O documento discute acidentes com tratores em Portugal, fornecendo estatísticas e causas. Portugal tem uma alta taxa de mortalidade em acidentes com tratores, sendo o segundo país na Europa. A maioria dos acidentes ocorre em estradas rurais e envolve condutores do sexo masculino com mais de 65 anos. Fatores como velocidade inapropriada, condução sob influência de álcool, falha em seguir regras de trânsito e segurança contribuem para os acidentes.
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• O trator é um veículo com motor suscetível de fornecer um
elevado esforço de tração, relativamente ao seu peso, mesmo em
pisos com fracas condições de aderência. São construídos
principalmente para puxar, empurrar, transportar e acionar
máquinas e equipamentos destinados aos trabalhos agrícolas e
florestais (ex: charrua, fresa, semeador, reboque…).
• O trator é, por si só, uma máquina perigosa, dado ter
aproximadamente 65% do peso no eixo traseiro, distribuindo-se
os restantes 35% pelo eixo dianteiro. Esta diferença de peso
significativa entre os dois eixos potencia o capotamento do
veículo.
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• De uma forma geral as máquinas e os tratores são
responsáveis pela maioria dos acidentes de trabalho
agrícola e florestal, sendo Portugal o segundo país da
Europa com mais acidentes com tratores.
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2. Acidentes e Mortalidade na Via Pública e nas Explorações
Cerca de 70% dos acidentes com tratores ocorreram em caminhos
rurais, seguindo-se as estradas nacionais (18%) e estradas
municipais (12%), segundo dados da ANSR, acrescentando ainda
que 17% dos acidentados acusaram álcool no sangue, dos quais
10% com uma taxa igual ou superior a 0,5 g/l.
(Fonte: Marketingagrícola.pt)
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2. Acidentes e Mortalidade na Via Pública e nas Explorações
Incidência
• No que respeita às vítimas, assinala-se o facto do maior número de mortos
e de feridos graves se verificar entre os condutores destes veículos, que
representam 79% das vítimas mortais e 53% dos feridos graves.
• No caso dos passageiros dos tratores agrícolas, estas proporções são de 8%
e 15%, respetivamente, enquanto os utentes dos outros veículos
correspondem a 13% do total de mortos e32% dos feridos graves.
• Um outro aspeto relevante prende-se com a idade dos tratores agrícolas,
sendo de destacar que cerca de 1/3 (32%) do total dos veículos
intervenientes em acidentes de viação com vítimas tem mais de 20anos.
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2. Acidentes e Mortalidade na Via Pública e nas Explorações
Incidência
• Numa perspetiva temporal, verifica-se que 60% dos condutores vítimas
ocorrem entre maio e outubro, com especial destaque para os meses de
maio, julho e outubro (35% dos condutores mortos, 36% dos feridos graves
e 31% dos feridos ligeiros).
• Em relação aos dias da semana, o número de vítimas registado entre
segunda e sexta-feira é muito idêntico, sofre um ligeiro aumento ao sábado
e diminui consideravelmente ao domingo, dia em que se regista o menor
número de vítimas, ao contrário do que sucede com a sinistralidade em
geral.
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2. Acidentes e Mortalidade na Via Pública e nas Explorações
Incidência
• Os condutores de tratores agrícolas são maioritariamente do sexo
masculino (93%), e pertencem aos grupos etários com idades iguais ou
superiores a 65 anos - 52,7% das vítimas mortais, 43,7% dos feridos graves
e 44,2% dos feridos ligeiros
• A distribuição das vítimas (condutores e passageiros) segundo os distritos
revela grandes assimetrias geográficas - Braga, Bragança, Castelo Branco,
Coimbra, Guarda, Leiria, Santarém e Viseu apresentam um número de
vítimas mortais e/ou feridos graves muito acima da média nacional .
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Tipo de acidentes
• Reviramento lateral do trator ou do conjunto trator máquina agrícola/florestal;
• Empinamento traseiro, quando o trator fica descompensado com o peso da
máquina colocada na sua traseira;
• Queda em altura: acesso ao trator ou à máquina agrícola/florestal;
• Corte/cisalhamento/choque ou impacto: em material cortante (ex: facas de
fresas), no fecho dos taipais laterais e/ou posteriores;
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Tipo de acidentes
• Enrolamento: nos veios de transmissão de cardans, nas partes móveis das
máquinas (carretos, correias, correntes);
• Atropelamento: durante a circulação de tratores, durante o engate das
máquinas, presença de crianças e idosos;
• Projeção: projeção de peças partidas, pedras, material cortante (ex: cortamatos
e gadanheiras rotativas);
• Inércia: nas máquinas que tenham volantes de inércia onde o tempo de
paragem é superior (ex: enfardadeiras).
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Principais causas
Fatores ambientais:
Condições climatéricas: o trabalho agrícola muitas vezes tem de ser feito
independente das condições climatéricas.
Ruído e vibrações: as máquinas agrícolas são, por si só, máquinas ruidosas e
que sujeitam o trabalhador ao impacto das suas vibrações.
Atmosfera perigosa: colocar as máquinas a trabalhar em locais fechados ou
com pouca ventilação originará a acumulação de gases tóxicos.
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Principais causas
Fatores Humanos:
• Desconhecimento sobre a máquina a utilizar;
• Desconhecimento sobre a tarefa a realizar;
• Falta de formação;
• Falta de sensibilização e consciencialização em questões relacionadas com
a segurança;
• Não utilização de EPI’s;
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Principais causas
Fatores Humanos:
• Esquecimento (ex: não acionar o travão de estacionamento antes de descer
do veículo);
• Ação inconsciente (ex: manobrar a partir dochão);
• Risco subavaliado (ex: transportar pessoas);
• Ignorância (não desembraiar os acionamentos antes de regular ou fazer a
manutenção dos equipamentos);
• Utilização de métodos pouco seguros (ex: fumar enquanto está a atestar de
combustível)
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Principais causas
Fatores Humanos:
• A idade;
• O cansaço físico e mental;
• A falta de visão e audição;
• A ingestão de drogas, medicamentos e bebidas alcoólicas.
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Principais causas
Fatores relacionados com a atividade agrícola:
• Utilização de maquinaria obsoleta;
• Utilização das máquinas em terrenos irregulares e com desníveis
acentuados;
• Carga horária superior ao habitual;
• Trabalho monótono e isolado;
• Trabalho pouco fiscalizado.
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2. Acidentes e Mortalidade na Via Pública e nas Explorações
Principais causas dos acidentes na Via Pública e nas explorações
• Não cumprir o Código da Estrada;
• Não utilizar a luz rotativa amarela;
• Utilizar o bloqueio do diferencial;
• Conduzir sob o efeito de álcool ou drogas, fadiga ou excesso de confiança;
• Ao deslocar-se com o trator em estrada, circular com os pedais dos travões
desligados.
