O documento discute três tópicos principais: 1) as funções sensoriais e fatores psicológicos importantes para condução segura, como visão, audição, stress e fadiga, 2) os efeitos prejudiciais do álcool e drogas na condução, e 3) os deveres e responsabilidades do condutor para respeitar os outros utentes da via e conduzir de forma segura.
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CONDUTOR E O SEU ESTADO FÍSICO E PSICOLÓGICO
Funções sensoriais determinantes para o exercício da condução:
A visão
Para uma condução segura é necessário que a informação sobre os
elementos que intervêm no trânsito, seja percebida pelo condutor com
precisão, e que o seu cérebro indique e interprete adequadamente todos
eles para lhe dar ordens neuromusculares que atuem de modo correto sobre
os comandos do veículo.
A audição
A audição assume um papel importante na condução: permite a distinção de
sons e da sua intensidade, bem como a identificação da direção de onde
provêm, constitui um contributo valioso na recolha de informação necessária
para uma boa condução.
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CONDUTOR E O SEU ESTADO FÍSICO E PSICOLÓGICO
Fatores que influenciam as aptidões psicofísicas do condutor:
O stress:
A tensão (stress) cria uma perda de equilíbrio físico e emocional, podendo provocar
situações perigosas na condução dos veículos.
A fadiga:
A fadiga manifesta-se de diversas formas, são exemplos: pálpebras pesadas, picadas nos
olhos, bocejos, necessidade de mudar frequentemente de posição, caibras e dores
musculares. Causa enervamento, diminuição da capacidade de concentração e perceção e
reações tardias.
Existem vários fatores que podem fomentar a fadiga como a condução por várias horas
seguidas, a insuficiência de horas de sono, as doenças, as condições ambientais adversas,
a condução em trajetos desconhecidos ou monótonos, o trânsito intenso, o habitáculo do
veículo mal ventilado e a incorreta posição do condutor no veículo.
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CONDUTOR E O SEU ESTADO FÍSICO E PSICOLÓGICO
A sonolência:
Esta é uma das condições mais adversas à segurança rodoviária, pois durante a
sonolência a pessoa entra num estado fisiológico caracterizado pela falha de
sensações e de movimentos voluntários, que originam uma série de desordens no
organismo muito perigosas para condução.
O álcool:
O excesso de álcool pode levar a acidentes muito graves, por vezes mortais.
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CONDUTOR E O SEU ESTADO FÍSICO E PSICOLÓGICO
Efeitos do álcool na condução:
• Diminuição da concentração, da acuidade visual, do campo visual;
• Falseamento na apreciação das distâncias e nas velocidades;
• Aumento do tempo de recuperação após encandeamento;
• Aumento do tempo de reação;
• Perturbação da audição;
• Diminuição de reflexos;
• Criação de um falso estado de euforia;
• Aumento do risco do acidente.
O mesmo acontece com a ingestão de drogas ou medicamentos que alteram o estado
físico e psicológico do condutor.
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CONDUTOR E O SEU ESTADO FÍSICO E PSICOLÓGICO
Velocidade (Km/ hora):
A velocidade deve ser moderada.
Velocidade moderada é aquela em que, não sendo excedidas as velocidades
legalmente estabelecidas, nem sendo lenta, permite ao condutor executar as
manobras cuja necessidade seja de prever e, especialmente, fazer parar o
veículo no espaço livre e visível à sua frente.
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CONDUTOR E VEÍCULO
Condutor
Os condutores de veículos agrícolas devem possuir competências profissionais,
habilitação legal para o exercício da condução, obedecer às normas de
segurança e às regras de trânsito e fazer-se acompanhar dos documentos
seguintes:
• Bilhete de Identidade ou Passaporte
• Documento de identificação do veículo (“livrete”) - Documento único
• Título de registo de propriedade do veículo
• Certificado do seguro do veículo/s
• Licença de condução de veículos agrícolas
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CONDUTOR E VEÍCULO
O Condutor está Proibido de:
• Utilizar, durante a condução, qualquer tipo de auscultadores sonoros ou de
aparelhos radiotelefónicos, excetuando os aparelhos com auricular ou
microfone com sistema de alta voz, cuja utilização não implique
manuseamento continuado;
• Arremessar objetos para a via pública.
O Condutor não deve:
• Fumar, distrair-se ou discutir;
• Ingerir bebidas alcoólicas, este não retira a sede, provoca sonolência e
perturba a visão e os sentidos.
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CONDUTOR E VEÍCULO
Veículos Agrícolas
Trator agrícola ou florestal:
Veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, construído para
desenvolver esforços de tração, especialmente concebido para ser utilizado com
reboques, alfaias ou outras máquinas destinadas à utilização agrícola/florestal.
Máquina agrícola ou florestal:
Veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, destinado à execução de
trabalhos agrícolas ou florestais, sendo considerado pesado ou ligeiro consoante o
seu peso bruto exceda ou não 3500kg, e só excecionalmente transita na via pública.
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CONDUTOR E VEÍCULO
Motocultivador:
Veículo com motor a propulsão, de um só eixo, destinado à execução de
trabalhos agrícolas ligeiros, que pode ser dirigido por um condutor a pé ou em
semi-reboque ou retrotrem atrelado ao referido veículo.
Tratocarro:
Veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, provido de uma caixa
de carga destinada ao transporte de produtos agrícolas ou florestais e cujo
peso bruto não ultrapassa 3500kg, sendo equiparado ao trator agrícola para
efeitos de circulação.
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CONDUTOR E OS OUTROS UTENTES DA VIA
• O condutor do veículo deve ceder a passagem aos utentes na passadeira,
se não, por desrespeito pelo trânsito dos peões nas passagens para o
efeito assinaladas constitui contraordenação grave, podendo ainda
constituir crime.
• O condutor que muda de direção, deve ceder a passagem ao peão,
mesmo não havendo passagem (passadeira) para atravessar, o condutor
deve de imediato reduzir a velocidade ou até mesmo, parar. O desrespeito
da cedência de passagem dos peões pelo condutor que mudou de direção
dentro das localidades constitui uma contraordenação grave, podendo,
ainda, constituir crime.
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CONDUTOR, A VIA E OUTROS FATORES EXTERNOS
Serão fatores de risco, tudo que aumentem o risco de acidente. Alguns
deles são comportamentos humanos, porque provêm do condutor, ou
fatores de risco inerentes ao condutor, os quais estão muitas vezes
dependentes do seu comportamento antes e durante a condução, como
por exemplo:
• a ingestão de bebidas alcoólicas;
• o cansaço por excesso de tempo de condução;
• a distração provocada pelo uso continuado do telemóvel;
• o facto de sair atrasado para um compromisso;
• a existência de publicidade ou informação excessiva na berma da
estrada;
• a sinalização que induz em erro ou dificulta a sua compreensão;
• e muitos outros.
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CONDUTOR E O CONHECIMENTO DO VEÍCULO, APITDÕES E
COMPORTAMENTO
Discernir os perigos do trânsito e avaliar o seu grau de gravidade;
Dominar o veículo a fim de evitar situações de perigo e reagir de forma
adequada caso surjam tais situações;
Respeitar as disposições legais em matéria de direito rodoviário,
nomeadamente as que têm por objetivo reduzir a sinistralidade rodoviária e
garantir a fluidez do trânsito;
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CONDUTOR E O CONHECIMENTO DO VEÍCULO, APITDÕES E
COMPORTAMENTO
Detetar as avarias técnicas mais importantes dos seus veículos,
nomeadamente aquelas que ponham em causa a segurança, e tomar
medidas adequadas para as corrigir;
Tomar em consideração todos os fatores que afetam o comportamento dos
condutores, nomeadamente álcool, fadiga e acuidade visual, de forma a
manter a plena posse das faculdades necessárias a uma condução segura;
Contribuir para a segurança de todos os utentes da via, especialmente os
mais vulneráveis e os mais expostos, mediante uma atitude de respeito pelos
outros.