Banners utilizado no CEPE - Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão, como reflexo de um projeto de pesquisa realizado entre os anos de 2014 e 2015. As discussões fazem parte do GEFOPI - Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, coordenador pela Prof. Ms. Andréa Kochhann.
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O uso de filmes na sala de aula como metodologia de aprendizagem significativa
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho compõe um projeto de pesquisa maior intitulado
“APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A FILOSOFIA COMO
CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA”, vinculado ao
GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade,
registrado pelo Câmpus São Luís de Montes Belos.
É sabido que a formação acadêmica não se limita ao cotidiano da sala de
aula, ou seja, assistir às aulas, fazer os trabalhos e ter um bom desempenho nas
provas. Durante toda a experiência de vida acadêmica, e sobretudo, durante o
exercício da prática profissional far-se-á necessária uma contínua atualização do
conhecimento. É necessário que a universidade e seus respectivos professores rompe
com certos paradigmas, objetivando a formar filósofos e pesquisadores,
consolidando uma educação superior de qualidade, pautada na autonomia e
construção própria do aluno, conectada com as exigências da modernidade.
A construção da autonomia do pensamento se dá de diferentes formas e que
favorece o indivíduo a ter pensamentos críticos-reflexivos, tornando-os autônomos
de suas ideias e de seus ideais. Sua construção pode ser favorecida pelo processo da
pesquisa. Como diz Demo (2006, p. 49) “[...] somente tem algo a ensinar quem
pesquisa.”, demonstrando que a autonomia do professor e do aluno advém da
elaboração própria. O professor que tem como norte de sua formação a pesquisa terá
autonomia de pensamento. Uma forma apresentada para a construção da autonomia
do pensamento é com a metodologia da aprendizagem significativa.
A aprendizagem significativa apresenta metodologias variadas e que
valorizam o aluno enquanto construtor do processo de aprendizagem. Para tal, o
professor deve levar em conta as modalidades de aprendizagem de cada aluno. Uma
dessas modalidades é a visual. Portanto, existem alunos que apreendem de maneira
significativa com o uso de imagens e filmes.
OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS
Apresentar as possibilidades da discussão filosófica e crítica com o uso de
filmes em sala de aula como metodologia da aprendizagem significativa. Para isso é
preciso discursar sobre a teoria da aprendizagem significativa, sobre a construção da
autonomia do pensamento, como usar o filme em sala de aula de maneira teórica,
crítica e que possibilite o debate a elaboração própria.
METODOLOGIA
Pesquisa qualitativa que segue o método materialismo histórico-dialético, de
caráter bibliográfico e de coleta de dados nas escolas. O GEFOPI tem um projeto de
extensão “Cinema e Educação: uma experiência crítica em sala de aula” que
promove a discussão do uso de filmes em sala de aula, nas escolas de São Luís de
Montes Belos e cidades circunvizinhas. A coleta de dados é com os professores das
escolas que participam do projeto de extensão.
RESULTADOS E/OU DISCUSSÃO
Os filmes podem gerar nas crianças desde muito cedo um pensamento e
uma visão crítica. Os mesmos não trazem somente divertimento ou para entreter,
mas para que se possa associá-los com a realidade. E esse é um papel importante da
escola. Ela deve gerar no aluno desde cedo um olhar crítico, um conceito, uma
percepção sobre os fatos da sociedade e com eles um aprendizado, relacionando
assim a ficção com a realidade. É importante que o aluno comece a perceber nos
filmes e nos desenhos as histórias neles encontrados e como se relacionam com a
realidade dessas crianças.
É papel do professor possibilitar que o aluno ainda criança reconheça a
importância de conhecer e aprender através dos filmes ou desenhos, de uma forma
clara e significativa. De acordo com Tassara (1998) enquanto as crianças aprendem a
apreender o mundo são capazes de se posicionar e intervir socialmente no meio que
vive. Elas são capazes de expressar por meio da fala no contexto social sobre
determinado assunto, de uma forma precisa e única.
Segundo Rezende (1998) não há como negar que os filmes, desenhos e
tudo que é exposto na televisão têm poder de gerar nas crianças uma visão de
construção do mundo, mas tal não pode ser apreendida fora do seu contexto social.
A programação que as crianças são submetidas devem ser usadas para o
desenvolvimento do seu imaginário e não somente para divertir e brincar.
O USO DE FILMES EM SALA DE AULA: uma possibilidade de
aprendizagem significativa
Kamilla Silva Sousa Fagundes1
; Andréa Kochhann2
, João Roberto Resende Ferreira3
1
Graduanda do Curso de Pedagogia da UEG, Bolsista de Iniciação a Pesquisa PIVIC/UEG , Câmpus São Luís de Montes Belos- Goiás; 2
Docende da Universidades Estadual de Goiás do Câmpus São Luis de Montes
Belos, Orientadora do projeto, Coordenadora do GEFOPI. 3
Docente da Universidade Estadual de Goiás Câmpus CSEH, Orientador do projeto.
Levando assim as crianças a apreenderem e a pensar por si
próprio sobre o que estão assistindo. Formando assim desde pequenos
cidadãos que pensam, refletem e analisam por si só, respeitando a criança
como ser pensante e a leitura que a mesma faz do mundo, como esclarece
Dürst (1998). Nesse contexto infere-se que o ato de filosofar se faz
presente e possibilita a autonomia do pensamento. Apresentamos como
sugestão de desenhos infantis o Madagascar, Aviões Dusty, Peppa, a Era
do Gelo, Frozen, Carros e outros.
A pesquisa foi realizada em uma apresentação do GEFOPI, na
cidade de Firminópolis – GO, momento em que o grupo realizou discussões com
os professores da escola. No final foi aplicado um questionário. Uma das questões
foi sobre a postura do professor que viabiliza a autonomia do pensamento.
Docente 01: “Entendo que o professor pode estar instigando os alunos a
resolverem os conflitos, não dar as respostas prontas e incentivar os alunos
construí-las.”. Docente 02: “O professor deve tentar construir na criança um
senso crítico. Relacioná-los com a realidade de cada um.”. Docente 03: “Postura
crítico-reflexiva, mediadora e transformadora dos conhecimentos.”. Docente 04:
“Deve ser críticos e reflexivos construindo nas crianças uma reflexão crítica de
pensar as várias versões de mundo e interpretar e dialogar dentro de suas
capacidades.”. Docente 05: “Deve ser diversificado preocupando com as
diferentes formas de aprender de cada aluno, entendendo a forma que cada
criança tem uma aprendizagem diferente.”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As reflexões aqui apresentadas foram com a intenção de
inquietar os leitores no sentido do uso de filmes na sala de aula. Pode ser
usada como metodologia para a utilização do cinema na educação,
ficando a critério do professor a forma de trabalhar. O professor que
apresenta uma postura holística e queira valer-se dessa metodologia pode
trabalhar de acordo com as sua necessidades, de forma que venha
favorecer a discussão dos conteúdos estudados. É importante que fique
claro ao docente que o trabalho com filmes é complexo, contraditório e
também problemático. Ele exige do professor grande capacidade de
interpretação, de reflexão e de interação com os alunos.
Encerramos aqui nossas linhas com os apontamentos e reflexões
sobre a postura docente mediante o uso de filmes. Esperamos que o
modelo do paradigma holístico alicerce a postura didática docente e
vislumbre uma aprendizagem significativa em que o aluno seja o
produtor do seu conhecimento.
REFERÊNCIAS
DÜRST, Walter George. ESPECIALIZAÇÃO DA TV/ESPACIALIZAÇÃO DO
SENTIDO. In: PACHECO, Elza Dias (Org.).TELEVISÃO, CRIANÇA,
IMAGINÁRIO E EDUCAÇÃO. Campinas. SP: Papirus, 1998.
DEMO, P. PESQUISA: princípio participativo e educativo. 12 ed. São Paulo:
Cortez, 2009.
REZENDE, Ana Lúcia Magela de.TELEVISÃO: BABÁ ELETRÔNICA? In:
PACHECO, Elza Dias (Org.). TELEVISÃO, CRIANÇA, IMAGINÁRIO E
EDUCAÇÃO. Campinas. SP: Papirus, 1998.
GEFOPI
Grupo de Estudos em
Formação de Professores e
Interdisciplinaridade