SlideShare uma empresa Scribd logo
O Antigo
Regime
A Sociedade do Antigo Regime
Este modelo social estruturou-se
na Península Ibérica nos finais da
era das descobertas e durou até
1789 e às revoluções liberais do
primeiro terço do século XIX.
Se este modelo social foi
moderno no séc. XVI, era arcaico
no XVIII, quando a Inglaterra
iniciou a Revolução industrial.
Luís XIV, o Rei Sol
Ballet de la Nuit ; 1653
Bibliotheque Nationale de Paris
Irmãos Nain
(Louis e Antoine Le Nain)A
A charrette ;1641
Museu do Louvre
A agricultura era ainda a base da economia. O comércio
gerava cada vez mais lucros, mas a maior parte da população
vivia no campo, dedicando-se a uma agricultura de
subsistência. A terra era a base da riqueza e era a posse da
terra que determinava a posição das famílias na pirâmide
social.
Abraham Bloemaert
Paisagem com Camponeses a Descansar
1650; Staatliche Museen, Berlim
A agricultura praticada era arcaica, tecnicamente
atrasada. Usava tecnologia tradicional, produzindo os
produtos de primeira necessidade: cereais, vinho, azeite,
frutos.
A maioria das terras pertencia aos grandes senhores do
clero e da nobreza. Os pequenos proprietários eram
raros. Os camponeses eram rendeiros ou assalariados.
Os produtos ultramarinos
(especiarias, açúcar, chá,
tabaco, algodão, cacau,…)
animavam a vida nas cidades e
enriqueciam a burguesia.
Em França, Colbert, ministro
do rei Luís XIV, desenvolveu
um conjunto de políticas
económicas a que se deu o
nome de mercantilismo.
Claude Lefebvre
Jean-Baptiste Colbert (1619-1683)
Mercantilismo
Ler texto nº 3; p. 97
Manufacturas
Monopólios
Exploração colonial
Taxas alfandegárias
Leis Pragmáticas
A sociedade do Antigo Regime era uma
sociedade de ordens ou estados,
hierarquizada de acordo com as três
grandes funções sociais definidas na
Idade Média: o clero, a nobreza e o
povo.
Sociedade estática, estratificada,
tripartida e sacralizada.
O indivíduo não era considerado em si mesmo, mas como incluído num corpo profissional ou
social.
Cada ordem tem o seu estatuto próprio juridicamente reconhecido, cada corporação tem um
estatuto e uma hierarquia. É um regime organicista de lei particular e de privilégios
consagrados.
Os contrastes sociais são enormes.
Panfleto anónimo
1789
Thomas Gainsborough
Conversa no Parque
c. 1740
Museu do Louvre
Philippe de Champaigne
Cardeal Richelieu
National Gallery, Londres
c. 1637
O clero, juntamente com a nobreza, era
uma classe privilegiada. Eram grandes
proprietários, estavam isentos de
impostos e tinham foro próprio.
Devemos distinguir entre os altos cargos
(arcebispos, bispos , abades) e o baixo
clero formado por párocos e monges.
Dedicavam-se a diversas actividades.
Para além das funções religiosas,
desempenhavam cargos políticos e na
administração do Estado, bem como
tarefas assistenciais e educativas.
Vittore Ghislandi
Retrato de um Nobre
c. 1730
Pinacoteca di Brera, Milão
Os membros do alto clero estavam
frequentemente unidos por laços de
sangue à alta aristocracia.
Os nobres eram grandes proprietários.
Para além das funções militares,
ocupavam rendosos cargos na corte
régia e na administração das possessões
ultramarinas, colhendo frequentemente
proveitosos lucros da actividade
comercial.
Em alguns países, muitos nobres
mantiveram-se na administração dos
seus domínios senhoriais, vivendo nos
seus solares de província.
Com a burocratização do aparelho de
Estado, a nobreza dedicou-se ao
exercício de altos cargos: magistrados,
diplomatas, altos funcionários (nobreza
de toga).
[Abbé E.Siéyès]
O Terceiro Estado era o grupo mais numeroso e
heterogéneo. Era formado por ricos burgueses
(banqueiros, mercadores, letrados) que
frequentemente se tornavam nobres. A média e
pequena burguesia incluía pequenos
proprietários, comerciantes, artesãos e oficiais
administrativos.
Jacques-Louis David
Charles-Pierre Pécoul e esposa
1784
Museu do Louvre
Na base da sociedade encontramos os camponeses jornaleiros e mendigos, vivendo
frequentemente em condições miseráveis.
Louis ou Antoine Le Nain
Família de Camponeses
c. 1640
Museu do Louvre
Nicolas-Martin Petit (1777-1804)
Um Escravo Moçambicano
1807
Principalmente nas colónias das
grandes potências europeias, os
escravos eram transaccionados
como mercadorias.
Do ponto de vista político, o Antigo Regime
caracterizava-se pelo absolutismo régio de
direito divino.
Os reis declaravam-se representantes de Deus
na Terra, concentrando todos os poderes nas
suas mãos. Todos os súbditos lhes prestavam
obediência.
Hyacinth Rigaud
Luís XIV
Os monarcas viviam num ambiente de luxo e ostentação. O poder exibia-se de forma
espectacular e festiva. Luís XIV instalou-se em Versalhes, um enormíssimo palácio rodeado de
belíssimos jardins, cheios de fontes e obras de arte.
1-o-antigo-regime-1212180551132126-9.ppt
1-o-antigo-regime-1212180551132126-9.ppt

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 1-o-antigo-regime-1212180551132126-9.ppt

2º ano revolução francesa - parte 1
2º ano   revolução francesa - parte 12º ano   revolução francesa - parte 1
2º ano revolução francesa - parte 1Daniel Alves Bronstrup
 
REVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESAREVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESAFelipeBicudo1
 
Aula - Revolução Francesa
Aula - Revolução FrancesaAula - Revolução Francesa
Aula - Revolução Francesamarciamcq
 
2013 2o. ano 1o(1)
2013   2o. ano 1o(1)2013   2o. ano 1o(1)
2013 2o. ano 1o(1)Gustavo Cuin
 
Cap. 1 Revolução Francesa
Cap. 1 Revolução Francesa Cap. 1 Revolução Francesa
Cap. 1 Revolução Francesa Laguat
 
2013 2o. ano 1o
2013   2o. ano 1o2013   2o. ano 1o
2013 2o. ano 1oLaguat
 
O antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceçãoO antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceçãoZé Mário
 
Revolução Francesa - Prof. Altair Aguilar
Revolução  Francesa - Prof. Altair AguilarRevolução  Francesa - Prof. Altair Aguilar
Revolução Francesa - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
Magnoliviafinalufaaaaaaaaaaaa
MagnoliviafinalufaaaaaaaaaaaaMagnoliviafinalufaaaaaaaaaaaa
Magnoliviafinalufaaaaaaaaaaaacarolineborba
 
Pre colombianos ate euro XIX
Pre colombianos ate euro XIXPre colombianos ate euro XIX
Pre colombianos ate euro XIXCarlos Glufke
 
Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891
Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891
Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891Joana Alves
 
Apogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismoApogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismoKerol Brombal
 
Da Revolução Francesa a Era de Napoleão Bonaparte
Da Revolução Francesa a Era de Napoleão BonaparteDa Revolução Francesa a Era de Napoleão Bonaparte
Da Revolução Francesa a Era de Napoleão BonaparteDarlene Celestina
 
HCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdf
HCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdfHCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdf
HCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdfsabinachourico
 
Revoluã§ã£o francesa
Revoluã§ã£o francesaRevoluã§ã£o francesa
Revoluã§ã£o francesaalunoitv
 
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.Daniel Alves Bronstrup
 

Semelhante a 1-o-antigo-regime-1212180551132126-9.ppt (20)

2º ano revolução francesa - parte 1
2º ano   revolução francesa - parte 12º ano   revolução francesa - parte 1
2º ano revolução francesa - parte 1
 
REVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESAREVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO FRANCESA
 
Aula - Revolução Francesa
Aula - Revolução FrancesaAula - Revolução Francesa
Aula - Revolução Francesa
 
2ºano - Revolução Francesa
2ºano - Revolução Francesa2ºano - Revolução Francesa
2ºano - Revolução Francesa
 
2013 2o. ano 1o
2013   2o. ano 1o2013   2o. ano 1o
2013 2o. ano 1o
 
2013 2o. ano 1o(1)
2013   2o. ano 1o(1)2013   2o. ano 1o(1)
2013 2o. ano 1o(1)
 
Cap. 1 Revolução Francesa
Cap. 1 Revolução Francesa Cap. 1 Revolução Francesa
Cap. 1 Revolução Francesa
 
2013 2o. ano 1o
2013   2o. ano 1o2013   2o. ano 1o
2013 2o. ano 1o
 
O antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceçãoO antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceção
 
Magnoliviafinalja
MagnoliviafinaljaMagnoliviafinalja
Magnoliviafinalja
 
Revolução Francesa - Prof. Altair Aguilar
Revolução  Francesa - Prof. Altair AguilarRevolução  Francesa - Prof. Altair Aguilar
Revolução Francesa - Prof. Altair Aguilar
 
Magnoliviafinalufaaaaaaaaaaaa
MagnoliviafinalufaaaaaaaaaaaaMagnoliviafinalufaaaaaaaaaaaa
Magnoliviafinalufaaaaaaaaaaaa
 
Pre colombianos ate euro XIX
Pre colombianos ate euro XIXPre colombianos ate euro XIX
Pre colombianos ate euro XIX
 
Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891
Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891
Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555-lva1-app6891
 
Apogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismoApogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismo
 
Da Revolução Francesa a Era de Napoleão Bonaparte
Da Revolução Francesa a Era de Napoleão BonaparteDa Revolução Francesa a Era de Napoleão Bonaparte
Da Revolução Francesa a Era de Napoleão Bonaparte
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
HCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdf
HCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdfHCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdf
HCA- Módulo 6- A Cultura do Palco.pdf
 
Revoluã§ã£o francesa
Revoluã§ã£o francesaRevoluã§ã£o francesa
Revoluã§ã£o francesa
 
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
 

Último

Desastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadessDesastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadessRodrigoGonzlez461291
 
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdfmanual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdfrarakey779
 
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade com a música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade com a música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade com a música Xote da Alegria - FalamansaMary Alvarenga
 
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxSão Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxMartin M Flynn
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfrarakey779
 
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfAS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfssuserbb4ac2
 
Campanha 18 de. Maio laranja dds.pptx
Campanha 18 de.    Maio laranja dds.pptxCampanha 18 de.    Maio laranja dds.pptx
Campanha 18 de. Maio laranja dds.pptxlucioalmeida2702
 
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxAtividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxSolangeWaltre
 
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]ESCRIBA DE CRISTO
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leiteprofesfrancleite
 
Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...
Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...
Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...LuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimentoApresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimentoPedroFerreira53928
 
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdfInstrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdfssuserbb4ac2
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfAndriaNascimento27
 
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisAmérica Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
 
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anosFotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anosbiancaborges0906
 
O QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkkO QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkkLisaneWerlang
 
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptxATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptxmairaviani
 
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdfManual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdfPastor Robson Colaço
 
Evangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdf
Evangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdfEvangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdf
Evangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdfPastor Robson Colaço
 

Último (20)

Desastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadessDesastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadess
 
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdfmanual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
manual-de-introduc3a7c3a3o-ao-direito-25-10-2011.pdf
 
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade com a música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade com a música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
 
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxSão Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
 
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfAS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
 
Campanha 18 de. Maio laranja dds.pptx
Campanha 18 de.    Maio laranja dds.pptxCampanha 18 de.    Maio laranja dds.pptx
Campanha 18 de. Maio laranja dds.pptx
 
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxAtividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
 
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
 
Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...
Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...
Slides Lição 8, Betel, Ordenança para confessar os pecados e perdoar as ofens...
 
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimentoApresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
 
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdfInstrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
 
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisAmérica Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados Nacionais
 
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anosFotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
 
O QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkkO QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O QUINZE.pdf livro lidokkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
 
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptxATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
 
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdfManual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
 
Evangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdf
Evangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdfEvangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdf
Evangelismo e Missões Contemporânea Cristã.pdf
 

1-o-antigo-regime-1212180551132126-9.ppt

  • 2. A Sociedade do Antigo Regime Este modelo social estruturou-se na Península Ibérica nos finais da era das descobertas e durou até 1789 e às revoluções liberais do primeiro terço do século XIX. Se este modelo social foi moderno no séc. XVI, era arcaico no XVIII, quando a Inglaterra iniciou a Revolução industrial. Luís XIV, o Rei Sol Ballet de la Nuit ; 1653 Bibliotheque Nationale de Paris
  • 3. Irmãos Nain (Louis e Antoine Le Nain)A A charrette ;1641 Museu do Louvre A agricultura era ainda a base da economia. O comércio gerava cada vez mais lucros, mas a maior parte da população vivia no campo, dedicando-se a uma agricultura de subsistência. A terra era a base da riqueza e era a posse da terra que determinava a posição das famílias na pirâmide social.
  • 4. Abraham Bloemaert Paisagem com Camponeses a Descansar 1650; Staatliche Museen, Berlim A agricultura praticada era arcaica, tecnicamente atrasada. Usava tecnologia tradicional, produzindo os produtos de primeira necessidade: cereais, vinho, azeite, frutos. A maioria das terras pertencia aos grandes senhores do clero e da nobreza. Os pequenos proprietários eram raros. Os camponeses eram rendeiros ou assalariados.
  • 5. Os produtos ultramarinos (especiarias, açúcar, chá, tabaco, algodão, cacau,…) animavam a vida nas cidades e enriqueciam a burguesia. Em França, Colbert, ministro do rei Luís XIV, desenvolveu um conjunto de políticas económicas a que se deu o nome de mercantilismo. Claude Lefebvre Jean-Baptiste Colbert (1619-1683)
  • 6. Mercantilismo Ler texto nº 3; p. 97 Manufacturas Monopólios Exploração colonial Taxas alfandegárias Leis Pragmáticas
  • 7. A sociedade do Antigo Regime era uma sociedade de ordens ou estados, hierarquizada de acordo com as três grandes funções sociais definidas na Idade Média: o clero, a nobreza e o povo. Sociedade estática, estratificada, tripartida e sacralizada.
  • 8. O indivíduo não era considerado em si mesmo, mas como incluído num corpo profissional ou social. Cada ordem tem o seu estatuto próprio juridicamente reconhecido, cada corporação tem um estatuto e uma hierarquia. É um regime organicista de lei particular e de privilégios consagrados. Os contrastes sociais são enormes. Panfleto anónimo 1789 Thomas Gainsborough Conversa no Parque c. 1740 Museu do Louvre
  • 9. Philippe de Champaigne Cardeal Richelieu National Gallery, Londres c. 1637 O clero, juntamente com a nobreza, era uma classe privilegiada. Eram grandes proprietários, estavam isentos de impostos e tinham foro próprio. Devemos distinguir entre os altos cargos (arcebispos, bispos , abades) e o baixo clero formado por párocos e monges. Dedicavam-se a diversas actividades. Para além das funções religiosas, desempenhavam cargos políticos e na administração do Estado, bem como tarefas assistenciais e educativas.
  • 10. Vittore Ghislandi Retrato de um Nobre c. 1730 Pinacoteca di Brera, Milão Os membros do alto clero estavam frequentemente unidos por laços de sangue à alta aristocracia. Os nobres eram grandes proprietários. Para além das funções militares, ocupavam rendosos cargos na corte régia e na administração das possessões ultramarinas, colhendo frequentemente proveitosos lucros da actividade comercial. Em alguns países, muitos nobres mantiveram-se na administração dos seus domínios senhoriais, vivendo nos seus solares de província. Com a burocratização do aparelho de Estado, a nobreza dedicou-se ao exercício de altos cargos: magistrados, diplomatas, altos funcionários (nobreza de toga).
  • 11. [Abbé E.Siéyès] O Terceiro Estado era o grupo mais numeroso e heterogéneo. Era formado por ricos burgueses (banqueiros, mercadores, letrados) que frequentemente se tornavam nobres. A média e pequena burguesia incluía pequenos proprietários, comerciantes, artesãos e oficiais administrativos. Jacques-Louis David Charles-Pierre Pécoul e esposa 1784 Museu do Louvre
  • 12. Na base da sociedade encontramos os camponeses jornaleiros e mendigos, vivendo frequentemente em condições miseráveis. Louis ou Antoine Le Nain Família de Camponeses c. 1640 Museu do Louvre
  • 13. Nicolas-Martin Petit (1777-1804) Um Escravo Moçambicano 1807 Principalmente nas colónias das grandes potências europeias, os escravos eram transaccionados como mercadorias.
  • 14. Do ponto de vista político, o Antigo Regime caracterizava-se pelo absolutismo régio de direito divino. Os reis declaravam-se representantes de Deus na Terra, concentrando todos os poderes nas suas mãos. Todos os súbditos lhes prestavam obediência. Hyacinth Rigaud Luís XIV
  • 15. Os monarcas viviam num ambiente de luxo e ostentação. O poder exibia-se de forma espectacular e festiva. Luís XIV instalou-se em Versalhes, um enormíssimo palácio rodeado de belíssimos jardins, cheios de fontes e obras de arte.