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Maria da Penha Boina Dalvi
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ENSINO / APRENDIZAGEM
Revendo os meus estudos pós-graduados em que trabalhei com princípios fundamentados na
Abordagem Atuante da Ciência Cognitiva e na Metodologia Problematizadora, fiquei tentada a fazer
um encerto de alguns trabalhos atuais sobre o assunto, tentada pois, pouca coisa mudou no debate
passado 18 anos dos meus estudos.
Maria da Penha Boina Dalvi
https://pt.slideshare.net/boinadalvi/dissertao-6051131
Encerto do artigo - A CONSTRUÇÃO DO SABER NO ENSINO SUPERIOR
Por Guilherme Marcos Ghelli
Professor e Diretor da Fundação Carmelitana Mário Palmério – FUCAMP, mantenedora da Faculdade de
Ciências Humanas e Sociais de Monte Carmelo-MG. Mestre em Administração de Empresas.
A aprendizagem do estudante no Ensino Superior
Aprendizagem pode ser vista como um processo individual de modificação de conduta, caracterizando a
possibilidade de educar o homem via consciência e via modificação de comportamento. Esta se estabelece
como uma forma que produz a evolução, tanto biológica, quanto social. No seu desenvolvimento reflete o
trabalho humano na sua ânsia constante de autossuperação, de transformação da natureza, da ciência, da
sociedade e da cultura. Diante do exposto podemos entender aprendizagem como mudanças que ocorrem
no comportamento de uma pessoa em função de experiências e vivências. A aprendizagem na aula
universitária pode ser verificada quando ela termina e o aluno tem a sensação de que construiu, descobriu,
acrescentou algo na sua forma de pensar e ver determinada situação.
As principais orientações de estudos dos estudantes podem ser caracterizadas como voltados para a
orientação superficial do significado, da reprodução e com orientação para o profissional.
O aluno que estuda baseado na orientação superficial apresenta as seguintes características: estuda por
meio de resumos compilados de anotações, provas de anos anteriores, resumos de aulas e apostilas,
estuda um pouquinho e já está bom, estuda em função de provas, em cima da hora, por causa da nota; este
aluno não tem o hábito de estudar. Um dos motivos dessa característica é a falta de exigências do
professor, o que leva o estudante a trabalhar menos, de forma irregular e sem esforço. “Estudando só um
pouquinho já está bom, pois os professores não exigem demais”.
Já o aluno que estuda voltado para a orientação nos significados, questiona o que aprende, o que lê e o
próprio conteúdo que é dado em aula. Porém, isso não acontece em todas as disciplinas, mas naquelas
pelas quais o estudante se interessa, cujo conteúdo desperta curiosidade. O estudante que busca
significado reconstrói o conhecimento visto em aula e a informação que foi transmitida. Aprende em classe
e fora dela. A aula é uma pequena fração dentro de um processo, que envolve muito esforço pessoal.
Os alunos que se orientam para a reprodução, baseiam-se na memorização, “decoreba”, mesmo sem
compreensão. Memorização por medo de esquecer, de não reter a informação. É preso ao conteúdo, ao
que é dado em aula, ao que está na apostila. Ele aceita o que é dado sem questionamento, sem formar a
dúvida. O decorar, reter na memória, consiste em ler, escrever, fazer resumo, repetir, até conseguir fixar. Os
problemas começam a aparecer quando a quantidade de matéria não permite mais a memorização. Estes
alunos necessitam ser ajudados a aprender a aprender e a estudar, pois muitos chegam a colocar muito
esforço pessoal, fazendo esquemas, rascunhos, visando somente à memorização antes da prova.
Um outro tipo de orientação dos alunos é para a profissionalização. Esta forma de aprender aparece como
uma consequência do estar voltado para fora da instituição educacional. Os estudantes com esta orientação
alegam que nela os cursos são muito teóricos, e tendem a supervalorizar o estágio, nos quais citam que
aprendem mais do que em todo o curso (LEITE, 1997, p. 147-168).
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Maria da Penha Boina Dalvi
mariadapenha@ucl.br
Os Tipos de Analfabetismo
Por Antônio Carlos Vieira - 2011
Segundo o IBGE, no Brasil existem, atualmente, em torno de 14 milhões de analfabetos. Esses analfabetos
são aquelas pessoas que não sabem ler e escrever coisa alguma e essas estatísticas, quando divulgada,
passam a ideia de que se conseguirmos fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever,
estaremos livre do analfabetismo.
Se formos analisar, de maneira mais profunda, iremos notar que a coisa não é bem assim. Eu costumo
classificar o analfabetismo em quatro categorias, que são: o Analfabeto Total, o Analfabeto Funcional, o
Analfabeto de Conteúdo e o Analfabeto de Cidadania (ou político).
O Analfabeto Total
Esse é o tipo de analfabetismo mais fácil de se diagnosticar e é também o mais fácil de se mensurar e
quantificar efetuando estatísticas. É claro que se deve tomar o cuidado ao analisar e efetuar essas
pesquisas. Costuma-se classificar as pessoas que sabem ler e escrever o próprio nome como alfabetizadas
e não é bem assim. Tem algumas pessoas que conseguem desenhar o próprio nome com certa facilidade e
não sabem ler e nem escrever ou no máximo conseguem soletrar algumas palavras o suficiente para
identificar o próprio nome.
O Analfabeto Funcional
Em termos de pesquisa quantitativa, não é possível mensurar este tipo de analfabetismo. O problema
consiste que este tipo de analfabeto sabe ler, escrever, não consegue interpretar e consequentemente não
entende o que está lendo. O problema do Analfabeto Funcional está aumentando a cada dia e hoje é
comum se encontrar até mesmo nas universidades. O que ocorre na realidade é que estão conseguindo
com que as pessoas analfabetas total aprenda a ler e escrever, mas não aprendem a interpretar uma leitura
ou mesmo redigir uma simples carta (redação).
O Analfabeto de Conteúdo
É muito comum se discutir um determinado assunto com determinadas pessoas (até mesmo universitários)
e perceber que a mesmo está se colocando, sobre o assunto, fora do contexto simplesmente por não
conhecer do assunto. Esse tipo de analfabeto costuma escrever bem, falar bem e sente a sabedoria em
pessoa, por tal motivo, mas quando se começa argumentar sobre determinado assunto se percebe que ele
só escreve bem, fala bem e falta conteúdo.
Quando entrei na Universidade uma das primeiras frases que os professores deixaram bem claro foi:
“procurar não discutir e criticar aquilo que não tem conhecimento”, que isso não demonstrar ignorância
simplesmente pelo fato que a pessoa não é obrigado e não consegue saber de tudo na vida. Tentar mostrar
habilidade e argumentar algum assunto que não conhece é que é ser ignorante. Só que esse tipo de
analfabeto, que é muito raro, costuma esconder a falta de conhecimento criticando os seus erros de
português, os erros ortográficos, seu vocabulário e deixa o conteúdo do que se está discutindo de lado.
Você vai encontrar muito desse tipo escrevendo e falando muita coisa bonita que não serve para nada.
O Analfabeto Político
Este tipo de analfabeto eu considero uma variante do Analfabeto de Conteúdo. A diferença é que o
analfabetismo político é aquele cidadão que deveria ter conhecimento de como funciona o seu Estado, a
forma de fazer política em sua sociedade, os direitos e deveres de cada cidadão (geralmente a pessoas só
procuram aprender os direitos). A grande maioria das pessoas, inclusive as de formação universitária, não
tem noção do que seja Estado (só fui entender a noção de Estado quando estava na Universidade!!!),
propriedade, os interesses na sua formação e controle por parte das camadas sociais. Não tem como uma
pessoa entender de todos os assuntos, mas pelo menos deveria saber dos assuntos pertinentes a sua
sociedade e do lugar onde vive.
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Maria da Penha Boina Dalvi
mariadapenha@ucl.br
Metodologias Tradicionais versus Metodologias Ativas
METODOLOGIAS ATIVAS, POR QUE SIM OU POR QUE NÃO? FATORES QUE FAVORECEM OU
INIBEM O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DA CONTABILIDADE
Layla Gabrielly Jardim Olivatti Universidade Estadual de Maringá; Marguit Neumann Universidade Estadual
de Maringá; Reinaldo Rodrigues Camacho Universidade Estadual de Maringá; Claudio Marques
Universidade Estadual de Maringá.
XIV Congresso anpcont – dezembro de 2020 – Foz do Iguaçu - PR
Não há dúvidas de que cada metodologia tem suas vantagens e desvantagens, assim como seus
defensores e opositores. Ao revisar as ideias e opiniões de autores relevantes do assunto, como Phillipe
Perrenoud e Paulo Freire, faz-se um confronto entre as duas metodologias. Confronto este, que tem como
objetivo incitar uma reflexão imparcial sobre o tema e não ser só mais uma discussão, entre tantas
existentes, a favor de uma ou de outra metodologia.
Segundo Perrenoud (2001), a preocupação exagerada de tornar o ensino mais ativo tem sido uma
tendência. Entretanto, coisas novas podem ser interessantes e ao mesmo tempo problemáticas, por isso é
preciso cautela. Sendo assim, a aplicação de novas metodologias não deve ser feita meramente por
modismo, assim como novas ideias e novas tecnologias não devem ser aceitas ou recusadas, só porque
são inovadoras (Freire, 2015).
Segundo Freire (2015), que segue a vertente da inovação do ensino, a educação precisa ser libertadora e
dar certa autonomia aos alunos no processo de aprendizagem. Diferentemente da educação tradicional,
chamada por ele de “educação bancária”, em que o aluno é um mero ouvinte que memoriza e repete. Freire
acredita que para isso, é preciso fazer com que os alunos pensem criticamente e não somente reproduzam
o conhecimento passado pelo professor, pois “[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (2015, p. 12).
Para Freire (2015), “[...] aprender, é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade
crescente, que pode torná-lo mais e mais criador” (2015, p. 13), mas é também “[...] uma atividade
complexa, frágil, que mobiliza a imagem de si mesmo, o fantasma, a confiança, a criatividade, o gosto pelo
risco e pela exploração, a angústia, o desejo, a identidade, aspectos fundamentais no âmbito pessoal e
cultural” (Perrenoud, 2001, p. 23). E são esses interesses pessoais que motivam a aprendizagem, de
acordo com as metodologias ativas. Dessa forma, para aprender o aluno precisa ter vontade, precisa ter
desejo em obter conhecimento, precisa querer e ter prazer em aprender (Perrenoud, 2001).
Logo, é preciso aprender dentro do contexto vivido para que o aluno veja significado na aprendizagem,
estimulando sua vontade de aprender cada vez mais. Para alcançar essa educação transformadora, que
torna a aprendizagem significativa, tão frisada por Freire (2015), é necessária a adoção de novas
metodologias. As metodologias ativas vão de encontro com a perspectiva construtivista de Freire, pois
focam no aluno, na autonomia, no pensamento crítico, na problematização e na relação entre aluno e
professor para gerar aprendizagens significativas.
Perrenoud (2001) relata que nem sempre as metodologias ativas conseguem atingir essa aprendizagem
significava e muitas vezes, acabam formando alunos despreparados para as experiências do dia a dia.
Apesar das metodologias ativas terem uma intenção democratizante, e parecerem colaborar para a
melhoria do ensino por enfatizarem o aluno e sua vivência na construção do conhecimento, elas correm o
risco de criar desigualdades e serem elitistas. Todavia, o método construtivista de Freire ainda apresenta
algumas vantagens sobre o método tradicional.
Como no método ativo os alunos são os atores do processo de ensino-aprendizagem e da construção do
seu conhecimento, suas participações são bem mais produtivas do que quando são meros ouvintes. Outras
vantagens apresentadas por Freire (2015), são o pensamento crítico, a capacidade de tomar decisões e a
autonomia na construção do conhecimento. Essas três habilidades só se desenvolvem quando o aluno é
levado a refletir conteúdos, a analisar situações e a buscar informações, tendo o professor somente como
um facilitador do processo.
Em vista dessas vantagens e benefícios, muitos professores veem as metodologias ativas como a solução
para melhorar o ensino, mas nem todos que adotam os métodos ativos conseguem fazer deles armas
contra o fracasso educacional. A maioria dos professores aderem os novos métodos só por modismo e não
aprofundam o conhecimento, absorvendo apenas as ideias básicas deles. Sendo assim, são pouquíssimos
os professores que utilizam as metodologias ativas da forma como são descritas por seus criadores
(Perrenoud, 2001).
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Maria da Penha Boina Dalvi
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Contudo, encontra-se entre os defensores do ensino ativo, pessoas que desejam educar para a vida, que se
preocupam com uma aprendizagem focadas em necessidades e interesses verdadeiros. Professores que
sonham com programas menos rígidos, com uma avaliação individualizada, com melhores infraestruturas,
com mais recursos, com uma organização mais flexível das salas de aula, com mais tempo para preparar
aulas e com turmas menos numerosas (Perrenoud, 2001).
Diante do exposto até aqui, na opinião de Perrenoud, não há uma forma única de ensinar. Não existe jeito
melhor ou pior, e sim o mais adequado dependendo de fatores como: o perfil dos alunos, as expectativas
deles, os conteúdos do programa, as experiências e competências dos professores, as vontades e projetos
deles. No entanto, independente da metodologia utilizada, ela sempre vai ser inadequada para uns, muito
fácil para alguns e incompreensível para outros (Perrenoud, 2001).
Estudo recente do Instituto McKinsey, em um extenso relatório sobre os fatores que mais
influenciam o sucesso escolar na América Latina, um dos destaques é que alunos
tendem a performar melhor quando participam de uma mescla entre instrução orientada
pelo professor e investigação por conta própria. “Se a educação de todos os alunos
tivesse essa combinação de tipos de ensino, a nota média da América Latina no PISA
subiria 19 pontos, equivalente ao aprendizado de mais de meio ano letivo”, constata o
documento.
McKinsey, justificaria os baixos resultados de metodologias ativas na América Latina: é preciso que os
estudantes tenham uma base de conhecimentos e competências prévios para que sejam capazes de guiar
a própria aprendizagem. Ouso dizer que fomentar essa cultura na sala de aula é o maior desafio do
educador no século XXI. A partir daí, a combinação entre aulas expositivas e ativas passa a fazer sentido.
https://www.geekie.com.br/blog/metodologias-ativas-de-aprendizagem
Marcela Lorenzoni é especialista em Gestão da Educação no Novo Milênio pelo Instituto
Singularidades e bacharel em Comunicação Social pela PUC-PR.
Diante do exposto introduzo as constatações e proposições com as citações que se seguem:
Nós não devemos forçar as teorias à nossa intuição: nós mudamos a intuição para entender as teorias.
Carlo Rovelli - físico da Universidade de Marselha na França
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados
são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados
sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem
para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce
dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Rubem Alves
Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso. Amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo
as pessoas e amo o mundo que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.
Paulo Freire
O cidadão viu um cartaz de educação no trânsito onde tinha escrito assim:
"01 COPO DE CERVEJA + 04 RODAS = 07 PALMOS DEBAIXO DA TERRA
A CONTA PODE NÃO BATER, MAS VOCÊ SIM."
Desde esse dia, quando ele saía de carro, só tomava whisky, e quando queria tomar cerveja, só saía de
moto.
Augusto Branco
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Maria da Penha Boina Dalvi
mariadapenha@ucl.br
Constatações e Proposições:
Devemos vislumbrar que a heterogeneidade de conhecimentos e vivências em diferentes áreas de
conhecimento permitirão uma experiência rica para todos os participantes. As perspectivas de enfoque e
análise das questões que serão propostas são múltiplas, variadas e multifacetadas.
O discurso mais consciente a ser desvelado será o de promover um ambiente que conduza à aprendizagem
- como processo de transformação que envolve conhecimento, habilidade e atitudes do indivíduo, com
tempo para a reflexão e análise, para dissecar tanto as necessidades dos alunos e professores quanto da
sociedade onde se inserem como profissionais e cidadãos e para avaliar os sistemas de ensino e pesquisa
em uso e inventar novas técnicas e novas abordagens que promovam a aprendizagem. A aprendizagem, o
desenvolvimento de habilidades e novas competências e a socialização de conhecimento é incompatível
com o sistema de monopólio do conhecimento e a sua concentração nas mãos de poucos.
O trabalho é de se repensar e reestruturar a educação escolar que exige o passar pelo caminho da
sensibilização e conscientização dos professores em relação às constantes e rápidas transformações de
ordem político-socioeconômica, cultural, comunicacional e educacional que a nova sociedade sistêmica nos
impõe. O ser humano tem que reencontrar seu equilíbrio e o papel do professor é fundamental. O conceito
de rede como uma ligação mais voltada às transformações socioculturais deve espalhar e expandir para
todos os lados. Compartilhar as experiências bem-sucedidas pode tornar a vida humana, mais saudável. Os
professores não podem furtar-se a esta função, principalmente hoje, no mundo em que a escola precisa
ajudar a preencher as lacunas deixadas pela falta de orientação de crianças, adolescentes e jovens quanto
aos valores morais, aos princípios éticos, à atuação política no sentido puro dessa palavra e ao exercício de
uma cidadania questionadora e modificadora.
Quando os professores efetivamente se comunicam e trabalham com seus pares colaborativamente e
cooperativamente, descobrem suas inteligências específicas que lhes permitem também respeitar as
diferenças de seus alunos e a ter sensibilidade para as diversas inteligências. Essa comunicação permite-
lhe apreender e estimular os pontos fortes; atentar e cuidar dos pontos fracos. Permite-lhe trabalhar com a
autoestima dos seus alunos de modo a fazê-los crescer e desenvolver-se integralmente. Um outro elemento
fundamental de comprometimento de professores e alunos é a pertinência.
Tem que se partir para uma formação do professor com ênfase na competência cultural, o que significa que
o professor tem que primeiramente perceber a sua própria cultura, conhecendo-a, compreendendo-a,
depois, abrir-se para o conhecimento e a compreensão de outras culturas e aprender a criar ambientes
multiculturais que permitirão que seus alunos desenvolvam suas habilidades e seus estilos de
aprendizagem. Isso significa que o professor tem que se preparar para ser um pesquisador, um
comunicador, mas, sobretudo, um aprendiz por toda a sua vida e ajudar seus alunos a desenvolverem a
autonomia para também se tornarem eficientes pesquisadores, comunicadores e aprendizes autônomos,
não importa qual carreira, profissão ou função que optem para a sua vida.
Maria da Penha Boina Dalvi (2004)
Diante desse contexto seguem as proposições:
• Desenvolver a mudança no comportamento e na produção individual dos professores.
• Desenvolver a interação colaborativa e cooperativa nos professores.
• Desenvolver reflexos nas atitudes e no comportamento dos professores.
• Desenvolver relações interpessoais e na construção do conhecimento.
• Construir um ambiente propício que conduza à aprendizagem.
• Perspectivar a incorporação de novos conceitos em detrimento dos velhos conceitos.
• Desenvolver a percepção de projetos pedagógicos com planejamento.
• Difundir o aspecto de analisar e contextualizar a informação para a depurar através da seleção, da
valorização e do contraste.
• Despertar o conhecimento da própria cultura para depois se abrir a outras culturas.
• Aprender a criar ambientes multiculturais.
• Tornar-se competente e autônomo para o desenvolvimento do conhecimento.
• Desenvolver mentalidades de prática.
• Desenvolver a aprendizagem segundo o prisma da cooperação e colaboração.
• Desenvolver uma intensa ação colaborativa no desenvolvimento de projetos na formação de
professores num ambiente propício para o ensino e a aprendizagem.
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Maria da Penha Boina Dalvi
mariadapenha@ucl.br
Mas como?
Método e sugestões:
Método pode se definido de uma forma ampla como “o modo de fazer coisas”.
1. Atividades preliminares
Atividade para obtenção do comprometimento de todos os participantes na realização das atividades
relevantes e na consideração e aceitação das recomendações.
As atividades principais são:
• Estabelecimento do âmbito do estudo;
• Definição da equipe de projeto;
• Orientação da equipe de projeto.
2. Preparação do estudo
A preparação do estudo envolve as seguintes atividades:
• Preparação do local de trabalho;
• Identificação da informação a recolher;
Informação sobre a organização:
• Ambiente – Interno e externo a Instituição (Forças, Fraquezas, Ameaças e Oportunidades). É a
informação de caráter geral: regulamentos, estatutos, tecnologias, e conhecer a realidade em que a
instituição está inserida para a vantagem competitiva;
o Levantamento das Informações:
 Instituição
 Docentes
 Discentes
 Realidade político-socioeconômica e cultural
• Objetivos – Objetivos globais e objetivos d https://pt.slideshare.net/boinadalvi/dissertao-6051131as
principais funções pedagógicas;
• Planejamento – Processos de planejamento, planos das funções pedagógicas da organização,
principais projetos, recursos, prazos (contínuos);
• Medidas de desempenho e controle – Relatórios, projetos. Reconhecimento nesta fase dos
Fatores Críticos de Sucesso (FCS) em relação ao ensino/aprendizagem.
3. Início formal do estudo
Atividade da condução formal do estudo de acordo com a visão inicial abordada.
• Agendamento de entrevistas e tópicos a serem discutidos;
• Procedimentos de gestão do projeto;
• Organização em arquivo de toda a informação e documentação relativa ao estudo;
• Revisão do trabalho realizado.
4. Projeto em relação a Instituição
• Apresentar informações relacionados a evolução do projeto à organização através de relatórios.
• Revisar o plano de estudo do projeto consoante as necessidades.
Tenham uma ótima reflexão sobre o assunto abordado. (MPBDalvi – 2022)

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  • 1. 1 _____________________________________________________________________________ Maria da Penha Boina Dalvi mariadapenha@ucl.br ENSINO / APRENDIZAGEM Revendo os meus estudos pós-graduados em que trabalhei com princípios fundamentados na Abordagem Atuante da Ciência Cognitiva e na Metodologia Problematizadora, fiquei tentada a fazer um encerto de alguns trabalhos atuais sobre o assunto, tentada pois, pouca coisa mudou no debate passado 18 anos dos meus estudos. Maria da Penha Boina Dalvi https://pt.slideshare.net/boinadalvi/dissertao-6051131 Encerto do artigo - A CONSTRUÇÃO DO SABER NO ENSINO SUPERIOR Por Guilherme Marcos Ghelli Professor e Diretor da Fundação Carmelitana Mário Palmério – FUCAMP, mantenedora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Monte Carmelo-MG. Mestre em Administração de Empresas. A aprendizagem do estudante no Ensino Superior Aprendizagem pode ser vista como um processo individual de modificação de conduta, caracterizando a possibilidade de educar o homem via consciência e via modificação de comportamento. Esta se estabelece como uma forma que produz a evolução, tanto biológica, quanto social. No seu desenvolvimento reflete o trabalho humano na sua ânsia constante de autossuperação, de transformação da natureza, da ciência, da sociedade e da cultura. Diante do exposto podemos entender aprendizagem como mudanças que ocorrem no comportamento de uma pessoa em função de experiências e vivências. A aprendizagem na aula universitária pode ser verificada quando ela termina e o aluno tem a sensação de que construiu, descobriu, acrescentou algo na sua forma de pensar e ver determinada situação. As principais orientações de estudos dos estudantes podem ser caracterizadas como voltados para a orientação superficial do significado, da reprodução e com orientação para o profissional. O aluno que estuda baseado na orientação superficial apresenta as seguintes características: estuda por meio de resumos compilados de anotações, provas de anos anteriores, resumos de aulas e apostilas, estuda um pouquinho e já está bom, estuda em função de provas, em cima da hora, por causa da nota; este aluno não tem o hábito de estudar. Um dos motivos dessa característica é a falta de exigências do professor, o que leva o estudante a trabalhar menos, de forma irregular e sem esforço. “Estudando só um pouquinho já está bom, pois os professores não exigem demais”. Já o aluno que estuda voltado para a orientação nos significados, questiona o que aprende, o que lê e o próprio conteúdo que é dado em aula. Porém, isso não acontece em todas as disciplinas, mas naquelas pelas quais o estudante se interessa, cujo conteúdo desperta curiosidade. O estudante que busca significado reconstrói o conhecimento visto em aula e a informação que foi transmitida. Aprende em classe e fora dela. A aula é uma pequena fração dentro de um processo, que envolve muito esforço pessoal. Os alunos que se orientam para a reprodução, baseiam-se na memorização, “decoreba”, mesmo sem compreensão. Memorização por medo de esquecer, de não reter a informação. É preso ao conteúdo, ao que é dado em aula, ao que está na apostila. Ele aceita o que é dado sem questionamento, sem formar a dúvida. O decorar, reter na memória, consiste em ler, escrever, fazer resumo, repetir, até conseguir fixar. Os problemas começam a aparecer quando a quantidade de matéria não permite mais a memorização. Estes alunos necessitam ser ajudados a aprender a aprender e a estudar, pois muitos chegam a colocar muito esforço pessoal, fazendo esquemas, rascunhos, visando somente à memorização antes da prova. Um outro tipo de orientação dos alunos é para a profissionalização. Esta forma de aprender aparece como uma consequência do estar voltado para fora da instituição educacional. Os estudantes com esta orientação alegam que nela os cursos são muito teóricos, e tendem a supervalorizar o estágio, nos quais citam que aprendem mais do que em todo o curso (LEITE, 1997, p. 147-168).
  • 2. 2 _____________________________________________________________________________ Maria da Penha Boina Dalvi mariadapenha@ucl.br Os Tipos de Analfabetismo Por Antônio Carlos Vieira - 2011 Segundo o IBGE, no Brasil existem, atualmente, em torno de 14 milhões de analfabetos. Esses analfabetos são aquelas pessoas que não sabem ler e escrever coisa alguma e essas estatísticas, quando divulgada, passam a ideia de que se conseguirmos fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever, estaremos livre do analfabetismo. Se formos analisar, de maneira mais profunda, iremos notar que a coisa não é bem assim. Eu costumo classificar o analfabetismo em quatro categorias, que são: o Analfabeto Total, o Analfabeto Funcional, o Analfabeto de Conteúdo e o Analfabeto de Cidadania (ou político). O Analfabeto Total Esse é o tipo de analfabetismo mais fácil de se diagnosticar e é também o mais fácil de se mensurar e quantificar efetuando estatísticas. É claro que se deve tomar o cuidado ao analisar e efetuar essas pesquisas. Costuma-se classificar as pessoas que sabem ler e escrever o próprio nome como alfabetizadas e não é bem assim. Tem algumas pessoas que conseguem desenhar o próprio nome com certa facilidade e não sabem ler e nem escrever ou no máximo conseguem soletrar algumas palavras o suficiente para identificar o próprio nome. O Analfabeto Funcional Em termos de pesquisa quantitativa, não é possível mensurar este tipo de analfabetismo. O problema consiste que este tipo de analfabeto sabe ler, escrever, não consegue interpretar e consequentemente não entende o que está lendo. O problema do Analfabeto Funcional está aumentando a cada dia e hoje é comum se encontrar até mesmo nas universidades. O que ocorre na realidade é que estão conseguindo com que as pessoas analfabetas total aprenda a ler e escrever, mas não aprendem a interpretar uma leitura ou mesmo redigir uma simples carta (redação). O Analfabeto de Conteúdo É muito comum se discutir um determinado assunto com determinadas pessoas (até mesmo universitários) e perceber que a mesmo está se colocando, sobre o assunto, fora do contexto simplesmente por não conhecer do assunto. Esse tipo de analfabeto costuma escrever bem, falar bem e sente a sabedoria em pessoa, por tal motivo, mas quando se começa argumentar sobre determinado assunto se percebe que ele só escreve bem, fala bem e falta conteúdo. Quando entrei na Universidade uma das primeiras frases que os professores deixaram bem claro foi: “procurar não discutir e criticar aquilo que não tem conhecimento”, que isso não demonstrar ignorância simplesmente pelo fato que a pessoa não é obrigado e não consegue saber de tudo na vida. Tentar mostrar habilidade e argumentar algum assunto que não conhece é que é ser ignorante. Só que esse tipo de analfabeto, que é muito raro, costuma esconder a falta de conhecimento criticando os seus erros de português, os erros ortográficos, seu vocabulário e deixa o conteúdo do que se está discutindo de lado. Você vai encontrar muito desse tipo escrevendo e falando muita coisa bonita que não serve para nada. O Analfabeto Político Este tipo de analfabeto eu considero uma variante do Analfabeto de Conteúdo. A diferença é que o analfabetismo político é aquele cidadão que deveria ter conhecimento de como funciona o seu Estado, a forma de fazer política em sua sociedade, os direitos e deveres de cada cidadão (geralmente a pessoas só procuram aprender os direitos). A grande maioria das pessoas, inclusive as de formação universitária, não tem noção do que seja Estado (só fui entender a noção de Estado quando estava na Universidade!!!), propriedade, os interesses na sua formação e controle por parte das camadas sociais. Não tem como uma pessoa entender de todos os assuntos, mas pelo menos deveria saber dos assuntos pertinentes a sua sociedade e do lugar onde vive.
  • 3. 3 _____________________________________________________________________________ Maria da Penha Boina Dalvi mariadapenha@ucl.br Metodologias Tradicionais versus Metodologias Ativas METODOLOGIAS ATIVAS, POR QUE SIM OU POR QUE NÃO? FATORES QUE FAVORECEM OU INIBEM O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DA CONTABILIDADE Layla Gabrielly Jardim Olivatti Universidade Estadual de Maringá; Marguit Neumann Universidade Estadual de Maringá; Reinaldo Rodrigues Camacho Universidade Estadual de Maringá; Claudio Marques Universidade Estadual de Maringá. XIV Congresso anpcont – dezembro de 2020 – Foz do Iguaçu - PR Não há dúvidas de que cada metodologia tem suas vantagens e desvantagens, assim como seus defensores e opositores. Ao revisar as ideias e opiniões de autores relevantes do assunto, como Phillipe Perrenoud e Paulo Freire, faz-se um confronto entre as duas metodologias. Confronto este, que tem como objetivo incitar uma reflexão imparcial sobre o tema e não ser só mais uma discussão, entre tantas existentes, a favor de uma ou de outra metodologia. Segundo Perrenoud (2001), a preocupação exagerada de tornar o ensino mais ativo tem sido uma tendência. Entretanto, coisas novas podem ser interessantes e ao mesmo tempo problemáticas, por isso é preciso cautela. Sendo assim, a aplicação de novas metodologias não deve ser feita meramente por modismo, assim como novas ideias e novas tecnologias não devem ser aceitas ou recusadas, só porque são inovadoras (Freire, 2015). Segundo Freire (2015), que segue a vertente da inovação do ensino, a educação precisa ser libertadora e dar certa autonomia aos alunos no processo de aprendizagem. Diferentemente da educação tradicional, chamada por ele de “educação bancária”, em que o aluno é um mero ouvinte que memoriza e repete. Freire acredita que para isso, é preciso fazer com que os alunos pensem criticamente e não somente reproduzam o conhecimento passado pelo professor, pois “[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (2015, p. 12). Para Freire (2015), “[...] aprender, é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente, que pode torná-lo mais e mais criador” (2015, p. 13), mas é também “[...] uma atividade complexa, frágil, que mobiliza a imagem de si mesmo, o fantasma, a confiança, a criatividade, o gosto pelo risco e pela exploração, a angústia, o desejo, a identidade, aspectos fundamentais no âmbito pessoal e cultural” (Perrenoud, 2001, p. 23). E são esses interesses pessoais que motivam a aprendizagem, de acordo com as metodologias ativas. Dessa forma, para aprender o aluno precisa ter vontade, precisa ter desejo em obter conhecimento, precisa querer e ter prazer em aprender (Perrenoud, 2001). Logo, é preciso aprender dentro do contexto vivido para que o aluno veja significado na aprendizagem, estimulando sua vontade de aprender cada vez mais. Para alcançar essa educação transformadora, que torna a aprendizagem significativa, tão frisada por Freire (2015), é necessária a adoção de novas metodologias. As metodologias ativas vão de encontro com a perspectiva construtivista de Freire, pois focam no aluno, na autonomia, no pensamento crítico, na problematização e na relação entre aluno e professor para gerar aprendizagens significativas. Perrenoud (2001) relata que nem sempre as metodologias ativas conseguem atingir essa aprendizagem significava e muitas vezes, acabam formando alunos despreparados para as experiências do dia a dia. Apesar das metodologias ativas terem uma intenção democratizante, e parecerem colaborar para a melhoria do ensino por enfatizarem o aluno e sua vivência na construção do conhecimento, elas correm o risco de criar desigualdades e serem elitistas. Todavia, o método construtivista de Freire ainda apresenta algumas vantagens sobre o método tradicional. Como no método ativo os alunos são os atores do processo de ensino-aprendizagem e da construção do seu conhecimento, suas participações são bem mais produtivas do que quando são meros ouvintes. Outras vantagens apresentadas por Freire (2015), são o pensamento crítico, a capacidade de tomar decisões e a autonomia na construção do conhecimento. Essas três habilidades só se desenvolvem quando o aluno é levado a refletir conteúdos, a analisar situações e a buscar informações, tendo o professor somente como um facilitador do processo. Em vista dessas vantagens e benefícios, muitos professores veem as metodologias ativas como a solução para melhorar o ensino, mas nem todos que adotam os métodos ativos conseguem fazer deles armas contra o fracasso educacional. A maioria dos professores aderem os novos métodos só por modismo e não aprofundam o conhecimento, absorvendo apenas as ideias básicas deles. Sendo assim, são pouquíssimos os professores que utilizam as metodologias ativas da forma como são descritas por seus criadores (Perrenoud, 2001).
  • 4. 4 _____________________________________________________________________________ Maria da Penha Boina Dalvi mariadapenha@ucl.br Contudo, encontra-se entre os defensores do ensino ativo, pessoas que desejam educar para a vida, que se preocupam com uma aprendizagem focadas em necessidades e interesses verdadeiros. Professores que sonham com programas menos rígidos, com uma avaliação individualizada, com melhores infraestruturas, com mais recursos, com uma organização mais flexível das salas de aula, com mais tempo para preparar aulas e com turmas menos numerosas (Perrenoud, 2001). Diante do exposto até aqui, na opinião de Perrenoud, não há uma forma única de ensinar. Não existe jeito melhor ou pior, e sim o mais adequado dependendo de fatores como: o perfil dos alunos, as expectativas deles, os conteúdos do programa, as experiências e competências dos professores, as vontades e projetos deles. No entanto, independente da metodologia utilizada, ela sempre vai ser inadequada para uns, muito fácil para alguns e incompreensível para outros (Perrenoud, 2001). Estudo recente do Instituto McKinsey, em um extenso relatório sobre os fatores que mais influenciam o sucesso escolar na América Latina, um dos destaques é que alunos tendem a performar melhor quando participam de uma mescla entre instrução orientada pelo professor e investigação por conta própria. “Se a educação de todos os alunos tivesse essa combinação de tipos de ensino, a nota média da América Latina no PISA subiria 19 pontos, equivalente ao aprendizado de mais de meio ano letivo”, constata o documento. McKinsey, justificaria os baixos resultados de metodologias ativas na América Latina: é preciso que os estudantes tenham uma base de conhecimentos e competências prévios para que sejam capazes de guiar a própria aprendizagem. Ouso dizer que fomentar essa cultura na sala de aula é o maior desafio do educador no século XXI. A partir daí, a combinação entre aulas expositivas e ativas passa a fazer sentido. https://www.geekie.com.br/blog/metodologias-ativas-de-aprendizagem Marcela Lorenzoni é especialista em Gestão da Educação no Novo Milênio pelo Instituto Singularidades e bacharel em Comunicação Social pela PUC-PR. Diante do exposto introduzo as constatações e proposições com as citações que se seguem: Nós não devemos forçar as teorias à nossa intuição: nós mudamos a intuição para entender as teorias. Carlo Rovelli - físico da Universidade de Marselha na França Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. Rubem Alves Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso. Amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade. Paulo Freire O cidadão viu um cartaz de educação no trânsito onde tinha escrito assim: "01 COPO DE CERVEJA + 04 RODAS = 07 PALMOS DEBAIXO DA TERRA A CONTA PODE NÃO BATER, MAS VOCÊ SIM." Desde esse dia, quando ele saía de carro, só tomava whisky, e quando queria tomar cerveja, só saía de moto. Augusto Branco
  • 5. 5 _____________________________________________________________________________ Maria da Penha Boina Dalvi mariadapenha@ucl.br Constatações e Proposições: Devemos vislumbrar que a heterogeneidade de conhecimentos e vivências em diferentes áreas de conhecimento permitirão uma experiência rica para todos os participantes. As perspectivas de enfoque e análise das questões que serão propostas são múltiplas, variadas e multifacetadas. O discurso mais consciente a ser desvelado será o de promover um ambiente que conduza à aprendizagem - como processo de transformação que envolve conhecimento, habilidade e atitudes do indivíduo, com tempo para a reflexão e análise, para dissecar tanto as necessidades dos alunos e professores quanto da sociedade onde se inserem como profissionais e cidadãos e para avaliar os sistemas de ensino e pesquisa em uso e inventar novas técnicas e novas abordagens que promovam a aprendizagem. A aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades e novas competências e a socialização de conhecimento é incompatível com o sistema de monopólio do conhecimento e a sua concentração nas mãos de poucos. O trabalho é de se repensar e reestruturar a educação escolar que exige o passar pelo caminho da sensibilização e conscientização dos professores em relação às constantes e rápidas transformações de ordem político-socioeconômica, cultural, comunicacional e educacional que a nova sociedade sistêmica nos impõe. O ser humano tem que reencontrar seu equilíbrio e o papel do professor é fundamental. O conceito de rede como uma ligação mais voltada às transformações socioculturais deve espalhar e expandir para todos os lados. Compartilhar as experiências bem-sucedidas pode tornar a vida humana, mais saudável. Os professores não podem furtar-se a esta função, principalmente hoje, no mundo em que a escola precisa ajudar a preencher as lacunas deixadas pela falta de orientação de crianças, adolescentes e jovens quanto aos valores morais, aos princípios éticos, à atuação política no sentido puro dessa palavra e ao exercício de uma cidadania questionadora e modificadora. Quando os professores efetivamente se comunicam e trabalham com seus pares colaborativamente e cooperativamente, descobrem suas inteligências específicas que lhes permitem também respeitar as diferenças de seus alunos e a ter sensibilidade para as diversas inteligências. Essa comunicação permite- lhe apreender e estimular os pontos fortes; atentar e cuidar dos pontos fracos. Permite-lhe trabalhar com a autoestima dos seus alunos de modo a fazê-los crescer e desenvolver-se integralmente. Um outro elemento fundamental de comprometimento de professores e alunos é a pertinência. Tem que se partir para uma formação do professor com ênfase na competência cultural, o que significa que o professor tem que primeiramente perceber a sua própria cultura, conhecendo-a, compreendendo-a, depois, abrir-se para o conhecimento e a compreensão de outras culturas e aprender a criar ambientes multiculturais que permitirão que seus alunos desenvolvam suas habilidades e seus estilos de aprendizagem. Isso significa que o professor tem que se preparar para ser um pesquisador, um comunicador, mas, sobretudo, um aprendiz por toda a sua vida e ajudar seus alunos a desenvolverem a autonomia para também se tornarem eficientes pesquisadores, comunicadores e aprendizes autônomos, não importa qual carreira, profissão ou função que optem para a sua vida. Maria da Penha Boina Dalvi (2004) Diante desse contexto seguem as proposições: • Desenvolver a mudança no comportamento e na produção individual dos professores. • Desenvolver a interação colaborativa e cooperativa nos professores. • Desenvolver reflexos nas atitudes e no comportamento dos professores. • Desenvolver relações interpessoais e na construção do conhecimento. • Construir um ambiente propício que conduza à aprendizagem. • Perspectivar a incorporação de novos conceitos em detrimento dos velhos conceitos. • Desenvolver a percepção de projetos pedagógicos com planejamento. • Difundir o aspecto de analisar e contextualizar a informação para a depurar através da seleção, da valorização e do contraste. • Despertar o conhecimento da própria cultura para depois se abrir a outras culturas. • Aprender a criar ambientes multiculturais. • Tornar-se competente e autônomo para o desenvolvimento do conhecimento. • Desenvolver mentalidades de prática. • Desenvolver a aprendizagem segundo o prisma da cooperação e colaboração. • Desenvolver uma intensa ação colaborativa no desenvolvimento de projetos na formação de professores num ambiente propício para o ensino e a aprendizagem.
  • 6. 6 _____________________________________________________________________________ Maria da Penha Boina Dalvi mariadapenha@ucl.br Mas como? Método e sugestões: Método pode se definido de uma forma ampla como “o modo de fazer coisas”. 1. Atividades preliminares Atividade para obtenção do comprometimento de todos os participantes na realização das atividades relevantes e na consideração e aceitação das recomendações. As atividades principais são: • Estabelecimento do âmbito do estudo; • Definição da equipe de projeto; • Orientação da equipe de projeto. 2. Preparação do estudo A preparação do estudo envolve as seguintes atividades: • Preparação do local de trabalho; • Identificação da informação a recolher; Informação sobre a organização: • Ambiente – Interno e externo a Instituição (Forças, Fraquezas, Ameaças e Oportunidades). É a informação de caráter geral: regulamentos, estatutos, tecnologias, e conhecer a realidade em que a instituição está inserida para a vantagem competitiva; o Levantamento das Informações:  Instituição  Docentes  Discentes  Realidade político-socioeconômica e cultural • Objetivos – Objetivos globais e objetivos d https://pt.slideshare.net/boinadalvi/dissertao-6051131as principais funções pedagógicas; • Planejamento – Processos de planejamento, planos das funções pedagógicas da organização, principais projetos, recursos, prazos (contínuos); • Medidas de desempenho e controle – Relatórios, projetos. Reconhecimento nesta fase dos Fatores Críticos de Sucesso (FCS) em relação ao ensino/aprendizagem. 3. Início formal do estudo Atividade da condução formal do estudo de acordo com a visão inicial abordada. • Agendamento de entrevistas e tópicos a serem discutidos; • Procedimentos de gestão do projeto; • Organização em arquivo de toda a informação e documentação relativa ao estudo; • Revisão do trabalho realizado. 4. Projeto em relação a Instituição • Apresentar informações relacionados a evolução do projeto à organização através de relatórios. • Revisar o plano de estudo do projeto consoante as necessidades. Tenham uma ótima reflexão sobre o assunto abordado. (MPBDalvi – 2022)