula e na região occipital do crânio. Embora não imobilize
totalmente, o colar cervical ajuda a limitar o movimento da cabeça.
29
MEDIDA DO COLAR CERVICAL
P R I M E I R O S S O C O R R O S
30
A medida do tamanho do colar cervical: a distância entre o ombro e o queixo do paciente.
MEDIDA DO TAMANHO NO PACIENTE
P R I M E I R O S S O C O R R O S
31
Quando o paciente estiver em posição neutra cervical, use seus dedos para visualizar a distância entre o ombro
e o queixo. Você pode utilizar seus dedos para escolher o tamanho do colar cervical mais adequado para o
paciente.
MEDIDA DO COLAR CERVICAL
P R I M E I R O S S O C O R R O S
32
A escolha do tamanho ideal para o paciente é feita calculando-se a distância entre uma linha imaginária no ombro, onde o colar ficará apoiado, e a base
do queixo. A medida exata do colar é a distância entre o ponto de referência (botão) e a borda inferior do plástico rígido, e não até o emborrachado de
espuma.
Técnica de imobilização em bloco:
Respeitando o conceito de imobilizar a fratura e as duas articulações mais próximas, podemos utilizar a prancha longa como uma grande tala, que tem
condições para imobilizar o corpo da região cervical até os tornozelos..
33
A técnica consiste em movimentar a vítima em bloco, que se encontra em decúbito dorsal, para a prancha longa.
CONDUTA ROLAMENTO DE 90º:
1- Priorizar a segurança;
2- Realizar o XABCDE observando a cinemática do trauma;
3- Os socorristas devem utilizar três ou quatro pontos de apoio;
4- Socorrista 1: Estabilizar a cervical.
5- Socorrista 2 : Colocar o colar cervical.
6- Socorrista 3 : Posicionar a prancha na lateral oposta da vítima a ser rolada.
7- Os socorristas 2 e 3 posicionam na lateral da vítima ajoelhados.
O socorrista 2 segura nas cinturas pélvica e escapular.
O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores.
Os braços que seguram a cintura pélvica devem estar cruzados;
8- Socorrista 1 : Dá o comando “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 3, 1…2…3”.
9- Quando a vítima se encontrar na posição lateral, o socorrista 2 solta a mão da cintura pélvica da vítima e apalpa o dorso da vítima para uma
avaliação mais criteriosa.
Após a avaliação o mesmo puxa a prancha para o mais próximo possível da vítima e a inclina 45º;
10- Socorrista 1 : Dá o comando: “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 3, 1…2…3”;
11- Se for necessário centralize a vítima na prancha, faça o movimento sincronizado para não prejudicar a vítima;
12- Lembrando que o socorrista 1 é quem dá a ordem para qualquer movimento, pois ele é quem está estabilizando a cabeça e a coluna cervical, e
assim a vítima é centralizada;
13- Colocar o encosto lateral de cabeça;
14- Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte
Avançado.
Estes movimentos devem ser sincronizado e devem ser exaustivamente treinado pela equipe de resgate; 34
TÉCNICA DE ROLAMENTO DE 90º - 3
SOCORRISTAS
(Vítimas em Decúbito Dorsal)
O lado de rolamento será decidido pelo de menor comprometimento
as lesões da vítima;
A técnica consiste em movimentar a vítima em bloco, que se encontra em decúbito ventral, para a prancha longa.
Esta técnica envolve uma particularidade, pois é executada antes de colocar o colar cervical, mas sempre estabilizando a coluna cervical.
Vítimas encontradas nesta posição geralmente são vítimas de maior gravidade e/ou inconscientes.
CONDUTA ROLAMENTO DE 180º:
1- Priorizar a segurança;
2- Realizar o XABCDE observando a cinemática do trauma;
3- Os socorristas devem utilizar três ou quatro pontos de apoio. Ver (técnica de retirada de capacete);
4- Socorrista 1: Estabilizar a cervical.
Com as duas mãos segurar na parte lateral da cabeça, na região das orelhas.
Não levantar a cabeça para passar a mão que está em baixo;
5- O dorso da vítima é avaliado pelo socorrista 2;
6- Os socorristas 2 e 3 posicionam na lateral da vítima ajoelhados em cima da prancha.
O socorrista 2 segura na cintura pélvica e escapular.
O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores.
Os braços que seguram a cintura pélvica devem estar cruzados
7- Socorrista 1 : Da o comando “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, conforme a posição do osso occipital) no 3, 1…2…3”.
Este movimento tem que ser sincronizado e tem que ser exaustivamente treinado pela equipe de resgate;
8- Os socorristas 2 e 3 posicionam atrás da prancha sem perder o contato com a vítima;
9- Socorrista 1 : Da o comando:
“movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 3, 1…2…3”;
10- Socorrista 2 : Colocar o colar cervical. (Ver técnica de retirada de capacete);
11- Se necessário centralizar a vítima na prancha (Reposicionar);
13- Colocar o encosto lateral de cabeça (Head Block);
14- Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte
Avançado.
36
TÉCNICA DE ROLAMENTO 180º- 3 SOCORRISTAS
(Vítimas em Decúbito Ventral):
37
ELEVAÇÃO EM MONOBLOCO (4 Socorristas)
Elevação com 4 socorristas de uma vítima grave.
Esta técnica só é aplicada quando não há condições de realizar a técnica de rolamento e é feita com 4 socorristas.
Existem quatro situações que implicam à sua utilização:
• Aplicação da técnica concomitante com os procedimentos de ressuscitação da vítima;
• Equipe de atendimento sem material e/ou em uma situação adversa;
• Local irregular para execução do rolamento;
• Lesões ou situações gravíssimas que impeçam o rolamento
(ex: esmagamento de membros inferiores, fratura de pelve).
CONDUTA DE ELEVAÇÃO EM MONOBLOCO:
1- Priorizar a segurança;
2- Realizar o ABCDE observando a cinemática do trauma;
3- Socorrista 1 : Estabilizar a cervical;
4 -Socorrista 2 : Colocar o colar cervical. (Ver técnica de retirada de capacete);
5-A prancha deverá ser posicionada em contato com a vítima em sua lateral.
6- Socorrista 2 : Em pé, posiciona-se sobre a vítima colocando uma perna de cada lado da vítima e segura-a pelas axilas;
7-Socorrista 3 : Em pé, posiciona-se sobre a vítima colocando uma perna de cada lado da vítima na altura da cintura pélvica;
8-Socorrista 4 : Posiciona-se nos membros inferiores e os segura na altura dos tornozelos;
9-Socorrista 1 : Após certificar-se que todos os socorristas estão na posição correta, dá o comando: “elevação da vítima no 3, 1…2…3” e levantam a
vítima em monobloco colocando-a sobre a prancha longa;
10-Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte Avançado. 38
ELEVAÇÃO EM MONOBLOCO – 4
SOCORRISTAS
Técnica com Bandagem triangular:
Quando há fraturas em úmero apenas, podemos colocar o braço do paciente em uma “tipóia” feita com a bandagem e em seguida fixa-la ao tórax do
paciente para impedir pequenas movimentações. Essa é uma excelente opção quando nos deparamos com um trauma exclusivo de úmero em um
evento de pequena energia, como uma queda da própria altura por exemplo.
39
Regras básicas de imobilização:
✔ alinhar (trazer a posicao anatomica);
✔ tracionar;
✔ colocar tala;
✔ fixar tala com atadura da regiao distal para proximal;
✔ juntar ao corpo.
Imobilização de luxação e entorses:
✔ nao alinhar;
✔ nao tracionar;
✔ imobilizar na posicao encontrada;
✔ colocar tala;
✔ fixar tala.
Razões para realizar a imobilização:
A imobilizacao e o tratamento pre-hospitalar para fratura, luxacao e entorse. Os
beneficios da imobilizacao sao:
✔ minimizacao da dor;
✔ Prevencao de lesoes adicionais de musculos, nervos e vasos sanguineos;
✔ Manutencao da perfusao no membro; e
✔ Auxilio da hemostasia.
40
RESUMINDO…

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Avaliação e tratamento de trauma

  • 3. MÓDULO Í N D I C E 1 • AVALIAÇÃO DA CENA • CINEMÁTICA DO TRAUMA • IMPACTOS E COLIÕES • ATLS • HEMORRAGIAS • HEMOSTASIA • IMOBILIZAÇÕES TRAUMA 3 Autores: Valdecir kreuch; Mariana Viecelli
  • 4. Avaliação da cena T R A U M A • Confirmar a solicitação • Identificar o tipo de situação • Observar dos mecanismos de trauma • Avaliar riscos potênciais • Gerenciar os riscos • Checar número de vítimas • Checar necessidade de recursos adicionais 4 Avaliação rápida com objetivo de identificar fatores que modificam as tomadas de decisão. A avaliação deve ser continua durante a ocorrência.
  • 5. Cinemática do Trauma A cinemática do trauma é caracterizada como o processo de avaliação da cena de um acidente para determinar quais lesões podem ter ocorrido das resultantes forças que agem sobre um corpo. Esta avaliação é fundamental, pois determinará a sua avaliação que o corpo sofreu com as forças que atuam em um acidente. Impacto e Colisões Os tipos de colisões no trânsito que determinarão a gravidade dos acidentes automobilísticos. O impacto absorvido pelo veículo e as suas consequências é que nos dará as pistas de como estarão às vítimas dentro ou até mesmo fora dos automóveis, as que forem lançadas para fora dos veículos. Colisão Frontal As consequências no organismo das vítimas são, em sua maioria, na parte da cabeça e tórax: - Fratura de coluna cervical - Fratura no Tórax - Pneumotórax - Ruptura traumática da aorta - Lesão de Baço e Fígado - Fratura posterior/lesão de quadril e ou joelho
  • 6. T R A U M A – C O L I S Ã O T R A S E I R A Colisão Traseira A colisão traseira é uma das mais perigosas nos acidentes de trânsito, pois geralmente faz energia de impacto em sua traseira, sendo esta convertida em uma rápida aceleração e tempo, o que comumente é conhecido como “efeito chicote” e é responsável por lesar - Lesão de coluna cervical - Lesão de partes moles do pescoço Impacto e Colisões
  • 7. T R A U M A – C O L I S Ã O L A T E R A L Colisão Lateral As principais partes de um corpo atingidas por este tipo de acidente constituem geralmente como lesões na parte lateral do corpo, como braços, pernas, costelas, etc. As principais lesões geradas por este tipo de colisão: - Entorse contra lateral do pescoço - Fratura de coluna cervical - Tórax instável lateral - Ruptura traumática da aorta - Ruptura do Diafragma - Lesões de Baço, fígado e rim - Fratura de pelve (quadril) Impacto e Colisões
  • 8. T R A U M A – C O L I S Ã O A N G U L A R Colisão Angular É o tipo de colisão em que as forças exercidas sobre os veículos vêm de várias partes, corpos seja atirada para baixo e para cima e o veículo fique inclinado. Suas lesões são as mesmas proporcionadas na colisão frontal e lateral. - Entorse contra lateral do pescoço - Fratura de coluna cervical - Tórax instável lateral - Ruptura traumática da aorta - Ruptura do Diafragma - Lesões de Baço, fígado e rim - Fratura de pelve (quadril) Impacto e Colisões - Fratura de coluna cervical - Fratura no Tórax - Pneumotórax - Ruptura traumática da aorta - Lesão de Baço e Fígado - Fratura posterior/lesão de quadril e ou joelho
  • 9. 9 ATLS "A partir do momento em que eu posso prestar um atendimento no local, com recursos limitados, melhor do que o atendimento que meus filhos e eu recebemos no primeiro hospital, existe algo errado com o sistema e o sistema tem que ser mudado." T R A U M A
  • 10. ATLS T R A U M A Três conceitos nos quais se apoia o Programa ATLS tiveram, inicialmente, houveram dificuldades de serem aceitos: 1. Tratar primeiro a maior ameaça à vida. 2. A falta de diagnóstico definitivo nunca deve impedir a aplicação do tratamento indicado. 3. A história detalhada não é essencial para iniciar a avaliação do traumatizado. O resultado foi o desenvolvimento do método XABCDE para avaliação e tratamento do traumatizado. Esses que, o atendimento do traumatizado é muitas vezes um trabalho de equipe, que permite que profissionais prestem atendimento simultâneo, num processo liderado por alguém capacitado. O ATLS enfatiza que o trauma previsível.
  • 11. ATLS T R A U M A Por exemplo, as grandes hemorragias matam mais que obstruções das vias aéreas, que matam mais rapidamente do que a perda da capacidade de ventilar. Esta mata mais rapidamente do que a perda de sangue. O problema mais letal, na sequência, é a presença de uma lesão de massa expansiva intracraniana. Assim, o método mnemônico XABCDE define as avaliações e intervenções específicas e organizadas que devem ser seguidas em todos os doentes traumatizados. X - Hemorragia exsanguinante A - Via aérea com proteção da coluna cervical B - Boa Ventilação C - Circulação, parar a hemorragia D - Disfunção neurológica E - Exposição (despir) e Ambiente (controle da temperatura) EXSANGUINAÇÃO OBSTRUÇÃO VIAS AÉREAS CAPACIDADE RESPIRATÓRIA HEMORRAGIA
  • 12. 01- X EXSANGUINAÇÃO T R A U M A PERDA ACIMA DE 40%
  • 13. Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos! Antes de começar a avaliação, devemos estabilizar a cervical do paciente com suspeita de trauma com alta energia cinética (acidades automobilísticos, quedas de grandes alturas, etc) em que há risco de lesão de coluna. No A, deve-se tambem realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Nessa etapa devemos nos apresentar ao paciente e fazer alguma pergunta. Caso o paciente responda, já consideramos que as vias aéreas estão pérvias. Em caso de ausência de respostas devemos realizar as manobras Jaw-Thrust (projeção da mandíbula) e Chin Lift (elevação do mento) para avaliar presença de corpo estranho. • Traqueia centralizada; • Lesões; • Enfisema subcutâneo; • Estase de jugular; • Dor a palpação cervical. 02- VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL T R A U M A
  • 14. Nunca realize a manobra de Chin Lift em vítima com suspeita de trauma. No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares. A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. 02- VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL T R A U M A
  • 15. No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta (se possível) e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado. 03- BOA VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO T R A U M A
  • 16. No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A perda de sangue é a principal causa de morte no trauma. A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdome e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar lento, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência. Nessa etapa devemos identificar choque e manter a circulação avaliando 4 parâmetros: pele, pulso, perfusão e hemorragias (sangramentos externos). 04 – Circulação com Controle de Hemorragias T R A U M A
  • 17. No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de coma de Glasgow atualizada. 05 – Disfunção neurológica T R A U M A
  • 18. No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc. A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente. 06 – Exposição Total do Paciente T R A U M A
  • 19. HEMORRAGIAS INTERNAS P R I M E I R O S S O C O R R O S Hemorragia interna Sinais e sintomas de hemorragias internas: ✔ Agitação; ✔ Palidez; ✔ Sudorese intensa; ✔ Pele fria e pegajosa; ✔ Taquicardia; ✔ Hipotensão; ✔ Sede; ✔ Fraqueza; ✔ Saída de sangue ou fluídos pelo nariz e/ou pavilhão auditivo externo; ✔ Vômito ou tosse com presença de sangue; ✔ Rigidez ou espasmos dos músculos abdominais; ✔ Sangramento pelas genitálias; 19 Tratamento de hemorragias internas ✔ garantir a permeabilidade das vias aéreas; ✔ coloque o paciente deitado e eleve as pernas cerca de 20 cm; ✔ Mantenha a temperatura corporal; ✔ Não dê nada de comer nem beber;
  • 20. HEMORRAGIAS EXTERNAS P R I M E I R O S S O C O R R O S Hemorragia externa A hemorragia externa é visível, facilitando sua avaliação e tratamento. Dentro da hemorragia e externa há a classificação anatômica das hemorragias: Hemorragia capilar: o sangue sai lentamente dos vasos menores. Hemorragia arterial: hemorragia que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo. Hemorragia venosa: hemorragia onde o sangue sai lento e contínuo, com cor vermelha escuro. 20
  • 21. 21 MÉTODOS DE HEMOSTASIA P R I M E I R O S S O C O R R O S A hemostasia consiste em conter a hemorragia externa não oriunda de orifícios naturais. Para promover a hemostasia deve-se fazer a compressão direta sobre o ferimento, elevar o membro, e comprimir o ponto arterial próximo da lesão. As três técnicas podem ser utilizadas combinadas em caso de hemorragia severa. Alguns cuidados devem ser observados: ✔ Utiliza-se primeiramente a pressão direta, se não for suficiente, eleve o membro, e se ainda assim não for suficiente comprima o ponto arterial, utilizando as três técnicas combinadas; ✔ Na pressão direta, nunca retirar o campo já colocado, para evitar que a hemorragia retorne; ✔ Nunca retire objetos encravados, exceto nas bochechas; ✔ Sangramentos por orifícios naturais não devem ser oclusos. Eles se referem às hemorragias internas. Caso o socorrista oclua o sangramento, ele não vai realizar hemostasia, mas sim forçando o sangue a procurar uma cavidade para se alojar, causando maiores danos ao paciente; ✔ As hemorragias podem levar o paciente a choque hipovolêmico, portanto deve-se sempre estar atento aos sinais e sintomas.
  • 22. IMOBILIZAÇOES P R I M E I R O S S O C O R R O S Conceito: Conceitualmente, para imobilizar uma fratura basta imobilizar o local fraturado juntamente com as articulações proximais e distais ao trauma. Embora o conceito seja bem simples, existem detalhes no procedimento que podem torna-lo mais ou menos eficiente, tais como a correta avaliação do indivíduo traumatizado e a escolha da técnica de imobilização adequada para o caso. Antes da imobilização é preciso avaliar a condição do paciente: Quando atendemos uma pessoa com uma fratura em algum seguimento do corpo, é preciso primeiramente fazer uma avaliação do estado de gravidade do paciente para que as prioridades de atendimento sejam estabelecidas e respeitadas, é um grande erro quando o socorrista inicia o atendimento pela lesão esteticamente mais feia, como uma fratura exposta de fêmur por exemplo. Existem situações como hemorragias ou obstruções das vias aéreas que matam um indivíduo muito rápido e por isso devem ser resolvidas antes em relação a imobilização de qualquer fratura existente. 22
  • 23. Posicionamento anatômico: A posição anatômica é a melhor posição para permitir que haja adequado fluxo de sangue para as extremidades e para reduzir a dor. Para colocar o paciente em posição anatômica, o socorrista deve tentar alinhar o membro fraturado com o corpo da vítima, esse procedimento deve ser tentado de maneira delicada e apenas duas tentativas devem ser feitas, caso haja impedimento por algum motivo, o membro necessitará ser imobilizado da forma como foi encontrado, para isso deve-se usar as talas moldáveis. Há uma importante observação a ser feita, pois alinhar um membro não é o mesmo que reduzir uma fratura, a redução das fraturas é um procedimento que apenas o profissional médico está autorizado a executar. Avaliação do membro fraturado: Quando há uma fratura óssea, existe a possibilidade de lesão nas estruturas que estão ao redor do osso comprometido, podem existir lesões em nervos com comprometimento da movimentação e da sensibilidade, podem haver lesões vasculares comprometendo a circulação das extremidades, podem existir lesões musculares, etc. Devido a possibilidade dos demais traumas associados à fratura óssea, precisamos avaliar a condição do membro antes e depois da imobilização, sempre que a condição clínica do paciente permitir. Avalia-se a presença e a qualidade do pulso que está distal à fratura, a sensibilidade, a temperatura e a movimentação, os achados devem ser comparados com o membro contralateral. Controle da dor: Sempre que houver suporte avançado de vida disponível, deve-se considerar o controle da dor, para isso os derivados de opióide, principalmente a morfina, devem ser utilizados, pois além da analgesia, promovem diminuição da ansiedade e quando o cenário em questão for o ambiente pré hospitalar, conseguimos fornecer um transporte mais confortável e seguro. Entretanto existem contraindicações para a utilização dessas medicações, principalmente alergia e instabilidade hemodinâmica, assim, caso haja contraindicações, a imobilização eficiente torna-se o melhor recurso para analgesia no Atendimento Pré Hospitalar. 23
  • 24. IMOBILIZAÇOES P R I M E I R O S S O C O R R O S Luxação É o desalinhamento das extremidades osseas de uma articulacao fazendo com que as superficies articulares percam o contato entre si. Sinais e sintomas - Deformidade - Mais acentuada na articulacao luxada; - Edema; - Dor: Aumenta se a vitima tenta movimentar a articulacao; - Impotencia funcional: Perda completa ou quase total dos movimentos articulares. Entorse E a torcao ou distensao brusca de uma articulacao, alem de seu grau normal de amplitude. Sinais e sintomas Sao similares aos das fraturas e aos das luxacoes. Mas nas entorses os ligamentos geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco. 24
  • 25. IMOBILIZAÇOES P R I M E I R O S S O C O R R O S Fratura é a ruptura total ou parcial de um osso. Pode ser classificada em: a) Aberta: onde ha rompimento da pele; b) Fechada: onde não ha rompimento da pele. Sinais e sintomas ✔ Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não possui articulação; ✔ Sensibilidade: geralmente o local da fratura esta muito sensível a dor; ✔ Crepitação: num movimento da vitima podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente, porque aumenta a dor e pode provocar lesões; ✔ Edema e alteração de coloração: quase sempre a fratura e acompanhada de certo inchaço provocado pelo liquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá demorar varias horas para aparecer; ✔ Impotência funcional: perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A vitima geralmente protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com dificuldade e sente dor intensa; ✔ Fragmentos expostos: numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar através da pele ou for vistos no fundo do ferimento. 25
  • 26. IMOBILIZAÇOES P R I M E I R O S S O C O R R O S Tratamento pré-hospitalar O tratamento pré-hospitalar para fraturas é a imobilização. Regras básicas de imobilização: ✔ alinhar (trazer a posição anatômica); ✔ tracionar; ✔ colocar tala; ✔ fixar tala com atadura da região distal para proximal; ✔ juntar ao corpo. Imobilização de luxação e entorses: ✔ não alinhar; ✔ não tracionar; ✔ imobilizar na posição encontrada; ✔ colocar tala; ✔ fixar tala. Razões para realizar a imobilização: A imobilização e o tratamento pré-hospitalar para fratura, luxação e entorse. Os benefícios da imobilização são: ✔ minimização da dor; ✔ Prevenção de lesões adicionais de músculos, nervos e vasos sanguíneos; ✔ Manutenção da perfusão no membro; e ✔ Auxilio da hemostasia. 26
  • 27. TIPOS DE IMOBILIZAÇOES P R I M E I R O S S O C O R R O S Existem diferentes técnicas de imobilização: Com relação a escolha da técnica adequada, existem diversas formas de se manter uma fratura estável, entretanto respeitando-se as “prioridades” de atendimento e os “princípios” da imobilização segmentar, o socorrista pode optar pela técnica de sua “preferência”. Técnica de imobilização manual: Utiliza-se as mãos do socorrista para manter a fratura estabilizada, isso pode ser necessário quando o socorrista não dispõe do material necessário para a imobilização com talas ou mesmo enquanto o paciente aguarda a imobilização com materiais adequados. 27
  • 28. TIPOS DE IMOBILIZAÇOES P R I M E I R O S S O C O R R O S Técnica de imobilização seguimentar (caixote): Consiste em posicionar pelo menos três talas ao redor da fratura, da articulação proximal e distal ao trauma e em seguida fixá-las, como se estivéssemos “guardando a fratura em um caixote”. 28
  • 29. COLAR CERVICAL P R I M E I R O S S O C O R R O S A finalidade principal e específica do colar cervical é proteger a coluna cervical de compressão. Quando instalado de forma eficiente ele se apoia sobre o peito, a coluna torácica posterior, a clavícula e o músculo trapézio. A cabeça fica imobilizada sob o ângulo da mandíbula e na região occipital do crânio. Embora não imobilize totalmente, o colar cervical ajuda a limitar o movimento da cabeça. 29
  • 30. MEDIDA DO COLAR CERVICAL P R I M E I R O S S O C O R R O S 30 A medida do tamanho do colar cervical: a distância entre o ombro e o queixo do paciente.
  • 31. MEDIDA DO TAMANHO NO PACIENTE P R I M E I R O S S O C O R R O S 31 Quando o paciente estiver em posição neutra cervical, use seus dedos para visualizar a distância entre o ombro e o queixo. Você pode utilizar seus dedos para escolher o tamanho do colar cervical mais adequado para o paciente.
  • 32. MEDIDA DO COLAR CERVICAL P R I M E I R O S S O C O R R O S 32 A escolha do tamanho ideal para o paciente é feita calculando-se a distância entre uma linha imaginária no ombro, onde o colar ficará apoiado, e a base do queixo. A medida exata do colar é a distância entre o ponto de referência (botão) e a borda inferior do plástico rígido, e não até o emborrachado de espuma.
  • 33. Técnica de imobilização em bloco: Respeitando o conceito de imobilizar a fratura e as duas articulações mais próximas, podemos utilizar a prancha longa como uma grande tala, que tem condições para imobilizar o corpo da região cervical até os tornozelos.. 33
  • 34. A técnica consiste em movimentar a vítima em bloco, que se encontra em decúbito dorsal, para a prancha longa. CONDUTA ROLAMENTO DE 90º: 1- Priorizar a segurança; 2- Realizar o XABCDE observando a cinemática do trauma; 3- Os socorristas devem utilizar três ou quatro pontos de apoio; 4- Socorrista 1: Estabilizar a cervical. 5- Socorrista 2 : Colocar o colar cervical. 6- Socorrista 3 : Posicionar a prancha na lateral oposta da vítima a ser rolada. 7- Os socorristas 2 e 3 posicionam na lateral da vítima ajoelhados. O socorrista 2 segura nas cinturas pélvica e escapular. O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores. Os braços que seguram a cintura pélvica devem estar cruzados; 8- Socorrista 1 : Dá o comando “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 3, 1…2…3”. 9- Quando a vítima se encontrar na posição lateral, o socorrista 2 solta a mão da cintura pélvica da vítima e apalpa o dorso da vítima para uma avaliação mais criteriosa. Após a avaliação o mesmo puxa a prancha para o mais próximo possível da vítima e a inclina 45º; 10- Socorrista 1 : Dá o comando: “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 3, 1…2…3”; 11- Se for necessário centralize a vítima na prancha, faça o movimento sincronizado para não prejudicar a vítima; 12- Lembrando que o socorrista 1 é quem dá a ordem para qualquer movimento, pois ele é quem está estabilizando a cabeça e a coluna cervical, e assim a vítima é centralizada; 13- Colocar o encosto lateral de cabeça; 14- Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte Avançado. Estes movimentos devem ser sincronizado e devem ser exaustivamente treinado pela equipe de resgate; 34 TÉCNICA DE ROLAMENTO DE 90º - 3 SOCORRISTAS (Vítimas em Decúbito Dorsal)
  • 35. O lado de rolamento será decidido pelo de menor comprometimento as lesões da vítima;
  • 36. A técnica consiste em movimentar a vítima em bloco, que se encontra em decúbito ventral, para a prancha longa. Esta técnica envolve uma particularidade, pois é executada antes de colocar o colar cervical, mas sempre estabilizando a coluna cervical. Vítimas encontradas nesta posição geralmente são vítimas de maior gravidade e/ou inconscientes. CONDUTA ROLAMENTO DE 180º: 1- Priorizar a segurança; 2- Realizar o XABCDE observando a cinemática do trauma; 3- Os socorristas devem utilizar três ou quatro pontos de apoio. Ver (técnica de retirada de capacete); 4- Socorrista 1: Estabilizar a cervical. Com as duas mãos segurar na parte lateral da cabeça, na região das orelhas. Não levantar a cabeça para passar a mão que está em baixo; 5- O dorso da vítima é avaliado pelo socorrista 2; 6- Os socorristas 2 e 3 posicionam na lateral da vítima ajoelhados em cima da prancha. O socorrista 2 segura na cintura pélvica e escapular. O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores. Os braços que seguram a cintura pélvica devem estar cruzados 7- Socorrista 1 : Da o comando “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, conforme a posição do osso occipital) no 3, 1…2…3”. Este movimento tem que ser sincronizado e tem que ser exaustivamente treinado pela equipe de resgate; 8- Os socorristas 2 e 3 posicionam atrás da prancha sem perder o contato com a vítima; 9- Socorrista 1 : Da o comando: “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 3, 1…2…3”; 10- Socorrista 2 : Colocar o colar cervical. (Ver técnica de retirada de capacete); 11- Se necessário centralizar a vítima na prancha (Reposicionar); 13- Colocar o encosto lateral de cabeça (Head Block); 14- Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte Avançado. 36 TÉCNICA DE ROLAMENTO 180º- 3 SOCORRISTAS (Vítimas em Decúbito Ventral):
  • 37. 37
  • 38. ELEVAÇÃO EM MONOBLOCO (4 Socorristas) Elevação com 4 socorristas de uma vítima grave. Esta técnica só é aplicada quando não há condições de realizar a técnica de rolamento e é feita com 4 socorristas. Existem quatro situações que implicam à sua utilização: • Aplicação da técnica concomitante com os procedimentos de ressuscitação da vítima; • Equipe de atendimento sem material e/ou em uma situação adversa; • Local irregular para execução do rolamento; • Lesões ou situações gravíssimas que impeçam o rolamento (ex: esmagamento de membros inferiores, fratura de pelve). CONDUTA DE ELEVAÇÃO EM MONOBLOCO: 1- Priorizar a segurança; 2- Realizar o ABCDE observando a cinemática do trauma; 3- Socorrista 1 : Estabilizar a cervical; 4 -Socorrista 2 : Colocar o colar cervical. (Ver técnica de retirada de capacete); 5-A prancha deverá ser posicionada em contato com a vítima em sua lateral. 6- Socorrista 2 : Em pé, posiciona-se sobre a vítima colocando uma perna de cada lado da vítima e segura-a pelas axilas; 7-Socorrista 3 : Em pé, posiciona-se sobre a vítima colocando uma perna de cada lado da vítima na altura da cintura pélvica; 8-Socorrista 4 : Posiciona-se nos membros inferiores e os segura na altura dos tornozelos; 9-Socorrista 1 : Após certificar-se que todos os socorristas estão na posição correta, dá o comando: “elevação da vítima no 3, 1…2…3” e levantam a vítima em monobloco colocando-a sobre a prancha longa; 10-Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte Avançado. 38 ELEVAÇÃO EM MONOBLOCO – 4 SOCORRISTAS
  • 39. Técnica com Bandagem triangular: Quando há fraturas em úmero apenas, podemos colocar o braço do paciente em uma “tipóia” feita com a bandagem e em seguida fixa-la ao tórax do paciente para impedir pequenas movimentações. Essa é uma excelente opção quando nos deparamos com um trauma exclusivo de úmero em um evento de pequena energia, como uma queda da própria altura por exemplo. 39
  • 40. Regras básicas de imobilização: ✔ alinhar (trazer a posicao anatomica); ✔ tracionar; ✔ colocar tala; ✔ fixar tala com atadura da regiao distal para proximal; ✔ juntar ao corpo. Imobilização de luxação e entorses: ✔ nao alinhar; ✔ nao tracionar; ✔ imobilizar na posicao encontrada; ✔ colocar tala; ✔ fixar tala. Razões para realizar a imobilização: A imobilizacao e o tratamento pre-hospitalar para fratura, luxacao e entorse. Os beneficios da imobilizacao sao: ✔ minimizacao da dor; ✔ Prevencao de lesoes adicionais de musculos, nervos e vasos sanguineos; ✔ Manutencao da perfusao no membro; e ✔ Auxilio da hemostasia. 40 RESUMINDO…