SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
1
DIFERENÇA
ENTRE TESE E ARGUMENTO
A TESE - constitui a ideia principal para a qual um texto pretende a adesão
do leitor ou ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor ou ouvinte;
A tese representa o ponto de vista a ser defendido, com base em todas as
informações (fatos) disponíveis sobre o caso concreto e nos limites permitidos pela
norma.
Para conseguir sustentar a tese, torna-se necessário extrair do caso concreto
todas as informações que, explícita ou implicitamente, concorrem para comprová-la.
Compreender o caso concreto, interpretar todas as suas sutilezas, valorá-las, apreender
os diversos sentidos que um mesmo fato, prova ou indício promovem é fundamental para
a produção de um texto argumentativo consistente. É essa seleção de fatos que
representa a contextualização do real.
OS ARGUMENTOS são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor
da validade da tese.
ARGUMENTOS DE AUTORIDADE- recorre a fontes de informações renomadas,
como os autores, livros, revistas especializadas, para demonstrar a veracidade da
tese. É o tipo de argumento mais encontrado em livros didáticos ou em textos
científicos.
ARGUMENTOS POR RACIOCÍNIO LÓGICO - resultam de relações lógicas. Os
mais comuns são os de causa e consequência e os de condição. Se este
argumento não estiver bem estruturado logicamente, qualquer evidência de sua
inadequação faz sua argumentação cair em terra.
Os textos publicitários são argumentativos por excelência porque visam, pela
própria função, agir sobre a vontade, as crenças e os comportamentos do leitor.
Considerando então as diferentes formas que os ARGUMENTOS podem assumir
para comprovar uma TESE,sem distinguir entre o ato de convencer (razão) e o ato
de persuadir (emoção). O importante é que, na construção do texto argumentativo,
todos os argumentos conduzem ao mesmo objetivo e produzam os efeitos
desejados no interlocutor.
2
Este poema é do mais famoso poeta português do século XX, Fernando Pessoa.
PARA SER GRANDE
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Pôe quanto és
No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Fernando Antonio Nogueira de Seabra Pessoa (1888-1935) nasceu em Portugal,
mas passou a infância na África do Sul. É conhecido por ter criado diferentes
heterônimos (personagens) para assumirem a autoria dos diferentes estilos de
seus ensaios e poemas.
Como podemos perceber, até mesmo a lilnguagem poética presta-se à
argumentação. Os vários argumentos utilizados pelo poeta conduzem a um
mesmo objetivo. ESSA É A QUALIDADE DA ARGUMENTAÇÃO!!!
Sejabemvindoao Site:Vestibular1OPortal Número1 emAprovação
3
4
5
Para melhor compreender as características que distinguem narração e
argumentação, observe a tabela.
NARRAÇÃO ARGUMENTAÇÃO
Qual o
Objetivo?
Expor os fatos importantes do
caso concreto a ser solucionado no
Judiciário.
Defender uma tese (ponto de vista)
compatível com o interesse da parte
que o advogado representa.
Como o fato é
tratado?
Cada fato representa uma
informação que compõe a história
da lide a ser conhecida no
processo.
O fato (informação) narrado é aqui
retomado com o status de elemento
de persuasão; é um elemento de
prova com o qual defende a tese.
Qual o tempo
verbal
utilizado?
Pretérito – é o mais utilizado,
porque todos os fatos narrados já
ocorreram. (Ex.: o empregado
sofreu um acidente);
Presente – fatos que se iniciaram
no passado e que perduram até o
momento da narração. (Ex.: o
empregado está sem capacidade
laborativa);
Futuro – não é utilizado porque
fatos futuros são incertos.
Presente – tempo verbal mais
adequado para sustentar o ponto de
vista. (Ex.: o autor deve ser
indenizado por seu empregador);
Pretérito – deve ser usado para
retomar os fatos (provas / indícios)
relevantes da narração, com os quais
defenderá a tese. (Ex.: o autor deve
ser indenizado por seu empregador
porque sofreu um acidente no local
de trabalho);
Futuro – deve ser usado ao
desenvolver as hipóteses
argumentativas. (Ex.: o trabalhador
deve receber o benefício do INSS,
pois, caso contrário, não terá como
se sustentar).
Qual a pessoa
do discurso?
Utiliza-se a 3ª pessoa, por traduzir
a imparcialidade necessária à
atividade jurídica.
Também se utiliza a 3ª pessoa, pela
mesma razão.
Como os
fatos são
organizados?
Os fatos são dispostos em ordem
cronológica, ou seja, na mesma
ordem em que aconteceram no
mundo natural.
Os fatos e as idéias são organizados
em ordem lógica, ou seja, da
maneira mais adequada para
alcançar a persuasão do auditório.
Quais seus
elementos
constitutivos?
Uma narrativa bem redigida deve
responder, sempre que possível, às
seguintes perguntas: a) O quê?
(fato gerador); b) quem? (partes); c)
onde? (local do fato); d) quando?
(momento do fato); e) como?
(maneira como os fatos ocorreram);
f) por quê? (motivações da lide).
Antes de redigir uma argumentação
consistente, tente refletir sobre, pelo
menos, as seguintes questões: a)
Qual o fato gerador do conflito? b)
qual a tese que será defendida? C)
com que fatos sustentará essa tese?
d) Que tipos de argumento deverá
utilizar?
Qual a
natureza do
texto?
O texto narrativo tem natureza
predominantemente informativa.
Sua função persuasiva está
atrelada à fundamentação.
O texto argumentativo tem função
persuasiva por excelência.
Quanto à
parcialidade...
Uma narrativa pode ser simples
(imparcial) ou valorada,
dependendo da peça a produzir.
Não há como defender uma tese
sem adotar um posicionamento.
Toda argumentação é valorada.
6

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Texto argumentativo
Texto argumentativoTexto argumentativo
Texto argumentativo
 
Produção de Texto
Produção de TextoProdução de Texto
Produção de Texto
 
Estrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opiniãoEstrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opinião
 
Diferença entre fato e opinião
Diferença entre fato e opiniãoDiferença entre fato e opinião
Diferença entre fato e opinião
 
Texto de divulgação científica
Texto de divulgação científicaTexto de divulgação científica
Texto de divulgação científica
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
 
Variedades linguísticas
Variedades linguísticasVariedades linguísticas
Variedades linguísticas
 
O gênero textual entrevista
O gênero textual   entrevistaO gênero textual   entrevista
O gênero textual entrevista
 
Notícia e reportagem
Notícia e reportagemNotícia e reportagem
Notícia e reportagem
 
SLIDES – TIRINHAS.
SLIDES – TIRINHAS.SLIDES – TIRINHAS.
SLIDES – TIRINHAS.
 
Tipos de argumentação
Tipos de argumentaçãoTipos de argumentação
Tipos de argumentação
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuais
 
Resenha.
Resenha.Resenha.
Resenha.
 
Genero textual charge
Genero textual chargeGenero textual charge
Genero textual charge
 
Tipologia textual
Tipologia textualTipologia textual
Tipologia textual
 
Notícia gênero textual
Notícia gênero textualNotícia gênero textual
Notícia gênero textual
 
Texto Argumentativo
Texto Argumentativo Texto Argumentativo
Texto Argumentativo
 
Charge, Cartum, Caricatura
Charge, Cartum, CaricaturaCharge, Cartum, Caricatura
Charge, Cartum, Caricatura
 
Romance
RomanceRomance
Romance
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 

Destaque

Filosofia - Orientações Iniciais
Filosofia - Orientações IniciaisFilosofia - Orientações Iniciais
Filosofia - Orientações IniciaisJorge Barbosa
 
Matéria 1º Período
Matéria 1º Período Matéria 1º Período
Matéria 1º Período atamenteesas
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Dylan Bonnet
 

Destaque (6)

Filosofia - Orientações Iniciais
Filosofia - Orientações IniciaisFilosofia - Orientações Iniciais
Filosofia - Orientações Iniciais
 
Validade não dedutiva
Validade não dedutivaValidade não dedutiva
Validade não dedutiva
 
Matéria 1º Período
Matéria 1º Período Matéria 1º Período
Matéria 1º Período
 
Lógica Proposicional
Lógica ProposicionalLógica Proposicional
Lógica Proposicional
 
A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11
 

Semelhante a Diferença entre tese e argumento

2 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp02
2 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp022 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp02
2 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp02Miguel Alves
 
Redação: Texto dissertivo-argumentativo
Redação: Texto dissertivo-argumentativoRedação: Texto dissertivo-argumentativo
Redação: Texto dissertivo-argumentativo7 de Setembro
 
Curso de redação
Curso de redaçãoCurso de redação
Curso de redaçãoteleestacao
 
Gêneros textuais e crase
Gêneros textuais e craseGêneros textuais e crase
Gêneros textuais e craseFabioarslonga
 
Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02
Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02
Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02Edson Alves
 
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...ProfessoraThasRochaC
 
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...EEFRANCISCODASILVEIR
 
ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA
ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICAARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA
ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICAnorberto faria
 
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃOTipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO Sônia Maciel Alves
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo7 de Setembro
 
Eptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressaoEptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressaoClara Bueno
 
Eptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressaoEptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressaoClara Bueno
 
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdfwaltermoreira
 
Texto argumentativo artigo de opinião (1).ppt
Texto argumentativo artigo de opinião (1).pptTexto argumentativo artigo de opinião (1).ppt
Texto argumentativo artigo de opinião (1).pptdenisesousa39
 

Semelhante a Diferença entre tese e argumento (20)

2 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp02
2 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp022 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp02
2 argumentaoeretrica-121111133751-phpapp02
 
Redação: Texto dissertivo-argumentativo
Redação: Texto dissertivo-argumentativoRedação: Texto dissertivo-argumentativo
Redação: Texto dissertivo-argumentativo
 
Curso de redação
Curso de redaçãoCurso de redação
Curso de redação
 
Gêneros textuais e crase
Gêneros textuais e craseGêneros textuais e crase
Gêneros textuais e crase
 
Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02
Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02
Aula01 textodissertativo-argumentativo-estrutura-130529182019-phpapp02
 
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
 
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
Elementos constituintes do esquema argumentativo (tese, argumento, tema, pont...
 
Ot 26 05[1]
Ot 26 05[1]Ot 26 05[1]
Ot 26 05[1]
 
Ot 26 05[1]
Ot 26 05[1]Ot 26 05[1]
Ot 26 05[1]
 
ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA
ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICAARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA
ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA
 
PARTE 1- 1 - 153.pdf
PARTE 1- 1 - 153.pdfPARTE 1- 1 - 153.pdf
PARTE 1- 1 - 153.pdf
 
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃOTipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo
 
Eptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressaoEptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressao
 
Eptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressaoEptv artigo de opiniao portinari impressao
Eptv artigo de opiniao portinari impressao
 
Noção de Texto
Noção de TextoNoção de Texto
Noção de Texto
 
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
 
Aulão de redação -Resumo de redação
Aulão de redação -Resumo de redaçãoAulão de redação -Resumo de redação
Aulão de redação -Resumo de redação
 
Apostila redação
Apostila redaçãoApostila redação
Apostila redação
 
Texto argumentativo artigo de opinião (1).ppt
Texto argumentativo artigo de opinião (1).pptTexto argumentativo artigo de opinião (1).ppt
Texto argumentativo artigo de opinião (1).ppt
 

Mais de cristina resende

Mais de cristina resende (20)

Bolinho de bacalhau
Bolinho de bacalhauBolinho de bacalhau
Bolinho de bacalhau
 
Trabalho, energia, fluidos
Trabalho, energia, fluidosTrabalho, energia, fluidos
Trabalho, energia, fluidos
 
If rs-2015-if-rs-professor-filosofia-prova
If rs-2015-if-rs-professor-filosofia-provaIf rs-2015-if-rs-professor-filosofia-prova
If rs-2015-if-rs-professor-filosofia-prova
 
Placa cimenticia
Placa cimenticiaPlaca cimenticia
Placa cimenticia
 
201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas
 
Forças de contato
Forças de contatoForças de contato
Forças de contato
 
201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas201647 165355 vitaminas
201647 165355 vitaminas
 
Estática do corpo extenso
Estática do corpo extensoEstática do corpo extenso
Estática do corpo extenso
 
Cálculo estequiométrico
Cálculo estequiométricoCálculo estequiométrico
Cálculo estequiométrico
 
Calculos quimicos
Calculos quimicosCalculos quimicos
Calculos quimicos
 
Gengibre
GengibreGengibre
Gengibre
 
A cartomante
A cartomante A cartomante
A cartomante
 
10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...
10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...
10 projeto-de-producao-para-construcao-metalica-aplicado-em-lajes-mistas-stee...
 
Catalogo tigre
Catalogo tigreCatalogo tigre
Catalogo tigre
 
Nr 06 (atualizada) 2011
Nr 06 (atualizada) 2011Nr 06 (atualizada) 2011
Nr 06 (atualizada) 2011
 
Segmentos tangentes
Segmentos tangentesSegmentos tangentes
Segmentos tangentes
 
Muros de arrimo
Muros de arrimoMuros de arrimo
Muros de arrimo
 
Vaos e cargas
Vaos e cargasVaos e cargas
Vaos e cargas
 
Nr 08 atualizada_2011
Nr 08 atualizada_2011Nr 08 atualizada_2011
Nr 08 atualizada_2011
 
Pres oit 170
Pres oit 170Pres oit 170
Pres oit 170
 

Último

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 

Último (20)

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 

Diferença entre tese e argumento

  • 1. 1 DIFERENÇA ENTRE TESE E ARGUMENTO A TESE - constitui a ideia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor ou ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor ou ouvinte; A tese representa o ponto de vista a ser defendido, com base em todas as informações (fatos) disponíveis sobre o caso concreto e nos limites permitidos pela norma. Para conseguir sustentar a tese, torna-se necessário extrair do caso concreto todas as informações que, explícita ou implicitamente, concorrem para comprová-la. Compreender o caso concreto, interpretar todas as suas sutilezas, valorá-las, apreender os diversos sentidos que um mesmo fato, prova ou indício promovem é fundamental para a produção de um texto argumentativo consistente. É essa seleção de fatos que representa a contextualização do real. OS ARGUMENTOS são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese. ARGUMENTOS DE AUTORIDADE- recorre a fontes de informações renomadas, como os autores, livros, revistas especializadas, para demonstrar a veracidade da tese. É o tipo de argumento mais encontrado em livros didáticos ou em textos científicos. ARGUMENTOS POR RACIOCÍNIO LÓGICO - resultam de relações lógicas. Os mais comuns são os de causa e consequência e os de condição. Se este argumento não estiver bem estruturado logicamente, qualquer evidência de sua inadequação faz sua argumentação cair em terra. Os textos publicitários são argumentativos por excelência porque visam, pela própria função, agir sobre a vontade, as crenças e os comportamentos do leitor. Considerando então as diferentes formas que os ARGUMENTOS podem assumir para comprovar uma TESE,sem distinguir entre o ato de convencer (razão) e o ato de persuadir (emoção). O importante é que, na construção do texto argumentativo, todos os argumentos conduzem ao mesmo objetivo e produzam os efeitos desejados no interlocutor.
  • 2. 2 Este poema é do mais famoso poeta português do século XX, Fernando Pessoa. PARA SER GRANDE Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Pôe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive. Fernando Antonio Nogueira de Seabra Pessoa (1888-1935) nasceu em Portugal, mas passou a infância na África do Sul. É conhecido por ter criado diferentes heterônimos (personagens) para assumirem a autoria dos diferentes estilos de seus ensaios e poemas. Como podemos perceber, até mesmo a lilnguagem poética presta-se à argumentação. Os vários argumentos utilizados pelo poeta conduzem a um mesmo objetivo. ESSA É A QUALIDADE DA ARGUMENTAÇÃO!!! Sejabemvindoao Site:Vestibular1OPortal Número1 emAprovação
  • 3. 3
  • 4. 4
  • 5. 5 Para melhor compreender as características que distinguem narração e argumentação, observe a tabela. NARRAÇÃO ARGUMENTAÇÃO Qual o Objetivo? Expor os fatos importantes do caso concreto a ser solucionado no Judiciário. Defender uma tese (ponto de vista) compatível com o interesse da parte que o advogado representa. Como o fato é tratado? Cada fato representa uma informação que compõe a história da lide a ser conhecida no processo. O fato (informação) narrado é aqui retomado com o status de elemento de persuasão; é um elemento de prova com o qual defende a tese. Qual o tempo verbal utilizado? Pretérito – é o mais utilizado, porque todos os fatos narrados já ocorreram. (Ex.: o empregado sofreu um acidente); Presente – fatos que se iniciaram no passado e que perduram até o momento da narração. (Ex.: o empregado está sem capacidade laborativa); Futuro – não é utilizado porque fatos futuros são incertos. Presente – tempo verbal mais adequado para sustentar o ponto de vista. (Ex.: o autor deve ser indenizado por seu empregador); Pretérito – deve ser usado para retomar os fatos (provas / indícios) relevantes da narração, com os quais defenderá a tese. (Ex.: o autor deve ser indenizado por seu empregador porque sofreu um acidente no local de trabalho); Futuro – deve ser usado ao desenvolver as hipóteses argumentativas. (Ex.: o trabalhador deve receber o benefício do INSS, pois, caso contrário, não terá como se sustentar). Qual a pessoa do discurso? Utiliza-se a 3ª pessoa, por traduzir a imparcialidade necessária à atividade jurídica. Também se utiliza a 3ª pessoa, pela mesma razão. Como os fatos são organizados? Os fatos são dispostos em ordem cronológica, ou seja, na mesma ordem em que aconteceram no mundo natural. Os fatos e as idéias são organizados em ordem lógica, ou seja, da maneira mais adequada para alcançar a persuasão do auditório. Quais seus elementos constitutivos? Uma narrativa bem redigida deve responder, sempre que possível, às seguintes perguntas: a) O quê? (fato gerador); b) quem? (partes); c) onde? (local do fato); d) quando? (momento do fato); e) como? (maneira como os fatos ocorreram); f) por quê? (motivações da lide). Antes de redigir uma argumentação consistente, tente refletir sobre, pelo menos, as seguintes questões: a) Qual o fato gerador do conflito? b) qual a tese que será defendida? C) com que fatos sustentará essa tese? d) Que tipos de argumento deverá utilizar? Qual a natureza do texto? O texto narrativo tem natureza predominantemente informativa. Sua função persuasiva está atrelada à fundamentação. O texto argumentativo tem função persuasiva por excelência. Quanto à parcialidade... Uma narrativa pode ser simples (imparcial) ou valorada, dependendo da peça a produzir. Não há como defender uma tese sem adotar um posicionamento. Toda argumentação é valorada.
  • 6. 6