SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
A INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIOS NA LOGÍSTICA DE
   TRANSPORTES: O CASO DA CESARI EMPRESA MULTIMODAL DE
            MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS LTDA


Getulio K. Akabane                          Luiz Carlos Nunes
Pós Doutorado                               Mestrado
Univ. Católica de Santos - UNISANTOS        Univ. Metropolitana de Santos – (Brasil) -UNIMES
                                            (Brasil)


RESUMO

A gestão integrada dos processos dos negócios visando o desempenho total do sistema à visão
tradicional em focar o desempenho individual, proporciona resultados significativos para as empresas.
Este estudo trata do caso de uma empresa média e a metodologia utilizada foi a de pesquisa
exploratória e apoiada no modelo da cadeia de valor de Porter mediante identificação das atividades
primárias (logística de suprimento, operações, logística de distribuição, marketing e vendas e
serviços). Objetivou-se analisar os resultados da integração dos processos sob o ponto de vista de suas
estruturas, atividades e experiências procurando maximizar sua posição competitiva e sua eficiência
interna.

Palavras-chave: gestão integrada, integração dos processos, logística, cadeia de valor, atividades
primárias.

INTRODUÇÃO

A expansão da competição global proporciona a oportunidade de disponibilizar uma variedade sem
precedentes de produtos para satisfazer os desejos do consumidor. A dinâmica do ambiente de
desenvolvimento do produto com ciclos menores beneficiou o consumidor que se ajustou a novos
padrões de expectativas e em desafios adicionais para as empresas a se ajustarem às novas exigências
do mercado. No sentido de atender aos desejos do cliente com elevada qualidade e agilidade
adicionaram às empresas, pressões historicamente sem precedentes. Por outro lado, as avançadas
ferramentas da tecnologia do software aumentaram a flexibilidade na produção, na velocidade do
transporte e na disponibilidade de informações com o conseqüente aumento da complexidade no
processo de gestão das empresas.
Em reconhecimento a este quadro, os gestores de negócios e os pesquisadores acadêmicos sugerem a
necessidade de uma forma integrada na condução dos negócios para evitar a visão tradicional em focar
o desempenho individual das atividades em detrimento ao desempenho total do sistema. A entrega dos
bens ou de serviços para o mercado mediante o conceito da cadeia de suprimentos tem sido um
conceito que proporciona uma visão e a gestão de forma coordenada de todo o conjunto das atividades
envolvidas.

REFERENCIAL TEÓRICO

O emprego do termo cadeia de suprimentos tem sido aperfeiçoado ao longo do tempo. Cavinato
(1992) e Ellram (1991) limitaram a visão apenas às atividades "relacionais" entre o comprador e o
vendedor. Esta forma focaliza as operações básicas de compras e os relacionamentos com os
fornecedores por meio de alianças ou parcerias entre comprador e o vendedor (Blocher, Lackey e
Mabert, 1993). A segunda forma de conceituar operacionalização da cadeia de suprimentos visa
incluir todos os fornecedores correspondentes aos elos superiores da cadeia de suprimentos (Dobler e
Burt, 1996). A visão da "cadeia de valor" em que todas as atividades necessárias para disponibilizar o
produto ao mercado são consideradas como parte da cadeia de suprimentos por Porter (1985), Davis
(1993) e Lee e Billington (1995).
Portanto, considera-se a cadeia de suprimentos como uma rede de facilidades e de atividades que
envolvem desde as funções de desenvolvimento do produto, de obtenção dos materiais, de sua
movimentação entre as diversas facilidades, de manufatura dos produtos, da distribuição dos bens
acabados aos clientes e a assistência para manter o relacionamento pós-venda.
A integração dos processos permite melhor visibilidade das atividades da operação que pode reduzir o
grau de incerteza, pois os elementos de gestão dos processos são comuns possibilitando assim o ajuste
dentro de cada elo da cadeia.

GESTÃO POR PROCESSOS (BPM)

O conceito da formação de parcerias na cadeia de suprimentos surgiu na década de 1990 por meio da
estratégia do foco no cliente, as parcerias com o fornecedor, pela cooperação e o compartilhamento da
informação e a gestão dos processos do negócio (Hamel e Prahalad, 1989; Christopher, 1992, 1999;
Lee e Dale, 1998). Entretanto, a integração da pesquisa e a prática entre a cadeia de suprimentos do
cliente e a gestão do processo do negócio não eram tão evidentes. A gestão do processo teve o seu
foco em melhorar os enlaces entre processos internos, ao passo que a gestão da cadeia de suprimentos
tem priorizado a melhoria dos enlaces entre as firmas. Para uma melhor compreensão do
relacionamento subjacente entre a cadeia de suprimentos com o controle dos processos do negócio,
Zairi (1997) considera o BPM como uma aproximação mais genérica para a melhoria do desempenho
organizacional. Define como uma metodologia estruturada para analisar e melhorar continuamente as
atividades fundamentais da organização tais como a manufatura, o marketing, o sistema de
comunicações e de informações e outros elementos essenciais da operação de uma companhia. Esta é
uma visão internalizada e expressa a visão da melhoria contínua dos processos da organização.
Elzinga et o al. (1995) sugerem uma aproximação processual do BPM e uma aproximação sistemática
e estruturada para analisar e controlar os processos com a finalidade de melhorar a qualidade dos
produtos e dos serviços. Toro e McCabe (1997) lembram o modelo de organização matricial da gestão
por processos e destacam a necessidade da delegação de poder para os funcionários e uma autoridade
para examinar os processos e o desafio para mudar os métodos do trabalho.
O BPM integra o uso de ferramentas de melhoria dos processos como a reengenharia, a melhoria
contínua (kaizen) e o benchmarking. McKay e Radnor (1998) lembram que muitas organizações
desenvolvem a própria metodologia na gestão dos processos do negócio. A propositura comum a
todas as metodologias é que os processos estão escolhidos, o mapa dos processos são criados, o
problema ou as áreas que não agregam valores são identificadas, as soluções são criadas, os processos
são redesenhados e em seguida, implementada e executada. A gestão dos processos do negócio não
sugere uma melhoria em curto prazo, e não deve ser sobre a ótica de melhoria gradual. (Para manter a
liderança em um mundo de rápidas mudanças, uma organização da classe mundial deve
continuamente ser reinventada (Sethi e King, 1998)). O sucesso da BPM depende da força dos
condutores organizacionais chaves que criam o ímpeto para a mudança (Peppard e Rowland, 1995).
Armistead et o al. (1997) identificam cinco fatores como os principais condutores da mudança do
processo: (1) globalização; (2) mudanças da tecnologia; (3) regulamentação; (4) a ação das partes
interessadas; e (5) a erosão dos limites do negócio.
OS MODELOS DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E DE SERVIÇOS

O conceito de serviços refere-se a uma ampla variedade de processos de trocas. Em contraste com a
forma tangível dos produtos, um serviço não possui saídas distintas como uma produção, distribuição
ou em um processo específico de consumo.
A informação tem um papel proeminente na garantia da entrega, na coordenação e sincronização do
fluxo do material e na qualidade dos serviços. Os atributos geralmente utilizados para se caracterizar
os serviços, como de valor intangível, de natureza não acumulável, específica por cliente, sobreposto à
produção e ao consumo, e altamente sensível ao relacionamento e à reputação reflete como uma
atividade de natureza integrada (Sasser et al., 1983; Voss et al., 1985). Para assegurar-se destes
atributos procura-se distinguir os processos de serviços com os da produção. No entanto, para a
comparação dos diferentes serviços, ou para determinar o canal mais eficiente da entrega torna-se
necessário um modelo mais detalhado de serviços juntamente com o canal de serviço. Pode-se
considerar um serviço genuíno, um processo multilateral e aberto, exatamente oposto à produção que
é um processo fechado com controle unilateral com possibilidade de armazenamento das informações
e de materiais de entradas e saídas do processo (Hayes-1979 e Wheelwright-1984).
A consistência entre o conceito de serviços e o sistema de entrega dos serviços é considerada na
matriz do processo de serviços por Schmenner (1986, 1993). Este modelo é derivado da matriz do
produto-processo de (Hayes e Wheelwright, 1984) substituindo o grau de interação e de customização
para o mix do produto e a intensidade do trabalho de um processo padrão. O resultado é uma matriz de
duas dimensões e quatro categorias que são: prestação de serviços de manutenção à fábrica, loja de
prestação de serviços, serviços intensivos e serviços especializados que implicam em posições e
mudanças estratégicas nas operações de serviços. Estas classificações são adotadas também por
Maister e Lovelock (1982) bem como outras classificações similares podem ser encontradas na
literatura.

TIPOS DE SERVIÇOS

Os serviços tem sido definidos na maioria de estudos em termos da freqüência e no horizonte de
tempo das transações, da incerteza, do grau de customização, da complexidade da informação e dos
tipos de recursos usados (Silvestro et o al., 1992). Estas formas de medidas caracterizam os contratos
de serviços também na economia baseada no custo da transação (Williamson, 1985). Na base da
complexidade e das contingências envolvidas, Markku e Vepsalainen (1995) sugerem a seguinte
categorização do mix de serviços, do mais simples ao mais complexo: 1-Transações em massa, 2-
Contratos padrões, 3-Entrega customizada, e 4-Relacionamento contingencial.
As transações em massa são constituídas de serviços simples com poucas opções e pouca
customização dos processos de entrega. São tarefas rotineiras realizadas de acordo com regras do
mercado e no preço de mercado. Para as entregas customizadas, os serviços são personalizados
conforme as necessidades de cada cliente e envolvem um certo grau de incerteza e contingências.
Além de ser mais flexível em relação aos contratos padrão, o processo de entrega customizada requer
uma gestão mais confidencial dos relacionamentos seja como o fornecedor ou como cliente que
podem considerar como opções, além das cláusulas especificadas no contrato de serviço.
Os relacionamentos contingenciais envolvem problemas complexos, incluindo as diversas atividades
relacionadas e uma comunicação intensiva. Este tipo de serviço é caracterizado pelo
compartilhamento dos riscos e requerendo relacionamentos muito próximos entre os parceiros.
Williamson (1985) classificou o canal em termos de estrutura de governança que, em termos gerais
varia do mercado "spot" até uma hierarquia interna. Portanto pode-se definir a estrutura do canal
conforme a sua extensão, pois, em função do seu alcance pode-se determinar a relação entre as várias
entidades na sua formação. Podemos assim definir os tipos de canal das organizações: (1) Redes
integradas. (2) Serviços personalizados. (3) Agentes / alianças. (4) hierarquia interna. As redes
integradas fornecem o acesso direto dos clientes aos recursos do mercado com a mínima
intermediação reduzindo a extensão do canal. As redes integradas são baseadas no sistema "self-
service" agilizando as operações para atender as necessidades dos usuários Este é um canal curto
baseado na interação pessoal fornecida por uma organização através do seu corpo funcional. O canal
pode ser mais longo se houver gestores ou membros da equipe de funcionários de retaguarda
envolvidos no processo do serviço. O canal do agente/aliança inclui a especialização, os
representantes terceirizados e os agentes independentes que estão relativamente próximos ao cliente
que age enquanto intermediários ou mediadores no canal do serviço. Muitas vezes os próprios
especialistas da própria organização podem exercer este papel. Neste tipo de canal o relacionamento
entre os membros do canal é baseado na confiança e nos contratos formais.
Na hierarquia interna, o serviço é disponível dentro da organização. A hierarquia interna é considerada
um canal de longa extensão do ponto da vista dos fornecedores de serviço onde existe uma relação
formal entre os colaboradores. O canal é intracompanhia, o relacionamento entre os membros do canal
é muito próximo e o processo é exclusivo da organização. Estes quatro tipos de canais além de
representarem a extensão, determinam também o nível de custos por transação do serviço.

OS PROCESSOS DE SERVIÇOS EFICIENTES OU GENÉRICOS

Hayes e Wheelwright (1984) procuraram combinar os serviços e o canal por meio de uma matriz
semelhante ao do produto-processo. Os eixos horizontal e vertical indicam respectivamente a
variedade ou a escala de ofertas e o canal utilizado no processo de um determinado serviço. Os
processos eficientes da matriz estão situados ao longo da diagonal. As posições diagonais levam em
consideração da eficiência econômica ao longo dos argumentos da economia do custo por transação
(Williamson, 1985). De acordo com esta visão, as transações econômicas devem ser arranjadas para
minimizar a soma dos gastos de fabricação e de custos da transação. Os custos de fabricação
focalizam as operações internas e seus custos associados. Estes incluem custos de fabricação e os
investimentos relacionados com a tecnologia e também os custos da coordenação dentro da empresa
que dependem da estrutura organizacional. Os custos da transação decorrem do estabelecimento e pela
manutenção de relacionamentos do cliente externo e das atividades relacionadas da coordenação.
Nelas incluem custos de negociação, custos da obtenção e custos dos contratos e os riscos envolvidos.
Estes custos dependem predominantemente das incertezas e das questões de monitoramento das
variáveis do mercado. As companhias localizadas na região da diagonal fornecem um serviço mais
eficiente àquelas mais distantes. A diagonal indica os melhores processos do serviço combinando o
serviço com o tipo de canal que melhor atenda as necessidades dos clientes.
As áreas não diagonais da matriz correspondem às partes ineficientes e vazias dos serviços. Por
exemplo, uma rede para fornecer serviços customizados possui problemas de custos elevados de
transação e problemas em compartilhar as responsabilidades devido à incerteza e riscos em assumir os
erros na operação. Torna-se um grande desafio em controlar a qualidade dos serviços ofertados por
uma rede externar sem a transparência das informações e o know-how vital ao processo. Também os
investimentos em sistemas customizados do canal são adicionados aos riscos. Por outro lado, a
organização interna incorre em processos e rotinas burocráticos significando custos excessivos na
oferta de serviços. A matriz apresenta quatro processos de serviços eficientes ou genéricos: 1)
processos rotineiros rápidos. (2) processos integrados flexíveis. (3) processos focalizados. (4)
processos adaptáveis.
Os processos rotineiros rápidos são formados pela combinação do serviço da transação em massa e o
canal da rede integrada do mercado. São formados pelo sistema self-service estruturados, conexões
por terminais ou computadores ou call centers via chamadas telefônicas. As vantagens principais são
os custos baixos e a alta disponibilidade. São serviços geralmente simples que requerem uma infra-
estrutura de difusão no mercado. Como exemplo de processos rotineiros rápidos incluem-se as
compras por catálogo de commodities ou a contratação de um serviço de transporte por meio
eletrônico. Os processos integrados flexíveis representam os contratos de serviço padrão fornecido
pelo serviço personalizado. O serviço é padronizado e constituído por diversas opções a critério do
cliente. As opções dos serviços ou os módulos do processo são pré-determinados na definição da
natureza do serviço, como nas condições de empréstimo bancário ou os termos de contratação de um
uma apólice de seguro.
 Os processos focalizados combinam a entrega customizada com o agente ou o canal de alianças.
Existe uma dosagem do grau de especialização com a customização de acordo com as necessidades
individuais de cada cliente. Os processos adaptáveis requerem uma comunicação confidencial e o
acesso flexível à base de recursos do cliente. Os relacionamentos contingenciais tratam dos problemas
complexos com a necessidade de adaptar-se às mudanças das exigências do cliente e atender aos
chamados para a modificação dos outros processos do serviço.
Os processos genéricos são os mais comuns nas indústrias. Porém existe também a combinação de
serviços genéricos e os intermediários de forma eficiente conforme os seguintes exemplos: Algumas
companhias permaneceram afastadas da diagonal da matriz devido à legislação ou do monopólio. Em
situações normais de competição, entretanto, as companhias fora da diagonal da matriz são
compelidas a mudar suas estratégias.

INTEGRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

De forma tradicional, a gestão integrada da logística procura interligar todas as atividades da logística
dentro de um sistema que opera simultaneamente para minimizar os custos totais de distribuição e
manter o nível de serviço desejado pelo cliente. Hoje o conceito da logística integrada envolve o
planejamento, a alocação e o controle dos recursos financeiros e humanos para a produção e as
operações de aquisição e de distribuição física das matérias primas e dos produtos acabados.
Esta perspectiva requer uma integração funcional tanto interna como externa para uma boa gestão
empresarial. Internamente, o desafio da gestão da cadeia de suprimentos envolve a integração
harmoniosa da logística com outras áreas funcionais. A filosofia do negócio requer o envolvimento de
todos os parceiros do negócio nos processos de planejamento, execução e coordenação no sentido de
atingir um desempenho superior de toda a cadeia logística.
Staude (1987) apontou duas formas de integração organizacional – o interdepartamental e o
intradepartamental. Nestes casos, os objetivos da empresa devem ser considerados como os fatores
mais importantes sobrepondo aos objetivos individuais de cada departamento. Kenderdine e Larson
(1988) notaram que o ambiente atual de competição requer a gestão integrada da logística ao longo de
todo o sistema da cadeia de suprimentos. Porter (1987) destaca que desde a década de 1980 observou-
se que muitas organizações bem sucedidas adotam o modelo de cooperação entre os elos da cadeia de
suprimentos.
Uma das formas de cooperação é a terceirização das atividades não essenciais (Hamel e Prahalad,
1989) com a criação de redes interorganizacionais. Christopher (1992) complementa com a
coordenação das atividades da empresa com os seus fornecedores para responder rapidamente as
mudanças na demanda dos clientes, particularmente em função dos fatores sazonais. Destaca o
caminho da "produção enxuta" e "just in time" incentivando fornecedores a operarem próximo ao
centro produtor e monitorando diretamente os níveis de estoque (abastecimento direto da linha de
produção). Estas inovações permitem respostas rápidas às oscilações de demandas dos clientes com a
eliminação dos custos dos inventários de segurança. Christopher (1992) define a gestão da cadeia de
suprimentos como "uma premissa para estender a lógica da integração (da logística) para fora dos
limites da empresa no sentido de aproximar os fornecedores e clientes".
Cooper et o al. (1997) definem a gestão da cadeia de suprimentos como uma filosofia para integrar
todas as atividades no ciclo de vida de um produto ou de um serviço da sua fonte da matéria prima até
o consumidor final e além da sua disponibilização. O conceito de integração das funções pode ser
representado pela "cadeia de valor" de Porter (1987) conforme a figura 1.
No modelo procura-se observar a empresa como um conjunto de atividades funcionais chaves que
podem ser destacadas e identificadas como atividades primárias (logística de suprimento, operações,
logística de distribuição, marketing e vendas e serviços) ou atividades de apoio ou sustentação (infra-
estrutura, gestão de recursos humanos, desenvolvimento da tecnologia e o processo de obtenção).
Estas atividades foram estruturadas na "cadeia de valor", onde a maximização da integração dos
processos levam a maximização da eficiência da empresa bem como a margem disponível para
aumentar a vantagem competitiva ou para adicionar valor ao acionista.
                               CADEIA DE VALORES


                                         INFRA-ESTRUTURA



 ATIVIDADES                GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS




                                                                                 M
  DE APOIO




                                                                                  AR
                                                                                    G
                           DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA




                                                                                    EM
                                     AQUISIÇÃO




                                                                                   M
               LOGÍSTICA




                                                                                    AR
                            OPERAÇÕES        LOGÍSTICA     MARKETING   SERVIÇO
                  DE




                                                                                      GE
                                                DE          & VENDAS
              SUPRIMENTO



                                                                                  M
                                           DISTRIBUIÇÃO




                                        ATIVIDADES
                                        PRIMÁRIAS


                  Figura 1 - Fonte: Porter-1987

De acordo com Doyle (1998), uma cadeia bem organizada conduz ao aumento das eficiências, uma
resposta mais rápida às mudanças, melhoria na qualidade do projeto e nos processos de manufatura e
aumenta a produtividade. Estas aproximações são similares àquelas de BPM como sugeridas por Lee e
Dale (1998) e Peppard e Rowland (1995) onde de "a cadeia de suprimentos" pode ser adotada de
forma permutável com os processos do negócio.
A integração ocorre entre as atividades primárias em cada cadeia de suprimentos, e são habilitadas
pelas atividades de apoio ou de sustentação. Ocorre também entre atividades em companhias
diferentes.

COLABORAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

O termo colaboração foi definido como uma tentativa de satisfazer integralmente os interesses das
partes envolvidos na troca, no sentido de se atingir uma missão de forma integrada (Thomas 1992). A
partir deste ponto, os parceiros se atentam em encontrar soluções do tipo "ganha-ganha" com a fixação
de objetivos compartilhados que conduzem a benefícios comuns (Thomas 1992). Mentzer, Foggin, e
Golicic (2000) exploraram o conceito da colaboração através de entrevistas conduzidas junto a
principais executivos da cadeia de suprimentos e encontraram uma definição consensual da
colaboração da gestão da cadeia que consiste no trabalho conjunto para perseguir objetivos comuns.
Além disso, Morash e Clinton (1998) destacam que a gestão colaborativa da cadeia de suprimentos
inclui a integração de comportamentos, comunicações e fluxos interativos.
GESTÃO COLABORATIVA DE TRANSPORTES (CTM)
O objetivo central da gestão colaborativa de transporte é desenvolver relações colaborativas entre
compradores, vendedores, transportadores e os fornecedores terceirizados em logística (3PLs) para
melhorar o serviço, as eficiências e os custos associados com o processo de transporte e de entrega
(Karolefsky 2001). Conforme Browning e White (2000), a gestão colaborativa de transporte envolvem
informações e os processos fluem entre os fornecedores e os compradores colaborando com os
transportadores para fornecer a entrega de forma eficaz e eficiente (Browning e White, 2000). Eles
ainda sugerem que as tendências do "negócio" como a questão da customização e do e-commerce
maciços estão forçando os fabricantes e varejistas a reduzir os ciclos do planejamento, re-
planejamento e a re-alocação dos produtos em processo e expedição. Eles argumentam que a atividade
de transporte se transformou numa oportunidade crítica nestes processos, que gerido de forma
colaborativa podem eliminar custo e serviços ineficientes e finalmente apoiar a eficácia competitiva
das empresas em ambiente de constante evolução no mercado dos negócios.
Quando as forças do mercado e as iniciativas estratégicas forem questões predominantes que
conduzem as necessidades para a gestão colaborativa de transporte, como modelo sugere, a TI
(tecnologia de informação) exerce o papel de habilitador e de suporte na operação da gestão
colaborativa de transportes.

ESTUDO DE CASO E A METODOLOGIA ADOTADA

Conforme Esper (2003), os resultados de valor agregado da gestão colaborativa de transporte podem
ser obtidos através de duas linhas preliminares: (1) uma comunicação direta entre os transportadores e
os parceiros do negócio, ou (2) os provedores terceirizados como facilitador do processo de
comunicação. As literaturas existentes destacam os mecanismos da metodologia de comunicação
direta de uma comunicação (Browning e White, 2000), mas poucas pesquisas foram conduzidas sobre
como os provedores terceirizados adicionam valor ao processo colaborativo da gestão de transporte.
Esta pesquisa procura através da análise do estudo de caso, como um provedor terceirizado adiciona
com sucesso o valor em logística através da gestão colaborativa de transporte.
A organização selecionada para a análise é uma empresa de médio porte no segmento de transportes.
A metodologia de análise foi de uma pesquisa exploratória in loco e também baseada no modelo de
cadeia de valor de Porter (figura 1) mediante a identificação das atividades primárias (logística de
suprimento, operações, logística de distribuição, marketing e vendas e serviços) da empresa Cesari
Empresa Multimodal de Movimentação de Materiais Ltda localizada no município de Cubatão no
Estado de São Paulo.
A empresa dispõe de uma área de 25.000 metros quadrados, dotado de oficinas de manutenção com
ferramentas de usinagem, montagem de motores, lavador, borracharia, caldeira e tratamento de
efluentes. Dispõe também de veículos de manutenção e socorro mecânico e uma frota própria de 440
carretas, além de iso-containeres (em aço carbono e inox, alumínio e revestidos) adequados para todo
o tipo de transporte. A classificação da frota vai do nível “A” – isotérmicas – com capacidade de até
27 toneladas, até o nível “F” – veículos de pequeno porte – também denominados de Toco Truck, com
capacidade que variam de 07 até 14 toneladas.
O objetivo foi analisar os resultados da integração dos processos sob o ponto de vista de suas
estruturas, atividades e experiências procurando maximizar a sua posição competitiva e a sua
eficiência interna. Com o novo modelo e um certo grau de mudança no sistema de gestão com foco no
processo e sistema de qualidade, a empresa teve como objetivo inicial se transformar no "melhor do
segmento". De fato, um procedimento formalizado da gestão da qualidade total para operações
cotidianas certificadas por uma associação de reconhecido valor é claramente um fator competitivo
diferencial, pois um processo estruturado é também um habilitador integral para controlar a
organização dentro de um objetivo comum.
Como objetivo secundário é o entendimento da natureza de relacionamentos entre a gestão dos
processos e a gestão da cadeia de suprimentos. Observa-se que existe uma pequena evidência de que
as empresas exploram atualmente a integração dos processos dos negócios na cadeia de suprimentos.
Nos textos pesquisados estes assuntos são tratados de forma separada. A técnica de gestão dos
processos dos negócios são aplicadas nas atividades internas das empresas, embora o conceito não
esteja limitado pelas fronteiras da companhia, pois as pesquisas envolvendo a cadeia de suprimentos
tendem a focalizar os relacionamentos entre organizações. As maiorias dos estudos concentram-se em
um elo da cadeia e de suas ligações com fornecedores e clientes imediatos.

COLETA DE DADOS

A condução da pesquisa envolveu entrevistas in-loco, por telefone e e-mail com envolvimento de
múltiplos informantes envolvidos no processo. Os tópicos da pesquisa incluíram o impacto da
tecnologia de informação na gestão do transporte e o papel que a gestão colaborativa de transporte
exerceu sobre os processos com base no modelo conceitual descrito em figura 1. Após as entrevistas,
os investigadores procederam a verificação cruzada para a validação das mesmas com um resumo
aprovado pelo contato respectivo da companhia para ser incluído no sumário geral. As entrevistas
foram transcritas por ambos os autores e discutidas em separado para depois validar o conteúdo dos
dados textuais. Além das informações sobre a tecnologia e os processos da companhia, os
investigadores tiveram acesso às informações chaves do contato dos diversos clientes da empresa
envolvidos no processo de gestão colaborativa de transporte.
Adicionalmente, os dados agregados foram recebidos da empresa que permitiram uma série de
economias de custo quantificáveis associados com os benefícios da gestão colaborativa de transporte
destacadas na tabela 1. Estas economias de custo variam conforme caso que são discutidas e
analisadas em detalhe, onde incluem os benefícios reais obtidos pelo CTM implantado.
                          Tabela 1
                  VANTAGENS DA GESTÃO COLABORATIVA EM TRANSPORTES


                  MÉTRICA                                      EXEMPLO                          BENEFICIÁRIO


  Redução dos custos de transporte           Eliminação de retorno vazio e         Transportadora, cliente
                                             tempo de espera
  Otimização no uso dos ativos               Redução de viagens não remuneradas    Transportadora


  Melhoria no nível de serviços              Melhoria na OTIF(on time in full);    Fornecedor, cliente
  Aumento da visibilidade                    ìndice de desempenho transpararente   Transportadora, cliente


  Melhoria na satisfação dos clientes        Aumento dos pedidos perfeitos         Transportadora, fornecedor, cliente
  Aumento da receita                         Aumento das vigens a plena carga;     Fornecedor, cliente
                                             aumento do número de pedidos          Transportadora


  Fonte: Kumar e Van Dissel, 1996 adaptado pelos autores




Cada área identificou um conjunto de sub-processos que correspondem os processos essenciais e
traçou as conexões que mostram como afetam o negócio. Desta forma a integração dos processos
essenciais foi mencionada claramente, mas a integração e a extensão destes processos externos à
organização não são especificadas. O envolvimento da alta gerência é atribuído muito claramente com
a direção dos processos da mudança, e demonstrou um comprometimento considerável ao trabalho.
ANÁLISE DOS DADOS

Custo do Transporte: Um indicador importante do valor do CTM é a habilidade de reduzir custos do
transporte através do planejamento avançado, da otimização e de atualização contínuos da posição do
embarque. As métricas típicas, tais como, o custo por tonelada, o custo por metro cúbico e o custo por
quilômetro permitem que o transportador compare os processos de CTM com os dados em nível
históricos. A consolidação das cargas, as relações e seleção ótimas de cargas são fatores para a
melhoria dos índices. A Cesari otimizou com a consolidação da carga os relacionamentos internos e
externos uma economia da conversão da modalidade entre 8,5% a 20%. Adicionalmente, a
consolidação da carga pode reduzir a probabilidade de danos de transporte que reduzem o risco
financeiro. Estes processos fornecem economias de custo seja pelo fornecedor como o transportador
em função dos custos menores de transporte pela otimização do frete e a utilização dos ativos. Permite
ainda o sincronismo entre a capacidade de transporte inbund (suprimento) e o outbound (distribuição),
cujo parâmetro de incluem: (1) o tempo estimado de transporte do próximo embarque; (2) os
embarques vazios entre o destino do suprimento e a origem da distribuição; (3) o tempo de interrupção
ou de espera entre a previsão de liberação de entrega do suprimento e a previsão de coleta do
embarque para distribuição, e (4) o desconto dos custos por distância de via única é feita com base na
consideração solução de transporte otimizado em custos na gestão de transporte. O resultado foi o
crescimento de 72% na operação colaborativa devido à visibilidade global de toda a atividade do
embarque através dos embarques múltiplos, de cargas vazias e do tempo de espera que podem ser
reduzidos em função das informações de desempenho e capacidades consistentes.
Desempenho em tempo real: Outro fator de sucesso é o desempenho em tempo real das atividades de
coleta e entrega. Caso o produto ser entregue na modalidade de um custo menor, mas o produto chega
tarde (ou não chega), o custo de oportunidade de uma venda perdida e o descontentamento do cliente
pode não compensar as economias de custo do transporte. Em muitos ambientes just-in-time o atraso
de quinze minutos pode inviabilizar o plano de produção, onde a prática do processo de transporte
com perfeição é vital para a eficiência da cadeia de suprimentos. Com o processo colaborativo, a
empresa obteve a melhoria do desempenho no tempo variando de 5 a 30% viabilizando o processo de
cross-docking e carregamento direto do reboque que tornam mais eficaz o processo de carga e
descarga. Além disso, pela dificuldade de quantificação em termos financeiros, a melhoria na
programação de coleta e entrega, atualização da posição da carga e o planejamento de coleta e de
entrega tornaram-se possíveis.
Utilização dos Recursos: Os portadores beneficiam-se do processo colaborativo, inicialmente com a
melhor utilização dos recursos. Depois pela redução de viagens vazias, excessivo tempo de
interrupção e paradas, informação avançada de embarques, identificação do equipamento apropriado
para alocação e a escolha dos condutores mais preparados e a maximização na utilização dos recursos.
Como benefícios, mostraram que a utilização regional da frota aumentou de 10 a 42% devido a
oportunidades complementares como a otimização dos retornos e a extensão do horizonte de
planejamento das rotas. Nelas inclui a coleta no fornecedor de suprimentos, eliminando o
deslocamento desnecessário do novo equipamento mediante o aproveitamento o veículo na área
evitando assim o retorno à base sem carga. Esta integração permite a otimização dos custos fixos
(condutor, recursos) e os custos variáveis (combustível, pneus) dos recursos permitindo a efetiva
gestão dos custos.
Custos Administrativos: Quando quantificados, a metodologia permite a redução considerável do
tempo de administração na operação das atividades do transporte. Em muitos casos, o tempo de
processamento médio do pedido é reduzido para meio até 2 dias. Além das economias dos custos
diretos de inventário, da redução do tempo (incluindo o follow up) para a emissão do pedido e o tempo
de entrega, observou-se a melhoria no nível de satisfação dos clientes. Conseqüentemente, notou-se
uma redução no número de embarques a serem controlados (até 64%) devido à consolidação dos
fretes. Finalmente, o número de entregas com atraso foi minimizado comparando-se com a
modalidade de embarques desconsolidados e uma rede complexa de entregas.
CONCLUSÃO

A Cesari pode aperfeiçoar, coordenar, e executar CTM para controlar as ineficiências da cadeia de
suprimentos pela combinação dos três elementos da sua plataforma (1) da massa crítica dos recursos
do frete e a rede de ativos da transportadora (2) Conectividade baseada no sistema web (3) a
integração de processos que permitiram a otimização na busca da melhor combinação do frete com os
recursos de transporte. A empresa pode aumentar as relações da carga plena e minimizar milhas
vazias, tempo de espera que reduza o custo e aumente o serviço dentro da rede de transporte.
Os serviços múltiplos ofertados pelas companhias de transporte tendem a serem segmentadas em
diversos serviços especializados para obter custos menores ou no sentido de ofertar serviços de valor
agregado (armazenamento, empacotamento, etc.) com os arranjos e alianças com parceiros
terceirizados. A TI permitiu a expansão da cadeia e o rastreamento em tempo real das cargas permite
aos clientes o monitoramento das suas entregas por meio das redes de dados e informações.
Por outro lado, a gestão de relacionamentos com o cliente é a força que conduz a novas oportunidades
de desenvolvimento. Os serviços de logística por contrato com os terceiros possibilita o
compartilhamento das facilidades, a terceirização e alianças ampliam o mix de serviços de entregas
JIT (just-in-time) e o serviço completo de distribuição desde o processamento dos pedidos, as funções
de armazenamento e a entrega fracionada. O fator característico na organização estudada neste artigo é
que têm uma cultura da gestão da qualidade total e empreendem tanto os procedimentos de avaliação
interna quanto as externas. O corpo gerencial tem um papel importante no sucesso na integração dos
processos ao longo da cadeia de suprimentos. Equipes capacitadas e especializadas possuem um
sentido e direção clara para conduzir suas decisões e um forte apoio para promover novas idéias em
toda a amplitude da organização. De fato, toda a técnica de gestão baseada em processos requer a
identificação e a documentação de processos essenciais e a estruturação das etapas para facilitar as
eventuais mudanças. Os processos essenciais têm como base o fluxo de informações entre os elos e
são dispostos de maneira adequada aos objetivos comuns de cada cadeia, de forma a estabelecer uma
comunicação eficaz entre os processos. Esta comunicação pode ser formalizada com uma conexão ou
ser ampliada como "chatting" entre os empregados que compartilham os espaços comuns do local de
trabalho.

AS DIFICULDADES EM ESTENDER A CADEIA DE SUPRIMENTOS

O processo de desenvolvimento da cadeia de suprimentos torna-se cada vez mais específico
aumentando a sua complexidade. O número dos enlaces para a gestão aumenta e a comunicação
compartilhada dos objetivos comuns torna-se mais difícil. Os elos da cadeia tornam-se mais
dependentes entre si. Esta dependência pode causar sentimentos de insegurança nos gestores que
sentem que o controle dos destinos da empresa não estão apenas na dependência única de forma
centralizada. O modelo de gestão "enxuta" de inventário é crítica, exercendo a função de "pulmão"
entre atividades, nos casos em que os elos são pequenos individualmente, possibilitando a
significativa adição de valores no nível de inventário na rede inteira.
As informações da demanda dos clientes através da cadeia podem ser super dimensionadas em cada
elo, portanto de forma distorcida na estrutura de suprimento indicando uma demanda acima da
realidade. Estes fatores são evidências de que há pouca integração dos processos do negócio entre as
organizações que compõem a cadeia de suprimentos.

BIBLIOGRAFIA
Armistead, C. (1996) "Principles of business process management," Journal of Managing Service
Quality, Vol. 6 No. 6, pp. 48-52.
Ballou, R.H. (1993) Logística Empresarial, São Paulo: Atlas, 1993. 388p.
Ching, H.Yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística, São Paulo: Atlas, 1999.
Christopher, M. (1992), Logistics and Supply Chain Management, Pitman Publishing, London.
Christopher, M. (1999). “Supply chain world class best practice”, paper presented to the IBEC-CBI
Joint Business Council Conference, “Logistics – the key to competitive advantage”, Belfast, 14 May.
Cooper, M.C., Elli-am, L.M., Gardner, J.T. and Hanks, A.M. (1977), “Meshing multiple alliances”,
Journal of Business Logistics, Vol. 18 Nº. 1, pp. 67-89.
Corrigan, S. (1996), “Human and organizational aspects of business process reengineering”,
Warwick Manufacturing Group, http://bprs.warwick.ac.uk/shelf-focus.
Davenport, T. and Short, J. (1990), "The new industrial engineering: information, technology and
business process redesign", Sloan Management Review, Vol. 31 No. 4, pp. 11-27.
Doyle, M. (1998), Overcoming communication barriers”, in Transportation & Distribution, Vol. 39 Nº
10, October, p. 91.
Esper,Terry, Williams,Lisa R.; The value of Collaborative Transportation Management (CTM): Its
relationship to CPFR and information technology; Transportation Journal. Lock Haven: Summer
2003. Vol. 42, Iss. 4; pg. 55
Hamel, G.D. and Prahalad, C.K. (1989), “Collaborate with your competitors – and win”, Harvard
Business Review, January-February.
Hill, F.M. and Collins, L.K. (1998), “The positioning of BPR and TQM in long-term organizational
change strategies”, The TQM Magazine, Vol. 10 Nº 6, pp. 438-46.
Kenderdine, J.M. and Larson, P.D., "Quality and logistics: a framework for strategic integration",
International Journal of Physical Distribution and Materials Management, Vol. 18 No. 7, 1988, pp.
5-10.
Lee, H. (1999), “Winning on the new competitive battlefield: integrating your supply chains”, from
Supply Chain: Results in Motion at http://www.hp.com/go/supplychain
Lee, R.G. and Dale, B.G. (1998), “Business process management: a review and evaluation”, Business
Process Re-engineering & Management journal, Vol. 4 Nº 3, pp. 214-25.
McKay, A. and Radnor, Z. (1998), "A characterization of a business process", International Journal
of Management > Production Management, Vol. 18 No. 910, pp. 924-36.
Moss Kanter, R. and Dretler, T.D. (1998), "`Global strategy' and its impact on local operations:
lessons from Gillette Singapore", The Academy of Management Executive, Vol. 12 No. 4, pp. 60-8.
Peppard, J. and Rowland, P. (1995), The Essence of Business Process Reengineering, Prentice Hall,
London.
Porter, M. (1987), "Managing value - from competitive advantage to corporate strategy", Harvard
Business Review, May-June.
McAdam, R., McCormack, D. Integrating business processes for global alignment and supply chain
management. Business Process Management Journal. Bradford 2001. Vol. 7, Iss. 2; pg. 113-18.
Ryan, H.W. (1994), “Reinventing the business”, Information Systems Management, Spring, pp. 77-9.
Sethi, V. and King, W. (1998), Organizational Transformation through Business Process
Reengineering, Prentice Hall, London.
Mabert, V.A., Venkataramanan, M. A.; Special research focus on supply chain linkages: Challenges
for design and management in the 21st century; Decision Sciences. Atlanta: Summer
1998. Vol. 29, Iss. 3; pg. 537, 16 pgs.
Zairi, M. (1997), "Business process management: a boundary less approach to modern
competitiveness", Business Process Re-engineering & Management journal, Vol. 3 No. 1, pp. 64-80.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Infobrasil - 2013
Infobrasil - 2013Infobrasil - 2013
Infobrasil - 2013Odecilia
 
Resenha de logítica
Resenha de logíticaResenha de logítica
Resenha de logítica Grupo Fleury
 
Governança cadeia produtiva
Governança cadeia produtivaGovernança cadeia produtiva
Governança cadeia produtivaIsabela Freitas
 
Colaboração logística
Colaboração logísticaColaboração logística
Colaboração logísticaMiguel Sellitto
 
ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...
ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...
ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...Fredjoger Mendes
 
Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística Fabiana Vieira
 
De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...
De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...
De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...Wilian Gatti Jr
 
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIORPLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIORboinadalvi
 
35 artigo sistema qualidade x controladoria
35 artigo sistema qualidade x controladoria35 artigo sistema qualidade x controladoria
35 artigo sistema qualidade x controladoriaAmanda Fraga
 
Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...
Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...
Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...Paulo Henrique Leme
 

Mais procurados (19)

O modelo SCOR - PG Lean Mgt
O modelo SCOR - PG Lean Mgt O modelo SCOR - PG Lean Mgt
O modelo SCOR - PG Lean Mgt
 
O Modelo de Referencia SCOR
O Modelo de Referencia SCORO Modelo de Referencia SCOR
O Modelo de Referencia SCOR
 
Sumário Executivo - FDC
Sumário Executivo - FDCSumário Executivo - FDC
Sumário Executivo - FDC
 
Infobrasil - 2013
Infobrasil - 2013Infobrasil - 2013
Infobrasil - 2013
 
O Modelo SCOR
O Modelo SCORO Modelo SCOR
O Modelo SCOR
 
Resenha de logítica
Resenha de logíticaResenha de logítica
Resenha de logítica
 
Governança cadeia produtiva
Governança cadeia produtivaGovernança cadeia produtiva
Governança cadeia produtiva
 
Enegep2005 enegep0207 0556
Enegep2005 enegep0207 0556Enegep2005 enegep0207 0556
Enegep2005 enegep0207 0556
 
Custos de qualidade
Custos de qualidadeCustos de qualidade
Custos de qualidade
 
Colaboração logística
Colaboração logísticaColaboração logística
Colaboração logística
 
Enegep2008 tn sto_069_496_11484
Enegep2008 tn sto_069_496_11484Enegep2008 tn sto_069_496_11484
Enegep2008 tn sto_069_496_11484
 
Gestao de cadeia de suprimento
Gestao de cadeia de suprimentoGestao de cadeia de suprimento
Gestao de cadeia de suprimento
 
ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...
ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...
ANÁLISE OPERACIONAL DE UM PROCESSO LOGÍSTICO NA CADEIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇ...
 
Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística
 
De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...
De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...
De operador a integrador logístico um estudo de caso na indústria de saúde an...
 
O Modelo SCOR
O Modelo SCOR O Modelo SCOR
O Modelo SCOR
 
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIORPLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO NOS SERVIÇOS INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
 
35 artigo sistema qualidade x controladoria
35 artigo sistema qualidade x controladoria35 artigo sistema qualidade x controladoria
35 artigo sistema qualidade x controladoria
 
Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...
Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...
Um Modelo de Análise para a Certificação e a Qualidade no Agronegócio Café - ...
 

Semelhante a Integração de processos em logística de transportes

2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdf
2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdf2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdf
2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdfLeonardo De Carvalho Gomes
 
2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompleto
2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompleto2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompleto
2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompletoLeonardo De Carvalho Gomes
 
Gestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civil
Gestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civilGestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civil
Gestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civilRayane Martins
 
Estrategias e-gestao-de-logistica
Estrategias e-gestao-de-logisticaEstrategias e-gestao-de-logistica
Estrategias e-gestao-de-logisticaFlávio Saraiva
 
Determinantes de Custos
Determinantes de CustosDeterminantes de Custos
Determinantes de CustosCarlos Nunes
 
Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...
Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...
Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...André Aranha
 
Gestão de processos como reinventar os processos da sua empresa para criar ...
Gestão de processos   como reinventar os processos da sua empresa para criar ...Gestão de processos   como reinventar os processos da sua empresa para criar ...
Gestão de processos como reinventar os processos da sua empresa para criar ...Caco Ramos
 
A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...
A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...
A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...João Siqueira da Mata
 
Criação e gestão de indicadores processo 1a parte
Criação e gestão de indicadores processo   1a parteCriação e gestão de indicadores processo   1a parte
Criação e gestão de indicadores processo 1a partePriscila Nogueira
 
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresasNovos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresasFundação Dom Cabral - FDC
 
Cadeias de suprimentos
Cadeias de suprimentosCadeias de suprimentos
Cadeias de suprimentosdeividp9
 
Logistica empresarial
Logistica empresarialLogistica empresarial
Logistica empresarialPenttágono
 
Metodologia De Análise De Cadeias Agroindustriais
Metodologia De Análise De Cadeias AgroindustriaisMetodologia De Análise De Cadeias Agroindustriais
Metodologia De Análise De Cadeias AgroindustriaisRoberto Kiel
 
UFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdf
UFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdfUFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdf
UFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdfssusere9e7d1
 
sistema da informação-1
 sistema da informação-1 sistema da informação-1
sistema da informação-1Carlos Rocha
 
60 logistica e a tecnologia da informacao poster
60 logistica e a tecnologia da informacao   poster60 logistica e a tecnologia da informacao   poster
60 logistica e a tecnologia da informacao posterLuciana Falcão
 
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.docPLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.docGivaldoBatistaMoroBo
 

Semelhante a Integração de processos em logística de transportes (20)

2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdf
2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdf2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdf
2AintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentoseTextocompleto.pdf
 
2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompleto
2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompleto2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompleto
2 aintegracaodeprocessosnacadeiadesuprimentosetextocompleto
 
Gestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civil
Gestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civilGestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civil
Gestão da cadeia de suprimentos na industria da construção civil
 
Estrategias e-gestao-de-logistica
Estrategias e-gestao-de-logisticaEstrategias e-gestao-de-logistica
Estrategias e-gestao-de-logistica
 
Determinantes de Custos
Determinantes de CustosDeterminantes de Custos
Determinantes de Custos
 
Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...
Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...
Estudo de caso - implantacao de solucao para tratamento de informacoes logist...
 
Gestão de processos como reinventar os processos da sua empresa para criar ...
Gestão de processos   como reinventar os processos da sua empresa para criar ...Gestão de processos   como reinventar os processos da sua empresa para criar ...
Gestão de processos como reinventar os processos da sua empresa para criar ...
 
A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...
A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...
A GESTÃO AMBIENTAL E A LOGÍSTICA REVERSA NO PROCESSO DE RETORNO DE EMBALAGENS...
 
V9n2a02
V9n2a02V9n2a02
V9n2a02
 
Criação e gestão de indicadores processo 1a parte
Criação e gestão de indicadores processo   1a parteCriação e gestão de indicadores processo   1a parte
Criação e gestão de indicadores processo 1a parte
 
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresasNovos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
 
Estudo de caso padaria
Estudo de caso   padariaEstudo de caso   padaria
Estudo de caso padaria
 
Cadeias de suprimentos
Cadeias de suprimentosCadeias de suprimentos
Cadeias de suprimentos
 
Logistica empresarial
Logistica empresarialLogistica empresarial
Logistica empresarial
 
16 06
16 0616 06
16 06
 
Metodologia De Análise De Cadeias Agroindustriais
Metodologia De Análise De Cadeias AgroindustriaisMetodologia De Análise De Cadeias Agroindustriais
Metodologia De Análise De Cadeias Agroindustriais
 
UFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdf
UFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdfUFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdf
UFPE - Metodologia de Gestão de Processos_UFPE.pdf
 
sistema da informação-1
 sistema da informação-1 sistema da informação-1
sistema da informação-1
 
60 logistica e a tecnologia da informacao poster
60 logistica e a tecnologia da informacao   poster60 logistica e a tecnologia da informacao   poster
60 logistica e a tecnologia da informacao poster
 
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.docPLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
PLANO DE AULA 3 - SENAC - GESTÃO E NEGOCIOS - JAN 24.doc
 

Último

66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaE-Commerce Brasil
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxCarladeOliveira25
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024E-Commerce Brasil
 
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdfInsttLcioEvangelista
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...E-Commerce Brasil
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Welldonelily Skype
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 

Último (19)

66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptx
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
 
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 

Integração de processos em logística de transportes

  • 1. A INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIOS NA LOGÍSTICA DE TRANSPORTES: O CASO DA CESARI EMPRESA MULTIMODAL DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS LTDA Getulio K. Akabane Luiz Carlos Nunes Pós Doutorado Mestrado Univ. Católica de Santos - UNISANTOS Univ. Metropolitana de Santos – (Brasil) -UNIMES (Brasil) RESUMO A gestão integrada dos processos dos negócios visando o desempenho total do sistema à visão tradicional em focar o desempenho individual, proporciona resultados significativos para as empresas. Este estudo trata do caso de uma empresa média e a metodologia utilizada foi a de pesquisa exploratória e apoiada no modelo da cadeia de valor de Porter mediante identificação das atividades primárias (logística de suprimento, operações, logística de distribuição, marketing e vendas e serviços). Objetivou-se analisar os resultados da integração dos processos sob o ponto de vista de suas estruturas, atividades e experiências procurando maximizar sua posição competitiva e sua eficiência interna. Palavras-chave: gestão integrada, integração dos processos, logística, cadeia de valor, atividades primárias. INTRODUÇÃO A expansão da competição global proporciona a oportunidade de disponibilizar uma variedade sem precedentes de produtos para satisfazer os desejos do consumidor. A dinâmica do ambiente de desenvolvimento do produto com ciclos menores beneficiou o consumidor que se ajustou a novos padrões de expectativas e em desafios adicionais para as empresas a se ajustarem às novas exigências do mercado. No sentido de atender aos desejos do cliente com elevada qualidade e agilidade adicionaram às empresas, pressões historicamente sem precedentes. Por outro lado, as avançadas ferramentas da tecnologia do software aumentaram a flexibilidade na produção, na velocidade do transporte e na disponibilidade de informações com o conseqüente aumento da complexidade no processo de gestão das empresas. Em reconhecimento a este quadro, os gestores de negócios e os pesquisadores acadêmicos sugerem a necessidade de uma forma integrada na condução dos negócios para evitar a visão tradicional em focar o desempenho individual das atividades em detrimento ao desempenho total do sistema. A entrega dos bens ou de serviços para o mercado mediante o conceito da cadeia de suprimentos tem sido um conceito que proporciona uma visão e a gestão de forma coordenada de todo o conjunto das atividades envolvidas. REFERENCIAL TEÓRICO O emprego do termo cadeia de suprimentos tem sido aperfeiçoado ao longo do tempo. Cavinato (1992) e Ellram (1991) limitaram a visão apenas às atividades "relacionais" entre o comprador e o
  • 2. vendedor. Esta forma focaliza as operações básicas de compras e os relacionamentos com os fornecedores por meio de alianças ou parcerias entre comprador e o vendedor (Blocher, Lackey e Mabert, 1993). A segunda forma de conceituar operacionalização da cadeia de suprimentos visa incluir todos os fornecedores correspondentes aos elos superiores da cadeia de suprimentos (Dobler e Burt, 1996). A visão da "cadeia de valor" em que todas as atividades necessárias para disponibilizar o produto ao mercado são consideradas como parte da cadeia de suprimentos por Porter (1985), Davis (1993) e Lee e Billington (1995). Portanto, considera-se a cadeia de suprimentos como uma rede de facilidades e de atividades que envolvem desde as funções de desenvolvimento do produto, de obtenção dos materiais, de sua movimentação entre as diversas facilidades, de manufatura dos produtos, da distribuição dos bens acabados aos clientes e a assistência para manter o relacionamento pós-venda. A integração dos processos permite melhor visibilidade das atividades da operação que pode reduzir o grau de incerteza, pois os elementos de gestão dos processos são comuns possibilitando assim o ajuste dentro de cada elo da cadeia. GESTÃO POR PROCESSOS (BPM) O conceito da formação de parcerias na cadeia de suprimentos surgiu na década de 1990 por meio da estratégia do foco no cliente, as parcerias com o fornecedor, pela cooperação e o compartilhamento da informação e a gestão dos processos do negócio (Hamel e Prahalad, 1989; Christopher, 1992, 1999; Lee e Dale, 1998). Entretanto, a integração da pesquisa e a prática entre a cadeia de suprimentos do cliente e a gestão do processo do negócio não eram tão evidentes. A gestão do processo teve o seu foco em melhorar os enlaces entre processos internos, ao passo que a gestão da cadeia de suprimentos tem priorizado a melhoria dos enlaces entre as firmas. Para uma melhor compreensão do relacionamento subjacente entre a cadeia de suprimentos com o controle dos processos do negócio, Zairi (1997) considera o BPM como uma aproximação mais genérica para a melhoria do desempenho organizacional. Define como uma metodologia estruturada para analisar e melhorar continuamente as atividades fundamentais da organização tais como a manufatura, o marketing, o sistema de comunicações e de informações e outros elementos essenciais da operação de uma companhia. Esta é uma visão internalizada e expressa a visão da melhoria contínua dos processos da organização. Elzinga et o al. (1995) sugerem uma aproximação processual do BPM e uma aproximação sistemática e estruturada para analisar e controlar os processos com a finalidade de melhorar a qualidade dos produtos e dos serviços. Toro e McCabe (1997) lembram o modelo de organização matricial da gestão por processos e destacam a necessidade da delegação de poder para os funcionários e uma autoridade para examinar os processos e o desafio para mudar os métodos do trabalho. O BPM integra o uso de ferramentas de melhoria dos processos como a reengenharia, a melhoria contínua (kaizen) e o benchmarking. McKay e Radnor (1998) lembram que muitas organizações desenvolvem a própria metodologia na gestão dos processos do negócio. A propositura comum a todas as metodologias é que os processos estão escolhidos, o mapa dos processos são criados, o problema ou as áreas que não agregam valores são identificadas, as soluções são criadas, os processos são redesenhados e em seguida, implementada e executada. A gestão dos processos do negócio não sugere uma melhoria em curto prazo, e não deve ser sobre a ótica de melhoria gradual. (Para manter a liderança em um mundo de rápidas mudanças, uma organização da classe mundial deve continuamente ser reinventada (Sethi e King, 1998)). O sucesso da BPM depende da força dos condutores organizacionais chaves que criam o ímpeto para a mudança (Peppard e Rowland, 1995). Armistead et o al. (1997) identificam cinco fatores como os principais condutores da mudança do processo: (1) globalização; (2) mudanças da tecnologia; (3) regulamentação; (4) a ação das partes interessadas; e (5) a erosão dos limites do negócio.
  • 3. OS MODELOS DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E DE SERVIÇOS O conceito de serviços refere-se a uma ampla variedade de processos de trocas. Em contraste com a forma tangível dos produtos, um serviço não possui saídas distintas como uma produção, distribuição ou em um processo específico de consumo. A informação tem um papel proeminente na garantia da entrega, na coordenação e sincronização do fluxo do material e na qualidade dos serviços. Os atributos geralmente utilizados para se caracterizar os serviços, como de valor intangível, de natureza não acumulável, específica por cliente, sobreposto à produção e ao consumo, e altamente sensível ao relacionamento e à reputação reflete como uma atividade de natureza integrada (Sasser et al., 1983; Voss et al., 1985). Para assegurar-se destes atributos procura-se distinguir os processos de serviços com os da produção. No entanto, para a comparação dos diferentes serviços, ou para determinar o canal mais eficiente da entrega torna-se necessário um modelo mais detalhado de serviços juntamente com o canal de serviço. Pode-se considerar um serviço genuíno, um processo multilateral e aberto, exatamente oposto à produção que é um processo fechado com controle unilateral com possibilidade de armazenamento das informações e de materiais de entradas e saídas do processo (Hayes-1979 e Wheelwright-1984). A consistência entre o conceito de serviços e o sistema de entrega dos serviços é considerada na matriz do processo de serviços por Schmenner (1986, 1993). Este modelo é derivado da matriz do produto-processo de (Hayes e Wheelwright, 1984) substituindo o grau de interação e de customização para o mix do produto e a intensidade do trabalho de um processo padrão. O resultado é uma matriz de duas dimensões e quatro categorias que são: prestação de serviços de manutenção à fábrica, loja de prestação de serviços, serviços intensivos e serviços especializados que implicam em posições e mudanças estratégicas nas operações de serviços. Estas classificações são adotadas também por Maister e Lovelock (1982) bem como outras classificações similares podem ser encontradas na literatura. TIPOS DE SERVIÇOS Os serviços tem sido definidos na maioria de estudos em termos da freqüência e no horizonte de tempo das transações, da incerteza, do grau de customização, da complexidade da informação e dos tipos de recursos usados (Silvestro et o al., 1992). Estas formas de medidas caracterizam os contratos de serviços também na economia baseada no custo da transação (Williamson, 1985). Na base da complexidade e das contingências envolvidas, Markku e Vepsalainen (1995) sugerem a seguinte categorização do mix de serviços, do mais simples ao mais complexo: 1-Transações em massa, 2- Contratos padrões, 3-Entrega customizada, e 4-Relacionamento contingencial. As transações em massa são constituídas de serviços simples com poucas opções e pouca customização dos processos de entrega. São tarefas rotineiras realizadas de acordo com regras do mercado e no preço de mercado. Para as entregas customizadas, os serviços são personalizados conforme as necessidades de cada cliente e envolvem um certo grau de incerteza e contingências. Além de ser mais flexível em relação aos contratos padrão, o processo de entrega customizada requer uma gestão mais confidencial dos relacionamentos seja como o fornecedor ou como cliente que podem considerar como opções, além das cláusulas especificadas no contrato de serviço. Os relacionamentos contingenciais envolvem problemas complexos, incluindo as diversas atividades relacionadas e uma comunicação intensiva. Este tipo de serviço é caracterizado pelo compartilhamento dos riscos e requerendo relacionamentos muito próximos entre os parceiros. Williamson (1985) classificou o canal em termos de estrutura de governança que, em termos gerais varia do mercado "spot" até uma hierarquia interna. Portanto pode-se definir a estrutura do canal conforme a sua extensão, pois, em função do seu alcance pode-se determinar a relação entre as várias entidades na sua formação. Podemos assim definir os tipos de canal das organizações: (1) Redes
  • 4. integradas. (2) Serviços personalizados. (3) Agentes / alianças. (4) hierarquia interna. As redes integradas fornecem o acesso direto dos clientes aos recursos do mercado com a mínima intermediação reduzindo a extensão do canal. As redes integradas são baseadas no sistema "self- service" agilizando as operações para atender as necessidades dos usuários Este é um canal curto baseado na interação pessoal fornecida por uma organização através do seu corpo funcional. O canal pode ser mais longo se houver gestores ou membros da equipe de funcionários de retaguarda envolvidos no processo do serviço. O canal do agente/aliança inclui a especialização, os representantes terceirizados e os agentes independentes que estão relativamente próximos ao cliente que age enquanto intermediários ou mediadores no canal do serviço. Muitas vezes os próprios especialistas da própria organização podem exercer este papel. Neste tipo de canal o relacionamento entre os membros do canal é baseado na confiança e nos contratos formais. Na hierarquia interna, o serviço é disponível dentro da organização. A hierarquia interna é considerada um canal de longa extensão do ponto da vista dos fornecedores de serviço onde existe uma relação formal entre os colaboradores. O canal é intracompanhia, o relacionamento entre os membros do canal é muito próximo e o processo é exclusivo da organização. Estes quatro tipos de canais além de representarem a extensão, determinam também o nível de custos por transação do serviço. OS PROCESSOS DE SERVIÇOS EFICIENTES OU GENÉRICOS Hayes e Wheelwright (1984) procuraram combinar os serviços e o canal por meio de uma matriz semelhante ao do produto-processo. Os eixos horizontal e vertical indicam respectivamente a variedade ou a escala de ofertas e o canal utilizado no processo de um determinado serviço. Os processos eficientes da matriz estão situados ao longo da diagonal. As posições diagonais levam em consideração da eficiência econômica ao longo dos argumentos da economia do custo por transação (Williamson, 1985). De acordo com esta visão, as transações econômicas devem ser arranjadas para minimizar a soma dos gastos de fabricação e de custos da transação. Os custos de fabricação focalizam as operações internas e seus custos associados. Estes incluem custos de fabricação e os investimentos relacionados com a tecnologia e também os custos da coordenação dentro da empresa que dependem da estrutura organizacional. Os custos da transação decorrem do estabelecimento e pela manutenção de relacionamentos do cliente externo e das atividades relacionadas da coordenação. Nelas incluem custos de negociação, custos da obtenção e custos dos contratos e os riscos envolvidos. Estes custos dependem predominantemente das incertezas e das questões de monitoramento das variáveis do mercado. As companhias localizadas na região da diagonal fornecem um serviço mais eficiente àquelas mais distantes. A diagonal indica os melhores processos do serviço combinando o serviço com o tipo de canal que melhor atenda as necessidades dos clientes. As áreas não diagonais da matriz correspondem às partes ineficientes e vazias dos serviços. Por exemplo, uma rede para fornecer serviços customizados possui problemas de custos elevados de transação e problemas em compartilhar as responsabilidades devido à incerteza e riscos em assumir os erros na operação. Torna-se um grande desafio em controlar a qualidade dos serviços ofertados por uma rede externar sem a transparência das informações e o know-how vital ao processo. Também os investimentos em sistemas customizados do canal são adicionados aos riscos. Por outro lado, a organização interna incorre em processos e rotinas burocráticos significando custos excessivos na oferta de serviços. A matriz apresenta quatro processos de serviços eficientes ou genéricos: 1) processos rotineiros rápidos. (2) processos integrados flexíveis. (3) processos focalizados. (4) processos adaptáveis. Os processos rotineiros rápidos são formados pela combinação do serviço da transação em massa e o canal da rede integrada do mercado. São formados pelo sistema self-service estruturados, conexões por terminais ou computadores ou call centers via chamadas telefônicas. As vantagens principais são os custos baixos e a alta disponibilidade. São serviços geralmente simples que requerem uma infra-
  • 5. estrutura de difusão no mercado. Como exemplo de processos rotineiros rápidos incluem-se as compras por catálogo de commodities ou a contratação de um serviço de transporte por meio eletrônico. Os processos integrados flexíveis representam os contratos de serviço padrão fornecido pelo serviço personalizado. O serviço é padronizado e constituído por diversas opções a critério do cliente. As opções dos serviços ou os módulos do processo são pré-determinados na definição da natureza do serviço, como nas condições de empréstimo bancário ou os termos de contratação de um uma apólice de seguro. Os processos focalizados combinam a entrega customizada com o agente ou o canal de alianças. Existe uma dosagem do grau de especialização com a customização de acordo com as necessidades individuais de cada cliente. Os processos adaptáveis requerem uma comunicação confidencial e o acesso flexível à base de recursos do cliente. Os relacionamentos contingenciais tratam dos problemas complexos com a necessidade de adaptar-se às mudanças das exigências do cliente e atender aos chamados para a modificação dos outros processos do serviço. Os processos genéricos são os mais comuns nas indústrias. Porém existe também a combinação de serviços genéricos e os intermediários de forma eficiente conforme os seguintes exemplos: Algumas companhias permaneceram afastadas da diagonal da matriz devido à legislação ou do monopólio. Em situações normais de competição, entretanto, as companhias fora da diagonal da matriz são compelidas a mudar suas estratégias. INTEGRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS De forma tradicional, a gestão integrada da logística procura interligar todas as atividades da logística dentro de um sistema que opera simultaneamente para minimizar os custos totais de distribuição e manter o nível de serviço desejado pelo cliente. Hoje o conceito da logística integrada envolve o planejamento, a alocação e o controle dos recursos financeiros e humanos para a produção e as operações de aquisição e de distribuição física das matérias primas e dos produtos acabados. Esta perspectiva requer uma integração funcional tanto interna como externa para uma boa gestão empresarial. Internamente, o desafio da gestão da cadeia de suprimentos envolve a integração harmoniosa da logística com outras áreas funcionais. A filosofia do negócio requer o envolvimento de todos os parceiros do negócio nos processos de planejamento, execução e coordenação no sentido de atingir um desempenho superior de toda a cadeia logística. Staude (1987) apontou duas formas de integração organizacional – o interdepartamental e o intradepartamental. Nestes casos, os objetivos da empresa devem ser considerados como os fatores mais importantes sobrepondo aos objetivos individuais de cada departamento. Kenderdine e Larson (1988) notaram que o ambiente atual de competição requer a gestão integrada da logística ao longo de todo o sistema da cadeia de suprimentos. Porter (1987) destaca que desde a década de 1980 observou- se que muitas organizações bem sucedidas adotam o modelo de cooperação entre os elos da cadeia de suprimentos. Uma das formas de cooperação é a terceirização das atividades não essenciais (Hamel e Prahalad, 1989) com a criação de redes interorganizacionais. Christopher (1992) complementa com a coordenação das atividades da empresa com os seus fornecedores para responder rapidamente as mudanças na demanda dos clientes, particularmente em função dos fatores sazonais. Destaca o caminho da "produção enxuta" e "just in time" incentivando fornecedores a operarem próximo ao centro produtor e monitorando diretamente os níveis de estoque (abastecimento direto da linha de produção). Estas inovações permitem respostas rápidas às oscilações de demandas dos clientes com a eliminação dos custos dos inventários de segurança. Christopher (1992) define a gestão da cadeia de suprimentos como "uma premissa para estender a lógica da integração (da logística) para fora dos limites da empresa no sentido de aproximar os fornecedores e clientes".
  • 6. Cooper et o al. (1997) definem a gestão da cadeia de suprimentos como uma filosofia para integrar todas as atividades no ciclo de vida de um produto ou de um serviço da sua fonte da matéria prima até o consumidor final e além da sua disponibilização. O conceito de integração das funções pode ser representado pela "cadeia de valor" de Porter (1987) conforme a figura 1. No modelo procura-se observar a empresa como um conjunto de atividades funcionais chaves que podem ser destacadas e identificadas como atividades primárias (logística de suprimento, operações, logística de distribuição, marketing e vendas e serviços) ou atividades de apoio ou sustentação (infra- estrutura, gestão de recursos humanos, desenvolvimento da tecnologia e o processo de obtenção). Estas atividades foram estruturadas na "cadeia de valor", onde a maximização da integração dos processos levam a maximização da eficiência da empresa bem como a margem disponível para aumentar a vantagem competitiva ou para adicionar valor ao acionista. CADEIA DE VALORES INFRA-ESTRUTURA ATIVIDADES GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS M DE APOIO AR G DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA EM AQUISIÇÃO M LOGÍSTICA AR OPERAÇÕES LOGÍSTICA MARKETING SERVIÇO DE GE DE & VENDAS SUPRIMENTO M DISTRIBUIÇÃO ATIVIDADES PRIMÁRIAS Figura 1 - Fonte: Porter-1987 De acordo com Doyle (1998), uma cadeia bem organizada conduz ao aumento das eficiências, uma resposta mais rápida às mudanças, melhoria na qualidade do projeto e nos processos de manufatura e aumenta a produtividade. Estas aproximações são similares àquelas de BPM como sugeridas por Lee e Dale (1998) e Peppard e Rowland (1995) onde de "a cadeia de suprimentos" pode ser adotada de forma permutável com os processos do negócio. A integração ocorre entre as atividades primárias em cada cadeia de suprimentos, e são habilitadas pelas atividades de apoio ou de sustentação. Ocorre também entre atividades em companhias diferentes. COLABORAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS O termo colaboração foi definido como uma tentativa de satisfazer integralmente os interesses das partes envolvidos na troca, no sentido de se atingir uma missão de forma integrada (Thomas 1992). A partir deste ponto, os parceiros se atentam em encontrar soluções do tipo "ganha-ganha" com a fixação de objetivos compartilhados que conduzem a benefícios comuns (Thomas 1992). Mentzer, Foggin, e Golicic (2000) exploraram o conceito da colaboração através de entrevistas conduzidas junto a principais executivos da cadeia de suprimentos e encontraram uma definição consensual da colaboração da gestão da cadeia que consiste no trabalho conjunto para perseguir objetivos comuns. Além disso, Morash e Clinton (1998) destacam que a gestão colaborativa da cadeia de suprimentos inclui a integração de comportamentos, comunicações e fluxos interativos.
  • 7. GESTÃO COLABORATIVA DE TRANSPORTES (CTM) O objetivo central da gestão colaborativa de transporte é desenvolver relações colaborativas entre compradores, vendedores, transportadores e os fornecedores terceirizados em logística (3PLs) para melhorar o serviço, as eficiências e os custos associados com o processo de transporte e de entrega (Karolefsky 2001). Conforme Browning e White (2000), a gestão colaborativa de transporte envolvem informações e os processos fluem entre os fornecedores e os compradores colaborando com os transportadores para fornecer a entrega de forma eficaz e eficiente (Browning e White, 2000). Eles ainda sugerem que as tendências do "negócio" como a questão da customização e do e-commerce maciços estão forçando os fabricantes e varejistas a reduzir os ciclos do planejamento, re- planejamento e a re-alocação dos produtos em processo e expedição. Eles argumentam que a atividade de transporte se transformou numa oportunidade crítica nestes processos, que gerido de forma colaborativa podem eliminar custo e serviços ineficientes e finalmente apoiar a eficácia competitiva das empresas em ambiente de constante evolução no mercado dos negócios. Quando as forças do mercado e as iniciativas estratégicas forem questões predominantes que conduzem as necessidades para a gestão colaborativa de transporte, como modelo sugere, a TI (tecnologia de informação) exerce o papel de habilitador e de suporte na operação da gestão colaborativa de transportes. ESTUDO DE CASO E A METODOLOGIA ADOTADA Conforme Esper (2003), os resultados de valor agregado da gestão colaborativa de transporte podem ser obtidos através de duas linhas preliminares: (1) uma comunicação direta entre os transportadores e os parceiros do negócio, ou (2) os provedores terceirizados como facilitador do processo de comunicação. As literaturas existentes destacam os mecanismos da metodologia de comunicação direta de uma comunicação (Browning e White, 2000), mas poucas pesquisas foram conduzidas sobre como os provedores terceirizados adicionam valor ao processo colaborativo da gestão de transporte. Esta pesquisa procura através da análise do estudo de caso, como um provedor terceirizado adiciona com sucesso o valor em logística através da gestão colaborativa de transporte. A organização selecionada para a análise é uma empresa de médio porte no segmento de transportes. A metodologia de análise foi de uma pesquisa exploratória in loco e também baseada no modelo de cadeia de valor de Porter (figura 1) mediante a identificação das atividades primárias (logística de suprimento, operações, logística de distribuição, marketing e vendas e serviços) da empresa Cesari Empresa Multimodal de Movimentação de Materiais Ltda localizada no município de Cubatão no Estado de São Paulo. A empresa dispõe de uma área de 25.000 metros quadrados, dotado de oficinas de manutenção com ferramentas de usinagem, montagem de motores, lavador, borracharia, caldeira e tratamento de efluentes. Dispõe também de veículos de manutenção e socorro mecânico e uma frota própria de 440 carretas, além de iso-containeres (em aço carbono e inox, alumínio e revestidos) adequados para todo o tipo de transporte. A classificação da frota vai do nível “A” – isotérmicas – com capacidade de até 27 toneladas, até o nível “F” – veículos de pequeno porte – também denominados de Toco Truck, com capacidade que variam de 07 até 14 toneladas. O objetivo foi analisar os resultados da integração dos processos sob o ponto de vista de suas estruturas, atividades e experiências procurando maximizar a sua posição competitiva e a sua eficiência interna. Com o novo modelo e um certo grau de mudança no sistema de gestão com foco no processo e sistema de qualidade, a empresa teve como objetivo inicial se transformar no "melhor do segmento". De fato, um procedimento formalizado da gestão da qualidade total para operações cotidianas certificadas por uma associação de reconhecido valor é claramente um fator competitivo
  • 8. diferencial, pois um processo estruturado é também um habilitador integral para controlar a organização dentro de um objetivo comum. Como objetivo secundário é o entendimento da natureza de relacionamentos entre a gestão dos processos e a gestão da cadeia de suprimentos. Observa-se que existe uma pequena evidência de que as empresas exploram atualmente a integração dos processos dos negócios na cadeia de suprimentos. Nos textos pesquisados estes assuntos são tratados de forma separada. A técnica de gestão dos processos dos negócios são aplicadas nas atividades internas das empresas, embora o conceito não esteja limitado pelas fronteiras da companhia, pois as pesquisas envolvendo a cadeia de suprimentos tendem a focalizar os relacionamentos entre organizações. As maiorias dos estudos concentram-se em um elo da cadeia e de suas ligações com fornecedores e clientes imediatos. COLETA DE DADOS A condução da pesquisa envolveu entrevistas in-loco, por telefone e e-mail com envolvimento de múltiplos informantes envolvidos no processo. Os tópicos da pesquisa incluíram o impacto da tecnologia de informação na gestão do transporte e o papel que a gestão colaborativa de transporte exerceu sobre os processos com base no modelo conceitual descrito em figura 1. Após as entrevistas, os investigadores procederam a verificação cruzada para a validação das mesmas com um resumo aprovado pelo contato respectivo da companhia para ser incluído no sumário geral. As entrevistas foram transcritas por ambos os autores e discutidas em separado para depois validar o conteúdo dos dados textuais. Além das informações sobre a tecnologia e os processos da companhia, os investigadores tiveram acesso às informações chaves do contato dos diversos clientes da empresa envolvidos no processo de gestão colaborativa de transporte. Adicionalmente, os dados agregados foram recebidos da empresa que permitiram uma série de economias de custo quantificáveis associados com os benefícios da gestão colaborativa de transporte destacadas na tabela 1. Estas economias de custo variam conforme caso que são discutidas e analisadas em detalhe, onde incluem os benefícios reais obtidos pelo CTM implantado. Tabela 1 VANTAGENS DA GESTÃO COLABORATIVA EM TRANSPORTES MÉTRICA EXEMPLO BENEFICIÁRIO Redução dos custos de transporte Eliminação de retorno vazio e Transportadora, cliente tempo de espera Otimização no uso dos ativos Redução de viagens não remuneradas Transportadora Melhoria no nível de serviços Melhoria na OTIF(on time in full); Fornecedor, cliente Aumento da visibilidade ìndice de desempenho transpararente Transportadora, cliente Melhoria na satisfação dos clientes Aumento dos pedidos perfeitos Transportadora, fornecedor, cliente Aumento da receita Aumento das vigens a plena carga; Fornecedor, cliente aumento do número de pedidos Transportadora Fonte: Kumar e Van Dissel, 1996 adaptado pelos autores Cada área identificou um conjunto de sub-processos que correspondem os processos essenciais e traçou as conexões que mostram como afetam o negócio. Desta forma a integração dos processos essenciais foi mencionada claramente, mas a integração e a extensão destes processos externos à organização não são especificadas. O envolvimento da alta gerência é atribuído muito claramente com a direção dos processos da mudança, e demonstrou um comprometimento considerável ao trabalho.
  • 9. ANÁLISE DOS DADOS Custo do Transporte: Um indicador importante do valor do CTM é a habilidade de reduzir custos do transporte através do planejamento avançado, da otimização e de atualização contínuos da posição do embarque. As métricas típicas, tais como, o custo por tonelada, o custo por metro cúbico e o custo por quilômetro permitem que o transportador compare os processos de CTM com os dados em nível históricos. A consolidação das cargas, as relações e seleção ótimas de cargas são fatores para a melhoria dos índices. A Cesari otimizou com a consolidação da carga os relacionamentos internos e externos uma economia da conversão da modalidade entre 8,5% a 20%. Adicionalmente, a consolidação da carga pode reduzir a probabilidade de danos de transporte que reduzem o risco financeiro. Estes processos fornecem economias de custo seja pelo fornecedor como o transportador em função dos custos menores de transporte pela otimização do frete e a utilização dos ativos. Permite ainda o sincronismo entre a capacidade de transporte inbund (suprimento) e o outbound (distribuição), cujo parâmetro de incluem: (1) o tempo estimado de transporte do próximo embarque; (2) os embarques vazios entre o destino do suprimento e a origem da distribuição; (3) o tempo de interrupção ou de espera entre a previsão de liberação de entrega do suprimento e a previsão de coleta do embarque para distribuição, e (4) o desconto dos custos por distância de via única é feita com base na consideração solução de transporte otimizado em custos na gestão de transporte. O resultado foi o crescimento de 72% na operação colaborativa devido à visibilidade global de toda a atividade do embarque através dos embarques múltiplos, de cargas vazias e do tempo de espera que podem ser reduzidos em função das informações de desempenho e capacidades consistentes. Desempenho em tempo real: Outro fator de sucesso é o desempenho em tempo real das atividades de coleta e entrega. Caso o produto ser entregue na modalidade de um custo menor, mas o produto chega tarde (ou não chega), o custo de oportunidade de uma venda perdida e o descontentamento do cliente pode não compensar as economias de custo do transporte. Em muitos ambientes just-in-time o atraso de quinze minutos pode inviabilizar o plano de produção, onde a prática do processo de transporte com perfeição é vital para a eficiência da cadeia de suprimentos. Com o processo colaborativo, a empresa obteve a melhoria do desempenho no tempo variando de 5 a 30% viabilizando o processo de cross-docking e carregamento direto do reboque que tornam mais eficaz o processo de carga e descarga. Além disso, pela dificuldade de quantificação em termos financeiros, a melhoria na programação de coleta e entrega, atualização da posição da carga e o planejamento de coleta e de entrega tornaram-se possíveis. Utilização dos Recursos: Os portadores beneficiam-se do processo colaborativo, inicialmente com a melhor utilização dos recursos. Depois pela redução de viagens vazias, excessivo tempo de interrupção e paradas, informação avançada de embarques, identificação do equipamento apropriado para alocação e a escolha dos condutores mais preparados e a maximização na utilização dos recursos. Como benefícios, mostraram que a utilização regional da frota aumentou de 10 a 42% devido a oportunidades complementares como a otimização dos retornos e a extensão do horizonte de planejamento das rotas. Nelas inclui a coleta no fornecedor de suprimentos, eliminando o deslocamento desnecessário do novo equipamento mediante o aproveitamento o veículo na área evitando assim o retorno à base sem carga. Esta integração permite a otimização dos custos fixos (condutor, recursos) e os custos variáveis (combustível, pneus) dos recursos permitindo a efetiva gestão dos custos. Custos Administrativos: Quando quantificados, a metodologia permite a redução considerável do tempo de administração na operação das atividades do transporte. Em muitos casos, o tempo de processamento médio do pedido é reduzido para meio até 2 dias. Além das economias dos custos diretos de inventário, da redução do tempo (incluindo o follow up) para a emissão do pedido e o tempo de entrega, observou-se a melhoria no nível de satisfação dos clientes. Conseqüentemente, notou-se uma redução no número de embarques a serem controlados (até 64%) devido à consolidação dos
  • 10. fretes. Finalmente, o número de entregas com atraso foi minimizado comparando-se com a modalidade de embarques desconsolidados e uma rede complexa de entregas. CONCLUSÃO A Cesari pode aperfeiçoar, coordenar, e executar CTM para controlar as ineficiências da cadeia de suprimentos pela combinação dos três elementos da sua plataforma (1) da massa crítica dos recursos do frete e a rede de ativos da transportadora (2) Conectividade baseada no sistema web (3) a integração de processos que permitiram a otimização na busca da melhor combinação do frete com os recursos de transporte. A empresa pode aumentar as relações da carga plena e minimizar milhas vazias, tempo de espera que reduza o custo e aumente o serviço dentro da rede de transporte. Os serviços múltiplos ofertados pelas companhias de transporte tendem a serem segmentadas em diversos serviços especializados para obter custos menores ou no sentido de ofertar serviços de valor agregado (armazenamento, empacotamento, etc.) com os arranjos e alianças com parceiros terceirizados. A TI permitiu a expansão da cadeia e o rastreamento em tempo real das cargas permite aos clientes o monitoramento das suas entregas por meio das redes de dados e informações. Por outro lado, a gestão de relacionamentos com o cliente é a força que conduz a novas oportunidades de desenvolvimento. Os serviços de logística por contrato com os terceiros possibilita o compartilhamento das facilidades, a terceirização e alianças ampliam o mix de serviços de entregas JIT (just-in-time) e o serviço completo de distribuição desde o processamento dos pedidos, as funções de armazenamento e a entrega fracionada. O fator característico na organização estudada neste artigo é que têm uma cultura da gestão da qualidade total e empreendem tanto os procedimentos de avaliação interna quanto as externas. O corpo gerencial tem um papel importante no sucesso na integração dos processos ao longo da cadeia de suprimentos. Equipes capacitadas e especializadas possuem um sentido e direção clara para conduzir suas decisões e um forte apoio para promover novas idéias em toda a amplitude da organização. De fato, toda a técnica de gestão baseada em processos requer a identificação e a documentação de processos essenciais e a estruturação das etapas para facilitar as eventuais mudanças. Os processos essenciais têm como base o fluxo de informações entre os elos e são dispostos de maneira adequada aos objetivos comuns de cada cadeia, de forma a estabelecer uma comunicação eficaz entre os processos. Esta comunicação pode ser formalizada com uma conexão ou ser ampliada como "chatting" entre os empregados que compartilham os espaços comuns do local de trabalho. AS DIFICULDADES EM ESTENDER A CADEIA DE SUPRIMENTOS O processo de desenvolvimento da cadeia de suprimentos torna-se cada vez mais específico aumentando a sua complexidade. O número dos enlaces para a gestão aumenta e a comunicação compartilhada dos objetivos comuns torna-se mais difícil. Os elos da cadeia tornam-se mais dependentes entre si. Esta dependência pode causar sentimentos de insegurança nos gestores que sentem que o controle dos destinos da empresa não estão apenas na dependência única de forma centralizada. O modelo de gestão "enxuta" de inventário é crítica, exercendo a função de "pulmão" entre atividades, nos casos em que os elos são pequenos individualmente, possibilitando a significativa adição de valores no nível de inventário na rede inteira. As informações da demanda dos clientes através da cadeia podem ser super dimensionadas em cada elo, portanto de forma distorcida na estrutura de suprimento indicando uma demanda acima da realidade. Estes fatores são evidências de que há pouca integração dos processos do negócio entre as organizações que compõem a cadeia de suprimentos. BIBLIOGRAFIA
  • 11. Armistead, C. (1996) "Principles of business process management," Journal of Managing Service Quality, Vol. 6 No. 6, pp. 48-52. Ballou, R.H. (1993) Logística Empresarial, São Paulo: Atlas, 1993. 388p. Ching, H.Yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística, São Paulo: Atlas, 1999. Christopher, M. (1992), Logistics and Supply Chain Management, Pitman Publishing, London. Christopher, M. (1999). “Supply chain world class best practice”, paper presented to the IBEC-CBI Joint Business Council Conference, “Logistics – the key to competitive advantage”, Belfast, 14 May. Cooper, M.C., Elli-am, L.M., Gardner, J.T. and Hanks, A.M. (1977), “Meshing multiple alliances”, Journal of Business Logistics, Vol. 18 Nº. 1, pp. 67-89. Corrigan, S. (1996), “Human and organizational aspects of business process reengineering”, Warwick Manufacturing Group, http://bprs.warwick.ac.uk/shelf-focus. Davenport, T. and Short, J. (1990), "The new industrial engineering: information, technology and business process redesign", Sloan Management Review, Vol. 31 No. 4, pp. 11-27. Doyle, M. (1998), Overcoming communication barriers”, in Transportation & Distribution, Vol. 39 Nº 10, October, p. 91. Esper,Terry, Williams,Lisa R.; The value of Collaborative Transportation Management (CTM): Its relationship to CPFR and information technology; Transportation Journal. Lock Haven: Summer 2003. Vol. 42, Iss. 4; pg. 55 Hamel, G.D. and Prahalad, C.K. (1989), “Collaborate with your competitors – and win”, Harvard Business Review, January-February. Hill, F.M. and Collins, L.K. (1998), “The positioning of BPR and TQM in long-term organizational change strategies”, The TQM Magazine, Vol. 10 Nº 6, pp. 438-46. Kenderdine, J.M. and Larson, P.D., "Quality and logistics: a framework for strategic integration", International Journal of Physical Distribution and Materials Management, Vol. 18 No. 7, 1988, pp. 5-10. Lee, H. (1999), “Winning on the new competitive battlefield: integrating your supply chains”, from Supply Chain: Results in Motion at http://www.hp.com/go/supplychain Lee, R.G. and Dale, B.G. (1998), “Business process management: a review and evaluation”, Business Process Re-engineering & Management journal, Vol. 4 Nº 3, pp. 214-25. McKay, A. and Radnor, Z. (1998), "A characterization of a business process", International Journal of Management > Production Management, Vol. 18 No. 910, pp. 924-36. Moss Kanter, R. and Dretler, T.D. (1998), "`Global strategy' and its impact on local operations: lessons from Gillette Singapore", The Academy of Management Executive, Vol. 12 No. 4, pp. 60-8. Peppard, J. and Rowland, P. (1995), The Essence of Business Process Reengineering, Prentice Hall, London. Porter, M. (1987), "Managing value - from competitive advantage to corporate strategy", Harvard Business Review, May-June. McAdam, R., McCormack, D. Integrating business processes for global alignment and supply chain management. Business Process Management Journal. Bradford 2001. Vol. 7, Iss. 2; pg. 113-18. Ryan, H.W. (1994), “Reinventing the business”, Information Systems Management, Spring, pp. 77-9. Sethi, V. and King, W. (1998), Organizational Transformation through Business Process Reengineering, Prentice Hall, London. Mabert, V.A., Venkataramanan, M. A.; Special research focus on supply chain linkages: Challenges for design and management in the 21st century; Decision Sciences. Atlanta: Summer 1998. Vol. 29, Iss. 3; pg. 537, 16 pgs. Zairi, M. (1997), "Business process management: a boundary less approach to modern competitiveness", Business Process Re-engineering & Management journal, Vol. 3 No. 1, pp. 64-80.