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EAD: entre os marcos conceituais e históricos e a representação do aluno autônomo 
Resenha crítica 
Por Everton Luiz Renaud de Paula1 
A educação a distância tem sido pauta de muitos artigos e pesquisas atualmente. Há, também, 
um grande crescimento e expensão da EAD entre as grandes universidades brasileiras. Com 
isso muito se fala sobre o aluno da EAD, o professor neste contexto e o tipo de oferta. Diante 
deste cenário, Alessandra Menezes dos Santos, Mestre em Educação pela UFJF apresenta 
contribuições como artigo, baseado em sua dissertação, com o título “A autonomia do aluno no 
contexto da educação a distância”. E ainda, para a fundamentação sobre a história da 
educação a distância no Brasil e no mundo, Lucineia Alves, Doutora e Mestre em Ciências pelo 
Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, contribui com um mapeamento dos principais marcos 
históricos e conceituais da EAD. 
O eu interessado e o alter autônomo 
SERAFINI, Alessandra Menezes dos Santos. A AUTONOMIA DO ALUNO NO CONTEXTO DA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Educação em Foco: Educação em Foco, Juíz de Fora, v. 12, p.61-82, out. 
2012. Semestral. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2013/05/artigo-031.pdf>. Acesso 
em: 18 set. 2014. 
O pressuposto básico sobre o qual se estrutura a reflexão de Serafini (2012) é o de que há uma 
representação de aluno da EAD que não corresponde ao sujeito real que faz parte deste 
processo. Munida desta hipótese e interrogando-se sobre sua veracidade, a autora apresenta 
em seu artigo dois cenários, para tecer relações entre eles. Apresenta a imagem do aluno EAD 
com base nos autores contemporâneos da área e faz uma proposta de investigação do sentido 
epistemológico da autonomia com base em autores representantes do iluminismo, positivismo, 
construtivismo e pensamento liberal. 
Foram selecionados 4 autores para expressar o sentido de autonomia. De acordo com as 
classificações da autora, para a teoria iluminista da Rousseau a autonomia vem do homem 
natural que se desenvolve a partir de suas experiência. Existe neste caso apenas a figura do 
preceptor, que conduz o caminhar do aluno que é feito individualmente. Para Durkheim, são as 
normas sociais que regulamentam a autonomia, ou seja, é conhecendo e seguindo, por 
interesse próprio e expressão de internalização das regras sociais estabelecidas que o sujeito 
expressa sua autonomia. 
A teoria construtivista de Piaget vai estabelecer que autonomia só pode ser desenvolvida nas 
relações humanas, e não apenas no seguimento individual de regras coletivas. E promovendo 
uma complementação, que não perde o caráter revolucionário, as formulações de Paulo Freire 
têm como foco o sujeito, as pessoas, na formação de um pensamento livre. É por meio das 
1 Docente do Ensino Superior, Mestrando em Educação pela UFPR, pós-graduando em Gestão, 
Inovação e Docência na EAD pela Universidade Positivo. Setembro de 2014.
atividades cognitivas que o sujeito, enquanto ser, pode expressar sua liberdade e consquente 
autonomia. 
A leitura de Serafini (2012) dos autores citados está fundamentada nos trilhos deixados por 
Aranha (2006), Durkheim (2008), Freire (1997), Libâneo (1997), Rousseau (1995) e Taille 
(1992). Em seguida, a autora apresenta a imagem da autonomia pela via da educação a 
distância. Para isso, constroi seu pensamento nas bases de Belloni (2009), Linard (2000), 
Moran (2000), Primo (2005), Silva (2003), Wissmam (2010) e Valente (2004). A construção do 
perfil da EAD se dá pelo que se sabe da sua principal demanda, de oportunidade de acesso 
que supere as barreiras de tempo e espaço, conforme apresenta Alves (2011) no segundo 
artigo resenhado. 
A figura de um construtor do próprio saber e responsável pela própria aprendizagem está 
implícita na descrição do tipo de aluno esperado pelos cursos ofertado na modalidade a 
distância. Além disso, conforme ressaltado por Wissmam (2010), orbitam ao redor do aluno da 
EAD as necessidades de formação de um agenda que privilegie e expresse sua organização 
para os estudos, o desenvolvimento e estabelecimento de um perfil pró-ativo, voltado para a 
iniciativa - o que influenciará suas pesquisas e interesses, e também a curiosidade, que será 
propulsora de sua aprendizagem autônoma. 
Contudo, Serafini (2012) destaca, no trânsito entre a primeira e segunda análise, que se dá 
justamente o contrário da autonomia, ocorre uma heteronomia em muitas situações que é fruto 
de uma dependência do aluno com o professor tutor na espera de instruções e realização de 
atividades. Para ela, os modelos em geral geram uma ausência de autonomia intelectual que 
permita aos alunos ser mais criativo e participativo no ambiente virtual de aprendizagem. 
Em suas conclusões a autora reforça que a relação entre a representação a questão 
epistemológica se dá entre diversos fatores, tais como: a necessidade da formação de um 
professor interativo, volto para a criação de possibilidades de aprendizagem; a situações 
técnicas e tecnológicas dos ambientes virtuais que geram dependências, limitam possibilidades 
e oferecem materiais fechados em si mesmos; aspectos metodológicos, que mesmo diante de 
determinadas possibilidades técnicas se restringem em função de um método previamente 
desenhado;e por fim, o compromisso industrial com o ensino e sua replicabilidade, que muitas 
vezes não será capaz de conhecer o sujeito por trás da tela, esperando dele somente uma 
autonomia, como se ela fosse capaz de ser construída por um caminho de mão única. 
Com base no que é apresentado pela autora, vale destacar um entendimento possível, e 
confirmado ao ser confrontado com a experiência docente, de que o aluno da EAD está 
submetido a uma imagem construída pelas teorias, quase todas as vezes do ponto de vista da 
oferta, e em poucos casos da demanda. Em geral, não partem de sistematizações de práticas 
vivenciadas na realidade. Neste sentido, o texto de Serafini (2012) permite a compreensão de 
diversas situações a partir de um novo olhar, o analítico.
Além disto, o pensamento apresentado caracteriza uma importante contribuição, tanto para a 
área de estudos sobre a educação a distância, quanto para os professores e demais 
profissionais envolvidos com este contexto. Os professores podem desenvolver um novo olhar 
acerca de sua atividade e o seu modo de ser professor por trás das telas. Esta é uma nova 
identidade e uma nova forma de executar a profissão. Os profissionais voltados para o 
planejamento e desenvolvimento de materiais e metodologias para EAD recebem, com estas 
reflexões, uma indicação importante do ponto que devem considerar - o aluno. 
Esta leitura apresenta, também, a perspectiva contemporânea de educação a distância que 
reforça a proposta freireana de foco no sujeito ativo da aprendizagem e no seu 
desenvolvimento e expressão. Divulgado entre os profissionais envolvidos na área, o texto 
abrange muitos campos, e está construído sob uma base teórica pertinente, apoiando suas 
conclusões na relação entre os fatos. O artigo, portanto, deixa claro apenas o posicionamento 
parcial da autora - que escreve o texto no decorrer de sua pesquisa de mestrado, relacionando 
os campos teóricos estudados. Não é explicitada a existência ou não, bem como preocupação 
com um estudo empírico que permita a reflexão dos dados à luz das teorias articuladas. 
EAD: uma prática com construção profunda 
ALVES, Lucineia. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista 
Brasileira de Aprendizagem Aberta e A Distância, Rio de Janeiro, v. 10, p.83-92, out. 2011. Anual. 
Disponível em: <http://www.abed.org.br/revistacienti fica/revista_pdf_doc/2011/artigo_07.pdf>. Acesso 
em: 18 set. 2014. 
O segundo artigo, de Alves (2011) se apresenta com dois objetivos, simples para o leitor, mas 
fruto de uma investigação de grande envergadura. Apresentar uma breve revisão de conceitos 
da EAD e os principais marcos históricos do campo são os eixos principais do texto. A revisão 
conceitual está alicerçada em 10 autores, sendo Dohmem (1967), Peters (1973), Moore (1973), 
Holmberg (1977), Keegan (1991), Chaves (1999), e ainda Preti, Litwin, Nunes e Moran. Entre 
os excertos apresentados das definições dos autores há um predomínio da visão da EAD como 
forma, método e modelo de ensino, citando como modo de ação ou relação, ou ainda, forma de 
superação dos limites de tempo e espaço. 
A conceituação se encerra na apresentação do decreto 5.622/2005 que define, no Brasil, a 
EAD como: 
“... modalidade educacional na qual a mediação didático-pe- dagógica nos 
processos de ensino e aprendi- zagem ocorre com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação,com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos” (ALVES, 
2011, p.85). 
A respeito dos marcos históricos, a autora se apoia em Gouvea & Oliveira (2006) para 
apresentar os tópicos mundiais e em Maia & Mattar (2007), Marconcin (2010), Rodrigues 
(2010) e Santos (2010) para estabelecer os marcos brasileiros. A autoria apresenta um
percurso composto por 45 datas e seus principais acontecimentos envolvendo a educação a 
distância, entre os anos de 1728 e 2011. Apresenta até um fato curiosos, relativo à forma de 
interpretação dos fatos, de que em alguns manuais as epístolas bíblicas foram as primeiras 
iniciativas de educação a distância. Contudo, oficialmente a primeira citação pública 
caracterizada como ead pela oferta de curso por correspondência foi em 1728, em Boston. 
A autora consegue mostrar, ao longo do seu texto, o que afirma em suas conclusões: 
“A Educação a Distância pode ser considerada a mais democrática das 
modalidades de educação, pois se utilizando de tecnologias de informação e 
comunicação transpõe obstáculos à conquista do conhecimento. [...] 
Globalmente, é cada vez mais crescente a oferta de cursos formais e informais 
através da modalidade de Educação a Distância. [...] embora avanços 
importantes tenham acontecido nos últimos anos, ainda há um caminho a 
percorrer para que a Educação a Distância possa ocupar um espaço de 
destaque no meio educacional, em todos os níveis, vencendo, inclusive, o 
preconceito de que os cursos oferecidos na Educação a Distância não possuem 
controle de aprendizado e não têm regulamentação adequada. [...] Esta 
modalidade de educação é conceituada por diversos autores e cada um destes 
enfatiza alguma característica especial no seu conceito. A ênfase de cada 
autor, os diversos acontecimentos históricos e as variadas instituições, 
mencionadas neste trabalho, mostram que a Educação a Distância oferece 
oportunidades que pelo modelo presencial se- ria difícil ou impossível de atingir, 
pois possui uma ampla abrangência e grandiosa magnitude não somente no 
nosso país, mas em todo o mundo” (ALVES, 2011. p. 90-91). 
Sem dúvidas, a obra apresenta contribuições importantes para pesquisadores da área para que 
conheçam a evolução da EAD e possam consolidar conceitos e revisar preocupações. A EAD, 
por este texto, se mostra com bases muito profundas e uma história longa - às vezes, 
controversa, mas com raízes cuja compreensão é essencial para a avançar. Embora possa ser 
um texto importante para profissionais da área de EAD, além de pesquisadores, o maior 
impacto pode ser para os profissionais envolvidos com o planejamento da EAD, para que 
entendam em que momento se situam e a que concepção e contexto dão prosseguimento ao 
mesmo tempo em que alargam seus discursos com as palavras “novidade” e “inovação”. 
Do ponto de vista de sua coerência interna o texto é bem construído e sua base teórica está 
explícita, contudo existem lacunas no que se refere ao entrelaçamento entre os autores, mais 
do que uma explicitação de conceitos de cada um. Além disso, a opção por dividir os marcos 
históricos em dois sub tópicos diferentes pode proporcionar uma confusão intelectual e 
inclusive um retrabalho de leitura, uma vez que a ordem de um texto é responsável por 
desencadear determinados processos de pensamento, e no caso do texto apresentado, na 
forma como o ocorre a divisão, até que se retomem as datas o leitor pode ser conduzido a uma 
análise prévia e frágil de que o Brasil estava alheio a todos os demais fatos e anos. Sendo 
assim, o entrelaçamento e a relação entre as datas é um trabalho importante e fica como uma 
lacuna a ser preenchida em um outro trabalho. 
Os dois textos lidos e analisados contribuem para a construção de um olhar importante para os 
professores e gestores da modalidade a distância. As autoras, cada uma com seu estilo
literário e objetivo de pesquisa, entrelaça ideias que podem ser confrontadas com prática online 
dos docentes e o processo de planejamento, desenvolvimento e avaliação do gestor. Mesmo 
nascendo como uma oportunidade de acesso e com um caráter totalmente voltado para o 
ensino e os interesses educativos e acadêmicos, como mostraram os textos, a EAD está hoje 
voltada para uma lógica industrial de ensino, que busca fazer mais por menos. Ter o máximo 
de alunos, com o menor investimento e maior replicabilidade. Não é possível tornar esta uma 
afirmação categórica visto que há uma variedade de práticas e bases conceituais que as 
fundamental. Apenas é possível caracterizar uma análise viável e plausível a respeito do tema.

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EAD: autonomia do aluno e evolução histórica

  • 1. EAD: entre os marcos conceituais e históricos e a representação do aluno autônomo Resenha crítica Por Everton Luiz Renaud de Paula1 A educação a distância tem sido pauta de muitos artigos e pesquisas atualmente. Há, também, um grande crescimento e expensão da EAD entre as grandes universidades brasileiras. Com isso muito se fala sobre o aluno da EAD, o professor neste contexto e o tipo de oferta. Diante deste cenário, Alessandra Menezes dos Santos, Mestre em Educação pela UFJF apresenta contribuições como artigo, baseado em sua dissertação, com o título “A autonomia do aluno no contexto da educação a distância”. E ainda, para a fundamentação sobre a história da educação a distância no Brasil e no mundo, Lucineia Alves, Doutora e Mestre em Ciências pelo Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, contribui com um mapeamento dos principais marcos históricos e conceituais da EAD. O eu interessado e o alter autônomo SERAFINI, Alessandra Menezes dos Santos. A AUTONOMIA DO ALUNO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Educação em Foco: Educação em Foco, Juíz de Fora, v. 12, p.61-82, out. 2012. Semestral. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2013/05/artigo-031.pdf>. Acesso em: 18 set. 2014. O pressuposto básico sobre o qual se estrutura a reflexão de Serafini (2012) é o de que há uma representação de aluno da EAD que não corresponde ao sujeito real que faz parte deste processo. Munida desta hipótese e interrogando-se sobre sua veracidade, a autora apresenta em seu artigo dois cenários, para tecer relações entre eles. Apresenta a imagem do aluno EAD com base nos autores contemporâneos da área e faz uma proposta de investigação do sentido epistemológico da autonomia com base em autores representantes do iluminismo, positivismo, construtivismo e pensamento liberal. Foram selecionados 4 autores para expressar o sentido de autonomia. De acordo com as classificações da autora, para a teoria iluminista da Rousseau a autonomia vem do homem natural que se desenvolve a partir de suas experiência. Existe neste caso apenas a figura do preceptor, que conduz o caminhar do aluno que é feito individualmente. Para Durkheim, são as normas sociais que regulamentam a autonomia, ou seja, é conhecendo e seguindo, por interesse próprio e expressão de internalização das regras sociais estabelecidas que o sujeito expressa sua autonomia. A teoria construtivista de Piaget vai estabelecer que autonomia só pode ser desenvolvida nas relações humanas, e não apenas no seguimento individual de regras coletivas. E promovendo uma complementação, que não perde o caráter revolucionário, as formulações de Paulo Freire têm como foco o sujeito, as pessoas, na formação de um pensamento livre. É por meio das 1 Docente do Ensino Superior, Mestrando em Educação pela UFPR, pós-graduando em Gestão, Inovação e Docência na EAD pela Universidade Positivo. Setembro de 2014.
  • 2. atividades cognitivas que o sujeito, enquanto ser, pode expressar sua liberdade e consquente autonomia. A leitura de Serafini (2012) dos autores citados está fundamentada nos trilhos deixados por Aranha (2006), Durkheim (2008), Freire (1997), Libâneo (1997), Rousseau (1995) e Taille (1992). Em seguida, a autora apresenta a imagem da autonomia pela via da educação a distância. Para isso, constroi seu pensamento nas bases de Belloni (2009), Linard (2000), Moran (2000), Primo (2005), Silva (2003), Wissmam (2010) e Valente (2004). A construção do perfil da EAD se dá pelo que se sabe da sua principal demanda, de oportunidade de acesso que supere as barreiras de tempo e espaço, conforme apresenta Alves (2011) no segundo artigo resenhado. A figura de um construtor do próprio saber e responsável pela própria aprendizagem está implícita na descrição do tipo de aluno esperado pelos cursos ofertado na modalidade a distância. Além disso, conforme ressaltado por Wissmam (2010), orbitam ao redor do aluno da EAD as necessidades de formação de um agenda que privilegie e expresse sua organização para os estudos, o desenvolvimento e estabelecimento de um perfil pró-ativo, voltado para a iniciativa - o que influenciará suas pesquisas e interesses, e também a curiosidade, que será propulsora de sua aprendizagem autônoma. Contudo, Serafini (2012) destaca, no trânsito entre a primeira e segunda análise, que se dá justamente o contrário da autonomia, ocorre uma heteronomia em muitas situações que é fruto de uma dependência do aluno com o professor tutor na espera de instruções e realização de atividades. Para ela, os modelos em geral geram uma ausência de autonomia intelectual que permita aos alunos ser mais criativo e participativo no ambiente virtual de aprendizagem. Em suas conclusões a autora reforça que a relação entre a representação a questão epistemológica se dá entre diversos fatores, tais como: a necessidade da formação de um professor interativo, volto para a criação de possibilidades de aprendizagem; a situações técnicas e tecnológicas dos ambientes virtuais que geram dependências, limitam possibilidades e oferecem materiais fechados em si mesmos; aspectos metodológicos, que mesmo diante de determinadas possibilidades técnicas se restringem em função de um método previamente desenhado;e por fim, o compromisso industrial com o ensino e sua replicabilidade, que muitas vezes não será capaz de conhecer o sujeito por trás da tela, esperando dele somente uma autonomia, como se ela fosse capaz de ser construída por um caminho de mão única. Com base no que é apresentado pela autora, vale destacar um entendimento possível, e confirmado ao ser confrontado com a experiência docente, de que o aluno da EAD está submetido a uma imagem construída pelas teorias, quase todas as vezes do ponto de vista da oferta, e em poucos casos da demanda. Em geral, não partem de sistematizações de práticas vivenciadas na realidade. Neste sentido, o texto de Serafini (2012) permite a compreensão de diversas situações a partir de um novo olhar, o analítico.
  • 3. Além disto, o pensamento apresentado caracteriza uma importante contribuição, tanto para a área de estudos sobre a educação a distância, quanto para os professores e demais profissionais envolvidos com este contexto. Os professores podem desenvolver um novo olhar acerca de sua atividade e o seu modo de ser professor por trás das telas. Esta é uma nova identidade e uma nova forma de executar a profissão. Os profissionais voltados para o planejamento e desenvolvimento de materiais e metodologias para EAD recebem, com estas reflexões, uma indicação importante do ponto que devem considerar - o aluno. Esta leitura apresenta, também, a perspectiva contemporânea de educação a distância que reforça a proposta freireana de foco no sujeito ativo da aprendizagem e no seu desenvolvimento e expressão. Divulgado entre os profissionais envolvidos na área, o texto abrange muitos campos, e está construído sob uma base teórica pertinente, apoiando suas conclusões na relação entre os fatos. O artigo, portanto, deixa claro apenas o posicionamento parcial da autora - que escreve o texto no decorrer de sua pesquisa de mestrado, relacionando os campos teóricos estudados. Não é explicitada a existência ou não, bem como preocupação com um estudo empírico que permita a reflexão dos dados à luz das teorias articuladas. EAD: uma prática com construção profunda ALVES, Lucineia. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e A Distância, Rio de Janeiro, v. 10, p.83-92, out. 2011. Anual. Disponível em: <http://www.abed.org.br/revistacienti fica/revista_pdf_doc/2011/artigo_07.pdf>. Acesso em: 18 set. 2014. O segundo artigo, de Alves (2011) se apresenta com dois objetivos, simples para o leitor, mas fruto de uma investigação de grande envergadura. Apresentar uma breve revisão de conceitos da EAD e os principais marcos históricos do campo são os eixos principais do texto. A revisão conceitual está alicerçada em 10 autores, sendo Dohmem (1967), Peters (1973), Moore (1973), Holmberg (1977), Keegan (1991), Chaves (1999), e ainda Preti, Litwin, Nunes e Moran. Entre os excertos apresentados das definições dos autores há um predomínio da visão da EAD como forma, método e modelo de ensino, citando como modo de ação ou relação, ou ainda, forma de superação dos limites de tempo e espaço. A conceituação se encerra na apresentação do decreto 5.622/2005 que define, no Brasil, a EAD como: “... modalidade educacional na qual a mediação didático-pe- dagógica nos processos de ensino e aprendi- zagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação,com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos” (ALVES, 2011, p.85). A respeito dos marcos históricos, a autora se apoia em Gouvea & Oliveira (2006) para apresentar os tópicos mundiais e em Maia & Mattar (2007), Marconcin (2010), Rodrigues (2010) e Santos (2010) para estabelecer os marcos brasileiros. A autoria apresenta um
  • 4. percurso composto por 45 datas e seus principais acontecimentos envolvendo a educação a distância, entre os anos de 1728 e 2011. Apresenta até um fato curiosos, relativo à forma de interpretação dos fatos, de que em alguns manuais as epístolas bíblicas foram as primeiras iniciativas de educação a distância. Contudo, oficialmente a primeira citação pública caracterizada como ead pela oferta de curso por correspondência foi em 1728, em Boston. A autora consegue mostrar, ao longo do seu texto, o que afirma em suas conclusões: “A Educação a Distância pode ser considerada a mais democrática das modalidades de educação, pois se utilizando de tecnologias de informação e comunicação transpõe obstáculos à conquista do conhecimento. [...] Globalmente, é cada vez mais crescente a oferta de cursos formais e informais através da modalidade de Educação a Distância. [...] embora avanços importantes tenham acontecido nos últimos anos, ainda há um caminho a percorrer para que a Educação a Distância possa ocupar um espaço de destaque no meio educacional, em todos os níveis, vencendo, inclusive, o preconceito de que os cursos oferecidos na Educação a Distância não possuem controle de aprendizado e não têm regulamentação adequada. [...] Esta modalidade de educação é conceituada por diversos autores e cada um destes enfatiza alguma característica especial no seu conceito. A ênfase de cada autor, os diversos acontecimentos históricos e as variadas instituições, mencionadas neste trabalho, mostram que a Educação a Distância oferece oportunidades que pelo modelo presencial se- ria difícil ou impossível de atingir, pois possui uma ampla abrangência e grandiosa magnitude não somente no nosso país, mas em todo o mundo” (ALVES, 2011. p. 90-91). Sem dúvidas, a obra apresenta contribuições importantes para pesquisadores da área para que conheçam a evolução da EAD e possam consolidar conceitos e revisar preocupações. A EAD, por este texto, se mostra com bases muito profundas e uma história longa - às vezes, controversa, mas com raízes cuja compreensão é essencial para a avançar. Embora possa ser um texto importante para profissionais da área de EAD, além de pesquisadores, o maior impacto pode ser para os profissionais envolvidos com o planejamento da EAD, para que entendam em que momento se situam e a que concepção e contexto dão prosseguimento ao mesmo tempo em que alargam seus discursos com as palavras “novidade” e “inovação”. Do ponto de vista de sua coerência interna o texto é bem construído e sua base teórica está explícita, contudo existem lacunas no que se refere ao entrelaçamento entre os autores, mais do que uma explicitação de conceitos de cada um. Além disso, a opção por dividir os marcos históricos em dois sub tópicos diferentes pode proporcionar uma confusão intelectual e inclusive um retrabalho de leitura, uma vez que a ordem de um texto é responsável por desencadear determinados processos de pensamento, e no caso do texto apresentado, na forma como o ocorre a divisão, até que se retomem as datas o leitor pode ser conduzido a uma análise prévia e frágil de que o Brasil estava alheio a todos os demais fatos e anos. Sendo assim, o entrelaçamento e a relação entre as datas é um trabalho importante e fica como uma lacuna a ser preenchida em um outro trabalho. Os dois textos lidos e analisados contribuem para a construção de um olhar importante para os professores e gestores da modalidade a distância. As autoras, cada uma com seu estilo
  • 5. literário e objetivo de pesquisa, entrelaça ideias que podem ser confrontadas com prática online dos docentes e o processo de planejamento, desenvolvimento e avaliação do gestor. Mesmo nascendo como uma oportunidade de acesso e com um caráter totalmente voltado para o ensino e os interesses educativos e acadêmicos, como mostraram os textos, a EAD está hoje voltada para uma lógica industrial de ensino, que busca fazer mais por menos. Ter o máximo de alunos, com o menor investimento e maior replicabilidade. Não é possível tornar esta uma afirmação categórica visto que há uma variedade de práticas e bases conceituais que as fundamental. Apenas é possível caracterizar uma análise viável e plausível a respeito do tema.