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Catarina Oliveira, 10150166 OT2
O que é o Equilíbrio Ocupacional?
O ser humano tem a capacidade de ocupar a sua vida com atividades que contém
objetivos necessários à sua existência e bem-estar. A ocupação humana é muito importante e
diz respeito ao desempenho das atividades da vida diária, as atividades de vida diária e
instrumentais, ao trabalho, ao lazer, ao brincar, à educação e a participação social dentro de
determinados contextos. As ocupações vão ganhando significado com o tempo e tornam-se
únicas para cada indivíduo. Desta forma, quando um indivíduo não consegue participar
ativamente nas suas ocupações normais pode ser gerado um estado de depressão que depende
bastante do tipo de identidade ocupacional, ou seja, dos valores, dos interesses, da causalidade
pessoal, dos papéis que normalmente desempenha, dos hábitos e da capacidade de desempenho
de cada um. (Leite, J. 2010)
O conceito de equilíbrio ocupacional é várias vezes referido em Terapia Ocupacional e
mantém se ao longo de toda a vida, sendo que uma vida equilibrada contribui para saúde e
bem-estar. Desta forma, a distribuição igual entre o lazer e o trabalho resulta numa vida de
satisfação. O equilíbrio ocupacional, centra-se no facto de haver uma divisão entre o tempo da
pessoa e as diferentes categorias da atividade (trabalho, lazer, autocuidados), ou seja, um
equilíbrio adequado entre as diversas áreas de ocupação e os papéis que a pessoa vai adquirindo
ao longo da sua vida. Para além disso, também é relevante a organização, ou seja, a maneira
como o tempo é usado pela pessoa, sendo capaz de obter um desempenho competente que
potencia o equilíbrio da atividade. De uma forma geral, os nossos papéis e a forma como
despendemos tempo com eles e mesmo a interação entre eles, representa bastante importância
na obtenção de equilíbrio na nossa vida e, consequentemente, o equilíbrio ocupacional esta
diretamente relacionado com a saúde e bem-estar. (Leite, J. 2010)
Para além do equilíbrio representar uma certa quantidade de trabalho, lazer e descanso,
este também deve incidir numa correlação entre os fatores internos, tais como, valores,
interesses e objetivos, e os fatores externos do ambiente. (Leite, J. 2010)
Por exemplo: O indivíduo gerir da melhor forma o seu tempo de maneira a participar
em várias atividades significativas para si, que por sua vez, proporcionam bem-estar e saúde e,
também, um grau de satisfação maior. Ou seja, um indivíduo que dedique grande parte do seu
tempo à educação, mas que, por outro lado, dedique também parte do seu tempo a ocupações
significativas para si e que lhe dão prazer, como, a participação social, o lazer e o sono e
descanso. Assim, o indivíduo ao realizar as várias ocupações que o fazem sentir bem, encontra
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o seu equílibrio ocupacional e, consequentemente, contribui positivamente para a sua saúde e
bem-estar.
O que é adaptação ocupacional?
A adaptação ocupacional permite que uma pessoa com dificuldades no desempenho
ocupacional consiga ser independente e consiga realizar as suas próprias ocupações de uma
forma segura. Desta forma, de maneira a possibilitar a realização das atividades, são elaboradas
alterações no meio em que a pessoa está inserida de maneira a adquirir uma maior
produtividade na execução das diversas ocupações. (Lillo, S. G. 2006) Através da adaptação,
os profissionais de terapia ocupacional promovem a participação dos clientes, modificando o
método de realização da tarefa e do ambiente para possibilitar o envolvimento destes na
ocupação. (A.A.O.T. 2015) Em suma, a adaptação ocupacional requer uma adaptação dos
diferentes contextos e do ambiente à pessoa.
Por exemplo: adaptar as portas das salas de aula para possibilitar a passagem de pessoas
que andem de cadeira de rodas; colocar instruções de caminho com relevo para que, indivíduos
cegos consigam, da mesma forma que as outras pessoas, chegar ao destino pretendido.
O que é a justiça ocupacional?
A justiça ocupacional refere-se ao direito da realização da ocupação, promovendo a
participação de todas as pessoas da sociedade nas suas ocupações diárias, independentemente
da idade, competência, género, classe social e entre outras diferenças. Desta forma, a justiça
ocupacional permite o acesso e a participação em todo o tipo de ocupações significativas para
cada indivíduo e relaciona as oportunidades e os recursos necessários para a participação
ocupacional de maneira a satisfazer as necessidades pessoais e sociais de cada individuo
relacionadas com a saúde. (A.A.O.T. 2015)
Por exemplo: Elaborar umas escadas que apresentem ao mesmo tempo uma rampa para
que as pessoas com cadeiras de rodas apresentem as mesmas oportunidades de participação e
que possam da mesma forma atingir o seu potencial de desenvolvimento pessoal; Uma escola
que proporcione as mesmas oportunidades a crianças que apresentem diferentes classes sociais,
ou seja, que as crianças de classe social baixa, independentemente da sua condição financeira,
possuam as mesmas oportunidades de participação que as crianças de classe social alta e que
nessa mesma escola, as condições das instalações permitam que os alunos de mobilidade
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reduzida possam participar ativamente em todas as suas atividades, tal e qual como todos os
outros alunos.
O que é privação ocupacional?
A privação ocupacional consiste no impedimento do envolvimento em ocupações que
possuem uma necessidade significativa para o indivíduo e que são dificultadas por fatores
externos. Esta privação passa a existir quando uma pessoa, por incapacitação física ou limitação
psicossocial, deixa de desempenhar o que lhe é significativo, ficando impedida de realizar
atividades que desempenhava no passado. O facto de a liberdade de escolha ocupacional ser
negada ou limitada e haver uma falta de envolvimento ocupacional por parte do indivíduo, gera
efeitos negativos neste, variando de apatia à depressão. No entanto, a forma como cada pessoa
lida com estas situações varia de acordo com a sua identidade ocupacional (valores, interesses,
causalidade pessoal, papéis, hábitos e capacidade de desempenho). (Coelho, T. et al. 2010)
Por exemplo: O encarceramento num estabelecimento prisional, ou seja, são as próprias
instituições que definem as ocupações disponíveis aos reclusos e os horários em que podem
desempenhar estas atividades. Desta forma, estes reclusos são obrigados a fazer alterações nas
suas rotinas, nos seus papéis e no seu padrão de desempenho ocupacional; O deslocamento dos
refugiados faz com que estes estejam isolados geograficamente e, consequentemente, ficam
privados de realizar atividades significativas que realizavam no passado; A falta de emprego,
ou seja, como a pessoa não tem emprego na área que se identifica e que lhe é significativa, fica
privada de realizar as atividades de que gosta.
Contrariamente à privação ocupacional que é uma situação prolongada no tempo e
gerada essencialmente por fatores externos, a disrupção ocupacional é um fenómeno
temporário e não é obrigatoriamente causado por determinantes externos. Como por exemplo:
Um indivíduo que joga futebol que ao caminhar por cima de chão molhado, escorrega e parte
uma perna. Consequentemente, este indivíduo fica impossibilitado, temporariamente, de
realizar esta atividade que apresenta muito significado para si. (Coelho, T. et al. 2010)
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O que é a alineação?
A alienação corresponde a uma participação ocupacional sem significado e/ou
propósito individual. O conceito de alienação significa que há uma rutura entre o significado e
o sentido das ações humanas e, consequentemente, a limitação do processo de desenvolvimento
da personalidade humana. Isto ocorre porque o individuo tem o sentido de atividade como algo
dissociado do conteúdo dessa atividade, distanciando o núcleo da sua personalidade da
atividade de trabalho. O trabalho torna-se algo externo e estranho à personalidade do individuo
quando, na realidade, deveria a atividade centrar-se em termos de processo de objetivação da
personalidade do individuo. A atividade de trabalho para o individuo não contribui para o seu
conhecimento, habilidade e valores que o enriqueçam como ser humano. (Duarte, N. 2004)
Por exemplo: Um jovem formado em Engenharia Civil que está a trabalhar numa loja
do centro comercial porque não consegue arranjar emprego na sua área. Desta forma, este
indivíduo sente-se desmotivado porque este emprego em nada contribui para a sua realização
pessoal.
O que é a participação?
A participação é a ação e o efeito de participar numa determinada atividade, ou seja,
tomar parte, intervir, compartilhar e ser parte da mesma. Refere-se ao envolvimento em
trabalho, recreação e atividades de vida diária que fazem parte do contexto sociocultural e são
desejados e/ou necessários ao bem-estar. Quando a participação do indivíduo nas suas
ocupações significativas é alterada e, consequentemente, este fica privado de realizar as
mesmas, é gerado um estado de frustração. Desta forma, evidencia-se uma relação direta entre
a participação ocupacional e a saúde. (Law, M. 2002).
O conceito de integração permite uma compreensão da inserção social de uma pessoa
com deficiência a partir do seu esforço pessoal e individual. Para isso é necessária que a
sociedade dê suportes, ou seja, que seja responsável por todos os seus membros, com
mecanismos que proporcionem o acolhimento, com possibilidades de participação. Desta
forma, é necessário o ajuste da comunidade, dos espaços, das leis de maneira a possibilitar a
inserção de pessoas com deficiência. Para que a participação destas pessoas com deficiência
seja possível são necessárias alterações no espaço escolar como: eliminação das barreiras
arquitetónicas; o acesso fácil aos equipamentos, ao mobiliário e ao material pedagógico/escolar
adaptado; a capacitação dos educadores em relação aos tipos de dificuldades geradas pelas
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diferentes deficiências e a introdução de novas formas de participação em diferentes atividades.
(Rocha, F. E. Luiz, A. Zuliana, M. A. R. 2003)
Por exemplo: A disposição ordenada dos móveis, para que uma pessoa cega consiga
participar nas suas atividades significativas. Se os móveis forem uma barreira na participação
deste indivíduo, haverão que ser feitas determinadas adaptações para que a participação não
fique limitada.
A terapia ocupacional contribui para a construção de ambientes acessíveis e
confortáveis que possibilitam a participação. Por exemplo, a introdução de rampas, elevadores,
apoios de barras, parques e pátios acessíveis, brinquedos adaptados e/ou inclusivos, assim
como a indicação de iluminação adequada, a introdução de diferentes sinalizações e sistemas
de alertas, do melhor posicionamento das crianças no mobiliário e dos móveis no espaço de
forma a facilitar a participação de todos. (Rocha, F. et al. 2003)
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Referências Bibliográficas:
Association, A. A. O. T. (2015). Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio &
processo-traduzida. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo 26 (esp):
1-49. doi.org/10.5014/ajot.2014.682006
Coelho, T., Bernardo, A., Rocha, N., & Portugal, P. (2010). Impacto da privação ocupacional
no quotidiano de mulheres reclusas e na sua adaptação à reclusão. In I Congresso Internacional
da Saúde Gaia-Porto. Instituto Politécnico do Porto. Escola Superior de Tecnologia da Saúde
do Porto-Politema.
Duarte, N. (2004). Formação do indivíduo, consciência e alienação: o ser humano na psicologia
de AN Leontiev. Caderno Cedes, 24 (62), 44-63.
Law, M. (2002). Participation in the occupations of everyday life. American Journal of
Occupational Therapy, 56(6), 640-649.
Leite, J. M. G. C. (2010). A Perceção dos Cuidadores Informais Relativamente ao Centro de
Dia Para Pessoas com Doença de Alzheimer (Doctoral dissertation).
Lillo, S. G. (2006). Equilibrio y organización de la rutina diaria. Revista Chilena de terapia
ocupacional, (6), Pág-47.
Rocha, F. E. Luiz, A. Zuliana, M. A. R. (2003). Reflexões sobre as possíveis contribuições da
terapia ocupacional nos processos de inclusão escolar. Revista Terapia Ocupacional da
Universidade São Paulo. V.14, n.2, p. 72-28.

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Ocupação e saude 2

  • 1. Escola Superior de Saúde 20.11.2016 Catarina Oliveira, 10150166 OT2 O que é o Equilíbrio Ocupacional? O ser humano tem a capacidade de ocupar a sua vida com atividades que contém objetivos necessários à sua existência e bem-estar. A ocupação humana é muito importante e diz respeito ao desempenho das atividades da vida diária, as atividades de vida diária e instrumentais, ao trabalho, ao lazer, ao brincar, à educação e a participação social dentro de determinados contextos. As ocupações vão ganhando significado com o tempo e tornam-se únicas para cada indivíduo. Desta forma, quando um indivíduo não consegue participar ativamente nas suas ocupações normais pode ser gerado um estado de depressão que depende bastante do tipo de identidade ocupacional, ou seja, dos valores, dos interesses, da causalidade pessoal, dos papéis que normalmente desempenha, dos hábitos e da capacidade de desempenho de cada um. (Leite, J. 2010) O conceito de equilíbrio ocupacional é várias vezes referido em Terapia Ocupacional e mantém se ao longo de toda a vida, sendo que uma vida equilibrada contribui para saúde e bem-estar. Desta forma, a distribuição igual entre o lazer e o trabalho resulta numa vida de satisfação. O equilíbrio ocupacional, centra-se no facto de haver uma divisão entre o tempo da pessoa e as diferentes categorias da atividade (trabalho, lazer, autocuidados), ou seja, um equilíbrio adequado entre as diversas áreas de ocupação e os papéis que a pessoa vai adquirindo ao longo da sua vida. Para além disso, também é relevante a organização, ou seja, a maneira como o tempo é usado pela pessoa, sendo capaz de obter um desempenho competente que potencia o equilíbrio da atividade. De uma forma geral, os nossos papéis e a forma como despendemos tempo com eles e mesmo a interação entre eles, representa bastante importância na obtenção de equilíbrio na nossa vida e, consequentemente, o equilíbrio ocupacional esta diretamente relacionado com a saúde e bem-estar. (Leite, J. 2010) Para além do equilíbrio representar uma certa quantidade de trabalho, lazer e descanso, este também deve incidir numa correlação entre os fatores internos, tais como, valores, interesses e objetivos, e os fatores externos do ambiente. (Leite, J. 2010) Por exemplo: O indivíduo gerir da melhor forma o seu tempo de maneira a participar em várias atividades significativas para si, que por sua vez, proporcionam bem-estar e saúde e, também, um grau de satisfação maior. Ou seja, um indivíduo que dedique grande parte do seu tempo à educação, mas que, por outro lado, dedique também parte do seu tempo a ocupações significativas para si e que lhe dão prazer, como, a participação social, o lazer e o sono e descanso. Assim, o indivíduo ao realizar as várias ocupações que o fazem sentir bem, encontra
  • 2. Escola Superior de Saúde 20.11.2016 Catarina Oliveira, 10150166 OT2 o seu equílibrio ocupacional e, consequentemente, contribui positivamente para a sua saúde e bem-estar. O que é adaptação ocupacional? A adaptação ocupacional permite que uma pessoa com dificuldades no desempenho ocupacional consiga ser independente e consiga realizar as suas próprias ocupações de uma forma segura. Desta forma, de maneira a possibilitar a realização das atividades, são elaboradas alterações no meio em que a pessoa está inserida de maneira a adquirir uma maior produtividade na execução das diversas ocupações. (Lillo, S. G. 2006) Através da adaptação, os profissionais de terapia ocupacional promovem a participação dos clientes, modificando o método de realização da tarefa e do ambiente para possibilitar o envolvimento destes na ocupação. (A.A.O.T. 2015) Em suma, a adaptação ocupacional requer uma adaptação dos diferentes contextos e do ambiente à pessoa. Por exemplo: adaptar as portas das salas de aula para possibilitar a passagem de pessoas que andem de cadeira de rodas; colocar instruções de caminho com relevo para que, indivíduos cegos consigam, da mesma forma que as outras pessoas, chegar ao destino pretendido. O que é a justiça ocupacional? A justiça ocupacional refere-se ao direito da realização da ocupação, promovendo a participação de todas as pessoas da sociedade nas suas ocupações diárias, independentemente da idade, competência, género, classe social e entre outras diferenças. Desta forma, a justiça ocupacional permite o acesso e a participação em todo o tipo de ocupações significativas para cada indivíduo e relaciona as oportunidades e os recursos necessários para a participação ocupacional de maneira a satisfazer as necessidades pessoais e sociais de cada individuo relacionadas com a saúde. (A.A.O.T. 2015) Por exemplo: Elaborar umas escadas que apresentem ao mesmo tempo uma rampa para que as pessoas com cadeiras de rodas apresentem as mesmas oportunidades de participação e que possam da mesma forma atingir o seu potencial de desenvolvimento pessoal; Uma escola que proporcione as mesmas oportunidades a crianças que apresentem diferentes classes sociais, ou seja, que as crianças de classe social baixa, independentemente da sua condição financeira, possuam as mesmas oportunidades de participação que as crianças de classe social alta e que nessa mesma escola, as condições das instalações permitam que os alunos de mobilidade
  • 3. Escola Superior de Saúde 20.11.2016 Catarina Oliveira, 10150166 OT2 reduzida possam participar ativamente em todas as suas atividades, tal e qual como todos os outros alunos. O que é privação ocupacional? A privação ocupacional consiste no impedimento do envolvimento em ocupações que possuem uma necessidade significativa para o indivíduo e que são dificultadas por fatores externos. Esta privação passa a existir quando uma pessoa, por incapacitação física ou limitação psicossocial, deixa de desempenhar o que lhe é significativo, ficando impedida de realizar atividades que desempenhava no passado. O facto de a liberdade de escolha ocupacional ser negada ou limitada e haver uma falta de envolvimento ocupacional por parte do indivíduo, gera efeitos negativos neste, variando de apatia à depressão. No entanto, a forma como cada pessoa lida com estas situações varia de acordo com a sua identidade ocupacional (valores, interesses, causalidade pessoal, papéis, hábitos e capacidade de desempenho). (Coelho, T. et al. 2010) Por exemplo: O encarceramento num estabelecimento prisional, ou seja, são as próprias instituições que definem as ocupações disponíveis aos reclusos e os horários em que podem desempenhar estas atividades. Desta forma, estes reclusos são obrigados a fazer alterações nas suas rotinas, nos seus papéis e no seu padrão de desempenho ocupacional; O deslocamento dos refugiados faz com que estes estejam isolados geograficamente e, consequentemente, ficam privados de realizar atividades significativas que realizavam no passado; A falta de emprego, ou seja, como a pessoa não tem emprego na área que se identifica e que lhe é significativa, fica privada de realizar as atividades de que gosta. Contrariamente à privação ocupacional que é uma situação prolongada no tempo e gerada essencialmente por fatores externos, a disrupção ocupacional é um fenómeno temporário e não é obrigatoriamente causado por determinantes externos. Como por exemplo: Um indivíduo que joga futebol que ao caminhar por cima de chão molhado, escorrega e parte uma perna. Consequentemente, este indivíduo fica impossibilitado, temporariamente, de realizar esta atividade que apresenta muito significado para si. (Coelho, T. et al. 2010)
  • 4. Escola Superior de Saúde 20.11.2016 Catarina Oliveira, 10150166 OT2 O que é a alineação? A alienação corresponde a uma participação ocupacional sem significado e/ou propósito individual. O conceito de alienação significa que há uma rutura entre o significado e o sentido das ações humanas e, consequentemente, a limitação do processo de desenvolvimento da personalidade humana. Isto ocorre porque o individuo tem o sentido de atividade como algo dissociado do conteúdo dessa atividade, distanciando o núcleo da sua personalidade da atividade de trabalho. O trabalho torna-se algo externo e estranho à personalidade do individuo quando, na realidade, deveria a atividade centrar-se em termos de processo de objetivação da personalidade do individuo. A atividade de trabalho para o individuo não contribui para o seu conhecimento, habilidade e valores que o enriqueçam como ser humano. (Duarte, N. 2004) Por exemplo: Um jovem formado em Engenharia Civil que está a trabalhar numa loja do centro comercial porque não consegue arranjar emprego na sua área. Desta forma, este indivíduo sente-se desmotivado porque este emprego em nada contribui para a sua realização pessoal. O que é a participação? A participação é a ação e o efeito de participar numa determinada atividade, ou seja, tomar parte, intervir, compartilhar e ser parte da mesma. Refere-se ao envolvimento em trabalho, recreação e atividades de vida diária que fazem parte do contexto sociocultural e são desejados e/ou necessários ao bem-estar. Quando a participação do indivíduo nas suas ocupações significativas é alterada e, consequentemente, este fica privado de realizar as mesmas, é gerado um estado de frustração. Desta forma, evidencia-se uma relação direta entre a participação ocupacional e a saúde. (Law, M. 2002). O conceito de integração permite uma compreensão da inserção social de uma pessoa com deficiência a partir do seu esforço pessoal e individual. Para isso é necessária que a sociedade dê suportes, ou seja, que seja responsável por todos os seus membros, com mecanismos que proporcionem o acolhimento, com possibilidades de participação. Desta forma, é necessário o ajuste da comunidade, dos espaços, das leis de maneira a possibilitar a inserção de pessoas com deficiência. Para que a participação destas pessoas com deficiência seja possível são necessárias alterações no espaço escolar como: eliminação das barreiras arquitetónicas; o acesso fácil aos equipamentos, ao mobiliário e ao material pedagógico/escolar adaptado; a capacitação dos educadores em relação aos tipos de dificuldades geradas pelas
  • 5. Escola Superior de Saúde 20.11.2016 Catarina Oliveira, 10150166 OT2 diferentes deficiências e a introdução de novas formas de participação em diferentes atividades. (Rocha, F. E. Luiz, A. Zuliana, M. A. R. 2003) Por exemplo: A disposição ordenada dos móveis, para que uma pessoa cega consiga participar nas suas atividades significativas. Se os móveis forem uma barreira na participação deste indivíduo, haverão que ser feitas determinadas adaptações para que a participação não fique limitada. A terapia ocupacional contribui para a construção de ambientes acessíveis e confortáveis que possibilitam a participação. Por exemplo, a introdução de rampas, elevadores, apoios de barras, parques e pátios acessíveis, brinquedos adaptados e/ou inclusivos, assim como a indicação de iluminação adequada, a introdução de diferentes sinalizações e sistemas de alertas, do melhor posicionamento das crianças no mobiliário e dos móveis no espaço de forma a facilitar a participação de todos. (Rocha, F. et al. 2003)
  • 6. Escola Superior de Saúde 20.11.2016 Catarina Oliveira, 10150166 OT2 Referências Bibliográficas: Association, A. A. O. T. (2015). Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio & processo-traduzida. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo 26 (esp): 1-49. doi.org/10.5014/ajot.2014.682006 Coelho, T., Bernardo, A., Rocha, N., & Portugal, P. (2010). Impacto da privação ocupacional no quotidiano de mulheres reclusas e na sua adaptação à reclusão. In I Congresso Internacional da Saúde Gaia-Porto. Instituto Politécnico do Porto. Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto-Politema. Duarte, N. (2004). Formação do indivíduo, consciência e alienação: o ser humano na psicologia de AN Leontiev. Caderno Cedes, 24 (62), 44-63. Law, M. (2002). Participation in the occupations of everyday life. American Journal of Occupational Therapy, 56(6), 640-649. Leite, J. M. G. C. (2010). A Perceção dos Cuidadores Informais Relativamente ao Centro de Dia Para Pessoas com Doença de Alzheimer (Doctoral dissertation). Lillo, S. G. (2006). Equilibrio y organización de la rutina diaria. Revista Chilena de terapia ocupacional, (6), Pág-47. Rocha, F. E. Luiz, A. Zuliana, M. A. R. (2003). Reflexões sobre as possíveis contribuições da terapia ocupacional nos processos de inclusão escolar. Revista Terapia Ocupacional da Universidade São Paulo. V.14, n.2, p. 72-28.