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Estilos de Aprendizagem: Ferramenta fundamental na produção de
recursos pedagógicos usando as TIC.
Milton José de Barros Sobreiro
1) Faculdade Nazarena do Brasil, Campinas, Brasil
miltonsobreiro@yahoo.com.br
Resumo
Estamos vivendo um período que dentre tantos nomes, também responde por Era da
Informação e Comunicação. Tempo em que a palavra de ordem é Conectividade. Neste
cenário estão inseridas todas as instâncias da vida social, incluindo a Educação. Dessa
forma, não são poucas as Instituições de Educação que já optaram por virtualizar, ao menos,
parte de seu material didático e, com isso, fazendo uso das novas Tecnologias da
Informação e Comunicação. Mas não basta produzir um material e disponibilizá-lo em
websites para que se facilite a construção do conhecimento pelo estudante. É preciso ter um
material que comunique verdadeiramente com o aprendiz. Desta forma, este artigo se
propõe a discutir a adequabilidade destes recursos pedagógicos digitalizados com vista a
dois fatores primordiais, os Estilos de Aprendizagem, e Gallego e na Teoria da
Comunicação.
Palavras-chave: TIC, Estilos de Aprenizagem, Teoria da Comunicação, Recursos Pedagógicos
1. Introdução
Em plena Era da Informação e Comunicação a conectividade se faz uma das principais
ferramentas de interação social As redes sociais virtuais, blogs, microblogs, e-mails, listas de
discussões, grupos de debates que, de certa forma, mantém em conexão inúmeras teorias,
pensamentos, emoções e saberes, dentre outros incontáveis elementos, tornam o individual em
coletivo e o que foi inconsciente coletivo em construção coletiva do conhecimento. Ênfase no
coletivo, ganho para o individual
Se o discurso permeia a construção do conhecimento em coletividade recairá,
incondicionalmente, na Educação. Instância social de preparação do indivíduo para a sua
efetiva participação colaborativa na construção da coletividade. A Instituição que fica com a
responsabilidade de realizar esta tarefa é a Escola, nos seus mais diversos níveis, básico e
superior. Tal instituição, por ser inerente à sociedade, deveria se adequar à esta, andar lado-a-
lado com suas transformações através dods tempos, mas não é o que se pode notar. A Escola de
hoje ainda é, guardando as devidas proporções, uma reprodução de um mosteiro feudal, uma
grande nave, transformada em sala de aula, com vários alunos sentados matricialmente e um
adulto, douto no conhecimento, lhes depositando informações que deverão, quando da
avaliação serem reproduzidas, tal qual quando foram-lhes imputadas.
Vivemos um tempo de choques, de contrastes, de desconstrução do moderno para a uma
reconstrução em pós-moderno. Nessa crise de paradigmas a Educação inicia um salto de mais
de um milênio, começa a ensaiar os seus primeiros passos nesse “admirável mundo novo”. Já
não são poucas as instituições de ensino que virtualizam parte de seus recursos pedagógicos.
Mas como é tudo muito novo para esta instituição milenar a sua transformação se faz em um
processo lento e cheio de preconceitos e resistências, o que é pior, por parte de muitos da
própria comunidade escolar.
Mas, e esta transição, como e quando vai se dar? Com relação ao quando se dará, ou se
completará, ainda é muito cedo para se tentar uma definição, mas a forma como isso já está
ocorrendo fica mais fácil visualizar. É a partir das Tecnologias da Informação e Comunicação
em sua interface interativa, na rede mundial de computadores, que se inicia a distribuição
virtualizada do conhecimento acumulado, agora transformado em conhecimento digitalizado.
Se somente isso bastasse para que o conhecimento ganhasse o mundo democraticamente
distribuído estaria bom, porém, não acontece dessa forma simplista.
Tomando por base a diversidade existente entre os homens, em suas características genotípicas,
fenotípicas, psicológicas ou culturais, se faz de grande relevância tomar como verdade a sua
diversidade, na maneira que lhe torna mais eficiente, a própria construção do conhecimento.
Tal preocupação tem sido motivadora de estudos que procuram desvendar, em vários viéses, o
intrincado processo da cognição humana.
Para essa discussão, este artigo tratará da importância da observação dos Estilos de
Aprendizagem (EA), com base nos estudos de Alonso e Gallego (BARROS, 2009),
compreendendo as características principais e secundárias de cada um deles com relação às
variâncias que ocorrem no processo cognitivo do indivíduo. Olhando o processo de construção
coletiva do conhecimento como uma relação interpessoal, se faz necessário uma análise dos
elementos constitutivos da Teoria da Comunicação. Fechando o tripé teórico deste artigo, uma
análise das principais ferramentas virtuais de apoio ao processo de aprendizagem, as
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Após o embasamento teórico acerca dos Estilos de Aprendizagem e da sua relação com a
Teoria da Comunicação e de algumas das novas TICs, o presente artigo discutirá a produção de
recursos pedagógicos com uso destas com relação à sua aplicabilidade com eficácia aos EA.
2. Estilos de Aprendizagem: Uma forma personalizada de melhor aprender
Abrindo o ítem relacionado aos Estilos de Aprendizagem, vale um pequeno painel histórico,
trazendo algumas das definições mais difundidas.
Segundo Keefe (LAGO, 2008), no ano de 1988 publica sua definição de Estilos de
Aprendizagem como sendo “traços cognitivos, afetivos e fisiológicos, que servem como
indicadores relativamente estáveis, de como os discentes percebem, interagem e respondem a
seus ambientes de aprendiagem”. Rita e Kennedy Dunn, em 1993, (ibdin) define com uma visão
um tanto quanto complementar à de Keefe, colocando-os como “a forma na qual os estudantes
se concentram, processam, internalizam e recordam informações acadêmicas novas”. Mas é
Curry que, em 1983, separa as distintas teorias dos Estilos de Aprendizagem em três grupos,
onde o primeiro aparece como o centro permeado pele segundo que, por sua vez, o é pelo
terceiro, assim, do centro para a periferia temos, o Estilo Cognitivo da Personalidade, na
sequência o Estilo de Processamento da Informação e por fora de todos, o Indicador de
Preferência da Modalidade Instrucional.
Figura 1 – Componentes Concêntricos dos Estilos de Aprendizagem segundo Curry
Como se pode observar, a camada mais externa diz respeito às Modalidades Instrucionais,
intimamente ligadas às preferências metodológicas da aprendizagem, sendo a mais variável das
três, e influenciável na medição dos Estilos de Aprendizagem. Na central encontra-se o Estilo
de Processamento da Informação, como a aproximação individual ao conhecimento, não afetada
pelo que a circunda, porém, passível de modificação pelas estratégias de aprendizagem. Por
fim, a mais profunda das camadas que formam os Estilos de Aprendizagem, a do Estilo
Cognitivo da Personalidade, referentes à aproximação do indivíduo aos processos de adaptação
e assimilação da informação, esta é a camada mais estável e permanente da personalidade.
(LAGO, 2008)
Barros (2009), coloca que Alonso e Gallego baseiam-se na definição keefeiniana para colocar
que Estilos de Aprendizagem “são traços cognitivos, afetivos, fisiológicos de preferência pelo
uso dos sentidos, ambiente, cultura, psicologia, comodidade, desenvolvimento e personalidade
que servem como indicadores relativamente estáveis de como as pessoas percebem, inter-
relacionam e respondem a seus ambientes de aprendizagem e seus próprios métodos ou
estratégias em sua forma de de aprender”. Nos deteremos nesta definição de Alonso e Gallego,
pois é o modelo que será utilizado como base teórica desta discussão com relação aos Estilos de
Aprendizagem.
Fazendo uma análise um tanto mais puntual desta definição é possível perceber que o processo
de construção do conhecimento se faz contextualizado, pois envolve elementos ambientais e
culturais, desta feita, o meio em que o indivíduo vive e interage faz parte de seu processo de
construção do conhecimento. Mesmo tendo o caráter construtivista extrínseco ao processo fica
intrínsceco seu caráter vygotskyano de relacionamento com o outro, que pode ser, tanto um par
aprendente, como um docente orientador, e com isso pode-se deduzir a geração de uma Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP), logo, a interação com terceiros é um dos componentes que
poderá influenciar no Estilo de Aprendizagem pessoal.
Alonso e Gallego, ainda segundo Barros (2009), detectam quatro Estilos de Aprendizagem
específicos: Ativo, Reflexivo, Teórico e Pragmático, cada qual com características particulares
bem definidas.
Para eles, o indivíduo que tem como Estilo de Aprendizagem predominante o Ativo é
socializavel, preferindo trabalhar em grupos, e nele tendo uma tendência à liderança, por sua
característica de protagonismo. Dado à novas experiências, é aventureiro, impetuoso e
inovador. Sua mente está sempre aberta e pronta para dar asas à sua criatividade, sua
inventividade. Quando tem uma nova tarefa a realizar, não quer longos prazos, para ele, a ação
é aqui e agora. Com todos esses requisitos, está sempre buscando novos desafios, afinal é um
aprendente em potencial e um exímio solucionador de problemas.
Já os Reflexivos são os observadores, o que os faz aparentar um ar de distanciamento ou de
condescendência, mas isto se dá porque consideram os vários viéses possíveis sobre a nova
informação que lhes é apresentada, tornando-os indivíduos prudentes e cunclusivos ao agir.
Estas características analíticas os leva a serem exaustivos em suas pesquisas, permitindo que
recompilem com cuidado todos os dados coletados. Questionadores, assimiladores e pacientes
facetas que os deixam um pouco mais lentos lento, se comparados ao Ativo, por exemplo.
Alonso e Gallego caracterizam o indivíduo com predominância do Estilo de Aprendizagem
Teórico como alguém que é estruturado, racional e objetivo. Para ele o que é lógico é bom.
Ordenador e sintético, age detalhadamente observando etapas lógicas, pois, sua disciplina o
leva a focar o problema na vertical, é um planejador. Sua característica de ter um sistema de
pensar profundo aliado ao seu metodismo, o leva a construir teorias, princípios e modelos. O
indivíduo com ênfase teórica em seus Estilos de Aprendizagem é disciplinado, estruturado e
sistemático. Mesmo com todas essas características, não deixa de ser pensador, relacionador,
explorador e crítico.
Por fim, há os que são classificados como Pragmáticos. Talvez a frase que mais os caracterize é
“se funciona, é bom”. Sempre que percebem que há algo positivo em uma nova idéia, buscam
rapidamente uma oportunidade para pô-la em prática. É experimentador, prático, direto e
eficaz. As teorizações o incomoda, visto que tem por características serem técnicos, úteis,
objetivos e concretos. Aplicadores, são eminentemente solucionadores de problemas.
Organizados e seguros de si, são realistas ao decidir suas ações. Para um pragmático, sempre se
pode fazer melhor.
É possível pensar nesses estilos como quem olha um Diagrama de Venn, usado pela Teoria dos
Conjuntos que estudamos na Matemática desde a mais tenra idade. Baseados nele vemos que há
quatro espaços para um EA único, outras quatro áreas de intersecção para dois, quatro, também,
para três Estilos e um centro que contém os quatro Estilos de Aprendizagem, como demonstra a
Figura 1.
Figura 2 – Distribuição de congruência dos Estilos de Aprendizagem Modelo Alonso e Gallego
A partir dessas características, este artigo irá trabalhar as ferramentas virtuais que mais se
adequam a cada um dos Estilos de Aprendizagem, seja individual ou em consonância com
outros, seja com mais um, dois ou na totalidade, aliando-se aos três, e atingindo a todos.
3. Teoria da Comunicação
"Comunicação não é o que você diz; é o que os
outros entendem". David Ogilvy, publicitário
fundador da Ogilvy & Mather
A Educação faz uso das ferramentas da Comunicação Social como facilitadora no processo de
aprendizagem, logo, o Educador precisa conhecer a arte do comunicar para que seu papel possa
ser desempenhado com eficácia. Desta feita, neste trabalho também será disscutida uma visão
da Teoria da Comunicação, segundo o linguista russo Roman Jakobson, que faz uso desta para
enunciar suas Funções da Linguagem.
Ao criar um recurso, se faz importante atentar que se trata de uma peça de comunicação e que
por sê-la deve-se levar em conta técnicas básicas ensinadas na Teoria da Comunicação,
estudada, se não me falha a memória antiga, no atual Ensino Médio, em Língua Portuguesa,
quando se fala em Figuras de Linguagem.
Figura 3 – Processo de Comunicação
Roman Jackobson identifica no Processo de Comunicação alguns elementos fundamentais, que
na ausência de um ou mais pode, desde gerar ruído ou inviabilizá-lo. Desta feita, o processo
inicia com um Emissor que deseja enviar uma Mensagem a um Receptor. Para que isso ocorra
com eficácia, o Emissor precisa escolher um Código, conhecido pelo Receptor, para que esse
possa a Decodificar ao recebê-la.
A condução desta Mensagem, do Emissor ao Receptor, deve ser feita através de um Veículo de
comunicação. O Emissor deve eleger o Veículo que for mais adequado ao trânsito da
codificação, com a mínima interferência de Ruídos. Uma mensagem visual não poderá
percorrer um canal de áudio, ou algo que seja interativo em um vídeo simplesmente.
Ao chegar, o Receptor deverá fazer uso de dois aspectos de seu conhecimento: em primeiro
lugar da destreza em lidar com o Veículo que contém a Mensagem no Código escolhido pelo
Emissor - ficaria complicado enviar um DVD para alguém que não tenha um leitor adequado ou
se tivé-lo não saiba manuseá-lo, ou ainda se se tratar de um deficiente visual. Segundo, o
Receptor deverá ser conhecedor do Código utilizado pelo Emissor, a fim de poder Decodificar
a Mensagem recebida.
Percebida sensorialmente a Mensagem, cabe um questionamento... foi compreendida,
excluíndo-se questões de Código ou Ruídos no Veículo de Comunicação? Paulofreireando, se o
Receptor nunca teve o menor contato com o assunto em questão, pode não trazer consigo uma
bagagem de conhecimento suficiente para o entendimento do conteúdo.
Exemplificando: sabemos ler e interpretar textos, claro. Não fosse assim não estaríamos
discutindo esse assunto, em particular. Mas não somos doutos em todas as ciências, logo, se me
chegar um texto em Português, em um Veículo bem simples, como uma folha de papel, onde se
possa ler sem interferência de Ruídos, como borrões ou falta de contraste entre o texto e a cor
do papel, o que não me impediria a Decodificação da Mensagem, mas se for sobre Física
Quântica e requerer um conhecimento básico sobre o assunto, é óbvio que não vou
compreendê-lo.
Mesmo a Mensagem tendo sido recebida e Decodificada com eficácia, restará ao Emisor a
dúvida quanto ao posicionamento do Receptor, mesmo que seja para saber que não
compreendeu o que ela queria dizer por falta de conhecimento teórico suficiente a seu respeito,
ou até se a Mensagem chegou ou não, com ou sem Ruído. Para tanto, um último e, de maneira
nenhuma, menos importante elemento da Comunicação, tão esquecido nos manuais de Teoria
da Comunicação, é o Feedback, ou Retorno, aos puristas da língua portuguesa. Este é, também,
uma Mensagem, e por sê-la, deverá passar pelos mesmos trâmites que a original, porém em
sentido contrário. O que ´promoverá uma espécie de moto contínuo, até que uma das partes -
Emissor ou Receptor - o interrompa.
4. Novas Tecnologias da Comunicação e Informação
Vivemos a abertura de um novo espaço de
comunicação, e cabe apenas a nós explorar as
potencialidades mais positivas desses espaços nos
planos econômico, político, cultural e humano.
(LÉVY, 1999, 11)
Pós-Modernidade, tempos de contrstes, contradissões, desconstruções e reconstruções. A
entrada da sociedade na era da comunicação e da informação. Seus antecedentes históricos nas
Revoluções Científica e Industrial, novos modelos de produção, novas formas de
relacionamento social. A tecnologia passa da era mecânica, elétrica, eletrônica e chega à
mecatrônica. O advento do computador, ainda no período da 2ª Guerra Mundial, sua conclusão
no pós-guerra... quente... início de uma bipolaridade e com ela uma nova guerra... a fria. As
corridas armamentista e espacial leva às Inteligências Nacionais a buscar uma nova forma de
comunicação, valendo-se da tecnologia virtual récem nata. Nasce a Rede Mundial de
Computadores. Inicialmente com fins estratégicos, mas que, tomado pela popularização dos
PCs e apoiada em uma rede de telecomunicações aprimorada a cada dia, em franco crescimento
e desenvolvimento tecnológico, partiu para a invasão da privacidade de milhões de lares ao
redor do planeta. Agora, a comunicação também é global, as distâncias encurtadas, a
impessoalidade se torna personalizada nos sites de salas de bate-papos, e rapidaamente
ampliada pelas redes sociais virtuais.
A sociedade é tomada pelos microchips multiuso... computadores desk tops, em seguida os
aparelhos de telefonia móveis, os laptops, notebooks, pads, chegando aos modernos
smartphones. E é patente que não para por aqui. Muita nova tecnologia estará desembarcando
para que permita ao indivíduo navegar pela rede com muito menos intempéries que os grandes
navegadores do além mar, que um dia atravessaram o Atlântico e desembarcaram em um Novo
Mundo, repleto de uma diversidade que é explorada há mais de meio milênio. Agora é a vez
deste tipo de desbravamento não ter a mão única de outrora, a rede é polinódua, a tecnologia
não impede que um indivíduo faça a volta ao mundo em alguns poucos minutos ou segundos se
conecte com os mais longínquos locais de nosso planeta... aqui restritos ao menos por enquanto,
ou aos simples mortais, visto que os astronautas, que já se sabe, não são deuses, se comunicam
com a Terra desde o espaço sideral, ou a Terra com seus objetos voadores identificados que
vagam por este imensurável Universo.
Deste atual cenário de tecnologização, a Educação não poderia sair ilesa. Se extrapolarmos o
olhar à Escola, das simples paredes de alvenaria, taipa ou seja lá do que forem montadas, e
focarmos no que lhe anima, nota-se tratar de pessoas. Indivíduos, membros da sociedade que
circunda a instituição, possuidores de recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC), que os conduzem para o interior dos muros escolares. Infelizmente, em muitos desses
ambientes, principalmente os mais tradicionais, desprovidos de profissionais digitalmente
incluídos, impedem ou dificultam que os outros membros da comunidade escolar,
principalmente o corpo discente, faça uso desse ferramental desta geração. Mas, por outro lado,
felizmente este grupo está tendo sua inclusão digital incentivada, mais diretamente por quem
deveriam ser influenciados por eles, seus aprendentes.
Desvendando esse admirável mundo novo do monopólio tecnológico sendo fragmentado, ainda
não tão democraticamente inclusivo o quanto poderá vir a ser, percebe-se a comunicação na
rede de uma forma tridimensional, onde uma das dimensões é humana e intangível, mas as
outras duas são bidimensionais, cartesianas, dicotômicas, uma vertical e outra horizontal, a
primeira síncrona e a segunda assíncrona.
Por Comunicação Síncrona temos a visão daquela que se faz de pronto, em tempo real entre os
participantes, seja um para um, um para vários ou vários para vários. A comunicação síncrona
para ter eficiência acaba por limitar os participantes, pois como mediar um chat com um grande
número de discutidores? Embora a videoconferência apresente uma elasticidade maior no
número de acompanhantes.
Analogamente, a Comunicação Assíncrona é a forma horizontal de comunicar, no eixo do
tempo. Neste caso a participação não tem hora marcada para ocorrer em concomitância entre os
envolvidos, mas se faz através de repositórios de conteúdos, seja este de um e-mail, um Blog,
uma Rede Social, ou um SMS se formos para o lado do m-Learning.
Felippim (2009) aponta aspectos que possibilitam maior interação entre educandos e
educadores com a utilização de TIC síncronas e assíncronas. Inicia com as possibilidades de
contextualização para a aprendizagem, assim como de se promover uma conexão com
especialistas externos ao ambiente de aprendizagem. Além das possibilidades, a comunicação
pode fornecer ferramentas de visualização e análise, e facilidades para a solução de problemas.
Por fim, como apresentado no item relativo à Teoria da Comunicação, estabelece oportunidades
para feedback, reflexão e revisão. A autora aborda pontos supracitados neste artigo como o da
contextualização e da interação com terceiros, gerando uma verdadeira construção coletiva do
conhecimento, com margem à reflexão, revisão e feedback, típicos componentes da ZDP.
Quando se parte para o desenvolvimento de recursos, ou ferramentas pedagógicas assíncronas,
antes do desenvolvimento dos códigos com seus respectivos testes, ou configuração dos já
existentes, um conjunto de etapas se faz importante observar, como é o caso, em ordem
cronológica, da especificação dos objetivos da ferramenta; o planejamento das fazes de seu
desenvolvimento; a análise e especificações dos requisitos de sistema e, por fim, o projeto da
ferramenta. (FERNANDES, 2008).
Desta feita a principal etapa é a determinação do objetivo da ferramenta, tendo em conta qual o
conteúdo que ela trará codificado. Será esta ferramenta a mais adequada para trabalhar com
eficácia o conteúdo em questão? Será esta ferramenta a mais adequada para codificar com
eficácia este conteúdo? Será esta ferramenta a mais adequada para comunicar com os
participantes?
No mundo do virtual, como vimos, há uma divisão macro entre Comunicação Síncrona e
Assíncrona, a seguir uma relação de algumas das principais ferramentas com suas
funcionalidades.
O chat é uma ferramenta síncrona onde há uma real interação entre todos os participantes, além
de permitir que o indivíduo se valha do apelido para permanecer anônimo, visto que a
exposição é incômoda à pessoas com determinados tipos psicológicos, como o introvertido, na
classificação de Jung, ou em alguns Estilos de Aprendizagem. O tempo real trás a oportunidade
de se resolver problemas ou se tirar dúvidas momentâneas, ou guardadas para este momento. É
um período em que a máquina se humaniza promovendo uma aproximação afetiva entre os
debatedores.
Já se falando de Ferramentas de Comunicação Assíncronas, e continuando a pensar na
Construção Coletiva do Pensamento, temos uma maior gama de recursos pedagógicos. Uma das
primeiras que vem à mente do educador online é o Fórum de Discussão, espaço onde cada
participante pode colocar o seu pensamento, abrindo espaço para que este seja criticado pelos
outros partícipes. Para uma efetiva Construção Coletiva do Conhecimento, que pode vir a ser o
resultado das discussões dos Fóruns, a Ferramenta Wiki se faz eficiente, pois permite aos
integrantes do grupo, ou àqueles que tenham permissão pelo mediador, que escrevam em
conjunto um mesmo texto, interferindo, inclusive no que outro já havia escrito. No caso de
ferramentas mais estáticas e menos interativas, temos o Podcast, arquivo de áudio que pode ser
baixado pelo usuário para ouvir em seu computador ou dispositivos móveis, da mesma forma
que alguns Vídeos ou Animações. Os SlideShows são recursos pedagógicos que podem
permitir uma certa interatividade do participante, não só na ordenação com a qual o estuda,
mas, também, com a adição de comandos mais simples.
Todas as ferramentas citadas acima devem fazer parte do repertório de docentes que desejem
ser incluídos digitalmente e, assim, fazer parte desse admirável mundo novo que é o
ciberespaço. Enfim, tornar-se um cidadão de seu tempo.
5. Discussão
Retornando à epígrafe do ítem 3, "Comunicação não é o que você diz; é o que os outros
entendem" do publicitário David Ogilvy, não basta ao docente dominar determinadas
ferramentas pedagógicas se o resultado de seu trabalho não facilitar ao discente construir seu
conhecimento. É exatamente por isso que esse artigo foi escrito sobre um tripé teórico de
fundamental importância: as Teorias dos Estilos de Aprendizagem e da Comunicação e um
entendimento do Ciberespaço com suas possibilidades de recursos pedagógicos, síncronos ou
assíncronos.
Desta forma, para iniciar a discussão, já há tempos aberta, não tendo neste simples artigo
aspiração de se chegar à sua conclusão final, mas sim a contínua busca nas infindas listas de
discussão abertas nos mais variados eventos, virtuais ou presenciais, sobre Tecnologias na
Educação, é apresentado um quadro (Figura 4), adaptado de Lago (2008). Ele trás, com base
nas características atribuídas a cada Estilo de Aprendizagem por Alonso e Gallego (BARROS,
2009) a distribuição, não exaustiva, de algumas sugestões de atividades e recursos pedagógicos
mais eficientes. Poderá ser observado que o referido quadro não se pauta apenas nas incidências
de um só estilo, mas busca abranger as predominâncias dupla, tripla e quando se desejar atingir
a todos os Estilos simultaneamente, atente a ele.
Figura 4 – Distribuição de congruência dos Estilos de Aprendizagem Sensórios
Dois viéses devem ser observados para uma leitura mais consistente do referido quadro. Não se
pretende afirmar que existam apenas esses recursos didáticos, mas que os aqui apresentados,
certamente irão ao encontro dos discentes que apresentam predominância em um ou mais
Estilos de Aprendizagem, permitindo a eles um melhor aproveitamento destes na sua
construção pessoal do conhecimento, visto que pode ter sido até auxiliado por vários
participantes, mas o conhecimento é pessoal, por isso deve ser partilhado, afinal, partindo-se da
diversidade de pontos de vista no grupo de aprendentes, quanto mais se compartilha o
conhecimento mais se constróem os individuais. O outro viés tem como sujeito o docente, que
partindo do conhecimento e adaptações deste poderá planejar seu curso, disciplina ou encontro
presenciais ou virtuais com uma maior abrangência de comunicabilidade com o grupo.
Assim temos, por exemplo o Ativo que tem mais facilidade em lidar com ações físicas,
imediatas, se dando, portanto, muito bem com encenações teatrais, simulação de situações,
quando preparamos uma atividade monofásica. Específica para esse estilo. Já quando o
indivíduo possui carcterísticas marcantes envolvendo dois estilos, continuando a exemplificar
com o Ativo, mas neste caso, com os componentes característicos do Reflexivo co-participando
de suas características cognitivas, um brainstorm se faz de grande valor, pois o raciocínio
rápido do Ativo em conjunto ao olhar em vários viéses do Reflexivo, lhe permitirá, ou ao
grupo, se for o caso, uma gama maior de possiveis soluções.Temos então a aplicação de um
recurso bifásico. No caso destes dois estilos – Ativo e Reflexivo – terem agregadas as
características tipológicas do Teórico, então, uma atividade trifásica será necessária, tendo
como sugestão a manutenção de um Blog. No caso das características dos quatro estilos se
equivalerem, cairemos para a atividade quadrifásica, ou polifásica, que seria o trabalhar com
projetos. Assim cada uma das características do indivíduo terá participação, ou todo o grupo,
com sua diversidade de estilos será contemplado.
Da mesma forma que se partiu do Ativo, o quadro da figura 4 servirá para se compreender as
adequações de recursos pedagógicos voltados para um, dois, três ou quatro estiolos
concorrentes. Basta para isso buscar as intersecções desejadas. Sendo assim, o trabalhar
Educação em meio à sociedade da informação só se faz verdadeiramente eficaz a partir de um
trabalho de inclusão digital de todos os atores, assim como da utilização científica dos recursos
das Tecnologias da Informação e Comunicação.
6. Referências
Barros, Daniela Melaré Vieira de. (2009). Estilos de uso do espaço virtual: como se aprende e
se ensina no virtual? In Inter-Ação. V.34. pp 51-74. Goiânia, GO: UFG.
Brito, Allan(2007). Síncrono ou Assíncrono? Disponível em
http://www.colaborativo.org/blog/2007/10/08/sincrono-ou-assincrono/
Felippim , Maria Cristina Torres. (2009).A Utilização das Ferramentas Telemáticas na
Educação numa Perspectiva Pedagógica. Disponível em
http://www.centrorefeducacional.com.br/telemati.htm
Fernandes, PHO; Carvalho, JOF. (2008). Desenvolvimento de ferramentas assíncronas para
apoio ao Weblab da PUC-Campinas.
Lago, B;Colvin, L e Cacheiro,M. (2008). Estilos de Aprendizaje y Actividades Polifásicas -
Modelo EAAP. In Revista Estilos de Aprendizaje. Nº2. Vol. 2. UNED:Madri.
Lévy, Pierre. (1999). Cibercultura. Tr. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: 34. (Coleção Trans).

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  • 1. Estilos de Aprendizagem: Ferramenta fundamental na produção de recursos pedagógicos usando as TIC. Milton José de Barros Sobreiro 1) Faculdade Nazarena do Brasil, Campinas, Brasil miltonsobreiro@yahoo.com.br Resumo Estamos vivendo um período que dentre tantos nomes, também responde por Era da Informação e Comunicação. Tempo em que a palavra de ordem é Conectividade. Neste cenário estão inseridas todas as instâncias da vida social, incluindo a Educação. Dessa forma, não são poucas as Instituições de Educação que já optaram por virtualizar, ao menos, parte de seu material didático e, com isso, fazendo uso das novas Tecnologias da Informação e Comunicação. Mas não basta produzir um material e disponibilizá-lo em websites para que se facilite a construção do conhecimento pelo estudante. É preciso ter um material que comunique verdadeiramente com o aprendiz. Desta forma, este artigo se propõe a discutir a adequabilidade destes recursos pedagógicos digitalizados com vista a dois fatores primordiais, os Estilos de Aprendizagem, e Gallego e na Teoria da Comunicação. Palavras-chave: TIC, Estilos de Aprenizagem, Teoria da Comunicação, Recursos Pedagógicos 1. Introdução Em plena Era da Informação e Comunicação a conectividade se faz uma das principais ferramentas de interação social As redes sociais virtuais, blogs, microblogs, e-mails, listas de discussões, grupos de debates que, de certa forma, mantém em conexão inúmeras teorias, pensamentos, emoções e saberes, dentre outros incontáveis elementos, tornam o individual em coletivo e o que foi inconsciente coletivo em construção coletiva do conhecimento. Ênfase no coletivo, ganho para o individual Se o discurso permeia a construção do conhecimento em coletividade recairá, incondicionalmente, na Educação. Instância social de preparação do indivíduo para a sua efetiva participação colaborativa na construção da coletividade. A Instituição que fica com a responsabilidade de realizar esta tarefa é a Escola, nos seus mais diversos níveis, básico e superior. Tal instituição, por ser inerente à sociedade, deveria se adequar à esta, andar lado-a- lado com suas transformações através dods tempos, mas não é o que se pode notar. A Escola de hoje ainda é, guardando as devidas proporções, uma reprodução de um mosteiro feudal, uma grande nave, transformada em sala de aula, com vários alunos sentados matricialmente e um adulto, douto no conhecimento, lhes depositando informações que deverão, quando da avaliação serem reproduzidas, tal qual quando foram-lhes imputadas. Vivemos um tempo de choques, de contrastes, de desconstrução do moderno para a uma reconstrução em pós-moderno. Nessa crise de paradigmas a Educação inicia um salto de mais de um milênio, começa a ensaiar os seus primeiros passos nesse “admirável mundo novo”. Já não são poucas as instituições de ensino que virtualizam parte de seus recursos pedagógicos. Mas como é tudo muito novo para esta instituição milenar a sua transformação se faz em um
  • 2. processo lento e cheio de preconceitos e resistências, o que é pior, por parte de muitos da própria comunidade escolar. Mas, e esta transição, como e quando vai se dar? Com relação ao quando se dará, ou se completará, ainda é muito cedo para se tentar uma definição, mas a forma como isso já está ocorrendo fica mais fácil visualizar. É a partir das Tecnologias da Informação e Comunicação em sua interface interativa, na rede mundial de computadores, que se inicia a distribuição virtualizada do conhecimento acumulado, agora transformado em conhecimento digitalizado. Se somente isso bastasse para que o conhecimento ganhasse o mundo democraticamente distribuído estaria bom, porém, não acontece dessa forma simplista. Tomando por base a diversidade existente entre os homens, em suas características genotípicas, fenotípicas, psicológicas ou culturais, se faz de grande relevância tomar como verdade a sua diversidade, na maneira que lhe torna mais eficiente, a própria construção do conhecimento. Tal preocupação tem sido motivadora de estudos que procuram desvendar, em vários viéses, o intrincado processo da cognição humana. Para essa discussão, este artigo tratará da importância da observação dos Estilos de Aprendizagem (EA), com base nos estudos de Alonso e Gallego (BARROS, 2009), compreendendo as características principais e secundárias de cada um deles com relação às variâncias que ocorrem no processo cognitivo do indivíduo. Olhando o processo de construção coletiva do conhecimento como uma relação interpessoal, se faz necessário uma análise dos elementos constitutivos da Teoria da Comunicação. Fechando o tripé teórico deste artigo, uma análise das principais ferramentas virtuais de apoio ao processo de aprendizagem, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Após o embasamento teórico acerca dos Estilos de Aprendizagem e da sua relação com a Teoria da Comunicação e de algumas das novas TICs, o presente artigo discutirá a produção de recursos pedagógicos com uso destas com relação à sua aplicabilidade com eficácia aos EA. 2. Estilos de Aprendizagem: Uma forma personalizada de melhor aprender Abrindo o ítem relacionado aos Estilos de Aprendizagem, vale um pequeno painel histórico, trazendo algumas das definições mais difundidas. Segundo Keefe (LAGO, 2008), no ano de 1988 publica sua definição de Estilos de Aprendizagem como sendo “traços cognitivos, afetivos e fisiológicos, que servem como indicadores relativamente estáveis, de como os discentes percebem, interagem e respondem a seus ambientes de aprendiagem”. Rita e Kennedy Dunn, em 1993, (ibdin) define com uma visão um tanto quanto complementar à de Keefe, colocando-os como “a forma na qual os estudantes se concentram, processam, internalizam e recordam informações acadêmicas novas”. Mas é Curry que, em 1983, separa as distintas teorias dos Estilos de Aprendizagem em três grupos, onde o primeiro aparece como o centro permeado pele segundo que, por sua vez, o é pelo terceiro, assim, do centro para a periferia temos, o Estilo Cognitivo da Personalidade, na sequência o Estilo de Processamento da Informação e por fora de todos, o Indicador de Preferência da Modalidade Instrucional.
  • 3. Figura 1 – Componentes Concêntricos dos Estilos de Aprendizagem segundo Curry Como se pode observar, a camada mais externa diz respeito às Modalidades Instrucionais, intimamente ligadas às preferências metodológicas da aprendizagem, sendo a mais variável das três, e influenciável na medição dos Estilos de Aprendizagem. Na central encontra-se o Estilo de Processamento da Informação, como a aproximação individual ao conhecimento, não afetada pelo que a circunda, porém, passível de modificação pelas estratégias de aprendizagem. Por fim, a mais profunda das camadas que formam os Estilos de Aprendizagem, a do Estilo Cognitivo da Personalidade, referentes à aproximação do indivíduo aos processos de adaptação e assimilação da informação, esta é a camada mais estável e permanente da personalidade. (LAGO, 2008) Barros (2009), coloca que Alonso e Gallego baseiam-se na definição keefeiniana para colocar que Estilos de Aprendizagem “são traços cognitivos, afetivos, fisiológicos de preferência pelo uso dos sentidos, ambiente, cultura, psicologia, comodidade, desenvolvimento e personalidade que servem como indicadores relativamente estáveis de como as pessoas percebem, inter- relacionam e respondem a seus ambientes de aprendizagem e seus próprios métodos ou estratégias em sua forma de de aprender”. Nos deteremos nesta definição de Alonso e Gallego, pois é o modelo que será utilizado como base teórica desta discussão com relação aos Estilos de Aprendizagem. Fazendo uma análise um tanto mais puntual desta definição é possível perceber que o processo de construção do conhecimento se faz contextualizado, pois envolve elementos ambientais e culturais, desta feita, o meio em que o indivíduo vive e interage faz parte de seu processo de construção do conhecimento. Mesmo tendo o caráter construtivista extrínseco ao processo fica intrínsceco seu caráter vygotskyano de relacionamento com o outro, que pode ser, tanto um par aprendente, como um docente orientador, e com isso pode-se deduzir a geração de uma Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), logo, a interação com terceiros é um dos componentes que poderá influenciar no Estilo de Aprendizagem pessoal. Alonso e Gallego, ainda segundo Barros (2009), detectam quatro Estilos de Aprendizagem específicos: Ativo, Reflexivo, Teórico e Pragmático, cada qual com características particulares bem definidas. Para eles, o indivíduo que tem como Estilo de Aprendizagem predominante o Ativo é socializavel, preferindo trabalhar em grupos, e nele tendo uma tendência à liderança, por sua característica de protagonismo. Dado à novas experiências, é aventureiro, impetuoso e inovador. Sua mente está sempre aberta e pronta para dar asas à sua criatividade, sua inventividade. Quando tem uma nova tarefa a realizar, não quer longos prazos, para ele, a ação é aqui e agora. Com todos esses requisitos, está sempre buscando novos desafios, afinal é um aprendente em potencial e um exímio solucionador de problemas.
  • 4. Já os Reflexivos são os observadores, o que os faz aparentar um ar de distanciamento ou de condescendência, mas isto se dá porque consideram os vários viéses possíveis sobre a nova informação que lhes é apresentada, tornando-os indivíduos prudentes e cunclusivos ao agir. Estas características analíticas os leva a serem exaustivos em suas pesquisas, permitindo que recompilem com cuidado todos os dados coletados. Questionadores, assimiladores e pacientes facetas que os deixam um pouco mais lentos lento, se comparados ao Ativo, por exemplo. Alonso e Gallego caracterizam o indivíduo com predominância do Estilo de Aprendizagem Teórico como alguém que é estruturado, racional e objetivo. Para ele o que é lógico é bom. Ordenador e sintético, age detalhadamente observando etapas lógicas, pois, sua disciplina o leva a focar o problema na vertical, é um planejador. Sua característica de ter um sistema de pensar profundo aliado ao seu metodismo, o leva a construir teorias, princípios e modelos. O indivíduo com ênfase teórica em seus Estilos de Aprendizagem é disciplinado, estruturado e sistemático. Mesmo com todas essas características, não deixa de ser pensador, relacionador, explorador e crítico. Por fim, há os que são classificados como Pragmáticos. Talvez a frase que mais os caracterize é “se funciona, é bom”. Sempre que percebem que há algo positivo em uma nova idéia, buscam rapidamente uma oportunidade para pô-la em prática. É experimentador, prático, direto e eficaz. As teorizações o incomoda, visto que tem por características serem técnicos, úteis, objetivos e concretos. Aplicadores, são eminentemente solucionadores de problemas. Organizados e seguros de si, são realistas ao decidir suas ações. Para um pragmático, sempre se pode fazer melhor. É possível pensar nesses estilos como quem olha um Diagrama de Venn, usado pela Teoria dos Conjuntos que estudamos na Matemática desde a mais tenra idade. Baseados nele vemos que há quatro espaços para um EA único, outras quatro áreas de intersecção para dois, quatro, também, para três Estilos e um centro que contém os quatro Estilos de Aprendizagem, como demonstra a Figura 1. Figura 2 – Distribuição de congruência dos Estilos de Aprendizagem Modelo Alonso e Gallego A partir dessas características, este artigo irá trabalhar as ferramentas virtuais que mais se adequam a cada um dos Estilos de Aprendizagem, seja individual ou em consonância com outros, seja com mais um, dois ou na totalidade, aliando-se aos três, e atingindo a todos. 3. Teoria da Comunicação "Comunicação não é o que você diz; é o que os outros entendem". David Ogilvy, publicitário fundador da Ogilvy & Mather A Educação faz uso das ferramentas da Comunicação Social como facilitadora no processo de aprendizagem, logo, o Educador precisa conhecer a arte do comunicar para que seu papel possa ser desempenhado com eficácia. Desta feita, neste trabalho também será disscutida uma visão
  • 5. da Teoria da Comunicação, segundo o linguista russo Roman Jakobson, que faz uso desta para enunciar suas Funções da Linguagem. Ao criar um recurso, se faz importante atentar que se trata de uma peça de comunicação e que por sê-la deve-se levar em conta técnicas básicas ensinadas na Teoria da Comunicação, estudada, se não me falha a memória antiga, no atual Ensino Médio, em Língua Portuguesa, quando se fala em Figuras de Linguagem. Figura 3 – Processo de Comunicação Roman Jackobson identifica no Processo de Comunicação alguns elementos fundamentais, que na ausência de um ou mais pode, desde gerar ruído ou inviabilizá-lo. Desta feita, o processo inicia com um Emissor que deseja enviar uma Mensagem a um Receptor. Para que isso ocorra com eficácia, o Emissor precisa escolher um Código, conhecido pelo Receptor, para que esse possa a Decodificar ao recebê-la. A condução desta Mensagem, do Emissor ao Receptor, deve ser feita através de um Veículo de comunicação. O Emissor deve eleger o Veículo que for mais adequado ao trânsito da codificação, com a mínima interferência de Ruídos. Uma mensagem visual não poderá percorrer um canal de áudio, ou algo que seja interativo em um vídeo simplesmente. Ao chegar, o Receptor deverá fazer uso de dois aspectos de seu conhecimento: em primeiro lugar da destreza em lidar com o Veículo que contém a Mensagem no Código escolhido pelo Emissor - ficaria complicado enviar um DVD para alguém que não tenha um leitor adequado ou se tivé-lo não saiba manuseá-lo, ou ainda se se tratar de um deficiente visual. Segundo, o Receptor deverá ser conhecedor do Código utilizado pelo Emissor, a fim de poder Decodificar a Mensagem recebida. Percebida sensorialmente a Mensagem, cabe um questionamento... foi compreendida, excluíndo-se questões de Código ou Ruídos no Veículo de Comunicação? Paulofreireando, se o Receptor nunca teve o menor contato com o assunto em questão, pode não trazer consigo uma bagagem de conhecimento suficiente para o entendimento do conteúdo. Exemplificando: sabemos ler e interpretar textos, claro. Não fosse assim não estaríamos discutindo esse assunto, em particular. Mas não somos doutos em todas as ciências, logo, se me chegar um texto em Português, em um Veículo bem simples, como uma folha de papel, onde se possa ler sem interferência de Ruídos, como borrões ou falta de contraste entre o texto e a cor do papel, o que não me impediria a Decodificação da Mensagem, mas se for sobre Física Quântica e requerer um conhecimento básico sobre o assunto, é óbvio que não vou compreendê-lo. Mesmo a Mensagem tendo sido recebida e Decodificada com eficácia, restará ao Emisor a dúvida quanto ao posicionamento do Receptor, mesmo que seja para saber que não compreendeu o que ela queria dizer por falta de conhecimento teórico suficiente a seu respeito, ou até se a Mensagem chegou ou não, com ou sem Ruído. Para tanto, um último e, de maneira nenhuma, menos importante elemento da Comunicação, tão esquecido nos manuais de Teoria
  • 6. da Comunicação, é o Feedback, ou Retorno, aos puristas da língua portuguesa. Este é, também, uma Mensagem, e por sê-la, deverá passar pelos mesmos trâmites que a original, porém em sentido contrário. O que ´promoverá uma espécie de moto contínuo, até que uma das partes - Emissor ou Receptor - o interrompa. 4. Novas Tecnologias da Comunicação e Informação Vivemos a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas desses espaços nos planos econômico, político, cultural e humano. (LÉVY, 1999, 11) Pós-Modernidade, tempos de contrstes, contradissões, desconstruções e reconstruções. A entrada da sociedade na era da comunicação e da informação. Seus antecedentes históricos nas Revoluções Científica e Industrial, novos modelos de produção, novas formas de relacionamento social. A tecnologia passa da era mecânica, elétrica, eletrônica e chega à mecatrônica. O advento do computador, ainda no período da 2ª Guerra Mundial, sua conclusão no pós-guerra... quente... início de uma bipolaridade e com ela uma nova guerra... a fria. As corridas armamentista e espacial leva às Inteligências Nacionais a buscar uma nova forma de comunicação, valendo-se da tecnologia virtual récem nata. Nasce a Rede Mundial de Computadores. Inicialmente com fins estratégicos, mas que, tomado pela popularização dos PCs e apoiada em uma rede de telecomunicações aprimorada a cada dia, em franco crescimento e desenvolvimento tecnológico, partiu para a invasão da privacidade de milhões de lares ao redor do planeta. Agora, a comunicação também é global, as distâncias encurtadas, a impessoalidade se torna personalizada nos sites de salas de bate-papos, e rapidaamente ampliada pelas redes sociais virtuais. A sociedade é tomada pelos microchips multiuso... computadores desk tops, em seguida os aparelhos de telefonia móveis, os laptops, notebooks, pads, chegando aos modernos smartphones. E é patente que não para por aqui. Muita nova tecnologia estará desembarcando para que permita ao indivíduo navegar pela rede com muito menos intempéries que os grandes navegadores do além mar, que um dia atravessaram o Atlântico e desembarcaram em um Novo Mundo, repleto de uma diversidade que é explorada há mais de meio milênio. Agora é a vez deste tipo de desbravamento não ter a mão única de outrora, a rede é polinódua, a tecnologia não impede que um indivíduo faça a volta ao mundo em alguns poucos minutos ou segundos se conecte com os mais longínquos locais de nosso planeta... aqui restritos ao menos por enquanto, ou aos simples mortais, visto que os astronautas, que já se sabe, não são deuses, se comunicam com a Terra desde o espaço sideral, ou a Terra com seus objetos voadores identificados que vagam por este imensurável Universo. Deste atual cenário de tecnologização, a Educação não poderia sair ilesa. Se extrapolarmos o olhar à Escola, das simples paredes de alvenaria, taipa ou seja lá do que forem montadas, e focarmos no que lhe anima, nota-se tratar de pessoas. Indivíduos, membros da sociedade que circunda a instituição, possuidores de recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que os conduzem para o interior dos muros escolares. Infelizmente, em muitos desses ambientes, principalmente os mais tradicionais, desprovidos de profissionais digitalmente incluídos, impedem ou dificultam que os outros membros da comunidade escolar, principalmente o corpo discente, faça uso desse ferramental desta geração. Mas, por outro lado, felizmente este grupo está tendo sua inclusão digital incentivada, mais diretamente por quem deveriam ser influenciados por eles, seus aprendentes.
  • 7. Desvendando esse admirável mundo novo do monopólio tecnológico sendo fragmentado, ainda não tão democraticamente inclusivo o quanto poderá vir a ser, percebe-se a comunicação na rede de uma forma tridimensional, onde uma das dimensões é humana e intangível, mas as outras duas são bidimensionais, cartesianas, dicotômicas, uma vertical e outra horizontal, a primeira síncrona e a segunda assíncrona. Por Comunicação Síncrona temos a visão daquela que se faz de pronto, em tempo real entre os participantes, seja um para um, um para vários ou vários para vários. A comunicação síncrona para ter eficiência acaba por limitar os participantes, pois como mediar um chat com um grande número de discutidores? Embora a videoconferência apresente uma elasticidade maior no número de acompanhantes. Analogamente, a Comunicação Assíncrona é a forma horizontal de comunicar, no eixo do tempo. Neste caso a participação não tem hora marcada para ocorrer em concomitância entre os envolvidos, mas se faz através de repositórios de conteúdos, seja este de um e-mail, um Blog, uma Rede Social, ou um SMS se formos para o lado do m-Learning. Felippim (2009) aponta aspectos que possibilitam maior interação entre educandos e educadores com a utilização de TIC síncronas e assíncronas. Inicia com as possibilidades de contextualização para a aprendizagem, assim como de se promover uma conexão com especialistas externos ao ambiente de aprendizagem. Além das possibilidades, a comunicação pode fornecer ferramentas de visualização e análise, e facilidades para a solução de problemas. Por fim, como apresentado no item relativo à Teoria da Comunicação, estabelece oportunidades para feedback, reflexão e revisão. A autora aborda pontos supracitados neste artigo como o da contextualização e da interação com terceiros, gerando uma verdadeira construção coletiva do conhecimento, com margem à reflexão, revisão e feedback, típicos componentes da ZDP. Quando se parte para o desenvolvimento de recursos, ou ferramentas pedagógicas assíncronas, antes do desenvolvimento dos códigos com seus respectivos testes, ou configuração dos já existentes, um conjunto de etapas se faz importante observar, como é o caso, em ordem cronológica, da especificação dos objetivos da ferramenta; o planejamento das fazes de seu desenvolvimento; a análise e especificações dos requisitos de sistema e, por fim, o projeto da ferramenta. (FERNANDES, 2008). Desta feita a principal etapa é a determinação do objetivo da ferramenta, tendo em conta qual o conteúdo que ela trará codificado. Será esta ferramenta a mais adequada para trabalhar com eficácia o conteúdo em questão? Será esta ferramenta a mais adequada para codificar com eficácia este conteúdo? Será esta ferramenta a mais adequada para comunicar com os participantes? No mundo do virtual, como vimos, há uma divisão macro entre Comunicação Síncrona e Assíncrona, a seguir uma relação de algumas das principais ferramentas com suas funcionalidades. O chat é uma ferramenta síncrona onde há uma real interação entre todos os participantes, além de permitir que o indivíduo se valha do apelido para permanecer anônimo, visto que a exposição é incômoda à pessoas com determinados tipos psicológicos, como o introvertido, na classificação de Jung, ou em alguns Estilos de Aprendizagem. O tempo real trás a oportunidade de se resolver problemas ou se tirar dúvidas momentâneas, ou guardadas para este momento. É um período em que a máquina se humaniza promovendo uma aproximação afetiva entre os debatedores. Já se falando de Ferramentas de Comunicação Assíncronas, e continuando a pensar na Construção Coletiva do Pensamento, temos uma maior gama de recursos pedagógicos. Uma das primeiras que vem à mente do educador online é o Fórum de Discussão, espaço onde cada participante pode colocar o seu pensamento, abrindo espaço para que este seja criticado pelos
  • 8. outros partícipes. Para uma efetiva Construção Coletiva do Conhecimento, que pode vir a ser o resultado das discussões dos Fóruns, a Ferramenta Wiki se faz eficiente, pois permite aos integrantes do grupo, ou àqueles que tenham permissão pelo mediador, que escrevam em conjunto um mesmo texto, interferindo, inclusive no que outro já havia escrito. No caso de ferramentas mais estáticas e menos interativas, temos o Podcast, arquivo de áudio que pode ser baixado pelo usuário para ouvir em seu computador ou dispositivos móveis, da mesma forma que alguns Vídeos ou Animações. Os SlideShows são recursos pedagógicos que podem permitir uma certa interatividade do participante, não só na ordenação com a qual o estuda, mas, também, com a adição de comandos mais simples. Todas as ferramentas citadas acima devem fazer parte do repertório de docentes que desejem ser incluídos digitalmente e, assim, fazer parte desse admirável mundo novo que é o ciberespaço. Enfim, tornar-se um cidadão de seu tempo. 5. Discussão Retornando à epígrafe do ítem 3, "Comunicação não é o que você diz; é o que os outros entendem" do publicitário David Ogilvy, não basta ao docente dominar determinadas ferramentas pedagógicas se o resultado de seu trabalho não facilitar ao discente construir seu conhecimento. É exatamente por isso que esse artigo foi escrito sobre um tripé teórico de fundamental importância: as Teorias dos Estilos de Aprendizagem e da Comunicação e um entendimento do Ciberespaço com suas possibilidades de recursos pedagógicos, síncronos ou assíncronos. Desta forma, para iniciar a discussão, já há tempos aberta, não tendo neste simples artigo aspiração de se chegar à sua conclusão final, mas sim a contínua busca nas infindas listas de discussão abertas nos mais variados eventos, virtuais ou presenciais, sobre Tecnologias na Educação, é apresentado um quadro (Figura 4), adaptado de Lago (2008). Ele trás, com base nas características atribuídas a cada Estilo de Aprendizagem por Alonso e Gallego (BARROS, 2009) a distribuição, não exaustiva, de algumas sugestões de atividades e recursos pedagógicos mais eficientes. Poderá ser observado que o referido quadro não se pauta apenas nas incidências de um só estilo, mas busca abranger as predominâncias dupla, tripla e quando se desejar atingir a todos os Estilos simultaneamente, atente a ele. Figura 4 – Distribuição de congruência dos Estilos de Aprendizagem Sensórios Dois viéses devem ser observados para uma leitura mais consistente do referido quadro. Não se pretende afirmar que existam apenas esses recursos didáticos, mas que os aqui apresentados, certamente irão ao encontro dos discentes que apresentam predominância em um ou mais Estilos de Aprendizagem, permitindo a eles um melhor aproveitamento destes na sua construção pessoal do conhecimento, visto que pode ter sido até auxiliado por vários
  • 9. participantes, mas o conhecimento é pessoal, por isso deve ser partilhado, afinal, partindo-se da diversidade de pontos de vista no grupo de aprendentes, quanto mais se compartilha o conhecimento mais se constróem os individuais. O outro viés tem como sujeito o docente, que partindo do conhecimento e adaptações deste poderá planejar seu curso, disciplina ou encontro presenciais ou virtuais com uma maior abrangência de comunicabilidade com o grupo. Assim temos, por exemplo o Ativo que tem mais facilidade em lidar com ações físicas, imediatas, se dando, portanto, muito bem com encenações teatrais, simulação de situações, quando preparamos uma atividade monofásica. Específica para esse estilo. Já quando o indivíduo possui carcterísticas marcantes envolvendo dois estilos, continuando a exemplificar com o Ativo, mas neste caso, com os componentes característicos do Reflexivo co-participando de suas características cognitivas, um brainstorm se faz de grande valor, pois o raciocínio rápido do Ativo em conjunto ao olhar em vários viéses do Reflexivo, lhe permitirá, ou ao grupo, se for o caso, uma gama maior de possiveis soluções.Temos então a aplicação de um recurso bifásico. No caso destes dois estilos – Ativo e Reflexivo – terem agregadas as características tipológicas do Teórico, então, uma atividade trifásica será necessária, tendo como sugestão a manutenção de um Blog. No caso das características dos quatro estilos se equivalerem, cairemos para a atividade quadrifásica, ou polifásica, que seria o trabalhar com projetos. Assim cada uma das características do indivíduo terá participação, ou todo o grupo, com sua diversidade de estilos será contemplado. Da mesma forma que se partiu do Ativo, o quadro da figura 4 servirá para se compreender as adequações de recursos pedagógicos voltados para um, dois, três ou quatro estiolos concorrentes. Basta para isso buscar as intersecções desejadas. Sendo assim, o trabalhar Educação em meio à sociedade da informação só se faz verdadeiramente eficaz a partir de um trabalho de inclusão digital de todos os atores, assim como da utilização científica dos recursos das Tecnologias da Informação e Comunicação. 6. Referências Barros, Daniela Melaré Vieira de. (2009). Estilos de uso do espaço virtual: como se aprende e se ensina no virtual? In Inter-Ação. V.34. pp 51-74. Goiânia, GO: UFG. Brito, Allan(2007). Síncrono ou Assíncrono? Disponível em http://www.colaborativo.org/blog/2007/10/08/sincrono-ou-assincrono/ Felippim , Maria Cristina Torres. (2009).A Utilização das Ferramentas Telemáticas na Educação numa Perspectiva Pedagógica. Disponível em http://www.centrorefeducacional.com.br/telemati.htm Fernandes, PHO; Carvalho, JOF. (2008). Desenvolvimento de ferramentas assíncronas para apoio ao Weblab da PUC-Campinas. Lago, B;Colvin, L e Cacheiro,M. (2008). Estilos de Aprendizaje y Actividades Polifásicas - Modelo EAAP. In Revista Estilos de Aprendizaje. Nº2. Vol. 2. UNED:Madri. Lévy, Pierre. (1999). Cibercultura. Tr. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: 34. (Coleção Trans).