SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
CLÍNICA MÉDICA I
 DEFINIÇÃO:
- É o excesso de líquido acumulado no espaço
intersticial ou no interior das próprias células
- Pode ocorrer em qualquer sítio do organismo
- edema cutâneo – infiltração no espaço
intersticial dos tecidos que constituem pele e
TCSC
- coleções líquidas em cavidades serosas –
fenômenos fisiopatológicos afins; denomina-se
derrame cavitário ou articular.
 Para que o edema ocorra deve haver uma
quebra nos mecanismos que controlam a
distribuição de líquido intersticial.
 Pode ser:
- localizada e envolver apenas fatores que
influenciam o fluxo de fluido capilar
- Secundária a alterações do controle de
volume do compartimento extracelular e do
liquido corporal total ( o que na maioria das
vezes ocasiona edema generalizado)
Constante de permeabilidade
Pc = pressão
hidrostática
π c = pressão
oncótica
-Perda proteica
- Síntese
inadequada
-Inflamação
- Anemia (anóxia da
parede capilar)
-Alterações
vasomotoras
-Fator +
importante para
edema
generalizado
- influência
hormonal
 LOCALIZAÇÃO
 DURAÇÃO E EVOLUÇÃO (início, horário,
fenômenos que acompanham...)
 INTENSIDADE
 CONSISTÊNCIA
 TEMPERATURA DA PELE ADJACENTE
 SENSIBILIDADE DA PELE ADJACENTE
 OUTRAS ALTERAÇÕES DA PELE
ADJACENTE
 LOCALIZAÇÃO
- Localizado – se restringe a um segmento
- Generalizado (importante pesar o paciente – são
estimados aumentos de cerca 4 a 5% para que o edema
seja detectável clinicamente) = ANASARCA
 Locais mais comuns
- Membros inferiores
- Face (especialmente subpalpebral)
- Região pré-sacral (principalmente acamados)
 FOTO
 INTENSIDADE
- Avaliar através de compressão firme e
sustentada da polpa digital do polegar ou
indicador, contra uma estrutura rígida
subjacente (tíbia, sacro, ossos da face).
- depressão local: fóvea, cacifo
- Graduar em cruzes( +/ ++++)
- Outras formas:
a) Pesando o paciente diariamente
b) Medindo-se o perímetro da região
 CONSISTÊNCIA
- conceituada como grau de resistência durante a
compressão da região
- avaliada pela mesma manobra anterior
- EDEMA MOLE: facilmente depressível,
representa edema de menor duração e tecido
infiltrado de água
- EDEMA DURO: maior resistência para se obter
a fóvea, traduz existência de proliferação
fibroblástica, de maior duração ou acompanhado
de surtos inflamatórios repetidos (Linfedema)
 ELASTICIDADE
- Observando-se a volta da pele à posição
primitiva após a compressão
- ELÁSTICO: retorno imediato (edemas
inflamatórios)
- INELÁSTICO: demora a retornar
(síndrome nefrótica, ICC)
 TEMPERATURA DA PELE ADJACENTE
usando dorso dos dedos ou costas das mãos,
por comparação com área vizinha
- TEMP. NORMAL : freqüentemente não
se altera
- QUENTE: edema inflamatório
- FRIA: comprometimento da irrigação
sanguínea da área
 SENSIBILIDADE
Também avaliado pela digitopressão
- DOLOROSO: inflamatório
- INDOLOR
 OUTRAS ALTERAÇÕES DA PELE
- COLORAÇÃO:
- palidez: acompanha edemas com
distúrbio de irrigação sanguínea
- cianose: indica perturbação venosa
localizada, mas pode ser parte de cianose
central ou mista
- vermelhidão: inflamatório
 OUTRAS ALTERAÇÕES DA PELE
-TEXTURA E ESPESSURA
- Lisa e brilhante: edema recente e intenso
- Pele espessa: edema de longa duração
- Pele enrugada: qdo edema está sendo
eliminado
- OUTROS DISTÚRBIOS TRÓFICOS: atrofia,
ulceração, hiperpigmentação
 PRINCIPAIS CAUSAS:
 SD NEFRÓTICA, SD NEFRÍTICA, PIELONEFRITE
 ICC
 CIRROSE HEPÁTICA
 MIXEDEMA
 ALERGIAS
 VARIZES
 TROMBOSE VENOSA
 FLEBITE
 LINFEDEMA
 EDEMA RENAL
- Engloba: Síndrome nefrítica, Síndrome Nefrótica e
Pielonefrite
- mecanismos fisiopatológicos diferentes, mas com
características semiológicas comuns
- edema generalizado (predominantemente facial –
subpalpebral, matutino)
- mole, inelástico, temperatura normal ou pouco
reduzida
-Sd nefrótica: + intenso, geralmente acompanhado de
derrames cavitários, fisiopatologia por
hiperaldosteronismo secundário e hipoproteinemia
- Sd nefrítica: retenção de sódio e água por disbalanço
glomerulotubular e aumento da permeabilidade capilar.
Gravidade é
proporcional a queda
da taxa de filtração
glomerular, sendo esta
sua causa principal
Restrição rigorosa de sal pode
equilibrar a ingestão com baixa
excreção
Com posterior
reabsorção no
nefron distal
Lesão na membrana basalDevido ativação do
sistema renina-
angiotensina-
aldosterona
>3,5g/24h –
urina
espumosa
Piorada pelo
do↑
catabolismo
de albumina
associado
Contração do vol. intravascular
↓ DC (↓ pré-carga)
↓ Perfusão renal
Ativação SRAA
↓ excreção de Na+
Retenção de Na e H2o
Aumento da PH
Pode ainda estimular liberação de hormônio
antidiurético (ADH), levando a mais retenção
de água livre de soluto, aumentando a diluição
do Na plasmático, o que agrava a ↓ da pressão
oncótica, reciclando o estímulo de formação
do edema
 ICC
- um dos sinais cardinais
- generalizado, predominando em MMII
-vespertino (gravitário – se acamado = pré-sacral)
- varia de intensidade
- mole, inelástico, indolor, pele adjacente pode
estar lisa e brilhante
- Decorre, sobretudo, pelo aumento de pressão
hidrostática e retenção de sódio e água. Provável
aumento de permeabilidade capilar associado
(fator natriurético atrial)
Enchimento
deficiente do
leito vascular
arterial
↑ PH no
polo venoso
 CIRROSE HEPÁTICA
- edema generalizado, quase sempre discreto
- predomina em MMII, habitual ascite
concomitante
- mole, inelástico, indolor
- hipoproteinemia (distúrbio no metabolismo
protéico), hiperaldosteronismo secundário
(responsável pela retenção de Na e H2O) e
hipoalbuminemia
 Fibrose e regeneração nodular do fígado
 Compromete síntese de albumina por lesão
dos hepatócitos
 Hipertensão portal por alt. arquitetural
dificultando livre fluxo de sangue e linfa.
Formação de
Circulação colateral
Retenção esplâncnica e
mesentérica venosa
Prejudicando o
enchimento arterial
(contração do vol.
arterial circulante)
 MIXEDEMA
- Forma particular de edema na Hipofunção
tireoideana
- Mecanismo de formação: por deposição de
substâncias mucopolissacarídeas no espaço
intersticial (leva a ↑ da pressão osmótica
intersticial) com retenção hídrica secundária
- pouco depressível, inelástico, não muito
intenso, alterações tróficas do
hipotireoidismo (pele seca e fria)
 EDEMA ALÉRGICO
- acompanha fenômenos angioneuróticos
- por aumento de permeabilidade capilar
(histaminas e cininas decorrentes da reação
antígeno-anticorpo)
- pode ser generalizado, mas costuma restringir-
se a certas áreas (face)
- instalação súbita e rápida (pele lisa e brilhante)
- pode ser quente e avermelhado
- mole e elástico
 EDEMAS LOCALIZADOS
- Varizes
- Trombose venosa
- Flebite
- Linfedema
 EDEMA VARICOSO
-em MMII (pode preponderar em um membro)
- pouco intenso (piora com a posição –
gravitário)
- a princípio é mole, podendo tornar-se duro
com o passar do tempo
- inelástico
- alteração de coloração da pele com
cronificação (castanha ou mais escura)
- pode tornar-se espessa e de textura mais
grosseira
 TROMBOSE VENOSA:
- mole
- intenso
- pele pálida (flegmasia alba dolens)
- em alguns casos cianótica (flegmasia alba
cerulea)
- por aumento da pressão hidrostática, seja
por insuficiência das valvas das veias, seja por
oclusão do vaso (mesmo mecanismo do
edema varicoso)
 FLEBITE
- Decorre de componente inflamatório com
aumento de permeabilidade capilar,
insuficiência de valvas e oclusão de vaso
(aumento da pressão hidrostática)
- localizado, intensidade leve a mediana,
elástico, doloroso
- pele adjacente lisa, brilhante, vermelha e
quente
 LINFEDEMA
- designação para edemas originados nas
afecções de vasos linfáticos (obstrução)
- localizado, duro, inelástico, indolor
- com francas alterações de textura e
espessura de pele (grossa e áspera)
- avançado = elefantíase
- pós-erisipela, filariose, pós-mastectomia
Elefantíase = Sd caracterizada
por hipertrofia cutânea regional
em decorrência de obstrução da
circulação linfática, com
represamento de linfa e
proliferação fibroblástica
intensa
Semiologia do edema 2018
Semiologia do edema 2018

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Guilherme Sicuto
 
Fisiopatologia do edema resumo aula
Fisiopatologia do edema   resumo aulaFisiopatologia do edema   resumo aula
Fisiopatologia do edema resumo aulaliliana ponte
 
Lesões Fundamentais da Pele
Lesões Fundamentais da PeleLesões Fundamentais da Pele
Lesões Fundamentais da Pelepauloalambert
 
Edema
EdemaEdema
Edemahugo
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudopauloalambert
 
Náuseas e vômitos-Prof.Alambert
Náuseas e vômitos-Prof.AlambertNáuseas e vômitos-Prof.Alambert
Náuseas e vômitos-Prof.Alambertpauloalambert
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricapauloalambert
 
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
 
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaDistúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaJosé Alexandre Pires de Almeida
 
Semiologia das Icterícias
Semiologia das IcteríciasSemiologia das Icterícias
Semiologia das Icteríciaspauloalambert
 
Síndromes respiratórias
Síndromes respiratórias Síndromes respiratórias
Síndromes respiratórias Paulo Alambert
 
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdfSemiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdfJucie Vasconcelos
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoPaulo Alambert
 
Dispnéia 2015 3o ano
Dispnéia 2015 3o anoDispnéia 2015 3o ano
Dispnéia 2015 3o anopauloalambert
 
Exame Físico Geral 2016
Exame Físico Geral 2016Exame Físico Geral 2016
Exame Físico Geral 2016pauloalambert
 
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoDistúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoAlanna Rayssa Pinheiro
 

Mais procurados (20)

Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
 
Fisiopatologia do edema resumo aula
Fisiopatologia do edema   resumo aulaFisiopatologia do edema   resumo aula
Fisiopatologia do edema resumo aula
 
Lesões Fundamentais da Pele
Lesões Fundamentais da PeleLesões Fundamentais da Pele
Lesões Fundamentais da Pele
 
Edema
EdemaEdema
Edema
 
Semiologia da Febre
Semiologia da FebreSemiologia da Febre
Semiologia da Febre
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudo
 
Náuseas e vômitos-Prof.Alambert
Náuseas e vômitos-Prof.AlambertNáuseas e vômitos-Prof.Alambert
Náuseas e vômitos-Prof.Alambert
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periférica
 
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
 
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaDistúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
 
Semiologia febre
Semiologia febreSemiologia febre
Semiologia febre
 
Semiologia das Icterícias
Semiologia das IcteríciasSemiologia das Icterícias
Semiologia das Icterícias
 
Síndromes respiratórias
Síndromes respiratórias Síndromes respiratórias
Síndromes respiratórias
 
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdfSemiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso Sistêmico
 
Dispnéia 2015 3o ano
Dispnéia 2015 3o anoDispnéia 2015 3o ano
Dispnéia 2015 3o ano
 
Aula 8 edema
Aula 8   edemaAula 8   edema
Aula 8 edema
 
Dispnéia
Dispnéia Dispnéia
Dispnéia
 
Exame Físico Geral 2016
Exame Físico Geral 2016Exame Físico Geral 2016
Exame Físico Geral 2016
 
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoDistúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
 

Mais de pauloalambert (20)

Dtp 16 21 sp
Dtp 16 21 spDtp 16 21 sp
Dtp 16 21 sp
 
Dtp 15 21 sp
Dtp 15 21 spDtp 15 21 sp
Dtp 15 21 sp
 
Dtp 14 21 sp
Dtp 14 21 spDtp 14 21 sp
Dtp 14 21 sp
 
Dtp 13 21 sp
Dtp 13 21 spDtp 13 21 sp
Dtp 13 21 sp
 
Dtp 12 21 sp
Dtp 12 21 spDtp 12 21 sp
Dtp 12 21 sp
 
Dtp 11 21 sp
Dtp 11 21 spDtp 11 21 sp
Dtp 11 21 sp
 
Dtp 10 21 sp
Dtp 10 21 spDtp 10 21 sp
Dtp 10 21 sp
 
Dtp 09 21 sp
Dtp 09 21 spDtp 09 21 sp
Dtp 09 21 sp
 
DTP 08 21 SP
DTP 08 21 SPDTP 08 21 SP
DTP 08 21 SP
 
DTP 07 21
DTP 07 21DTP 07 21
DTP 07 21
 
DTP 06 21 SP
DTP 06 21 SPDTP 06 21 SP
DTP 06 21 SP
 
DTP 05 21 sp
DTP 05 21 spDTP 05 21 sp
DTP 05 21 sp
 
DTP 0421
DTP 0421DTP 0421
DTP 0421
 
DTP0321 SP
DTP0321 SPDTP0321 SP
DTP0321 SP
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0121 SP
DTP 0121 SPDTP 0121 SP
DTP 0121 SP
 
Folha Cornell
Folha CornellFolha Cornell
Folha Cornell
 
Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 

Semiologia do edema 2018

  • 2.  DEFINIÇÃO: - É o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células - Pode ocorrer em qualquer sítio do organismo - edema cutâneo – infiltração no espaço intersticial dos tecidos que constituem pele e TCSC - coleções líquidas em cavidades serosas – fenômenos fisiopatológicos afins; denomina-se derrame cavitário ou articular.
  • 3.  Para que o edema ocorra deve haver uma quebra nos mecanismos que controlam a distribuição de líquido intersticial.  Pode ser: - localizada e envolver apenas fatores que influenciam o fluxo de fluido capilar - Secundária a alterações do controle de volume do compartimento extracelular e do liquido corporal total ( o que na maioria das vezes ocasiona edema generalizado)
  • 4.
  • 5. Constante de permeabilidade Pc = pressão hidrostática π c = pressão oncótica
  • 6. -Perda proteica - Síntese inadequada -Inflamação - Anemia (anóxia da parede capilar) -Alterações vasomotoras -Fator + importante para edema generalizado - influência hormonal
  • 7.
  • 8.
  • 9.  LOCALIZAÇÃO  DURAÇÃO E EVOLUÇÃO (início, horário, fenômenos que acompanham...)  INTENSIDADE  CONSISTÊNCIA  TEMPERATURA DA PELE ADJACENTE  SENSIBILIDADE DA PELE ADJACENTE  OUTRAS ALTERAÇÕES DA PELE ADJACENTE
  • 10.  LOCALIZAÇÃO - Localizado – se restringe a um segmento - Generalizado (importante pesar o paciente – são estimados aumentos de cerca 4 a 5% para que o edema seja detectável clinicamente) = ANASARCA  Locais mais comuns - Membros inferiores - Face (especialmente subpalpebral) - Região pré-sacral (principalmente acamados)
  • 12.
  • 13.  INTENSIDADE - Avaliar através de compressão firme e sustentada da polpa digital do polegar ou indicador, contra uma estrutura rígida subjacente (tíbia, sacro, ossos da face). - depressão local: fóvea, cacifo - Graduar em cruzes( +/ ++++) - Outras formas: a) Pesando o paciente diariamente b) Medindo-se o perímetro da região
  • 14.
  • 15.  CONSISTÊNCIA - conceituada como grau de resistência durante a compressão da região - avaliada pela mesma manobra anterior - EDEMA MOLE: facilmente depressível, representa edema de menor duração e tecido infiltrado de água - EDEMA DURO: maior resistência para se obter a fóvea, traduz existência de proliferação fibroblástica, de maior duração ou acompanhado de surtos inflamatórios repetidos (Linfedema)
  • 16.
  • 17.  ELASTICIDADE - Observando-se a volta da pele à posição primitiva após a compressão - ELÁSTICO: retorno imediato (edemas inflamatórios) - INELÁSTICO: demora a retornar (síndrome nefrótica, ICC)
  • 18.  TEMPERATURA DA PELE ADJACENTE usando dorso dos dedos ou costas das mãos, por comparação com área vizinha - TEMP. NORMAL : freqüentemente não se altera - QUENTE: edema inflamatório - FRIA: comprometimento da irrigação sanguínea da área
  • 19.  SENSIBILIDADE Também avaliado pela digitopressão - DOLOROSO: inflamatório - INDOLOR
  • 20.  OUTRAS ALTERAÇÕES DA PELE - COLORAÇÃO: - palidez: acompanha edemas com distúrbio de irrigação sanguínea - cianose: indica perturbação venosa localizada, mas pode ser parte de cianose central ou mista - vermelhidão: inflamatório
  • 21.
  • 22.  OUTRAS ALTERAÇÕES DA PELE -TEXTURA E ESPESSURA - Lisa e brilhante: edema recente e intenso - Pele espessa: edema de longa duração - Pele enrugada: qdo edema está sendo eliminado - OUTROS DISTÚRBIOS TRÓFICOS: atrofia, ulceração, hiperpigmentação
  • 23.
  • 24.
  • 25.  PRINCIPAIS CAUSAS:  SD NEFRÓTICA, SD NEFRÍTICA, PIELONEFRITE  ICC  CIRROSE HEPÁTICA  MIXEDEMA  ALERGIAS  VARIZES  TROMBOSE VENOSA  FLEBITE  LINFEDEMA
  • 26.  EDEMA RENAL - Engloba: Síndrome nefrítica, Síndrome Nefrótica e Pielonefrite - mecanismos fisiopatológicos diferentes, mas com características semiológicas comuns - edema generalizado (predominantemente facial – subpalpebral, matutino) - mole, inelástico, temperatura normal ou pouco reduzida -Sd nefrótica: + intenso, geralmente acompanhado de derrames cavitários, fisiopatologia por hiperaldosteronismo secundário e hipoproteinemia - Sd nefrítica: retenção de sódio e água por disbalanço glomerulotubular e aumento da permeabilidade capilar.
  • 27. Gravidade é proporcional a queda da taxa de filtração glomerular, sendo esta sua causa principal Restrição rigorosa de sal pode equilibrar a ingestão com baixa excreção Com posterior reabsorção no nefron distal
  • 28. Lesão na membrana basalDevido ativação do sistema renina- angiotensina- aldosterona >3,5g/24h – urina espumosa Piorada pelo do↑ catabolismo de albumina associado
  • 29. Contração do vol. intravascular ↓ DC (↓ pré-carga) ↓ Perfusão renal Ativação SRAA ↓ excreção de Na+ Retenção de Na e H2o Aumento da PH Pode ainda estimular liberação de hormônio antidiurético (ADH), levando a mais retenção de água livre de soluto, aumentando a diluição do Na plasmático, o que agrava a ↓ da pressão oncótica, reciclando o estímulo de formação do edema
  • 30.
  • 31.  ICC - um dos sinais cardinais - generalizado, predominando em MMII -vespertino (gravitário – se acamado = pré-sacral) - varia de intensidade - mole, inelástico, indolor, pele adjacente pode estar lisa e brilhante - Decorre, sobretudo, pelo aumento de pressão hidrostática e retenção de sódio e água. Provável aumento de permeabilidade capilar associado (fator natriurético atrial)
  • 33.
  • 34.  CIRROSE HEPÁTICA - edema generalizado, quase sempre discreto - predomina em MMII, habitual ascite concomitante - mole, inelástico, indolor - hipoproteinemia (distúrbio no metabolismo protéico), hiperaldosteronismo secundário (responsável pela retenção de Na e H2O) e hipoalbuminemia
  • 35.  Fibrose e regeneração nodular do fígado  Compromete síntese de albumina por lesão dos hepatócitos  Hipertensão portal por alt. arquitetural dificultando livre fluxo de sangue e linfa. Formação de Circulação colateral Retenção esplâncnica e mesentérica venosa Prejudicando o enchimento arterial (contração do vol. arterial circulante)
  • 36.
  • 37.
  • 38.  MIXEDEMA - Forma particular de edema na Hipofunção tireoideana - Mecanismo de formação: por deposição de substâncias mucopolissacarídeas no espaço intersticial (leva a ↑ da pressão osmótica intersticial) com retenção hídrica secundária - pouco depressível, inelástico, não muito intenso, alterações tróficas do hipotireoidismo (pele seca e fria)
  • 39.
  • 40.  EDEMA ALÉRGICO - acompanha fenômenos angioneuróticos - por aumento de permeabilidade capilar (histaminas e cininas decorrentes da reação antígeno-anticorpo) - pode ser generalizado, mas costuma restringir- se a certas áreas (face) - instalação súbita e rápida (pele lisa e brilhante) - pode ser quente e avermelhado - mole e elástico
  • 41.
  • 42.  EDEMAS LOCALIZADOS - Varizes - Trombose venosa - Flebite - Linfedema
  • 43.  EDEMA VARICOSO -em MMII (pode preponderar em um membro) - pouco intenso (piora com a posição – gravitário) - a princípio é mole, podendo tornar-se duro com o passar do tempo - inelástico - alteração de coloração da pele com cronificação (castanha ou mais escura) - pode tornar-se espessa e de textura mais grosseira
  • 44.
  • 45.  TROMBOSE VENOSA: - mole - intenso - pele pálida (flegmasia alba dolens) - em alguns casos cianótica (flegmasia alba cerulea) - por aumento da pressão hidrostática, seja por insuficiência das valvas das veias, seja por oclusão do vaso (mesmo mecanismo do edema varicoso)
  • 46.
  • 47.  FLEBITE - Decorre de componente inflamatório com aumento de permeabilidade capilar, insuficiência de valvas e oclusão de vaso (aumento da pressão hidrostática) - localizado, intensidade leve a mediana, elástico, doloroso - pele adjacente lisa, brilhante, vermelha e quente
  • 48.
  • 49.  LINFEDEMA - designação para edemas originados nas afecções de vasos linfáticos (obstrução) - localizado, duro, inelástico, indolor - com francas alterações de textura e espessura de pele (grossa e áspera) - avançado = elefantíase - pós-erisipela, filariose, pós-mastectomia
  • 50. Elefantíase = Sd caracterizada por hipertrofia cutânea regional em decorrência de obstrução da circulação linfática, com represamento de linfa e proliferação fibroblástica intensa