2. TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
É a exposição de opiniões a respeito de um
determinado assunto.
Dissertar é discutir ideias, analisá-las e
apresentar provas que justifiquem e
convençam o leitor da validade do ponto de
vista de quem as defende.
3. Dissertar é, pois, analisar de maneira
crítica situações diversas, questionando a
realidade e apresentando nosso
posicionamento (impessoal) diante dela.
4. A dissertação, por isso, pressupõe:
- exame crítico do assunto sobre o qual se
vai escrever;
- raciocínio lógico;
- clareza, coerência e objetividade na
exposição.
5. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
INTRODUÇÃO - DESENVOLVIMENTO - CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
É a apresentação do assunto + a TESE.
O parágrafo introdutório caracteriza-se por
apresentar o assunto sobre qual se
discorrerá (declaração afirmativa ou
negativa)+ a TESE (ideia central do texto a
ser defendida com argumentos no
desenvolvimento).
6. Exemplo de IntroduçãoExemplo de Introdução
TEMA: “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE...
ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.”
Nunca foi tão importante no país uma cruzada pela
moralidade. As denúncias que se sucedem, os
escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que
ocorrem em diversos níveis da administração pública
exibem, de forma veemente, a profunda crise moral
por que passa o País.
7. DESENVOLVIMENT
O
É a análise crítica da ideia central.
Pode ocupar vários parágrafos em que se
expõem juízos, raciocínios, provas,
exemplos, testemunhos históricos e
justificativas que argumentem a ideia
central proposta no primeiro parágrafo.
8. Para desenvolver o assunto de uma
dissertação, podemos utilizar os seguintes
recursos:
a) citações
b) dados estatísticos
c) justificativas
d) exemplos concretos
e) comparações e contrastes
f) Causas e consequências
g) Aspectos positivos e negativos
9. Exemplo de DesenvolvimentoExemplo de Desenvolvimento
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como
se estes fossem símbolos de todos os males. As
instituições normativas, que fundamentam o
sistema democrático, caem em descrédito. Os
governantes, eleitos pela expressão do voto,
também engrossam a caldeira da descrença e,
frágeis, acabam comprometendo seus programas
de gestão.
Para complicar, ainda estamos no meio de uma
recessão que tem jogado milhares de trabalhadores
na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e
amargura.
10. Exemplo de DesenvolvimentoExemplo de Desenvolvimento
Não é de estranhar que parcelas imensas do
eleitorado, em protesto contra o que veem e
sentem, procurem manifestar sua posição com o
voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. É
preciso convir que nenhuma democracia floresce
dessa maneira.
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm
responsabilidade pública os condenará ao castigo
da história. É preciso e possível fazer-se algo, de
imediato, que possa reacender a esperança.
11. CONCLUSÃO
É o ponto de chegada da discussão,
a parte final do texto em que se condensa
o conteúdo desenvolvido, reafirma-se o
posicionamento exposto na tese ou lança-
se perspectiva sobre o assunto.
Um meio adequado de bem concluir é
aquele em que sintetizamos o assunto nos
termos em que foi proposto ou questionado
na etapa introdutória.
12. Exemplo de ConclusãoExemplo de Conclusão
O Brasil dos grandes valores, das grandes
idéias, da fé e da crença, da esperança e do
futuro necessita urgentemente da ação
solidária, tanto das autoridades quanto do
cidadão comum, para instaurar uma nova
ordem na ética e na moral.
13. Características de um boa dissertação
Um texto não é um mero aglomerado de
frases ou parágrafos avulsos.
Um bom texto constitui-se de uma
sequência de ideias argumentadas e
harmonizadas entre si destinadas a um
interlocutor real ou virtual.
14. Para se redigir um texto dissertativo,
são indispensáveis:
O texto deve desenvolver-se em torno de
um assunto.
As ideias que lhe são pertinentes devem
suceder-se em ordem sequente e lógica,
completando e enriquecendo a ideia-
núcleo expressa na tese.
Não deve haver redundância nem
pormenores desnecessários.
UNIDADE:
15. A doação de esmolasA doação de esmolas
A esmola vicia. Por causa dela, muitas pessoas não se dispõem a
trabalhar. Essas pessoas sabem que sempre haverá alguém que lhes dê
algum dinheiro, ou um pouco de comida. Tais são as reflexões que
ouvimos frequentemente sobre o assunto.
É certo que, no momento em que recebe uma esmola, a pessoa
excluída de processo social injusto pode comer alguma coisa. É
verdade ainda que, na situação atual, negar algum dinheiro ou comida é
um ato de insensibilidade, pois se sabe que nossos governantes não
garantem a todos os direitos mais básicos. Portanto, é compreensível
que tantos defendam a doação de esmolas.
16. A doação de esmolasA doação de esmolas
No entanto, não é com ajuda temporária que se vai resolver o problema
do indigente. Antes de mais nada, ao receber uma esmola, o
necessitado passa a depender da vontade de quem dá ou administra,
em vez de ter garantido o direito de prover, sozinho, suas
necessidades básicas. Além disso, a administração da esmola não tem
critérios objetivos: dá-se a quem se vê, a quem está mais perto, nem
sempre a quem mais necessita. Dessa forma, vê-se que a esmola só
serve para deixar em paz a consciência de quem a dá.
É preciso que sejam criados programas sociais que garantam a cada
cidadão o direito de ter um emprego e ganhar um salário que lhe
possibilite viver com dignidade e ter sua cidadania resguardada.
17. Deve haver associação e correlação das
ideias na construção dos períodos e na
passagem de um parágrafo a outro.
Os elementos de ligação são
indispensáveis para entrosar orações,
períodos e parágrafos.
COERÊNCIA:
18. •Vocabulário preciso e coerente às ideias expostas
•O aprimoramento da linguagem é fundamental para
adequar idéias e palavras.
•É obrigatório o uso da língua padrão culta.
• São inimigos da clareza: letra ilegível, ideias
desordenadas, períodos longos, vocabulário
rebuscado e impreciso, períodos incompletos ou
mal redigidos.)
CLAREZA DE IDEIAS:
19. Exemplo de falta de clareza ouExemplo de falta de clareza ou
obscuridadeobscuridade
Foi evitada uma efusão de sangue inútil (Em
vez de efusão inútil de sangue).
A água do rio era límpida, possibilitando a
visão dos peixes.
20. Exame e discussão crítica do assunto, por
meio de argumentos convincentes, gerados
pelo acervo de conhecimento pessoais.
É um processo de análise e síntese.
CRITICIDADE:
21. ARGUMENTOS DISSERTATIVOS
Argumentar é convencer ou tentar
convencer alguém a respeito da veracidade
das ideias que estamos veiculando.
É o procedimento usado para convencer o
leitor de que nossa posição é a correta e
para levá-lo a dar sua adesão às teses
defendidas pelo texto.
22. Como se faz uma boa argumentação?
1o
– é preciso ter bem claro o que
queremos dizer – delimitar bem o assunto;
2o
– formular idéias – também claras –
sobre o assunto delimitado;
3o
– estruturar essas idéias com frases
bem formuladas;
4o
– tentar provar cada idéia – argumento –
por meio da evidência do raciocínio e das
provas.
23. RECURSOS LINGUÍSTICOS USADOS PARA
CONFIRMAR A VALIDADE DAS IDEIAS
Argumentos de autoridade: citar autores
renomados dá credibilidade sobre um
ponto de vista.
Argumentos baseados no consenso: citar
proposições aceitas como verdadeiras,
numa certa época.
24. Argumentos baseados em provas
concretas: apoiar as posições pessoais em
fatos. Comprová-las por dados pertinentes
e adequados.
Argumentos com base nas relações de
causa e consequência.
Argumentos baseados em exemplos.
25. Argumentos baseados em semelhanças;
aproximar dois elementos com base na
semelhança entre eles.
Argumentos baseados em oposição: apontar
oposições entre ideias e fatos.