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história da literatura
O romance romântico
       Manoel Neves
LINHAS GERAIS
                 o romance romântico
narrativa tradicional [história com início, meio e fim];
                     idealização;
        trama acidentada [ênfase no enredo];
                caráter melodramático.
LINHAS GERAIS
                                 o romance romântico
                                     idealização
Era uma moça de dezesseis a dezessete anos, delgada sem magreza, estatura um pouco acima
de mediana, talhe elegante e atitudes modestas. A face, de um moreno-pêssego, tinha a mesma
imperceptível penugem da fruta de que tirava a cor; naquela ocasião tingiam-na uns longes cor-
de-rosa, a princípio mais rubros, natural efeito do abalo. As linhas puras e severas do rosto
parecia que as traçara a arte religiosa. Se os cabelos, castanhos espalhadamente sobre os
ombros, e se os próprios olhos alçassem as pupilas ao céu, disséreis um daqueles anjos
adolescentes que traziam a Israel as mensagens do Senhor. Não exigiria a arte maior correção e
harmonia de feições, e a sociedade bem podia contentar-se com a polidez de maneiras e a
gravidade do aspecto. [ASSIS, Machado de. Helena]
LINHAS GERAIS
                                    o romance romântico
                              caráter melodramático
O melodrama consiste em obra ou situação romanesca, dramática que, pelo exagero,
especialmente na expressão dos sentimentos, se apresenta como ridícula, grotesca.

                        o melodrama em dois autores
         Lucíola, de José de Alencar                     Helena, de Machado de Assis
   todos menos Lúcia adoecem terrivelmente          orfã reconhecida pelo pai à hora da morte

  Lúcia julga que não merece o amor de Paulo         é maltratada pela terrível bruxa da família

  cuida da irmã a fim de preservá-la do mundo   irmãos q ficaram muito tempo longe se reencontram
LINHAS GERAIS
                                   o romance romântico
                                   trama acidentada
Suspenses, antecipações e ganchos mantêm o leitor interessado na trama e dão maior
vivacidade ao enredo.

                      aspectos do enredo de “Helena”
                  olhos vermelhos de tanto chorar nos primeiros dias na nova casa;
                          cartas que escreve para o pai [na casa de Estácio];
     dissimulação [corrobora a mentira do Conselheiro do Vale não dizendo a verdade às pessoas];
                            dissimulação [diz não saber montar a cavalo];
                             gentilezas com Estácio e com Dona Úrsula;
                                    passeios a cavalo pela manhã.
LINHAS GERAIS
                                   o romance romântico

          Projeto de Formação da Identidade Nacional
Em suas obras, os escritores românticos, ainda que inconscientemente, traçam um retrato do
homem brasileiro de todos os tempos e de todos os lugares.
                 o passado                                     o presente
             romances históricos                            romances urbanos

            romances indianistas                            romances regionais

             os grandes centros                           a vastidão do interior
               Rio de Janeiro                                aspectos culturais

                   Recife                                  aspectos paisagísticos
O ROMANCE URBANO
a prosa no romantismo brasileiro
Félix-Emile Taunay: Rua Direita [RJ na década de 1820]
O ROMANCE URBANO
                                  historiografia literária
Era no tempo do rei. Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda,
cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo "O canto dos meirinhos". E bem lhe
assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa
classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do
que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida,
respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que
envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida
(o extremo oposto eram os desembargadores). Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se,
fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás,
razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo. [ALMEIDA,
Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias]
    apresenta-se o dia-a-dia do leitor burguês dos grandes centros [Rio de Janeiro e Recife]
O ROMANCE URBANO
                                  historiografia literária
– Aurélia! Que significa isso?
– Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia
consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é
tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente,
senhor. Entremos na realidade por mais triste que seja; e resigne-se cada um ao que é, eu uma
mulher traída; o senhor, um homem vendido.
– Vendido! Exclamou seixas ferido dentro d’alma.
– Vendido sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica, sou milionária; precisava de um
marido, traste indispensável às mulheres honestas. O senhor estava no mercado; comprei-o.
Custou-me cem contos de reis; foi barato; não se fez valer. Eu daria o dobro, o triplo, toda minha
riqueza por este momento. [ALENCAR, José de. Senhora]

                     divulgação de valores morais [honra, amor, casamento]
  realização da mulher = casamento; ela deve se submeter a um homem [pai, marido, irmão]
            preservação dos valores patriarcais [virgindade, submissão, maternidade]
HENRY CHAMBERLAIN: Uma família brasileira [século XIX]
O ROMANCE URBANO
                                 historiografia literária
Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhados abaixo. Em um sarau todo o mundo
tem que fazer. O diplomata ajusta, com o copo de champanhe na mão, os mais intricados
negócios; todos murmuram e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos
minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças
são no sarau como as estrelas do Céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave
cavatina [...]; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, [...] ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos
inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. [MACEDO, Joaquim Manuel de. A
moreninha]

         representação dos costumes da elite brasileira [namoro, corte, vestes, festas]
O ROMANCE URBANO
                      autores e obras
José de Alencar                  Joaquim Manuel de Macedo
 [perfis femininos]                         [perfis cariocas]


       Diva                                   A moreninha
     Senhora                                A luneta mágica
      Lucíola                             A carteira de meu tio
 A pata da gazela                 personagens e enredos superficiais
  Cinco minutos                espaços brasileiros: Ilha de Paquetá, Tijuca
   Encarnação                     ingenuidade narrativa e bom humor
O ROMANCE URBANO
                autores e obras
       Manuel Antônio de Almeida
          [a estética da malandragem]


       Memórias de um sargento de milícias
diferentemente dos demais romances românticos, o
romance de Almeida focaliza as classes populares e
 seus costumes; Leonardo Filho é o primeiro herói
 tipicamente brasileiro [malandro], pois, sem fazer
esforço algum, casa-se com a garota dos seus sonhos
e ainda recebe três heranças e o posto de sargento
O ROMANCE INDIANISTA
 a prosa no romantismo brasileiro
O ROMANCE INDIANISTA
                                  historiografia literária
Poti levantava a taba de seus guerreiros na margem do rio e esperava o irmão que lhe
prometera voltar. Todas as manhãs subia o morro das areias e volvia os olhos ao mar, para ver se
branqueava ao longe a vela amiga.
Afinal volta Martim de novo às terras, que foram de sua felicidade, e são agora de amarga
saudade. Quando seu pé sentiu o calor das brancas areias, em seu coração derramou-se um
fogo, que o requeimou: era o fogo das recordações que ardiam como a centelha das cinzas. [...]
Muitos guerreiros de sua raça acompanharam o chefe branco, para fundar com ele a mairi dos
cristãos. Veio também um sacerdote de sua religião, de negras vestes, para plantar a cruz na
terra selvagem.
Poti foi o primeiro que ajoelhou aos pés do sagrado lanho; não sofria ele que nada mais o
separasse de seu irmão branco. Deviam ter ambos um só deus, como tinham um só coração.
Ele recebeu com o batismo o nome do santo, cujo era o dia; e o do rei, a quem ia servir, sobre os
dois o seu, na língua dos novos irmãos. Sua fama cresceu e ainda hoje é o orgulho de sua terra,
onde primeiro viu a luz. [ALENCAR, José de. Iracema]
            colonizador e colonizado aparecem irmanados nos romances indianistas
 segundo Candido, no século XVIII, o índio pode ser idealizado pq desapareceu enquanto povo
DEBRET: Chefe charrua
O ROMANCE INDIANISTA
                                 historiografia literária
Pela margem do grande rio caminha Jaguarê, o jovem caçador. O arco pende-lhe ao ombro,
esquecido e inútil. As flechas dormem no coldre da uiraçaba. [...]
O rugido do jaguar abala a floresta; mas o caçador também despreza o jaguar, que já cansou de
vencer. [...]
Não é esse o inimigo que procura, porém outro mais terrível para vencê-lo em combate de
morte e ganhar nome de guerra.
Jaguarê chegou à idade em que o mancebo troca a fama do caçador pela glória do guerreiro.
Para ser aclamado guerreiro por sua nação é preciso que o jovem caçador conquiste esse título
por uma grande façanha.
Por isso deixou a taba dos seus e a presença de Jandira, a virgem formosa que lhe guarda o seio
de esposa.
Lá estaca o jovem caçador no meio da campina. Volvendo ao céu o olhar torvo e iracundo, solta
ainda uma vez seu grito de guerra. [...]
Respondeu o ronco da sucuri na madre do rio e o urro do tigre escondido na furna; mas outro
grito de guerra não acudiu ao desafio do caçador. [ALENCAR, José de. Ubirajara]
                      o índio representa o antepassado heroico brasileiro
   o indianismo é, na verdade, um desdobramento do Mito do Bom Selvagem, de Rousseau
RUGENDAS: Ponte de cipó
O ROMANCE INDIANISTA
                                  historiografia literária
Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho
tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por
uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até o meio da perna, e desenhava o talhe
delgado e esbelto como um junto selvagem. [...]
Ali, por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante,
marchetado de pardo. [...] Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de
árvore, e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco. [...]
Era uma luta de morte que ia se travar; o índio sabia, e esperou tranquilamente, como da
primeira vez; a inquietação que sentira um momento de que a presa lhe escapasse, desapacera:
estava satisfeito. [...]
O tigre [...] não se demorou; apenas se achou a coisa de quinze passos do inimigo, retraiu-se
com uma força de elasticidade extraordinária e atirou-se como um estilhaço de rocha [...]
Então, o selvagem distendeu-se com a flexibilidade da cascavel ao lançar o bote; [...]
arremessou-se e foi cair sobre o ventre da onça, que, subjugada, prostrada de costas, com a
cabeça presa ao chão pelo gancho, debatia-se contra o seu vencedor, procurando debalde
alcançá-lo com as garras. [ALENCAR, José de . O guarani]
 idealização [o índio é tal qual o cavaleiro medieval: nobre, forte, valente, cortês, bom e justo]
RUGENDAS: Caçada
O ROMANCE INDIANISTA
      autores e obras
     José de Alencar
     [a formação do Brasil]


           Iracema
           O guarani
           Ubirajara
O ROMANCE REGIONAL
a prosa no romantismo brasileiro
O ROMANCE REGIONAL
                                 historiografia literária
De longe é sumamente pitoresco o primeiro aspecto da povoação.
Ponto terminal do sertão de Mato Grosso, assenta no abaulado dorso de um outeirozinho. O
que lhe dá, porém, encanto particular para quem a vê de fora, é o extenso laranjal, coroado
anualmente de milhares de áureos pomos, em cuja folhagem verde-escura se encravam as casas
e ressalta a cruz da modesta igreja matriz.
Transpondo límpido regato e vencida pedregosa ladeira com casinholas de sapé à direita e à
esquerda, chega-se à rua principal, que tem por mais grandioso edifício espaçosa casa de
sobrado, de construção antiquada. Ornamenta-a uma varanda de ferro e um telhado que se
adianta para a rua, como a querer abrigá-la em sua totalidade dos ardores do sol.
É aí que mora o Major Martinho de Melo Taques, baixote, rechonchudo, corado.
Na sua loja de fazendas, ao rés-do-chão, reúne-se a melhor gente da localidade, para ouvi-lo
dissertar sobre política, ou narrar a guerra dos farrapos no Rio Grande do Sul e a vida que se
leva na corte do Rio de Janeiro, onde estivera pelos anos de 1838 a 1839.
De vez em quando, naquela silenciosa rua em que tão bem se estampa o tipo melancólico de
uma povoação acanhada e em decadência, aparece uma ou outra tropa carregada, que levanta
nuvens de pó vermelho e atrai às janelas rostos macilentos de mulheres. [TAUNAY, Alfredo
d’Escaragnolle. Inocência]
                             a alma do país está no mundo rural
PEDRO WEINTGÄRTNER: Interior do empório
O ROMANCE REGIONAL
                                   historiografia literária
O regionalismo traz para o centro do romance romântico as paisagens e os tipos de um Brasil
desconhecido, como os vaqueiros dos pampas e os sertanejos do Nordeste. Nessas obras, é
apresentada uma sociedade rural de comportamentos e valores bem diferentes daqueles da
corte. O país que emerge dos romances regionalistas configura-se como gigantesco na extensão
e arcaico nos costumes.
                     seu objetivo é o representar os quatro cantos do Brasil
      além da temática rural, avultam as diferenças étnicas, sociais, culturais e linguísticas
O ROMANCE REGIONAL
                                 historiografia literária
Na manhã de 29 de setembro um cavaleiro corria a toda brida pela verde campanha que se
estende ao longo da margem esquerda do Jaguarão.
Deixara o pouso pela alvorada e seguia em direção ao nascente. Para abreviar a jornada, se
desviara da estrada, e tomara por meio dos campos, como quem tinha perfeito conhecimento
do lugar.
Não o detinham os obstáculos que porventura encontrava em sua rota batida, mas não trilhada.
Valados, seu cavalo morzelo os franqueava de um salto, sem hesitar; sangas e arroios
atravessava-os a nado, quando não faziam vau.
Era o cavaleiro moço de 22 anos quando muito, alto, de talhe delgado, mas robusto. Tinha a face
tostada pelo sol e sombreada por um buço negro e já espesso. Cobria-lhe a fronte larga um
chapéu desabado de baeta preta. O rosto comprido, o nariz adunco, os olhos vivos e cintilantes
davam à sua fisionomia a expressão brusca e alerta das aves de altanaria. Essa alma devia ter o
arrojo e a velocidade do voo do gavião.
Pelo traje se reconhecia o gaúcho. O ponche de pano azul forrado de pelúcia escarlate caía-lhe
dos ombros. A aba revirada sobre a espádua direita mostrava a cinta onde se cruzavam a longa
faca de ponta e o amolador em forma de lima. [ALENCAR, José de. O gaúcho]
      tipos nacionais: gaúcho, sertanejo, mestiço, pequena burguesia que vive no interior
ABAURRE E PONTARA: Espaços brasileiros e romances regionais
O ROMANCE REGIONAL
                              autores e obras
     José de Alencar                        Bernardo Guimarães
[heróis dos sertões brasileiros]                [folhetins regionalistas]


           O gaúcho                                A escrava Isaura
        O tronco do ipê                         O ermitão do Muquém
              Til                                    O garimpeiro
          O sertanejo                                O seminarista
O ROMANCE REGIONAL
                                     autores e obras
       Visconde de Taunay                                Franklin Távora
       [o patriarcado do interior]                         [cantor do Norte]


          A retirada da Laguna                               O cabeleira
                Inocência                                     O maturo
seus livros são ambientados no interior do                    O sacrifício
  Mato Grosso, lugar pacífico e ordeiro.               O casamento no arrabalde

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O romance romântico

  • 1. história da literatura O romance romântico Manoel Neves
  • 2. LINHAS GERAIS o romance romântico narrativa tradicional [história com início, meio e fim]; idealização; trama acidentada [ênfase no enredo]; caráter melodramático.
  • 3. LINHAS GERAIS o romance romântico idealização Era uma moça de dezesseis a dezessete anos, delgada sem magreza, estatura um pouco acima de mediana, talhe elegante e atitudes modestas. A face, de um moreno-pêssego, tinha a mesma imperceptível penugem da fruta de que tirava a cor; naquela ocasião tingiam-na uns longes cor- de-rosa, a princípio mais rubros, natural efeito do abalo. As linhas puras e severas do rosto parecia que as traçara a arte religiosa. Se os cabelos, castanhos espalhadamente sobre os ombros, e se os próprios olhos alçassem as pupilas ao céu, disséreis um daqueles anjos adolescentes que traziam a Israel as mensagens do Senhor. Não exigiria a arte maior correção e harmonia de feições, e a sociedade bem podia contentar-se com a polidez de maneiras e a gravidade do aspecto. [ASSIS, Machado de. Helena]
  • 4. LINHAS GERAIS o romance romântico caráter melodramático O melodrama consiste em obra ou situação romanesca, dramática que, pelo exagero, especialmente na expressão dos sentimentos, se apresenta como ridícula, grotesca. o melodrama em dois autores Lucíola, de José de Alencar Helena, de Machado de Assis todos menos Lúcia adoecem terrivelmente orfã reconhecida pelo pai à hora da morte Lúcia julga que não merece o amor de Paulo é maltratada pela terrível bruxa da família cuida da irmã a fim de preservá-la do mundo irmãos q ficaram muito tempo longe se reencontram
  • 5. LINHAS GERAIS o romance romântico trama acidentada Suspenses, antecipações e ganchos mantêm o leitor interessado na trama e dão maior vivacidade ao enredo. aspectos do enredo de “Helena” olhos vermelhos de tanto chorar nos primeiros dias na nova casa; cartas que escreve para o pai [na casa de Estácio]; dissimulação [corrobora a mentira do Conselheiro do Vale não dizendo a verdade às pessoas]; dissimulação [diz não saber montar a cavalo]; gentilezas com Estácio e com Dona Úrsula; passeios a cavalo pela manhã.
  • 6. LINHAS GERAIS o romance romântico Projeto de Formação da Identidade Nacional Em suas obras, os escritores românticos, ainda que inconscientemente, traçam um retrato do homem brasileiro de todos os tempos e de todos os lugares. o passado o presente romances históricos romances urbanos romances indianistas romances regionais os grandes centros a vastidão do interior Rio de Janeiro aspectos culturais Recife aspectos paisagísticos
  • 7. O ROMANCE URBANO a prosa no romantismo brasileiro
  • 8. Félix-Emile Taunay: Rua Direita [RJ na década de 1820]
  • 9. O ROMANCE URBANO historiografia literária Era no tempo do rei. Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo "O canto dos meirinhos". E bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida (o extremo oposto eram os desembargadores). Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo. [ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias] apresenta-se o dia-a-dia do leitor burguês dos grandes centros [Rio de Janeiro e Recife]
  • 10. O ROMANCE URBANO historiografia literária – Aurélia! Que significa isso? – Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que seja; e resigne-se cada um ao que é, eu uma mulher traída; o senhor, um homem vendido. – Vendido! Exclamou seixas ferido dentro d’alma. – Vendido sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica, sou milionária; precisava de um marido, traste indispensável às mulheres honestas. O senhor estava no mercado; comprei-o. Custou-me cem contos de reis; foi barato; não se fez valer. Eu daria o dobro, o triplo, toda minha riqueza por este momento. [ALENCAR, José de. Senhora] divulgação de valores morais [honra, amor, casamento] realização da mulher = casamento; ela deve se submeter a um homem [pai, marido, irmão] preservação dos valores patriarcais [virgindade, submissão, maternidade]
  • 11. HENRY CHAMBERLAIN: Uma família brasileira [século XIX]
  • 12. O ROMANCE URBANO historiografia literária Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhados abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com o copo de champanhe na mão, os mais intricados negócios; todos murmuram e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas do Céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina [...]; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, [...] ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. [MACEDO, Joaquim Manuel de. A moreninha] representação dos costumes da elite brasileira [namoro, corte, vestes, festas]
  • 13. O ROMANCE URBANO autores e obras José de Alencar Joaquim Manuel de Macedo [perfis femininos] [perfis cariocas] Diva A moreninha Senhora A luneta mágica Lucíola A carteira de meu tio A pata da gazela personagens e enredos superficiais Cinco minutos espaços brasileiros: Ilha de Paquetá, Tijuca Encarnação ingenuidade narrativa e bom humor
  • 14. O ROMANCE URBANO autores e obras Manuel Antônio de Almeida [a estética da malandragem] Memórias de um sargento de milícias diferentemente dos demais romances românticos, o romance de Almeida focaliza as classes populares e seus costumes; Leonardo Filho é o primeiro herói tipicamente brasileiro [malandro], pois, sem fazer esforço algum, casa-se com a garota dos seus sonhos e ainda recebe três heranças e o posto de sargento
  • 15. O ROMANCE INDIANISTA a prosa no romantismo brasileiro
  • 16. O ROMANCE INDIANISTA historiografia literária Poti levantava a taba de seus guerreiros na margem do rio e esperava o irmão que lhe prometera voltar. Todas as manhãs subia o morro das areias e volvia os olhos ao mar, para ver se branqueava ao longe a vela amiga. Afinal volta Martim de novo às terras, que foram de sua felicidade, e são agora de amarga saudade. Quando seu pé sentiu o calor das brancas areias, em seu coração derramou-se um fogo, que o requeimou: era o fogo das recordações que ardiam como a centelha das cinzas. [...] Muitos guerreiros de sua raça acompanharam o chefe branco, para fundar com ele a mairi dos cristãos. Veio também um sacerdote de sua religião, de negras vestes, para plantar a cruz na terra selvagem. Poti foi o primeiro que ajoelhou aos pés do sagrado lanho; não sofria ele que nada mais o separasse de seu irmão branco. Deviam ter ambos um só deus, como tinham um só coração. Ele recebeu com o batismo o nome do santo, cujo era o dia; e o do rei, a quem ia servir, sobre os dois o seu, na língua dos novos irmãos. Sua fama cresceu e ainda hoje é o orgulho de sua terra, onde primeiro viu a luz. [ALENCAR, José de. Iracema] colonizador e colonizado aparecem irmanados nos romances indianistas segundo Candido, no século XVIII, o índio pode ser idealizado pq desapareceu enquanto povo
  • 18. O ROMANCE INDIANISTA historiografia literária Pela margem do grande rio caminha Jaguarê, o jovem caçador. O arco pende-lhe ao ombro, esquecido e inútil. As flechas dormem no coldre da uiraçaba. [...] O rugido do jaguar abala a floresta; mas o caçador também despreza o jaguar, que já cansou de vencer. [...] Não é esse o inimigo que procura, porém outro mais terrível para vencê-lo em combate de morte e ganhar nome de guerra. Jaguarê chegou à idade em que o mancebo troca a fama do caçador pela glória do guerreiro. Para ser aclamado guerreiro por sua nação é preciso que o jovem caçador conquiste esse título por uma grande façanha. Por isso deixou a taba dos seus e a presença de Jandira, a virgem formosa que lhe guarda o seio de esposa. Lá estaca o jovem caçador no meio da campina. Volvendo ao céu o olhar torvo e iracundo, solta ainda uma vez seu grito de guerra. [...] Respondeu o ronco da sucuri na madre do rio e o urro do tigre escondido na furna; mas outro grito de guerra não acudiu ao desafio do caçador. [ALENCAR, José de. Ubirajara] o índio representa o antepassado heroico brasileiro o indianismo é, na verdade, um desdobramento do Mito do Bom Selvagem, de Rousseau
  • 20. O ROMANCE INDIANISTA historiografia literária Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade. Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até o meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junto selvagem. [...] Ali, por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo. [...] Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de árvore, e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco. [...] Era uma luta de morte que ia se travar; o índio sabia, e esperou tranquilamente, como da primeira vez; a inquietação que sentira um momento de que a presa lhe escapasse, desapacera: estava satisfeito. [...] O tigre [...] não se demorou; apenas se achou a coisa de quinze passos do inimigo, retraiu-se com uma força de elasticidade extraordinária e atirou-se como um estilhaço de rocha [...] Então, o selvagem distendeu-se com a flexibilidade da cascavel ao lançar o bote; [...] arremessou-se e foi cair sobre o ventre da onça, que, subjugada, prostrada de costas, com a cabeça presa ao chão pelo gancho, debatia-se contra o seu vencedor, procurando debalde alcançá-lo com as garras. [ALENCAR, José de . O guarani] idealização [o índio é tal qual o cavaleiro medieval: nobre, forte, valente, cortês, bom e justo]
  • 22. O ROMANCE INDIANISTA autores e obras José de Alencar [a formação do Brasil] Iracema O guarani Ubirajara
  • 23. O ROMANCE REGIONAL a prosa no romantismo brasileiro
  • 24. O ROMANCE REGIONAL historiografia literária De longe é sumamente pitoresco o primeiro aspecto da povoação. Ponto terminal do sertão de Mato Grosso, assenta no abaulado dorso de um outeirozinho. O que lhe dá, porém, encanto particular para quem a vê de fora, é o extenso laranjal, coroado anualmente de milhares de áureos pomos, em cuja folhagem verde-escura se encravam as casas e ressalta a cruz da modesta igreja matriz. Transpondo límpido regato e vencida pedregosa ladeira com casinholas de sapé à direita e à esquerda, chega-se à rua principal, que tem por mais grandioso edifício espaçosa casa de sobrado, de construção antiquada. Ornamenta-a uma varanda de ferro e um telhado que se adianta para a rua, como a querer abrigá-la em sua totalidade dos ardores do sol. É aí que mora o Major Martinho de Melo Taques, baixote, rechonchudo, corado. Na sua loja de fazendas, ao rés-do-chão, reúne-se a melhor gente da localidade, para ouvi-lo dissertar sobre política, ou narrar a guerra dos farrapos no Rio Grande do Sul e a vida que se leva na corte do Rio de Janeiro, onde estivera pelos anos de 1838 a 1839. De vez em quando, naquela silenciosa rua em que tão bem se estampa o tipo melancólico de uma povoação acanhada e em decadência, aparece uma ou outra tropa carregada, que levanta nuvens de pó vermelho e atrai às janelas rostos macilentos de mulheres. [TAUNAY, Alfredo d’Escaragnolle. Inocência] a alma do país está no mundo rural
  • 26. O ROMANCE REGIONAL historiografia literária O regionalismo traz para o centro do romance romântico as paisagens e os tipos de um Brasil desconhecido, como os vaqueiros dos pampas e os sertanejos do Nordeste. Nessas obras, é apresentada uma sociedade rural de comportamentos e valores bem diferentes daqueles da corte. O país que emerge dos romances regionalistas configura-se como gigantesco na extensão e arcaico nos costumes. seu objetivo é o representar os quatro cantos do Brasil além da temática rural, avultam as diferenças étnicas, sociais, culturais e linguísticas
  • 27. O ROMANCE REGIONAL historiografia literária Na manhã de 29 de setembro um cavaleiro corria a toda brida pela verde campanha que se estende ao longo da margem esquerda do Jaguarão. Deixara o pouso pela alvorada e seguia em direção ao nascente. Para abreviar a jornada, se desviara da estrada, e tomara por meio dos campos, como quem tinha perfeito conhecimento do lugar. Não o detinham os obstáculos que porventura encontrava em sua rota batida, mas não trilhada. Valados, seu cavalo morzelo os franqueava de um salto, sem hesitar; sangas e arroios atravessava-os a nado, quando não faziam vau. Era o cavaleiro moço de 22 anos quando muito, alto, de talhe delgado, mas robusto. Tinha a face tostada pelo sol e sombreada por um buço negro e já espesso. Cobria-lhe a fronte larga um chapéu desabado de baeta preta. O rosto comprido, o nariz adunco, os olhos vivos e cintilantes davam à sua fisionomia a expressão brusca e alerta das aves de altanaria. Essa alma devia ter o arrojo e a velocidade do voo do gavião. Pelo traje se reconhecia o gaúcho. O ponche de pano azul forrado de pelúcia escarlate caía-lhe dos ombros. A aba revirada sobre a espádua direita mostrava a cinta onde se cruzavam a longa faca de ponta e o amolador em forma de lima. [ALENCAR, José de. O gaúcho] tipos nacionais: gaúcho, sertanejo, mestiço, pequena burguesia que vive no interior
  • 28. ABAURRE E PONTARA: Espaços brasileiros e romances regionais
  • 29. O ROMANCE REGIONAL autores e obras José de Alencar Bernardo Guimarães [heróis dos sertões brasileiros] [folhetins regionalistas] O gaúcho A escrava Isaura O tronco do ipê O ermitão do Muquém Til O garimpeiro O sertanejo O seminarista
  • 30. O ROMANCE REGIONAL autores e obras Visconde de Taunay Franklin Távora [o patriarcado do interior] [cantor do Norte] A retirada da Laguna O cabeleira Inocência O maturo seus livros são ambientados no interior do O sacrifício Mato Grosso, lugar pacífico e ordeiro. O casamento no arrabalde