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OS DESAFIOS E PAPEL DO TUTOR NO PROCESSO DE 
ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Solange Vilarim de Araujo 
Curso de Pós-Graduação em Metodologias e Gestão para a Educação a Distância 
Polo de Dourados/MS 
RESUMO 
O presente artigo tem como objeto de estudo o papel do tutor no ambiente de 
ensino-aprendizagem em educação a distância, refletindo sobre sua contribuição 
para uma educação de qualidade e para um bom aprendizado ao acadêmico. O 
problema de pesquisa é se os tutores estão realmente preparados para auxiliar na 
mediação e no aprendizado dos alunos, contribuindo para a sua formação 
acadêmica e profissional. A metodologia utilizada foi o método dialético e pesquisa 
bibliográfica, através da discussão entre as ideias dos autores que tratam da EAD e 
do papel e dos desafios do tutor. O sistema de tutoria é muito mais que um aspecto 
estrutural e de apoio ao estudante: pressupõe fluência tecnológica, orientação, 
acompanhamento pedagógico, monitoramento e avaliação. O papel do tutor na EAD 
é muito importante, suas orientações devem focar aspectos do conhecimento 
ajudando o estudante na conquista de autonomia e construção de competências 
investigativas enquanto ações que concretizam aprendizagem e desenvolvimento do 
aluno, isso implica que os desafios deste profissional ainda são grandes. 
Palavras-chave: ensino-aprendizagem; EAD; tutor.
2 
INTRODUÇÃO 
Os modelos de Educação a Distância (EaD) vem evoluindo com relação aos 
recursos educacionais, performance docente e discente no que se refere à 
necessidade de selecionar informações e transformá-las em conhecimento. O 
aprimoramento tecnológico como consequência das transformações sociais, 
culturais e científicas da sociedade gera remodelações pedagógicas e curriculares 
em virtude das possibilidades concretas de interação e interatividade. 
Esta pesquisa será necessária para aprender sobre a importância do tutor, 
que servirá de base para o conhecimento desta pesquisadora, que também exerce a 
função de tutora presencial em uma Universidade. 
É necessário conhecer sobre a própria prática, para que seja possível lidar 
com os obstáculos e ter mais iniciativa para contribuir com o processo ensino-aprendizagem 
dos nossos alunos. 
As atribuições dos tutores na modalidade a distância precisam ser 
estabelecidas com maior consistência operacional nas políticas públicas e editais 
enquanto diretrizes indutoras da qualidade curricular, pedagógica e de gestão das 
instituições credenciada para oferta de cursos na modalidade a distância. 
O nosso problema de pesquisa é se os tutores estão realmente preparados 
para auxiliar na mediação e no aprendizado dos alunos, contribuindo para a sua 
formação acadêmica e profissional, isso nos levou a efetuar essa pesquisa e estudo 
em diversos autores que tratam do assunto, a fim de responder esta problemática. 
O objetivo desta pesquisa é avaliar os desafios e o papel do tutor na 
mediação e sua contribuição para um real aprendizado dos alunos na educação a 
distancia, delimitando se busca: identificar as dificuldades e desafios dos tutores; 
avaliar a contribuição da tutoria no processo de ensino-aprendizagem dos alunos; 
refletir sobre o papel e importância do tutor para um ensino de qualidade em EAD. 
Iremos abordar os principais conceitos de EAD, afunilando para o papel do 
tutor e destacando seus desafios e perspectivas, através da discussão das ideias 
apresentadas por autores especialistas nesta modalidade de educação.
3 
METODOLOGIA 
O método de pesquisa utilizado é o método dialético. A dialética fornece as 
bases para uma interpretação dinâmica da realidade, que estabelece que os fatos 
sociais não podem ser entendidos quando considerados isolados, abstraído de suas 
influências políticas, econômicas, culturais, etc. (GIL, 2002, p 32). 
O tipo de pesquisa a ser realizada é a pesquisa bibliográfica, pois utilizaremos 
fontes ou documentos escritos originais primários com o objetivo de adquirirmos 
informações referente a temática e compreender as considerações dos autores que 
falam sobre o assunto, através de artigos científicos eletrônicos. 
Quanto ao tipo de abordagem utilizaremos a pesquisa qualitativa. A pesquisa 
qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, 
isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito 
que não pode ser traduzido em números. (UNIP, 2012, p.4). 
Dessa forma faremos um paralelo entre a opinião dos autores especialistas 
sobre tutoria e educação a distancia, através de comparações e reflexão sobre suas 
ideias. 
1 INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Como este artigo se propõe a falar do papel de um profissional da educação a 
distância - o tutor, se faz necessário que se introduza o conceito de EAD, suas 
perspectivas e metodologias. Para Moran: 
A educação a distância está se transformando em referência para 
uma mudança profunda na educação como um todo. É uma opção 
importante para aprender ao longo da vida, para a formação 
continuada, para aceleração profissional, para conciliar estudo e 
trabalho. (MORAN, 2011, p.3). 
Para Moran (2011) ainda há resistências e preconceitos, mas aumenta a 
percepção de que o Brasil só pode conseguir superar sua defasagem educacional 
através do uso intensivo de tecnologias em rede, da flexibilização dos tempos e 
espaços de aprendizagem, da gestão integrada de modelos presenciais e digitais.
4 
Segundo este autor: 
A EaD é cada vez mais complexa, porque está crescendo em todos 
os campos, com modelos diferentes, rápida evolução das redes, 
mobilidade tecnológica, pela abrangência dos sistemas de 
comunicação digitais. [...] denominamos EaD a educação continuada, 
o treinamento em serviço, a formação supletiva, a formação 
profissional, a qualificação docente, a especialização acadêmica, a 
complementação dos cursos presenciais. (MORAN, 2011, p.4). 
Saraiva (2006, p.5) relata que a EAD, segundo o Decreto n.º 2494 do MEC 
(1998), é uma modalidade de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a 
mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em 
diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e 
veiculados pelos diversos meios de comunicação. 
Conceituando Moran (2011, p.6) afirma que Educação a distância pode ser 
definida como um processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, em 
que professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ainda 
ensino-aprendizagem em que professores e alunos não estão normalmente juntos, 
fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, 
principalmente as telemáticas, como a Internet. Acrescenta que também podem ser 
utilizados outros meios como o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o 
telefone, o fax e tecnologias semelhantes. (MORAN, 2011, p.6). 
Segundo o Artigo 1º do Decreto Lei nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, 
que regulamenta a EaD no Brasil: 
Caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional 
na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e 
aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de 
informação e comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos 
diversos. (BRASIL, 2005, p.1). 
Para Haguenauer (2005, p.1) a Educação apoiada pelas novas tecnologias 
digitais foi enormemente impulsionada assim que a banda larga começou a se 
firmar, e a internet passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a 
distancia e assíncrona. A autora afirma: 
Acredito que, em breve o termo educação a distancia possa deixar 
de existir. Não se fala ao telefone “a distancia”, simplesmente fala-se 
ao telefone. [...] não se ensina ou se aprende “a distancia”, 
simplesmente ensina-se ou aprende-se, com uso das tecnologias 
disponíveis, de forma presencial ou não presencial. [...] a medida que 
me aprofundo neste assunto convenço-me de que a questão central
5 
não é o uso das novas tecnologias, mas sim o resgate e a aplicação 
dos conhecimentos já desenvolvidos por pesquisadores das áreas de 
educação, psicologia da aprendizagem, comunicação, cognição, 
entre outras. (HAGUENAUER, 2005, p.1). 
Podemos entender que a autora reflete que o mais importante é a 
aprendizagem e o conhecimento e não a metodologia utilizada, se é presencial ou a 
distancia. 
Para Saraiva (2006, p.4) ao penetrar nesta forma de educação somos 
instados, pressionados, praticamente arremessados à reflexão e visitação crítica dos 
processos de subjetivação e aprendizagem: 
Trata-se de levar em conta as modificações que se operam nos 
modos de percepção, nas possibilidades de interconectividade, nos 
conceitos de tempo e de espaço, nos diferentes estilos cognitivos, 
enfim, nos modos de existir, ser e estar que, numa ecologia 
emergente, encontram novas formas para se expressar e extravasar. 
Os conceitos, os pressupostos e as práticas educativas que guiaram 
muitas de nossas concepções sobre o intrigante processo de 
construção de conhecimentos pelos sujeitos ficam, no novo suporte 
de armazenamento e transmissão da informação, submetidos a uma 
nova interpelação: as relações a distância. Com isso, as habituais 
referências de tempo e espaço constitutivas dos sujeitos se 
perspectivam sob novas óticas. (SARAIVA, 2006, p.4). 
Podemos perceber nestas reflexões que estes autores trouxeram que a EAD 
traz um novo modelo de pensar a educação através da introdução de novas 
metodologias de estudo e prova que a aprendizagem não significa a presença física 
do aluno e do professor, neste sentido rompe com ideias preconceituosas e abre 
novas possibilidades as pessoas que querem se capacitar e se especializar mesmo 
num contexto de globalização e correria do dia a dia, onde o tempo deve ser 
devidamente organizado para conseguirmos executar todas as nossas atividades, 
cotidianas e profissionais. 
2 PAPEL DO TUTOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
Para Silva et al (2011, p.4) a organização das atividades desenvolvidas não 
presencialmente deve fazer parte de um planejamento pedagógico geral, no sentido 
de complementar e promover a melhoria de qualidade do processo de ensino-
6 
aprendizagem, de forma diferenciada de recursos utilizados em cursos presenciais, 
em que possam apresentar articulação com os conteúdos apresentados no processo 
de ensino, mantendo-se o diálogo entre educador educando-objetos do 
conhecimento. Conclui que o papel do tutor se insere justamente nesse contexto de 
interação. 
Percebemos que os autores destacam que o tutor deve utilizar diversas 
metodologias de trabalho, como forma de auxiliar na aprendizagem dos alunos. 
Para Jaeger e Accorssi (2006, apud SILVA et al, 2011, p.5) o tutor: 
Tem como papel central o apoio docente a um professor. Esse apoio 
geralmente se dá em uma das disciplinas de um curso, na sua 
preparação de material didático e no acompanhamento das 
atividades desenvolvidas. Espera-se também que este seja 
responsável pelas ferramentas de avaliação, assim como, na análise 
dos trabalhos dos alunos. Além disso, tem por tarefa o 
encaminhamento de dúvidas dos alunos aos professores, 
promovendo maior interatividade entre os mesmos, e com o corpo 
docente. Atua, ainda, no esclarecimento de dúvidas dos alunos 
através de e-mail, fórum, telefone ou pessoalmente, no recebimento 
e controle de entrega dos trabalhos. (JAEGER; ACCORSSI, 2006, 
apud SILVA et al, 2011, p.5). 
Os autores destacam ainda que um ponto fundamental é estar atento as 
necessidades do aluno, fazendo pontes entre as demandas dos alunos e propostas 
do professor, podendo agir de maneira a solucionar as questões tanto teóricas 
quanto de situações do dia-a-dia. Isso quer dizer que o tutor deverá estar atento no 
nível de interatividade dos alunos, para então identificar quais alunos não estão 
interagindo e tentar resgatar esta relação. (JAEGER; ACCORSSI, 2006, apud SILVA 
et al, 2011, p.5). 
Estas demandas e funções do tutor nos traz a reflexão de que é um papel 
muito importante, devendo estar presente a todo instante e, como destaca os 
autores citados anteriormente deve se atentar a interatividade dos alunos, ou seja, 
verificar se realmente estão participando das aulas, das atividades e se estão 
entendendo o conteúdo abordado e sanando as dúvidas. 
Segundo Silva et al (2011, p.9) o papel de tutor, no sentido de aprimorar o 
trabalho de acompanhamento ao aluno, nos moldes da Educação à Distância é 
novo, no contexto da tecnologia da informação e comunicação, no campo da 
educação. Para que ocorra a eficácia no trabalho do tutor, é preciso uma
7 
organização do sistema, com orientações precisas e objetivas, de forma a respaldar 
o trabalho deste profissional, na sua conectividade com o aluno. 
Entendemos que os autores relatam que para o tutor desempenhar o seu 
papel corretamente deve ser orientado e capacitado, um exemplo disso é a 
formação continuada desenvolvida em diversas universidades. 
Para Leal (2011, p.2) o papel do tutor na perspectiva de construção do 
conhecimento, deve ser aquele que instiga a participação do aluno evitando a 
desistência, o desalento, que não segue receitas prontas, mas que construa com os 
alunos novos olhares e busca pelo saber. A autora afirma que o papel do tutor está 
numa prática articulada com o diálogo e orientações acadêmicas que gerem 
reflexões sobre a unidade do saber e a capacidade do aprendente criar e gerar 
conhecimento. 
A autora complementa que seu papel ultrapassa questões técnicas, é um 
educador a distancia: 
Aquele que coordena a seleção de conteúdos, que discute as 
estratégias de aprendizagem, que suscita a criação de percursos 
acadêmicos, que problematiza o conhecimento, que estabelece o 
diálogo com o aluno, que media problemas de aprendizagem, 
sugere, instiga, acolhe. Enfim, um professor no espaço virtual, 
exercendo a sua função de formar o aluno. (LEAL, 2011, p.2) 
Com esta definição de professor, percebemos que a autora nos traz a 
reflexão da abrangência que tem o papel do tutor, tornando-o um responsável pela 
formação do aluno. 
Leitzke et al (2011, p.2) relatando a experiência de dois anos da tutoria 
presencial num curso de graduação na modalidade à distância da Universidade 
Federal de Pelotas, destacam que: 
A tutoria pode ser entendida como uma ação orientadora global, 
chave para articular a instrução e o educativo. O sistema tutorial 
compreende, desta forma, um conjunto de ações educativas que 
contribuem para desenvolver e potencializar as capacidades básicas 
dos alunos, orientando-os a obterem crescimento intelectual e 
autonomia, e para ajudá-los a tomar decisões em vista de seus 
desempenhos e suas circunstâncias de participação como aluno. 
(SOUZA et al., 2007 apud LEITZKE et al, 2011, p.2). 
Segundo Dandolini (2007, p.2) o sistema de tutoria deve trabalhar com os 
seguintes objetivos: auxiliar os alunos na construção autônoma do conhecimento,
8 
motivar os alunos para o trabalho cooperativo e colaborativo, auxiliar os alunos a 
organizarem seus estudos, provocar questionamentos e sanar suas dúvidas. 
Para Leitzke et al (2011, p.2) para termos a garantia de que haja 
comunicação entre todos os agentes envolvidos no curso o papel do tutor é 
imprescindível pois é ele que está entre os alunos e os professores e coordenação. 
De acordo com Peters (2006 apud LEITZKE, 2011, p.2) a tutoria entra como 
uma peça indispensável no processo de orientação dos alunos de um curso a 
distância. Complementando Leitzke et al (2011) afirma que o tutor aos poucos deve 
fazer com que os alunos percebam o quanto o trabalho colaborativo pode ajudar no 
processo ensino-aprendizagem. Para auxiliar o aluno nesse processo é necessário 
que o tutor assuma o papel de orientador e motivador e que o material didático e os 
métodos utilizados sejam adequados (Buchanan, 2000 apud Leitzke et al, 2011, 
p.2). 
Leitzke et al (2011, p.3) destacam que: 
Outra função que o tutor tem que assumir é o da cobrança constante 
do comprometimento com o tempo de estudo que o educando deve 
dedicar á sua formação. O aluno da EAD tende a pensar que por ser 
um curso a distância não exigirá muito do seu tempo. Os que assim 
pensam estão completamente errados. O curso a distância requer 
autodisciplina, gerenciamento do tempo dedicado aos estudos e uma 
densidade de interesse por parte do aprendiz. Embora se saiba que 
tais posturas devem partir do aluno, a presença do tutor no pólo 
lembrando e cobrando para que todos tenham êxito em sua jornada, 
é de extrema relevância. 
Outra função do tutor, em destaque ao tutor presencial Leitzke et al (2011, 
p.3) destacam: convidar para participar dos grupos de estudos e agendar encontros 
para estes grupos, para os autores o tutor dá o “chute inicial” e os alunos continuam 
o “jogo” onde os significados são criados em conjunto por meio da participação e 
interação com os colegas. 
Segundo Schneider e Mallmann (2011, p.2) o tutor é o profissional que 
compartilha com o professor a responsabilidade pela prática dialógico-problematizadora 
promove interação de modo a atingir os objetivos da formação e, 
principalmente, orienta o desenvolvimento da capacidade de análise e resolução de 
problemas. Para as autoras: 
A atribuição central do tutor em EaD é promover o diálogo-problematizador 
em torno dos conteúdos curriculares de acordo com 
o planejamento dos recurso educacionais e atividades de estudo 
propostas pelo professor da disciplina. Assim, o tutor precisa
9 
desenvolver fluência tecnológica para implementar monitoramento 
eletrônico em torno da interatividade e interação, colaboração 
(autoria e coautoria) essenciais no processo ensino-aprendizagem a 
distância. (SCHNEIDER; MALLMANN, 2011, p.9). 
Podemos refletir com estas considerações destes autores que o papel do 
tutor é complexo, por isso pensamos em destacar quais os desafios que este 
profissional tem na contemporaneidade, diante da modalidade EAD. 
3 DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O TUTOR NA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Segundo Silva et al (2011, p.2) o uso das tecnologias, cada vez mais presente 
no cotidiano, cria novas relações, novos conhecimentos e novas maneiras de 
aprender e de pensar, que transforma o mundo numa grande aldeia globalizada e 
socializada: 
As instituições de ensino superior estão atentas a realidade, no 
contexto da informatização, por considerar a modalidade distância 
um meio de educar e de formar o cidadão, cujas atividades garantem 
os desafios necessários à promoção da aprendizagem, além de 
atender as reais necessidades e interesses do próprio aluno, em 
interação constante com o mundo, com as pessoas e com uma 
infinidade de possibilidades de informação via pesquisa no processo 
de construção do seu conhecimento. (SILVA et al, 2011, p.2). 
Com esta fala percebemos que o papel do tutor na educação a distancia 
perpassa por desafios a serem enfrentados para efetivar esta construção do 
conhecimento. 
Um desafio a ser enfrentado é lidar com a tecnologia, pois as dificuldades não 
são apenas dos alunos, mas também dos tutores. Para Silva et al (2011, p.4) 
diferentes tipos de ambientes virtuais de aprendizagem têm sido apresentados, com 
suas vantagens e características de uso, como é o caso do Moodle - Modular Object 
Oriented Dynami Learning Environment que oferece inúmeros recursos online. 
Segundo Moran: 
A forma de conquistar o aluno para que permaneça entretido na 
“Moodlesfera” de seu curso é através do uso integrado dos recursos 
que o professor dispõe: a modelagem do ambiente, sua mediação
10 
pedagógica constante e um planejamento de atividades que serão 
desenvolvidas dentro e fora dos ambientes. Essa estratégica 
representa a metodologia de uso do ambiente virtual. (MORAN, 
2007, p. 258). 
Em sua concepção ainda preliminar por ainda não ter uma experiência 
consolidada em EAD Leal (2011, p.2) compreende o papel do tutor enquanto 
categoria acadêmica baseada no compromisso com a formação de alunos que 
pensem e sejam capazes de discutir e elaborar conhecimento. 
Um tutor educador, que tenha percorrido um caminho que o leve ao 
pensar livre, descarnado de preceitos tecnológicos que obtusam as 
mentes criativas. Um tutor que compreenda o papel da universidade, 
num contexto a distancia, como lócus do debate, da criação, que se 
permita desconstruir e reconstruir significados na sua ação formativa 
e na construção do saber científico. Um tutor capaz de se indignar 
com a vulgaridade de propostas alienantes; capaz de elaborar um 
contra-discurso ideológico; que sobretudo, seja aberto a mudanças, 
aos novos paradigmas tecnológicos. (LEAL, 2011, p.2). 
A autora complementa que o tutor deve ser um profissional com condições de 
aprender e aprender com competência para fazer da educação a distancia, um 
espaço de virtualidade criativa, poético, formativa e comprometidos com a formação 
de alunos críticos e sujeitos pensantes. Parece lugar comum, mas não nos parecer 
ser exaustivo repetir esta questão, por ser por demais presente. (LEAL, 2011, p.2). 
Com a fala desta autora percebemos que são muitos os desafios para o tutor, 
que deve estar muito comprometido com seus alunos e fazer da EAD um ambiente 
agradável e interessante aos discentes. 
Um dos grandes desafios do tutor segundo Leal (2011, p.2) é trabalhar a 
complexidade do saber fazer educativo na visão do aprender a aprender, na ótica 
reflexiva da construção do saber e ainda, propiciar momentos em que o aluno 
aprenda a ler e a reler o mundo, apropriar-se do conhecimento, a redimensionar 
valores, a rever atitudes. 
Schneider e Mallmann (2011, p.3) afirmam que o sistema de tutoria é muito 
mais que um aspecto estrutural e de apoio ao estudante: pressupõe fluência 
tecnológica, orientação, acompanhamento pedagógico, monitoramento e avaliação. 
Para as autoras: 
A tutoria é fundamental para que a mediação do processo ensino-aprendizagem 
ocorra de forma dialógico-problematizadora 
desdobrada em interatividade, interação, colaboração (autoria e 
coautoria) e autonomia. O princípio da interação requer o 
reconhecimento das potencialidades de cada um na resolução dos
11 
desafios. Implica na organização e diálogo em torno dos problemas e 
reflexão compartilhada em torno das soluções encontradas 
possibilitando que os conhecimentos possam ser construídos e 
reconstruídos numa ação pró-ativa dos estudantes. (SCHNEIDER; 
MALLMANN, 2011, p.2). 
Percebemos que os desafios para o tutor são intensos e diversos, atuando na 
resolução de conflitos e na mediação entre os alunos e a instituição de ensino, 
exercendo papel fundamental neste processo. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O tutor interfere diretamente no processo ensino-aprendizagem ocupando 
espaços didáticos em cursos na modalidade a distância. 
A partir das pesquisas realizadas percebemos que é necessário compreender 
características, possibilidades, potencialidades e limitações de diferentes formas de 
ensino, inclusive da educação a distância, das tecnologias e dos recursos 
disponíveis. 
O papel do tutor na EAD é muito importante, suas orientações devem focar 
aspectos do conhecimento ajudando o estudante na conquista de autonomia e 
construção de competências investigativas enquanto ações que concretizam 
aprendizagem e desenvolvimento psíquico. 
Citando Schneider e Mallmann (2011) podemos enfatizar que o estudante que 
é instigado pelo tutor a pesquisar, criticar, interagir com o grupo, desenvolver 
habilidades e trabalhar com competências, será capaz de transformar sua realidade, 
seu mundo e a sociedade à sua volta. Isso significa dizer que o processo de ensino-aprendizagem 
perpassa pelo tutor que, exercendo seu papel com eficiência terá um 
resultado positivo e satisfatório. 
Os autores trazem diferentes conceitos, mas o que podemos concluir é que 
eles relatam que a Educação a Distancia é uma modalidade que veio para ficar, que 
acompanha o processo de globalização e utilização de tecnologias e que o tutor 
desempenha papel fundamental nessa modalidade. 
O tutor é um grande responsável no processo de ensino-aprendizagem na 
EAD, pois tem o papel de acompanhar os alunos, realizar a mediação, resolução de
12 
conflitos tanto pedagógicos quanto administrativos, devendo ter o seu papel 
esclarecido, pois é um profissional requisitado cada vez mais com o crescimento de 
instituições de ensino na modalidade de EAD. 
Em suma, conclui-se que, diante de sua importância o tutor deve ser 
comprometido com o seu trabalho, sendo responsável e articulador para que seja 
possível uma educação de qualidade e uma efetiva aprendizagem dos alunos, 
devendo ser capacitado pelas instituições para exercer suas atribuições de acordo 
com o que preconiza a legislação em educação a distancia. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o Artigo 80 da 
Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que Estabelece as Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 20 dez. 2005. 
DANDOLINI, G. A.; SOUZA, J. A., DE PAULA, M. B. Sistema de Tutoria no Ensino 
a Distância. In: XXXV COBENGE (Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia), 
Outubro, 2007. 
DIAS, R. A.; LEITE, L. S. Educação à distância: da legislação ao pedagógico. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. 
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 2002. 
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Laboratório de pesquisa em tecnologias da informação e da comunicação – LATEC. 
2005. Disponível em www.latec.ufrj.br/portfolio/at/4%20 EAD %20 metodologias .pd f 
Acesso em 20 jul 2012. 
LEAL, R.B. A importância do tutor no processo de aprendizagem a distancia. 
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www.rieoei.org/deloslectores/947Barros.PDF Acesso em 05 mar 2012. 
LEITZKE, V.; DANDOLINI, G.A; SOUZA, J.A. OS DESAFIOS DE SER TUTOR NUM 
CURSO A DISTÂNCIA, 2011. 
MORAN, J. M. Fundamentos, políticas e legislação em EaD. Departamento de 
Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011. 
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 
Campinas: Papirus, 2007
13 
PETERS, O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo: Editora Unisinos. 
2003. 
SARAIVA, L. M. et al. Tensões que afetam os espaços de educação a distância. 
Psicol. estud. v.11, n.3, Maringá, 2006. Disponível em: http://search.scielo.org/? 
q=educação%20a%20distancia&where=SCL Acesso em: 15 jul 2012. 
SCHNEIDER D.R. e Mallmann, E. M. TUTORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: 
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2011. Disponível em: www.abed.org.br/congresso2011/cd/111.pdf Acesso em 01 
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SILVA, A.G. et al. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: AS NOVAS TECNOLOGIAS E O 
PAPEL DO TUTOR NA PERSPECTIVA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. 
Educação Universitária. Campo Grande – MS, 2011. Disponível em: 
www.abed.org.br/congresso2011/cd/46.pdf Acesso em 05 mar 2012. 
SOUZA, et al. Tutoria na Educação a Distancia. Educação Universitária, 2011? 
Disponível em http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/088-TC-C2.htm, 
Acesso em 15 mar 2012. 
UNIVERSIDADE PAULISTA. Metodologia de Pesquisa Científica, 2010.

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O papel do tutor na EAD

  • 1. 1 OS DESAFIOS E PAPEL DO TUTOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Solange Vilarim de Araujo Curso de Pós-Graduação em Metodologias e Gestão para a Educação a Distância Polo de Dourados/MS RESUMO O presente artigo tem como objeto de estudo o papel do tutor no ambiente de ensino-aprendizagem em educação a distância, refletindo sobre sua contribuição para uma educação de qualidade e para um bom aprendizado ao acadêmico. O problema de pesquisa é se os tutores estão realmente preparados para auxiliar na mediação e no aprendizado dos alunos, contribuindo para a sua formação acadêmica e profissional. A metodologia utilizada foi o método dialético e pesquisa bibliográfica, através da discussão entre as ideias dos autores que tratam da EAD e do papel e dos desafios do tutor. O sistema de tutoria é muito mais que um aspecto estrutural e de apoio ao estudante: pressupõe fluência tecnológica, orientação, acompanhamento pedagógico, monitoramento e avaliação. O papel do tutor na EAD é muito importante, suas orientações devem focar aspectos do conhecimento ajudando o estudante na conquista de autonomia e construção de competências investigativas enquanto ações que concretizam aprendizagem e desenvolvimento do aluno, isso implica que os desafios deste profissional ainda são grandes. Palavras-chave: ensino-aprendizagem; EAD; tutor.
  • 2. 2 INTRODUÇÃO Os modelos de Educação a Distância (EaD) vem evoluindo com relação aos recursos educacionais, performance docente e discente no que se refere à necessidade de selecionar informações e transformá-las em conhecimento. O aprimoramento tecnológico como consequência das transformações sociais, culturais e científicas da sociedade gera remodelações pedagógicas e curriculares em virtude das possibilidades concretas de interação e interatividade. Esta pesquisa será necessária para aprender sobre a importância do tutor, que servirá de base para o conhecimento desta pesquisadora, que também exerce a função de tutora presencial em uma Universidade. É necessário conhecer sobre a própria prática, para que seja possível lidar com os obstáculos e ter mais iniciativa para contribuir com o processo ensino-aprendizagem dos nossos alunos. As atribuições dos tutores na modalidade a distância precisam ser estabelecidas com maior consistência operacional nas políticas públicas e editais enquanto diretrizes indutoras da qualidade curricular, pedagógica e de gestão das instituições credenciada para oferta de cursos na modalidade a distância. O nosso problema de pesquisa é se os tutores estão realmente preparados para auxiliar na mediação e no aprendizado dos alunos, contribuindo para a sua formação acadêmica e profissional, isso nos levou a efetuar essa pesquisa e estudo em diversos autores que tratam do assunto, a fim de responder esta problemática. O objetivo desta pesquisa é avaliar os desafios e o papel do tutor na mediação e sua contribuição para um real aprendizado dos alunos na educação a distancia, delimitando se busca: identificar as dificuldades e desafios dos tutores; avaliar a contribuição da tutoria no processo de ensino-aprendizagem dos alunos; refletir sobre o papel e importância do tutor para um ensino de qualidade em EAD. Iremos abordar os principais conceitos de EAD, afunilando para o papel do tutor e destacando seus desafios e perspectivas, através da discussão das ideias apresentadas por autores especialistas nesta modalidade de educação.
  • 3. 3 METODOLOGIA O método de pesquisa utilizado é o método dialético. A dialética fornece as bases para uma interpretação dinâmica da realidade, que estabelece que os fatos sociais não podem ser entendidos quando considerados isolados, abstraído de suas influências políticas, econômicas, culturais, etc. (GIL, 2002, p 32). O tipo de pesquisa a ser realizada é a pesquisa bibliográfica, pois utilizaremos fontes ou documentos escritos originais primários com o objetivo de adquirirmos informações referente a temática e compreender as considerações dos autores que falam sobre o assunto, através de artigos científicos eletrônicos. Quanto ao tipo de abordagem utilizaremos a pesquisa qualitativa. A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. (UNIP, 2012, p.4). Dessa forma faremos um paralelo entre a opinião dos autores especialistas sobre tutoria e educação a distancia, através de comparações e reflexão sobre suas ideias. 1 INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Como este artigo se propõe a falar do papel de um profissional da educação a distância - o tutor, se faz necessário que se introduza o conceito de EAD, suas perspectivas e metodologias. Para Moran: A educação a distância está se transformando em referência para uma mudança profunda na educação como um todo. É uma opção importante para aprender ao longo da vida, para a formação continuada, para aceleração profissional, para conciliar estudo e trabalho. (MORAN, 2011, p.3). Para Moran (2011) ainda há resistências e preconceitos, mas aumenta a percepção de que o Brasil só pode conseguir superar sua defasagem educacional através do uso intensivo de tecnologias em rede, da flexibilização dos tempos e espaços de aprendizagem, da gestão integrada de modelos presenciais e digitais.
  • 4. 4 Segundo este autor: A EaD é cada vez mais complexa, porque está crescendo em todos os campos, com modelos diferentes, rápida evolução das redes, mobilidade tecnológica, pela abrangência dos sistemas de comunicação digitais. [...] denominamos EaD a educação continuada, o treinamento em serviço, a formação supletiva, a formação profissional, a qualificação docente, a especialização acadêmica, a complementação dos cursos presenciais. (MORAN, 2011, p.4). Saraiva (2006, p.5) relata que a EAD, segundo o Decreto n.º 2494 do MEC (1998), é uma modalidade de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. Conceituando Moran (2011, p.6) afirma que Educação a distância pode ser definida como um processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, em que professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ainda ensino-aprendizagem em que professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Acrescenta que também podem ser utilizados outros meios como o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. (MORAN, 2011, p.6). Segundo o Artigo 1º do Decreto Lei nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta a EaD no Brasil: Caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005, p.1). Para Haguenauer (2005, p.1) a Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim que a banda larga começou a se firmar, e a internet passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a distancia e assíncrona. A autora afirma: Acredito que, em breve o termo educação a distancia possa deixar de existir. Não se fala ao telefone “a distancia”, simplesmente fala-se ao telefone. [...] não se ensina ou se aprende “a distancia”, simplesmente ensina-se ou aprende-se, com uso das tecnologias disponíveis, de forma presencial ou não presencial. [...] a medida que me aprofundo neste assunto convenço-me de que a questão central
  • 5. 5 não é o uso das novas tecnologias, mas sim o resgate e a aplicação dos conhecimentos já desenvolvidos por pesquisadores das áreas de educação, psicologia da aprendizagem, comunicação, cognição, entre outras. (HAGUENAUER, 2005, p.1). Podemos entender que a autora reflete que o mais importante é a aprendizagem e o conhecimento e não a metodologia utilizada, se é presencial ou a distancia. Para Saraiva (2006, p.4) ao penetrar nesta forma de educação somos instados, pressionados, praticamente arremessados à reflexão e visitação crítica dos processos de subjetivação e aprendizagem: Trata-se de levar em conta as modificações que se operam nos modos de percepção, nas possibilidades de interconectividade, nos conceitos de tempo e de espaço, nos diferentes estilos cognitivos, enfim, nos modos de existir, ser e estar que, numa ecologia emergente, encontram novas formas para se expressar e extravasar. Os conceitos, os pressupostos e as práticas educativas que guiaram muitas de nossas concepções sobre o intrigante processo de construção de conhecimentos pelos sujeitos ficam, no novo suporte de armazenamento e transmissão da informação, submetidos a uma nova interpelação: as relações a distância. Com isso, as habituais referências de tempo e espaço constitutivas dos sujeitos se perspectivam sob novas óticas. (SARAIVA, 2006, p.4). Podemos perceber nestas reflexões que estes autores trouxeram que a EAD traz um novo modelo de pensar a educação através da introdução de novas metodologias de estudo e prova que a aprendizagem não significa a presença física do aluno e do professor, neste sentido rompe com ideias preconceituosas e abre novas possibilidades as pessoas que querem se capacitar e se especializar mesmo num contexto de globalização e correria do dia a dia, onde o tempo deve ser devidamente organizado para conseguirmos executar todas as nossas atividades, cotidianas e profissionais. 2 PAPEL DO TUTOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Para Silva et al (2011, p.4) a organização das atividades desenvolvidas não presencialmente deve fazer parte de um planejamento pedagógico geral, no sentido de complementar e promover a melhoria de qualidade do processo de ensino-
  • 6. 6 aprendizagem, de forma diferenciada de recursos utilizados em cursos presenciais, em que possam apresentar articulação com os conteúdos apresentados no processo de ensino, mantendo-se o diálogo entre educador educando-objetos do conhecimento. Conclui que o papel do tutor se insere justamente nesse contexto de interação. Percebemos que os autores destacam que o tutor deve utilizar diversas metodologias de trabalho, como forma de auxiliar na aprendizagem dos alunos. Para Jaeger e Accorssi (2006, apud SILVA et al, 2011, p.5) o tutor: Tem como papel central o apoio docente a um professor. Esse apoio geralmente se dá em uma das disciplinas de um curso, na sua preparação de material didático e no acompanhamento das atividades desenvolvidas. Espera-se também que este seja responsável pelas ferramentas de avaliação, assim como, na análise dos trabalhos dos alunos. Além disso, tem por tarefa o encaminhamento de dúvidas dos alunos aos professores, promovendo maior interatividade entre os mesmos, e com o corpo docente. Atua, ainda, no esclarecimento de dúvidas dos alunos através de e-mail, fórum, telefone ou pessoalmente, no recebimento e controle de entrega dos trabalhos. (JAEGER; ACCORSSI, 2006, apud SILVA et al, 2011, p.5). Os autores destacam ainda que um ponto fundamental é estar atento as necessidades do aluno, fazendo pontes entre as demandas dos alunos e propostas do professor, podendo agir de maneira a solucionar as questões tanto teóricas quanto de situações do dia-a-dia. Isso quer dizer que o tutor deverá estar atento no nível de interatividade dos alunos, para então identificar quais alunos não estão interagindo e tentar resgatar esta relação. (JAEGER; ACCORSSI, 2006, apud SILVA et al, 2011, p.5). Estas demandas e funções do tutor nos traz a reflexão de que é um papel muito importante, devendo estar presente a todo instante e, como destaca os autores citados anteriormente deve se atentar a interatividade dos alunos, ou seja, verificar se realmente estão participando das aulas, das atividades e se estão entendendo o conteúdo abordado e sanando as dúvidas. Segundo Silva et al (2011, p.9) o papel de tutor, no sentido de aprimorar o trabalho de acompanhamento ao aluno, nos moldes da Educação à Distância é novo, no contexto da tecnologia da informação e comunicação, no campo da educação. Para que ocorra a eficácia no trabalho do tutor, é preciso uma
  • 7. 7 organização do sistema, com orientações precisas e objetivas, de forma a respaldar o trabalho deste profissional, na sua conectividade com o aluno. Entendemos que os autores relatam que para o tutor desempenhar o seu papel corretamente deve ser orientado e capacitado, um exemplo disso é a formação continuada desenvolvida em diversas universidades. Para Leal (2011, p.2) o papel do tutor na perspectiva de construção do conhecimento, deve ser aquele que instiga a participação do aluno evitando a desistência, o desalento, que não segue receitas prontas, mas que construa com os alunos novos olhares e busca pelo saber. A autora afirma que o papel do tutor está numa prática articulada com o diálogo e orientações acadêmicas que gerem reflexões sobre a unidade do saber e a capacidade do aprendente criar e gerar conhecimento. A autora complementa que seu papel ultrapassa questões técnicas, é um educador a distancia: Aquele que coordena a seleção de conteúdos, que discute as estratégias de aprendizagem, que suscita a criação de percursos acadêmicos, que problematiza o conhecimento, que estabelece o diálogo com o aluno, que media problemas de aprendizagem, sugere, instiga, acolhe. Enfim, um professor no espaço virtual, exercendo a sua função de formar o aluno. (LEAL, 2011, p.2) Com esta definição de professor, percebemos que a autora nos traz a reflexão da abrangência que tem o papel do tutor, tornando-o um responsável pela formação do aluno. Leitzke et al (2011, p.2) relatando a experiência de dois anos da tutoria presencial num curso de graduação na modalidade à distância da Universidade Federal de Pelotas, destacam que: A tutoria pode ser entendida como uma ação orientadora global, chave para articular a instrução e o educativo. O sistema tutorial compreende, desta forma, um conjunto de ações educativas que contribuem para desenvolver e potencializar as capacidades básicas dos alunos, orientando-os a obterem crescimento intelectual e autonomia, e para ajudá-los a tomar decisões em vista de seus desempenhos e suas circunstâncias de participação como aluno. (SOUZA et al., 2007 apud LEITZKE et al, 2011, p.2). Segundo Dandolini (2007, p.2) o sistema de tutoria deve trabalhar com os seguintes objetivos: auxiliar os alunos na construção autônoma do conhecimento,
  • 8. 8 motivar os alunos para o trabalho cooperativo e colaborativo, auxiliar os alunos a organizarem seus estudos, provocar questionamentos e sanar suas dúvidas. Para Leitzke et al (2011, p.2) para termos a garantia de que haja comunicação entre todos os agentes envolvidos no curso o papel do tutor é imprescindível pois é ele que está entre os alunos e os professores e coordenação. De acordo com Peters (2006 apud LEITZKE, 2011, p.2) a tutoria entra como uma peça indispensável no processo de orientação dos alunos de um curso a distância. Complementando Leitzke et al (2011) afirma que o tutor aos poucos deve fazer com que os alunos percebam o quanto o trabalho colaborativo pode ajudar no processo ensino-aprendizagem. Para auxiliar o aluno nesse processo é necessário que o tutor assuma o papel de orientador e motivador e que o material didático e os métodos utilizados sejam adequados (Buchanan, 2000 apud Leitzke et al, 2011, p.2). Leitzke et al (2011, p.3) destacam que: Outra função que o tutor tem que assumir é o da cobrança constante do comprometimento com o tempo de estudo que o educando deve dedicar á sua formação. O aluno da EAD tende a pensar que por ser um curso a distância não exigirá muito do seu tempo. Os que assim pensam estão completamente errados. O curso a distância requer autodisciplina, gerenciamento do tempo dedicado aos estudos e uma densidade de interesse por parte do aprendiz. Embora se saiba que tais posturas devem partir do aluno, a presença do tutor no pólo lembrando e cobrando para que todos tenham êxito em sua jornada, é de extrema relevância. Outra função do tutor, em destaque ao tutor presencial Leitzke et al (2011, p.3) destacam: convidar para participar dos grupos de estudos e agendar encontros para estes grupos, para os autores o tutor dá o “chute inicial” e os alunos continuam o “jogo” onde os significados são criados em conjunto por meio da participação e interação com os colegas. Segundo Schneider e Mallmann (2011, p.2) o tutor é o profissional que compartilha com o professor a responsabilidade pela prática dialógico-problematizadora promove interação de modo a atingir os objetivos da formação e, principalmente, orienta o desenvolvimento da capacidade de análise e resolução de problemas. Para as autoras: A atribuição central do tutor em EaD é promover o diálogo-problematizador em torno dos conteúdos curriculares de acordo com o planejamento dos recurso educacionais e atividades de estudo propostas pelo professor da disciplina. Assim, o tutor precisa
  • 9. 9 desenvolver fluência tecnológica para implementar monitoramento eletrônico em torno da interatividade e interação, colaboração (autoria e coautoria) essenciais no processo ensino-aprendizagem a distância. (SCHNEIDER; MALLMANN, 2011, p.9). Podemos refletir com estas considerações destes autores que o papel do tutor é complexo, por isso pensamos em destacar quais os desafios que este profissional tem na contemporaneidade, diante da modalidade EAD. 3 DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O TUTOR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Segundo Silva et al (2011, p.2) o uso das tecnologias, cada vez mais presente no cotidiano, cria novas relações, novos conhecimentos e novas maneiras de aprender e de pensar, que transforma o mundo numa grande aldeia globalizada e socializada: As instituições de ensino superior estão atentas a realidade, no contexto da informatização, por considerar a modalidade distância um meio de educar e de formar o cidadão, cujas atividades garantem os desafios necessários à promoção da aprendizagem, além de atender as reais necessidades e interesses do próprio aluno, em interação constante com o mundo, com as pessoas e com uma infinidade de possibilidades de informação via pesquisa no processo de construção do seu conhecimento. (SILVA et al, 2011, p.2). Com esta fala percebemos que o papel do tutor na educação a distancia perpassa por desafios a serem enfrentados para efetivar esta construção do conhecimento. Um desafio a ser enfrentado é lidar com a tecnologia, pois as dificuldades não são apenas dos alunos, mas também dos tutores. Para Silva et al (2011, p.4) diferentes tipos de ambientes virtuais de aprendizagem têm sido apresentados, com suas vantagens e características de uso, como é o caso do Moodle - Modular Object Oriented Dynami Learning Environment que oferece inúmeros recursos online. Segundo Moran: A forma de conquistar o aluno para que permaneça entretido na “Moodlesfera” de seu curso é através do uso integrado dos recursos que o professor dispõe: a modelagem do ambiente, sua mediação
  • 10. 10 pedagógica constante e um planejamento de atividades que serão desenvolvidas dentro e fora dos ambientes. Essa estratégica representa a metodologia de uso do ambiente virtual. (MORAN, 2007, p. 258). Em sua concepção ainda preliminar por ainda não ter uma experiência consolidada em EAD Leal (2011, p.2) compreende o papel do tutor enquanto categoria acadêmica baseada no compromisso com a formação de alunos que pensem e sejam capazes de discutir e elaborar conhecimento. Um tutor educador, que tenha percorrido um caminho que o leve ao pensar livre, descarnado de preceitos tecnológicos que obtusam as mentes criativas. Um tutor que compreenda o papel da universidade, num contexto a distancia, como lócus do debate, da criação, que se permita desconstruir e reconstruir significados na sua ação formativa e na construção do saber científico. Um tutor capaz de se indignar com a vulgaridade de propostas alienantes; capaz de elaborar um contra-discurso ideológico; que sobretudo, seja aberto a mudanças, aos novos paradigmas tecnológicos. (LEAL, 2011, p.2). A autora complementa que o tutor deve ser um profissional com condições de aprender e aprender com competência para fazer da educação a distancia, um espaço de virtualidade criativa, poético, formativa e comprometidos com a formação de alunos críticos e sujeitos pensantes. Parece lugar comum, mas não nos parecer ser exaustivo repetir esta questão, por ser por demais presente. (LEAL, 2011, p.2). Com a fala desta autora percebemos que são muitos os desafios para o tutor, que deve estar muito comprometido com seus alunos e fazer da EAD um ambiente agradável e interessante aos discentes. Um dos grandes desafios do tutor segundo Leal (2011, p.2) é trabalhar a complexidade do saber fazer educativo na visão do aprender a aprender, na ótica reflexiva da construção do saber e ainda, propiciar momentos em que o aluno aprenda a ler e a reler o mundo, apropriar-se do conhecimento, a redimensionar valores, a rever atitudes. Schneider e Mallmann (2011, p.3) afirmam que o sistema de tutoria é muito mais que um aspecto estrutural e de apoio ao estudante: pressupõe fluência tecnológica, orientação, acompanhamento pedagógico, monitoramento e avaliação. Para as autoras: A tutoria é fundamental para que a mediação do processo ensino-aprendizagem ocorra de forma dialógico-problematizadora desdobrada em interatividade, interação, colaboração (autoria e coautoria) e autonomia. O princípio da interação requer o reconhecimento das potencialidades de cada um na resolução dos
  • 11. 11 desafios. Implica na organização e diálogo em torno dos problemas e reflexão compartilhada em torno das soluções encontradas possibilitando que os conhecimentos possam ser construídos e reconstruídos numa ação pró-ativa dos estudantes. (SCHNEIDER; MALLMANN, 2011, p.2). Percebemos que os desafios para o tutor são intensos e diversos, atuando na resolução de conflitos e na mediação entre os alunos e a instituição de ensino, exercendo papel fundamental neste processo. CONSIDERAÇÕES FINAIS O tutor interfere diretamente no processo ensino-aprendizagem ocupando espaços didáticos em cursos na modalidade a distância. A partir das pesquisas realizadas percebemos que é necessário compreender características, possibilidades, potencialidades e limitações de diferentes formas de ensino, inclusive da educação a distância, das tecnologias e dos recursos disponíveis. O papel do tutor na EAD é muito importante, suas orientações devem focar aspectos do conhecimento ajudando o estudante na conquista de autonomia e construção de competências investigativas enquanto ações que concretizam aprendizagem e desenvolvimento psíquico. Citando Schneider e Mallmann (2011) podemos enfatizar que o estudante que é instigado pelo tutor a pesquisar, criticar, interagir com o grupo, desenvolver habilidades e trabalhar com competências, será capaz de transformar sua realidade, seu mundo e a sociedade à sua volta. Isso significa dizer que o processo de ensino-aprendizagem perpassa pelo tutor que, exercendo seu papel com eficiência terá um resultado positivo e satisfatório. Os autores trazem diferentes conceitos, mas o que podemos concluir é que eles relatam que a Educação a Distancia é uma modalidade que veio para ficar, que acompanha o processo de globalização e utilização de tecnologias e que o tutor desempenha papel fundamental nessa modalidade. O tutor é um grande responsável no processo de ensino-aprendizagem na EAD, pois tem o papel de acompanhar os alunos, realizar a mediação, resolução de
  • 12. 12 conflitos tanto pedagógicos quanto administrativos, devendo ter o seu papel esclarecido, pois é um profissional requisitado cada vez mais com o crescimento de instituições de ensino na modalidade de EAD. Em suma, conclui-se que, diante de sua importância o tutor deve ser comprometido com o seu trabalho, sendo responsável e articulador para que seja possível uma educação de qualidade e uma efetiva aprendizagem dos alunos, devendo ser capacitado pelas instituições para exercer suas atribuições de acordo com o que preconiza a legislação em educação a distancia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o Artigo 80 da Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 20 dez. 2005. DANDOLINI, G. A.; SOUZA, J. A., DE PAULA, M. B. Sistema de Tutoria no Ensino a Distância. In: XXXV COBENGE (Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia), Outubro, 2007. DIAS, R. A.; LEITE, L. S. Educação à distância: da legislação ao pedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 2002. HAGUENAUER, C. Metodologias e estratégias na educação a distancia. Laboratório de pesquisa em tecnologias da informação e da comunicação – LATEC. 2005. Disponível em www.latec.ufrj.br/portfolio/at/4%20 EAD %20 metodologias .pd f Acesso em 20 jul 2012. LEAL, R.B. A importância do tutor no processo de aprendizagem a distancia. Universidade de Fortaleza, 2011. Disponível em: www.rieoei.org/deloslectores/947Barros.PDF Acesso em 05 mar 2012. LEITZKE, V.; DANDOLINI, G.A; SOUZA, J.A. OS DESAFIOS DE SER TUTOR NUM CURSO A DISTÂNCIA, 2011. MORAN, J. M. Fundamentos, políticas e legislação em EaD. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011. MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007
  • 13. 13 PETERS, O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo: Editora Unisinos. 2003. SARAIVA, L. M. et al. Tensões que afetam os espaços de educação a distância. Psicol. estud. v.11, n.3, Maringá, 2006. Disponível em: http://search.scielo.org/? q=educação%20a%20distancia&where=SCL Acesso em: 15 jul 2012. SCHNEIDER D.R. e Mallmann, E. M. TUTORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: INDICADORES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS. Edital Universal Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em: www.abed.org.br/congresso2011/cd/111.pdf Acesso em 01 mar 2012. SILVA, A.G. et al. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: AS NOVAS TECNOLOGIAS E O PAPEL DO TUTOR NA PERSPECTIVA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Educação Universitária. Campo Grande – MS, 2011. Disponível em: www.abed.org.br/congresso2011/cd/46.pdf Acesso em 05 mar 2012. SOUZA, et al. Tutoria na Educação a Distancia. Educação Universitária, 2011? Disponível em http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/088-TC-C2.htm, Acesso em 15 mar 2012. UNIVERSIDADE PAULISTA. Metodologia de Pesquisa Científica, 2010.