Unidade Tema F: Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII;
Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime



                       SUMÁRIO
    O Antigo Regime; o peso da agricultura na sua economia e a
   dependência dos tráficos comerciais na Europa e em Portugal.




        QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA….

  O que é o Antigo Regime?

                                                                    1
O Antigo Regime português na primeira metade do século XVIII

Séculos
XIV            XV                XVI          XVII        XVIII             XIX

IDADE
                    IDADE MODERNA                                      IDADE
MÉDIA                                                                  CONTEMPORÂNEA
                    Antigo Regime

  POLÍTICA                 ECONOMIA                             SOCIEDADE
  Monarquia absoluta       Base agrícola                        Sociedade de ordens
                           Desenvolvimento comercial
                           Desenvolvimento das
                           manufacturas

  •    Antigo Regime: Conceito
      Período histórico situado entre os séculos XVI e XVIII;
       Regime que se estende a quase toda a Europa;
        Com as seguintes características:
                                        Políticas: Absolutismo régio
                           Económicas: Capitalismo comercial
                        Sociais: Divisão social em três ordens ou estados            2
A agricultura
                A agricultura:
                   É a actividade
                    principal no
                    Antigo Regime.

                   Ocupa a
                    maioria da
                    população
                    europeia.

                   Está
                    tecnicamente
                    estagnada.

                   Possui baixa
                    produtividade.


                             3
A agricultura do Antigo Regime em Portugal

      Fraco             Técnicas e              Terras
  investimento        instrumentos          abandonadas e
    nas terras        rudimentares            em pousio




                  BAIXA PRODUTIVIDADE




  Importação de                         Alimentação
     géneros                                fraca
   alimentares

                                                            4
O comércio triangular europeu

  AMÉRICA                            Panos                 EUROPA
  DO NORTE                           Sal
                                     Tabaco       Lisboa


                       Oceano                         ÁFRICA
                      Atlântico
             Açúcar
             Tabaco
             Prata
             Ouro


                                   Açúcar
                                   Tabaco


                                                     Escravos
 Oceano                Brasil
 Pacífico

             AMÉRICA      O comércio prosperou no Antigo Regime, o
              DO SUL      que conduziu ao desenvolvimento do
                          capitalismo comercial.
                                                                     5
Unidade Tema F: Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII;
    Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime



                              SUMÁRIO

        A sociedade de ordens.

        O absolutismo régio.
       Portugal - a sociedade e o poder; os limites do absolutismo régio.




            QUESTÕES ORIENTADORAS DE AULA….

Como se caraterizava a sociedade de Antigo Regime?
Quais são os fundamentos do Absolutismo régio?
                                                                             6
A sociedade de ordens
                                                                                Sociedade de ordens
                                                                                       Sociedade
                                                                                   hierarquizada em
                                                                                    estratos sociais
                                                                                denominados ordens
          CLERO e NOBREZA           PRIVILEGIADOS                               ou estados. No Antigo
                                                                                 Regime a sociedade
                                  FORTUNA: possuem a                              dividia-se em clero,
                                  maior parte da terra, dos                       nobreza e povo ou
                                  rendimentos…
                                                                                 Terceiro Estado, com
                              PRIVILÉGIOS: estavam isentos de                      base em critérios
                              quase todos os impostos.                        ligados ao nascimento e
                                                                                  ao desempenho de
                          MODO DE VIDA: viviam faustosamente.
                                                                                  cargos ou funções.
   3.º ESTADO                     NÃO PRIVILEGIADOS

                  Burguesia
                  FORTUNA: possuíam capitais provenientes dos negócios.
                  A grande burguesia era economicamente poderosa.
                  PRIVILÉGIOS: não tinham.
                  MODO DE VIDA: comerciantes, donos de oficinas…
        Povo
        FORTUNA: não tinham.
        PRIVILÉGIOS: não tinham.
        MODO DE VIDA: camponeses, artesãos, pescadores – vivem no limiar da
        subsistência.
                                                                                                 7
A influência das ordens privilegiadas em Portugal




                            Ou Nobreza de Corte: antigas famílias
                            nobres (condes, marqueses, duques)
     Privilegiados

                              Ou Nobreza de serviços:
                              Magistrados e altos funcionários




        Não
   Privilegiados




                                                                    8
A sociedade de ordens em Portugal
                                                    Descobre
  PRIVILEGIADOS
     CLERO
    NOBREZA                                         nesta
NÃO PRIVILEGIADOS                                   imagem:
   3.º ESTADO
    Burguesia                                       Nobres
       Povo                                         Clérigos
                                                    Burgueses
                                                    Camponeses




                                                                                        9
                    Dirk Stoop, Vista do Paço Real e do Terreiro do Paço, 2.ª metade do século XVII.
COMPOSIÇÃO , FUNÇÕES E PRIVILÉGIOS DAS ORDENS SOCIAIS DO
                    ANTIGO REGIME



ACTIVIDADES:                       PRIVILÉGIOS/OBRIGAÇÕES
Religião;
                                   Posse de terras com privilégios
Administração pública;
Ensino;                           (senhorios);
Assistência.
                                   Recebimento de muitas
                          CLERO    rendas;
                                   Isenção de grande parte dos
ESTRATOS:                          impostos;
Alto Clero (bispos,
                                   Justiça própria;
abades);
Baixo Clero (curas,               Uso de títulos.
frades)




                                                            10
COMPOSIÇÃO , FUNÇÕES E PRIVILÉGIOS DAS ORDENS SOCIAIS DO
                    ANTIGO REGIME



                                    PRIVILÉGIOS/OBRIGAÇÕES
ACTIVIDADES:
Vida militar;                      Posse de terras com privilégios
Administração pública;             (senhorios);
                                    Recebimento de muitas
ESTRATOS:                 NOBREZA
                                    rendas;
Nobreza de espada ou
de corte;                           Isenção de grande parte dos
Nobreza de toga ou de              impostos;
serviços;
Nobreza de província               Isenções jurídicas (penas
                                    ajustadas à sua condição);
                                    Uso de títulos;
                                    Direito de porte de armas.

                                                             11
COMPOSIÇÃO , FUNÇÕES E PRIVILÉGIOS DAS ORDENS SOCIAIS DO
                    ANTIGO REGIME



ACTIVIDADES:                         PRIVILÉGIOS/OBRIGAÇÕES
Profissões liberais;
Administração pública;              A alta burguesia, sobretudo, é
Agricultura, comércio,              utilizada pelos monarcas, em
indústria.                POVO OU
                                     luta contra o clero e a nobreza,
                          TERCEIRO
ESTRATOS:                  ESTADO    pela centralização do poder real.
Mercadores,
financeiros;                         Alguns dos membros da alta
Profissões liberais;                burguesia são nobilitados.
Artesãos;
Funcionários                        Os rurais levam uma vida
administrativos;                     difícil.
Rurais;
Vagabundos,
mendigos

                                                                  12
O PODER DIVINO DO REI…




                         13
O PODER DIVINO DO REI…




                         14
O PODER DIVINO DO REI…




    Ceptro




     Coroa




      Manto


Luís XIV
“O Rei - Sol”                            15
O Absolutismo
                O que é o Absolutismo?
                O rei exerce todos os poderes
                (absolutismo régio).

                A soberania provém de Deus (Direito
                Divino).

                O clero e a nobreza estão submetidos à
                vontade do rei.

                As Cortes raramente reúnem (logo, a
                Nação não é consultada).

                A corte é um palco faustoso, festivo e
                impressionante: os melhores artistas
                estão ao serviço do rei para fabricarem
                uma imagem condigna da realeza.



                Luís XIV (1638-1715) - rei de França (1643-1715) e
                expoente máximo do Absolutismo.                16
Absolutismo Régio
Regime político que esteve em vigor em quase toda a Europa entre os séculos XVI e
XVIII (Antigo Regime). É uma forma de poder segundo a qual o poder do régio tem
  origem divina, em que o rei centraliza em si todos os poderes e os exercia sem
                 limitação ou controlo de qualquer órgão ou poder.


                                                              Decide a orientação
 Administra o reino
                                                              económica do país;
 através de funcionários
 nomeados por si;                     OS PODERES              Cunha moeda;
                                          DO
 Publica leis;                        MONARCA                Lança impostos;
                                       ABSOLUTO
 Concede perdões de
                                                              Comanda o exército;
 penas;
                                                              Decide da paz e das
 Aplica a justiça
                                                              guerra
 através dos
 magistrados nomeados
 por si



                                                                                17
O Absolutismo em Portugal
                                                                    As Cortes
                                                                    praticamente
                                                                    não reuniram
                                                                    durante os seus
                                                                    reinados.
                                                                    O ouro do Brasil
                                                                    permitiu a
                                                                    realização de
                                                                    grandes obras.




D. Pedro II (1648-1706) - rei de   D. João V (1689-1750) - rei de
Portugal (1683-1706).              Portugal (1707-1750).                         18
«Um palácio maior do que o reino»…




               Palácio-convento de
               Mafra - mandado
               construir por D. João V.


                                           Um livro que fala do
                                           grande convento-palácio.




               Aqueduto das Águas
               Livres (Lisboa) - mandado
               construir no tempo de D.
               João V.                                        19
O funcionamento do poder político…




No passado…
No presente…




                                 20
Unidade Tema F: Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII;
    Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime



                              SUMÁRIO

       A teoria mercantilista. As medidas mercantilistas do Conde da Ericeira
      em Portugal;
       O tratado de Methuen; a falência das medidas mercantilistas.




              QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA….

O que entendes por Mercantilismo?

                                                                                 21
O que é o Mercantilismo?
Balança comercial deficitária                    Balança comercial favorável




     i           E                                    i
                                                               E
                                                                                   
                                                                             Situação desejada pelo
                                                                             mercantilismo


PAÍS A                                    PAÍS B
Não produz o suficiente.                  Produz mais do que o suficiente.
Importa (I) mais do que exporta (E).      Exporta (E) mais do que importa (I) – vende o
                                          excedente.
A diferença entre as I e as E é paga em
dinheiro – o dinheiro sai do país.        A diferença entre as I e as E é paga em
                                          dinheiro. O dinheiro entra no país.

                                   Balança comercial
      Conjunto de troca de bens e de serviços que um país realiza com outro num
    determinado período. A balança comercial é favorável se o valor das exportações
          for superior ao das importações; é desfavorável no caso contrário.
                                                                                            22
O que é o Mercantilismo?
 O mercantilismo defende que um país
 para ser rico e poderoso deve ter
 bastante ouro e prata. Por isso, deve:
1. Ter uma balança comercial favorável.                           Colbert, ministro de Luís XIV
                                                                  (França) foi um acérrimo
2. Produzir os bens de que necessita ou riqueza                   defensor do mercantilismo.
   bastante para os adquirir.
                                                                     Manufactura
3. Instalar/apoiar a instalação de manufacturas                   Modo de produção
   (subsídios, isenção fiscal, formação) tendo em                 baseado no fabrico
   vista essa produção.                                          predominantemente
                                                                manual e organizado em
4. Aplicar barreiras alfandegárias às importações.               unidades de pequena
                                                                      produção.


                                   Proteccionismo
      Medidas económicas adoptadas por um país para favorecer as exportações e
    reduzir ou proibir as importações (ex: taxas alfandegárias). Essas medidas tinham
       por objectivo proteger a produção nacional face à concorrência estrangeira.
                                                                                        23
Mercantilismo
    Teoria económica que
  predominou na Europa
    entre os séculos XVI e
   XVIII, segundo a qual a
riqueza de país se baseava
    na maior acumulação
      possível de metais
       preciosos. Para o
conseguir, os governantes
   favoreciam a produção
 interna e a exportação e
  limitavam a importação
         de produtos.




                      24
A crise comercial portuguesa (1670-1692)
Factores da crise:
 Dificuldade em escoar o açúcar e o
tabaco para a Europa (os nossos
clientes passaram a produzi-los).
 Acumulação de stocks (o que não se
vende fica em armazém).
 Descida dos preços (como há muita
oferta, os preços descem – lei da oferta
e da procura).



Soluções:
   Aplicação de medidas mercantilistas.
                                           Conde de Ericeira - nomeado
                                           Vedor da Fazenda em 1675, aplicou
                                           medidas mercantilistas idênticas às
                                           tomadas por Colbert, em França.
                                           Acima, o rei D. Pedro II.
                                                                          25
As primeiras medidas mercantilistas
Quem implantou as primeiras medidas
mercantilistas em Portugal?

• O Conde da Ericeira (vedor da Fazenda de D.
Pedro II).




                                                   OCEANO ATLÂNTICO
Quem as aconselhou?
                                                                       PORTUGAL
• Duarte Ribeiro de Macedo (Discurso Sobre a
Introdução das Artes no Reino, 1675), que era
embaixador em Paris.
                                                                       




                                                                                       ESPANHA
Quais as medidas tomadas?                                             

• Pragmáticas – leis que proibiam o uso de
tecidos caros importados.

• Fomento das manufacturas.

•Atribuição de privilégios e empréstimos a
estrangeiros que instalassem as suas fábricas em
Portugal.                                                                         26
Pragmática contra o luxo (1677)




                           Leis Pragmáticas
  Leis proteccionistas que proibiam o uso de certos artigos de luxo ou a importação
                              de produtos estrangeiros.
                                                                                 27
A falência das primeiras medidas mercantilistas

O mercantilismo português
arrancou bem, mas depois
falhou. Porquê?

• Porque a crise comercial chegou
entretanto ao fim (1692).

• Porque foram descobertas minas de
ouro no Brasil (finais do século XVII) -
passou a haver dinheiro para pagar as
importações.

• Porque muitos produtos das fábricas
nacionais eram de fraca qualidade.

• Porque Portugal abriu os portos aos
produtos ingleses (Tratado de Methuen,
1703), de melhor qualidade e mais
baratos.                                   Escravos em mina de ouro brasileira –
                                           gravura do século XVIII.
                                                                               28
Unidade Tema F: Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII;
 Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime



                             SUMÁRIO

       A arte barroca.
       O despotismo pombalino: reforço do Estado e submissão dos grupos
      privilegiados.
      O fomento comercial e manufactureiro: promoção da burguesia.
      O terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa.

               QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA….

Como sabemos que estamos perante uma obra de arte da época
barroca?
                                                                           29
A Arte Barroca
                                                                         Introdução
Arte
• Arquitectura:
    – Fachadas com linhas curvas, volumes.

    – Decoração exuberante.

• Escultura:
    – Figuras em atitudes de movimento, sofrimento, paixão.

• Pintura:
    – Figuras em atitudes de movimento, sofrimento, paixão.

    – Criação de ilusões ópticas.


                               Estilo Barroco
 Estilo artístico predominantemente na Europa do século XVII até meados do século
XVIII. Caracterizou-se pela exuberância das formas e cores, pela assimetria e sensação
                                    de movimento.

  Vamos descobrir estas características nas imagens?
                                                                                    30
A Arte Barroca
                                                   Arquitectura




                                Igreja de S. Carlino (Roma)
  Biblioteca Joanina, Coimbra

                                                              31
A Arte Barroca
                                                              Arquitectura




                                        Palácio e Convento de Mafra (1717-1755), de
                                                     João Frederico Ludovice, Mafra.



      Torre dos Clérigos (1732-1750),
      de Nicolau Nasoni, Porto.
                                                                            32
A Arte Barroca
                                                                 Arquitectura




Igreja de Santa Madalena da Falperra (Braga)   Santuário do Bom Jesus (Braga)
                                                                                33
A Arte Barroca
                                         Arquitectura




     Viana do Castelo
                        Igreja de São Francisco - Porto

                                                          34
A Arte Barroca
                                                Arquitectura




  Casa de São Mateus – Vila Real
                                   Palácio do Freixo




                                                          35
A Arte Barroca
                                 Arquitectura




                 Talha Dourada

                                           36
A Arte Barroca
                             Arquitectura




             Trompe d'oeil

                                       37
A Arte Barroca
                                                   Arquitectura


                        Características
•   Grandiosidade

•   Gosto pelo movimento – fachadas com saliências e
    reentrâncias; curvas e contra-curvas

•   Horror ao vazio – os espaços estão decorados de forma
    exuberante com baixos-relevos, azulejos e a talha dourada




                                                             38
A Arte Barroca
                                                               Escultura




Gian Lorenzo Bernini (1598-1680),
Apolo e Dafne, 1625.
                                    Gian Lorenzo Bernini (1598-1680),
                                    O Êxtase de Santa Teresa, 1652,
                                    Santa Maria della Vitoria, Roma.
                                                                        39
A Arte Barroca
                                                               Pintura




  Caravaggio (c. 1572-1610),
  Crucificação de São Pedro
  (óleo), 1600-1601, Igreja de    Murillo (1618-1682), O Jovem Mendigo (óleo),
  Santa Maria del Popolo, Roma.   c. 1650, Museu do Louvre, Paris, França.
                                                                         40
A Arte Barroca                                          Pintura




  Peter Paul Rubens (1577-1640),
  O Rapto das Filhas de Leucipo
                                      Pinturas de Velásquez
  (óleo), c. 1618, Alte Pinakothek,
  Munique, Alemanha.                                              41
A Arte Barroca             Pintura




     Pinturas de Murillo


                                     42
Um Projecto Modernizador: o Despotismo Pombalino

               QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA….

Quem foi Marquês de Pombal?
Como governou ele em Portugal?




                     Despotismo Esclarecido
    Concepção política segundo a qual o rei deveria exercer o poder absoluto, mas
                     orientado pela razão, para o bem do povo.

                                                                                    43
Reforço do Estado
                                                             D. José I - rei
                                                               de Portugal
                                                              entre 1750 e
                                                                     1777.




Marquês de Pombal - primeiro-ministro de D. José.   Fortalecimento do poder do Estado
                                                    Criação do Erário Régio;
 Política:
                                                    Intendência Geral da Polícia;
 Despotismo esclarecido (despotismo
 iluminado).                                        Real Mesa Censória;
 Medidas:
                                                    Limitação dos poderes da Inquisição.
 Submissão dos grupos privilegiados (clero e
 nobreza).                                                                                  44
Submissão dos grupos privilegiados
     Representação da
tentativa de assassínio
            de D. José
   (Setembro de 1758).




   Este atentado
    desencadeou
          ferozes
 perseguições à
    nobreza e ao
 clero, acusados
        de terem
      planeado o
        regicídio.


                                 45
Submissão dos grupos privilegiados


                                             Medidas:


                                             Clero:
                                             Expulsão dos Jesuítas do país
                                             Transformação da Inquisição
                                             num Tribunal régio
Execução pública dos Marqueses de Távora e
do Duque de Aveiro (gravuras de época).      Nobreza:
                                             Condenação do Duque de
Medidas:
                                             Aveiro e dos Távoras
Clero:
 – Expulsão dos Jesuítas do país (1759).
 – Transformação da Inquisição num
Tribunal régio.
Nobreza:
 – Condenação do Duque de Aveiro e dos
Távoras.
                                                                              46
As segundas medidas mercantilistas
Depois do falhanço das medidas
mercantilistas do Conde de
Ericeira…


    … o Marquês de Pombal retoma o
          caminho da modernização
                económica do país.

   Fomento Comercial e Manufactureiro
Regresso às políticas mercantilistas:
Criação das Companhias Monopolistas do
Comércio;
Programa Manufactureiro: criação e apoio de
indústrias manufactureiras

                                               47
Fomento comercial e agrícola

  ANOS                                 MEDIDAS

   1753            Companhia da Ásia Portuguesa.

                   Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão.
   1755
                   Junta do Comércio.


   1756            Companhia da Agricultura e das Vinhas do Alto Douro.


   1759            Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.


   1773            Companhia das Reais Pescas do Reino do Algarve.


   Medidas de fomento comercial
   Medidas de fomento agrícola
                                                                     48
Fomento industrial

   ANOS                            MEDIDAS

   1750        Real Fábrica das Sedas.


   1759        Real Fábrica de Chapéus de Tomar.


   1766        Fábrica de Cordoaria.

               Fábrica de Lanifícios de Portalegre.
   1771
               Fábrica de Vidros da Marinha Grande.

               Atribuição de privilégios.
  E ainda...
               Contratação de técnicos estrangeiros.
               Aquisição de equipamentos modernos.
                                                       49
Promoção da burguesia
     Pombal promove a participação da
     burguesia na economia nacional:

    A profissão de comerciante passa a ser
     considerada uma profissão nobre.

    Os letrados marcam presença no aparelho de
     Estado.

    É abolida a distinção entre cristãos-novos e
     cristãos-velhos.

    Participação nas Companhias Monopolistas;




    Nova Burguesia Pombalina                        Jacôme Ratton - industrial e
                                                    comerciante luso-francês que
                                                    desenvolveu intensa actividade
    → Modernização da Economia e                    no tempo de Pombal.
       Administração do país                                                         50
O terramoto de 1755
DATA
   1 de Novembro de 1755, Dia de
   Todos os Santos.

DURAÇÃO
   Cerca de 10 minutos.

DESCRIÇÃO
   Abalos de terra, seguidos de
   incêndios e ondas gigantes... Sismo
   de magnitude 9 na escala de Richter.

N.º DE MORTOS
   Entre a 10 e 15 mil (há estimativas
   que apontam para mais).




                                          51
O urbanismo pombalino

Reconstrução a
cargo de:

• Marquês de
Pombal
• Eugénio dos
Santos
• Manuel da Maia
• Carlos Mardel




                              Planta da cidade reconstruída.




                   Desenho da planta da nova cidade sobre o
                   traçado das ruas antigas.        52
A cidade como espelho do poder



Estátua de D. José

                                          Prédio de fachada
           Arco do Triunfo
                                            estandardizada.




                             Praça do Comércio vista do rio.

                                                       53
A cidade como espelho do poder
           URBANISMO                           O QUE
        e ARQUITECTURA                      SIMBOLIZAM?
                   Ruas largas.
                                     A ordem e a
 Traçado geométrico e rectilíneo.
                                     organização racional.
 Rede de esgotos e saneamento


              Uniformização dos
               
                                     A  igualdade perante o
   edifícios: casas semelhantes
                                     rei.
  em altura, largura e fachada.

          O Terreiro do Paço deu    A ascensão política,
           lugar à moderna Praça     económica e social da
                     do Comércio.    burguesia.



          O Arco de Triunfo da
           
       Rua Augusta e a estátua       O     poder absoluto do
       equestre de D. José I no      rei.
              centro da praça.
                                                                54
LISBOA ANTES E DEPOIS DO TERRAMOTO DE 1755…




 A cidade de Lisboa antes   Planta da Baixa Pombalina depois
 do terramoto de 1755       da reconstrução




                                                        55
E agora completa o quadro seguinte relativo à actuação do
                 Marquês de Pombal…
                            MARQUÊS DE POMBAL
 Acontecimento em que                          Duas medidas tomadas a
 se destacou:                                   nível:
                                                Económico:

 Cargo para que foi
 nomeado:

                                                 Social:

 Duas características da
 Lisboa pombalina:

                                                 Político:



 Concepção do poder:

                                                                     56
Poderias Ser Um Rei Absolutista ?



O Absolutismo foi o regime político que marcou o Antigo Regime.
Um rei considera-se absoluto quando detém nas suas mãos todos
os poderes do Estado . Para tal deve conhecer muito bem o seu
Reino.


Para descobrires se serias um bom rei, responde às seguintes
questões e soma a pontuação da seguinte forma:

                    2 pontos = resposta correcta
                    1 ponto = resposta incompleta
                    - 1 ponto = resposta errada
                                                                   57
Poderias Ser Um Rei Absolutista ? Questões:

1.Como se caracteriza a agricultura portuguesa no início do século
XVIII ?
2.Que medidas mercantilistas foram implementadas em Portugal
pelo Conde da Ericeira?
3.Quais foram as consequências económicas da abundância de ouro
vindo do Brasil ?
4.Como estava organizada a sociedade no Antigo Regime ?
5.Quais são as principais características do Absolutismo régio?
6.Quais são as principais características da arte barroca ?

                                                                  58
Poderias Ser Um Rei Absolutista ? RESULTADO:




De 0 a 6 pontos – Nunca serias um bom rei, conheces muito
mal o teu reino e a tua época .


De 7 a 9 pontos – Talvez pudesses ser um bom rei, mas terias
de conhecer melhor o teu reino e a tua época .


De 10 a 12 pontos -Sim, conheces bem o teu reino e a tua
época, poderias ser um bom rei.
                                                                59

O antigo regime

  • 1.
    Unidade Tema F:Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII; Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime SUMÁRIO  O Antigo Regime; o peso da agricultura na sua economia e a dependência dos tráficos comerciais na Europa e em Portugal. QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA…. O que é o Antigo Regime? 1
  • 2.
    O Antigo Regimeportuguês na primeira metade do século XVIII Séculos XIV XV XVI XVII XVIII XIX IDADE IDADE MODERNA IDADE MÉDIA CONTEMPORÂNEA Antigo Regime POLÍTICA ECONOMIA SOCIEDADE Monarquia absoluta Base agrícola Sociedade de ordens Desenvolvimento comercial Desenvolvimento das manufacturas • Antigo Regime: Conceito Período histórico situado entre os séculos XVI e XVIII; Regime que se estende a quase toda a Europa; Com as seguintes características: Políticas: Absolutismo régio Económicas: Capitalismo comercial Sociais: Divisão social em três ordens ou estados 2
  • 3.
    A agricultura A agricultura:  É a actividade principal no Antigo Regime.  Ocupa a maioria da população europeia.  Está tecnicamente estagnada.  Possui baixa produtividade. 3
  • 4.
    A agricultura doAntigo Regime em Portugal Fraco Técnicas e Terras investimento instrumentos abandonadas e nas terras rudimentares em pousio BAIXA PRODUTIVIDADE Importação de Alimentação géneros fraca alimentares 4
  • 5.
    O comércio triangulareuropeu AMÉRICA Panos EUROPA DO NORTE Sal Tabaco Lisboa Oceano ÁFRICA Atlântico Açúcar Tabaco Prata Ouro Açúcar Tabaco Escravos Oceano Brasil Pacífico AMÉRICA O comércio prosperou no Antigo Regime, o DO SUL que conduziu ao desenvolvimento do capitalismo comercial. 5
  • 6.
    Unidade Tema F:Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII; Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime SUMÁRIO  A sociedade de ordens.  O absolutismo régio. Portugal - a sociedade e o poder; os limites do absolutismo régio. QUESTÕES ORIENTADORAS DE AULA…. Como se caraterizava a sociedade de Antigo Regime? Quais são os fundamentos do Absolutismo régio? 6
  • 7.
    A sociedade deordens Sociedade de ordens Sociedade hierarquizada em estratos sociais denominados ordens CLERO e NOBREZA PRIVILEGIADOS ou estados. No Antigo Regime a sociedade FORTUNA: possuem a dividia-se em clero, maior parte da terra, dos nobreza e povo ou rendimentos… Terceiro Estado, com PRIVILÉGIOS: estavam isentos de base em critérios quase todos os impostos. ligados ao nascimento e ao desempenho de MODO DE VIDA: viviam faustosamente. cargos ou funções. 3.º ESTADO NÃO PRIVILEGIADOS Burguesia FORTUNA: possuíam capitais provenientes dos negócios. A grande burguesia era economicamente poderosa. PRIVILÉGIOS: não tinham. MODO DE VIDA: comerciantes, donos de oficinas… Povo FORTUNA: não tinham. PRIVILÉGIOS: não tinham. MODO DE VIDA: camponeses, artesãos, pescadores – vivem no limiar da subsistência. 7
  • 8.
    A influência dasordens privilegiadas em Portugal Ou Nobreza de Corte: antigas famílias nobres (condes, marqueses, duques) Privilegiados Ou Nobreza de serviços: Magistrados e altos funcionários Não Privilegiados 8
  • 9.
    A sociedade deordens em Portugal Descobre PRIVILEGIADOS CLERO NOBREZA nesta NÃO PRIVILEGIADOS imagem: 3.º ESTADO Burguesia Nobres Povo Clérigos Burgueses Camponeses 9 Dirk Stoop, Vista do Paço Real e do Terreiro do Paço, 2.ª metade do século XVII.
  • 10.
    COMPOSIÇÃO , FUNÇÕESE PRIVILÉGIOS DAS ORDENS SOCIAIS DO ANTIGO REGIME ACTIVIDADES: PRIVILÉGIOS/OBRIGAÇÕES Religião; Posse de terras com privilégios Administração pública; Ensino; (senhorios); Assistência. Recebimento de muitas CLERO rendas; Isenção de grande parte dos ESTRATOS: impostos; Alto Clero (bispos, Justiça própria; abades); Baixo Clero (curas, Uso de títulos. frades) 10
  • 11.
    COMPOSIÇÃO , FUNÇÕESE PRIVILÉGIOS DAS ORDENS SOCIAIS DO ANTIGO REGIME PRIVILÉGIOS/OBRIGAÇÕES ACTIVIDADES: Vida militar; Posse de terras com privilégios Administração pública; (senhorios); Recebimento de muitas ESTRATOS: NOBREZA rendas; Nobreza de espada ou de corte; Isenção de grande parte dos Nobreza de toga ou de impostos; serviços; Nobreza de província Isenções jurídicas (penas ajustadas à sua condição); Uso de títulos; Direito de porte de armas. 11
  • 12.
    COMPOSIÇÃO , FUNÇÕESE PRIVILÉGIOS DAS ORDENS SOCIAIS DO ANTIGO REGIME ACTIVIDADES: PRIVILÉGIOS/OBRIGAÇÕES Profissões liberais; Administração pública; A alta burguesia, sobretudo, é Agricultura, comércio, utilizada pelos monarcas, em indústria. POVO OU luta contra o clero e a nobreza, TERCEIRO ESTRATOS: ESTADO pela centralização do poder real. Mercadores, financeiros; Alguns dos membros da alta Profissões liberais; burguesia são nobilitados. Artesãos; Funcionários Os rurais levam uma vida administrativos; difícil. Rurais; Vagabundos, mendigos 12
  • 13.
    O PODER DIVINODO REI… 13
  • 14.
    O PODER DIVINODO REI… 14
  • 15.
    O PODER DIVINODO REI… Ceptro Coroa Manto Luís XIV “O Rei - Sol” 15
  • 16.
    O Absolutismo O que é o Absolutismo? O rei exerce todos os poderes (absolutismo régio). A soberania provém de Deus (Direito Divino). O clero e a nobreza estão submetidos à vontade do rei. As Cortes raramente reúnem (logo, a Nação não é consultada). A corte é um palco faustoso, festivo e impressionante: os melhores artistas estão ao serviço do rei para fabricarem uma imagem condigna da realeza. Luís XIV (1638-1715) - rei de França (1643-1715) e expoente máximo do Absolutismo. 16
  • 17.
    Absolutismo Régio Regime políticoque esteve em vigor em quase toda a Europa entre os séculos XVI e XVIII (Antigo Regime). É uma forma de poder segundo a qual o poder do régio tem origem divina, em que o rei centraliza em si todos os poderes e os exercia sem limitação ou controlo de qualquer órgão ou poder. Decide a orientação Administra o reino económica do país; através de funcionários nomeados por si; OS PODERES Cunha moeda; DO Publica leis; MONARCA Lança impostos; ABSOLUTO Concede perdões de Comanda o exército; penas; Decide da paz e das Aplica a justiça guerra através dos magistrados nomeados por si 17
  • 18.
    O Absolutismo emPortugal As Cortes praticamente não reuniram durante os seus reinados. O ouro do Brasil permitiu a realização de grandes obras. D. Pedro II (1648-1706) - rei de D. João V (1689-1750) - rei de Portugal (1683-1706). Portugal (1707-1750). 18
  • 19.
    «Um palácio maiordo que o reino»… Palácio-convento de Mafra - mandado construir por D. João V. Um livro que fala do grande convento-palácio. Aqueduto das Águas Livres (Lisboa) - mandado construir no tempo de D. João V. 19
  • 20.
    O funcionamento dopoder político… No passado… No presente… 20
  • 21.
    Unidade Tema F:Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII; Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime SUMÁRIO  A teoria mercantilista. As medidas mercantilistas do Conde da Ericeira em Portugal;  O tratado de Methuen; a falência das medidas mercantilistas. QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA…. O que entendes por Mercantilismo? 21
  • 22.
    O que éo Mercantilismo? Balança comercial deficitária Balança comercial favorável i E  i E  Situação desejada pelo mercantilismo PAÍS A PAÍS B Não produz o suficiente. Produz mais do que o suficiente. Importa (I) mais do que exporta (E). Exporta (E) mais do que importa (I) – vende o excedente. A diferença entre as I e as E é paga em dinheiro – o dinheiro sai do país. A diferença entre as I e as E é paga em dinheiro. O dinheiro entra no país. Balança comercial Conjunto de troca de bens e de serviços que um país realiza com outro num determinado período. A balança comercial é favorável se o valor das exportações for superior ao das importações; é desfavorável no caso contrário. 22
  • 23.
    O que éo Mercantilismo? O mercantilismo defende que um país para ser rico e poderoso deve ter bastante ouro e prata. Por isso, deve: 1. Ter uma balança comercial favorável. Colbert, ministro de Luís XIV (França) foi um acérrimo 2. Produzir os bens de que necessita ou riqueza defensor do mercantilismo. bastante para os adquirir. Manufactura 3. Instalar/apoiar a instalação de manufacturas Modo de produção (subsídios, isenção fiscal, formação) tendo em baseado no fabrico vista essa produção. predominantemente manual e organizado em 4. Aplicar barreiras alfandegárias às importações. unidades de pequena produção. Proteccionismo Medidas económicas adoptadas por um país para favorecer as exportações e reduzir ou proibir as importações (ex: taxas alfandegárias). Essas medidas tinham por objectivo proteger a produção nacional face à concorrência estrangeira. 23
  • 24.
    Mercantilismo Teoria económica que predominou na Europa entre os séculos XVI e XVIII, segundo a qual a riqueza de país se baseava na maior acumulação possível de metais preciosos. Para o conseguir, os governantes favoreciam a produção interna e a exportação e limitavam a importação de produtos. 24
  • 25.
    A crise comercialportuguesa (1670-1692) Factores da crise:  Dificuldade em escoar o açúcar e o tabaco para a Europa (os nossos clientes passaram a produzi-los).  Acumulação de stocks (o que não se vende fica em armazém).  Descida dos preços (como há muita oferta, os preços descem – lei da oferta e da procura). Soluções:  Aplicação de medidas mercantilistas. Conde de Ericeira - nomeado Vedor da Fazenda em 1675, aplicou medidas mercantilistas idênticas às tomadas por Colbert, em França. Acima, o rei D. Pedro II. 25
  • 26.
    As primeiras medidasmercantilistas Quem implantou as primeiras medidas mercantilistas em Portugal? • O Conde da Ericeira (vedor da Fazenda de D. Pedro II). OCEANO ATLÂNTICO Quem as aconselhou? PORTUGAL • Duarte Ribeiro de Macedo (Discurso Sobre a Introdução das Artes no Reino, 1675), que era embaixador em Paris.  ESPANHA Quais as medidas tomadas?  • Pragmáticas – leis que proibiam o uso de tecidos caros importados. • Fomento das manufacturas. •Atribuição de privilégios e empréstimos a estrangeiros que instalassem as suas fábricas em Portugal. 26
  • 27.
    Pragmática contra oluxo (1677) Leis Pragmáticas Leis proteccionistas que proibiam o uso de certos artigos de luxo ou a importação de produtos estrangeiros. 27
  • 28.
    A falência dasprimeiras medidas mercantilistas O mercantilismo português arrancou bem, mas depois falhou. Porquê? • Porque a crise comercial chegou entretanto ao fim (1692). • Porque foram descobertas minas de ouro no Brasil (finais do século XVII) - passou a haver dinheiro para pagar as importações. • Porque muitos produtos das fábricas nacionais eram de fraca qualidade. • Porque Portugal abriu os portos aos produtos ingleses (Tratado de Methuen, 1703), de melhor qualidade e mais baratos. Escravos em mina de ouro brasileira – gravura do século XVIII. 28
  • 29.
    Unidade Tema F:Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII; Sub Tema F 2 – Portugal na Europa do Antigo Regime SUMÁRIO  A arte barroca.  O despotismo pombalino: reforço do Estado e submissão dos grupos privilegiados. O fomento comercial e manufactureiro: promoção da burguesia. O terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa. QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA…. Como sabemos que estamos perante uma obra de arte da época barroca? 29
  • 30.
    A Arte Barroca Introdução Arte • Arquitectura: – Fachadas com linhas curvas, volumes. – Decoração exuberante. • Escultura: – Figuras em atitudes de movimento, sofrimento, paixão. • Pintura: – Figuras em atitudes de movimento, sofrimento, paixão. – Criação de ilusões ópticas. Estilo Barroco Estilo artístico predominantemente na Europa do século XVII até meados do século XVIII. Caracterizou-se pela exuberância das formas e cores, pela assimetria e sensação de movimento. Vamos descobrir estas características nas imagens? 30
  • 31.
    A Arte Barroca Arquitectura Igreja de S. Carlino (Roma) Biblioteca Joanina, Coimbra 31
  • 32.
    A Arte Barroca Arquitectura Palácio e Convento de Mafra (1717-1755), de João Frederico Ludovice, Mafra. Torre dos Clérigos (1732-1750), de Nicolau Nasoni, Porto. 32
  • 33.
    A Arte Barroca Arquitectura Igreja de Santa Madalena da Falperra (Braga) Santuário do Bom Jesus (Braga) 33
  • 34.
    A Arte Barroca Arquitectura Viana do Castelo Igreja de São Francisco - Porto 34
  • 35.
    A Arte Barroca Arquitectura Casa de São Mateus – Vila Real Palácio do Freixo 35
  • 36.
    A Arte Barroca Arquitectura Talha Dourada 36
  • 37.
    A Arte Barroca Arquitectura Trompe d'oeil 37
  • 38.
    A Arte Barroca Arquitectura Características • Grandiosidade • Gosto pelo movimento – fachadas com saliências e reentrâncias; curvas e contra-curvas • Horror ao vazio – os espaços estão decorados de forma exuberante com baixos-relevos, azulejos e a talha dourada 38
  • 39.
    A Arte Barroca Escultura Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), Apolo e Dafne, 1625. Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), O Êxtase de Santa Teresa, 1652, Santa Maria della Vitoria, Roma. 39
  • 40.
    A Arte Barroca Pintura Caravaggio (c. 1572-1610), Crucificação de São Pedro (óleo), 1600-1601, Igreja de Murillo (1618-1682), O Jovem Mendigo (óleo), Santa Maria del Popolo, Roma. c. 1650, Museu do Louvre, Paris, França. 40
  • 41.
    A Arte Barroca Pintura Peter Paul Rubens (1577-1640), O Rapto das Filhas de Leucipo Pinturas de Velásquez (óleo), c. 1618, Alte Pinakothek, Munique, Alemanha. 41
  • 42.
    A Arte Barroca Pintura Pinturas de Murillo 42
  • 43.
    Um Projecto Modernizador:o Despotismo Pombalino QUESTÃO ORIENTADORA DE AULA…. Quem foi Marquês de Pombal? Como governou ele em Portugal? Despotismo Esclarecido Concepção política segundo a qual o rei deveria exercer o poder absoluto, mas orientado pela razão, para o bem do povo. 43
  • 44.
    Reforço do Estado D. José I - rei de Portugal entre 1750 e 1777. Marquês de Pombal - primeiro-ministro de D. José. Fortalecimento do poder do Estado Criação do Erário Régio; Política: Intendência Geral da Polícia; Despotismo esclarecido (despotismo iluminado). Real Mesa Censória; Medidas: Limitação dos poderes da Inquisição. Submissão dos grupos privilegiados (clero e nobreza). 44
  • 45.
    Submissão dos gruposprivilegiados Representação da tentativa de assassínio de D. José (Setembro de 1758). Este atentado desencadeou ferozes perseguições à nobreza e ao clero, acusados de terem planeado o regicídio. 45
  • 46.
    Submissão dos gruposprivilegiados Medidas: Clero: Expulsão dos Jesuítas do país Transformação da Inquisição num Tribunal régio Execução pública dos Marqueses de Távora e do Duque de Aveiro (gravuras de época). Nobreza: Condenação do Duque de Medidas: Aveiro e dos Távoras Clero: – Expulsão dos Jesuítas do país (1759). – Transformação da Inquisição num Tribunal régio. Nobreza: – Condenação do Duque de Aveiro e dos Távoras. 46
  • 47.
    As segundas medidasmercantilistas Depois do falhanço das medidas mercantilistas do Conde de Ericeira… … o Marquês de Pombal retoma o caminho da modernização económica do país. Fomento Comercial e Manufactureiro Regresso às políticas mercantilistas: Criação das Companhias Monopolistas do Comércio; Programa Manufactureiro: criação e apoio de indústrias manufactureiras 47
  • 48.
    Fomento comercial eagrícola ANOS MEDIDAS 1753 Companhia da Ásia Portuguesa. Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão. 1755 Junta do Comércio. 1756 Companhia da Agricultura e das Vinhas do Alto Douro. 1759 Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba. 1773 Companhia das Reais Pescas do Reino do Algarve. Medidas de fomento comercial Medidas de fomento agrícola 48
  • 49.
    Fomento industrial ANOS MEDIDAS 1750 Real Fábrica das Sedas. 1759 Real Fábrica de Chapéus de Tomar. 1766 Fábrica de Cordoaria. Fábrica de Lanifícios de Portalegre. 1771 Fábrica de Vidros da Marinha Grande. Atribuição de privilégios. E ainda... Contratação de técnicos estrangeiros. Aquisição de equipamentos modernos. 49
  • 50.
    Promoção da burguesia Pombal promove a participação da burguesia na economia nacional:  A profissão de comerciante passa a ser considerada uma profissão nobre.  Os letrados marcam presença no aparelho de Estado.  É abolida a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.  Participação nas Companhias Monopolistas; Nova Burguesia Pombalina Jacôme Ratton - industrial e comerciante luso-francês que desenvolveu intensa actividade → Modernização da Economia e no tempo de Pombal. Administração do país 50
  • 51.
    O terramoto de1755 DATA 1 de Novembro de 1755, Dia de Todos os Santos. DURAÇÃO Cerca de 10 minutos. DESCRIÇÃO Abalos de terra, seguidos de incêndios e ondas gigantes... Sismo de magnitude 9 na escala de Richter. N.º DE MORTOS Entre a 10 e 15 mil (há estimativas que apontam para mais). 51
  • 52.
    O urbanismo pombalino Reconstruçãoa cargo de: • Marquês de Pombal • Eugénio dos Santos • Manuel da Maia • Carlos Mardel Planta da cidade reconstruída. Desenho da planta da nova cidade sobre o traçado das ruas antigas. 52
  • 53.
    A cidade comoespelho do poder Estátua de D. José Prédio de fachada Arco do Triunfo estandardizada. Praça do Comércio vista do rio. 53
  • 54.
    A cidade comoespelho do poder URBANISMO O QUE e ARQUITECTURA SIMBOLIZAM? Ruas largas. A ordem e a  Traçado geométrico e rectilíneo. organização racional. Rede de esgotos e saneamento Uniformização dos  A igualdade perante o edifícios: casas semelhantes rei. em altura, largura e fachada.  O Terreiro do Paço deu A ascensão política, lugar à moderna Praça económica e social da do Comércio. burguesia. O Arco de Triunfo da  Rua Augusta e a estátua O poder absoluto do equestre de D. José I no rei. centro da praça. 54
  • 55.
    LISBOA ANTES EDEPOIS DO TERRAMOTO DE 1755… A cidade de Lisboa antes Planta da Baixa Pombalina depois do terramoto de 1755 da reconstrução 55
  • 56.
    E agora completao quadro seguinte relativo à actuação do Marquês de Pombal… MARQUÊS DE POMBAL Acontecimento em que Duas medidas tomadas a se destacou: nível: Económico: Cargo para que foi nomeado:  Social: Duas características da Lisboa pombalina:  Político: Concepção do poder: 56
  • 57.
    Poderias Ser UmRei Absolutista ? O Absolutismo foi o regime político que marcou o Antigo Regime. Um rei considera-se absoluto quando detém nas suas mãos todos os poderes do Estado . Para tal deve conhecer muito bem o seu Reino. Para descobrires se serias um bom rei, responde às seguintes questões e soma a pontuação da seguinte forma: 2 pontos = resposta correcta 1 ponto = resposta incompleta - 1 ponto = resposta errada 57
  • 58.
    Poderias Ser UmRei Absolutista ? Questões: 1.Como se caracteriza a agricultura portuguesa no início do século XVIII ? 2.Que medidas mercantilistas foram implementadas em Portugal pelo Conde da Ericeira? 3.Quais foram as consequências económicas da abundância de ouro vindo do Brasil ? 4.Como estava organizada a sociedade no Antigo Regime ? 5.Quais são as principais características do Absolutismo régio? 6.Quais são as principais características da arte barroca ? 58
  • 59.
    Poderias Ser UmRei Absolutista ? RESULTADO: De 0 a 6 pontos – Nunca serias um bom rei, conheces muito mal o teu reino e a tua época . De 7 a 9 pontos – Talvez pudesses ser um bom rei, mas terias de conhecer melhor o teu reino e a tua época . De 10 a 12 pontos -Sim, conheces bem o teu reino e a tua época, poderias ser um bom rei. 59