2. O que é método?
• É a ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um certo fim desejado.
• É o conjunto de processos empregados na investigação e na
demonstração da verdade. O uso adequado dos caminhos da
investigação, exclui o acaso.
• O método não é um modelo, fórmula ou receita que, uma vez
aplicada, colhe sem margem de erro, os resultados desejados. É
apenas um conjunto ordenado de procedimentos que se
mostrará eficientes, ao longo da história, na busca do saber.
• O método científico segue o caminho da dúvida sistemática,
metódica, que não se confunde com a dúvida dos céticos cuja
solução é impossível. Portanto, deve ser aplicado de forma
positiva, ou seja, preocupar-se com o que é e não com o que se
pensa que deve ser.
3. Método e técnica de pesquisa
• MÉTODO: Conjunto de diversas etapas ou
passos que devem ser dados para a realização
da pesquisa.
• O método tem como fim disciplinar o espírito,
excluir de suas investigações o capricho e o
acaso, adaptar o esforço a empregar segundo
as exigências do objeto, determinar os meios
de investigação e a ordem da pesquisa. Ele é,
pois, fator de segurança e economia.
“O método estabelece o que fazer.”
4. • Toda investigação nasce de um problema observado ou
sentido, de tal modo que não pode prosseguir a menos que
se faça uma seleção da matéria a ser tratada. Essa
seleção requer alguma hipótese ou pressuposição que vai
orientar e, ao mesmo tempo, delimitar o assunto a ser
investigado.
• O método científico aproveita a observação, a descrição, a
comparação, a análise e a síntese, além dos processos
mentais da dedução e da indução, em virtude das
exigências unicamente lógicas e racionais, com a finalidade
de interpretar a realidade quanto a sua origem, natureza
profunda, destino e significado no contexto geral.
• Os objetivos de investigação determinam o tipo de método a
ser empregado. Esses métodos empregam técnicas que
podem ser específicas a si ou comuns aos métodos.
5. Método de Francis Bacon:
– Experimentação: realização de experimentos acerca dos
problemas para observar e registrar todas as informações
(indução);
– Formulação de hipóteses: tendo por base os experimentos e
análise dos resultados obtidos, as hipóteses procuram explicar a
relação causal entre os fatos;
– Repetição: os experimentos devem ser repetidos em outros
lugares ou outros pesquisadores, para acumular dados que
formularão hipóteses;
– Testagem das hipóteses: por intermédio das repetições, testam-
se as hipóteses, procurando obter novos dados e evidências que
os confirmem;
– Formulação de generalização e leis: desde que se tenha
percorrido todas as fases anteriores, formula a ou as leis que
descobriu, fundamentado nas experiências que obteve,
generaliza suas explicações para todos os fenômenos da mesma
espécie.
6. Método de Descartes:
– Evidência: não acolher jamais como verdadeira uma
coisa que não se reconheça evidentemente como tal,
não incluir juízos, senão aquilo que se apresenta com tal
clareza que torne impossível a dúvida;
– Análise: dividir cada uma das dificuldades em tantas
partes quantas forem necessárias para melhor resolvê-
las (dedução);
– Síntese: conduzir ordenadamente os pensamentos,
começando com os objetos mais simples e mais fáceis
de conhecer, para subir, em seguida, a sequência de
dificuldades;
– Enumeração: realizar enumerações tão cuidadosas e
revisões tão gerais que se possa ter certeza de nada
haver omitido.
7. Concepção atual de Método:
• Descobrimento do problema ou lacuna no conjunto de
conhecimento;
• Colocação precisa do problema: delimitação;
• Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao
problema: seleção de conhecimentos para tentar resolver o
problema (instrumentos da ciência: conceitos, leis, teorias...);
• Tentativa de solução do problema: com auxílio dos meios
identificados;
• Invenção de novas idéias: apresentação de hipóteses, teorias ou
técnicas que prometam resolver o problema;
• Investigação das consequências da solução obtida: trata-se
dos prognósticos que podem ser feitos, ou seja, análise das
consequências da investigação.
• Prova ou comprovação da solução: confronto da solução com a
totalidade das teorias. Se o resultado é satisfatório, a pesquisa é
dada como concluída, até novo aviso, do contrário...
• Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados
empregados na solução incorreta, ou seja, começo de um novo
ciclo de investigações.
8. • O método concretiza-se como o
conjunto das diversas etapas ou
passos que devem ser seguidos para
a realização da pesquisa e que
configuram as técnicas.
9. O que são técnicas?
• Por método se entende o dispositivo ordenado, o
procedimento sistemático, em plano geral. A técnica, por sua
vez, é a aplicação do plano metodológico e a forma especial
de o executar.
• A técnica está subordinada ao método, sendo sua auxiliar
imprescindível.
• As técnicas são procedimentos científicos utilizados por uma
ciência determinada no quadro das pesquisas. Assim, há
técnicas associadas ao uso de certos testes em laboratório,
ao levantamento de opinião de massas, à coleta de dados
estatísticos, há técnicas para construir uma entrevista, etc.
• O conjunto dessas técnicas gerais constitui o método.
10. Método e técnica de pesquisa
TÉCNICA - conjunto de procedimentos
ou processos de uma ciência, nas
diversas etapas do método.
“A técnica estabelece o como fazer”.
11. Fases da
Estuda, descreve, investigação
explica, interpreta,
compreende e
avalia.
Conhecer
processos
Agir e
intervir
Ciência metodologia métodos na
realidade
técnicas
Forma especial de Caminho de
conhecimento da como chegar a
realidade. Não é um fim, desde
produto de um análise mental do O que fazer
processo técnico, problema à para
mas do espírito organização de desenvolver a
humano atividades para investigação
chegar ao fim
12. • Há técnicas suficientemente gerais
para se tornarem procedimentos,
aplicações científicas ou operações
comuns à todas as áreas das ciências,
em qualquer tipo de pesquisa: a
observação, a descrição, a
comparação, a análise e a síntese.
13. Finalidades das técnicas de observação,
descrição, comparação, análise e síntese
• Formular questões ou propor problemas e levantar
soluções;
• Efetuar observações e medidas;
• Registrar tão cuidadosamente quanto possível os dados
observados com o intuito de responder às perguntas
formuladas ou comprovar a hipótese levantada;
• Elaborar explicações ou rever conclusões, idéias ou
opiniões que estejam em desacordo com as observações
ou com as respostas resultantes;
• Generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos
os casos que envolvem condições similares;
• Prever, isto é antecipar que, dadas certas condições, é de
esperar que surjam certas relações.
14. Observação
• Observar é aplicar atentamente os
sentidos físicos a um objeto para dele
obter um conhecimento claro e preciso.
• Sem a observação, o estudo da realidade
e de suas leis seria reduzido à simples
conjectura e adivinhação.
15. Tipos de Observação (31)
• Observação assistemática: espontânea, não existe
planejamento e controle previamente elaborados;
• Observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em
condições controladas para corresponder aos propósitos pré-
estabelecidos (controla tempo e periodicidade);
• Observação não-participante: o pesquisador presencia o
fato, mas não participa.
• Observação participante: o pesquisador presencia o fato, se
envolve ou deixa-se envolver com o objeto da observação.
• Observação individual: realizada por um pesquisador.
• Observação em equipe: é realizada por um grupo de
pesquisadores.
16. Descrição
• É o registro cuidadoso, preciso, exato e completo dos
resultados da observação.
• É a habilidade de fazer com que o outro veja
exatamente aquilo que o pesquisador observou. Deve
ser suficientemente precisa.
• É a apresentação metodologicamente de cada passo
dado na pesquisa, de forma que permita a qualquer
outro pesquisador, sua a replicação, ou seja, a obtenção
dos mesmos resultados da pesquisa, orientando-se
pelos mesmos métodos e técnicas empregados.
17. Comparação
• É a técnica científica aplicável sempre que houver dois
ou mais termos com as mesmas propriedades gerais ou
características particulares.
• Da comparação importa abstrair as semelhanças e
destacar as diferenças do que está sendo pesquisado.
• Na técnica da comparação, está implícita a realização
da análise e da síntese, de forma que seja possível
identificar as propriedades gerais e as características
particulares de cada um dos termos comparados.
18. Análise e síntese
• A análise é uma operação mental e por vezes prática
(laboratorial), que consiste na decomposição de um todo
em quantas partes forem possíveis, para compreender o
objeto da pesquisa.
– Parte-se do mais complexo (todo) para o menos
complexo (suas partes).
• A síntese é a reconstituição do todo pela reunião das
partes decompostas para análise.
– Parte-se do mais simples (partes) para o menos
simples (todo).
19. Análise e síntese
• Devido a complexidade dos objetos e a limitação da
inteligência humana, há a necessidade de analisar e
dividir as dificuldades para melhor resolvê-las.
• Sem a análise, todo conhecimento é confuso e
superficial; sem a síntese, é fatalmente incompleto.
• O conhecimento de um objeto não se limita ao
conhecimento minucioso de suas diversas partes; deve-
se ainda saber o lugar que ele tem no conjunto e a parte
que toma na ação global. Por isso, à análise deve
seguir-se a síntese.
20. Análise e síntese: características
científicas
• A análise deve penetrar, o tanto quanto possível, nos
elementos simples e irredutíveis, e a síntese deve partir
dos elementos separados pela análise, sem omitir
nenhum, para reconstituir o composto total.
• A análise e a síntese devem proceder gradualmente e
sem omitir intermediários. Nada deve ser omitido na
análise para que nada tenha que ser suposto na síntese.
A síntese só terá validade se não houver nenhuma
lacuna na análise.
• A análise é divisão. A síntese é adição. A análise deve
preceder a síntese.
21.
22. Aplicações estatísticas
• A noção sobre os instrumentos de estatística é
importante ao pesquisador, visto que lhe
permite apresentar um grande quantidade de
dados e informações, por meio de quadros e
gráficos estatísticos.
• A investigação, porém, não deve se ater apenas
a coleta de dados. Apresentando tabelas e
gráficos estatísticos, é imprescindível que os
dados codificados (decifrados) sejam analisados
e interpretados pelo pesquisador.
23. Aplicações estatísticas
• Para trabalhar com dados quantitativos, deve-se ter o
cuidado na definição de categorias de dados e das
variáveis que importam coletar.
• A definição precisa das variáveis serão determinantes
quanto às possibilidades de análise, comparação e
experimentação, interferindo nos resultados da
pesquisa.
• A função principal dos índices, quadros e gráficos
estatísticos é concentrar e simplificar as informações,
aproximando-as a fim de facilitar as comparações,
análises e interpretações.