SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Baixar para ler offline
1
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Maria da Penha Boina Dalvi
Bacharel em Administração de Empresas
Especialista em Estatística e Sistemas de Informação (FEUC)
Mestre em Gestão da Informação nas Organização (FEUC)
Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (UFSC)
Conclusão da parte propedêutica (doutoramento) Ciência aplicada à Decisão (FEUC)
Resumo
Este estudo tem o objetivo de aplicar o planejamento e controle da produção em serviços com ênfase em
instituição de ensino superior, buscando comparar as características do PCP (Planejamento e Controle da
Produção) aplicado na manufatura e verificável nos serviços. Procura fazer uma analogia dessas estratégias ao
descrever as semelhanças e diferenças da aplicação entre as duas áreas. Mostrar que é possível aplicar o PCP
no setor de serviços como forma de planejar e controlar os procedimentos em instituições de ensino, apesar de
ser considerado um serviço puro. Demonstrar alguns indicadores que podem contribuir na análise dos
procedimentos à tomada de decisão.
1 INTRODUÇÃO
Desenvolver um estudo do planejamento da produção em uma instituição de ensino não é tarefa fácil,
pois, o planejamento e controle de produção é bastante explorado em empresas de manufatura e
poucos estudos se concentram no setor de serviços educacionais.
Frente a esse desafio, propus à realização deste estudo na área do planejamento da produção de
serviços, mas sem esgotar o assunto, apenas com o intuito na construção de conhecimento em um setor
de complicada análise.
Sabe-se que o desenvolvimento de um país está diretamente relacionado com o grau de participação
dos serviços no PIB (produto interno bruto), colocando os países intrustrializados como emergentes e
não mais como desenvolvidos.
Partindo do pressuposto da necessidade de desenvolvimento nos estudos com o foco no processo de
planejamento e controle de produção nos setores de serviços serem necessários, devido a pouca
bibliografia encontrada nesta área motivou o desenvolvimento deste estudo. Para analisar a atividade
do planejamento da produção nos serviços caracterizando-o como uma atividade contínua e
sistematizada, com o objetivo de manter a estratégia definida para a organização frente a dinâmica
realidade da participação dos serviços para o desenvolvimento de uma nação.
No âmbito dessa problematização os objetivos desse estudo em termos gerais são:
− Buscar na bibliografia modelos advindos do setor industrial (manufatura) e aplicar no
planejamento da produção de serviços para munir esse tipo de organização de informações
capazes de reorganizar a estrutura funcional, com intuito de tornar as instituições de ensino mais
competitivas e excelentes.
A metodologia adotada ao estudo configura-se como descritiva e bibliográfica.
2
Com base nessa introdução, foi desenvolvido no tópico dois uma abordagem sobre o planejamento nos
serviços, dando enfoque às estratégias e, dentro desse contexto foi feito um rebuscado refinamento
para compreender o controle da produção na área específica de instituição de ensino superior,
elucidando as semelhanças e diferenças dessa abordagem em relação a área da manufatura. Ainda,
colocando no tópico três a aplicação do PCP, enquadrando no tópico quatro alguns indicadores
relevantes que apoiam decisões das áreas funcionais da instituição e terminando com o tópico cinco
discorrendo sobre as considerações finais à importância de desenvolvimento de novos processos e
procedimentos dentro de IES, com a finalidade de diminuir os riscos e as incertezas em relação à
tomada de decisão.
2 ESTRATÉGIA NOS SERVIÇOS
Segundo Slack et al (1997), o papel da produção na empresa é apoiar sua estratégia. Isto é, deve
desenvolver os seus recursos para que forneçam as condições necessárias para permitir que a
organização atinja os seus objetivos estratégicos. A maioria das empresas possui algum tipo de
estratégia, mas é a produção que coloca em prática.
Slack et al (1997), define que a “estratégia” é o padrão global de decisões e ações que posicionam a
organização em seu ambiente e tem o objetivo de fazê-la atingir seus objetivos em longo prazo.
Mas, tudo depende da estrutura da organização. Numa organização a qual a estrutura é de gerentes
tomadores de decisões em nível operacional ou de função, e que essas decisões têm efeito abrangente
à organização, devem ser orientada a corporação, em que cada unidade de negócio precisará elaborar a
sua própria estratégia de negócios, que estabelece a sua missão e objetivos individuais, que se alinhará
e contribuirá para a macro estratégia organizacional.
Logo, Slack et al (1997), a estratégia de operações é o padrão global de decisões e ações, que define o
papel, os objetivos e as atividades da produção de forma que estes apoiem e contribuam para a
estratégia de negócios da organização.
Slack (1997), desenvolveu um modelo geral de administração da produção e que podemos perceber na
área em destaque que cobre parte deste estudo, o planejamento e controle da produção, apresentado na
figura 1.
Figura 1- Modelo geral de administração da produção e estratégia de produção
3
Determinado o macro processo da organização este estudo tem como escopo o planejamento da
produção aplicado a serviços, nomeadamente aos serviços de ensino superior.
O planejamento e controle de produção está dividido no planejamento que envolve a elaboração dos
planos e o controle de suas operações que inclui o monitoramento e acompanhamento do que foi
planejado e executado visando realizar os devidos ajustes para o alcance dos objetivos almejados.
O planejamento da produção é provavelmente menos compreendido de todos os aspectos do
planejamento e controle da produção, contudo, são grandes as vantagens de um bem desenvolvido e
executado no sistema de planejamento da produção. O plano de produção, que é o resultado dessa
função faz a ligação entre os objetivos estratégicos da empresa e da produção, e também deve estar em
coordenação com os objetivos dos resultados esperados consoante a disponibilidade de recursos e
orçamento financeiro.
2.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO.
Se observarmos, as atividades exercidas numa instituição de ensino, esta possui um grau de
similaridade com outros tipos de organização (manufatura), mas as atividades ligadas à produção /
operações são mais específicas, variando bastante de organização para organização, principalmente,
em comparado a análise de cadeia de suprimentos em faculdades, o que pode ser observado na figura
2.
Figura 2 – Cadeia de suprimentos da IES – elaboração da autora
O projeto da cadeia de serviços para um prestador de serviços é guiado pela necessidade de fornecer
apoio aos elementos essenciais dos vários pacotes de serviço, como: instalações de apoio, bens
facilitadores, serviços explícitos e serviços implícitos. (KRAJEWSKI, 2009)
As instalações de apoio da instituição de ensino são as partes físicas, equipamentos e funcionários; os
bens facilitadores são os laboratórios, bibliotecas e seu acervo, etc., serviços explícitos são a qualidade
e capacidade do fornecedor (professor) transmitir o conhecimento através de uma boa assimilação pelo
cliente (aluno) e os serviços implícitos são a localização da faculdade, cursos para atender a demanda
local, gestão e parte administrativa com serviços de apoio para atender da melhor maneira o cliente
(aluno) de forma a motivar para o curso e à pertença pela faculdade.
4
2.2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS
Conforme Chase et al, (2006), o serviço é um processo intangível, é algo que “pode ser derrubado
sobre seu pé sem feri-lo”. A localização da instalação dos serviços e o envolvimento direto do cliente
para criar a saída e que são fatores frequentemente essenciais. Porém, os produtores de bens fornecem
muitos serviços como parte dos seus produtos, e muitos serviços frequentemente geram produtos
físicos que são entregues aos seus clientes, ou consomem produtos para serem criados. Exemplo disso
é o MacDonald’s.
Logo as empresas de serviços se assemelham as de manufatura em diversos aspectos. Tanto nas
empresas de bens quando nas de serviço, os trade-offs são necessários para o desenvolvimento de um
foco. Se desenharmos uma matriz de projeto serviço-sistema ela se parecerá muito com a matriz
produto-processos, assim como os diagramas de fluxo de análise de capacidade também serão
similares.
Os serviços, porém, diferem bastante da manufatura, se considerarmos o alto grau de personalização
muitas vezes exigido, a velocidade do atendimento do serviço solicitado, o contato direto com o
cliente e a variabilidade inerente do encontro na prestação de serviços. Os mecanismos reguladores e
de programação de que dispomos para controlar a demanda em uma operação de manufatura,
geralmente não servem para uma operação de serviços. Em geral, os serviços exigem níveis muito
mais altos de capacidade para a demanda. Além disso, eles impõem uma necessidade de flexibilidade
maior por parte dos funcionários envolvidos na prestação de serviços. (CHASE, 2006).
Em resumo os serviços possuem as seguintes características:
− Produto: Intangível
− Estoque: Impossível
− Padronização (insumos): Impossível
− Mão de obra: Grande
− Padronização (produtos): Desejável
Segundo Stevenson (2001), os serviços implicam uma atuação direta com o objeto para a execução de
uma tarefa, envolvendo o contato com o cliente, a uniformidade de input, o conteúdo de trabalho de
cada cargo, a uniformidade de output, a forma diferenciada de medir a produtividade e a qualidade.
Pelos serviços possuirem um contado muito estreito com clientes, as operações são mais limitadas e os
clientes são por vezes, parte integrante do sistema, portanto, um controle rígido torna-se impossível,
além disso, as operações de serviços são muito mais sensíveis a variação na demanda, por ser
impossível estocar unidades de tempo.
Ainda, Stevenson (2001), devido ao fato dos serviços serem consumidos in loco, e com alto grau de
variação dos inputs, demandam um conteúdo de trabalho maior, pelo fato da sua alta variabilidade
tanto dos inputs e consequentemente nos outputs.
A medição da produtividade dos serviços é considerada de difícil comparação, devido as variações no
nível de demanda e nos requisitos de cada cargo; quanto a qualidade nos serviços, esta deve ser
percebida na origem, onde os erros podem ser corrigidos antes que o cliente perceba o output.
No caso de escolas, os projetos de serviços são bastantes peculiares em relação a outros serviços que
apresentam uma combinação de produtos e serviços. A instituição de ensino é um tipo de serviço,
5
como chamou Stevenson, “serviço puro”, concentrando-se fortemente nos fatores intangíveis, onde o
tipo de serviço é simultaneamente criado e consumido, criando assim, restrições de flexibilidade por
não poder ser estocado, tornando o projeto da capacidade particularmente importante.
Outro fator importante no planejamento do projeto de serviço está ligado a localização, sendo a
conveniência para o cliente um fator primordial, desse modo, o planejamento do projeto do serviço e a
escolha do local onde este será prestado estão, com frequência, estreitamente vinculados.
O fator contato com o cliente significa que o projeto do serviço necessita abranger o projeto do
processo. Em uma instituição de ensino, onde o contato entre o fornecedor e o cliente é direto, o
processo é, de fato, o serviço, tornando assim, o projeto de processo de serviço bastante complexo.
Numa instituição de ensino, segundo Krajewski et al (2009), o contato com o cliente está na dimensão
em que o cliente está fisicamente presente no processo, podendo ser definida como a porcentagem de
tempo total em que o cliente está no processo em relação ao tempo total para concluir o serviço.
Quanto maior a porcentagem do tempo em que o cliente está presente, maior o contato com o cliente.
A interação cara a cara, às vezes chamada de momento da verdade ou encontro de serviço, reúne o
cliente com o provedor do serviço. Nessa ocasião são formadas as atitudes do cliente a respeito da
qualidade do serviço prestado.
Ainda, segundo os mesmos autores, os serviços de processamento de pessoas, o que abarca as
instituições de ensino, envolvem serviços prestados a pessoa, em vez de para a pessoa, o que exige a
presença física. Os clientes (alunos) tornam-se parte do processo, fazendo com que a produção do
serviço seja simultânea com o seu consumo. Neste tipo de processo, o contado com o cliente é ativo,
significando que o cliente é uma grande parte da criação do serviço e afeta o próprio processo do
serviço. O contato ativo geralmente significa que o processo é visível para o cliente.
A matriz de processo de serviços de contato com cliente mostra, figura 3, diversas posições desejáveis
que efetivamente conectam o produto do serviço com o processo.
Fonte: Adaptado de Krajewski et al, (2009, pg 104)
Figura 3 – Matriz de contato com o cliente para processos de serviços
6
Um processo front office tem muito contato com o cliente quando o provedor de serviços interage
diretamente com o cliente. Em virtude da personalização do serviço e da variedade de opções, o
processo é mais complexo e muitas de suas etapas variam consideravelmente. Os fluxos de trabalho
são flexíveis e variam de um cliente para o outro. Mais liberdade é permitida ou inerente aos passos e
sequências do processo. A tarefa envolve muitas exceções do padrão usual de trabalho. (KRAJEWSKI
et al, 2009)
Segundo Krajewski et al (2009), a automação também pode ser usada como dispositivo de economia
de mão de obra nos processos de serviços. Nos serviços de educação, a tecnologia de aprendizado a
distância pode, atualmente, suplantar ou até substituir a sala de aula tradicional com a utilização de
livros, computadores, sites e vídeos como bens facilitadores que complementam o serviço.
A demanda dependente por serviço na instituição de ensino pode ser criada através de uma
programação principal, que pode ser explodida para determinar os recursos de que a faculdade
precisará durante certo período. Quando se constrói uma programação principal, a instituição de
ensino deve assegurar-se de que certos equipamentos e pessoas não estão sobrecarregados – em outras
palavras, que a capacidade seja mantida, por exemplo, que o número de horas dos fornecedores
(professores) atenda aos vários cursos com horas de planejamento, que os laboratórios sejam
distribuídos para que atenda as necessidades dos cursos oferecidos, a capacidade física à abertura de
novos cursos, os custos de capitais necessários para nova demanda, ou abdicar de cursos não
demandados e elevar a demanda dependente por recursos específicos, etc..
2.2.1 PRÉ REQUISITOS DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
De acordo com Villar et al (2008), os pré-requisitos do planejamento e controle da produção são:
Roteiro da Produção e Planejamento da Capacidade.
O Roteiro da Produção é tarefa do departamento de engenharia onde o trabalho da engenharia
industrial é apresentado através dos fluxogramas do produto acabado; relação geral de peças;
sequências de operações; folhas de matérias primas e folhas de máquinas.
O Planejamento da Capacidade consiste basicamente no acervo do programa de produção para um
determinado período, a partir das perspectivas de vendas, capacidade de produção, recursos
financeiros disponíveis e da decisão do comitê executivo composto pelos gerentes de marketing,
industrial, financeiro e geral da empresa.
3. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DOS SERVIÇOS EM INSTITUIÇÃO
DE ENSINO SUPERIOR
Segundo Anthony e Govindarajan (2002), planejamento operacional é o uso de um orçamento
amparado em quatro finalidades principais: (1) dar forma pormenorizada ao plano estratégico; (2)
auxiliar a coordenação das várias atividades da organização; (3) definir as responsabilidades dos
executivos, autorizar os limites de gastos que eles podem fazer e informá-los do desempenho que deles
se espera; (4) obter o reconhecimento de que o orçamento é o instrumento de avaliação do real
desempenho dos gestores.
7
O controle visa manter, tanto quanto possível, as atividades da organização, de forma a produzir os
resultados planejados. No entender de Drucker (1998), “o controle é normativo e diz respeito àquilo
que deve ser”. Esse caráter normativo também é defendido por Anthony e Govindarajan (2002). Para
eles, o controle gerencial é um processo que influencia os gestores para que sigam as estratégias.
Guerreiro (1996) esclarece que o controle não termina quando relatórios comparativos entre dados
orçados e reais são enviados às áreas. Ao contrário, esse é o ponto em que o controle tem início. O
término ocorre quando ações gerenciais são tomadas para a correção dos desvios.
De forma mais analítica, Guerreiro (1996) analisa quatro características da fase de controle do
processo: (1) papel: assegurar que os resultados planejados sejam efetivamente realizados; (2) produto:
ações corretivas; (3) processo: identificação das transações efetuadas, comparação dos resultados
realizados com os planejados, identificação das causas dos desvios e decisão quanto às ações a serem
implementadas; (4) pré-requisito: sistema de apuração de resultados realizados, envolvimento e
participação dos gestores.
O processo em uma istituição de ensino superior (IES) segue os padrões determinados pela legislação,
com abordagem sobre as dimensões propostas pelo Ministério da Educação, objetivando a melhoria
dos serviços prestados pela IES. Isto se alcança através do planejamento de ações a partir dos ditames
do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI e da inserção da Comissão Própria de Avaliação -
CPA, composta por membros da comunidade acadêmica e da sociedade civil organizada, no bojo das
respectivas atividades.
Nesta sorte, a CPA funciona com ciclos avaliativos em decorrência de estar adequadamente
implantada, através da participação de alunos, professores, estudantes e funcionários técnico-
administrativo, principalmente por intermédio de pesquisas de opinião e sugestões espontâneas.
Trabalha, ainda, com o respaldo da mantenedora em firmar operações de ajustes de condutas no
sentido de implementar ações baseadas nos resultados das avaliações internas e externas.
Nessa atividade os processos são constantemente aperfeiçoados com o objetivo de melhorar a
eficiência da Instituição. O desafio, portanto, é continuar a sedimentar um processo interno sistemático
de avaliação para todas as atividades da Instituição, a fim de garantir um aumento na qualidade dos
processos que envolvem todos os níveis de Ensino.
Tem-se como significativo o planejamento e controle de processos das instituições de ensino
implantada no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), criado pela
Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, assim como todos os processos externos de avaliação que as IES
devem realizar.
O Projeto de Avaliação Interna proposto pelas CPA’s deve contemplar as especificidades
institucionais desde as etapas de coleta e sistematização de informações até as de análises e propostas
de políticas para suprir os pontos fracos que sejam identificados, considerando que, enquanto
instituição educacional, devem buscar extensão, além da gestão dos recursos investidos.
Considerando os pressupostos que embasam as IES, as CPA’s devem propor instrumentos, submetidos
à análise da comunidade acadêmica, dentre os quais questionários, entrevistas, pesquisa de opinião,
previamente testados, que serão aplicados aos alunos, professores, coordenadores de curso e
8
funcionários da instituição e, ainda, aos representantes das comunidades envolvidas. Os dados devem
ser trabalhados a fim de revelarem informações no auxílio para emissão de relatórios, com a finalidade
de prover sistematicamente análise no processo produtivo das IES seguindo as orientações da
CONAES, nos parâmetros que direcionarão os seguintes processos:
− A missão e o plano de desenvolvimento institucional;
− A política de ensino, a pesquisa, extensão e a pós-graduação;
− A responsabilidade social da Instituição;
− Comunicação com a sociedade;
− Políticas de pessoal e de carreira dos servidores;
− Organização e gestão da Instituição;
− Infraestrutura física;
− Planejamento e avaliação, especialmente em relação ao processo, resultado e eficácia de
autoavaliação institucional;
− Políticas de atendimentos a estudantes e egressos;
− Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social de continuidade dos compromissos
na oferta da educação superior.
4 INDICADORES DE CONTROLE DE PROCESSOS NAS IES
Um sistema de indicadores vinculados aos requisitos dos clientes ou de desempenho da organização
representa uma base clara e objetiva para alinhar todas as atividades com as metas da organização.
Os indicadores são uma relação matemática que mensura atributos de um processo ou de seus
resultados, com o objetivo de comparar essa métrica advinda de eventos reais com metas-padrão
preestabelecidas.
Segundo Tachizawa e Andrade, 1999, o conjunto de indicadores a ser utilizado na instituição de
ensino pode levar em conta três níveis de abrangência:
Os indicadores de negócio que destinam-se a avaliarem as IES através da mensuração dos parâmetros
estratégicos, principalmente em seu processo de interação com o meio ambiente externo; os
indicadores de desempenho global que visam avaliar a IES como um todo, embora também possam
ser utilizados para avaliação de clientes institucionais e os indicadores de qualidade e de desempenho,
que se destina à avaliação da qualidade e de desempenho relativa a cada processo/tarefa conforme
figura 4.
9
Fonte: Tachizawa e Andrade, pg 121, 1999
Figura 4 – mensuração através de indicadores
É recomendado que os indicadores sejam estabelecidos através de:
− Identificação das saídas mais significativas do processo ou da tarefa;
− Identificação das dimensões críticas de desempenho para cada uma dessas saídas;
− Desenvolvimento de medidas para cada dimensão crítica e;
− Estabelecimento de objetivos para cada dimensão crítica.
Conforme Tachizawa e Andrade (1999), uma vez que cada instituição deve ter o seu próprio conjunto
de indicadores, podem ser considerados alguns fatores básicos, ou áreas de abrangências métricas:
− Na gestão global, podem ser aferidos indicadores voltados para a mensuração do grau: grau de
liderança da alta direção; valores da instituição de ensino tanto à qualidade; responsabilidade
comunitária; resultados econômicos.
− No que tange a satisfação do cliente, podem ser mensurados: determinação dos requisitos e das
expectativas do cliente; gestão do relacionamento com os clientes; compromisso com os clientes;
reclamações e resultados inerentes ao grau de satisfação dos clientes.
− Quanto a qualidade dos produtos, podem ser considerados: projeto e lançamento de
produtos/serviços no mercado; controle da qualidade no processo; qualidade dos fornecedores;
qualidade do processo do negócio e dos serviços de apoio; melhoria contínua.
− Na utilização de recursos humanos podem ser mensurados itens como: gestão dos recursos
humanos; envolvimento dos funcionários; educação e capacitação em qualidade; reconhecimento e
desempenho dos funcionários; e bem estar e motivação do pessoal da IES.
Os mesmos autores sugerem que cada indicador sejam preenchidos: uma meta (valor a ser atingido e
prazo para sua obtenção); uma visualização gráfica a partir de dados em uma série histórica; valor do
benchmark (referenciais para cotejo através de benchmarking), para fins de comparação com o
mercado.
Para fins do MEC, os indicadores relevantes são de natureza de desempenho global, que são os
processos que as IES necessitam manter sobre controle através dos indicadores de sua gestão, que são:
10
− Taxas de disponibilidade e de utilização de vagas para ingressos;
− Taxas de evasão e de produtividade;
− Tempo médio para conclusão dos cursos;
− Índices de qualificação do corpo docente;
− Relação média de alunos por docente;
− Tamanho médio das turmas.
Indicadores:
=
í
. º =
í
º
. º á =
í
º á
. º =
í
º
º . º =
º
º
º . º á =
º
º á
º . º çã
=
º
º . º
º
º
º ℎ − . º =
º ℎ −
º
º é . º =
º é
º
º ℎ − . º =
º ℎ −
º
º . º =
º
º
º . º =
º
º
. º =
11
. º =
º
. ( /
=
O sistema de avaliação das IES é o conjunto integrado de atividades, instrumentos e práticas de
mensuração e de interpretação dos impactos e dos resultados produzidos pela atuação e desempenho
da organização e de seus parceiros e público alvo.
Os resultados produzidos assim como condicionantes relevantes, são objeto de mensuração sistémica
por meio de pesquisas realizadas internamente, das mensurações resultará um painel de indicadores
representativos dos resultados pretendidos, cujas interpretações subsidiarão decisões e medidas de
gestão e controle no planejamento dos processos de caráter corretivo, preventivo e pró ativo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente para se adaptarem ao mercado extremamente competitivo, as empresas de serviço, estão,
cada vez mais utilizando os conceitos e técnicas de PCP, ou seja, adotam um sistema de gestão que
aperfeiçoe os seus recursos de produção promovendo fluidez à produção e assegurando a eficiência e
sistematização dos seus processos, possibilitando a organização produzir de forma otimizada os seus
serviços.
As ferramentas de indicadores não são únicas, muitas outras podem ser desenvolvidas para uma
análise mais profunda na tomada de decisão de acordo com as variáveis que devem ser abordadas em
cada dimensão produtiva, considerando que as estratégias produtivas funcionam como pilares para
atingir os objetivos estratégicos da organização.
No caso de as IES apresentarem um planejamento integrado de planejamento, orçamento e gestão de
projetos e atividades, isto é a base que subsidiará a construção e o acompanhamento eficiente das
ações que são determinadas pelas suas estratégias. Ações que derivam da sua missão de trabalho para
aumentar a sua competitividade no fomento de produto de qualidade para o mercado (profissionais
com conhecimento). São os indicadores que auxiliam na avaliação e desempenho da instituição como
fortes parâmetros de realimentação dos processos.
Observa-se que o sistema de gestão das operações em IES devem utilizar as técnicas do Planejamento
e Controle da Produção, conforme mostrado neste estudo de base literária, desenvolvendo as suas
atividades em conformidade com as mudanças que ocorrem em cada um dos cenários internos e
externos à instituição.
Com o planejamento, o gestor é capaz de observar adiante e realizar mudanças e inovações,
desenvolver novos processos e procedimentos, encontrar novas opções de escolha com a finalidade de
diminuir as incertezas em relação a tomada de decisão, desde que após o planejamento sejam
utilizadas as ferramentas eficientemente para minimizar o erro nas decisões, sem deixar de considerar,
que apesar de existirem uma enormidade de ferramentas de auxílio à decisão, não devemos descartar a
competência e experiência do decisor, ao utilizar-se da intuição na tomada de decisão.
12
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTHONY, R. N.; GOVINDARAJAN, V.. Sistemas de controle gerencial. Atlas, São Paulo, 2002.
CHASE, B. R.; JACOBS, F.R.; AQUILANO, J.N. Administração da Produção e Operações para Vantagem
Competitiva. 11ª ed. São Paulo, McGraw-Hill, 2006.
DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1998.
GUERREIRO, R. A meta da empresa. Atlas, São Paulo, 1996.
KRAJEWSKI, Lee; RITZMAN, Larry; MALHOTRA, Manoj. Administração de produção e operações, 8ª
ed. PEARSON Prendice Hall, São Paulo 2009.
SLACK, N. Vantagem Competitiva em Manufatura: atingindo competitividade nas operações industriais. São
Paulo: Atlas, 1993.
SLACK, N. et al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1996 / 1997.
STEVENSON, Willian J.. Administração das operações de produção. 6ª ed. LTC, Rio de Janeiro, 2001.
TACHIZAWA, T. e ANDRADE, R. O. T. B.Gestão de instituições de ensino. FGV, 1ª ed. 1999.
VILLAR, A. de Mello; SILVA, Liane M. F. e NOBREGA, Mariana M. Planejamento, programação e
controle da produção, ed. Universitária/UFPB - João Pessoa, 2008.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...
97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...
97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...Adilson Mereth
 
Modelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratório
Modelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratórioModelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratório
Modelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratórioNathalia Santos
 
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentosModelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentosHytalo Rafael
 
Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1
Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1
Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1Cristiano Ferreira Cesarino
 
Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...
Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...
Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...Rio Info
 
Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...
Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...
Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...inventionjournals
 
Cadernos de Excelência - Informação e Conhecimento
Cadernos de Excelência - Informação e ConhecimentoCadernos de Excelência - Informação e Conhecimento
Cadernos de Excelência - Informação e ConhecimentoAdeildo Caboclo
 
Gestão de Mudanças
Gestão de MudançasGestão de Mudanças
Gestão de MudançasCarla Viola
 
Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03
Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03
Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03Gerisval Pessoa
 
Lucas amaral apresentacao sustentar
Lucas amaral   apresentacao sustentarLucas amaral   apresentacao sustentar
Lucas amaral apresentacao sustentarforumsustentar
 
artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010
artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010
artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010Silas_Oliveira
 
Cadernos de Excelência - Sociedade
Cadernos de Excelência - SociedadeCadernos de Excelência - Sociedade
Cadernos de Excelência - SociedadeAdeildo Caboclo
 

Mais procurados (17)

0012
00120012
0012
 
97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...
97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...
97d0 a interatividade_do_sap_no_processo_tpm_nas_organizacoes_um_estudo_de_ca...
 
Modelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratório
Modelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratórioModelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratório
Modelos de Maturidade em Processos: um estudo exploratório
 
266-940-1-PB
266-940-1-PB266-940-1-PB
266-940-1-PB
 
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentosModelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos
 
Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1
Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1
Plano de ensino 2016 adm da produção e operações 1
 
Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...
Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...
Rio Info 2015 - Desenvolvimento Operações Impactos na criação e entrega de so...
 
Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...
Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...
Indicadores De Desempenho De Processos: Atividades De Valor Na Implantação Do...
 
Cadernos de Excelência - Informação e Conhecimento
Cadernos de Excelência - Informação e ConhecimentoCadernos de Excelência - Informação e Conhecimento
Cadernos de Excelência - Informação e Conhecimento
 
O modelo SCOR - PG Lean Mgt
O modelo SCOR - PG Lean Mgt O modelo SCOR - PG Lean Mgt
O modelo SCOR - PG Lean Mgt
 
Modelo SCOR
Modelo SCORModelo SCOR
Modelo SCOR
 
O Modelo de Referencia SCOR
O Modelo de Referencia SCORO Modelo de Referencia SCOR
O Modelo de Referencia SCOR
 
Gestão de Mudanças
Gestão de MudançasGestão de Mudanças
Gestão de Mudanças
 
Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03
Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03
Apresentação Gestão da Qualidade Mestrado PPGEA UFMA_Revisão 03
 
Lucas amaral apresentacao sustentar
Lucas amaral   apresentacao sustentarLucas amaral   apresentacao sustentar
Lucas amaral apresentacao sustentar
 
artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010
artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010
artigo Publicado na Revista Petro&Química - Agosto 2010
 
Cadernos de Excelência - Sociedade
Cadernos de Excelência - SociedadeCadernos de Excelência - Sociedade
Cadernos de Excelência - Sociedade
 

Semelhante a PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Comparação entre aplicações de lean office
Comparação entre aplicações de lean officeComparação entre aplicações de lean office
Comparação entre aplicações de lean officeClaiton Hildebrando
 
Guia de mapeamento de processos
Guia de mapeamento de processosGuia de mapeamento de processos
Guia de mapeamento de processosneliapires
 
Artigo tacnico _arena
Artigo tacnico _arenaArtigo tacnico _arena
Artigo tacnico _arenaAdenildo Elis
 
[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...
[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...
[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...EloGroup
 
AULA-20-Gestão-de-Processos.pdf
AULA-20-Gestão-de-Processos.pdfAULA-20-Gestão-de-Processos.pdf
AULA-20-Gestão-de-Processos.pdfFabio Campos
 
Curso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SAS
Curso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SASCurso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SAS
Curso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SASIvan Luizio Magalhães
 
PPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptx
PPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptxPPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptx
PPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptxssuser6f6a00
 
GESTÃO DE PROCESSOS.pptx
GESTÃO DE PROCESSOS.pptxGESTÃO DE PROCESSOS.pptx
GESTÃO DE PROCESSOS.pptxYuriCota2
 
Slides Processos Pdg Prefeitura
Slides Processos Pdg PrefeituraSlides Processos Pdg Prefeitura
Slides Processos Pdg PrefeituraInova Gestão
 
Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...
Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...
Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...Fafa Alheio
 
Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...
Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...
Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...inventionjournals
 
5c0fb45d42658444630ae031c0c49842
5c0fb45d42658444630ae031c0c498425c0fb45d42658444630ae031c0c49842
5c0fb45d42658444630ae031c0c49842Ana Beatriz Corrêa
 
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.docPLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.docGivaldoBatistaMoroBo
 
Auditoria sus contexto_sna
Auditoria sus contexto_snaAuditoria sus contexto_sna
Auditoria sus contexto_snaAlinne Barros
 
Lean office para administração publica
Lean office para administração publicaLean office para administração publica
Lean office para administração publicaJader L P Alves
 
Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.
Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.
Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.Neto Ortega
 

Semelhante a PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR (20)

Comparação entre aplicações de lean office
Comparação entre aplicações de lean officeComparação entre aplicações de lean office
Comparação entre aplicações de lean office
 
Guia de mapeamento de processos
Guia de mapeamento de processosGuia de mapeamento de processos
Guia de mapeamento de processos
 
Doc.Igor_2
Doc.Igor_2Doc.Igor_2
Doc.Igor_2
 
Artigo tacnico _arena
Artigo tacnico _arenaArtigo tacnico _arena
Artigo tacnico _arena
 
[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...
[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...
[BPM Global Trends 2014] Davison Ferreira (EBSERH) – O Papel de BPM na Constr...
 
AULA-20-Gestão-de-Processos.pdf
AULA-20-Gestão-de-Processos.pdfAULA-20-Gestão-de-Processos.pdf
AULA-20-Gestão-de-Processos.pdf
 
Curso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SAS
Curso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SASCurso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SAS
Curso sobre a Construção de Indicadores de Negócio por meio da SAS
 
PPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptx
PPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptxPPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptx
PPS-_Material-de-apoio-pdu-UACs.pptx
 
GESTÃO DE PROCESSOS.pptx
GESTÃO DE PROCESSOS.pptxGESTÃO DE PROCESSOS.pptx
GESTÃO DE PROCESSOS.pptx
 
Projetos
ProjetosProjetos
Projetos
 
Processos Organizacionais
Processos Organizacionais Processos Organizacionais
Processos Organizacionais
 
Slides Processos Pdg Prefeitura
Slides Processos Pdg PrefeituraSlides Processos Pdg Prefeitura
Slides Processos Pdg Prefeitura
 
Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...
Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...
Vitoreli 2011-anlisedaintegraodossistemasdehgestonormalizadosiso9001eohsas180...
 
Aula 06 recursos humano
Aula 06 recursos humanoAula 06 recursos humano
Aula 06 recursos humano
 
Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...
Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...
Aplicação do Mapeamento do Fluxo de Valor para otimizar a prestação de serviç...
 
5c0fb45d42658444630ae031c0c49842
5c0fb45d42658444630ae031c0c498425c0fb45d42658444630ae031c0c49842
5c0fb45d42658444630ae031c0c49842
 
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.docPLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
 
Auditoria sus contexto_sna
Auditoria sus contexto_snaAuditoria sus contexto_sna
Auditoria sus contexto_sna
 
Lean office para administração publica
Lean office para administração publicaLean office para administração publica
Lean office para administração publica
 
Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.
Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.
Implantação da Gestão por Processos em uma empresa incubada.
 

Mais de boinadalvi

Monografia Thomas Boina Dalvi
Monografia Thomas Boina DalviMonografia Thomas Boina Dalvi
Monografia Thomas Boina Dalviboinadalvi
 
É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...
É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...
É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...boinadalvi
 
Encerto de artigos na construção do saber.pdf
Encerto de artigos na construção do saber.pdfEncerto de artigos na construção do saber.pdf
Encerto de artigos na construção do saber.pdfboinadalvi
 
Material didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdf
Material didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdfMaterial didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdf
Material didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdfboinadalvi
 
A Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdf
A Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdfA Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdf
A Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdfboinadalvi
 
Redes sociais invólucro da insegurança
Redes sociais   invólucro da insegurançaRedes sociais   invólucro da insegurança
Redes sociais invólucro da insegurançaboinadalvi
 
Livro 02 - A Ordem do Silêncio
Livro 02 - A Ordem do SilêncioLivro 02 - A Ordem do Silêncio
Livro 02 - A Ordem do Silêncioboinadalvi
 
Livro 1 - Olhos nus, carmim
Livro 1 - Olhos nus, carmimLivro 1 - Olhos nus, carmim
Livro 1 - Olhos nus, carmimboinadalvi
 

Mais de boinadalvi (9)

Monografia Thomas Boina Dalvi
Monografia Thomas Boina DalviMonografia Thomas Boina Dalvi
Monografia Thomas Boina Dalvi
 
É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...
É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...
É necessária a volta dos formadores de opinião - Humanidade versus Máquinas I...
 
Encerto de artigos na construção do saber.pdf
Encerto de artigos na construção do saber.pdfEncerto de artigos na construção do saber.pdf
Encerto de artigos na construção do saber.pdf
 
Material didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdf
Material didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdfMaterial didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdf
Material didático de PO versão 2022 por Maria da Penha.pdf
 
A Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdf
A Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdfA Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdf
A Importância da Disciplina de Pesquisa Operacional .pdf
 
Redes sociais invólucro da insegurança
Redes sociais   invólucro da insegurançaRedes sociais   invólucro da insegurança
Redes sociais invólucro da insegurança
 
Livro 02 - A Ordem do Silêncio
Livro 02 - A Ordem do SilêncioLivro 02 - A Ordem do Silêncio
Livro 02 - A Ordem do Silêncio
 
Livro 1 - Olhos nus, carmim
Livro 1 - Olhos nus, carmimLivro 1 - Olhos nus, carmim
Livro 1 - Olhos nus, carmim
 
Dissertação
DissertaçãoDissertação
Dissertação
 

Último

apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 

Último (20)

apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

  • 1. 1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Maria da Penha Boina Dalvi Bacharel em Administração de Empresas Especialista em Estatística e Sistemas de Informação (FEUC) Mestre em Gestão da Informação nas Organização (FEUC) Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (UFSC) Conclusão da parte propedêutica (doutoramento) Ciência aplicada à Decisão (FEUC) Resumo Este estudo tem o objetivo de aplicar o planejamento e controle da produção em serviços com ênfase em instituição de ensino superior, buscando comparar as características do PCP (Planejamento e Controle da Produção) aplicado na manufatura e verificável nos serviços. Procura fazer uma analogia dessas estratégias ao descrever as semelhanças e diferenças da aplicação entre as duas áreas. Mostrar que é possível aplicar o PCP no setor de serviços como forma de planejar e controlar os procedimentos em instituições de ensino, apesar de ser considerado um serviço puro. Demonstrar alguns indicadores que podem contribuir na análise dos procedimentos à tomada de decisão. 1 INTRODUÇÃO Desenvolver um estudo do planejamento da produção em uma instituição de ensino não é tarefa fácil, pois, o planejamento e controle de produção é bastante explorado em empresas de manufatura e poucos estudos se concentram no setor de serviços educacionais. Frente a esse desafio, propus à realização deste estudo na área do planejamento da produção de serviços, mas sem esgotar o assunto, apenas com o intuito na construção de conhecimento em um setor de complicada análise. Sabe-se que o desenvolvimento de um país está diretamente relacionado com o grau de participação dos serviços no PIB (produto interno bruto), colocando os países intrustrializados como emergentes e não mais como desenvolvidos. Partindo do pressuposto da necessidade de desenvolvimento nos estudos com o foco no processo de planejamento e controle de produção nos setores de serviços serem necessários, devido a pouca bibliografia encontrada nesta área motivou o desenvolvimento deste estudo. Para analisar a atividade do planejamento da produção nos serviços caracterizando-o como uma atividade contínua e sistematizada, com o objetivo de manter a estratégia definida para a organização frente a dinâmica realidade da participação dos serviços para o desenvolvimento de uma nação. No âmbito dessa problematização os objetivos desse estudo em termos gerais são: − Buscar na bibliografia modelos advindos do setor industrial (manufatura) e aplicar no planejamento da produção de serviços para munir esse tipo de organização de informações capazes de reorganizar a estrutura funcional, com intuito de tornar as instituições de ensino mais competitivas e excelentes. A metodologia adotada ao estudo configura-se como descritiva e bibliográfica.
  • 2. 2 Com base nessa introdução, foi desenvolvido no tópico dois uma abordagem sobre o planejamento nos serviços, dando enfoque às estratégias e, dentro desse contexto foi feito um rebuscado refinamento para compreender o controle da produção na área específica de instituição de ensino superior, elucidando as semelhanças e diferenças dessa abordagem em relação a área da manufatura. Ainda, colocando no tópico três a aplicação do PCP, enquadrando no tópico quatro alguns indicadores relevantes que apoiam decisões das áreas funcionais da instituição e terminando com o tópico cinco discorrendo sobre as considerações finais à importância de desenvolvimento de novos processos e procedimentos dentro de IES, com a finalidade de diminuir os riscos e as incertezas em relação à tomada de decisão. 2 ESTRATÉGIA NOS SERVIÇOS Segundo Slack et al (1997), o papel da produção na empresa é apoiar sua estratégia. Isto é, deve desenvolver os seus recursos para que forneçam as condições necessárias para permitir que a organização atinja os seus objetivos estratégicos. A maioria das empresas possui algum tipo de estratégia, mas é a produção que coloca em prática. Slack et al (1997), define que a “estratégia” é o padrão global de decisões e ações que posicionam a organização em seu ambiente e tem o objetivo de fazê-la atingir seus objetivos em longo prazo. Mas, tudo depende da estrutura da organização. Numa organização a qual a estrutura é de gerentes tomadores de decisões em nível operacional ou de função, e que essas decisões têm efeito abrangente à organização, devem ser orientada a corporação, em que cada unidade de negócio precisará elaborar a sua própria estratégia de negócios, que estabelece a sua missão e objetivos individuais, que se alinhará e contribuirá para a macro estratégia organizacional. Logo, Slack et al (1997), a estratégia de operações é o padrão global de decisões e ações, que define o papel, os objetivos e as atividades da produção de forma que estes apoiem e contribuam para a estratégia de negócios da organização. Slack (1997), desenvolveu um modelo geral de administração da produção e que podemos perceber na área em destaque que cobre parte deste estudo, o planejamento e controle da produção, apresentado na figura 1. Figura 1- Modelo geral de administração da produção e estratégia de produção
  • 3. 3 Determinado o macro processo da organização este estudo tem como escopo o planejamento da produção aplicado a serviços, nomeadamente aos serviços de ensino superior. O planejamento e controle de produção está dividido no planejamento que envolve a elaboração dos planos e o controle de suas operações que inclui o monitoramento e acompanhamento do que foi planejado e executado visando realizar os devidos ajustes para o alcance dos objetivos almejados. O planejamento da produção é provavelmente menos compreendido de todos os aspectos do planejamento e controle da produção, contudo, são grandes as vantagens de um bem desenvolvido e executado no sistema de planejamento da produção. O plano de produção, que é o resultado dessa função faz a ligação entre os objetivos estratégicos da empresa e da produção, e também deve estar em coordenação com os objetivos dos resultados esperados consoante a disponibilidade de recursos e orçamento financeiro. 2.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. Se observarmos, as atividades exercidas numa instituição de ensino, esta possui um grau de similaridade com outros tipos de organização (manufatura), mas as atividades ligadas à produção / operações são mais específicas, variando bastante de organização para organização, principalmente, em comparado a análise de cadeia de suprimentos em faculdades, o que pode ser observado na figura 2. Figura 2 – Cadeia de suprimentos da IES – elaboração da autora O projeto da cadeia de serviços para um prestador de serviços é guiado pela necessidade de fornecer apoio aos elementos essenciais dos vários pacotes de serviço, como: instalações de apoio, bens facilitadores, serviços explícitos e serviços implícitos. (KRAJEWSKI, 2009) As instalações de apoio da instituição de ensino são as partes físicas, equipamentos e funcionários; os bens facilitadores são os laboratórios, bibliotecas e seu acervo, etc., serviços explícitos são a qualidade e capacidade do fornecedor (professor) transmitir o conhecimento através de uma boa assimilação pelo cliente (aluno) e os serviços implícitos são a localização da faculdade, cursos para atender a demanda local, gestão e parte administrativa com serviços de apoio para atender da melhor maneira o cliente (aluno) de forma a motivar para o curso e à pertença pela faculdade.
  • 4. 4 2.2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS Conforme Chase et al, (2006), o serviço é um processo intangível, é algo que “pode ser derrubado sobre seu pé sem feri-lo”. A localização da instalação dos serviços e o envolvimento direto do cliente para criar a saída e que são fatores frequentemente essenciais. Porém, os produtores de bens fornecem muitos serviços como parte dos seus produtos, e muitos serviços frequentemente geram produtos físicos que são entregues aos seus clientes, ou consomem produtos para serem criados. Exemplo disso é o MacDonald’s. Logo as empresas de serviços se assemelham as de manufatura em diversos aspectos. Tanto nas empresas de bens quando nas de serviço, os trade-offs são necessários para o desenvolvimento de um foco. Se desenharmos uma matriz de projeto serviço-sistema ela se parecerá muito com a matriz produto-processos, assim como os diagramas de fluxo de análise de capacidade também serão similares. Os serviços, porém, diferem bastante da manufatura, se considerarmos o alto grau de personalização muitas vezes exigido, a velocidade do atendimento do serviço solicitado, o contato direto com o cliente e a variabilidade inerente do encontro na prestação de serviços. Os mecanismos reguladores e de programação de que dispomos para controlar a demanda em uma operação de manufatura, geralmente não servem para uma operação de serviços. Em geral, os serviços exigem níveis muito mais altos de capacidade para a demanda. Além disso, eles impõem uma necessidade de flexibilidade maior por parte dos funcionários envolvidos na prestação de serviços. (CHASE, 2006). Em resumo os serviços possuem as seguintes características: − Produto: Intangível − Estoque: Impossível − Padronização (insumos): Impossível − Mão de obra: Grande − Padronização (produtos): Desejável Segundo Stevenson (2001), os serviços implicam uma atuação direta com o objeto para a execução de uma tarefa, envolvendo o contato com o cliente, a uniformidade de input, o conteúdo de trabalho de cada cargo, a uniformidade de output, a forma diferenciada de medir a produtividade e a qualidade. Pelos serviços possuirem um contado muito estreito com clientes, as operações são mais limitadas e os clientes são por vezes, parte integrante do sistema, portanto, um controle rígido torna-se impossível, além disso, as operações de serviços são muito mais sensíveis a variação na demanda, por ser impossível estocar unidades de tempo. Ainda, Stevenson (2001), devido ao fato dos serviços serem consumidos in loco, e com alto grau de variação dos inputs, demandam um conteúdo de trabalho maior, pelo fato da sua alta variabilidade tanto dos inputs e consequentemente nos outputs. A medição da produtividade dos serviços é considerada de difícil comparação, devido as variações no nível de demanda e nos requisitos de cada cargo; quanto a qualidade nos serviços, esta deve ser percebida na origem, onde os erros podem ser corrigidos antes que o cliente perceba o output. No caso de escolas, os projetos de serviços são bastantes peculiares em relação a outros serviços que apresentam uma combinação de produtos e serviços. A instituição de ensino é um tipo de serviço,
  • 5. 5 como chamou Stevenson, “serviço puro”, concentrando-se fortemente nos fatores intangíveis, onde o tipo de serviço é simultaneamente criado e consumido, criando assim, restrições de flexibilidade por não poder ser estocado, tornando o projeto da capacidade particularmente importante. Outro fator importante no planejamento do projeto de serviço está ligado a localização, sendo a conveniência para o cliente um fator primordial, desse modo, o planejamento do projeto do serviço e a escolha do local onde este será prestado estão, com frequência, estreitamente vinculados. O fator contato com o cliente significa que o projeto do serviço necessita abranger o projeto do processo. Em uma instituição de ensino, onde o contato entre o fornecedor e o cliente é direto, o processo é, de fato, o serviço, tornando assim, o projeto de processo de serviço bastante complexo. Numa instituição de ensino, segundo Krajewski et al (2009), o contato com o cliente está na dimensão em que o cliente está fisicamente presente no processo, podendo ser definida como a porcentagem de tempo total em que o cliente está no processo em relação ao tempo total para concluir o serviço. Quanto maior a porcentagem do tempo em que o cliente está presente, maior o contato com o cliente. A interação cara a cara, às vezes chamada de momento da verdade ou encontro de serviço, reúne o cliente com o provedor do serviço. Nessa ocasião são formadas as atitudes do cliente a respeito da qualidade do serviço prestado. Ainda, segundo os mesmos autores, os serviços de processamento de pessoas, o que abarca as instituições de ensino, envolvem serviços prestados a pessoa, em vez de para a pessoa, o que exige a presença física. Os clientes (alunos) tornam-se parte do processo, fazendo com que a produção do serviço seja simultânea com o seu consumo. Neste tipo de processo, o contado com o cliente é ativo, significando que o cliente é uma grande parte da criação do serviço e afeta o próprio processo do serviço. O contato ativo geralmente significa que o processo é visível para o cliente. A matriz de processo de serviços de contato com cliente mostra, figura 3, diversas posições desejáveis que efetivamente conectam o produto do serviço com o processo. Fonte: Adaptado de Krajewski et al, (2009, pg 104) Figura 3 – Matriz de contato com o cliente para processos de serviços
  • 6. 6 Um processo front office tem muito contato com o cliente quando o provedor de serviços interage diretamente com o cliente. Em virtude da personalização do serviço e da variedade de opções, o processo é mais complexo e muitas de suas etapas variam consideravelmente. Os fluxos de trabalho são flexíveis e variam de um cliente para o outro. Mais liberdade é permitida ou inerente aos passos e sequências do processo. A tarefa envolve muitas exceções do padrão usual de trabalho. (KRAJEWSKI et al, 2009) Segundo Krajewski et al (2009), a automação também pode ser usada como dispositivo de economia de mão de obra nos processos de serviços. Nos serviços de educação, a tecnologia de aprendizado a distância pode, atualmente, suplantar ou até substituir a sala de aula tradicional com a utilização de livros, computadores, sites e vídeos como bens facilitadores que complementam o serviço. A demanda dependente por serviço na instituição de ensino pode ser criada através de uma programação principal, que pode ser explodida para determinar os recursos de que a faculdade precisará durante certo período. Quando se constrói uma programação principal, a instituição de ensino deve assegurar-se de que certos equipamentos e pessoas não estão sobrecarregados – em outras palavras, que a capacidade seja mantida, por exemplo, que o número de horas dos fornecedores (professores) atenda aos vários cursos com horas de planejamento, que os laboratórios sejam distribuídos para que atenda as necessidades dos cursos oferecidos, a capacidade física à abertura de novos cursos, os custos de capitais necessários para nova demanda, ou abdicar de cursos não demandados e elevar a demanda dependente por recursos específicos, etc.. 2.2.1 PRÉ REQUISITOS DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO De acordo com Villar et al (2008), os pré-requisitos do planejamento e controle da produção são: Roteiro da Produção e Planejamento da Capacidade. O Roteiro da Produção é tarefa do departamento de engenharia onde o trabalho da engenharia industrial é apresentado através dos fluxogramas do produto acabado; relação geral de peças; sequências de operações; folhas de matérias primas e folhas de máquinas. O Planejamento da Capacidade consiste basicamente no acervo do programa de produção para um determinado período, a partir das perspectivas de vendas, capacidade de produção, recursos financeiros disponíveis e da decisão do comitê executivo composto pelos gerentes de marketing, industrial, financeiro e geral da empresa. 3. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DOS SERVIÇOS EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Segundo Anthony e Govindarajan (2002), planejamento operacional é o uso de um orçamento amparado em quatro finalidades principais: (1) dar forma pormenorizada ao plano estratégico; (2) auxiliar a coordenação das várias atividades da organização; (3) definir as responsabilidades dos executivos, autorizar os limites de gastos que eles podem fazer e informá-los do desempenho que deles se espera; (4) obter o reconhecimento de que o orçamento é o instrumento de avaliação do real desempenho dos gestores.
  • 7. 7 O controle visa manter, tanto quanto possível, as atividades da organização, de forma a produzir os resultados planejados. No entender de Drucker (1998), “o controle é normativo e diz respeito àquilo que deve ser”. Esse caráter normativo também é defendido por Anthony e Govindarajan (2002). Para eles, o controle gerencial é um processo que influencia os gestores para que sigam as estratégias. Guerreiro (1996) esclarece que o controle não termina quando relatórios comparativos entre dados orçados e reais são enviados às áreas. Ao contrário, esse é o ponto em que o controle tem início. O término ocorre quando ações gerenciais são tomadas para a correção dos desvios. De forma mais analítica, Guerreiro (1996) analisa quatro características da fase de controle do processo: (1) papel: assegurar que os resultados planejados sejam efetivamente realizados; (2) produto: ações corretivas; (3) processo: identificação das transações efetuadas, comparação dos resultados realizados com os planejados, identificação das causas dos desvios e decisão quanto às ações a serem implementadas; (4) pré-requisito: sistema de apuração de resultados realizados, envolvimento e participação dos gestores. O processo em uma istituição de ensino superior (IES) segue os padrões determinados pela legislação, com abordagem sobre as dimensões propostas pelo Ministério da Educação, objetivando a melhoria dos serviços prestados pela IES. Isto se alcança através do planejamento de ações a partir dos ditames do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI e da inserção da Comissão Própria de Avaliação - CPA, composta por membros da comunidade acadêmica e da sociedade civil organizada, no bojo das respectivas atividades. Nesta sorte, a CPA funciona com ciclos avaliativos em decorrência de estar adequadamente implantada, através da participação de alunos, professores, estudantes e funcionários técnico- administrativo, principalmente por intermédio de pesquisas de opinião e sugestões espontâneas. Trabalha, ainda, com o respaldo da mantenedora em firmar operações de ajustes de condutas no sentido de implementar ações baseadas nos resultados das avaliações internas e externas. Nessa atividade os processos são constantemente aperfeiçoados com o objetivo de melhorar a eficiência da Instituição. O desafio, portanto, é continuar a sedimentar um processo interno sistemático de avaliação para todas as atividades da Instituição, a fim de garantir um aumento na qualidade dos processos que envolvem todos os níveis de Ensino. Tem-se como significativo o planejamento e controle de processos das instituições de ensino implantada no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, assim como todos os processos externos de avaliação que as IES devem realizar. O Projeto de Avaliação Interna proposto pelas CPA’s deve contemplar as especificidades institucionais desde as etapas de coleta e sistematização de informações até as de análises e propostas de políticas para suprir os pontos fracos que sejam identificados, considerando que, enquanto instituição educacional, devem buscar extensão, além da gestão dos recursos investidos. Considerando os pressupostos que embasam as IES, as CPA’s devem propor instrumentos, submetidos à análise da comunidade acadêmica, dentre os quais questionários, entrevistas, pesquisa de opinião, previamente testados, que serão aplicados aos alunos, professores, coordenadores de curso e
  • 8. 8 funcionários da instituição e, ainda, aos representantes das comunidades envolvidas. Os dados devem ser trabalhados a fim de revelarem informações no auxílio para emissão de relatórios, com a finalidade de prover sistematicamente análise no processo produtivo das IES seguindo as orientações da CONAES, nos parâmetros que direcionarão os seguintes processos: − A missão e o plano de desenvolvimento institucional; − A política de ensino, a pesquisa, extensão e a pós-graduação; − A responsabilidade social da Instituição; − Comunicação com a sociedade; − Políticas de pessoal e de carreira dos servidores; − Organização e gestão da Instituição; − Infraestrutura física; − Planejamento e avaliação, especialmente em relação ao processo, resultado e eficácia de autoavaliação institucional; − Políticas de atendimentos a estudantes e egressos; − Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social de continuidade dos compromissos na oferta da educação superior. 4 INDICADORES DE CONTROLE DE PROCESSOS NAS IES Um sistema de indicadores vinculados aos requisitos dos clientes ou de desempenho da organização representa uma base clara e objetiva para alinhar todas as atividades com as metas da organização. Os indicadores são uma relação matemática que mensura atributos de um processo ou de seus resultados, com o objetivo de comparar essa métrica advinda de eventos reais com metas-padrão preestabelecidas. Segundo Tachizawa e Andrade, 1999, o conjunto de indicadores a ser utilizado na instituição de ensino pode levar em conta três níveis de abrangência: Os indicadores de negócio que destinam-se a avaliarem as IES através da mensuração dos parâmetros estratégicos, principalmente em seu processo de interação com o meio ambiente externo; os indicadores de desempenho global que visam avaliar a IES como um todo, embora também possam ser utilizados para avaliação de clientes institucionais e os indicadores de qualidade e de desempenho, que se destina à avaliação da qualidade e de desempenho relativa a cada processo/tarefa conforme figura 4.
  • 9. 9 Fonte: Tachizawa e Andrade, pg 121, 1999 Figura 4 – mensuração através de indicadores É recomendado que os indicadores sejam estabelecidos através de: − Identificação das saídas mais significativas do processo ou da tarefa; − Identificação das dimensões críticas de desempenho para cada uma dessas saídas; − Desenvolvimento de medidas para cada dimensão crítica e; − Estabelecimento de objetivos para cada dimensão crítica. Conforme Tachizawa e Andrade (1999), uma vez que cada instituição deve ter o seu próprio conjunto de indicadores, podem ser considerados alguns fatores básicos, ou áreas de abrangências métricas: − Na gestão global, podem ser aferidos indicadores voltados para a mensuração do grau: grau de liderança da alta direção; valores da instituição de ensino tanto à qualidade; responsabilidade comunitária; resultados econômicos. − No que tange a satisfação do cliente, podem ser mensurados: determinação dos requisitos e das expectativas do cliente; gestão do relacionamento com os clientes; compromisso com os clientes; reclamações e resultados inerentes ao grau de satisfação dos clientes. − Quanto a qualidade dos produtos, podem ser considerados: projeto e lançamento de produtos/serviços no mercado; controle da qualidade no processo; qualidade dos fornecedores; qualidade do processo do negócio e dos serviços de apoio; melhoria contínua. − Na utilização de recursos humanos podem ser mensurados itens como: gestão dos recursos humanos; envolvimento dos funcionários; educação e capacitação em qualidade; reconhecimento e desempenho dos funcionários; e bem estar e motivação do pessoal da IES. Os mesmos autores sugerem que cada indicador sejam preenchidos: uma meta (valor a ser atingido e prazo para sua obtenção); uma visualização gráfica a partir de dados em uma série histórica; valor do benchmark (referenciais para cotejo através de benchmarking), para fins de comparação com o mercado. Para fins do MEC, os indicadores relevantes são de natureza de desempenho global, que são os processos que as IES necessitam manter sobre controle através dos indicadores de sua gestão, que são:
  • 10. 10 − Taxas de disponibilidade e de utilização de vagas para ingressos; − Taxas de evasão e de produtividade; − Tempo médio para conclusão dos cursos; − Índices de qualificação do corpo docente; − Relação média de alunos por docente; − Tamanho médio das turmas. Indicadores: = í . º = í º . º á = í º á . º = í º º . º = º º º . º á = º º á º . º çã = º º . º º º º ℎ − . º = º ℎ − º º é . º = º é º º ℎ − . º = º ℎ − º º . º = º º º . º = º º . º =
  • 11. 11 . º = º . ( / = O sistema de avaliação das IES é o conjunto integrado de atividades, instrumentos e práticas de mensuração e de interpretação dos impactos e dos resultados produzidos pela atuação e desempenho da organização e de seus parceiros e público alvo. Os resultados produzidos assim como condicionantes relevantes, são objeto de mensuração sistémica por meio de pesquisas realizadas internamente, das mensurações resultará um painel de indicadores representativos dos resultados pretendidos, cujas interpretações subsidiarão decisões e medidas de gestão e controle no planejamento dos processos de caráter corretivo, preventivo e pró ativo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente para se adaptarem ao mercado extremamente competitivo, as empresas de serviço, estão, cada vez mais utilizando os conceitos e técnicas de PCP, ou seja, adotam um sistema de gestão que aperfeiçoe os seus recursos de produção promovendo fluidez à produção e assegurando a eficiência e sistematização dos seus processos, possibilitando a organização produzir de forma otimizada os seus serviços. As ferramentas de indicadores não são únicas, muitas outras podem ser desenvolvidas para uma análise mais profunda na tomada de decisão de acordo com as variáveis que devem ser abordadas em cada dimensão produtiva, considerando que as estratégias produtivas funcionam como pilares para atingir os objetivos estratégicos da organização. No caso de as IES apresentarem um planejamento integrado de planejamento, orçamento e gestão de projetos e atividades, isto é a base que subsidiará a construção e o acompanhamento eficiente das ações que são determinadas pelas suas estratégias. Ações que derivam da sua missão de trabalho para aumentar a sua competitividade no fomento de produto de qualidade para o mercado (profissionais com conhecimento). São os indicadores que auxiliam na avaliação e desempenho da instituição como fortes parâmetros de realimentação dos processos. Observa-se que o sistema de gestão das operações em IES devem utilizar as técnicas do Planejamento e Controle da Produção, conforme mostrado neste estudo de base literária, desenvolvendo as suas atividades em conformidade com as mudanças que ocorrem em cada um dos cenários internos e externos à instituição. Com o planejamento, o gestor é capaz de observar adiante e realizar mudanças e inovações, desenvolver novos processos e procedimentos, encontrar novas opções de escolha com a finalidade de diminuir as incertezas em relação a tomada de decisão, desde que após o planejamento sejam utilizadas as ferramentas eficientemente para minimizar o erro nas decisões, sem deixar de considerar, que apesar de existirem uma enormidade de ferramentas de auxílio à decisão, não devemos descartar a competência e experiência do decisor, ao utilizar-se da intuição na tomada de decisão.
  • 12. 12 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTHONY, R. N.; GOVINDARAJAN, V.. Sistemas de controle gerencial. Atlas, São Paulo, 2002. CHASE, B. R.; JACOBS, F.R.; AQUILANO, J.N. Administração da Produção e Operações para Vantagem Competitiva. 11ª ed. São Paulo, McGraw-Hill, 2006. DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1998. GUERREIRO, R. A meta da empresa. Atlas, São Paulo, 1996. KRAJEWSKI, Lee; RITZMAN, Larry; MALHOTRA, Manoj. Administração de produção e operações, 8ª ed. PEARSON Prendice Hall, São Paulo 2009. SLACK, N. Vantagem Competitiva em Manufatura: atingindo competitividade nas operações industriais. São Paulo: Atlas, 1993. SLACK, N. et al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1996 / 1997. STEVENSON, Willian J.. Administração das operações de produção. 6ª ed. LTC, Rio de Janeiro, 2001. TACHIZAWA, T. e ANDRADE, R. O. T. B.Gestão de instituições de ensino. FGV, 1ª ed. 1999. VILLAR, A. de Mello; SILVA, Liane M. F. e NOBREGA, Mariana M. Planejamento, programação e controle da produção, ed. Universitária/UFPB - João Pessoa, 2008.