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OS PROCESSOS METODOLÓGICOS DA
PESQUISA CIENTÍFICA: PAPER
Diego Fellipe da Silva Queiroz
Josevany Soares
Max William Moreira de Carvalho
Roldiner Rodrigo Costa da Silva
Professor-Tutor Externo: Geferson Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI VI
Gestão de Tecnologia da Informação (GTI 173) – Seminário Interdisciplinar I
18/06/17
RESUMO
Os trabalhos científicos possuem um conjunto de normas e regras a serem seguidos e
objetivam comunicar uma observação ou uma idéia a um grupo de indivíduos potencialmente
interessados. Esses indivíduos podem então fazer uso da observação ou fazer avançar a ideia
mediante as suas próprias observações. Neste trabalho mostraremos os procedimentos
metodológicos da pesquisa científica objetivando a análise dos processos para a elaboração
de um paper. Foram estudados os processos metodológicos da pesquisa científica,
compreendendo seis passos de investigação: escolha de um tema, formulação de problema,
construção de hipóteses, coleta de dados, análise e interpretação de dados e conclusão do
resultado da pesquisa. Analisamos o conceito de Paper e sua estrutura para publicação
impressa e seus elementos. A prática desenvolvida foi a de cunho documental, realizando a
pesquisa em bibliotecas públicas, arquivos digitais e consultando arquivos de diferentes
tipos. Cada etapa foi realizada dentro do cronograma estipulado, obedecendo a orientação,
os estudos preliminares, o planejamento, a execução e a análise. O conhecimento dos
métodos auxiliaram na elaboração do trabalho científico, fornecendo para os acadêmicos
uma melhor compreensão sobre sua natureza e objetivos, podendo auxiliar para melhorar a
produtividade e a qualidade do trabalho. Conforme a organização do grupo, realizamos a
busca do material, efetuamos anotações, ordenamos e analisamos as anotações pra
iniciarmos o desenvolvimento do trabalho. Foram analisados autores que se fundamentam no
referencial crítico-dialético e apresentam reflexões sobre legitimação da pesquisa científica,
tais como: Lakatos e Marconi (2003), Gil (2002), Neto (2002) e sites relacionados ao tema.
Palavras-chave: Procedimentos metodológicos. Pesquisa Científica. Paper.
1 INTRODUÇÃO
Toda pesquisa deve ser trabalhada baseada em uma metodologia que norteará o
pesquisador quanto às decisões e caminhos que serão tomados na elaboração do trabalho
científico. Portanto, este esclarecimento é base para que outros pesquisadores sigam os passos
trilhados e possam aprimorar ou mesmo identificar erros e impropriedades. Partindo dessa
premissa, o trabalho apresentado objetiva analisar, identificar e utilizar os procedimentos
metodológicos da pesquisa científica, buscando a compreensão de seus processos sistemáticos
na construção de um paper. Primeiramente buscou-se informar o que é o processo pedagógico
e a sua função na construção da pesquisa científica e definir as etapas de investigação de uma
pesquisa.
Em continuidade buscamos o conceito de paper, discutindo seu propósito e suas
fundamentações. A relevância deste trabalho está voltada para a realidade de haver
desconhecimento, por parte de acadêmicos, como este sendo um instrumento pedagógico,
contribuindo para o processo ensino-aprendizagem e apresenta os passo metodológicos para a
produção de documentos com a característica de paper. Entendemos que cada trabalho
científico, a seu modo, atua na produção de conhecimentos, constituindo uma oportunidade
para integrar alunas e alunos em projetos e grupos de pesquisas, sob a coordenação de
professores e professoras.
Durante a construção e organização deste trabalho foi feito um levantamento
bibliográfico de conhecimento científico e utilizou-se, também, artigos e trabalhos científicos
publicados em livros e revistas especializados na internet.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 PROCESSO METODOLÓGICO
Os procedimentos metodológicos têm por objetivo guiar o pesquisador no caminho que
será percorrido durante a pesquisa, na qual ele buscará mostrar a relação da teoria com a
prática. Procedimento é o modo como algo é executado, ou seja, a maneira como é feito o
processo de determinada coisa.Através dele você descreve como fazer, o tipo de pesquisa vai
estar trabalhando, quais instrumentos serão utilizados para coletar e interpretar os dados que
te ajudarão na solução do problema.
O proceder metodológico (LOPES et al., 2006), representa a escolha do método
(dedutivo, indutivo, etc.), das tipologias de pesquisa, podendo ser: pesquisa experimental,
teórica, exploratória, explicativa, bibliográfica, documental, qualitativa, quantitativa, etc., bem
como das técnicas de pesquisa a serem utilizadas (questionário, entrevista, formulário, painel,
observação, documentos, etc.).
2.2 PESQUISA CIENTÍFICA
Para Ander-Agg (apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 155), a pesquisa é “um
procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou
dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”. É um procedimento formal,
com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no
caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. A Pesquisa Científica
envolve procedimentos racionais e sistemáticos. Com esses procedimentos objetiva-se obter
respostas para os problemas de pesquisa.
Para que a pesquisa seja considerada científica, ela terá que apresentar um conjuntos de
métodos e técnicas denominados Metodologia Científica. Caso isso não ocorra haverá
problemas na hora da defesa do trabalho. Esse é um dos aspectos fundamentais que a banca
avaliadora analisa ao ler o trabalho e verificar o que está sendo dito pelo autor da pesquisa.
O desenvolvimento de uma pesquisa compreende seis passos de investigação:
2.2.1 Escolha do tema para investigação
Tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. Escolher o tema significa ter que
selecionar um assunto de acordo com as inclinações, possibilidades, aptidões e tendências do
pesquisador e encontrar um objeto que mereça ser investigado cientificamente.
Conforme Severino (2007) o tema deve refletir uma tentativa de resolver um
problema que se coloca diante do pesquisador. Ele deve ser preciso, bem determinado e
específico. Nessa escolha deve-se responder a pergunta: “O que será explorado?”. É
importante que o tema aborde um tema relevante para a área de formação do pesquisador e
pensar sempre qual é a relevância do tema a ser tratado para a área de formação. Outro ponto
importante na escolha do tema é que o pesquisador sinta afinidade com o tema a ser
desenvolvido. Não adianta pesquisar sobre algo que você não tem interesse, pois é esse
interesse que vai garantir a motivação desde o início até a finalização do trabalho.
2.2.2 Formulação do problema.
Problema é uma dificuldade, teórica ou prática, para a qual se deve buscar uma solução.
Definir um problema significa especificá-lo em detalhes precisos e exatos. Faz-se necessário
que o pesquisador tenha a clara ideia do problema que deseja resolver, pois caso contrário sua
pesquisa ficará sem direcionamento à efetivação dos resultados que se almeja obter. O
problema deve ser formulado, de preferência em forma interrogativa (O que? Como?). Outro
aspecto que também deve ser levado em consideração é que o problema não surge do nada,
mas sim como fruto de leitura e/ou observação do que se pretende pesquisar. Severino (2007)
aponta que “esta etapa pode iniciar-se com uma apresentação em que se coloca
inicialmente a gênese do problema, ou seja, como o autor chegou a ele, explicitando-
se os motivos mais relevantes que levaram à abordagem do assunto [...]”.
O problema pode tomar diferentes formas, de acordo com o objetivo do trabalho. Pode
ser entendido como uma questão que desperta interesse e curiosidade, cujas informações
parecem não ser suficientes para a solução. O problema constitui o elemento fundamental
para um projeto de pesquisa. Se não houver uma pergunta, não haverá projeto de pesquisa. Se
houver duas perguntas, em consequência, haverá dois projetos de pesquisa. A determinação
do problema é essencial.
2.2.3 Construção de hipóteses de trabalho
Hipótese é uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta
existente para um problema, suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. É uma suposição
que antecede a constatação de dos fatos e tem como característica uma formulação provisória.
É função da hipótese propor explicações para certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca
de outras informações. Para Gil (2002), a hipótese é a tentativa de oferecer uma solução
possível mediante uma proposição, ou seja, uma expressão verbal suscetível de ser declarada
verdadeira ou falsa. Em resumo, uma hipótese de trabalho deve ser: uma afirmação; simples;
sujeita à negação.
A utilização de uma hipótese é necessária para que a pesquisa apresente resultados úteis,
ou seja, atinja níveis de interpretação mais altos. Praticamente não há regras para a
formulação de hipóteses de trabalho de pesquisa científica, mas é necessário que haja
embasamento teórico e que ela seja formulada de tal maneira que possa servir de guia na
tarefa da investigação.
2.2.4 Coleta dos dados
Esta é a etapa que em que se inicia a aplicação dos instrumentos e das técnicas
selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos. É uma tarefa cansativa e sempre
requer mais tempo do que o esperado. Exige paciência, esforço pessoal e cuidadoso registro
dos dados. Segundo Fachin (2006) coleta de dados é o conjunto de preceitos ou processos
utilizados por uma ciência ou arte para atingir um objetivo, dentro de um planejamento.
Outro aspecto importante é o entrosamento das tarefas organizacionais e administrativas
com as científicas, obedecendo aos prazos estipulados, aos orçamentos previstos e ao preparo
do pessoal. O rigor na aplicação dos instrumentos de pesquisa é fator fundamental para evitar
erros e defeitos resultantes de entrevistadores inexperientes ou informantes tendenciosos. Os
procedimentos variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em
linhas gerais, as técnicas de coleta de dados na pesquisa são: Coleta Documental; Medidas de
Opiniões e de Atitudes; Observação; Técnicas Mercadológicas; Entrevista; Testes;
Questionário; Sociometria; Formulário; Análise de Conteúdo; História de vida.
Após a coleta dos dados, eles são elaborados e classificados de forma sistemática. Antes
da análise e interpretação , os dados devem seguir os seguintes passos: seleção, codificação,
tabulação. O objetivo dessa organização sistemática é possibilitar respostas, explicações ao
problema de investigação.
2.2.5 Análise e interpretação dos dados
Análise e interpretação são dias atividades distintas, mas estreitamente relacionadas,
constituindo-se no núcleo central da pesquisa.
Análise é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e
outros fatores. A elaboração da análise (ou explicação) é realizada em três níveis:
a) Interpretação – Verifica a relação entre as variáveis, a fim de ampliar os
conhecimentos sobre o fenômeno.
b) Explicação – Esclarece a origem da variável.
c) Especificação – Explicita até que ponto as relações entre as variáveis são
válidas (como, onde e quando).
Na análise (LAKATOS, 2003) o pesquisador procura estabelecer as relações necessárias
entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas. Esta análise é essencial para que o pesquisador
organize todo o material coletado durante a pesquisa, para posteriormente analisá-los com maior
profundidade.
Interpretação é a atividade que procura dar um significado mais amplo às respostas.
Significa expor o verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objetivos
propostos e ao tema. Mesmo com dados válidos, é a eficácia da análise e da interpretação que
determinará o valor da pesquisa. Segundo Marconi e Lakatos (2003), a interpretação é a
exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objetivos
propostos e ao tema.
2.2.6 Conclusões do resultado da pesquisa
Essa última fase do planejamento e organização da pesquisa explicita os resultados
finais e de relevância. É uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado,
interpretado, comentado e explicitado com precisão e clareza.
Em geral, não se restringe a simples conceitos pessoais, mas apresenta raciocínio sobre
o resultado, evidenciando os aspectos válidos e aplicáveis.
Segundo Máttar Neto (2002), é a parte onde se apresentam considerações apoiadas no
desenvolvimento. A conclusão não deve introduzir dados novos, mas reorganizar as
informações e interpretações discutidas durante o desenvolvimento do texto, de forma a ter
um papel de fechamento.
3 PAPER: INSTRUMENTO PEDAGÓGICO
O Paper é uma modalidade pouco utilizada nas instituições de ensino superior para
avaliar seus estudantes no tocante da pesquisa científica, mas algumas instituições pedem esse
tipo de trabalho. O Paper é um pequeno artigo científico a respeito de um tema pré-
determinado. Sua elaboração consiste na discussão e divulgação de idéias, fatos, situações,
métodos, técnicas, processos ou resultados de pesquisas científicas (bibliográfica, documental,
experimental ou de campo), relacionadas a assuntos pertinentes a uma área de estudo.
Para Medeiros (2004, p. 254), um paper é o desenvolvimento de um ponto de vista
acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos em forma
original. Para Roth (1994, p. 02 apud MEDEIROS, 2008, p. 213), paper é um documento que
se baseia em pesquisa bibliográfica e em descobertas pessoais. Caso o autor apenas tenha
compilado informações sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto de seu
trabalho será um relatório.
3.1 ESTRUTURA DO PAPER
Para que o conteúdo do paper seja bem trabalhado e fundamentado sugere-se que o
mesmo tenha entre 8 e 10 páginas. Como o paper deve ser sempre fundamentado
cientificamente, deve-se utilizar no mínimo 3 autores na pesquisa. Antes de começar a
escrever o artigo, é preciso que o autor primeiro reúna as informações e conhecimentos
necessários por meio de livros, artigos e outros documentos de valor científico. Em seguida,
deve-se organizar um roteiro básico das ideias, iniciando com a apresentação geral do assunto
e dos propósitos do trabalho, seguidos da indicação das partes principais do tema e suas
subdivisões e, por fim, destacando os aspectos a serem enfatizados no trabalho. Conforme
especificado na NBR 6022:2003 da ABNT, a estrutura do paper é composta de elementos
pré-textuais, textuais e pós-textuais. Dentre os elementos pré-textuais não serão exigidos capa,
folha de rosto e sumário, mas serão exigidos os seguintes: título e subtítulo (se houver), nome
do autor, resumo e palavras-chave. O resumo deve ter o título alinhado à esquerda, digitado
com letras maiúsculas, sem destaque. As palavras-chave, são separadas do texto por um
espaço simples e,separadas entre si,por ponto, conforme especifica a NBR 6028: 2002 da
ABNT. Os elementos textuais são a introdução, o desenvolvimento e as considerações finais.
A introdução, conforme especifica a NBR 14724: 2011da ABNT recebe a numeração
correspondente ao primeiro tópico do texto, é digitado com letras maiúsculas e em negrito,
deve apresentar uma visão geral do que é o trabalho. O desenvolvimento é escrito logo após a
introdução, tendo-se o cuidado de enumerar os itens e subitens, segundo a NBR 6024:2012 da
ABNT. As considerações finais seguem logo após o último tópico do desenvolvimento. Deve
conter as informações que vão concluir o argumento, corresponde a dedução lógica do
assunto, deve responder ao objetivo do estudo de modo breve, objetivo e sintético, bem como
as limitações do estudo. Os elementos pós-textuais compreendem as referências, as notas, o
glossário, apêndices e anexos.
3.2 ESTRUTURA GRÁFICA
A configuração da página é: margens superior e esquerda 3 cm; margens inferior e
direta 3 cm. O parágrafo deve ter as seguintes dimensões: 1,25 cm na primeira linha, 1,5 cm
entre linhas, com exceção do resumo que não possui recuo na primeira linha e utiliza
espaçamento simples. A fonte a ser utilizada é Arial ou Times New Roman, tamanho12,
exceto para as citações longas, notas de rodapé, quadros e tabelas que devem ser digitados em
tamanho 10, conforme normas específicas. A paginação deve ser feita conforme especificado
na NBR 14724: 2011 da ABNT, no canto superior direito da folha em fonte tamanho 10. A
impressão deve ser feita em papel A4, cor branca.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O entendimento dos diferentes tipos de estudos científicos e suas classificações são
fundamentais para que obtenha resultado satisfatório ao final de uma pesquisa. Este estudo
buscou a compreensão dos processos metodológicos na elaboração do paper, enfatizando as
etapas de construção da pesquisa científica. Concluiu-se que sua estrutura não se diferencia
em muito de outros trabalhos científicos e são utilizados como avaliação de trabalho final de
disciplinas de Cursos de Especialização, de Mestrado e de Doutorado, apresentações em
congressos e publicações periódicas, contribuindo para o processo ensino-aprendizagem, haja
vista sendo um procedimento didático-metodológico.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa.4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
NETO, João Augusto Máttar . Metodologia Científica na era da Informática. 3.ed. São Paulo:
Saraiva, 2002.
LOPES, Jorge et al. O fazer do trabalho científico em ciências sociais aplicadas. Recife:
Universitária da UFPE, 2006.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23ª ed. rev. e atual. São
Paulo: Cortez, 2007.
FACHIN, O. Fundamentos de Metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
BEUREN, Ilse Maria et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e
prática. São Paulo: Atlas, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724, apresentação de
trabalhos acadêmicos: procedimento. Rio de Janeiro, 2011.
_____. NBR 6022, apresentação de artigo científico: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
_____. NBR 6028, apresentação de resumos: procedimentos. Rio de janeiro, 2002.
_____. NBR 6024, apresentação de numeração progressiva das seções em documentos:
procedimento. Rio de Janeiro, 2012.
tccnasnormasdaabnt.com.br/comunicação-cientifica-paper/
www.ebah.com.br/content/ABAAAfgyIAA/paper-trabalho-cientifico

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Os processos metodológicos da pesquisa científica

  • 1. OS PROCESSOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA CIENTÍFICA: PAPER Diego Fellipe da Silva Queiroz Josevany Soares Max William Moreira de Carvalho Roldiner Rodrigo Costa da Silva Professor-Tutor Externo: Geferson Oliveira Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI VI Gestão de Tecnologia da Informação (GTI 173) – Seminário Interdisciplinar I 18/06/17 RESUMO Os trabalhos científicos possuem um conjunto de normas e regras a serem seguidos e objetivam comunicar uma observação ou uma idéia a um grupo de indivíduos potencialmente interessados. Esses indivíduos podem então fazer uso da observação ou fazer avançar a ideia mediante as suas próprias observações. Neste trabalho mostraremos os procedimentos metodológicos da pesquisa científica objetivando a análise dos processos para a elaboração de um paper. Foram estudados os processos metodológicos da pesquisa científica, compreendendo seis passos de investigação: escolha de um tema, formulação de problema, construção de hipóteses, coleta de dados, análise e interpretação de dados e conclusão do resultado da pesquisa. Analisamos o conceito de Paper e sua estrutura para publicação impressa e seus elementos. A prática desenvolvida foi a de cunho documental, realizando a pesquisa em bibliotecas públicas, arquivos digitais e consultando arquivos de diferentes tipos. Cada etapa foi realizada dentro do cronograma estipulado, obedecendo a orientação, os estudos preliminares, o planejamento, a execução e a análise. O conhecimento dos métodos auxiliaram na elaboração do trabalho científico, fornecendo para os acadêmicos uma melhor compreensão sobre sua natureza e objetivos, podendo auxiliar para melhorar a produtividade e a qualidade do trabalho. Conforme a organização do grupo, realizamos a busca do material, efetuamos anotações, ordenamos e analisamos as anotações pra iniciarmos o desenvolvimento do trabalho. Foram analisados autores que se fundamentam no referencial crítico-dialético e apresentam reflexões sobre legitimação da pesquisa científica, tais como: Lakatos e Marconi (2003), Gil (2002), Neto (2002) e sites relacionados ao tema. Palavras-chave: Procedimentos metodológicos. Pesquisa Científica. Paper. 1 INTRODUÇÃO Toda pesquisa deve ser trabalhada baseada em uma metodologia que norteará o pesquisador quanto às decisões e caminhos que serão tomados na elaboração do trabalho científico. Portanto, este esclarecimento é base para que outros pesquisadores sigam os passos
  • 2. trilhados e possam aprimorar ou mesmo identificar erros e impropriedades. Partindo dessa premissa, o trabalho apresentado objetiva analisar, identificar e utilizar os procedimentos metodológicos da pesquisa científica, buscando a compreensão de seus processos sistemáticos na construção de um paper. Primeiramente buscou-se informar o que é o processo pedagógico e a sua função na construção da pesquisa científica e definir as etapas de investigação de uma pesquisa. Em continuidade buscamos o conceito de paper, discutindo seu propósito e suas fundamentações. A relevância deste trabalho está voltada para a realidade de haver desconhecimento, por parte de acadêmicos, como este sendo um instrumento pedagógico, contribuindo para o processo ensino-aprendizagem e apresenta os passo metodológicos para a produção de documentos com a característica de paper. Entendemos que cada trabalho científico, a seu modo, atua na produção de conhecimentos, constituindo uma oportunidade para integrar alunas e alunos em projetos e grupos de pesquisas, sob a coordenação de professores e professoras. Durante a construção e organização deste trabalho foi feito um levantamento bibliográfico de conhecimento científico e utilizou-se, também, artigos e trabalhos científicos publicados em livros e revistas especializados na internet. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 PROCESSO METODOLÓGICO Os procedimentos metodológicos têm por objetivo guiar o pesquisador no caminho que será percorrido durante a pesquisa, na qual ele buscará mostrar a relação da teoria com a prática. Procedimento é o modo como algo é executado, ou seja, a maneira como é feito o processo de determinada coisa.Através dele você descreve como fazer, o tipo de pesquisa vai estar trabalhando, quais instrumentos serão utilizados para coletar e interpretar os dados que te ajudarão na solução do problema. O proceder metodológico (LOPES et al., 2006), representa a escolha do método (dedutivo, indutivo, etc.), das tipologias de pesquisa, podendo ser: pesquisa experimental, teórica, exploratória, explicativa, bibliográfica, documental, qualitativa, quantitativa, etc., bem
  • 3. como das técnicas de pesquisa a serem utilizadas (questionário, entrevista, formulário, painel, observação, documentos, etc.). 2.2 PESQUISA CIENTÍFICA Para Ander-Agg (apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 155), a pesquisa é “um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”. É um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. A Pesquisa Científica envolve procedimentos racionais e sistemáticos. Com esses procedimentos objetiva-se obter respostas para os problemas de pesquisa. Para que a pesquisa seja considerada científica, ela terá que apresentar um conjuntos de métodos e técnicas denominados Metodologia Científica. Caso isso não ocorra haverá problemas na hora da defesa do trabalho. Esse é um dos aspectos fundamentais que a banca avaliadora analisa ao ler o trabalho e verificar o que está sendo dito pelo autor da pesquisa. O desenvolvimento de uma pesquisa compreende seis passos de investigação: 2.2.1 Escolha do tema para investigação Tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. Escolher o tema significa ter que selecionar um assunto de acordo com as inclinações, possibilidades, aptidões e tendências do pesquisador e encontrar um objeto que mereça ser investigado cientificamente. Conforme Severino (2007) o tema deve refletir uma tentativa de resolver um problema que se coloca diante do pesquisador. Ele deve ser preciso, bem determinado e específico. Nessa escolha deve-se responder a pergunta: “O que será explorado?”. É importante que o tema aborde um tema relevante para a área de formação do pesquisador e pensar sempre qual é a relevância do tema a ser tratado para a área de formação. Outro ponto importante na escolha do tema é que o pesquisador sinta afinidade com o tema a ser desenvolvido. Não adianta pesquisar sobre algo que você não tem interesse, pois é esse interesse que vai garantir a motivação desde o início até a finalização do trabalho.
  • 4. 2.2.2 Formulação do problema. Problema é uma dificuldade, teórica ou prática, para a qual se deve buscar uma solução. Definir um problema significa especificá-lo em detalhes precisos e exatos. Faz-se necessário que o pesquisador tenha a clara ideia do problema que deseja resolver, pois caso contrário sua pesquisa ficará sem direcionamento à efetivação dos resultados que se almeja obter. O problema deve ser formulado, de preferência em forma interrogativa (O que? Como?). Outro aspecto que também deve ser levado em consideração é que o problema não surge do nada, mas sim como fruto de leitura e/ou observação do que se pretende pesquisar. Severino (2007) aponta que “esta etapa pode iniciar-se com uma apresentação em que se coloca inicialmente a gênese do problema, ou seja, como o autor chegou a ele, explicitando- se os motivos mais relevantes que levaram à abordagem do assunto [...]”. O problema pode tomar diferentes formas, de acordo com o objetivo do trabalho. Pode ser entendido como uma questão que desperta interesse e curiosidade, cujas informações parecem não ser suficientes para a solução. O problema constitui o elemento fundamental para um projeto de pesquisa. Se não houver uma pergunta, não haverá projeto de pesquisa. Se houver duas perguntas, em consequência, haverá dois projetos de pesquisa. A determinação do problema é essencial. 2.2.3 Construção de hipóteses de trabalho Hipótese é uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema, suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. É uma suposição que antecede a constatação de dos fatos e tem como característica uma formulação provisória. É função da hipótese propor explicações para certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca de outras informações. Para Gil (2002), a hipótese é a tentativa de oferecer uma solução possível mediante uma proposição, ou seja, uma expressão verbal suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. Em resumo, uma hipótese de trabalho deve ser: uma afirmação; simples; sujeita à negação. A utilização de uma hipótese é necessária para que a pesquisa apresente resultados úteis, ou seja, atinja níveis de interpretação mais altos. Praticamente não há regras para a formulação de hipóteses de trabalho de pesquisa científica, mas é necessário que haja
  • 5. embasamento teórico e que ela seja formulada de tal maneira que possa servir de guia na tarefa da investigação. 2.2.4 Coleta dos dados Esta é a etapa que em que se inicia a aplicação dos instrumentos e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos. É uma tarefa cansativa e sempre requer mais tempo do que o esperado. Exige paciência, esforço pessoal e cuidadoso registro dos dados. Segundo Fachin (2006) coleta de dados é o conjunto de preceitos ou processos utilizados por uma ciência ou arte para atingir um objetivo, dentro de um planejamento. Outro aspecto importante é o entrosamento das tarefas organizacionais e administrativas com as científicas, obedecendo aos prazos estipulados, aos orçamentos previstos e ao preparo do pessoal. O rigor na aplicação dos instrumentos de pesquisa é fator fundamental para evitar erros e defeitos resultantes de entrevistadores inexperientes ou informantes tendenciosos. Os procedimentos variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais, as técnicas de coleta de dados na pesquisa são: Coleta Documental; Medidas de Opiniões e de Atitudes; Observação; Técnicas Mercadológicas; Entrevista; Testes; Questionário; Sociometria; Formulário; Análise de Conteúdo; História de vida. Após a coleta dos dados, eles são elaborados e classificados de forma sistemática. Antes da análise e interpretação , os dados devem seguir os seguintes passos: seleção, codificação, tabulação. O objetivo dessa organização sistemática é possibilitar respostas, explicações ao problema de investigação. 2.2.5 Análise e interpretação dos dados Análise e interpretação são dias atividades distintas, mas estreitamente relacionadas, constituindo-se no núcleo central da pesquisa. Análise é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. A elaboração da análise (ou explicação) é realizada em três níveis: a) Interpretação – Verifica a relação entre as variáveis, a fim de ampliar os conhecimentos sobre o fenômeno. b) Explicação – Esclarece a origem da variável.
  • 6. c) Especificação – Explicita até que ponto as relações entre as variáveis são válidas (como, onde e quando). Na análise (LAKATOS, 2003) o pesquisador procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas. Esta análise é essencial para que o pesquisador organize todo o material coletado durante a pesquisa, para posteriormente analisá-los com maior profundidade. Interpretação é a atividade que procura dar um significado mais amplo às respostas. Significa expor o verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objetivos propostos e ao tema. Mesmo com dados válidos, é a eficácia da análise e da interpretação que determinará o valor da pesquisa. Segundo Marconi e Lakatos (2003), a interpretação é a exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objetivos propostos e ao tema. 2.2.6 Conclusões do resultado da pesquisa Essa última fase do planejamento e organização da pesquisa explicita os resultados finais e de relevância. É uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado, interpretado, comentado e explicitado com precisão e clareza. Em geral, não se restringe a simples conceitos pessoais, mas apresenta raciocínio sobre o resultado, evidenciando os aspectos válidos e aplicáveis. Segundo Máttar Neto (2002), é a parte onde se apresentam considerações apoiadas no desenvolvimento. A conclusão não deve introduzir dados novos, mas reorganizar as informações e interpretações discutidas durante o desenvolvimento do texto, de forma a ter um papel de fechamento. 3 PAPER: INSTRUMENTO PEDAGÓGICO O Paper é uma modalidade pouco utilizada nas instituições de ensino superior para avaliar seus estudantes no tocante da pesquisa científica, mas algumas instituições pedem esse tipo de trabalho. O Paper é um pequeno artigo científico a respeito de um tema pré-
  • 7. determinado. Sua elaboração consiste na discussão e divulgação de idéias, fatos, situações, métodos, técnicas, processos ou resultados de pesquisas científicas (bibliográfica, documental, experimental ou de campo), relacionadas a assuntos pertinentes a uma área de estudo. Para Medeiros (2004, p. 254), um paper é o desenvolvimento de um ponto de vista acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos em forma original. Para Roth (1994, p. 02 apud MEDEIROS, 2008, p. 213), paper é um documento que se baseia em pesquisa bibliográfica e em descobertas pessoais. Caso o autor apenas tenha compilado informações sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto de seu trabalho será um relatório. 3.1 ESTRUTURA DO PAPER Para que o conteúdo do paper seja bem trabalhado e fundamentado sugere-se que o mesmo tenha entre 8 e 10 páginas. Como o paper deve ser sempre fundamentado cientificamente, deve-se utilizar no mínimo 3 autores na pesquisa. Antes de começar a escrever o artigo, é preciso que o autor primeiro reúna as informações e conhecimentos necessários por meio de livros, artigos e outros documentos de valor científico. Em seguida, deve-se organizar um roteiro básico das ideias, iniciando com a apresentação geral do assunto e dos propósitos do trabalho, seguidos da indicação das partes principais do tema e suas subdivisões e, por fim, destacando os aspectos a serem enfatizados no trabalho. Conforme especificado na NBR 6022:2003 da ABNT, a estrutura do paper é composta de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Dentre os elementos pré-textuais não serão exigidos capa, folha de rosto e sumário, mas serão exigidos os seguintes: título e subtítulo (se houver), nome do autor, resumo e palavras-chave. O resumo deve ter o título alinhado à esquerda, digitado com letras maiúsculas, sem destaque. As palavras-chave, são separadas do texto por um espaço simples e,separadas entre si,por ponto, conforme especifica a NBR 6028: 2002 da ABNT. Os elementos textuais são a introdução, o desenvolvimento e as considerações finais. A introdução, conforme especifica a NBR 14724: 2011da ABNT recebe a numeração correspondente ao primeiro tópico do texto, é digitado com letras maiúsculas e em negrito, deve apresentar uma visão geral do que é o trabalho. O desenvolvimento é escrito logo após a introdução, tendo-se o cuidado de enumerar os itens e subitens, segundo a NBR 6024:2012 da ABNT. As considerações finais seguem logo após o último tópico do desenvolvimento. Deve
  • 8. conter as informações que vão concluir o argumento, corresponde a dedução lógica do assunto, deve responder ao objetivo do estudo de modo breve, objetivo e sintético, bem como as limitações do estudo. Os elementos pós-textuais compreendem as referências, as notas, o glossário, apêndices e anexos. 3.2 ESTRUTURA GRÁFICA A configuração da página é: margens superior e esquerda 3 cm; margens inferior e direta 3 cm. O parágrafo deve ter as seguintes dimensões: 1,25 cm na primeira linha, 1,5 cm entre linhas, com exceção do resumo que não possui recuo na primeira linha e utiliza espaçamento simples. A fonte a ser utilizada é Arial ou Times New Roman, tamanho12, exceto para as citações longas, notas de rodapé, quadros e tabelas que devem ser digitados em tamanho 10, conforme normas específicas. A paginação deve ser feita conforme especificado na NBR 14724: 2011 da ABNT, no canto superior direito da folha em fonte tamanho 10. A impressão deve ser feita em papel A4, cor branca. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O entendimento dos diferentes tipos de estudos científicos e suas classificações são fundamentais para que obtenha resultado satisfatório ao final de uma pesquisa. Este estudo buscou a compreensão dos processos metodológicos na elaboração do paper, enfatizando as etapas de construção da pesquisa científica. Concluiu-se que sua estrutura não se diferencia em muito de outros trabalhos científicos e são utilizados como avaliação de trabalho final de disciplinas de Cursos de Especialização, de Mestrado e de Doutorado, apresentações em congressos e publicações periódicas, contribuindo para o processo ensino-aprendizagem, haja vista sendo um procedimento didático-metodológico.
  • 9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa.4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. NETO, João Augusto Máttar . Metodologia Científica na era da Informática. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2002. LOPES, Jorge et al. O fazer do trabalho científico em ciências sociais aplicadas. Recife: Universitária da UFPE, 2006. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23ª ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007. FACHIN, O. Fundamentos de Metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. BEUREN, Ilse Maria et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724, apresentação de trabalhos acadêmicos: procedimento. Rio de Janeiro, 2011. _____. NBR 6022, apresentação de artigo científico: procedimento. Rio de Janeiro, 2003. _____. NBR 6028, apresentação de resumos: procedimentos. Rio de janeiro, 2002. _____. NBR 6024, apresentação de numeração progressiva das seções em documentos: procedimento. Rio de Janeiro, 2012. tccnasnormasdaabnt.com.br/comunicação-cientifica-paper/ www.ebah.com.br/content/ABAAAfgyIAA/paper-trabalho-cientifico