Este documento discute vários conceitos relacionados à justiça ocupacional e saúde ocupacional, incluindo justiça ocupacional, privação ocupacional, disrupção ocupacional, adaptação ocupacional, alienação ocupacional, equilíbrio ocupacional e participação ocupacional. Ele fornece definições e exemplos para cada um desses termos.
1. Francisca Magalhães 10160379
Escola Superior de Saúde 20/11/2016
OT2
Ocupação e saúde
O que se entende por Justiça Ocupacional?
Justiça ocupacional refere-se ao direito ocupacional que todas as pessoas têm de
satisfazer as suas necessidades individuais e de se envolverem nas ocupações do seu
interesse, independentemente da raça, do género, da incapacidade, do ambiente e do
contexto a que estão expostas. Desta forma, é o acesso total a todos os recursos
satisfazendo assim as necessidades básicas pessoais, de saúde e de socialização e
promovendo a interação social, a igualdade social e a inclusão social. (Association
2014)
Quando não há o direito á igualdade de oportunidades estamos perante um caso
de injustiça ocupacional que por sua vez pode resultar em alienação ocupacional,
privação ocupacional ou desequilíbrio ocupacional. (Association 2014)
Temos como exemplo: os estabelecimentos públicos (escolas, hospitais, centros
comerciais) terem bons acessos para que uma pessoa com mobilidade reduzida consiga
se deslocar facilmente.
O que entende por Privação Ocupacional? E por disrupção ocupacional?
Privação ocupacional é o impedimento de uma pessoa de participar em
determinadas ocupações ou atividades por uma longo período de tempo, sendo estas
importantes/necessárias para a pessoa ou não. (Law, M. 2002) Este impedimento pode
ser de carater físico, profissional, discriminatório, político, ambiental e racial, podendo
assim provocar danos irreversíveis na saúde da pessoa como também a necessidade de
reconstruir a identidade ocupacional. (Australia 2016)
A disrupção ocupacional é uma condição temporária causada por fatores
externos que impedem o cliente de participar em atividades e ocupações do seu
interesse ou necessárias para o seu dia-a-dia. (Jennifer Creek 2008)
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Temos como exemplo de privação: As mães que se encontram num
estabelecimento prisional são impedidas de participar no crescimento e na educação dos
seus filhos e de criar uma ligação com a sua criança.
Temos como exemplo de disrupção: Uma criança que foi operada durante um
certo tempo de recuperação é impedida pelo médico de participar em determinadas
ocupações e atividades.
O que entende por adaptação ocupacional?
A adaptação ocupacional diz respeito a adaptação necessária para que os
indivíduos consigam realizar as atividades e ocupações que necessitam ou desejam. Esta
adaptação é realizada através da alteração do contexto, do ambiente, da tarefa, da forma
como é realizada, a fim de aumentar o desempenho ocupacional do indivíduo.
(Association 2014)
Temos como exemplo: Alteração do ambiente a que o cliente está exposto, de
forma a conseguir captar uma maior atenção da sua parte.
O que entende por alienação ocupacional?
A alienação ocupacional é quando um indivíduo exerce uma ocupação ou uma atividade
que não está de acordo com a natureza ocupacional deste, podendo assim resultar em
infelicidade, stress, frustração e tédio. (Jennifer Creek 2008)
Temos como exemplo: Um indivíduo que têm como objetivo pessoal entrar em
medicina mas devido as notas não consegue, acabando por entrar noutro curso que não
o faz sentir realizado nem feliz.
O que entende por equilíbrio ocupacional?
O equilíbrio ocupacional é a existência de uma consistência entre o tempo que
usamos para AVD, AVDI, lazer, brincar, educação, trabalho e participação social de
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forma a que o desempenho ocupacional da pessoa seja o melhor. (A.A. WILCOCK
1997)
Estas ocupações são influenciadas por fatores intrínsecos e extrínsecos. Os
intrínsecos são caraterizados pela satisfação que as ocupações transmitem a pessoa e a
qualidade do resultado de cada uma delas, sendo os extrínsecos o envolvimento de
ocupações de acordo com as nossas necessidades, valores, crenças, normas, influências
de família e ambiente. (OCUPACIONAL 2006)
Visto que as áreas de ocupações não são iguais para todas as pessoas, pois uma
situação pode ser lazer para uma pessoa e para outra ser uma AVD, vemos que o
equilíbrio é instável e dinâmico pois é influenciado pelo contexto e o ambiente onde
cada pessoa esta inserida e altera-se facilmente, não sendo fácil atingir um equilibro
absoluto. (OCUPACIONAL 2006)
Temos como exemplo: Quando um individuo atribuiu maior parte do seu tempo
a ocupação trabalho, mas consegue sempre arranjar tempo para outras ocupações que
acha necessárias para se encontrar bem fisicamente e psicologicamente.
O que entende por participação ocupacional?
A participação ocupacional é o envolvimento de um individuo em situações
que ocorrem na sua vida. Deste modo, ocorre preferencialmente quando os clientes
realizam ocupações ou atividades da vida diária que tem necessariamente um
significado e um propósito para as suas vidas.
Esta, ocorre em ambientes (físicos e sociais) e em contextos (cultural,
temporal, social, pessoal) específicos, que podem ou não ser facilitadores para as
ocupações do indivíduo. (Association 2014)
A participação em atividades e ocupações permite que o individuo desenvolva a
sua identidade e algumas competências, sendo influenciado por motivos, papéis,
capacidades, limitações e hábitos. (Kielhofner 2007)
Situação onde a participação ocupacional esteja limitada:
Um indivíduo que tenha sofrido com acidente de viação tendo este condicionado
a sua condição física, por exemplo, encontra-se limitado na participação ocupacional
sendo necessário uma adaptação de forma a que este consigo realizar as suas atividades.
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Referências bibliográficas:
A.A. WILCOCK, M. C., , M. HALL, N. HAMLEY, B. MORRISON, L.
SCRIVENER, M. TOWNSEND, K. TREEN (1997) The relationship
betweenoccupational balance and health:A pilot study. Whurr Publishers Ltd, 4,
17-30.
Association, A. O. T. (2014) Occupational therapy practice framework: Domain and
process. American Journal of Occupational Therapy, 68.
Australia, O. t. (2016) Occupationaldeprivation.
Jennifer Creek, L. L. 2008. Occupation therapy and mental health. Elsevier limited.
Kielhofner, G. 2007. Model of human occupation. the point.
OCUPACIONAL, R. C. D. T. (2006) Equilibrio y organización de la rutina diaria.
REVISTA CHILENA DE TERAPIA OCUPACIONAL.