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Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010



Modelo analítico de suporte à configuração e
integração da cadeia de suprimentos

Analytical model of support for setting
up and integratiing a supply chain

                                               Josenildo Brito de Oliveira1
                                              Maria Silene Alexandre Leite2


    Resumo: O objetivo deste artigo é propor um modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia
    de suprimentos como base ao desenvolvimento e/ou melhoria de projetos SCM. Os aspectos metodológicos
    basearam-se em uma revisão de literatura sobre temas relacionados à gestão da cadeia de suprimentos e cadeias de
    valor. A natureza da pesquisa empregada nesse artigo é básica, uma vez que se produziu um instrumento teórico sem
    aplicação prática. Foi estabelecida uma estrutura conceitual subsidiada por uma pesquisa bibliográfica, exploratória
    e descritiva, promovendo os fundamentos necessários ao desenvolvimento do modelo proposto. A abordagem dada
    ao artigo é qualitativa, cujos resultados teóricos produzidos representaram a proposição de um modelo analítico
    desenvolvido para configurar adequadamente a cadeia de suprimentos, integrando várias perspectivas necessárias
    a uma melhor contextualização das interações entre os elos e membros do arranjo. Portanto, esse artigo concebeu
    um instrumento para auxiliar na melhoria ou desenvolvimento de projetos de gestão da cadeia de suprimentos.
    Palavras-chave: Modelo analítico. Configuração. Cadeia de suprimentos. Projetos SCM.


    Abstract: The objective of this article is to propose an analytical model of support to the configuration and integration
    of the supply chain as the basis for the development and/or improvement of SCM projects. The methodological
    aspects were based on a review of the literature on issues related to supply chain management and value chains.
    The nature of the research used in this article is basic since it produced a theoretical instrument without practical
    application. A conceptual structure was built supported by an exploratory and descriptive literature review
    providing the foundation for the development of the proposed model. The approach of this article is qualitative.
    The theoretical results obtained represent the proposition of an analytical model developed to properly set up the
    supply chain integrating various perspectives for a better contextualization of the interactions between the links
    and members of arrangement. Thus, this article proposes a tool to assist in the development or improvement of
    projects for supply chain management.
    Keywords: Analytical Model. Set up. Supply Chain. Projects SCM.


1 Introdução
    A abertura dos mercados trouxe um cenário de intensa          de requisitos dos clientes (CHRISTOPHER, 2007);
concorrência global. Empresas passaram a competir não             uso da tecnologia de informação no compartilhamento
mais localmente, mas rompendo fronteiras comerciais               de processos (CHOPRA; MEINDL, 2003; CARR;
e territoriais. Hoje a competitividade já alcança grandes         KAYNAK, 2007; SKIPPER et al., 2008); integração
cadeias de suprimentos. A disputa pelo share se aloja             intra e interempresarial (STANK et al., 2001,
nas perspectivas da competência e do nível de disputa             SAMARANAYAKE, 2005; DONK et al., 2008);
da cadeia de suprimentos em oferecer um nível melhor              complexidade na gestão dos arranjos (LAMBERT et al.,
de serviço sem que o consumidor pague mais por isso.              1998; MENTZER et al., 2001, MORGAN, 2007),
Alguns fatores contribuíram para esse cenário: melhoria           entre outros.
dos processos de produção, em particular nos ambientes               Visando superar os desafios provenientes da acirrada
avançados de manufatura (TUBINO et al., 2007); da                 competição e acompanhar a evolução no nível de
visão focada no produto ao atendimento responsivo                 exigência dos consumidores, as empresas passaram


1
    Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – PPGEP, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Rua Osvaldo Cruz,
    847, Centenário, Campina Grande – PB, E-mail: josenildo_brito@yahoo.com.br
2
    Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – PPGEP, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Campus
    Universitário, Centro de Tecnologia, Cidade Universitária, João Pessoa – PB, E-mail: leite@ct.ufpb.br
Recebido em 12/9/2008 — Aceito em 18/5/2010
Suporte financeiro: CNPq.
448 Oliveira et al.                                             Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010


a formar arranjos para obter vantagens competitivas     tornar-se uma ferramenta valiosa para verificar se as
que dificilmente conseguiriam se atuassem de maneira    competências centrais dos integrantes do arranjo estão
isolada das outras empresas. A cadeia de suprimentos    alinhadas para gerar valor aos diversos stakeholders
representa um formato empresarial que se insere num     interessados. Segundo Novaes (2004), “a cadeia de
contexto de grande complexidade, dado o grande          suprimentos é formada por uma sequência de cadeias
número de interações trocadas entre os membros da       de valor, cada uma correspondendo a cada uma das
cadeia, tornando a gestão mais difícil (MORGAN,         empresas que formam o sistema”. De acordo com
2007). Uma cadeia de suprimentos, para Mentzer et al.   Koh e Nam (2005), uma cadeia de valor é uma série
(2001), é um conjunto de três ou mais entidades         de atividades pelas quais promovem o valor, com
diretamente envolvidas com o fluxo, a montante          ênfase no planejamento e coordenação dos negócios
e a jusante, de produtos, serviços, finanças, e/ou      para se obter o melhor desempenho.
informações da fonte ao consumidor. As dificuldades        Alguns trabalhos já contribuem para reforçar
na gestão dessas relações podem se evidenciadas por     a importância das cadeias de valor na gestão da
diversos autores (MOBERG et al., 2004; CHOY et al.,     cadeia de suprimentos (BOVET; MARTHA, 2000;
2007; FORSLUND, 2007; TÖYLI et al., 2008). De           KIRCHMER, 2004; TAYLOR, 2005; ZOKAEI;
acordo com Lambert, Cooper e Pagh (1998), a cadeia      SIMONS, 2006; KOH et al., 2007). Portanto, o
de suprimentos representa todas as organizações         projeto e a gestão de uma cadeia de suprimentos
com as quais a empresa líder de um arranjo interage     devem considerar a integração das cadeias de valor
direta ou indiretamente através de seus fornecedores    no âmbito dos elos do arranjo.
e clientes.                                                Observações mostram que usualmente o projeto
   O conceito de logística integrada criado para        de uma cadeia de suprimento resulta de ações não
integrar operações logísticas no âmbito interno da      sistematizadas estimuladas por ações reativas de
empresa estimulou o surgimento do conceito SCM          seus membros em responder às demandas dos
(Supply Chain Management) ou gestão da cadeia           clientes e aos ataques concorrenciais, quando o
de suprimentos. Pela análise da literatura não é
                                                        projeto de gestão integrada da cadeia de suprimentos
possível identificar com certa precisão a origem do
                                                        deveria ser desenvolvido e planejado para funcionar
termo (COOPER et al., 1997; LAMBERT et al.,
                                                        sustentavelmente e de maneira proativa às múltiplas
1998; PIRES, 2004). Observou-se, entretanto, que
                                                        demandas existentes. Por outro lado, o desenvolvimento
os processos de negócios entre os participantes da
                                                        de um projeto de gestão de uma cadeia de suprimentos
cadeia de suprimentos necessitavam de integração.
                                                        prescinde de configuração, mapeamento e a integração
   Essa integração foi buscada através do conceito
                                                        de aspectos-chave, tais como os processos de negócios
SCM, com a finalidade de que os processos de
                                                        trocados entre integrantes.
negócios transacionados entre os membros da cadeia
de suprimentos fossem compartilhados para melhorar         A literatura evidencia que geralmente a configuração
o fluxo de produtos e materiais, da extração da         de uma cadeia atende a poucos requisitos, que
matéria-prima, passando pela entrega do produto         usualmente não estão conectados entre si. Todavia,
final ao cliente e acabando no fluxo de retorno de      algumas contribuições têm sido observadas no sentido
materiais e produtos retornáveis. Figueiredo (2001)     de melhor configurar uma cadeia de suprimentos
comenta a influência da logística integrada para a      (COOPER et al., 1997; LAMBERT et al., 1998;
integração externa relacionada à gestão dos fluxos      CROXTON et al., 2001).
de materiais e informações ao longo da cadeia (de          Uma das justificativas deste artigo é a insuficiência
fornecedores a clientes finais). Para Bowersox e        de instrumentos adequados para configurar uma cadeia
Closs (2001), a logística integrada “é vista como a     de suprimentos como base para o desenvolvimento de
competência que vincula a empresa a seus clientes       projetos SCM que integrem várias perspectivas, já que
e fornecedores”. Nesse sentido, o conceito SCM          a gestão de uma cadeia de suprimentos deve assumir a
tem sido empregado para melhorar a eficiência na        existência de um grande número de interações trocadas
gestão da cadeia de suprimentos e aumentar o nível      entre seus integrantes, desde os fornecedores aos
de serviço demandado por todos os atores do arranjo,    clientes finais. Outra perspectiva que não é integrada
incluindo fornecedores, consumidores, atacadistas,      aos demais aspectos refere-se ao alinhamento dos
varejistas, operadores logísticos, clientes finais,     vários objetivos presentes na cadeia de suprimentos.
plantas industriais, entre outros.                      Notou-se que nos modelos (e.g. LAMBERT et al.,
   O incremento na eficiência de uma cadeia de          1998) para configurar a cadeia de suprimentos, o
suprimentos passa necessariamente pela análise          alinhamento não era tratado integradamente com outras
do valor gerado entre os elos do arranjo. Nesse         perspectivas, tais como: nível de serviço; princípios
sentido, avaliar as cadeias de valor dos membros        SCM; tipo de abordagem de gestão necessária para
tem sido uma alternativa ainda pouco usada na           conduzir de maneira eficiente os processos de negócios
gestão da cadeia de suprimentos, no entanto, pode       trocados entre os membros.
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos                               449


   Uma cadeia de suprimentos pode ser configurada           a jusante do fabricante, sendo representados por
de diversas maneiras, dependendo dos objetivos              fornecedores, distribuidores e varejistas. A Figura 1
propostos. Entretanto, considerando uma perspectiva         ilustra as cadeias de valor distribuídas para formar
mais integrada e sistêmica, definiu-se como lacuna          o sistema de valores.
a seguinte questão de pesquisa: como configurar e              Para Porter (1989), a análise da cadeia de valor
integrar uma cadeia de suprimentos como base para o         de cada empresa passa pela avaliação das atividades
desenvolvimento de projetos SCM? Considerando o             praticadas e pela forma como interagem na organização,
que foi exposto nessa seção e no intento de responder       para se compreender potenciais variáveis-chave
a essa lacuna, traçou-se como objetivo: propor              de vantagens competitivas à entidade. Existem
um modelo analítico de suporte à configuração e             inúmeros conceitos sobre cadeia de valor (LUCHI;
integração da cadeia de suprimentos como base ao            PALADINO, 2000; RAINBIRD, 2004; KOH; NAH,
desenvolvimento e/ou melhoria de projetos SCM.              2005; BUTLER et al., 2007).
   Portanto, a proposta do modelo busca oferecer               Alguns conceitos expressam um conjunto de
subsídios para o aperfeiçoamento de projetos SCM            atividades de valor necessárias à produção e entrega
com base num mapeamento contextualizado da cadeia           de um bem ou serviço ao consumidor final. Outros
de suprimentos. Assim, a configuração adequada do           abordam as atividades da empresa ao cliente, enquanto
arranjo permite projetá-lo melhor para funcionar            outras abordagens estendem as atividades de valor
adequadamente no mercado de atuação. Na sequência,          a montante e a jusante, todavia Porter (1989) deu
segue uma breve abordagem teórica sobre os temas            origem ao conceito de uma cadeia genérica de
tratados nesse artigo.                                      valor, subdividida em várias atividades, conforme
                                                            Figura 2.
2 Abordagem teórica                                            A cadeia genérica de valor, segundo Porter
   Vários autores têm contribuído para definir uma          (1989), representa as atividades de valor agregado
cadeia de suprimentos (LA LONDE; MASTERS,                   geradas pela empresa para atender os requisitos
1994; CHRISTOPHER, 1997; MENTZER et al.,                    demandados pelos consumidores sob a forma de
2001; THAKKAR et al., 2008). No insight de La               produtos. Na Figura 2, o autor classifica as atividades
Londe e Powers (1993), os autores prediziam que             de valor em primárias (logística interna, operações,
no século 21 o enfoque estaria em toda cadeia               logística externa, marketing e vendas e serviço)
de suprimentos. Nesse sentido, sob a perspectiva            e de suporte (infraestrutura, gestão de recursos
sistêmica adaptou-se o seguinte conceito: conjunto          humanos, desenvolvimento de tecnologias e a
agregado de cadeias de valor associadas por relações        aquisição de insumos/serviços). Como resultado
interorganizacionais que são estendidas a montante          do cruzamento entre as atividades, gera-se uma
e jusante da empresa focal, com o propósito de              margem, conseguida através da subtração dos custos
processar os fluxos financeiro, de materiais, bens,         relacionados às atividades de valor do produto. A
serviços e informações, do primeiro fornecedor do           relação de interdependência entre as atividades resulta
fornecedor até o último cliente do cliente, tal como o      nos elos e liga as atividades de valor.
fluxo reverso de componentes, produtos e materiais             O estudo das cadeias de valor entre os membros
retornáveis, gerando valor ao cliente.                      da cadeia de suprimentos revela se os elos estão
   Uma empresa focal ou líder usualmente exerce             gerando o valor esperado pelos clientes finais e
alguma influência entre os membros, determinando            demonstra se as competências centrais dos membros
muitas vezes o modo de coordenação da cadeia de             (atividades de valor) são compatíveis, sincronizadas
suprimento. Na perspectiva da cadeia de suprimentos,        e complementares para maximizar o nível de
as cadeias de valor podem formar um sistema de              serviço esperado. A análise das atividades de valor
valores, que por sua vez está relacionado com o             é relevante para a gestão da cadeia de suprimentos e
rol de atividades formado por elos a montante e             viabilização do projeto SCM. Alguns autores destacam




Figura 1. Cadeia genérica de valor. Fonte: Porter (1989).
450 Oliveira et al.                                                     Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010




Figura 2. Subdivisão de uma cadeia genérica de valor. Fonte: Porter (1989).



a influência da logística integrada para o conceito SCM        como função primária integrar os processos de
(CHRISTOPHER, 1997; CAVINATO, 1999; WOOD                       negócios que são executados no âmbito das cadeias
JR., 2004; BALLOU, 2006; CORONADO, 2007). Já                   de suprimentos, atuando do primeiro fornecedor do
Lambert et al. (1998) oferecem um escopo maior ao              fornecedor ao último cliente do cliente, incluindo
conceito SCM, tratando a logística como subgrupo               o retorno de produtos e materiais no fluxo reverso
de apoio aos processos de negócios extensos à cadeia           de produção.
de suprimentos e interligados por meio de fronteiras              O Council of Supply Chain Management
intra e interorganizacionais. Para Cooper et al. (1997)        Professionals ou CSCMP (2005) definiu que a
a integração de processos e atividades de negócios na          gestão da cadeia de suprimentos (SCM) abrange o
cadeia logística extrapola a definição de logística.           planejamento e gestão de todas as atividades envolvidas
    É pertinente esclarecer quais as relações entre redes,     na obtenção e fornecimento, conversão e gerenciamento
cadeias de suprimentos, cadeias de valor e logística,          de todas as atividades logísticas. Incluem ainda a
considerando o que foi exposto nesta seção. Atualmente         coordenação e colaboração com parceiros nos canais,
as redes são mais do que a simples junção de empresas,         podendo ser fornecedores, intermediários, provedores
todavia uma forma de as organizações competirem                de serviços logísticos e clientes. Em essência, SCM
para aumentar suas chances de sobrevivência no                 integra a gestão do fornecimento e da demanda entre
mercado. Assim, as redes podem ser formadas por                as empresas integrantes.
diversas empresas, não sendo o fator geográfico                   A gestão da cadeia de suprimentos pode atender
impedimento para atuarem no mundo globalizado.                 a vários objetivos. Para Pires (2004) os objetivos
Dentre os vários tipos de redes destacam-se alguns:            SCM passam pela redução dos custos produtivos e
consórcio modular, cadeia de suprimentos , arranjo             maior agregação de valor ao produto através de um
produtivo local, entre outros.                                 processo de gestão focado em toda a extensão da
    As cadeias de suprimentos podem operar de                  cadeia. Percepção também sustentada por Chopra
maneira integrada em diversas partes do mundo,                 e Meindl (2003), cujo objetivo de toda cadeia de
com clientes e fornecedores globalizados, bem como             suprimento é de maximizar o valor global gerado. Os
seus sistemas de produção através da terceirização             objetivos de gestão de uma cadeia de suprimentos,
(Globalsourcing). Não existem fronteiras espaciais             para Chopra e Meindl (2003), devem estar alinhados
para as grandes cadeias de suprimentos, como é o caso          com princípios de gestão, não obstante os diversos
da Dell Computadores. Uma cadeia de suprimentos                objetivos defendidos pelos membros da cadeia.
é formada por um conjunto de empresas estratégicas                O alinhamento estratégico, para Chopra e Meindl
lideradas por uma empresa líder. Cada empresa                  (2003), significa que as estratégias, competitiva e
componente contribui com suas competências centrais,           da cadeia, têm objetivos comuns. Para os autores o
as quais estão inseridas nas cadeias de valor das              alinhamento estratégico diz respeito à compatibilidade
organizações arranjadas.                                       entre prioridades advindas do cliente, satisfeitas pela
    O conjunto de cadeias de valor das empresas                estratégia competitiva, e às habilidades da cadeia de
componentes configura uma cadeia de suprimentos.               suprimento, criadas pelas estratégias da cadeia.
Nesse sentido, esse conjunto pode ser constituído por             Anderson et al. (2000) aplicaram uma pesquisa
fornecedores e clientes distribuídos globalmente no            em cadeias de suprimentos, cujo objetivo foi
mundo em função do atendimento de necessidades                 identificar práticas de sucessos nesses arranjos. Os
mútuas. Nesse contexto, a logística integrada é                autores identificaram sete princípios: segmentação
a área de ligação entre as cadeias de valor, tendo             logística; customização do sistema logístico; previsão
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos                                451


e percepção da demanda; postergação; gestão das                Estudos realizados pelo Global Supply Chain
fontes de suprimento; uso da tecnologia de informação       Forum (COOPER et al., 1997, LAMBERT et al.,
e adoção de métricas de desempenho. Com esses               1998) identificaram oito processos-chave que orientam
princípios foi possível melhorar a eficiência no nível      a análise das relações na cadeia de suprimentos
de serviço demandado pelos clientes. Larson (1998)          (CROXTON et al., 2001): gestão da relação com
sublinha que o resultado de um ou mais processos ou         o cliente; gestão de serviços ao cliente; gestão da
interfaces projetados para atender as expectativas do       demanda; atendimento dos pedidos; gestão do fluxo
consumidor forma as bases dos serviços e do nível           de produção; gestão da relação com os fornecedores;
de serviço especificado.                                    desenvolvimento e comercialização de produtos e
    A configuração de uma cadeia de suprimentos             gestão do retorno. O Supply Chain Council (2002)
pode revelar interações e relações entre os membros.        desenvolveu o modelo SCOR ou Supply Chain
“Essas redes de configurações refletem os papéis e          Operations Reference Model, constituído de cinco
as atividades interconectadas dentro de uma cadeia          processos: planejamento, aquisição, fabricação,
de suprimento intraempresarial (McCORMACK;                  entrega e retorno (STEWART, 1997).
KASPER, 2002)”. Diversos autores têm abordado                  Para Lambert et al. (1998), três aspectos são
a configuração da cadeia de suprimentos com                 importantes para descrever, analisar e gerenciar
ênfase na melhoria do processo de gestão. Segundo           uma cadeia de suprimentos quanto à sua estrutura:
Pires et al. (2004), a análise das configurações deve       a estrutura horizontal (número de níveis ao longo da
representar o atual estágio de desenvolvimento da           cadeia); estrutura vertical (número de fornecedores/
SCM, provendo potenciais oportunidades de melhorias         clientes em cada nível) e a posição horizontal da
no gerenciamento nos diversos elos, contribuindo para       empresa focal na cadeia de suprimentos (a empresa
o processo de tomada de decisões. Para Lambert et al.       foco pode estar perto da fonte inicial de suprimento,
(1998) conhecer explicitamente e compreender como           próxima dos clientes finais, ou em alguma posição
a estrutura de rede da cadeia de suprimentos está           entre os pontos extremos da cadeia). Os membros
                                                            de uma cadeia de suprimentos, para Lambert et al.
configurada constitui fator-chave de gestão.
                                                            (1998), podem ser classificados em primários e
    Nota-se que parte das abordagens não assume
                                                            secundários.
uma perspectiva integrada, focando-se em aspectos
                                                               Um membro primário é uma empresa autônoma
isolados da gestão. Os produtos encadeados em uma
                                                            a qual desempenha uma atividade operacional e/ou
dada cadeia de suprimentos apresentam características
                                                            gerencial relativa aos processos de negócios projetados
que os credenciam a fluir numa cadeia mais adequada.
                                                            para produzir saídas específicas a um cliente ou
Huang et al. (2002) classificam em: funcionais,
                                                            mercado. Já um membro secundário fornece os
inovadores e híbridos. Fisher (1997) criou um modelo
                                                            conhecimentos, utilidades e recursos, entre outros, para
conceitual para escolher estrategicamente a cadeia          que um integrante primário possa executar suas funções
a partir da definição da natureza da demanda dos            essenciais (LAMBERT et al., 1998). Os membros
produtos ofertados pela empresa, classificando-os           primários e secundários são conectados através
em funcionais e inovadores. Ele associa cadeias             de relações mantidas entre processos de negócios.
com processos fisicamente eficientes aos produtos           Uma cadeia de suprimentos pode ser representada
funcionais, e as cadeias com processos responsivos ao       pela dinâmica de interações existentes entre os
mercado aos produtos inovadores. Os primeiros são           membros e os processos de negócios. Lambert et al.
produzidos para atender às necessidades básicas dos         (1998) classificaram as relações estabelecidas entre
consumidores. Já os produtos inovadores representam         os processos-chave em: relações gerenciadas; não
as inovações incorporadas a eles, fazendo da demanda        gerenciadas; monitoradas; e com não membros. A
volátil e imprevisível (FISHER, 2007).                      Figura 3 mostra os níveis, a empresa focal, os não
    A análise das competências centrais dos integrantes     membros e a estrutura de relações entre os processos
na cadeia de suprimentos pode revelar a transferência       dos membros .
de processos que não agregam valor a outros. Para              A flexibilidade nos sistemas de produção é abordada
McIvor (2003), as habilidades da empresa devem ser          por Christopher (2000) através do suprimento ágil, que
mantidas se elas servirem para sustentar uma vantagem       é capacidade de uma empresa responder rapidamente
competitiva, caso contrário devem ser negociadas            às mudanças na demanda, considerando volume
com alianças estratégicas e relações cooperativas.          e variedade. Já Naylor et al. (1999) destacam o
Vollmann et al. (1996) classificaram as competências        suprimento enxuto contraposto ao suprimento ágil.
na cadeia em: distintivas, qualificadoras e básicas.        O suprimento enxuto, segundo os autores, desenvolve
A identificação da importância das competências             um canal de valor para eliminar desperdício e habilitar
permite às empresas estabelecerem as relações entre         um nível de programação.
os processos de negócios com variados graus de                 A flexibilidade baseia-se na visão híbrida de
proximidade entre parceiros.                                abordagens enxutas e ágeis combinadas e integradas
452 Oliveira et al.                                                                                         Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010


         Nível 3                                                     Nível 2      Nível 1                 Nível 1      Nível 2             Nível 3
   Fornecedores iniciais                                          Fornecedores Fornecedores               Clientes     Clientes    Clientes/clientes finais

                                                                        1                                                 1



                                       Nível 3 a n fornecedores
                                                                        2             1
                                                                                                                          2
                                                                        n
                                                                                                             1




                                                                                                                                                            Clientes/clientes finais
         Fornecedores iniciais




                                                                        1                                                 n
                                                                                      2
                                                                        n
                                                                                                                          1
                                                                        1                                    2




                                                                                                                                     Nível 3 a n clientes
                                                                        2                                                 n
                                                                                      3         1
                                                                        3
                                                                                                             n            1
                                                                        n                       1
                                                                        1             n                                   2
                                                                        n                       1
                                                                                                                          n
                                                                                                n


                                                                            Não membros da cadeia de                 Membros da cadeia de
                                 Empresa focal
                                                                            suprimentos da empresa focal             suprimentos da empresa focal

                                 Relações gerenciadas de processos                                   Relações monitoradas de processos
                                 Relações não gerenciadas de processos                               Relações de processos com não membros

Figura 3. Relações de processos de negócios interempresariais. Fonte: Lambert et al. (1998).




em um ponto de decomposição para otimizar a cadeia                                                  abertos; cooperação; coordenação e colaboração. Já
de suprimentos (BRUCE et al., 2004). De acordo com                                                  Lambert et al. (1996) comentam cinco relacionamentos:
Christopher (2000), a responsividade na cadeia de                                                   Arm’s Lenght; tipo 1; tipo 2; tipo 3; Joint Ventures e
suprimentos está ligada ao atendimento rápido dos                                                   integração vertical. Figueiredo, Fleury e Wanke (2006)
requisitos demandados pelo mercado.                                                                 conceberam, ao estudar embarcadores e provedores
   Outra perspectiva bastante discutida na literatura                                               logísticos, três tipos de parcerias: o tipo 1 – parceria
sobre cadeia de suprimentos refere-se aos diversos                                                  de curto prazo; tipo 2 – parceria de longo prazo; e o
tipos de relacionamentos e suas motivações. O grau                                                  tipo 3 – parceria sem prazo limite.
de relação mantido por uma empresa focal e seus                                                        Os ativos na cadeia de suprimentos podem ser
parceiros reflete o nível de integração e coordenação                                               compreendidos sob duas maneiras: os ativos tangíveis,
entre as empresas em função dos objetivos em comum                                                  segundo Bowersox e Closs (2001), representam
celebrados na gestão de uma cadeia. A integração                                                    o montante de investimentos em instalações e
passa pelo aperfeiçoamento e comprometimento das                                                    equipamentos com o objetivo de atender as metas
parcerias. Cooper e Gardner (1993) destacam seis                                                    logísticas preestabelecidas, além do investimento
razões para explicar a consolidação de parcerias:                                                   de capital de giro associado ao estoque; os ativos
necessidade; assimetria; reciprocidade; eficiência;                                                 intangíveis, conforme Kaplan e Norton (1997),
estabilidade e legitimidade. Para Maheshwari et al.                                                 permitem que uma empresa desenvolva relacionamentos
(2006), as parcerias numa cadeia de suprimentos                                                     centrados na fidelidade dos clientes e atendimento
representam uma coalizão estratégica entre duas ou                                                  de requisitos, produtos inovadores, customização
mais empresas em uma cadeia de suprimentos. Segundo                                                 de alta qualidade, a melhoria contínua e utilização
Whipple e Gentry (2000), quatro razões direcionam a                                                 potencial da tecnologia de informação.
consolidação das parcerias: financeiras; estratégicas;                                                 Os membros da cadeia de suprimentos e seus
de gestão e tecnológicas. Já para Bowersox e Closs                                                  processos de negócios são conectados por meio
(2001), quatro causas promovem alianças: dependência                                                da interface entre os principais elos da cadeia.
mútua; clareza de poder; ênfase na cooperação e                                                     Essa interface se consolida em termos de fluxo de
especialização central.                                                                             informação, cujo nível de eficiência associa-se ao
   Quanto aos relacionamentos, Spekman et al.                                                       processamento de informações. Para Chopra e Meindl
(1998) descreveram em: negociações em mercados                                                      (2003), “a informação serve como uma conexão
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos                              453


entre os diversos estágios da cadeia de suprimentos,        identificando cinco tipos de abordagem: perceptiva
permitindo que possam coordenar suas ações e colocar        da cadeia; de vínculo; da informação; da integração
em prática muitos dos benefícios de maximização             e futura.
da lucratividade total da cadeia”.                             A configuração da cadeia de suprimentos,
    As interfaces requerem quatro elementos:                dependendo do instrumento a ser utilizado para
hardwares, softwares, gestores e operadores do              esse fim, pode determinar o tipo de gestão dado à
sistema, e integração desses elementos no fluxo das         cadeia, mesmo esta não sendo formalizada. Portanto,
informações na cadeia de suprimentos. A tecnologia          a configuração e mapeamento integrado da cadeia
da informação como recurso necessário ao processo           de suprimentos é condição necessária à construção
de integração e interface da cadeia contribui para a        ou aperfeiçoamento dos projetos SCM. Por fim,
consolidação dos procedimentos de comunicação               o mapeamento das relações em uma cadeia de
(CHOPRA; MEINDL, 2003) . Avaliar o desempenho               suprimentos permite gerar condições de melhorar
da cadeia é outro aspecto relevante para aferir o           o desempenho e aumentar a confiabilidade entre
cumprimento dos planos estratégicos, tema explorado         empresas do arranjo (LEE et al., 2007).
por diversos autores (BITITCI et al., 1997; REY,
1998; HOLMBERG; DREYER, 2000; LAMBERT;                      3 Aspectos metodológicos
POHLEN, 2001; MORGAN, 2004).                                   A Figura 4 ilustra os aspectos metodológicos
    O desenvolvimento de projetos SCM pode ser              utilizados neste artigo. A natureza desta pesquisa foi
realizado após a cadeia já vir operando (estando            básica, uma vez que se desenvolveu um instrumento
ou não formalizada) ou quando não existir nenhum            teórico sem que a aplicação prática fosse realizada.
planejamento prévio (no caso de as empresas se              Inicialmente foi feita uma revisão de literatura com
reunirem para projetar a cadeia e o modelo de gestão).      a finalidade de aprofundar as discussões em torno
Com base nas pesquisas literárias, os autores deste         da configuração das cadeias de suprimentos e de
artigo desenvolveram o seguinte conceito para               conceitos SCM. A pesquisa bibliográfica de caráter
projetos SCM : é a concepção, planejamento, projeto,        exploratório e descritivo buscou também verificar
implantação e acompanhamento de um modelo de                como os autores da área tratavam os temas: projetos
gestão construído com base na complexidade do               SCM e configuração e mapeamento das cadeias. A
ambiente de uma cadeia de suprimentos, buscando-se          estrutura conceitual foi construída com base em dados
atingir e manter a integração e desempenho dos              de natureza qualitativa e proporcionou fundamentos
processos de negócios trocados entre os membros             necessários à construção do modelo proposto. Segundo
da rede. Assim, a proposta deste artigo atende a            Silva e Menezes (2001), a pesquisa qualitativa é um
qualquer uma das condições, uma vez que ela fornece         vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a
um panorama analítico do cenário de atuação das             subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido
empresas, mesmo elas não participando de uma                em números.
cadeia formalizada. A formalização da cadeia não               De acordo com a Figura 4, iniciou-se o estudo a
implica diretamente na inexistência de um fluxo de          partir do tema configuração da cadeia de suprimentos
produção. Os fluxos de suprimentos, transformação           acerca dos projetos SCM , o qual alicerçou o
e distribuição existirão mesmo que a cadeia não seja        desenvolvimento da pesquisa. Dessa forma, a natureza
formalizada.                                                do trabalho foi caracterizada como uma pesquisa
    Autores como Bechtel e Jayaram (1997) e                 básica, conforme mencionado. Assim, a pesquisa
Mentzer et al. (2001) propuseram, partindo de análises      básica se apoiou na produção de um modelo analítico
empíricas em cadeias de suprimentos, abordagens             para configurar a cadeia de suprimentos aplicando
para explicar as modalidades de gestão empregadas           o desenvolvimento de projetos SCM, de forma
na cadeia. O tipo de gerenciamento praticado na             a representar a estrutura conceitual do trabalho,
condução de uma dada cadeia de suprimentos pode             uma vez que se produziu uma base teórica para
estar associado ao conceito percebido pela empresa          a produção do modelo proposto apoiado em uma
líder e membros do que seja a gestão da cadeia de           revisão de literatura. O problema abordado assume
suprimentos. Mentzer et al. (2001) apresentam três          características qualitativas, já que não envolve dados
lógicas pelas quais os diversos conceitos de SCM se         matemáticos ou estatísticos. Os autores da pesquisa
enquadram, tentando estabelecer um tipo de abordagem        definiram o seguinte problema: como configurar e
gerencial o qual reflita os conceitos introduzidos por      integrar uma cadeia de suprimentos como base para
vários autores (Van HOEK et al., 2001; BRUCE et al.,        o desenvolvimento de projetos SCM? No sentido de
2004; BALLOU, 2006) . Assim, o termo SCM pode               solucionar esse problema delimitou-se um objetivo,
traduzir uma filosofia gerencial, a implantação dessa       descrito na seção 1.
filosofia ou um conjunto de processos de gestão.               Quanto ao objetivo proposto, essa pesquisa
Bechtel e Jayaram (1997) propuseram um modelo               é exploratória e descritiva, ou seja, houve um
conceitual das diversas abordagens sobre SCM                rastreamento bibliográfico e descrição do estado
454 Oliveira et al.                                                    Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010




Figura 4. Síntese dos procedimentos técnicos. Fonte: Elaboração dos autores, 2008.



da arte do tema de pesquisa. De acordo com Gil                meio de uma análise da evolução do tema no contexto
(2006), a pesquisa exploratória tem por objetivo              da pesquisa; teórica, a partir da contextualização
proporcionar maior familiaridade com o problema               do problema na perspectiva literária; e empírica,
a fim de torná-lo explícito ou construir hipóteses.           estudando-se o problema no contexto metodológico.
Ainda segundo o autor, a pesquisa descritiva visa             Os resultados desta pesquisa são apresentados na
descrever as características de determinada população         sequência, seguidos das discussões.
ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Para atingir o objetivo dessa pesquisa,            4 Apresentação e discussão
alguns procedimentos técnicos foram usados, tais
como pesquisa bibliográfica e revisão da literatura.            dos resultados
Estas duas técnicas foram segmentadas nas seguintes              Nesta seção são apresentados e discutidos os
etapas de pesquisa: do estado da arte, buscando-se            resultados gerados através da pesquisa realizada
verificar o conhecimento sobre o tema; histórica, por         neste artigo. Inicialmente apresenta-se um framework
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos                                   455


explicando como os conceitos foram usados na                   flexibilidade; desempenho; relacionamentos; ativos; e
proposição do modelo. Posteriormente, a sistemática            interfaces. Os objetivos na cadeia também devem ser
proposta para configurar a cadeia de suprimentos é             levantados (objetivos da cadeia, de cada empresa e dos
ilustrada e discutida. Na sequência, segue-se o modelo         clientes finais). Os objetivos são confrontados com
desenvolvido para mapeamento da cadeia de valor,               as interações originadas das perspectivas no sentido
o qual foi incorporado ao modelo de configuração               de verificar se há um alinhamento estratégico.
da cadeia de suprimentos. O Quadro 1 resgata os                   Por sua vez, o alinhamento estratégico deve
conceitos abordados no modelo e seus autores.                  ser confrontado com a cadeia de valor de cada
   O Quadro 2 demonstra como os conceitos foram                membro-chave da cadeia de suprimentos. O objetivo
aplicados para embasar a construção do modelo de               é verificar se existem sincronia e complementação
configuração da cadeia de suprimentos, integrando              entre as competências centrais de cada membro-chave
várias perspectivas descritas no Quadro 1 com o                na geração de valor aos elos componentes da cadeia
auxílio da revisão de literatura.                              de suprimentos. Com o levantamento das cadeias
                                                               de valor dos membros, é possível verificar se há a
5 Descrição do modelo analítico                                formação de um sistema de valor comprometido com
   Nesta seção, o modelo analítico destinado a apoiar          a elevação do nível de serviço ao cliente final a um
o processo de configuração da cadeia de suprimentos            custo adequado. Mapeadas as inter-relações originadas
é apresentado e discutido, conforme Figura 5. Nesse            das perspectivas, observado o alinhamento estratégico
sentido, dez perspectivas devem ser exploradas para            e configuradas as cadeias de valor, pode-se verificar
se analisar integradamente as interações provenientes          quais os princípios SCM são aplicados na cadeia de
da operação da cadeia de suprimentos, quais sejam:             suprimentos, tanto a montante (upstream), como a
produtos; competências; processos; relações; estrutura;        jusante (downstream).




                                                     Objetivos

                                    Empresas          Cadeia         Clientes finais

             Integração                                                                        Integração
             Produtos                                                                         Flexibilidade

           Competências                                                                       Desempenho

             Processos                         Alinhamento estratégico                    Relacionamentos

             Relações                                                                            Ativos

             Estrutura                                                                         Interfaces

                                               Perspectivas de análise


                                                 Sistema de valores
                 Cadeia de        Cadeia de          Cadeia de           Cadeia de       Cadeia de
                   valor            valor              valor               valor           valor
                 Empresa 1        Empresa 2        Empresa Focal         Empresa 4       Empresa n

                          Upstream                 Princípios SCM                Downstream


                                               Cadeia de suprimentos


      Tipo de abordagem gerencial
                                                                                          Filosofia gerencial
                                                  Nível de serviço
                                                                                        Implantação da filosofia
                                                                                               Processos
                                     Configuração da cadeia de suprimentos


Figura 5. Modelo analítico de configuração da cadeia de suprimentos. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
456 Oliveira et al.                                                      Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010


Quadro 1. Resgate dos conceitos usados na construção do modelo proposto. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
     Conceito                                       Representação                                           Autores
Cadeia de             Grupo de cadeias de valor ligadas intraorganizacionalmente a montante e a Adaptado de Porter
suprimentos           jusante da empresa focal para processar os fluxos do primeiro fornecedor do (1989); Lambert,
                      fornecedor ao último cliente do cliente, gerando valor ao cliente.          Cooper e Pagh (1998)
Sistema de            O rol de atividades formado por elos a montante e a jusante do fabricante, Porter (1989)
valores               sendo representados por fornecedores, distribuidores e varejistas.
Cadeia de valor       Representação das atividades de valor geradas pela empresa para atender        Porter (1989)
                      os requisitos demandados pelos consumidores e na forma de produtos.
SCM                   Planejamento e gestão de todas as atividades envolvidas na obtenção            CSCMP (2005)
                      e fornecimento, conversão e a gestão de todas as atividades logísticas,
                      incluindo a coordenação e colaboração com parceiros nos canais.
Objetivos SCM         Redução dos custos produtivos e maior agregação de valor ao produto            Pires (2004)
                      através de um processo de gestão focado em toda a extensão da cadeia.
Alinhamento           Compatibilidade entre prioridades do cliente (satisfeitas pela estratégia      Chopra e
estratégico           competitiva) e habilidades da cadeia (criadas pelas estratégias da cadeia).    Meindl (2003)
Princípios SCM        Práticas de sucessos na gestão de cadeias traduzidas em princípios.            Anderson, Britt e
                                                                                                     Favre (2000)
Nível de serviço      Resultado de um ou mais processos ou interfaces projetados para atender Larson (1998)
                      às expectativas do consumidor.
Configuração da A análise das configurações deve representar o atual estágio de desenvol-            Pires (2004)
cadeia          vimento da SCM, provendo potenciais oportunidades de melhorias na
                gestão nos diversos elos, contribuindo para a tomada de decisões.
Produtos              Associa cadeias com processos fisicamente eficientes a produtos                Fisher (1997)
                      funcionais e cadeias com processos responsivos ao mercado aos
                      produtos inovadores.
Competências          A identificação da importância das competências permite às empresas     Vollmann, Cordon e
                      estabelecer relações com graus variados de proximidade entre parceiros. Raabe (1996)
Processos de          Processos trocados entre os membros da cadeia de suprimentos.                  Stewart (1997)/SCOR
negócios
Relações entre        Relações que ligam os membros aos processos de negócios em função              Lambert, Cooper e
processos             da importância para a empresa focal (líder).                                   Pagh (1998)
Estrutura da          A estrutura da cadeia pode ser configurada verticalmente, horizontal-          Lambert, Cooper e
cadeia                mente e por meio do posicionamento da empresa focal na cadeia.                 Pagh (1998)
Flexibilidade no      Visão híbrida dessas abordagens enxutas e ágeis combinadas e integradas        Naylor, Naim e Berry
suprimento            em um ponto de decomposição para otimizar a cadeia de suprimentos.             (1999); Christopher
                                                                                                     (2000); Bruce, Daly e
                                                                                                     Towers (2004)
Relacionamentos O tipo de relacionamento mantido pela empresa focal e seus parceiros                 Cooper e Gardner
de parceria     reflete o nível de integração e coordenação entre as empresas em função              (1993); Spekman,
                dos objetivos em comum celebrados na gestão da cadeia.                               Kamauff Jr. e
                                                                                                     Myhr (1998)
Interfaces entre      Os membros da cadeia de suprimentos e seus processos de negócios               Chopra e
elos                  são conectados por meio da interface consolidada em termos de                  Meindl (2003)
                      fluxo de informação, cujo nível de eficiência está associado ao seu
                      processamento.
Ativos                Os ativos intangíveis relacionam-se à gestão de aspectos qualitativos   Kaplan e Norton
                      que geram valor aos membros, colaboradores e clientes finais da cadeia, (1997); Bowersox e
                      enquanto os ativos tangíveis representam investimentos em instalações e Closs (2001)
                      equipamentos e capital de giro associado ao estoque.
Desempenho            Necessidade de mensurar e avaliar o desempenho dos elos em relação             Supply Chain
                      ao cumprimento dos planos estratégicos para estabelecer melhorias ao           Council (2002)
                      processo.
Lógicas de            A aplicação do conceito SCM pode se enquadrar em um tipo de gestão.            Mentzer et al. (2001)
gestão
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos                                      457


Quadro 2. Aplicação dos conceitos usados na construção do modelo proposto. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
       Conceito                                      Framework de aplicação do conceito
Cadeia de suprimentos      Escolher a cadeia como objeto de estudo e verificar se o conjunto de cadeias de valor
                           distribuídas a montante e a jusante da empresa focal está gerando o valor esperado pelos
                           clientes.
Sistema de valores         Identificar se as cadeias de valor dos membros da cadeia de suprimentos e suas
                           atividades primárias e secundárias formam um sistema de valores a montante e a jusante
                           da empresa focal.
Cadeia de valor            Levantar a cadeia de valor dos membros-chave da cadeia de suprimentos para verificar
                           se as competências centrais estão alinhadas e sincronizadas em torno dos objetivos da
                           cadeia.
SCM                        Verificar como o conceito SCM vem sendo praticado e compreendido pelos membros-
                           chave da cadeia de suprimentos.
Objetivos SCM              Levantar os objetivos da cadeia como um todo, dos clientes finais e dos membros
                           principais da cadeia de suprimentos, inclusive a empresa focal (líder).
Alinhamento estratégico Verificar se os objetivos mencionados estão alinhados com o nível de serviço exigido
                        pelos clientes finais e pelos membros-chave da cadeia de suprimentos.
Princípios SCM             Mapear quais os princípios utilizados pelos membros a partir da configuração das
                           perspectivas-chave.
Nível de serviço           Mensurar o nível de serviço resultante dos esforços da cadeia de suprimentos em atender
                           à demanda dos clientes finais a jusante da empresa focal.
Configuração da cadeia     Sistematizar subsídios relevantes para o desenvolvimento de projetos SCM com base na
                           configuração de perspectivas-chave na cadeia de suprimentos.
Produtos                   Verificar se a cadeia de suprimentos é adequada para suportar o fluxo dos produtos
                           transacionados.
Competências               Identificar os tipos de competências dos membros-chave. A cadeia de valor pode
                           instrumentar essa ação.
Processos de negócios      Levantar os processos de negócios transacionados entre os membros da cadeia de
                           suprimentos.
Relações entre             Classificar, a partir dos processos-chave levantados, os tipos de relações estabelecidas
processos                  entre os processos de negócios e os membros.
Estrutura da cadeia        Mapear a estrutura física (instalações, centros de distribuição, plantas industriais) e
                           virtual dos membros (primários, secundários, horizontal, vertical e empresa foco).
Flexibilidade no           Pesquisar qual o tipo predominante de suprimento realizado entre os elos da cadeia, ou
suprimento                 se os tipos de abordagens combinam entre si.
Relacionamentos de         Descrever os tipos de relacionamentos de parcerias estabelecidas entre os membros-
parceria                   chave na cadeia.
Interfaces entre elos      Levantar quais os principais mecanismos de interface entre os membros da cadeia e qual
                           o nível de desenvolvimento tecnológico aplicado nas conexões entre os membros com
                           ênfase na informação.
Ativos                     Mapear os principais ativos tangíveis e intangíveis inseridos na cadeia de suprimentos,
                           verificando a importância dada pelos membros a esses aspectos.
Desempenho                 Verificar como os membros da cadeia de suprimentos mensuram e avaliam o
                           desempenho de seus processos de negócios.
Lógicas de gestão          Definir, a partir da interação entre os vários conceitos contidos nesse Quadro, o
                           tipo predominante de gestão praticado na cadeia de suprimentos considerando os
                           fundamentos dos conceitos SCM.
458 Oliveira et al.                                                   Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010


    O nível de serviço representa os resultados dos          podem ser comparadas com as competências centrais
esforços da cadeia de suprimentos em atender aos             para verificar se há alinhamento entre as atividades.
objetivos estratégicos que usualmente podem ser              Assim, configuram-se as atividades centrais. Já na
influenciados pelas demandas e requisitos dos clientes       sequência, o modelo analítico ilustrado na Figura 5 é
finais. O nível de serviço pode ser então comparado          explodido, mostrando em detalhes seus componentes,
com o alinhamento estratégico e com as interações que        como mostrado na Figura 7.
foram analisadas em função das perspectivas estudadas.          Conforme a Figura 7, dada a configuração a ser
Por fim, para fechar a configuração da cadeia, os            realizada da cadeia de suprimentos, procede-se a
resultados da análise de todos esses aspectos geram          identificação da empresa focal (líder) e dos membros-
insights para determinar o tipo de abordagem gerencial       chave por meio de critérios qualificadores com a
aplicada na cadeia: a gestão é baseada nas trocas            finalidade de se definir quem lidera a cadeia. Logo
entre os processos de negócios; se a gestão foca-se          após, identifica-se o escopo da cadeia, tanto no
na implantação da filosofia do conceito SCM; ou se           sentido a montante (fornecedores), como a jusante
os membros-chave evoluíram ao ponto de considerar            (clientes finais), no sentido de definir o ponto de
a gestão das empresas arranjadas como integrada,             origem (upstream) e o ponto de corte (downstream),
distintiva e única para todos os integrantes.                ou seja, onde se iniciam e terminam os elos da cadeia.
    As cadeias de valor dos membros-chave podem ser          Nessa mesma ação procede-se o levantamento da
configuradas de acordo com um modelo desenvolvido            quantidade e especificação dos níveis ou elos e o
para os fins desse artigo, conforme Figura 6. O              número de empresas em cada elo. Com os limites
levantamento da cadeia de valor de um membro na              da cadeia, dos membros-chave e da empresa líder,
cadeia de suprimentos passa pela identificação do que        parte-se para a configuração das cadeias de valor
é valor para os membros (produto, conhecimento,              desses integrantes (modelo ilustrado na Figura 6),
clientes, processos e outros). Baseado no que a empresa      analisando-se as atividades-chave e competências
considere estrategicamente como valor, parte-se para         centrais dos membros com relação ao alinhamento
mapear as atividades organizacionais com base nas            das cadeias de valor.
competências centrais ou essenciais de cada empresa.            A partir da identificação da empresa líder e dos
Isso é feito por meio do estabelecimento de critérios        membros-chave, busca-se levantar os objetivos
para hierarquizar as atividades mais relevantes para         dos membros da cadeia (há um objetivo geral de
a empresa com base na importância. Das atividades            gestão; os membros apresentam objetivos de gestão
classificadas em primárias e secundárias, verificam-se       distintos; os objetivos são direcionados pelo cliente
quais dessas últimas foram subcontratadas. Gera-se           final). Isso pode ser realizado verificando-se o
uma matriz que correlaciona atividades à estrutura da        alinhamento estratégico entre os objetivos, que por
empresa, produzindo a dinâmica das interações entre          sua vez deverá ser comparado com as interações
atividades estratégicas e de apoio. Essas atividades         extraídas da exploração das dez perspectivas de




Figura 6. Modelo de configuração da cadeia de valor dos membros. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos




Figura 7. Configuração da cadeia de suprimentos. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
                                                                                         459
460 Oliveira et al.                                                   Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010


Quadro 3. Síntese dos aspectos conceituais usados no modelo proposto. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
          Conceito                                                 Finalidade
Objetivos estratégicos      Levantar os objetivos estratégicos das empresas componentes, da cadeia e dos
                            clientes finais, no intuito de confrontar com as perspectivas de análise.
Perspectivas de análise     Analisar a cadeia de suprimentos de acordo com dez perspectivas, gerando-se as
                            interações necessárias e confrontando-as com os objetivos estratégicos.
Alinhamento estratégico     Verificar se existe um alinhamento estratégico entre a definição dos objetivos
                            estratégicos e as interações extraídas da análise das perspectivas em função da
                            sincronização e complementação das competências centrais de cada membro na
                            geração de valor aos elos da cadeia.
Cadeias de valor            Mapear as cadeias de valor dos membros-chave da rede, ou seja, as competências
                            centrais.
Sistema de valores          Avaliar se as cadeias de valor, de acordo com suas competências centrais, formam
                            um sistema de valores.
Princípios SCM              Rastrear quais princípios de gestão da cadeia de suprimentos (SCM) são usados na
                            rede, tanto a montante, como a jusante da empresa líder.
Nível de serviço            Verificar se o nível de serviço representa os esforços da cadeia de suprimentos
                            em atender aos objetivos estratégicos. Dessa forma, pode ser comparado com o
                            alinhamento estratégico e com as perspectivas analisadas.
Tipo de abordagem gerencial Definir o tipo de abordagem gerencial praticado na cadeia de suprimentos em
                            função da análise dos aspectos estudados nas fases anteriores do modelo.
Configuração da cadeia de   A execução das etapas anteriores gera a configuração da cadeia de suprimentos
suprimentos                 como base para a proposição ou melhoria de projetos SCM.


análise. Em seguida procede-se ao levantamento e             da arquitetura da cadeia, identificar necessidades
análise das perspectivas na cadeia de suprimentos.           potenciais de melhoria.
Esse mapeamento de interações deve ser realizado de
modo integrado, buscando correlacionar as perspectivas       6 Considerações finais
entre si. Devem ser observados aspectos como                    Este artigo, partindo de uma revisão de literatura,
compartilhamento, integração, comprometimento e              propôs um modelo analítico para auxiliar na
colaboração entre as perspectivas.                           configuração e integração de perspectivas-chave
   As interações no estudo das perspectivas, do              inseridas no contexto das cadeias de suprimentos. O
alinhamento estratégico e configuração das cadeias           modelo proposto oferece subsídios relevantes para o
de valor permitem visualizar os princípios SCM               desenvolvimento de projetos SCM com base em um
predominantes na cadeia. Todos os esforços, táticos,         mapeamento contextualizado da cadeia de suprimentos.
estratégicos e operacionais na execução dos processos        Nesse sentido, um projeto eficiente de gestão da
de negócios entre os membros da cadeia de suprimentos        cadeia de suprimentos precede a análise integrada
resultam em um nível de serviço oferecido aos                desta, considerando a sua extensão e o nível de
clientes finais e também aos membros de cada elo.            interações estabelecidas entre os membros do arranjo.
É nesse momento que os aspectos analisados na                Quanto a esse aspecto, o modelo, caso seja validado
cadeia de suprimentos podem ser sistematizados e             na prática, poderá subsidiar o desenvolvimento de
correlacionados entre si com o objetivo de definir o         projetos ou aperfeiçoar os processos de gestão através
tipo de abordagem gerencial SCM praticada pelos              de intervenções mais adequadas e sustentáveis,
membros da cadeia. A partir dos resultados da análise        asseguradas pela configuração de perspectivas-chave
das perspectivas, são identificados aspectos críticos        responsáveis pela dinâmica da cadeia de suprimentos.
que agregam valor à cadeia. Assim, esses aspectos            O Quadro 3 sintetiza os aspectos conceituais usados
podem então ser analisados: configuração das cadeias         no modelo de configuração da cadeia de suprimentos
de valor; alinhamento estratégico; mapeamento de             e suas finalidades.
análise das perspectivas; princípios SCM que são                O modelo proposto pode contribuir para o avanço
mais predominantes; mensuração e avaliação dos               das pesquisas na área de cadeias de suprimentos, já
níveis de serviços.                                          que os conceitos estabelecidos ainda estão em vias
   Analisadas as interações mencionadas, pode-se             de aperfeiçoamentos e por se tratar de um campo de
definir o tipo de abordagem gerencial dada a cadeia          exploração relativamente novo. Assim, a proposição
de suprimentos (filosofia, implantação da filosofia,         destaca a necessidade de uma compreensão mais
processos de negócios). Com isso pode-se, a partir           integrada e contextualizada da cadeia de suprimentos,
Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos                                     461


com a finalidade de melhorar os processos de gestão e            & Production Management, v. 24, n. 2, p. 151-170,
fazer com que ela se adapte rapidamente às mudanças              2004.
no seu ambiente de atuação, uma vez que o modelo               BUTLER, C. et al. Revamping the value chain in exhibition
oferece uma representação das interações que agregam             facilities: the case of the Dubai exhibition industry.
                                                                 Facilities, v. 25, n. 11/12, p. 419-436, 2007.
mais valor aos membros do arranjo.
                                                               CARR, A. S.; KAYNAK, H. Communication methods,
   No âmbito da Engenharia de Produção, o artigo
                                                                 information sharing, supplier development and
contribui a partir da apresentação de um arcabouço               performance: an empirical study of their relationships.
teórico sistematizado em uma ferramenta, cujo fim é              International Journal of Operations & Production
contribuir para a redução dos problemas produzidos               Management, v. 27, n. 4, p. 346-370, 2007.
pela formação de arranjos empresariais, especialmente          CAVINATO, J. L. A general methodology for determining
as cadeias de suprimentos. Nesse sentido, o modelo               a fit between supply chain logistics and five stages
poderá facilitar a identificação de barreiras e limitações       of strategic management. International Journal of
que comprometam a eficiência na gestão da cadeia.                Physical Distribution & Logistics Management,
Assim, é possível diminuir a distância entre o                   v. 29, n. 3, p. 162-181, 1999.
segmento empresarial e acadêmico, no sentido de                CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia
se construírem soluções colaborativas para resolver              de Suprimentos: estratégia, planejamento e operação.
                                                                 São Paulo: Prentice Hall, 2003.
questões que requeiram um esforço de pesquisa
                                                               CHOY, K. L. et al. Development of performance measurement
bilateral e multidisciplinar.                                    system in managing supplier relationship for maintenance
   Recomenda-se validar o modelo por outros                      logistics providers. Benchmarking: An International
pesquisadores, já que há a pretensão de também                   Journal, v. 14, n. 3, p. 352-368, 2007.
validá-lo aplicando-se os resultados teóricos em uma           CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia
cadeia já formalizada. Outra recomendação é que novas            de Suprimentos: estratégias para a redução de custos e
perspectivas de análise possam ser inseridas, como a             melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997.
governança, ou substituídas por outras abordagens.             CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da
Assim, os resultados teóricos produzidos neste artigo            Cadeia de Suprimentos: criando redes que agregam
e traduzidos no modelo analítico contribuem para                 valor. São Paulo: Thomson Pioneira, 2007.
compreender e representar (dados certos limites)               CHRISTOPHER, M. Supply chain migration from lean
                                                                 and functional to agile and customized. Supply Chain
a complexidade presente no contexto das cadeias,
                                                                 Management: An International Journal, v. 5, n. 4,
sugerindo meios para melhorar os projetos SCM, na                p. 206-213, 2000.
medida em que se produza uma configuração mais                 COOPER, M. C.; GARDNER, J. T. Building good
integrada das interações.                                        business relationships: More than just partnering or
                                                                 strategic alliances. International Journal of Physical
Referências                                                      Distribution & Logistics Management, v. 23, n. 6,
                                                                 p. 14-26, 1993.
ANDERSON, D. L.; BRITT, F. E.; FAVRE, D. J. The
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Modelo analítico para configurar cadeia de suprimentos

  • 1. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos Analytical model of support for setting up and integratiing a supply chain Josenildo Brito de Oliveira1 Maria Silene Alexandre Leite2 Resumo: O objetivo deste artigo é propor um modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos como base ao desenvolvimento e/ou melhoria de projetos SCM. Os aspectos metodológicos basearam-se em uma revisão de literatura sobre temas relacionados à gestão da cadeia de suprimentos e cadeias de valor. A natureza da pesquisa empregada nesse artigo é básica, uma vez que se produziu um instrumento teórico sem aplicação prática. Foi estabelecida uma estrutura conceitual subsidiada por uma pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva, promovendo os fundamentos necessários ao desenvolvimento do modelo proposto. A abordagem dada ao artigo é qualitativa, cujos resultados teóricos produzidos representaram a proposição de um modelo analítico desenvolvido para configurar adequadamente a cadeia de suprimentos, integrando várias perspectivas necessárias a uma melhor contextualização das interações entre os elos e membros do arranjo. Portanto, esse artigo concebeu um instrumento para auxiliar na melhoria ou desenvolvimento de projetos de gestão da cadeia de suprimentos. Palavras-chave: Modelo analítico. Configuração. Cadeia de suprimentos. Projetos SCM. Abstract: The objective of this article is to propose an analytical model of support to the configuration and integration of the supply chain as the basis for the development and/or improvement of SCM projects. The methodological aspects were based on a review of the literature on issues related to supply chain management and value chains. The nature of the research used in this article is basic since it produced a theoretical instrument without practical application. A conceptual structure was built supported by an exploratory and descriptive literature review providing the foundation for the development of the proposed model. The approach of this article is qualitative. The theoretical results obtained represent the proposition of an analytical model developed to properly set up the supply chain integrating various perspectives for a better contextualization of the interactions between the links and members of arrangement. Thus, this article proposes a tool to assist in the development or improvement of projects for supply chain management. Keywords: Analytical Model. Set up. Supply Chain. Projects SCM. 1 Introdução A abertura dos mercados trouxe um cenário de intensa de requisitos dos clientes (CHRISTOPHER, 2007); concorrência global. Empresas passaram a competir não uso da tecnologia de informação no compartilhamento mais localmente, mas rompendo fronteiras comerciais de processos (CHOPRA; MEINDL, 2003; CARR; e territoriais. Hoje a competitividade já alcança grandes KAYNAK, 2007; SKIPPER et al., 2008); integração cadeias de suprimentos. A disputa pelo share se aloja intra e interempresarial (STANK et al., 2001, nas perspectivas da competência e do nível de disputa SAMARANAYAKE, 2005; DONK et al., 2008); da cadeia de suprimentos em oferecer um nível melhor complexidade na gestão dos arranjos (LAMBERT et al., de serviço sem que o consumidor pague mais por isso. 1998; MENTZER et al., 2001, MORGAN, 2007), Alguns fatores contribuíram para esse cenário: melhoria entre outros. dos processos de produção, em particular nos ambientes Visando superar os desafios provenientes da acirrada avançados de manufatura (TUBINO et al., 2007); da competição e acompanhar a evolução no nível de visão focada no produto ao atendimento responsivo exigência dos consumidores, as empresas passaram 1 Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – PPGEP, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Rua Osvaldo Cruz, 847, Centenário, Campina Grande – PB, E-mail: josenildo_brito@yahoo.com.br 2 Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – PPGEP, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Campus Universitário, Centro de Tecnologia, Cidade Universitária, João Pessoa – PB, E-mail: leite@ct.ufpb.br Recebido em 12/9/2008 — Aceito em 18/5/2010 Suporte financeiro: CNPq.
  • 2. 448 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 a formar arranjos para obter vantagens competitivas tornar-se uma ferramenta valiosa para verificar se as que dificilmente conseguiriam se atuassem de maneira competências centrais dos integrantes do arranjo estão isolada das outras empresas. A cadeia de suprimentos alinhadas para gerar valor aos diversos stakeholders representa um formato empresarial que se insere num interessados. Segundo Novaes (2004), “a cadeia de contexto de grande complexidade, dado o grande suprimentos é formada por uma sequência de cadeias número de interações trocadas entre os membros da de valor, cada uma correspondendo a cada uma das cadeia, tornando a gestão mais difícil (MORGAN, empresas que formam o sistema”. De acordo com 2007). Uma cadeia de suprimentos, para Mentzer et al. Koh e Nam (2005), uma cadeia de valor é uma série (2001), é um conjunto de três ou mais entidades de atividades pelas quais promovem o valor, com diretamente envolvidas com o fluxo, a montante ênfase no planejamento e coordenação dos negócios e a jusante, de produtos, serviços, finanças, e/ou para se obter o melhor desempenho. informações da fonte ao consumidor. As dificuldades Alguns trabalhos já contribuem para reforçar na gestão dessas relações podem se evidenciadas por a importância das cadeias de valor na gestão da diversos autores (MOBERG et al., 2004; CHOY et al., cadeia de suprimentos (BOVET; MARTHA, 2000; 2007; FORSLUND, 2007; TÖYLI et al., 2008). De KIRCHMER, 2004; TAYLOR, 2005; ZOKAEI; acordo com Lambert, Cooper e Pagh (1998), a cadeia SIMONS, 2006; KOH et al., 2007). Portanto, o de suprimentos representa todas as organizações projeto e a gestão de uma cadeia de suprimentos com as quais a empresa líder de um arranjo interage devem considerar a integração das cadeias de valor direta ou indiretamente através de seus fornecedores no âmbito dos elos do arranjo. e clientes. Observações mostram que usualmente o projeto O conceito de logística integrada criado para de uma cadeia de suprimento resulta de ações não integrar operações logísticas no âmbito interno da sistematizadas estimuladas por ações reativas de empresa estimulou o surgimento do conceito SCM seus membros em responder às demandas dos (Supply Chain Management) ou gestão da cadeia clientes e aos ataques concorrenciais, quando o de suprimentos. Pela análise da literatura não é projeto de gestão integrada da cadeia de suprimentos possível identificar com certa precisão a origem do deveria ser desenvolvido e planejado para funcionar termo (COOPER et al., 1997; LAMBERT et al., sustentavelmente e de maneira proativa às múltiplas 1998; PIRES, 2004). Observou-se, entretanto, que demandas existentes. Por outro lado, o desenvolvimento os processos de negócios entre os participantes da de um projeto de gestão de uma cadeia de suprimentos cadeia de suprimentos necessitavam de integração. prescinde de configuração, mapeamento e a integração Essa integração foi buscada através do conceito de aspectos-chave, tais como os processos de negócios SCM, com a finalidade de que os processos de trocados entre integrantes. negócios transacionados entre os membros da cadeia de suprimentos fossem compartilhados para melhorar A literatura evidencia que geralmente a configuração o fluxo de produtos e materiais, da extração da de uma cadeia atende a poucos requisitos, que matéria-prima, passando pela entrega do produto usualmente não estão conectados entre si. Todavia, final ao cliente e acabando no fluxo de retorno de algumas contribuições têm sido observadas no sentido materiais e produtos retornáveis. Figueiredo (2001) de melhor configurar uma cadeia de suprimentos comenta a influência da logística integrada para a (COOPER et al., 1997; LAMBERT et al., 1998; integração externa relacionada à gestão dos fluxos CROXTON et al., 2001). de materiais e informações ao longo da cadeia (de Uma das justificativas deste artigo é a insuficiência fornecedores a clientes finais). Para Bowersox e de instrumentos adequados para configurar uma cadeia Closs (2001), a logística integrada “é vista como a de suprimentos como base para o desenvolvimento de competência que vincula a empresa a seus clientes projetos SCM que integrem várias perspectivas, já que e fornecedores”. Nesse sentido, o conceito SCM a gestão de uma cadeia de suprimentos deve assumir a tem sido empregado para melhorar a eficiência na existência de um grande número de interações trocadas gestão da cadeia de suprimentos e aumentar o nível entre seus integrantes, desde os fornecedores aos de serviço demandado por todos os atores do arranjo, clientes finais. Outra perspectiva que não é integrada incluindo fornecedores, consumidores, atacadistas, aos demais aspectos refere-se ao alinhamento dos varejistas, operadores logísticos, clientes finais, vários objetivos presentes na cadeia de suprimentos. plantas industriais, entre outros. Notou-se que nos modelos (e.g. LAMBERT et al., O incremento na eficiência de uma cadeia de 1998) para configurar a cadeia de suprimentos, o suprimentos passa necessariamente pela análise alinhamento não era tratado integradamente com outras do valor gerado entre os elos do arranjo. Nesse perspectivas, tais como: nível de serviço; princípios sentido, avaliar as cadeias de valor dos membros SCM; tipo de abordagem de gestão necessária para tem sido uma alternativa ainda pouco usada na conduzir de maneira eficiente os processos de negócios gestão da cadeia de suprimentos, no entanto, pode trocados entre os membros.
  • 3. Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos 449 Uma cadeia de suprimentos pode ser configurada a jusante do fabricante, sendo representados por de diversas maneiras, dependendo dos objetivos fornecedores, distribuidores e varejistas. A Figura 1 propostos. Entretanto, considerando uma perspectiva ilustra as cadeias de valor distribuídas para formar mais integrada e sistêmica, definiu-se como lacuna o sistema de valores. a seguinte questão de pesquisa: como configurar e Para Porter (1989), a análise da cadeia de valor integrar uma cadeia de suprimentos como base para o de cada empresa passa pela avaliação das atividades desenvolvimento de projetos SCM? Considerando o praticadas e pela forma como interagem na organização, que foi exposto nessa seção e no intento de responder para se compreender potenciais variáveis-chave a essa lacuna, traçou-se como objetivo: propor de vantagens competitivas à entidade. Existem um modelo analítico de suporte à configuração e inúmeros conceitos sobre cadeia de valor (LUCHI; integração da cadeia de suprimentos como base ao PALADINO, 2000; RAINBIRD, 2004; KOH; NAH, desenvolvimento e/ou melhoria de projetos SCM. 2005; BUTLER et al., 2007). Portanto, a proposta do modelo busca oferecer Alguns conceitos expressam um conjunto de subsídios para o aperfeiçoamento de projetos SCM atividades de valor necessárias à produção e entrega com base num mapeamento contextualizado da cadeia de um bem ou serviço ao consumidor final. Outros de suprimentos. Assim, a configuração adequada do abordam as atividades da empresa ao cliente, enquanto arranjo permite projetá-lo melhor para funcionar outras abordagens estendem as atividades de valor adequadamente no mercado de atuação. Na sequência, a montante e a jusante, todavia Porter (1989) deu segue uma breve abordagem teórica sobre os temas origem ao conceito de uma cadeia genérica de tratados nesse artigo. valor, subdividida em várias atividades, conforme Figura 2. 2 Abordagem teórica A cadeia genérica de valor, segundo Porter Vários autores têm contribuído para definir uma (1989), representa as atividades de valor agregado cadeia de suprimentos (LA LONDE; MASTERS, geradas pela empresa para atender os requisitos 1994; CHRISTOPHER, 1997; MENTZER et al., demandados pelos consumidores sob a forma de 2001; THAKKAR et al., 2008). No insight de La produtos. Na Figura 2, o autor classifica as atividades Londe e Powers (1993), os autores prediziam que de valor em primárias (logística interna, operações, no século 21 o enfoque estaria em toda cadeia logística externa, marketing e vendas e serviço) de suprimentos. Nesse sentido, sob a perspectiva e de suporte (infraestrutura, gestão de recursos sistêmica adaptou-se o seguinte conceito: conjunto humanos, desenvolvimento de tecnologias e a agregado de cadeias de valor associadas por relações aquisição de insumos/serviços). Como resultado interorganizacionais que são estendidas a montante do cruzamento entre as atividades, gera-se uma e jusante da empresa focal, com o propósito de margem, conseguida através da subtração dos custos processar os fluxos financeiro, de materiais, bens, relacionados às atividades de valor do produto. A serviços e informações, do primeiro fornecedor do relação de interdependência entre as atividades resulta fornecedor até o último cliente do cliente, tal como o nos elos e liga as atividades de valor. fluxo reverso de componentes, produtos e materiais O estudo das cadeias de valor entre os membros retornáveis, gerando valor ao cliente. da cadeia de suprimentos revela se os elos estão Uma empresa focal ou líder usualmente exerce gerando o valor esperado pelos clientes finais e alguma influência entre os membros, determinando demonstra se as competências centrais dos membros muitas vezes o modo de coordenação da cadeia de (atividades de valor) são compatíveis, sincronizadas suprimento. Na perspectiva da cadeia de suprimentos, e complementares para maximizar o nível de as cadeias de valor podem formar um sistema de serviço esperado. A análise das atividades de valor valores, que por sua vez está relacionado com o é relevante para a gestão da cadeia de suprimentos e rol de atividades formado por elos a montante e viabilização do projeto SCM. Alguns autores destacam Figura 1. Cadeia genérica de valor. Fonte: Porter (1989).
  • 4. 450 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 Figura 2. Subdivisão de uma cadeia genérica de valor. Fonte: Porter (1989). a influência da logística integrada para o conceito SCM como função primária integrar os processos de (CHRISTOPHER, 1997; CAVINATO, 1999; WOOD negócios que são executados no âmbito das cadeias JR., 2004; BALLOU, 2006; CORONADO, 2007). Já de suprimentos, atuando do primeiro fornecedor do Lambert et al. (1998) oferecem um escopo maior ao fornecedor ao último cliente do cliente, incluindo conceito SCM, tratando a logística como subgrupo o retorno de produtos e materiais no fluxo reverso de apoio aos processos de negócios extensos à cadeia de produção. de suprimentos e interligados por meio de fronteiras O Council of Supply Chain Management intra e interorganizacionais. Para Cooper et al. (1997) Professionals ou CSCMP (2005) definiu que a a integração de processos e atividades de negócios na gestão da cadeia de suprimentos (SCM) abrange o cadeia logística extrapola a definição de logística. planejamento e gestão de todas as atividades envolvidas É pertinente esclarecer quais as relações entre redes, na obtenção e fornecimento, conversão e gerenciamento cadeias de suprimentos, cadeias de valor e logística, de todas as atividades logísticas. Incluem ainda a considerando o que foi exposto nesta seção. Atualmente coordenação e colaboração com parceiros nos canais, as redes são mais do que a simples junção de empresas, podendo ser fornecedores, intermediários, provedores todavia uma forma de as organizações competirem de serviços logísticos e clientes. Em essência, SCM para aumentar suas chances de sobrevivência no integra a gestão do fornecimento e da demanda entre mercado. Assim, as redes podem ser formadas por as empresas integrantes. diversas empresas, não sendo o fator geográfico A gestão da cadeia de suprimentos pode atender impedimento para atuarem no mundo globalizado. a vários objetivos. Para Pires (2004) os objetivos Dentre os vários tipos de redes destacam-se alguns: SCM passam pela redução dos custos produtivos e consórcio modular, cadeia de suprimentos , arranjo maior agregação de valor ao produto através de um produtivo local, entre outros. processo de gestão focado em toda a extensão da As cadeias de suprimentos podem operar de cadeia. Percepção também sustentada por Chopra maneira integrada em diversas partes do mundo, e Meindl (2003), cujo objetivo de toda cadeia de com clientes e fornecedores globalizados, bem como suprimento é de maximizar o valor global gerado. Os seus sistemas de produção através da terceirização objetivos de gestão de uma cadeia de suprimentos, (Globalsourcing). Não existem fronteiras espaciais para Chopra e Meindl (2003), devem estar alinhados para as grandes cadeias de suprimentos, como é o caso com princípios de gestão, não obstante os diversos da Dell Computadores. Uma cadeia de suprimentos objetivos defendidos pelos membros da cadeia. é formada por um conjunto de empresas estratégicas O alinhamento estratégico, para Chopra e Meindl lideradas por uma empresa líder. Cada empresa (2003), significa que as estratégias, competitiva e componente contribui com suas competências centrais, da cadeia, têm objetivos comuns. Para os autores o as quais estão inseridas nas cadeias de valor das alinhamento estratégico diz respeito à compatibilidade organizações arranjadas. entre prioridades advindas do cliente, satisfeitas pela O conjunto de cadeias de valor das empresas estratégia competitiva, e às habilidades da cadeia de componentes configura uma cadeia de suprimentos. suprimento, criadas pelas estratégias da cadeia. Nesse sentido, esse conjunto pode ser constituído por Anderson et al. (2000) aplicaram uma pesquisa fornecedores e clientes distribuídos globalmente no em cadeias de suprimentos, cujo objetivo foi mundo em função do atendimento de necessidades identificar práticas de sucessos nesses arranjos. Os mútuas. Nesse contexto, a logística integrada é autores identificaram sete princípios: segmentação a área de ligação entre as cadeias de valor, tendo logística; customização do sistema logístico; previsão
  • 5. Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos 451 e percepção da demanda; postergação; gestão das Estudos realizados pelo Global Supply Chain fontes de suprimento; uso da tecnologia de informação Forum (COOPER et al., 1997, LAMBERT et al., e adoção de métricas de desempenho. Com esses 1998) identificaram oito processos-chave que orientam princípios foi possível melhorar a eficiência no nível a análise das relações na cadeia de suprimentos de serviço demandado pelos clientes. Larson (1998) (CROXTON et al., 2001): gestão da relação com sublinha que o resultado de um ou mais processos ou o cliente; gestão de serviços ao cliente; gestão da interfaces projetados para atender as expectativas do demanda; atendimento dos pedidos; gestão do fluxo consumidor forma as bases dos serviços e do nível de produção; gestão da relação com os fornecedores; de serviço especificado. desenvolvimento e comercialização de produtos e A configuração de uma cadeia de suprimentos gestão do retorno. O Supply Chain Council (2002) pode revelar interações e relações entre os membros. desenvolveu o modelo SCOR ou Supply Chain “Essas redes de configurações refletem os papéis e Operations Reference Model, constituído de cinco as atividades interconectadas dentro de uma cadeia processos: planejamento, aquisição, fabricação, de suprimento intraempresarial (McCORMACK; entrega e retorno (STEWART, 1997). KASPER, 2002)”. Diversos autores têm abordado Para Lambert et al. (1998), três aspectos são a configuração da cadeia de suprimentos com importantes para descrever, analisar e gerenciar ênfase na melhoria do processo de gestão. Segundo uma cadeia de suprimentos quanto à sua estrutura: Pires et al. (2004), a análise das configurações deve a estrutura horizontal (número de níveis ao longo da representar o atual estágio de desenvolvimento da cadeia); estrutura vertical (número de fornecedores/ SCM, provendo potenciais oportunidades de melhorias clientes em cada nível) e a posição horizontal da no gerenciamento nos diversos elos, contribuindo para empresa focal na cadeia de suprimentos (a empresa o processo de tomada de decisões. Para Lambert et al. foco pode estar perto da fonte inicial de suprimento, (1998) conhecer explicitamente e compreender como próxima dos clientes finais, ou em alguma posição a estrutura de rede da cadeia de suprimentos está entre os pontos extremos da cadeia). Os membros de uma cadeia de suprimentos, para Lambert et al. configurada constitui fator-chave de gestão. (1998), podem ser classificados em primários e Nota-se que parte das abordagens não assume secundários. uma perspectiva integrada, focando-se em aspectos Um membro primário é uma empresa autônoma isolados da gestão. Os produtos encadeados em uma a qual desempenha uma atividade operacional e/ou dada cadeia de suprimentos apresentam características gerencial relativa aos processos de negócios projetados que os credenciam a fluir numa cadeia mais adequada. para produzir saídas específicas a um cliente ou Huang et al. (2002) classificam em: funcionais, mercado. Já um membro secundário fornece os inovadores e híbridos. Fisher (1997) criou um modelo conhecimentos, utilidades e recursos, entre outros, para conceitual para escolher estrategicamente a cadeia que um integrante primário possa executar suas funções a partir da definição da natureza da demanda dos essenciais (LAMBERT et al., 1998). Os membros produtos ofertados pela empresa, classificando-os primários e secundários são conectados através em funcionais e inovadores. Ele associa cadeias de relações mantidas entre processos de negócios. com processos fisicamente eficientes aos produtos Uma cadeia de suprimentos pode ser representada funcionais, e as cadeias com processos responsivos ao pela dinâmica de interações existentes entre os mercado aos produtos inovadores. Os primeiros são membros e os processos de negócios. Lambert et al. produzidos para atender às necessidades básicas dos (1998) classificaram as relações estabelecidas entre consumidores. Já os produtos inovadores representam os processos-chave em: relações gerenciadas; não as inovações incorporadas a eles, fazendo da demanda gerenciadas; monitoradas; e com não membros. A volátil e imprevisível (FISHER, 2007). Figura 3 mostra os níveis, a empresa focal, os não A análise das competências centrais dos integrantes membros e a estrutura de relações entre os processos na cadeia de suprimentos pode revelar a transferência dos membros . de processos que não agregam valor a outros. Para A flexibilidade nos sistemas de produção é abordada McIvor (2003), as habilidades da empresa devem ser por Christopher (2000) através do suprimento ágil, que mantidas se elas servirem para sustentar uma vantagem é capacidade de uma empresa responder rapidamente competitiva, caso contrário devem ser negociadas às mudanças na demanda, considerando volume com alianças estratégicas e relações cooperativas. e variedade. Já Naylor et al. (1999) destacam o Vollmann et al. (1996) classificaram as competências suprimento enxuto contraposto ao suprimento ágil. na cadeia em: distintivas, qualificadoras e básicas. O suprimento enxuto, segundo os autores, desenvolve A identificação da importância das competências um canal de valor para eliminar desperdício e habilitar permite às empresas estabelecerem as relações entre um nível de programação. os processos de negócios com variados graus de A flexibilidade baseia-se na visão híbrida de proximidade entre parceiros. abordagens enxutas e ágeis combinadas e integradas
  • 6. 452 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 Nível 3 Nível 2 Nível 1 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Fornecedores iniciais Fornecedores Fornecedores Clientes Clientes Clientes/clientes finais 1 1 Nível 3 a n fornecedores 2 1 2 n 1 Clientes/clientes finais Fornecedores iniciais 1 n 2 n 1 1 2 Nível 3 a n clientes 2 n 3 1 3 n 1 n 1 1 n 2 n 1 n n Não membros da cadeia de Membros da cadeia de Empresa focal suprimentos da empresa focal suprimentos da empresa focal Relações gerenciadas de processos Relações monitoradas de processos Relações não gerenciadas de processos Relações de processos com não membros Figura 3. Relações de processos de negócios interempresariais. Fonte: Lambert et al. (1998). em um ponto de decomposição para otimizar a cadeia abertos; cooperação; coordenação e colaboração. Já de suprimentos (BRUCE et al., 2004). De acordo com Lambert et al. (1996) comentam cinco relacionamentos: Christopher (2000), a responsividade na cadeia de Arm’s Lenght; tipo 1; tipo 2; tipo 3; Joint Ventures e suprimentos está ligada ao atendimento rápido dos integração vertical. Figueiredo, Fleury e Wanke (2006) requisitos demandados pelo mercado. conceberam, ao estudar embarcadores e provedores Outra perspectiva bastante discutida na literatura logísticos, três tipos de parcerias: o tipo 1 – parceria sobre cadeia de suprimentos refere-se aos diversos de curto prazo; tipo 2 – parceria de longo prazo; e o tipos de relacionamentos e suas motivações. O grau tipo 3 – parceria sem prazo limite. de relação mantido por uma empresa focal e seus Os ativos na cadeia de suprimentos podem ser parceiros reflete o nível de integração e coordenação compreendidos sob duas maneiras: os ativos tangíveis, entre as empresas em função dos objetivos em comum segundo Bowersox e Closs (2001), representam celebrados na gestão de uma cadeia. A integração o montante de investimentos em instalações e passa pelo aperfeiçoamento e comprometimento das equipamentos com o objetivo de atender as metas parcerias. Cooper e Gardner (1993) destacam seis logísticas preestabelecidas, além do investimento razões para explicar a consolidação de parcerias: de capital de giro associado ao estoque; os ativos necessidade; assimetria; reciprocidade; eficiência; intangíveis, conforme Kaplan e Norton (1997), estabilidade e legitimidade. Para Maheshwari et al. permitem que uma empresa desenvolva relacionamentos (2006), as parcerias numa cadeia de suprimentos centrados na fidelidade dos clientes e atendimento representam uma coalizão estratégica entre duas ou de requisitos, produtos inovadores, customização mais empresas em uma cadeia de suprimentos. Segundo de alta qualidade, a melhoria contínua e utilização Whipple e Gentry (2000), quatro razões direcionam a potencial da tecnologia de informação. consolidação das parcerias: financeiras; estratégicas; Os membros da cadeia de suprimentos e seus de gestão e tecnológicas. Já para Bowersox e Closs processos de negócios são conectados por meio (2001), quatro causas promovem alianças: dependência da interface entre os principais elos da cadeia. mútua; clareza de poder; ênfase na cooperação e Essa interface se consolida em termos de fluxo de especialização central. informação, cujo nível de eficiência associa-se ao Quanto aos relacionamentos, Spekman et al. processamento de informações. Para Chopra e Meindl (1998) descreveram em: negociações em mercados (2003), “a informação serve como uma conexão
  • 7. Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos 453 entre os diversos estágios da cadeia de suprimentos, identificando cinco tipos de abordagem: perceptiva permitindo que possam coordenar suas ações e colocar da cadeia; de vínculo; da informação; da integração em prática muitos dos benefícios de maximização e futura. da lucratividade total da cadeia”. A configuração da cadeia de suprimentos, As interfaces requerem quatro elementos: dependendo do instrumento a ser utilizado para hardwares, softwares, gestores e operadores do esse fim, pode determinar o tipo de gestão dado à sistema, e integração desses elementos no fluxo das cadeia, mesmo esta não sendo formalizada. Portanto, informações na cadeia de suprimentos. A tecnologia a configuração e mapeamento integrado da cadeia da informação como recurso necessário ao processo de suprimentos é condição necessária à construção de integração e interface da cadeia contribui para a ou aperfeiçoamento dos projetos SCM. Por fim, consolidação dos procedimentos de comunicação o mapeamento das relações em uma cadeia de (CHOPRA; MEINDL, 2003) . Avaliar o desempenho suprimentos permite gerar condições de melhorar da cadeia é outro aspecto relevante para aferir o o desempenho e aumentar a confiabilidade entre cumprimento dos planos estratégicos, tema explorado empresas do arranjo (LEE et al., 2007). por diversos autores (BITITCI et al., 1997; REY, 1998; HOLMBERG; DREYER, 2000; LAMBERT; 3 Aspectos metodológicos POHLEN, 2001; MORGAN, 2004). A Figura 4 ilustra os aspectos metodológicos O desenvolvimento de projetos SCM pode ser utilizados neste artigo. A natureza desta pesquisa foi realizado após a cadeia já vir operando (estando básica, uma vez que se desenvolveu um instrumento ou não formalizada) ou quando não existir nenhum teórico sem que a aplicação prática fosse realizada. planejamento prévio (no caso de as empresas se Inicialmente foi feita uma revisão de literatura com reunirem para projetar a cadeia e o modelo de gestão). a finalidade de aprofundar as discussões em torno Com base nas pesquisas literárias, os autores deste da configuração das cadeias de suprimentos e de artigo desenvolveram o seguinte conceito para conceitos SCM. A pesquisa bibliográfica de caráter projetos SCM : é a concepção, planejamento, projeto, exploratório e descritivo buscou também verificar implantação e acompanhamento de um modelo de como os autores da área tratavam os temas: projetos gestão construído com base na complexidade do SCM e configuração e mapeamento das cadeias. A ambiente de uma cadeia de suprimentos, buscando-se estrutura conceitual foi construída com base em dados atingir e manter a integração e desempenho dos de natureza qualitativa e proporcionou fundamentos processos de negócios trocados entre os membros necessários à construção do modelo proposto. Segundo da rede. Assim, a proposta deste artigo atende a Silva e Menezes (2001), a pesquisa qualitativa é um qualquer uma das condições, uma vez que ela fornece vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a um panorama analítico do cenário de atuação das subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido empresas, mesmo elas não participando de uma em números. cadeia formalizada. A formalização da cadeia não De acordo com a Figura 4, iniciou-se o estudo a implica diretamente na inexistência de um fluxo de partir do tema configuração da cadeia de suprimentos produção. Os fluxos de suprimentos, transformação acerca dos projetos SCM , o qual alicerçou o e distribuição existirão mesmo que a cadeia não seja desenvolvimento da pesquisa. Dessa forma, a natureza formalizada. do trabalho foi caracterizada como uma pesquisa Autores como Bechtel e Jayaram (1997) e básica, conforme mencionado. Assim, a pesquisa Mentzer et al. (2001) propuseram, partindo de análises básica se apoiou na produção de um modelo analítico empíricas em cadeias de suprimentos, abordagens para configurar a cadeia de suprimentos aplicando para explicar as modalidades de gestão empregadas o desenvolvimento de projetos SCM, de forma na cadeia. O tipo de gerenciamento praticado na a representar a estrutura conceitual do trabalho, condução de uma dada cadeia de suprimentos pode uma vez que se produziu uma base teórica para estar associado ao conceito percebido pela empresa a produção do modelo proposto apoiado em uma líder e membros do que seja a gestão da cadeia de revisão de literatura. O problema abordado assume suprimentos. Mentzer et al. (2001) apresentam três características qualitativas, já que não envolve dados lógicas pelas quais os diversos conceitos de SCM se matemáticos ou estatísticos. Os autores da pesquisa enquadram, tentando estabelecer um tipo de abordagem definiram o seguinte problema: como configurar e gerencial o qual reflita os conceitos introduzidos por integrar uma cadeia de suprimentos como base para vários autores (Van HOEK et al., 2001; BRUCE et al., o desenvolvimento de projetos SCM? No sentido de 2004; BALLOU, 2006) . Assim, o termo SCM pode solucionar esse problema delimitou-se um objetivo, traduzir uma filosofia gerencial, a implantação dessa descrito na seção 1. filosofia ou um conjunto de processos de gestão. Quanto ao objetivo proposto, essa pesquisa Bechtel e Jayaram (1997) propuseram um modelo é exploratória e descritiva, ou seja, houve um conceitual das diversas abordagens sobre SCM rastreamento bibliográfico e descrição do estado
  • 8. 454 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 Figura 4. Síntese dos procedimentos técnicos. Fonte: Elaboração dos autores, 2008. da arte do tema de pesquisa. De acordo com Gil meio de uma análise da evolução do tema no contexto (2006), a pesquisa exploratória tem por objetivo da pesquisa; teórica, a partir da contextualização proporcionar maior familiaridade com o problema do problema na perspectiva literária; e empírica, a fim de torná-lo explícito ou construir hipóteses. estudando-se o problema no contexto metodológico. Ainda segundo o autor, a pesquisa descritiva visa Os resultados desta pesquisa são apresentados na descrever as características de determinada população sequência, seguidos das discussões. ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Para atingir o objetivo dessa pesquisa, 4 Apresentação e discussão alguns procedimentos técnicos foram usados, tais como pesquisa bibliográfica e revisão da literatura. dos resultados Estas duas técnicas foram segmentadas nas seguintes Nesta seção são apresentados e discutidos os etapas de pesquisa: do estado da arte, buscando-se resultados gerados através da pesquisa realizada verificar o conhecimento sobre o tema; histórica, por neste artigo. Inicialmente apresenta-se um framework
  • 9. Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos 455 explicando como os conceitos foram usados na flexibilidade; desempenho; relacionamentos; ativos; e proposição do modelo. Posteriormente, a sistemática interfaces. Os objetivos na cadeia também devem ser proposta para configurar a cadeia de suprimentos é levantados (objetivos da cadeia, de cada empresa e dos ilustrada e discutida. Na sequência, segue-se o modelo clientes finais). Os objetivos são confrontados com desenvolvido para mapeamento da cadeia de valor, as interações originadas das perspectivas no sentido o qual foi incorporado ao modelo de configuração de verificar se há um alinhamento estratégico. da cadeia de suprimentos. O Quadro 1 resgata os Por sua vez, o alinhamento estratégico deve conceitos abordados no modelo e seus autores. ser confrontado com a cadeia de valor de cada O Quadro 2 demonstra como os conceitos foram membro-chave da cadeia de suprimentos. O objetivo aplicados para embasar a construção do modelo de é verificar se existem sincronia e complementação configuração da cadeia de suprimentos, integrando entre as competências centrais de cada membro-chave várias perspectivas descritas no Quadro 1 com o na geração de valor aos elos componentes da cadeia auxílio da revisão de literatura. de suprimentos. Com o levantamento das cadeias de valor dos membros, é possível verificar se há a 5 Descrição do modelo analítico formação de um sistema de valor comprometido com Nesta seção, o modelo analítico destinado a apoiar a elevação do nível de serviço ao cliente final a um o processo de configuração da cadeia de suprimentos custo adequado. Mapeadas as inter-relações originadas é apresentado e discutido, conforme Figura 5. Nesse das perspectivas, observado o alinhamento estratégico sentido, dez perspectivas devem ser exploradas para e configuradas as cadeias de valor, pode-se verificar se analisar integradamente as interações provenientes quais os princípios SCM são aplicados na cadeia de da operação da cadeia de suprimentos, quais sejam: suprimentos, tanto a montante (upstream), como a produtos; competências; processos; relações; estrutura; jusante (downstream). Objetivos Empresas Cadeia Clientes finais Integração Integração Produtos Flexibilidade Competências Desempenho Processos Alinhamento estratégico Relacionamentos Relações Ativos Estrutura Interfaces Perspectivas de análise Sistema de valores Cadeia de Cadeia de Cadeia de Cadeia de Cadeia de valor valor valor valor valor Empresa 1 Empresa 2 Empresa Focal Empresa 4 Empresa n Upstream Princípios SCM Downstream Cadeia de suprimentos Tipo de abordagem gerencial Filosofia gerencial Nível de serviço Implantação da filosofia Processos Configuração da cadeia de suprimentos Figura 5. Modelo analítico de configuração da cadeia de suprimentos. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
  • 10. 456 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 Quadro 1. Resgate dos conceitos usados na construção do modelo proposto. Fonte: Elaboração dos autores (2008). Conceito Representação Autores Cadeia de Grupo de cadeias de valor ligadas intraorganizacionalmente a montante e a Adaptado de Porter suprimentos jusante da empresa focal para processar os fluxos do primeiro fornecedor do (1989); Lambert, fornecedor ao último cliente do cliente, gerando valor ao cliente. Cooper e Pagh (1998) Sistema de O rol de atividades formado por elos a montante e a jusante do fabricante, Porter (1989) valores sendo representados por fornecedores, distribuidores e varejistas. Cadeia de valor Representação das atividades de valor geradas pela empresa para atender Porter (1989) os requisitos demandados pelos consumidores e na forma de produtos. SCM Planejamento e gestão de todas as atividades envolvidas na obtenção CSCMP (2005) e fornecimento, conversão e a gestão de todas as atividades logísticas, incluindo a coordenação e colaboração com parceiros nos canais. Objetivos SCM Redução dos custos produtivos e maior agregação de valor ao produto Pires (2004) através de um processo de gestão focado em toda a extensão da cadeia. Alinhamento Compatibilidade entre prioridades do cliente (satisfeitas pela estratégia Chopra e estratégico competitiva) e habilidades da cadeia (criadas pelas estratégias da cadeia). Meindl (2003) Princípios SCM Práticas de sucessos na gestão de cadeias traduzidas em princípios. Anderson, Britt e Favre (2000) Nível de serviço Resultado de um ou mais processos ou interfaces projetados para atender Larson (1998) às expectativas do consumidor. Configuração da A análise das configurações deve representar o atual estágio de desenvol- Pires (2004) cadeia vimento da SCM, provendo potenciais oportunidades de melhorias na gestão nos diversos elos, contribuindo para a tomada de decisões. Produtos Associa cadeias com processos fisicamente eficientes a produtos Fisher (1997) funcionais e cadeias com processos responsivos ao mercado aos produtos inovadores. Competências A identificação da importância das competências permite às empresas Vollmann, Cordon e estabelecer relações com graus variados de proximidade entre parceiros. Raabe (1996) Processos de Processos trocados entre os membros da cadeia de suprimentos. Stewart (1997)/SCOR negócios Relações entre Relações que ligam os membros aos processos de negócios em função Lambert, Cooper e processos da importância para a empresa focal (líder). Pagh (1998) Estrutura da A estrutura da cadeia pode ser configurada verticalmente, horizontal- Lambert, Cooper e cadeia mente e por meio do posicionamento da empresa focal na cadeia. Pagh (1998) Flexibilidade no Visão híbrida dessas abordagens enxutas e ágeis combinadas e integradas Naylor, Naim e Berry suprimento em um ponto de decomposição para otimizar a cadeia de suprimentos. (1999); Christopher (2000); Bruce, Daly e Towers (2004) Relacionamentos O tipo de relacionamento mantido pela empresa focal e seus parceiros Cooper e Gardner de parceria reflete o nível de integração e coordenação entre as empresas em função (1993); Spekman, dos objetivos em comum celebrados na gestão da cadeia. Kamauff Jr. e Myhr (1998) Interfaces entre Os membros da cadeia de suprimentos e seus processos de negócios Chopra e elos são conectados por meio da interface consolidada em termos de Meindl (2003) fluxo de informação, cujo nível de eficiência está associado ao seu processamento. Ativos Os ativos intangíveis relacionam-se à gestão de aspectos qualitativos Kaplan e Norton que geram valor aos membros, colaboradores e clientes finais da cadeia, (1997); Bowersox e enquanto os ativos tangíveis representam investimentos em instalações e Closs (2001) equipamentos e capital de giro associado ao estoque. Desempenho Necessidade de mensurar e avaliar o desempenho dos elos em relação Supply Chain ao cumprimento dos planos estratégicos para estabelecer melhorias ao Council (2002) processo. Lógicas de A aplicação do conceito SCM pode se enquadrar em um tipo de gestão. Mentzer et al. (2001) gestão
  • 11. Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos 457 Quadro 2. Aplicação dos conceitos usados na construção do modelo proposto. Fonte: Elaboração dos autores (2008). Conceito Framework de aplicação do conceito Cadeia de suprimentos Escolher a cadeia como objeto de estudo e verificar se o conjunto de cadeias de valor distribuídas a montante e a jusante da empresa focal está gerando o valor esperado pelos clientes. Sistema de valores Identificar se as cadeias de valor dos membros da cadeia de suprimentos e suas atividades primárias e secundárias formam um sistema de valores a montante e a jusante da empresa focal. Cadeia de valor Levantar a cadeia de valor dos membros-chave da cadeia de suprimentos para verificar se as competências centrais estão alinhadas e sincronizadas em torno dos objetivos da cadeia. SCM Verificar como o conceito SCM vem sendo praticado e compreendido pelos membros- chave da cadeia de suprimentos. Objetivos SCM Levantar os objetivos da cadeia como um todo, dos clientes finais e dos membros principais da cadeia de suprimentos, inclusive a empresa focal (líder). Alinhamento estratégico Verificar se os objetivos mencionados estão alinhados com o nível de serviço exigido pelos clientes finais e pelos membros-chave da cadeia de suprimentos. Princípios SCM Mapear quais os princípios utilizados pelos membros a partir da configuração das perspectivas-chave. Nível de serviço Mensurar o nível de serviço resultante dos esforços da cadeia de suprimentos em atender à demanda dos clientes finais a jusante da empresa focal. Configuração da cadeia Sistematizar subsídios relevantes para o desenvolvimento de projetos SCM com base na configuração de perspectivas-chave na cadeia de suprimentos. Produtos Verificar se a cadeia de suprimentos é adequada para suportar o fluxo dos produtos transacionados. Competências Identificar os tipos de competências dos membros-chave. A cadeia de valor pode instrumentar essa ação. Processos de negócios Levantar os processos de negócios transacionados entre os membros da cadeia de suprimentos. Relações entre Classificar, a partir dos processos-chave levantados, os tipos de relações estabelecidas processos entre os processos de negócios e os membros. Estrutura da cadeia Mapear a estrutura física (instalações, centros de distribuição, plantas industriais) e virtual dos membros (primários, secundários, horizontal, vertical e empresa foco). Flexibilidade no Pesquisar qual o tipo predominante de suprimento realizado entre os elos da cadeia, ou suprimento se os tipos de abordagens combinam entre si. Relacionamentos de Descrever os tipos de relacionamentos de parcerias estabelecidas entre os membros- parceria chave na cadeia. Interfaces entre elos Levantar quais os principais mecanismos de interface entre os membros da cadeia e qual o nível de desenvolvimento tecnológico aplicado nas conexões entre os membros com ênfase na informação. Ativos Mapear os principais ativos tangíveis e intangíveis inseridos na cadeia de suprimentos, verificando a importância dada pelos membros a esses aspectos. Desempenho Verificar como os membros da cadeia de suprimentos mensuram e avaliam o desempenho de seus processos de negócios. Lógicas de gestão Definir, a partir da interação entre os vários conceitos contidos nesse Quadro, o tipo predominante de gestão praticado na cadeia de suprimentos considerando os fundamentos dos conceitos SCM.
  • 12. 458 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 O nível de serviço representa os resultados dos podem ser comparadas com as competências centrais esforços da cadeia de suprimentos em atender aos para verificar se há alinhamento entre as atividades. objetivos estratégicos que usualmente podem ser Assim, configuram-se as atividades centrais. Já na influenciados pelas demandas e requisitos dos clientes sequência, o modelo analítico ilustrado na Figura 5 é finais. O nível de serviço pode ser então comparado explodido, mostrando em detalhes seus componentes, com o alinhamento estratégico e com as interações que como mostrado na Figura 7. foram analisadas em função das perspectivas estudadas. Conforme a Figura 7, dada a configuração a ser Por fim, para fechar a configuração da cadeia, os realizada da cadeia de suprimentos, procede-se a resultados da análise de todos esses aspectos geram identificação da empresa focal (líder) e dos membros- insights para determinar o tipo de abordagem gerencial chave por meio de critérios qualificadores com a aplicada na cadeia: a gestão é baseada nas trocas finalidade de se definir quem lidera a cadeia. Logo entre os processos de negócios; se a gestão foca-se após, identifica-se o escopo da cadeia, tanto no na implantação da filosofia do conceito SCM; ou se sentido a montante (fornecedores), como a jusante os membros-chave evoluíram ao ponto de considerar (clientes finais), no sentido de definir o ponto de a gestão das empresas arranjadas como integrada, origem (upstream) e o ponto de corte (downstream), distintiva e única para todos os integrantes. ou seja, onde se iniciam e terminam os elos da cadeia. As cadeias de valor dos membros-chave podem ser Nessa mesma ação procede-se o levantamento da configuradas de acordo com um modelo desenvolvido quantidade e especificação dos níveis ou elos e o para os fins desse artigo, conforme Figura 6. O número de empresas em cada elo. Com os limites levantamento da cadeia de valor de um membro na da cadeia, dos membros-chave e da empresa líder, cadeia de suprimentos passa pela identificação do que parte-se para a configuração das cadeias de valor é valor para os membros (produto, conhecimento, desses integrantes (modelo ilustrado na Figura 6), clientes, processos e outros). Baseado no que a empresa analisando-se as atividades-chave e competências considere estrategicamente como valor, parte-se para centrais dos membros com relação ao alinhamento mapear as atividades organizacionais com base nas das cadeias de valor. competências centrais ou essenciais de cada empresa. A partir da identificação da empresa líder e dos Isso é feito por meio do estabelecimento de critérios membros-chave, busca-se levantar os objetivos para hierarquizar as atividades mais relevantes para dos membros da cadeia (há um objetivo geral de a empresa com base na importância. Das atividades gestão; os membros apresentam objetivos de gestão classificadas em primárias e secundárias, verificam-se distintos; os objetivos são direcionados pelo cliente quais dessas últimas foram subcontratadas. Gera-se final). Isso pode ser realizado verificando-se o uma matriz que correlaciona atividades à estrutura da alinhamento estratégico entre os objetivos, que por empresa, produzindo a dinâmica das interações entre sua vez deverá ser comparado com as interações atividades estratégicas e de apoio. Essas atividades extraídas da exploração das dez perspectivas de Figura 6. Modelo de configuração da cadeia de valor dos membros. Fonte: Elaboração dos autores (2008).
  • 13. Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos Figura 7. Configuração da cadeia de suprimentos. Fonte: Elaboração dos autores (2008). 459
  • 14. 460 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 Quadro 3. Síntese dos aspectos conceituais usados no modelo proposto. Fonte: Elaboração dos autores (2008). Conceito Finalidade Objetivos estratégicos Levantar os objetivos estratégicos das empresas componentes, da cadeia e dos clientes finais, no intuito de confrontar com as perspectivas de análise. Perspectivas de análise Analisar a cadeia de suprimentos de acordo com dez perspectivas, gerando-se as interações necessárias e confrontando-as com os objetivos estratégicos. Alinhamento estratégico Verificar se existe um alinhamento estratégico entre a definição dos objetivos estratégicos e as interações extraídas da análise das perspectivas em função da sincronização e complementação das competências centrais de cada membro na geração de valor aos elos da cadeia. Cadeias de valor Mapear as cadeias de valor dos membros-chave da rede, ou seja, as competências centrais. Sistema de valores Avaliar se as cadeias de valor, de acordo com suas competências centrais, formam um sistema de valores. Princípios SCM Rastrear quais princípios de gestão da cadeia de suprimentos (SCM) são usados na rede, tanto a montante, como a jusante da empresa líder. Nível de serviço Verificar se o nível de serviço representa os esforços da cadeia de suprimentos em atender aos objetivos estratégicos. Dessa forma, pode ser comparado com o alinhamento estratégico e com as perspectivas analisadas. Tipo de abordagem gerencial Definir o tipo de abordagem gerencial praticado na cadeia de suprimentos em função da análise dos aspectos estudados nas fases anteriores do modelo. Configuração da cadeia de A execução das etapas anteriores gera a configuração da cadeia de suprimentos suprimentos como base para a proposição ou melhoria de projetos SCM. análise. Em seguida procede-se ao levantamento e da arquitetura da cadeia, identificar necessidades análise das perspectivas na cadeia de suprimentos. potenciais de melhoria. Esse mapeamento de interações deve ser realizado de modo integrado, buscando correlacionar as perspectivas 6 Considerações finais entre si. Devem ser observados aspectos como Este artigo, partindo de uma revisão de literatura, compartilhamento, integração, comprometimento e propôs um modelo analítico para auxiliar na colaboração entre as perspectivas. configuração e integração de perspectivas-chave As interações no estudo das perspectivas, do inseridas no contexto das cadeias de suprimentos. O alinhamento estratégico e configuração das cadeias modelo proposto oferece subsídios relevantes para o de valor permitem visualizar os princípios SCM desenvolvimento de projetos SCM com base em um predominantes na cadeia. Todos os esforços, táticos, mapeamento contextualizado da cadeia de suprimentos. estratégicos e operacionais na execução dos processos Nesse sentido, um projeto eficiente de gestão da de negócios entre os membros da cadeia de suprimentos cadeia de suprimentos precede a análise integrada resultam em um nível de serviço oferecido aos desta, considerando a sua extensão e o nível de clientes finais e também aos membros de cada elo. interações estabelecidas entre os membros do arranjo. É nesse momento que os aspectos analisados na Quanto a esse aspecto, o modelo, caso seja validado cadeia de suprimentos podem ser sistematizados e na prática, poderá subsidiar o desenvolvimento de correlacionados entre si com o objetivo de definir o projetos ou aperfeiçoar os processos de gestão através tipo de abordagem gerencial SCM praticada pelos de intervenções mais adequadas e sustentáveis, membros da cadeia. A partir dos resultados da análise asseguradas pela configuração de perspectivas-chave das perspectivas, são identificados aspectos críticos responsáveis pela dinâmica da cadeia de suprimentos. que agregam valor à cadeia. Assim, esses aspectos O Quadro 3 sintetiza os aspectos conceituais usados podem então ser analisados: configuração das cadeias no modelo de configuração da cadeia de suprimentos de valor; alinhamento estratégico; mapeamento de e suas finalidades. análise das perspectivas; princípios SCM que são O modelo proposto pode contribuir para o avanço mais predominantes; mensuração e avaliação dos das pesquisas na área de cadeias de suprimentos, já níveis de serviços. que os conceitos estabelecidos ainda estão em vias Analisadas as interações mencionadas, pode-se de aperfeiçoamentos e por se tratar de um campo de definir o tipo de abordagem gerencial dada a cadeia exploração relativamente novo. Assim, a proposição de suprimentos (filosofia, implantação da filosofia, destaca a necessidade de uma compreensão mais processos de negócios). Com isso pode-se, a partir integrada e contextualizada da cadeia de suprimentos,
  • 15. Modelo analítico de suporte à configuração e integração da cadeia de suprimentos 461 com a finalidade de melhorar os processos de gestão e & Production Management, v. 24, n. 2, p. 151-170, fazer com que ela se adapte rapidamente às mudanças 2004. no seu ambiente de atuação, uma vez que o modelo BUTLER, C. et al. Revamping the value chain in exhibition oferece uma representação das interações que agregam facilities: the case of the Dubai exhibition industry. Facilities, v. 25, n. 11/12, p. 419-436, 2007. mais valor aos membros do arranjo. CARR, A. S.; KAYNAK, H. Communication methods, No âmbito da Engenharia de Produção, o artigo information sharing, supplier development and contribui a partir da apresentação de um arcabouço performance: an empirical study of their relationships. teórico sistematizado em uma ferramenta, cujo fim é International Journal of Operations & Production contribuir para a redução dos problemas produzidos Management, v. 27, n. 4, p. 346-370, 2007. pela formação de arranjos empresariais, especialmente CAVINATO, J. L. A general methodology for determining as cadeias de suprimentos. Nesse sentido, o modelo a fit between supply chain logistics and five stages poderá facilitar a identificação de barreiras e limitações of strategic management. International Journal of que comprometam a eficiência na gestão da cadeia. Physical Distribution & Logistics Management, Assim, é possível diminuir a distância entre o v. 29, n. 3, p. 162-181, 1999. segmento empresarial e acadêmico, no sentido de CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia se construírem soluções colaborativas para resolver de Suprimentos: estratégia, planejamento e operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003. questões que requeiram um esforço de pesquisa CHOY, K. L. et al. Development of performance measurement bilateral e multidisciplinar. system in managing supplier relationship for maintenance Recomenda-se validar o modelo por outros logistics providers. Benchmarking: An International pesquisadores, já que há a pretensão de também Journal, v. 14, n. 3, p. 352-368, 2007. validá-lo aplicando-se os resultados teóricos em uma CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia cadeia já formalizada. Outra recomendação é que novas de Suprimentos: estratégias para a redução de custos e perspectivas de análise possam ser inseridas, como a melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997. governança, ou substituídas por outras abordagens. CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Assim, os resultados teóricos produzidos neste artigo Cadeia de Suprimentos: criando redes que agregam e traduzidos no modelo analítico contribuem para valor. São Paulo: Thomson Pioneira, 2007. compreender e representar (dados certos limites) CHRISTOPHER, M. Supply chain migration from lean and functional to agile and customized. Supply Chain a complexidade presente no contexto das cadeias, Management: An International Journal, v. 5, n. 4, sugerindo meios para melhorar os projetos SCM, na p. 206-213, 2000. medida em que se produza uma configuração mais COOPER, M. C.; GARDNER, J. T. Building good integrada das interações. business relationships: More than just partnering or strategic alliances. International Journal of Physical Referências Distribution & Logistics Management, v. 23, n. 6, p. 14-26, 1993. ANDERSON, D. L.; BRITT, F. E.; FAVRE, D. J. The COOPER, M. C.; LAMBERT, D. M.; PAGH, J. D. 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  • 16. 462 Oliveira et al. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 3, p. 447-463, 2010 FIGUEIREDO, K. F. Gestão da Capacidade e da Demanda LEE, C. W.; KWON, I. G.; SEVERANCE, D. Relationship em Serviços Logísticos. Revista Tecnologística, v. 5, between supply chain performance and degree of linkage n. 66, p. 46-50, 2001. among supplier, internal integration, and customer. FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. Logística Supply Chain Management: An International Journal, e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São v. 12, n. 6, p. 444-452, 2007. Paulo: Atlas, 2006. LUCHI, R.; PALADINO, M. Improving competitiveness FISHER, C. H. What is the right supply chain for product? in a manufacturing value chain: issues dealing with Harvard Business Review, v. 2, n. 75, p. 105-16, the automobile sector in Argentina and Mercosul. 1997. Industrial Management & Data Systems, v. 100, FORSLUND, H. 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