O documento discute diversos conceitos relacionados à psicologia, incluindo: 1) a diferença entre condicionamento clássico e operante; 2) a lei do efeito de Thorndike; 3) a teoria do reforço de Skinner; 4) a aprendizagem social de Bandura; 5) definições de inteligência e tipos de inteligência; 6) a escala métrica de inteligência de Binet; 7) as teorias de Spearman e Gardner sobre inteligência.
1. Objetivos Psicologia – Teste Nº4
1.Distinguir condicionamento clássico de operante.
O condicionamento é um processo de aprendizagem e modificação de
comportamento através de mecanismos estímulo-resposta sobre o sistema
nervoso central do indivíduo. O primeiro tipo de condicionamento, denominado
Condicionamento Clássico, foi desenvolvido por Pavlov. Pavlov fez uma
experiência envolvendo um cão, uma campainha e um pedaço de carne. O
fisiologista percebeu que quando o cão via o pedaço de carne, ele salivava, o
que foi chamado de reflexo não condicionado. Pavlov também começou a tocar
a campainha (estímulo neutro) quando ia mostrar o pedaço de carne.
Rapidamente o cão passou a associar a carne com a campainha, salivando
também toda vez que ela era tocada. Essa reação a um estímulo neutro foi
chamada de reflexo condicionado. O condicionamento clássico foi importante
no sentido de explicar a associação de um estímulo a outro. Assim, esse tipo
de condicionamento é importante para explicar a associação (positiva ou
negativa) que um consumidor faz de uma marca, por exemplo.
O outro tipo de condicionamento é o operante. A grande questão do
condicionamento operante não é a de fazer a correlação entre um estímulo e
outro, como no caso do condicionamento clássico, mas sim de fazer a
associação entre um estímulo e a consequência dele.
O condicionamento operante foi desenvolvido por Skinner, o qual estabelece
que todo comportamento é influenciado por seus resultados, havendo um
estímulo reforçador, podendo ser positivo, quando fortalece o tipo de
comportamento (recompensa); ou negativo, quando tende a inibir certo
comportamento (punição).
Algumas diferenças entre o condicionamento clássico e o operante:
- Enquanto o condicionamento clássico inclui uma resposta já estabelecida
através de outro estímulo anterior, o operante não necessita de nenhuma
resposta dada anteriormente.
- No condicionamento clássico, o resultado não depende das ações do sujeito;
já no operante certamente irá depender.
- Enquanto o condicionamento clássico influi na mudança de opiniões,
definindo gostos e objetivos, o condicionamento operante influi nas mudanças
de comportamento perante um objetivo.
2.Explicar a lei do efeito de Thorndike.
A lei do efeito é uma das três leis primárias que fazem parte da, formulada no
quadro da psicologia de aprendizagem. Consiste nas respostas numa
determinada situação que são seguidas por um estado recompensador de
eventos. Ao serem fortalecidas, vão-se tornar respostas habituais para aquela
situação, enquanto que as respostas que sejam seguidas por um estado
2. desagradável vão ter tendência a enfraquecer.
A lei do efeito caracteriza-se na ideia que todo e qualquer ato que produz
satisfação vai-se associar a essa situação. E assim sempre que essa situação
se reproduz, a probabilidade de repetição do ato é maior do que anteriormente.
A punição e o desprazer não se comparam em absoluto ao efeito positivo da
recompensa a uma determinada resposta; o efeito de prazer é, portanto, o que
fixa a resposta.
Assim, pode-se concluir que qualquer comportamento de um organismo vivo
tende a repetir-se se existir recompensa assim que ele o emitir. Por outro lado,
o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado após
a sua ocorrência.
3.Explicar a lei do reforço de skinner.
A teoria do Reforço, conclui que as ações com consequências positivas sobre
o indivíduo fazem que as práticas tendem a ser repetidas no futuro, enquanto o
comportamento que é punido tende a ser eliminado. As consequências são
positivas sempre que as pessoas sentem prazer com a sua própria
performance.
Segundo a Teoria do Reforço, o comportamento das pessoas pode ser
influenciado e controlado através do reforço (recompensa) dos
comportamentos desejados e ignorando as ações não desejadas (o castigo do
comportamento não desejado deve ser evitado na medida em que tal
contribuiria para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento ou
mesmo de revolta). Skinner defende mesmo que o comportamento das
pessoas pode ser controlado e informado por longos períodos de tempo sem
que estas se apercebam disso, inclusivamente sentindo-se livres.
4. Explicar a aprendizagem social ou modulação de Banduo.
A aprendizagem social traduz-se na capacidade de reproduzir um
comportamento observado. Este tipo de aprendizagem distingue-se de outros
tipos de aprendizagem por assentar na imitação e, portanto, no facto de que
sem ela tais comportamentos dificilmente seriam apreendidos.
Esta teoria nasceu com o psicólogo Bandura e diz-nos que nós não
aprendemos exclusivamente pelos nossos mecanismos reflexos, nem pelas
consequências que esperamos dos comportamentos. Em situações sociais,
aprendemos especialmente através da imitação, observação e reprodução do
comportamento dos outros, ou seja, grande parte das nossas aprendizagens
efetuam-se através da observação dos modelos sociais existentes e com os
quais contactamos. É possível aprender uma extensa gama de
comportamentos sem que tenhamos de experimentá-los, bastando observá-los.
Esta teoria fundamenta-se em vários mecanismos, tais como: no
condicionamento clássico e operante (formas de aprendizagem); na imitação e
modelagem; na curiosidade e competência; na memorização e inteligibilidade;
e, como último exemplo, nas aspirações e expectações.
Em conclusão, na teoria da aprendizagem social, a aprendizagem por
3. observação não é automática (não basta a simples exposição a um modelo é
preciso ativar um conjunto de processos) e a observação do comportamento
dos outros permite formar uma imagem cognitiva de modo a agirmos e,
posteriormente, servir como guia para as nossas ações.
Neste paradigma, considera-se que a nossa aprendizagem seria muito mais
demorada e deficiente se dependesse exclusivamente dos resultados do nosso
comportamento.
5. Explicar o conceito de inteligência.
A Inteligência é processo cognitivo superior extremamente complexo, visto que
segundo os investigadores implica inúmeros de outros processos. Tais como
memória, atenção, motivação, raciocínio, aprendizagem, resolução de
problemas, etc. As definições de inteligência está longe de ser única e
consensual. Mas podemos defini-la resumidamente como a capacidade de
compreender, aprender e adaptar-se ao meio. Esta definição permite distinguir-
mo-nos entre os restantes animais animais. A Inteligência é fundamental pois
potencializa todas as outras capacidades. Pois a maior parte das vezes e cada
vez mais o sucesso não se resume a uma capacidade ou competência, mas
sim a várias.
6. Tipos de inteligência.
1. Inteligência Corporal — É a capacidade de usar o corpo para atividades
artísticas. Ela aparece em pessoas que utilizam a expressão corporal para
encantar e entreter, como atores, bailarinos, mímicos, comediantes e artistas
de rua. Pessoas que têm habilidade e destreza no uso das mãos, como
artesãos, cirurgiões, e os que dependem do corpo para executar seus
trabalhos também entram neste grupo.
2. Inteligência Espacial — É a habilidade para interpretar e reconhecer
fenômenos que envolvem o posicionamento de objetos. Essas pessoas
conseguem prever e se antecipar a um movimento. É o caso de jogadores de
futebol, vôlei, basquete, beisebol, tênis e vários outros esportes que têm
relação com a bola em movimento.
3. Inteligência Linguística — É a capacidade elevada de utilizar a linguagem
para se expressar. Essas pessoas possuem grande articulação verbal,
conseguem se expressar de modo claro e convincente, tanto na forma escrita
como na falada. Grandes escritores, poetas, negociadores, relações públicas,
professores, assim como as pessoas que têm facilidade para aprender idiomas
se inserem aqui.
4. Inteligência Naturalista — É o talento para análise dos fenômenos da
natureza. Aqui se enquadram os cientistas que estudam a natureza, os
ecologistas, agrônomos, veterinários, técnicos de laboratório, meteorologistas,
4. pesquisadores, físicos, geólogos, astrônomos e químicos.
5. Inteligência Musical — Manifesta-se por meio da habilidade para apreciar
ou reproduzir uma peça musical. Inclui a interpretação de sons, sensibilidade
para ritmos, habilidade para tocar instrumentos e para cantar. Compositores e
músicos entram nesta classificação.
6. Inteligência Lógico-Matemática — É o atributo de pessoas que têm grande
inteligência cognitiva. Chegam a conclusões baseadas em dados numéricos e
na razão. Têm facilidade para explicar as coisas por meio de fórmulas,
números e estatísticas. Aqui entram os matemáticos, gestores e financistas.
7. Inteligência Intrapessoal — Pessoas com essa inteligência têm a
capacidade de se autoconhecer e tomar decisões capazes de melhorar suas
vidas. São indivíduos capazes de ajudar os outros a se conhecerem, como
analistas, psicólogos, psiquiatras, teólogos e consultores.
8. Inteligência Interpessoal — É a capacidade de um indivíduo para analisar
o estado de espírito, motivações, intenções e desejos de outras pessoas.
Possui grande empatia, presença de espírito e flexibilidade para se adaptar
com desenvoltura aos mais diferentes ambientes. São classificados neste
grupo grandes gestores, técnicos esportivos, vendedores empáticos e políticos
carismáticos.
De acordo com Ferraz, apenas as duas últimas inteligências podem ser
desenvolvidas na fase adulta.
7.Inteligência explicada a partir da escala métrica de Alfrede Benhi.
Para Binet, o pensamento inteligente é composto por três elementos: (1)
direção, que implica o conhecimento daquilo que deve ser feito perante
uma situação concreta e como fazê-lo; (2) adaptação, que descreve a
seleção da estratégia adequada à resolução do problema concreto e à
monotorização dos resultados que ela permite obter; e (3) controle, que
se traduz na avaliação crítica dos pensamentos e ações do sujeito.
8. Disinguir Spearman de Garner.
Para Spearman todas as habilidades humanas possuem um fator geral e um
específico, que os denominou de fator g e fator e respectivamente. Ambos os
fatores estão presentes em todas as habilidades, porém em algumas
predomina o fator g e em outras o fator e, tornando-as diferentes umas das
outras. Na tentativa de explicar, por que algumas pessoas desenvolvem mais
certas habilidades do que outras, Spearman recorreu a hipótese de “energia
5. mental”. O fator g seria essa energia que é subjacente e constante. Por isso,
as habilidades que possuem predominância do fator g, serão mais fáceis para
o sujeito desempenhar
Com Gardner surge uma nova teoria chamada de Inteligências Múltiplas, que
diferencia sete tipos universais de inteligência. São elas: 1.inteligência musical,
facilidade de tocar um determinado instrumento; 2. inteligência corporal-
cinestésica, consiste em ter controle dos movimentos do corpo, assim como os
jogadores; 3.inteligência lógico-matemática, poder intelectual de dedução;
4. inteligência lingüística, facilidade em lidar com palavras, seja na escrita ou
na fala; 5. inteligência espacial, utilizada na navegação e no uso de mapas;
6. inteligência interpessoal, facilidade em perceber o outro, seu estado de
ânimo, sua motivação, etc., sem que necessariamente haja comunicação;
7. inteligência intrapessoal, é o conhecimento próprio, reconhecer seus
sentimentos, suas emoções.
Para Gardner a inteligência não consiste apenas na capacidade de resolver
problemas, mas, na capacidade de elaborar produtos e mesmo problemas
dentro de seu meio. Para ele as inteligências possuem raízes biológicas, ou
seja, sem a necessidade de treinamento a pessoa está preparada para
desempenhar as inteligências. Afirma também, que as sete inteligências são
independentes, em certo grau, pois se uma for afetada a outra não se perde.
9. Definição de emoções.
Emoção. Tem origem numa causa, num objecto;. São reacções corporais
específicas, observáveis;. São publicas e voltadas para o exterior;. São
automáticas e inconscientes;. Polaridade: podem ser negativas ou positivas;.
São versáteis: variam em intensidade e são de breve duração; . Relacionam-se
com o tempo: as emoções têm princípio e fim;
Consiste consiste numa variação psíquica e física, desencadeada por um
estímulo, subjetivamente experimentada e automática e que coloca num estado
de resposta ao estímulo, ou seja, as emoções são um meio natural de avaliar o
ambiente que nos rodeia e de reagir de forma adaptativa
10. Componentes das emoções.
. Componente cognitiva - Ocorre quando tomamos conhecimento do facto: se
não houver conhecimento deste, não se experimenta qualquer emoção .
Componente avaliativa - Fazemos uma avaliação, agradável ou desagradável,
da situação;. Componente fisiológica - Manifestações orgânicas, corporais face
à emoção;. Componente expressiva - Expressões corporais que permitem
mostrar ao outro as nossas emoções;. Componente comportamental -
Comportamento que o sujeito poderá ter face ao outro, é o estado emocional
que desencadeia determinado conjunto de comportamentos; . Componente
subjectiva - Relaciona-se com o que o indivíduo sente a nível emocional e
6. interior a que só ele tem acesso, ou seja, é o estado afectivo associado à
emoção.
11.Explicação da inteligência emocional na vida quotidiana.
O mais bacana do termo “inteligência emocional” é que ele nos remete
automaticamente a influencia de nossos pensamentos sobre nossas emoções.
Ser inteligente é ser capaz de pensar com clareza, é sermos capazes de
pensar com objetividade sobre nossas emoções, isso pode nos oferecer
controle sobre nós mesmos.
Cada vez que alguém perde uma oportunidades por ficar morto de vergonha de
falar com o chefe, cada vez que alguém deixa de fazer aquela viagem
maravilhosa porque tem pânico de avião, faz loucuras porque morre de ciúmes,
são vezes em que não foram inteligentes emocionalmente. Não usaram a
inteligência a emocional.
Inteligência emocional pode ser inata mas também pode ser aprendida.
Acredito que todos podem ter potencial para ser inteligentes, mas talvez
precisem de treino.
Para sermos inteligentes emocionalmente precisamos respeitar nossas
emoções, valida-las, ou seja, nos dar o direito de sentir o que sentimos mas
trabalhar estas emoções para que elas não nos dominem quando forem
prejudiciais.
Posse ser muito bom nos entregar as emoções positivas, nos entregar ao
amor, ao desfrute de uma conquista, a saborear um bom momento. Mas
quando suas emoções estiverem limitando sua vida e bloqueando sua
felicidade está na hora de ser inteligente e tentar gerenciar estas emoções de
forma que trabalhem a seu favor.
Por exemplo, você precisa falar com uma pessoa que te deixa muito nervosa.
Se não for inteligente a nível emocional você poderá ter uma destas atitudes:
- Fugir, inventar uma desculpa e nunca falar com a tal pessoa.
- Falar de forma brusca e nada elegante colocando a perder qualquer chance
de sucesso.
- Falar o que não queria e ceder mais do que deveria. Mas, ao usar a
inteligência emocional a assertividade poderá aflorar, talvez você consiga dizer
o que precisa de forma elegante e firme.