Este capítulo contextualiza a educação infantil e o espaço físico escolar no Brasil. A educação infantil teve início com um caráter assistencialista e de guarda de crianças pobres. Somente recentemente passou a ser vista como um direito da criança. Historicamente, as escolas públicas foram construídas para atender necessidades dos adultos, desconsiderando as necessidades das crianças. Atualmente, a legislação brasileira reconhece a importância de se planejar espaços que proporcionem experiências de desenvolvimento integral às crianças
Este documento trata de um trabalho de conclusão de curso sobre a cultura escolar do espaço físico da Escola Municipal Maternal Fundação Bonfinense, antiga LBA, localizada em Senhor do Bonfim, Bahia. O objetivo é investigar a compreensão das professoras sobre a importância do espaço físico da escola para o desenvolvimento de atividades sócio-pedagógicas com crianças de 0 a 6 anos. O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, observação e história oral com professoras e membros da comunidade.
Este documento apresenta uma monografia produzida por quatro estudantes do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia sobre bullying no Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares em Itiúba, Bahia, em 2012. A monografia analisa a ocorrência de bullying nesta escola e as ações dos professores para preveni-lo e combatê-lo. Ela inclui revisão bibliográfica sobre bullying, metodologia de pesquisa com questionários aplicados a professores e alunos, e resultados demonstrando a existência de bullying na unidade de ensino
O documento discute a importância da ludicidade no ensino da matemática nas séries iniciais do ensino fundamental. Apresenta a problemática de que a matemática é vista como disciplina difícil pelos alunos e com altos índices de reprovação. Defende que o uso de elementos lúdicos pode ajudar a tornar o ensino mais prazeroso e significativo, motivando os alunos. O trabalho estrutura-se em quatro capítulos abordando os aspectos teóricos e práticos do tema.
Este documento apresenta um resumo de um trabalho de conclusão de curso sobre a formação de professores da educação infantil. O trabalho analisa as habilidades e competências necessárias para professores atuarem na educação infantil, tendo entrevistado 15 professores de escolas de Itiúba, Bahia. O documento discute a importância da educação infantil no desenvolvimento das crianças e a necessidade de formação continuada para os professores aprimorarem sua prática pedagógica.
Este capítulo apresenta:
1) Uma breve história da ludicidade e da importância do brincar na educação infantil desde a Grécia Antiga;
2) Conceitos de ludicidade e seus efeitos no desenvolvimento infantil de acordo com autores como Vygotsky e Piaget;
3) O papel do professor na educação infantil e como ele deve valorizar o brincar.
Este documento apresenta um resumo de uma monografia sobre as expectativas dos alunos trabalhadores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em relação à escola. A pesquisa foi realizada com 15 alunos do Colégio Estadual Teixeira de Freitas entre 17 e 56 anos. O documento discute a problemática dos alunos trabalhadores na EJA, revisa conceitos como EJA, aluno trabalhador e escola, e apresenta os métodos e resultados da pesquisa, que identificaram o perfil dos alunos e
Este trabalho analisa os limites e avanços da educação do campo na Escola Família Agrícola em Antônio Gonçalves, Bahia, a partir de questionários e observações dos professores e alunos. A pesquisa mostra que a escola oferece uma educação contextualizada às necessidades dos alunos da zona rural, por meio de atividades práticas ligadas à agricultura. No entanto, ainda enfrenta desafios como falta de recursos e valorização da educação do campo. A experiência da escola pode contribuir para reverter o
This document summarizes a monograph presented by Valci Soares da Silva Moreira to the Department of Education at the State University of Bahia. The monograph examines the role of children's literature in developing the imagination of young children. It provides a theoretical framework, outlines the methodology used, and analyzes the results of interviews and observations of teachers at the Fundame Student Center on their understanding and use of children's literature in the classroom.
Este documento trata de um trabalho de conclusão de curso sobre a cultura escolar do espaço físico da Escola Municipal Maternal Fundação Bonfinense, antiga LBA, localizada em Senhor do Bonfim, Bahia. O objetivo é investigar a compreensão das professoras sobre a importância do espaço físico da escola para o desenvolvimento de atividades sócio-pedagógicas com crianças de 0 a 6 anos. O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, observação e história oral com professoras e membros da comunidade.
Este documento apresenta uma monografia produzida por quatro estudantes do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia sobre bullying no Ginásio Municipal Antonio Simões Valadares em Itiúba, Bahia, em 2012. A monografia analisa a ocorrência de bullying nesta escola e as ações dos professores para preveni-lo e combatê-lo. Ela inclui revisão bibliográfica sobre bullying, metodologia de pesquisa com questionários aplicados a professores e alunos, e resultados demonstrando a existência de bullying na unidade de ensino
O documento discute a importância da ludicidade no ensino da matemática nas séries iniciais do ensino fundamental. Apresenta a problemática de que a matemática é vista como disciplina difícil pelos alunos e com altos índices de reprovação. Defende que o uso de elementos lúdicos pode ajudar a tornar o ensino mais prazeroso e significativo, motivando os alunos. O trabalho estrutura-se em quatro capítulos abordando os aspectos teóricos e práticos do tema.
Este documento apresenta um resumo de um trabalho de conclusão de curso sobre a formação de professores da educação infantil. O trabalho analisa as habilidades e competências necessárias para professores atuarem na educação infantil, tendo entrevistado 15 professores de escolas de Itiúba, Bahia. O documento discute a importância da educação infantil no desenvolvimento das crianças e a necessidade de formação continuada para os professores aprimorarem sua prática pedagógica.
Este capítulo apresenta:
1) Uma breve história da ludicidade e da importância do brincar na educação infantil desde a Grécia Antiga;
2) Conceitos de ludicidade e seus efeitos no desenvolvimento infantil de acordo com autores como Vygotsky e Piaget;
3) O papel do professor na educação infantil e como ele deve valorizar o brincar.
Este documento apresenta um resumo de uma monografia sobre as expectativas dos alunos trabalhadores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em relação à escola. A pesquisa foi realizada com 15 alunos do Colégio Estadual Teixeira de Freitas entre 17 e 56 anos. O documento discute a problemática dos alunos trabalhadores na EJA, revisa conceitos como EJA, aluno trabalhador e escola, e apresenta os métodos e resultados da pesquisa, que identificaram o perfil dos alunos e
Este trabalho analisa os limites e avanços da educação do campo na Escola Família Agrícola em Antônio Gonçalves, Bahia, a partir de questionários e observações dos professores e alunos. A pesquisa mostra que a escola oferece uma educação contextualizada às necessidades dos alunos da zona rural, por meio de atividades práticas ligadas à agricultura. No entanto, ainda enfrenta desafios como falta de recursos e valorização da educação do campo. A experiência da escola pode contribuir para reverter o
This document summarizes a monograph presented by Valci Soares da Silva Moreira to the Department of Education at the State University of Bahia. The monograph examines the role of children's literature in developing the imagination of young children. It provides a theoretical framework, outlines the methodology used, and analyzes the results of interviews and observations of teachers at the Fundame Student Center on their understanding and use of children's literature in the classroom.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a poluição do Açude Jacuricí em Itiúba, Bahia. O objetivo foi sensibilizar alunos da Escola Centro Educacional Pedrina Silveira sobre os problemas ambientais relacionados ao açude, desenvolvendo um projeto de educação ambiental. A metodologia incluiu visitas ao local para identificar pontos críticos de poluição e atividades com os alunos sobre preservação da qualidade da água. Os resultados demonstraram que a educação ambiental contribuiu para uma aprendizagem signific
Este trabalho analisa as representações sociais que docentes das escolas públicas de Senhor do Bonfim-BA têm sobre a gestão democrática escolar. Foram realizados questionários semi-estruturados com 7 professores para identificar como eles conceitualizam a gestão democrática. Os resultados apontam que os docentes representam a gestão democrática de diferentes formas, especialmente associando-a à figura do gestor como líder central e único responsável, em vez de enfatizarem a participação coletiva necessária.
Este capítulo apresenta os conceitos de cultura e cultura popular. Discute-se que cultura é tudo aquilo que é produzido pelo homem através de sua capacidade de modificar o meio social, transmitindo conhecimentos, crenças, valores de geração em geração. Já a cultura popular surge como forma de expressão das classes populares, valorizando suas manifestações culturais que muitas vezes são menosprezadas pela cultura dominante. O capítulo também destaca que vivemos em uma época de globalização que impõe modelos culturais hegemô
O circo vai a escola possibilidades de utilizar atividades circenses nas aula...Diego Ayala
Este documento discute a aplicação de atividades circenses nas aulas de Educação Física escolar. Apresenta uma pesquisa etnográfica realizada com alunos do 9o ano de uma escola estadual em Ponta Porã, utilizando modalidades como malabarismo, devil stick e rola-bola. Os resultados indicaram que é possível aplicar atividades circenses na Educação Física, desde que os professores estudem o assunto, se empenhem e tenham coragem para enfrentar o novo.
Esta introdução descreve a autora relembrando sua infância e aprendizagem de tecelagem com sua professora, e como isso a levou a visitar o Lar dos Idosos Fabiano de Cristo. Lá, ela se interessou por um casaco de tricô à venda e começou a refletir sobre quem o havia feito e a história por trás dele, despertando seu interesse em aprender mais sobre a memória dos idosos residentes no lar.
Este documento descreve uma pesquisa sobre o impacto social e ambiental do lixo descartado no povoado de Rômulo Campos, Itiúba, Bahia. O estudo investiga as percepções da comunidade local sobre o lixo, buscando sensibilizá-los sobre a importância da coleta, tratamento e descarte adequado do lixo. A pesquisa utilizou entrevistas com moradores e autoridades para analisar os resultados do descaso com o lixo na região. Constatou-se a falta de educação ambiental e a necessidade de projet
Este trabalho investiga a importância do vínculo afetivo entre professor e aluno no ensino da matemática. Analisa como a rotatividade de professores pode afetar os resultados de aprendizagem e defende que manter o mesmo professor com uma turma durante todo o ano letivo pode contribuir positivamente. O estudo foi realizado com alunos do 6o ano do ensino fundamental e utilizou observação, questionários e entrevistas para coletar dados.
Este documento discute a história cultural como um campo de estudos das atividades humanas, manifestações e tradições de uma sociedade. Apresenta como a história cultural vem sendo estudada há mais de 200 anos na Europa e como ganhou destaque a partir da década de 1960, abordando tanto a cultura erudita quanto a popular. Também reflete sobre como a cultura não faz distinção de classe e inclui a população como um todo.
Este capítulo discute como a cultura popular está contemplada no currículo da Escola Municipal Almiro José da Silva em Itiúba, Bahia. Apresenta que:
1) O currículo historicamente privilegiou a cultura européia marginalizando outras culturas. Isso porque era movido por intenções de transmissão da cultura dominante.
2) É necessário trabalhar a cultura popular em sala de aula levando em conta sua miscigenação, mas os materiais didáticos ainda não abordam adequadamente esta cultura.
3) A cultura popular
Este documento discute as contribuições da ludicidade no processo de formação docente na perspectiva de professores das séries iniciais do ensino fundamental. Inicialmente, apresenta a importância da ludicidade no desenvolvimento da criança e como ela contribui para a formação docente. Em seguida, fundamenta conceitos-chave como ludicidade, formação docente e professor com base em autores. Por fim, descreve a metodologia qualitativa utilizada, com questionários fechados e abertos aplicados a professores, e analisa os resultados obtidos
Este capítulo discute a compreensão de letramento e alfabetização no contexto da educação do campo no Brasil. Aponta que historicamente a educação no meio rural foi negligenciada, uma vez que a economia se baseava no latifúndio e na monocultura, que não exigiam qualificação. Com a industrialização e êxodo rural, o analfabetismo aumentou. Destaca a importância de se pensar em políticas públicas para a educação no campo e da alfabetização e letramento para a ampliação das possibilidades de participação social dos alun
Este trabalho de conclusão de curso apresenta as seguintes informações essenciais:
1) Resume a história de mulheres negras no Brasil, destacando a resistência cultural e o trabalho das mulheres remanescentes quilombolas entre o samba e outras atividades.
2) Apresenta os procedimentos metodológicos utilizados, com ênfase na pesquisa história oral com sete mulheres negras da comunidade de Tijuaçu através de entrevistas gravadas e transcritas.
3) Analisa
MEDIDAS PARA MITIGAR OS IMPACTOS NEGATIVOS RESULTANTES DE PRODUCAO DO CARVAO...Samuel Zefanias
Este relatório descreve um estudo de caso sobre as medidas de mitigação dos impactos negativos resultantes da produção de carvão vegetal no povoado de Matengane, distrito de Mossurize. O estudo analisa o processo de produção de carvão vegetal na área, os impactos negativos causados, como desmatamento, problemas de saúde e secas. Além disso, propõe medidas como conscientização da população, fiscalização florestal, licenciamento de carvoeiros e programas de reflorestamento para mitigar esses impactos.
Este documento resume uma pesquisa sobre os fatores que influenciam a leitura de alunos do curso de Pedagogia da UNEB campus VII em Senhor do Bonfim, BA. A pesquisa utilizou questionários, entrevistas e observação para investigar como a entrada no curso afetou os hábitos de leitura dos alunos e como o curso contribui para formar leitores. Os resultados mostraram que a maioria dos alunos lê pouco e apenas para trabalhos escolares, e que o curso tem potencial para melhorar a formação de le
Este documento apresenta um manual de normatização para trabalhos acadêmicos da Faculdade Ideal (FACI). O manual fornece instruções sobre a estrutura, formatação e citações em trabalhos acadêmicos. Ele discute elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, bem como a apresentação gráfica, tipos de citações e referências bibliográficas. O manual foi desenvolvido para orientar estudantes e professores da FACI na elaboração de trabalhos de graduação e pós-graduação.
Este documento apresenta um resumo da história do curso de Pedagogia no Brasil e discute a expansão da atuação do pedagogo para além da sala de aula. Apresenta brevemente o parecer do Conselho Federal de Educação de 1969 que regulamentou o currículo mínimo do curso de Pedagogia e orientou a formação de profissionais para atuarem em diversas áreas da educação. Também discute a fragmentação do curso decorrente desse processo e a perda da "tomada de consciência" dos problemas educacionais.
Este documento discute a importância da literatura infantil na prática pedagógica dos professores da educação infantil. Apresenta brevemente a história da literatura infantil e como ela era vista originalmente como uma forma de ensinar moral e bons costumes às crianças. Também reconhece que, embora a literatura infantil seja importante no desenvolvimento infantil, alguns professores ainda a trabalham de forma descontextualizada, sem levar em conta seu potencial. O objetivo central é identificar a importância da literatura infantil na prática dos professores pesquisados.
Esta pesquisa irá analisar a cobertura feita pelo jornal de Santa Catarina no período de janeiro a maio de 2002 sobre a canonização de Santa Paulina, a primeira santa brasileira. A canonização de Santa Paulina em maio de 2002 foi um marco histórico para o Brasil e teve grande cobertura na imprensa, especialmente no jornal de Santa Catarina. A análise irá identificar os principais assuntos e critérios de notici
Este documento discute a importância da Literatura Infantil no processo de letramento de crianças na Educação Infantil. Apresenta breve histórico da Educação Infantil no Brasil e ressalta a necessidade de ir além do cuidado e da guarda das crianças, promovendo o desenvolvimento cognitivo, físico, emocional e social por meio de práticas pedagógicas adequadas. Também aborda a função do professor na Educação Infantil e a importância de considerar as características individuais das cri
O documento discute a importância dos contos de fadas na formação do leitor na educação infantil. Apresenta brevemente a história da literatura infantil e como os contos de fadas podem contribuir para o desenvolvimento da criança e seu interesse pela leitura. O trabalho analisa a prática dos professores da Escola Centro de Educação Sementinha do Futuro em relação ao uso de contos de fadas em sala de aula.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre o uso de cantigas de roda na educação infantil. Ele discute como as cantigas de roda podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem e analisa sua influência no desenvolvimento cultural e no cotidiano das crianças. A pesquisa utilizou métodos qualitativos como observação, entrevistas e diários para entender as percepções dos alunos, pais e professora sobre o impacto da música.
Este documento resume uma dissertação sobre a percepção dos funcionários de uma obra de terraplenagem em Itaboraí-RJ sobre a qualidade de vida no trabalho. O estudo aplicou questionários a funcionários do setor administrativo e de produção para identificar os principais fatores de satisfação e insatisfação. Os resultados mostraram que os funcionários administrativos estão insatisfeitos com o cargo que ocupam, enquanto os da produção estão insatisfeitos com a compatibilidade entre salário e função.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a poluição do Açude Jacuricí em Itiúba, Bahia. O objetivo foi sensibilizar alunos da Escola Centro Educacional Pedrina Silveira sobre os problemas ambientais relacionados ao açude, desenvolvendo um projeto de educação ambiental. A metodologia incluiu visitas ao local para identificar pontos críticos de poluição e atividades com os alunos sobre preservação da qualidade da água. Os resultados demonstraram que a educação ambiental contribuiu para uma aprendizagem signific
Este trabalho analisa as representações sociais que docentes das escolas públicas de Senhor do Bonfim-BA têm sobre a gestão democrática escolar. Foram realizados questionários semi-estruturados com 7 professores para identificar como eles conceitualizam a gestão democrática. Os resultados apontam que os docentes representam a gestão democrática de diferentes formas, especialmente associando-a à figura do gestor como líder central e único responsável, em vez de enfatizarem a participação coletiva necessária.
Este capítulo apresenta os conceitos de cultura e cultura popular. Discute-se que cultura é tudo aquilo que é produzido pelo homem através de sua capacidade de modificar o meio social, transmitindo conhecimentos, crenças, valores de geração em geração. Já a cultura popular surge como forma de expressão das classes populares, valorizando suas manifestações culturais que muitas vezes são menosprezadas pela cultura dominante. O capítulo também destaca que vivemos em uma época de globalização que impõe modelos culturais hegemô
O circo vai a escola possibilidades de utilizar atividades circenses nas aula...Diego Ayala
Este documento discute a aplicação de atividades circenses nas aulas de Educação Física escolar. Apresenta uma pesquisa etnográfica realizada com alunos do 9o ano de uma escola estadual em Ponta Porã, utilizando modalidades como malabarismo, devil stick e rola-bola. Os resultados indicaram que é possível aplicar atividades circenses na Educação Física, desde que os professores estudem o assunto, se empenhem e tenham coragem para enfrentar o novo.
Esta introdução descreve a autora relembrando sua infância e aprendizagem de tecelagem com sua professora, e como isso a levou a visitar o Lar dos Idosos Fabiano de Cristo. Lá, ela se interessou por um casaco de tricô à venda e começou a refletir sobre quem o havia feito e a história por trás dele, despertando seu interesse em aprender mais sobre a memória dos idosos residentes no lar.
Este documento descreve uma pesquisa sobre o impacto social e ambiental do lixo descartado no povoado de Rômulo Campos, Itiúba, Bahia. O estudo investiga as percepções da comunidade local sobre o lixo, buscando sensibilizá-los sobre a importância da coleta, tratamento e descarte adequado do lixo. A pesquisa utilizou entrevistas com moradores e autoridades para analisar os resultados do descaso com o lixo na região. Constatou-se a falta de educação ambiental e a necessidade de projet
Este trabalho investiga a importância do vínculo afetivo entre professor e aluno no ensino da matemática. Analisa como a rotatividade de professores pode afetar os resultados de aprendizagem e defende que manter o mesmo professor com uma turma durante todo o ano letivo pode contribuir positivamente. O estudo foi realizado com alunos do 6o ano do ensino fundamental e utilizou observação, questionários e entrevistas para coletar dados.
Este documento discute a história cultural como um campo de estudos das atividades humanas, manifestações e tradições de uma sociedade. Apresenta como a história cultural vem sendo estudada há mais de 200 anos na Europa e como ganhou destaque a partir da década de 1960, abordando tanto a cultura erudita quanto a popular. Também reflete sobre como a cultura não faz distinção de classe e inclui a população como um todo.
Este capítulo discute como a cultura popular está contemplada no currículo da Escola Municipal Almiro José da Silva em Itiúba, Bahia. Apresenta que:
1) O currículo historicamente privilegiou a cultura européia marginalizando outras culturas. Isso porque era movido por intenções de transmissão da cultura dominante.
2) É necessário trabalhar a cultura popular em sala de aula levando em conta sua miscigenação, mas os materiais didáticos ainda não abordam adequadamente esta cultura.
3) A cultura popular
Este documento discute as contribuições da ludicidade no processo de formação docente na perspectiva de professores das séries iniciais do ensino fundamental. Inicialmente, apresenta a importância da ludicidade no desenvolvimento da criança e como ela contribui para a formação docente. Em seguida, fundamenta conceitos-chave como ludicidade, formação docente e professor com base em autores. Por fim, descreve a metodologia qualitativa utilizada, com questionários fechados e abertos aplicados a professores, e analisa os resultados obtidos
Este capítulo discute a compreensão de letramento e alfabetização no contexto da educação do campo no Brasil. Aponta que historicamente a educação no meio rural foi negligenciada, uma vez que a economia se baseava no latifúndio e na monocultura, que não exigiam qualificação. Com a industrialização e êxodo rural, o analfabetismo aumentou. Destaca a importância de se pensar em políticas públicas para a educação no campo e da alfabetização e letramento para a ampliação das possibilidades de participação social dos alun
Este trabalho de conclusão de curso apresenta as seguintes informações essenciais:
1) Resume a história de mulheres negras no Brasil, destacando a resistência cultural e o trabalho das mulheres remanescentes quilombolas entre o samba e outras atividades.
2) Apresenta os procedimentos metodológicos utilizados, com ênfase na pesquisa história oral com sete mulheres negras da comunidade de Tijuaçu através de entrevistas gravadas e transcritas.
3) Analisa
MEDIDAS PARA MITIGAR OS IMPACTOS NEGATIVOS RESULTANTES DE PRODUCAO DO CARVAO...Samuel Zefanias
Este relatório descreve um estudo de caso sobre as medidas de mitigação dos impactos negativos resultantes da produção de carvão vegetal no povoado de Matengane, distrito de Mossurize. O estudo analisa o processo de produção de carvão vegetal na área, os impactos negativos causados, como desmatamento, problemas de saúde e secas. Além disso, propõe medidas como conscientização da população, fiscalização florestal, licenciamento de carvoeiros e programas de reflorestamento para mitigar esses impactos.
Este documento resume uma pesquisa sobre os fatores que influenciam a leitura de alunos do curso de Pedagogia da UNEB campus VII em Senhor do Bonfim, BA. A pesquisa utilizou questionários, entrevistas e observação para investigar como a entrada no curso afetou os hábitos de leitura dos alunos e como o curso contribui para formar leitores. Os resultados mostraram que a maioria dos alunos lê pouco e apenas para trabalhos escolares, e que o curso tem potencial para melhorar a formação de le
Este documento apresenta um manual de normatização para trabalhos acadêmicos da Faculdade Ideal (FACI). O manual fornece instruções sobre a estrutura, formatação e citações em trabalhos acadêmicos. Ele discute elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, bem como a apresentação gráfica, tipos de citações e referências bibliográficas. O manual foi desenvolvido para orientar estudantes e professores da FACI na elaboração de trabalhos de graduação e pós-graduação.
Este documento apresenta um resumo da história do curso de Pedagogia no Brasil e discute a expansão da atuação do pedagogo para além da sala de aula. Apresenta brevemente o parecer do Conselho Federal de Educação de 1969 que regulamentou o currículo mínimo do curso de Pedagogia e orientou a formação de profissionais para atuarem em diversas áreas da educação. Também discute a fragmentação do curso decorrente desse processo e a perda da "tomada de consciência" dos problemas educacionais.
Este documento discute a importância da literatura infantil na prática pedagógica dos professores da educação infantil. Apresenta brevemente a história da literatura infantil e como ela era vista originalmente como uma forma de ensinar moral e bons costumes às crianças. Também reconhece que, embora a literatura infantil seja importante no desenvolvimento infantil, alguns professores ainda a trabalham de forma descontextualizada, sem levar em conta seu potencial. O objetivo central é identificar a importância da literatura infantil na prática dos professores pesquisados.
Esta pesquisa irá analisar a cobertura feita pelo jornal de Santa Catarina no período de janeiro a maio de 2002 sobre a canonização de Santa Paulina, a primeira santa brasileira. A canonização de Santa Paulina em maio de 2002 foi um marco histórico para o Brasil e teve grande cobertura na imprensa, especialmente no jornal de Santa Catarina. A análise irá identificar os principais assuntos e critérios de notici
Este documento discute a importância da Literatura Infantil no processo de letramento de crianças na Educação Infantil. Apresenta breve histórico da Educação Infantil no Brasil e ressalta a necessidade de ir além do cuidado e da guarda das crianças, promovendo o desenvolvimento cognitivo, físico, emocional e social por meio de práticas pedagógicas adequadas. Também aborda a função do professor na Educação Infantil e a importância de considerar as características individuais das cri
O documento discute a importância dos contos de fadas na formação do leitor na educação infantil. Apresenta brevemente a história da literatura infantil e como os contos de fadas podem contribuir para o desenvolvimento da criança e seu interesse pela leitura. O trabalho analisa a prática dos professores da Escola Centro de Educação Sementinha do Futuro em relação ao uso de contos de fadas em sala de aula.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre o uso de cantigas de roda na educação infantil. Ele discute como as cantigas de roda podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem e analisa sua influência no desenvolvimento cultural e no cotidiano das crianças. A pesquisa utilizou métodos qualitativos como observação, entrevistas e diários para entender as percepções dos alunos, pais e professora sobre o impacto da música.
Este documento resume uma dissertação sobre a percepção dos funcionários de uma obra de terraplenagem em Itaboraí-RJ sobre a qualidade de vida no trabalho. O estudo aplicou questionários a funcionários do setor administrativo e de produção para identificar os principais fatores de satisfação e insatisfação. Os resultados mostraram que os funcionários administrativos estão insatisfeitos com o cargo que ocupam, enquanto os da produção estão insatisfeitos com a compatibilidade entre salário e função.
O documento discute a influência da mídia na preferência pelo futebol em aulas de educação física no ensino fundamental. Ele analisa como o futebol se tornou uma referência nessas aulas devido à sua popularidade impulsionada pela mídia, e como a mídia exerce grande influência nas crianças e adolescentes na escolha do futebol como esporte a ser praticado. O estudo utilizou revisão bibliográfica e método de estado da arte para analisar a relação entre mídia, educação física e preferência dos alunos pelo f
1. O documento apresenta uma monografia sobre a influência da arquitetura no espaço físico das creches.
2. A pesquisa foi realizada com base em documentos governamentais, textos teóricos e entrevistas com crianças, mães e educadores de uma creche em Inhapim.
3. A monografia analisa obras de referência e propõe uma reforma na creche Lar das Crianças em Inhapim para que o espaço seja mais acessível, adequado e estimule o desenvolvimento e aprendizado das crianças.
Tcc PEDAGOGIA WALDORF: UMA VISÃO HOLÍSTICA COMO ABORDAGEM PEDAGÓGICA- Marcos ...Marcos Mesquita
Este documento é uma monografia apresentada por Marcos Roberto Linhares Mesquita para conclusão do curso de graduação em Ciências Sociais na Universidade Metodista de São Paulo. A monografia analisa a Pedagogia Waldorf, abordando sua origem, princípios, aplicações no ensino médio e seu potencial como ferramenta de transformação social.
Artigo científico tcc educação do campo (júnior)Junior Lima
O documento discute as concepções de educação do campo e a organização curricular na Escola Dep. João Castelo no povoado Água-Rica. A pesquisa investiga se o paradigma educacional é dominante ou emancipatório, atendendo ou não às necessidades da comunidade local. Os resultados mostraram que os professores e funcionários não conhecem a concepção de educação do campo e a organização curricular não leva em conta as especificidades da região. O paradigma educacional parece ser dominante, priorizando um modelo urbano em vez de atender às necess
A empresa de tecnologia anunciou um novo sistema operacional para computadores pessoais. O novo sistema operacional terá recursos aprimorados de segurança e privacidade para proteger os usuários. Além disso, o sistema operacional terá uma interface simplificada e intuitiva para tornar a experiência do usuário mais agradável.
O documento discute a organização do tempo e espaço escolar. Ele explica que o calendário escolar, quantidade de horas por disciplina e atividades extracurriculares devem ser planejados levando em conta a realidade local. Além disso, o espaço escolar deve ser projetado para apoiar o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos estudantes.
A educação infantil atende crianças de 0 a 5 anos 11 meses através de atividades lúdicas e jogos para estimular seu desenvolvimento. Ela é dividida em creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos) e é regulada por diretrizes nacionais que enfatizam a importância do brincar, da diversidade e do cuidado integral das crianças.
Modelo trabalho Acadêmico Estácio de SáRogerio Sena
Veja aqui orientações de como elaborar seu TCC, monografia ou artigo científico da faculdade Estácio de Sá.
Acesse http://bit.ly/abntestacio para baixar modelos em word.
Este documento analisa as concepções de seis professores da rede pública de Caruaru sobre o tratamento da variação linguística em sala de aula. As principais conclusões são: 1) Os professores reconhecem a existência do preconceito linguístico e seu impacto negativo, porém ainda ensinam que há variantes "certas" e "erradas"; 2) Eles demonstram ter mais influência das representações sociais do que dos conhecimentos teóricos adquiridos; 3) É necessário aperfeiçoar a formação docente
Jardim de infância como espaço educativo..........Sara Fonseca
Este documento descreve as diferentes áreas de uma sala de pré-escolar, incluindo a biblioteca, matemática e ciências, faz de conta, expressões, escrita, polivalente e jogos de mesa. Ele explica os objetivos e materiais de cada área para apoiar o desenvolvimento das crianças.
Este documento discute a violência nas escolas, incluindo bullying. Ele analisa as causas da violência, como a desagregação familiar e problemas socioeconômicos. Também explora formas de prevenir a violência, como diálogo e projetos de conscientização. O objetivo é compreender e prevenir a violência nas escolas de forma a melhorar o ambiente educacional.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
O documento discute a importância das rotinas em creches e jardins-de-infância. As rotinas diárias oferecem às crianças uma estrutura previsível de eventos e promovem a segurança, estabilidade emocional e desenvolvimento global das crianças. As rotinas também apoiam os educadores, permitindo-lhes planejar melhor o dia.
O documento descreve o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil no Brasil, publicado em 1998 pelo Ministério da Educação. O referencial teve como objetivo sintetizar as práticas pedagógicas na educação infantil com base em teorias construtivistas do desenvolvimento infantil. Ele está dividido em três volumes que abordam a formação pessoal e social das crianças e o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas.
1. O documento discute a organização do tempo e do espaço escolar como categorias importantes na prática pedagógica que são construídas cultural e historicamente.
2. Ao longo da história, diferentes formas de organização do tempo e espaço escolar refletiram diferentes concepções de ensino, como a escola seriada do século XIX e propostas atuais mais flexíveis.
3. A organização do tempo e espaço escolar influencia diretamente o processo de formação das novas gerações, podendo gerar inclusões ou exclusões sociais.
O documento descreve o que é educação infantil no Brasil, dividida em creche (0-3 anos) e pré-escola (4-5 anos). Ele explica que as crianças são estimuladas através de atividades lúdicas e jogos para exercitar suas capacidades. Também apresenta as principais diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, como a importância da brincadeira, da diversidade e da educação integral das crianças.
O documento discute a importância da educação infantil, os direitos das crianças e como as escolas podem garantir experiências educativas de qualidade para as crianças. Apresenta a necessidade de se ter uma nova visão sobre a infância que valorize a brincadeira, as linguagens e a interação social na educação infantil.
Este documento fornece instruções sobre a formatação e estrutura de um trabalho de conclusão de curso do ensino médio. Ele inclui detalhes sobre a capa, folha de rosto, sumário, introdução, capítulos, conclusão e referências bibliográficas. O documento visa orientar estudantes sobre como organizar e estruturar adequadamente um TCC.
Este capítulo discute a importância da formação continuada para os professores de educação infantil. A educação brasileira vem passando por constantes transformações influenciadas pelo contexto socioeconômico e cultural do país. Há um esforço para superar barreiras e construir uma escola pública capaz de educar para a cidadania e transformação social. A formação continuada é essencial para que os professores possam acompanhar a evolução dos tempos e estabelecer novos olhares para o processo educacional na educação infantil.
Este capítulo discute a Educação Ambiental e seus atores e práticas educativas. Apresenta Educação como um processo social que ocorre em diversos espaços e de diferentes formas, tanto formal quanto informal. Destaca que a Educação Ambiental tem como objetivo formar sujeitos capazes de compreender o mundo de forma crítica e agir de maneira consciente, formando assim sujeitos ecológicos.
Este documento apresenta uma monografia sobre ludicidade na educação infantil. Resumidamente:
1) A monografia analisa a compreensão que professores de educação infantil têm sobre ludicidade e seu papel no desenvolvimento infantil.
2) O trabalho utilizou questionários e observação para coletar dados sobre as concepções dos professores.
3) Os resultados apontaram que os professores pesquisados possuem um bom conhecimento sobre a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem na educação infantil.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as representações sociais que professores e professoras têm sobre a carreira docente. A pesquisa foi realizada com professores de uma escola em Ponto Novo, Bahia, utilizando questionários e entrevistas. Os resultados apontaram para representações contraditórias, com alguns professores associando a carreira a um "dom dado por Deus" e outros enxergando como um compromisso social e político. Conclui-se que os professores ainda divergem em seus discursos sobre o assunto.
Este documento apresenta uma monografia sobre a importância das atividades lúdicas na Educação Infantil. A monografia discute como o brincar é uma forma lúdica de aprendizagem para as crianças e analisa a concepção dos professores da Educação Infantil sobre o lúdico. A pesquisa utilizou questionários com professores para entender suas perspectivas sobre o tema. Os resultados indicam que os professores reconhecem a importância do lúdico, mas precisam de mais formação para trabalhar de forma mais criativa com as
Este documento discute as dificuldades enfrentadas por alunos surdos na aprendizagem de matemática. O trabalho foi realizado com alunos surdos do 1o ano do ensino fundamental de uma escola em Campo Formoso, BA, utilizando observação e questionários como instrumentos de pesquisa. Os resultados demonstraram que a falta de proficiência dos professores em Língua Brasileira de Sinais e a ausência de intérpretes causam sérios prejuízos no ensino de matemática para alunos surdos.
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1. 0
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII
SENHOR DO BONFIM – BA.
PEDAGOGIA 2005.1
GILMARA SILVA FRANÇA
OS SIGNIFICADOS DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR ALÉM DAS
ESTRUTURAS FÍSICAS.
SENHOR DO BONFIM – BA
MARÇO 2011
2. 1
GILMARA SILVA FRANÇA
OS SIGNIFICADOS DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR ALÉM DAS
ESTRUTURAS FÍSICAS.
Monografia apresentada como
requisito para avaliação da disciplina
de Monografia, do curso de
Pedagogia da Universidade do
Estado da Bahia – UNEB.
Orientadora: Profª Msc Rita Braz de
Conceição Melo
SENHOR DO BONFIM – BA
MARÇO 2011
3. 2
GILMARA SILVA FRANÇA
OS SIGNIFICADOS DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR ALÉM DAS
ESTRUTURAS FÍSICAS.
Aprovada em _____de _____________ de 2011.
________________________________________
Profª Msc Rita Braz de Conceição Melo
(Orientador)
______________________________________
Avaliador (a)
_____________________________________
Avaliador(a)
4. 3
Aos profissionais de educação que
contribuem e dão um significado a
árdua tarefa de educar.
5. 4
AGRADECIMENTOS
Ao meu Deus por ouvir minhas preces e anseios e dar – me coragem nos
momentos mais difíceis.
Aos meus pais Vadir e Zenilda, pelo amor e esforços para auxiliar na minha
formação e mesmo com pouco estudo sempre me mostraram o melhor
caminho a seguir.
Aos meus queridos irmãos Gilmar e Gilberto sempre tão perto, sempre tão
“pais”, sempre acolhedores em qualquer momento. Amo-os!
A minha pequena Giovana pela inocência em não entender minhas ausências
durante o curso e por sempre está com um sorriso lindo ao me encontrar. ”Vivo
por ela que me dá todo o amor que é necessário”.
As minhas cunhadas Valdirene e Rita pelo apoio. Em especial a Val por muitas
as vezes que supriu minhas ausências de mãe para que eu pudesse frequentar
a Faculdade.
Ao meu amável companheiro Fábio por me encorajar, apoiar, compreender
minhas angústias, pela paciência, agradeço pelas palavras ditas. Seu apoio foi
de extrema importância para que eu chegasse até aqui. ”Deus te desenhou,
Deus criou você e deu pra mim”.
As minhas amigas de faculdade e de tantas coisas mais... Elóa, Gilmara Bispo,
Janete, Lândia, Léia, Letícia e Viviane sei que vocês sabem o quão foi árdua
essa trajetória, mas as conversas (inúmeras foram estas), as risadas, as
angustias nas vésperas das apresentações, os passeios, as festas, as
confissões, todos os laços que criamos serviram de estimulo para continuar e
sei que levaremos para o resto de nossas vidas. “posso estar longe, muito
longe sim, mas por te amar sinto vocês perto de mim...”
6. 5
A minha admirável amiga Viviane Brás pelo apoio dado, por dedicar seu tempo,
mesmo gestante não se cansar em me aconselhar, pelas cobranças que me
serviram de estímulo, por todas as horas que dedicastes junto a mim para a
finalização deste trabalho.
Aos meus colegas de trabalho Alailson, Aline, Bebeto, Jair, Jefferson, Lucas,
Marcelo, Rose e Smith que me apoiaram nos momentos finais, suprindo
minhas ausências e entendendo minhas angústias.
A minha amiga de infância, porém presente até hoje Márcia, não consigo
contar as inúmeras vezes que a ouvir perguntar sobre o andamento deste
trabalho, pelos conselhos dados. Obrigada.
A Profª Rita Braz de Conceição Melo pelas orientações, pelo tempo dedicado
apesar de tantas tarefas, pude contar com minutos de pausa para me atender e
entender.
Muito obrigada a todos, pois essa conquista é fruto de todo incentivo e apoio de
cada um de vocês.
7. 6
RESUMO
O presente trabalho monográfico se constituiu em fazer uma reflexão sobre os
significados que os profissionais da Educação Infantil dão ao espaço físico
escolar, considerando que este deve ser um espaço seguro, convidativo que
proporcione o desenvolvimento do ensino aprendizagem, atenda os direitos da
infância respeitando assim sua dignidade. Diante desse contexto buscamos
respaldo para as nossas reflexões nos autores: Kramer (1991, 1998, 2006),
Gentili (2008), Kishimoto (2002), Angotti (2006), Piaget (1971), Frizon (2008),
Brasil (1999, 2006) dentre outros. O lócus para a pesquisa foi a Escola
Municipal nossa Senhora do Perpétuo Socorro e tiveram os profissionais da
Educação Infantil como sujeitos da pesquisa. Os caminhos metodológicos
utilizados foram subsidiados na abordagem qualitativa, pautados nos seguintes
instrumentos de coleta de dados: questionário fechado e questionário aberto.
Por fim analisamos os discursos destes profissionais e identificamos que estes
compreendem quais as necessidades de um espaço físico adaptado para
crianças, mas reduzem seus significados apenas à estrutura física.
Conceitos-chave: Significados, Profissionais da Educação, Educação Infantil,
Espaço Escolar.
8. 7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
CAPÍTULO I ..................................................................................................... 12
1. CONTEXTUALIZANDO ESPAÇO FÍSICO E EDUCAÇÃO INFANTIL ...... 12
CAPÍTULO II .................................................................................................... 17
2.COMPREENDENDO OS CONCEITOS DA PESQUISA............................ 17
2.1 Significados: Sua importância no contexto do espaço escolar............ 17
2.2 Profissionais da Educação Infantil como agente transformador .......... 20
2.3 Educação Infantil e espaço escolar: algumas considerações ............. 22
2.4 Espaço físico Escolar: ......................................................................... 24
2.4.1 Conceituando espaço físico escolar ............................................. 25
2.4.2 A utilização do espaço físico escolar ............................................ 26
CAPÍTULO III ................................................................................................... 28
3. METODOLOGIA ....................................................................................... 28
3.1 Instrumentos de coleta de dados ........................................................ 29
3.1. 1 Questionário fechado e aberto..................................................... 29
3.2 Lócus ............................................................................................... 30
3.3 Sujeitos ............................................................................................ 31
CAPÍTULO IV................................................................................................... 32
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS .............................. 32
4.1 Perfil dos Sujeitos................................................................................ 32
4.1.1 Gênero.......................................................................................... 32
4.1.2 Faixa Etária .................................................................................. 33
4.1.3 Cor ................................................................................................ 34
4.1.5 Tempo de atuação ........................................................................ 35
4.1.4 Formação ..................................................................................... 36
4.1.6 Turnos que trabalha...................................................................... 37
4.2 Análise do questionário aberto ............................................................ 37
4.2.1 O espaço físico como garantia e respeito à dignidade ................. 38
4.2.2 Espaço físico como recurso para o processo de ensino -
aprendizagem ........................................................................................ 42
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 48
10. 9
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01: Faixa etária........ ................................................................. 33
FIGURA 02: Cor........................................................................................ 34
FIGURA 03: Tempo de atuação ............................................................... 35
FIGURA 04: Formação.......... .................................................................. 36
11. 10
INTRODUÇÃO
A Educação infantil nas últimas décadas foi fruto de diversas reformas e
conquistas, pois se tornou perceptível a valorização que deve se dar a infância
e entender que essa fase é a base para formação de homens críticos e que
nela está a responsabilidade pelo desenvolvimento do ensino aprendizagem de
forma integral. Melhorar a educação e dar condições dignas de estudo para
crianças está se tornando objetivo dos profissionais da educação e garantido
pela legislação.
Ao se falar em qualidade e valorização da Educação Infantil nos remete
a pensar sobre os espaços escolares, mais precisamente o espaço físico
destas instituições que abrigam crianças, por acreditar que para recepcionar
esta fase os espaços necessitam de estruturas específicas que além de
garantir segurança, seja acolhedor, atrativo, proporcione prazer em estar ali,
colabore no desenvolvimento do ensino aprendizagem e que este não fique
restrito apenas nas salas de aula.
Foi a partir dessas compreensões que este trabalho objetivou identificar
quais os significados que os profissionais da Educação Infantil dão ao espaço
físico escolar.
Este trabalho está dividido em quatro capítulos que nos mostra como se
desencadeou esta pesquisa:
No capitulo I, problematizamos os avanços da educação infantil, a
importância do espaço físico e o quanto o contexto histórico da educação
infantil e os conceitos de infância são representativos para a estrutura física
dos espaços escolares.
No capitulo II, nos aprofundamos nos conceitos de educação infantil e do
espaço físico escolar, nos embasamos em teóricos que nos auxiliou a
12. 11
conceituar as palavras – chave: Significados, Profissionais da Educação,
Educação Infantil, Espaço Escolar.
No capitulo III, descrevemos os caminhos metodológicos que nortearam
a pesquisa que se pautou na abordagem qualitativa e ainda descrevemos os
instrumentos que auxiliaram na coleta de dados.
No capitulo IV, apresentamos o resultado das informações adquiridas
através dos instrumentos de coleta de dados. Para melhor compreensão e
organização dos dados, estabelecemos duas categorias evidenciando os
significados que os profissionais de educação infantil dão ao espaço físico
escolar. A análise foi dividida em categorias, definidas a partir dos discursos
dos profissionais de Educação Infantil.
Por fim, fizemos considerações sobre o trabalho realizado, verificando se
o objetivo proposto foi alcançado, enfatizando a importância de se dar
significados ao espaço físico escolar e que este vá além das suas estruturas.
13. 12
CAPÍTULO I
1. CONTEXTUALIZANDO ESPAÇO FÍSICO E EDUCAÇÃO
INFANTIL
O contexto histórico que caracteriza a forma como a educação infantil foi
introduzida em nosso país, nos faz refletir sobre os motivos que ao longo do
tempo, impossibilitaram o desenvolvimento de políticas públicas destinadas ao
ambiente escolar voltado para crianças. Em se tratando do espaço físico
escolar retornamos para uma questão que pode ser retratada em toda a
história da educação e interpretá-la hoje pelo reflexo dos séculos passados,
pois, não por acaso, as escolas públicas são na sua maioria, grandes edifícios
já que começaram a ser construídos no período de inicio da democratização do
ensino público.
O caráter assistencialista dado a educação infantil, com uma visão
materna voltada para o cuidado das crianças pobres, uma vez que, a pobreza
era fator determinante para a existência de “depósitos” que tinham a função de
simplesmente guardar os filhos das famílias carentes, como afirma Brasil
(2006):
A história de atendimento à criança em idade anterior à escolaridade
obrigatória foi marcada, em grande parte, por ações que priorizaram
a guarda das crianças. Em geral, a Educação Infantil, e em particular
as creches, destinava-se ao atendimento de crianças pobres e
organizava-se com base na lógica da pobreza, isto é, os serviços
prestados – seja pelo poder público seja por entidades religiosas e
filantrópicas – não eram considerados um direito das crianças e de
suas famílias, mas sim uma doação, que se fazia – e muitas vezes
ainda se faz – sem grandes investimentos (p.09).
Somente com a reforma da LDB 9394/96 é que a Educação Infantil
ganha mais atenção e reconhecimento político conforme art. 4° da Lei que
preza pela obrigatoriedade da educação infantil:
14. 13
Art. 4° O dever do estado com a educação escolar
pública será efetivado mediante a garantia de:
IV – Atendimento gratuito em creches e pré-escolas
às crianças de zero a seis anos de idade (p.22 ).
Essa Lei colocou a criança no lugar de sujeito de direitos em vez de
tratá-la como objeto de tutela e instrumento como ocorria nos costumes e nas
leis anteriores a essa. Todas essas transformações revelam o avanço, o
progresso que ocorreram na relação adulto x criança, revela também os
primeiros cuidados e atenção com a infância de acordo com suas
necessidades. Para tanto, é necessário uma organização do espaço e infra-
estrutura, já que na maioria das vezes o espaço escolar ou qualquer outro
espaço de educação infantil tem se constituído num grande obstáculo no
processo de ensino-aprendizagem e nas relações do aluno com a escola.
Segundo os Parâmetros Básicos de Infra-estrutura para Instituições de
Educação Infantil, tradicionalmente, as construções escolares seguem um
programa de necessidades previamente estabelecidas pela secretária de
educação, mas o que se percebe previamente é que os espaços físicos são
elaborados para atender necessidade do adulto e/ou do grupo como um todo,
desconsiderando as necessidades próprias das crianças, não visando que o
ambiente escolar infantil deve ser compreendido como um espaço para
proporcionar experiências de caráter motor, psicológico e social que visem o
desenvolvimento integral da criança respeitando o direito de brincar,
locomover-se ou de qualquer outra atividade.
È importante afirmarmos ainda que a atual legislação brasileira dispõe
de um conjunto de documentos que orientam no sentido de definir critérios de
qualidade para o espaço físico das unidades de educação infantil: O primeiro é
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – lei n° 9.394/96), que
disciplina a educação oferecida em todos os níveis – desde a educação infantil
até o ensino superior. Na LDB/96, os recursos públicos destinados à educação
devem ser aplicados na manutenção e no desenvolvimento do ensino publico o
que compreende inclusive a “aquisição”, manutenção, construção e
15. 14
conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino (alínea IV
do artigo 70).
No Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (BRASIL,
1999), o ambiente físico é expresso como devendo ser organizado de acordo
com as necessidades e as características dos grupos de criança, levando-se
em conta a cultura da infância e os diversos projetos e atividades que estão
sendo desenvolvido com seus professores.
A qualidade e quantidade da relação criança-criança, adulto-
criança, dos objetos, dos brinquedos e móveis presentes no
ambiente dependem do tamanho e idade destas crianças e
podem se transformar em “poderosos instrumentos de
aprendizagem” e um dos indicadores importantes para a
definição de práticas educativas de qualidade (146).
Sabendo que atualmente os problemas demográficos, econômicos,
familiares e tecnológicos estão tornando cada vez mais restritas as relações
sociais, percebemos que as crianças estão sendo vítimas desse processo e
impossibilitadas de brincar nos espaços públicos, pois a cultura que hoje está
sendo estabelecida, geralmente prioriza os ambientes virtuais e desvaloriza os
outros diversos espaços. A partir dessa reflexão, percebemos a importância do
espaço escolar no sentido de promover a interação sócio-afetiva, a ludicidade e
pluralidade cultural, como reforça Frizon (2008).
As atividades coletivas são importantes para o desenvolvimento
relacional, pois é na convivência que a criança adquire consciência
de pertencer ao grupo e usufrui as aprendizagens que decorrem
dessa interação. Atividades com esse objetivo ajudam a criança a
construir conceitos de participação, de cooperação, uma vez que
também ela deve responder às necessidades da sociedade e
participar da convivência positiva. As atividades podem ser
concretizadas através de oficinas de integração, de brincadeiras livres
ou dirigidas, de unidades didáticas ou de atividades para reforçar a
aprendizagem concreta (p.04)
O espaço escolar representa muito mais que paredes, quadros,
cadeiras, divisões físicas e móveis como um todo, pois cada local precisa ser
construtor de conhecimento e possibilitar através das formas, cores,
arquitetura, o prazer de quem estar ali.
16. 15
A escola é formada por vários espaços. Estes geralmente estão
relacionados com a segurança, lazer, higiene entre outros. Por isso
ressaltamos que precisam ser utilizados para a concretização do processo de
ensino-aprendizagem, pois se as instituições de ensino, principalmente a
educação infantil, não estão adequadas para seu público alvo, não poderão
alcançar seus objetivos educacionais.
Acredita-se que os alvos principais da educação sejam os alunos.
Contudo, o que percebemos na atual educação brasileira é que estes sujeitos
estão sendo representados socialmente através de visões negativas,
principalmente quando se refere ao espaço físico da escola. É muito comum,
inclusive na educação infantil, que os alunos sejam culpabilizados pela
degradação e até mesmo destruição da escola. Entretanto, é preciso saber
como a comunidade escolar tem tratado todas estas questões, principalmente
as relações de pertencimento do aluno com a escola. Constantemente vemos
crianças que sentem pavor em estar no ambiente escolar, e não conseguem
encontrar nenhum atrativo que lhes estimulem. Infelizmente muitas dessas
reações refletem a falta de estrutura e organização das escolas para recebê-
las.
Muitas vezes espaço escolar não proporciona o interesse do aluno em
estar na escola, principalmente os alunos de educação infantil, que vivem ainda
no mundo da imaginação e do encantamento. A escola e seus responsáveis
imediatos ao invés de promover o encantamento dos alunos acabam
ocasionando o desprezo e até mesmo desestímulo, uma vez que as crianças
até no simples ato de ir ao sanitário e lanchar não encontram um ambiente
favorável às suas necessidade e perspectivas.
Questionamos-nos ainda quantas escolas no Brasil recebem a criança
sem a mínima estrutura para seu conforto e bem-estar? Uma série de
problema que vai da sua entrada à escola. Essas muitas vezes com escadarias
podendo ter ainda portões pequenos de difícil acesso, pátios sem locais
adequados para sentar, parques infantis quebrados, espaço para alimentação
17. 16
com mínimas qualidades de higiene, banheiros escorregadios não adequados
para sua altura; favorecendo assim seu desconforto, risco a saúde, faltando
pinturas, cores, qualquer tipo de representação que lhes façam dar significados
positivos aquele espaço.
Diante dessa realidade e de todos os elementos que indicam a
necessidade de se ter ambientes escolares proporcionadores de prazer,
desenvolvimento e segurança a criança é que percebemos a importância de
desenvolvermos estudos problematizando os significados que os profissionais
da área educacional têm, pois, neles surgem a responsabilidade de zelar por
diversos aspectos referente ao bem-estar da criança, tornando-o responsável
por muito do que acontece dentro daqueles espaços as questões relacionadas
ao espaço físico escolar.
A partir desse contexto e das experiências vividas durante a realização
dos estágios escolares, bem como por perceber que as escolas de Educação
Infantil do município de Senhor do Bonfim ainda são carentes de políticas
publicas que priorizem o espaço físico, instigo a levantar a seguinte questão de
pesquisa: Quais os significados que os profissionais da Educação Infantil da
Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro dão ao espaço físico
escolar?
Em consonância a nossa questão elencamos o seguinte objetivo:
Identificar e analisar os significados que os profissionais de Educação Infantil
da Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro dão ao espaço físico
escolar
Diante de toda problematização percebemos que esta pesquisa será
relevante, pois, auxiliará aos profissionais de educação a visualizar, entender e
aproximar-se da questão dos espaços escolares que hoje são oferecidos às
crianças e que possam desenvolver políticas públicas que atendam às
condições de organização estética e segurança no sentido de tornar prazeroso
e educativo o espaço da escola.
18. 17
CAPÍTULO II
2.COMPREENDENDO OS CONCEITOS DA PESQUISA
Sabendo que a educação é um processo que possibilita a interação
social e a construção do conhecimento e que a educação infantil é uma etapa
de grande relevância para a formação dos cidadãos que terá representações
no âmbito pessoal e profissional, tendo em vista que o espaço escolar é um
elemento de relevante significado neste período nos propomos a tentar
responder a seguinte questão de pesquisa: Quais os significados que os
profissionais da educação infantil dão ao espaço escolar.
Uma vez que almejamos atender nosso objetivo que está atrelado à
questão de pesquisa supracitada, nos propomos a discutir os seguintes
conceitos – chave que nortearam nossas reflexões: Significados, Profissionais
da Educação, Educação Infantil, Espaço Escolar.
2.1 Significados: Sua importância no contexto do espaço escolar
Quando os profissionais da educação dão significados positivos, ao
espaço escolar estão também demonstrando e contribuindo com os processos
educativos. È por isso que é tão importante entender os significados dados por
estes sujeitos buscando respaldos teóricos que lhe dê definição. Como bem
afirma Costa (2001):
Significar alguém ou alguma coisa é assumir diante dessa
pessoa ou objeto atitude de não-diferença, atribuindo-lhe
determinado valor para a nossa existência. Quando
assumimos, diante de qualquer que seja uma atitude de
indiferença, isso significa que aquilo não tem para nós valor
algum. Quando, contrário, significamos algo, essa significação
poderá ser positiva (valor) ou negativa (contra-valor ou anti-
valor) (p.12).
19. 18
Por ser uma forma de conhecimento socialmente elaborado e
possibilitador dos processos de interações sociais, os significados irão
constituir-se na práxis dos professores e consequentemente dos profissionais
da educação. Trigueiro (2003) também expressa que:
Do ponto de vista evolutivo, a busca de significados está
voltada para a sobrevivência e constitui um elemento básico
da natureza humana. Temos uma tendência inata a dar um
sentido a nossas experiências, a buscar significados. O
cérebro não gosta de lidar com peças isoladas de informações
(p.31).
Os significados são construídos com base na realidade histórica e
cotidiana de cada indivíduo e/ou cultura. Sendo que é esta realidade que
tornará compreensíveis as idéias que elaboramos e consequentemente nossa
ação diante de tudo o que ocorre no espaço físico escolar. Ainda segundo
Trigueiro (2003):
Entendo que significado é a experiência de um contexto, e
contexto é um padrão de relações entre objeto ou evento que
está sendo estudado e seu ambiente. Logo a busca de
significado é uma busca de padrões. De fato, é isso que a
pesquisa do cérebro nos revela. A busca de significado ocorre
através da “modelagem”... (p.31).
O termo significado é conceituado por autores como, sentido, uso,
essência, representação psíquica, acepção tradução, sinônimo. E mesmo
reconhecendo que significado é objetivo da filosofia busca-se também na
lingüística e na psicologia, fazer essa discussão. Nessa visão Trask (2004)
demonstra que:
Em oposição aos especialistas de outras áreas, os lingüistas
se interessam principalmente pelo significado que as palavras
assumem na fala cotidiana. Mas exatamente os lingüistas se
interessam pelo modo como certos significados se relacionam
a outros significados – ou seja, é o sistema de significados que
é considerado importantes, e não o significado de termos
tomados individualmente. Como outros os lingüistas
distinguem cuidadosamente vários tipos de significados o
significado nuclear é intrínseco de uma forma lingüística é
20. 19
constituído por sua denotação e seu sentido, ao passo que as
associações difusas e variáveis que se estabelecem com base
nessa forma são suas conotações (p. 266).
Já num contexto psicológico, tem-se a seguinte idéia em relação à
palavra significado:
Significado não é o mesmo que sentido. Para ele o sentido é a
soma dos eventos psicológicos que a palavra evoca na
consciência. É um todo fluido e dinâmico, com zonas de
estabilidade variável, da qual a mais aceitável, e precisa é o
significado que é uma construção social de origem
convencional (ou sócio – histórica) e de natureza
relativamente estável (VYGOTSKY; 1998, apud SIGARDO;
2000 p. 45).
Segundo Ferreira (1998), significado é: ”acepção, palavra equivalente no
mesmo ou em outro idioma-linguagem”. A representação na linguagem do
significado [corresponde ao conceito ou a noção, ao passo que o significante
corresponde a forma] (p.1584).
O homem é um ser que vive numa busca constante de significados e de
definições de conceitos, a fim de obter respostas ou soluções para problemas
que o envolve principalmente aqueles relacionados aos espaços que ele
ocupa. Nesta perspectiva, Freitas e Mendes (2007), abordam:
Ao definir conceito, busca-se o seu significado: a definição
indica o sentido de um termo da palavra que designe a
essência, sendo que o seu reconhecimento facilita o processo
de comunicação e a compreensão dos fenômenos bem como
a diferenciação do conceito. Observa-se, portanto, que a
formação de um conceito requer um conjunto de significados e
significantes. O significado consiste na forma lingüística
utilizada para expressar a imagem mental geral: o significado
se refere à compreensão das propriedades gerais do conceito
(p. 4).
Quando significamos algo, é porque estamos dando-lhe preferência. Isso
demonstra que, significar ou não significar implica em inclusão ou exclusão de
um sujeito ou objeto. Com referência ao que foi expresso, Silva (2000) faz a
seguinte abordagem:
21. 20
À medida que vamos formulando e inovando nossos esquemas
de conhecimento; promovemos também, alterações na forma
de como significamos as coisas. Isso implica dizer que os
significados dependerão do nível de conhecimento que
adquirimos ao longo de nossas vidas e a forma de como
agimos com base em tal conhecimento no espaço físico
escolar (p.67).
2.2 Profissionais da Educação Infantil como agente transformador
Quando se fala em profissionais da educação levamos todas as nossas
expectativas para os professores uma vez que estes são os responsáveis na
maioria das vezes pelas relações sociais estabelecidas com os alunos.
Entretanto necessitamos compreender que os profissionais da educação são
todos os envolvidos no processo educativo desde aqueles que atuam na área
de serviços gerais até o responsável pela gestão da escola.
Diante desse contexto acreditamos que tais sujeitos podem colaborar e
incentivar nas transformações de crianças, jovens e adultos além de fazerem
parte do espaço escolar com o papel de dar significados a este espaço no
sentido de saber usá-lo, cuidá-lo, vê-lo como parte integrante no processo de
ensino aprendizagem, principalmente na Educação Infantil.
De acordo com Kramer (1991):
É preciso que os profissionais da educação infantil tenham acesso ao
conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em
geral, para repensarem sua prática se reconstruírem enquanto
cidadão sujeito da produção de conhecimento. E para que possam
mais do que “implantar” currículo ou “aplicar” proposta a realidade da
creche/ pré-escola em que atuam efetivamente participar da sua
concepção construção e consolidação. (p.19).
Acreditamos que os profissionais da educação devem atuar muito além
da sua determinada função seja ela lecionar, administrar corpo funcional e/ou
atender a uma proposta pedagógica. Neles são depositadas esperança em
tempos de desencantos para que possam fazer do espaço escolar onde é
22. 21
muitas vezes um refúgio, um ambiente agradável de forma a facilitar o
processo de ensino aprendizagem.
Em contra partida Gentili (2008) afirma que:
(...) os trabalhadores e as trabalhadoras da educação vivem também
em um estado de permanente antonímia existencial. Chamados a
salvar a pátria e seus súditos, costumam ser condenados a assumir
a responsabilidade das causas que submetem nossas sociedades a
um estado de permanente desolação. Convidados a exercerem o
papel de Superman e Mulher Maravilha, sua auto-estima se dilacera,
agonizante, diante da evidência de que para boa parte do povoe dos
detentores do poder, não passam de simples vilões de meia-tigela,
desqualificados funcionários do fracasso, falsos vendedores de vãs
ilusões e inconclusas promessas. Os docentes são chamados para
ensinar a salvar o mundo. E se o mundo estiver assim, deve ser
culpa deles (p.11).
É importante que o profissional da educação infantil enquanto gestor
busque não só cumprir prazos e seguir as estratégias, mas também sentir,
perceber, dar significados a questões que muitas vezes não são padrões, mas
que tem relevância ao objetivo maior que é o desenvolvimento da
aprendizagem e segurança dos alunos através de uma utilização do espaço
escolar como forma de potencializar as ações educativas levando em conta
que é necessário incluir os espaços da escola nos orçamentos e planejamentos
educativos.
Segundo Sâni (2008):
O Papel do gestor escolar não se resume em cumprir e fazer cumprir
as leis e regulamentos, as decisões, os prazos para o
desenvolvimento dos trabalhos e transmitir a seus subordinados a
estratégia a ser adotada no desenvolvimento desses trabalhos.
O gestor deve ser democrático, opinar e propor medidas que visem o
aprimoramento dos trabalhos escolares, o sucesso de sua instituição,
além de exercer sua liderança administrativa e pedagógica, visando a
valorização e desenvolvimento de todos na escola (p. 01)
Sabemos que o professor contribui diretamente para formação do
individuo, e é considerado o principal agente do processo educativo, pois é
através dele que são transmitidos os anseios e expectativas da escola. Gentili
e Alencar (2005) definem professores como:
23. 22
Pedreiros que colocam tijolos no edifício de uma nova sociedade que
não será feroz e excludente como a atual. Mestres e mestras são
anunciadores de um tempo de mais delicadeza, que já aparecem no
olhar curioso das suas crianças, no idealismo dos seus jovens
alunos. Ou dos adultos de mãos calosas que teimam em aprender.
Profissionais do ensino são necessariamente militantes de um
projeto rebelde e amoroso de geração do mundo (p.110).
Diante do contexto é notório que os profissionais de educação em
especial o professor não é apenas responsável pela construção de
conhecimentos como também a formação de homens críticos, pode construir
valores,criar espaço dignos para formação do individuo, transformador de
pessoas e espaços.
2.3 Educação Infantil e espaço escolar: algumas considerações
De acordo com Silva e Costa (2008) a Educação Infantil caracterizou-se
historicamente, pelo assistencialismo reduzindo-se a um espaço
essencialmente de cuidados com a criança. Com o passar dos tempos, com
algumas mudanças ocorridas nas tendências educacionais, passou a ser
considerada e entendida como um processo educativo. Hoje, ao pensar-se em
Educação Infantil, não é possível desassociar o cuidar e o educar, eixos
centrais que caracterizam e constituem o espaço e o ambiente escolar nesta
etapa da educação.
Modificar essa concepção de educação assistencialista significa
atentar para várias questões que vão muito além dos aspectos
legais. Envolve, principalmente, assumir as especificidades da
educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações
entre classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel
do Estado diante das crianças pequenas. (BRASIL, 1998, v. 1, p. 17)
A Educação Infantil está sendo foco de várias discussões no campo da
educação. Isso demonstra a relevância que esta etapa tem na formação da
criança, pois é preciso entender o lugar social que a criança ocupa mesmo
sabendo que esta ainda não exerce seus deveres de cidadão, entretanto é
nesta etapa que vão surgindo as primeiras experiências de vida que
24. 23
influenciam na formação cultural e emocional dos sujeitos que estão inseridos
espaço escolar. Diante dessa reflexão Kramer (2005) problematiza essa
questão relatando que:
Estudos contemporâneos sobre infância enfatizam que a criança é
um sujeito social, que possui historia e que, além disso, é produtora
e reprodutora do meio no qual está inserida, atuando, portanto como
produtora de história e cultura (p.133).
Diante do que foi abordado anteriormente, percebemos que as
concepções de educação infantil muitas vezes passam por compreensões
diversas em nossa sociedade. Neste contexto, Kramer (1998) relata que:
A herança histórica de constituição de educação infantil como etapa
da escolarização da criança pequena muitas vezes impede a
percepção de que “a educação infantil não se restringe aos aspectos
sanitários ou assistencial, mas não se resume tampouco, à mera
antecipação da escolaridade nem à transmissão seqüencial de
informações” (p.7).
Kramer (2005) ainda afirma o seguinte:
O que se observa, ainda, nas práticas de educação infantil é uma
ênfase ora em aspectos assistenciais, ora em caráter pedagógico, no
sentido de transmissão de conhecimentos. Cabe perguntar: no
contexto dessas práticas, onde fica a criança como sujeito social?
Sua história, seu saber, sua identidade, que espaço tem ocupado a
criança como sujeito histórico-cultural nas políticas de formação dos
professores de educação infantil? (p.135).
A concepção de educação infantil vem mudando. A visão assistencialista
está dando lugar a um novo enfoque educacional, pois em tempos passados,
até mesmo o ambiente destinado à educação das crianças era separado dos
demais, proporcionado um segmentação em vez de integração educacional. De
acordo com essa afirmação, Machado (2005) expressa que:
Na educação infantil brasileira o entendimento das novas definições
de creche e pré-escola pelo critério da faixa etária tem levado, em
muitos casos, mas não em todos, a uma maior segmentação no
atendimento à criança de 0 a 6 anos, fazendo com que tenham que
mudar de instituição e de período diário de freqüência ao completar 4
anos de idade. É interessante notar que se verifica a mesma
tendência no ensino fundamental, com muitos estados dividindo as
25. 24
escolas entre 1ª e 4ª série e 5ª série em diante, funcionando em
prédios separados (p.29).
Segundo a Constituição de 1998, ela passou a ser legalmente oferecida
como dever do Estado e direito a todas as crianças. Essa afirmação é
confirmada ao analisarmos o que diz a LDB (Lei das Diretrizes e Bases) Art.
29:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de
idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade (LEI 9394, de
DEZEMBRO de 1996).
De acordo com Brasil (2006): A unidade de Educação Infantil deve ter
acesso privilegiado aos serviços básicos de infra-estrutura, tais como água,
esgoto sanitário e energia elétrica, atendendo às necessidades de higiene e
saúde de seus usuários, além de rede de telefone (p.32)
Percebemos dessa forma que houve uma evolução na forma como a
criança era tratada e concebida possibilitando assim a criação de políticas
públicas e melhorias na articulação pedagógica voltada para a educação
infantil. A educação infantil por ser tão importante, pode valorizar a criança em
sua totalidade respeitando a individualidade de cada aluno que dela faz parte e
possibilitando experiências de aprendizagem no espaço escolar.
2.4 Espaço físico Escolar:
Acreditamos que os profissionais da educação são responsáveis pela
criação de um espaço escolar que viabilize o trabalho educacional, cumprindo
o projeto pedagógico da escola. Mas é essencial que eles envolvam toda
comunidade escolar. Pois a aprendizagem acontece de forma mútua afinal
todos os atores da escola ensinam e aprendem sendo que os espaços e
práticas de um ambiente escolar acolhedor também educam. Diante desse
contexto precisamos refletir sobre este conceito para melhor compreender a
utilização do espaço físico escolar.
26. 25
2.4.1 Conceituando espaço físico escolar
O espaço físico pode ser compreendido como o local onde acontecem
as principais experiências sociais e formativas do aluno e envolve vários
aspectos tais como: segurança, organização e estética sendo que existe uma
relação com o desenvolvimento do ensino aprendizagem e a utilização desse
espaço. Nessa perspectiva Rizzo (1989) três aspectos importantes que devem
ser levados em conta:
Organização: Tendo a pré-escola por objetivo desenvolvimento pleno
da criança e sua integração social, a organização do ambiente deve
levar em conta mobiliário, brinquedos, espaçamento das salas, de
forma permitir e estimular determinadas ações da criança.
Estética: Uma sala especialmente organizada para promover
educação não pode apenas conter objetos acumulado, a disposição
do mobiliário, a exposição dos trabalhos, o colorido da sala e seus
adornos, são em si uma mensagem que comunica a criança a
satisfação em que o professor a recebe na escola e o cuidado que
esta dispensa a ela.
Segurança: O professor e a escola antes de tudo, são responsáveis
péla vida criança enquanto esta fica ali dentro sob sua
responsabilidade. O professor tem por obrigação tomar algumas
atitudes fundamentais para prevenção de acidentes. (p.189 )
De acordo com Frison (2008) A estruturação do espaço físico, a forma
como os materiais estão dispostos e organizados influenciam os processos de
ensino e de aprendizagem e auxiliam a construção da autonomia, da
estabilidade e da segurança emocional da criança, pois para que a sua
identidade seja desenvolvida, é fundamental que ela sinta-se protegida e esteja
inserida em um universo estável, conhecido e acolhedor.
Podemos compreender os espaços como componentes ativos do
processo educacional e neles estão refletidos os significados dos profissionais
de educação. A escola é um espaço de trocas e de construções coletivas
definidas, nos princípios educativos implícitos no projeto pedagógico assumido
pela equipe escolar. É importante que a sala de aula seja um lugar motivador,
em que se acolham as diferentes formas de ser e de agir, contempladas nos
projetos de trabalho, nos quais as crianças vivenciam suas experiências e
27. 26
descobertas. Nesse espaço segundo Frison (2008), emergem idéias a serem
cuidadosamente trabalhadas, implementadas e reformuladas.
O espaço físico é um elemento importante: quando estruturado,
oportuniza aprendizagens e interações entre as crianças. Sua
organização, ao tornar-se parte integrante do planejamento, passa a
constituir-se como recurso, como estratégia do professor. A proposta
pedagógica, na Educação Infantil, precisa ser pensada em parceria
com as crianças, permitindo que elas aprendam a refletir, tomar
decisões, dizer do que gostam ou o que não querem fazer (p.03).
Conforme Arribas (2004) no espaço físico, a criança compartilha
aprendizagens, “a experiência coletiva oferece a possibilidade de encontrar
novas formas sociais de trabalho e de convivência, já que, cada vez mais
rapidamente, a criança tem necessidade de comunicar aquilo que conhece e
sabe” (345).
2.4.2 A utilização do espaço físico escolar
Acreditamos que nem todos os espaços físicos escolares são
transformados ou utilizados como espaços educativos. Por isso surge a
necessidade de os profissionais da educação infantil estarem atentos para
estes fatores, pois é importante que a aprendizagem dos alunos e as
interações formativas sejam colocadas como prioridade e que todos os meios
sejam utilizados para tal fim, tanto os recursos pedagógicos como o próprio
espaço fisco da escola. Há diferença entre espaço físico e ambiente educativo.
Para Zabalza (1998):
O termo “espaço” refere-se ao espaço físico disponível à realização
das atividades, os locais caracterizados pelos objetos, pelo mobiliário
e pela decoração e o termo “ambiente educativo” refere-se ao
conjunto de atividades pedagógicas que são implementadas no
espaço físico. O espaço físico pode ser transformado em espaço
educativo, dependendo da atividade que nele acontece. A criança,
ao estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, interage com o
meio, manifestando suas emoções, seus sentimentos, suas
conquistas, que podem modificar o ambiente. Como o meio físico é
fator determinante para estimular e motivar as aprendizagens, é
imprescindível que o professor esteja atento ao organizá-lo, para que
as crianças possam brincar e interagir de forma criativa e
desafiadora. As trocas realizadas são essenciais para o
28. 27
desenvolvimento da criança, pois, através delas, abrem-se outras
possibilidades de aprendizagens.
A utilização de todos os espaços da escola, refletindo sobre sua forma
de organização e buscando condições que promovam a aprendizagem, tem de
ser uma pauta constante dos profissionais da escola, principalmente dos que
pertencem à educação infantil.
A relação do espaço físico com a educação infantil é lembrada por
Piaget (1971):
Não deve ser vista como passa tempo, mas que possa ser um
espaço criativo, que permite a diversificação e ampliação de
experiências infantis, valorizando a iniciativa, curiosidade e
inventividade da criança e promovendo sua autonomia (p.129)
O espaço físico da escola constitui-se em lugar ideal para oportunizar
não só aprendizagem, mas também iniciativa, criatividade, interação e
convivência de todos que interferem e são interferidos por ela.
29. 28
CAPÍTULO III
3. METODOLOGIA
A pesquisa científica em ciências sociais é imprescindível no processo
de investigação do cotidiano para o entendimento das relações da sociedade
Minayo (1994) ressalta:
Entendemos por pesquisa a atividade básica da ciência na sua
indagação e construção da atividade de ensino e a atualiza frente à
realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, a
pesquisa vincula pensamento e ação. Ou seja, nada pode ser
intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar
um problema na vida prática. As questões de investigação estão,
portanto relacionadas a interesses e circunstancias socialmente
condicionada. (p.159).
Tendo em vista a natureza do problema pesquisado e dos objetivos
traçados, optamos por uma abordagem qualitativa, por acreditarmos que esta
possibilitará de forma complexa a percepção do fenômeno estudado, e
permitirá ainda o contato direto com o lócus e os sujeitos da pesquisa, na
tentativa de identificar os significados que os profissionais de educação infantil
dão ao espaço físico escolar.
Em se tratando da pesquisa qualitativa, que visa destacar características
não observadas por meio de estudo quantitativo, pelo fato de este ser
superficial Goldemberg (2000) diz o seguinte:
Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa em pesquisa
se opõem ao pressuposto que defende um modelo único de
pesquisa para todas as ciências da natureza. Estes pesquisadores
se recusam a legitimar seus conhecimentos por processos
quantificáveis que venham a se transformar em leis explicáveis
gerais. Afirmam que as ciências sociais têm sua especificidade, que
pressupõe uma metodologia própria. Os pesquisadores
qualitativistas recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da
vida social (p.17).
30. 29
A pesquisa realizada possui uma natureza qualitativa, interpretativa e
não-experimental, Castro (2006) aborda: “Na pesquisa qualitativa, por sua
natureza, o processo é bem mais indutivo. Há uma exploração do tema de
forma muito mais livre e aberta.” (p.107). E reforçando esta afirmação
Deslandes(1994) acrescenta:
A pesquisa qualitativa responde as questões particulares, ela se
preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não
pode ser o universo de significados, motivos às aspirações, crenças,
valores e atitudes que correspondem a um espaço mais profundo
das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser
reduzidos à operacionalização de variáveis. (p.21).
Com a utilização desta abordagem temos a possibilidade de realizar
investigações no seu próprio ambiente natural e colher dados diretamente da
fonte, para que tenhamos maiores aproximações com as questões
pesquisadas realizada na Escola Municipal Nossa Senhora do Perpetuo
Socorro.
3.1 Instrumentos de coleta de dados
Sem a utilização de determinados instrumentos de coleta de dados,
torna-se praticamente inviável principalmente numa abordagem qualitativa,
almejar o objetivo de estudo. Os instrumentos aos quais fizemos uso na
construção dessa pesquisa foram, o questionário fechado, que tem na sua
construção questões objetivas, sendo assim, permite-nos respostas que
possibilitam a comparação com outros instrumentos de coleta de dados, e o
questionário aberto, que mostra uma relação fixa de perguntas, cuja ordem e
redação permanecem invariáveis para todos os sujeitos. Permitindo assim o
tratamento dos dados, nos dando suporte para apurar opiniões e alcançar
nosso objetivo de pesquisa.
3.1. 1 Questionário fechado e aberto
31. 30
Diante da necessidade de levantar dados sobre o perfil dos sujeitos em
seus aspectos sociais, econômicos e educacionais foi elaborado e aplicado o
questionário fechado (em anexo). O questionário contempla características
como, gênero, idade, formação escolar e/ou acadêmica, tempo de serviço
docente, situação sócio-econômica.
Triviños (1987) afirma que: “sem dúvida o questionário fechado de
emprego usual no trabalho positivista, também o podemos utilizar na pesquisa
qualitativa” (p.137). Este instrumento visa também adquirir informações que
estejam relacionadas à idade, gênero, estado civil, religião, renda mensal e etc.
Escolhemos também, aplicar o questionário aberto (em anexo) por ser
um instrumento de coleta de dados com questões a serem respondidas por
escrito e visto que tem o propósito de enriquecer a pesquisa nos dando
possibilidades de identificar os significados que os sujeitos dão a determinados
fatores. O questionário favorece uma análise minuciosa, uma vez que, segue
uma ordem de questões que serão respondidas pelos sujeitos sem a presença
do pesquisador. Segundo Marconi e Lakatos (1996):
Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma
série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e
sem a presença do entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o
questionário ao informante, pelo correio ou por um portador, depois de
preenchido, o pesquisado, devolve-o do mesmo modo. (p.88)
O questionário permite indicar e ordenar as respostas mais adequadas,
buscando a coleta dos dados gerais dos sujeitos e sobre questões acerca do
tema indicado.
3.2 Lócus
O lócus escolhido para a realização dessa pesquisa foi a Escola
Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, pois além de oferecer a
modalidade de ensino de Educação Infantil é um espaço escolar que nos
últimos anos passou por reformas e adaptações. O espaço está dividido da
seguinte forma: diretoria, 1 pátio coberto, 1 pátio aberto, 1 sala de informática,
32. 31
1 sala de leitura, 1 parque infantil coberto, 1 espaço para apresentações, 1
almoxarifado, 9 salas de aula, sendo duas para Educação Infantil, 7 banheiros,
sendo 1 banheiro adaptado, 2 banheiros para educação infantil, 1 cozinha e
1sala dos professores e coordenação. A escola atende atualmente a 532
alunos, 19 professores, 6 auxiliares de serviços gerais, 1diretor, 1 vice -
diretor, 1 coordenador pedagógico, 1 técnico em informática, 3 vigilantes, 1
secretária. As aulas acontecem nos turno matutino e vespertino.
3.3 Sujeitos
Os sujeitos de nossa pesquisa foram os profissionais da educação
infantil do citado lócus. Estes por sua vez pertencem as seguintes categorias:
professores, gestores, coordenadores, zeladores. No total foram pesquisadas
04 pessoas que se propuseram a responder nossos questionários. Escolhemos
estes sujeitos por que além de terem contato coma educação infantil são
responsáveis pela organização, transformação e utilização do espaço físico
escolar.
33. 32
CAPÍTULO IV
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
No presente capítulo apresentaremos o resultado da pesquisa que teve
como objetivo identificar os significados que os profissionais de educação
infantil dão ao espaço físico escolar. Para tanto, ressaltamos que análise e
interpretação de dados foram subsidiadas através dos seguintes instrumentos:
questionário fechado e questionário aberto. Ludke e Menga (1986) apontam:
Analisar os dados qualitativos significa “trabalhar” todo material
obtido durante a pesquisa, ou seja, os relatos de observação, as
transcrições da entrevista, as análises de documentos e as demais
informações disponíveis. A tarefa de análise implica, num primeiro
momento, a organização de todo o material, dividindo-o em partes,
relacionando essas partes e procurando identificar nele tendências e
padrões relevantes. Num segundo momento essas tendências e
padrões são avaliados, buscando-se relações e interferências num
nível de abstração mais elevado. (p.45).
Inicialmente analisaremos o questionário fechado buscando traçar o
perfil dos sujeitos da pesquisa e posteriormente será analisado o questionário
aberto aplicado aos profissionais de educação infantil, para melhor
identificarmos os significados atribuídos ao espaço físico escolar.
Salientamos que todas as interpretações foram norteadas por nosso
quadro teórico, sem perder de vista nossos objetivos traçados. Sendo assim,
estaremos apresentando a seguir, o resultado da análise.
4.1 Perfil dos Sujeitos
4.1.1 Gênero
34. 33
Este primeiro tópico refere-se às informações relacionadas ao gênero de
nossos sujeitos que em sua totalidade, ou seja, 100% pertencem ao sexo
feminino. Esse dado demonstra claramente que a representação feminina
ainda predomina na atuação da educação infantil. Isso se deve à forma como a
educação infantil foi implantada no Brasil e no mundo, pois sabemos que esta
modalidade de ensino teve uma proposta de “cuidar” com um aspecto
assistencialista associado à figura feminina por atrelar preconceituosamente a
função do profissional de educação infantil à maternidade. Segundo Kishimoto
(2002):
Ao longo da constituição da Educação Infantil, o profissional
enfrentou as contradições entre o feminino e o profissional.
Princípios como a maternagem, que acompanhou a história da
Educação Infantil desde seus primórdios, segundo o qual bastava
ser mulher para assumir a educação da criança pequena, e a
socialização apenas no âmbito doméstico, impediram a
profissionalização da área. (p. 07).
De acordo com Kramer (2005, p. 125): “As atividades do magistério
infantil estão associadas ao papel sexual, reprodutivo, desempenhado
tradicionalmente pelas mulheres, caracterizando situações que reproduzem o
cotidiano, o trabalho doméstico de cuidados e socialização infantil...”.
Entretanto é importante que se tenha claro que o profissional de educação
infantil não se confunde com a mãe, pois seu papel vai muito além do cuidar.
4.1.2 Faixa Etária
De acordo com as informações coletadas, a faixa etária dos sujeitos
demonstra que 60% têm entre 36 a 40 anos de idade enquanto que 20% tem
31 0 35 anos e 20 % tem 26 a 30 anos.
35. 34
Faixa etária
20%
36 a 40 anos
26 a 30 anos
60%
20% 31 a 35 anos
Figura 01: Faixa Etária
Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos
da pesquisa
Podemos fazer uma analise comparativa entre os dados de tempo de
atuação (p.35) com a faixa etária, onde compreendemos que se 60% têm idade
superior a 36 anos, justifica 80 % de estes profissionais atuarem a mais de 10
anos na área de educação
4.1.3 Cor
Apesar de o Brasil ser uma nação representada em sua maior parte da
população por afro descendentes, identificamos que ainda existe uma
disparidade muito grande em todas as áreas profissionais, no que diz respeito
ao ingresso do negro no mercado de trabalho. Conforme gráfico, veremos que
apenas 20% dos sujeitos se consideram negros enquanto que 40%
responderam ser da cor branca e 40% parda.
Cor
20%
40%
Parda Branca
40% Negra
Figura 02: Cor
Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos
da pesquisa
36. 35
Dessa forma afirmamos que no Brasil são poucas as oportunidades de o
negro usufruir ações igualitárias e justas racialmente. Oliveira (2001) enfatiza:
Os índices sociais constatam que os afro-brasileiros estão nos níveis
mais baixos de pobreza e de escolaridade. Encontramos os negros
nas emissoras de televisão em número insignificante em relação a
sua presença na sociedade. A discriminação existe na escola, no
trabalho, nas ruas (p.8).
Percebemos assim, que a sociedade democrática, não preconceituosa
anti-racista, que imaginamos viver, é apenas uma utopia. Pois os racismos e
preconceitos estão se camuflando em muitos discursos políticos, religiosos,
intelectuais, educacionais, entre outros. Entretanto, apesar de haver essa
negação mascarada, sabemos que a não existência do preconceito na
sociedade atual, sempre foi mais um anseio do que uma realidade
4.1.5 Tempo de atuação
Identificamos que 20% dos profissionais que atuam na educação infantil
têm entre 1 a 6 anos de experiência, enquanto que 80% atuam nesta aréa há
mais de 10 anos.
Tempo de atuação
20%
40%
16 a 20 anos
11 a 15 anos
40%
1 a 6 anos
Figura 04: Tempo de atuação
Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos
da pesquisa
37. 36
A experiência por si só não garante ao profissional da educação infantil
um bom desempenho, é importante que este busque estar se atualizando, e
incorporando à sua prática novos conhecimentos, pois à medida que se amplia
o nível de conhecimento os significados têm também, são modificadas. Daí a
relevância de estar constantemente refletindo sobre o papel da sua prática na
educação infantil e como pode estar garantindo uma educação com maior
qualidade e respeito à dignidade humana.
4.1.4 Formação
Em se tratando da formação inicial dos nossos sujeitos identificamos
que 20% tem formação em nível médio, 20% tem superior incompleto, 40% têm
Ensino Superior completo e 20% são pós-graduado em psicopedagogia. Neste
tópico percebemos que a grande maioria traz uma formação acadêmica, o que
implica em um conhecimento, mais aprofundado destes profissionais. Vejamos
o gráfico a seguir.
Formação
20%
40%
Ensino Superior
Superior Incompleto
20%
Pós-graduação
20% Ensino Médio
Figura 04: Tempo de atuação
Fonte: Questionário aplicado aos sujeitos
da pesquisa
De acordo com Angotti (2006) os profissionais de Educação Infantil
precisam de uma formação inicial de qualidade que lhes permita o
desenvolvimento de uma prática que integre o cuidar, educar e brincar de
38. 37
maneira indissociável. Não se pode mais aceitar amadorismo num trabalho
cujo fim é a formação de pessoas.
4.1.6 Turnos que trabalha
Ao analisar os questionários fechados percebemos que 100% dos
sujeitos trabalham dois turnos. Este é um aspecto que pode estar relacionado
com as baixas condições de trabalho oferecidos aos profissionais de educação
infantil e aos péssimos salários que recebem. Pois, na maioria das vezes esses
sujeitos precisam trabalhar mais de um turno para garantir o sustento da
família. Podemos relacionar esta questão também, com o gênero desses
profissionais. Por saber que no Brasil, as mulheres recebem salários mais
baixos que os homens.
4.2 Análise do questionário aberto
Nesta etapa estaremos apresentando o resultado do questionário aberto
que nos permitiu identificar os significados que os profissionais da educação
infantil dão ao espaço físico escolar. Esse é um momento relevante na
pesquisa, pois interpretaremos os dados e faremos comparações confrontando
idéias presentes nos discursos dos sujeitos e do quadro teórico, buscando
nosso objetivo. Dessa forma para melhor compreensão dos dados coletados
elencamos duas categorias conforme descrição abaixo para apresentação dos
resultados:
Espaço físico escolar como garantia e respeito à dignidade;
Espaço físico como recurso para o processo de ensino -
aprendizagem;
39. 38
4.2.1 O espaço físico como garantia e respeito à dignidade
Acreditamos que o espaço físico escolar em especial o de Educação
Infantil tem a possibilidade de tornar a escola algo prazeroso ou desmotivador
e sabemos ainda que existem referências que nos mostram requisitos de como
devem ser organizados e estruturados os espaços destinados a Educação
Infantil, como nos diz os Parâmetros básicos de infra - estrutura para
instituições de Educação Infantil que o espaço ideal deve garantir: “Conforto
ambiental dos seus usuários (conforto térmico, visual, acústico olfativo /
qualidade do ar) e qualidade sanitária dos ambientes” (BRASIL, 2006.p.21).
Reforçamos essa idéia com o que Kramer (2006) afirma:
Algumas diretrizes orientam a organização do espaço e a disposição
dos materiais:
O ambiente da escola deve ser seguro e deve favorecer a ampla
circulação das crianças...
Na sala de aulas as crianças precisam ter acesso direto aos materiais
pedagógicos...(p.74)
Entendemos que estes têm relação direta com o respeito à dignidade
das crianças que ali freqüentam: as cores, os móveis e objetos oferecidos
transmitem como os alunos se sentem, pois uma criança pode ter sua
dignidade ferida ao utilizar um banheiro sujo, não ter um espaço adequado
para dormir, ou não se sentir segura e acolhida.
Para tanto a legislação nos mostra a necessidade das crianças terem
espaços adaptados e ideais para sua estatura física respeitando a
individualidade. Angotti (2001) afirma:
Estudos científicos, principalmente da psicologia, têm apontado a
importância dos primeiros anos de vida para a construção do sujeito.
Devemos ter como meta, na educação pré-escolar, a criança com
seu desenvolvimento enquanto ser cognitivo e cognoscível, para que
possamos garantir a construção de sua pessoa. (p. 55).
40. 39
Entendemos que um espaço físico ideal para criança tem relação direta
com o respeito à dignidade, pois quando oferecemos um local apropriado que
respeita altura, os limites da infância, dê condições de higiene estamos
também respeitando a dignidade. Percebemos nas falas dos nossos sujeitos
que 100% dos profissionais da educação infantil compreendem que o espaço
físico escolar ideal para crianças são os que vão de acordo com a legislação.
Analisemos as afirmações quando perguntados qual o espaço físico ideal para
Educação Infantil:
Sala ampla, arejada, banheiro adequado, móveis ideais, parquinho.
1
(P 1).
Uma área bem grande e aconchegante. (P2).
È um lugar onde encontramos sala de aula amplas, cantina,
banheiros, espaço para recreação, sala de professores, secretaria,
etc.(P3).
Bem estruturado, com parques apropriados para a idade, salas com
cantinhos de trabalhos específicos, banheiros adaptados, um amplo
espaço exterior para atividades diversificadas. (P4).
Não identificamos nos discursos destes profissionais os significados que
estes dão ao espaço ideal. Estas falas representam idéias presas apenas às
estruturas físicas no sentido de paredes, salas, mesas, espaços para
recepcionar as crianças, não identificamos que dão significados no sentido de
que espaços transmitem sensações e possibilitam experiências formativas e
construtivas.
Como nos diz Brasil (2006):
Os aspectos estético-compositivos dizem respeito à imagem e à
aparência, traduzindo-se em sensações diferenciadas que garantam
o prazer de estar nesse ambiente. Nessa vertente estão incluídas a
diversidade de cores, texturas e padrões das superfícies, o padrão
construtivo, as formas, as proporções, os símbolos, os princípios
compositivos, enfim, todos os elementos visuais(p.13).
1
Utilizaremos a consoante P maiúscula seguida de números arábicos crescentes para assegurar a
identidade dos nossos sujeitos.
41. 40
Acreditamos ainda que a distinção para o espaço físico deve existir, por
atender seres diferenciados fisicamente e psicologicamente e uma vez que
este espaço diferenciado poderá preservar a integridade física e a dignidade
das crianças por poder desenvolver suas experiências em um lugar favorável e
atrativo.
Questionamos aos sujeitos se consideram que estrutura física da escola
de educação infantil deve ser diferenciada e ao nos reportarmos aos discursos
dos sujeitos percebemos que em sua maioria compreendem que o espaço
físico para Educação Infantil deve ser diferenciado, mesmo assim não
conseguimos evidenciar que a diferença e a forma ideal destes devem existir
por algum significado além da estrutura física:
Sim. Para melhor adaptação da criança. (P1).
Sim. Porque fica difícil agregar educação infantil com Ensino
Fundamental I e II. (P2).
Sim. Porque acontece um trabalho diferenciado com estrutura física
diferente e correta para Educação Infantil. (P3).
Apesar de a maioria dos profissionais apresentarem significados do
espaço físico escolar apenas compreendendo – o como estrutura física
apresentamos a seguir uma fala que se tornou inusitada em relação as demais:
Sim. Para proporcionar uma Educação de Qualidade, o espaço
precisa ser convidativo para os alunos, condizendo com a faixa etária
de cada um. (P5).
Acreditamos que o espaço convidativo a que se refere P5 é um lugar onde
sentimos vontade de permanecer, sentimo-nos valorizados, respeitados,
acolhidos e bem recebidos e proporciona um processo de ensino
aprendizagem mais eficiente pois salas de aula, locais de merenda, áreas de
lazer, corredores e banheiros ajudam a construir e consolidar muitos valores”.
Dahlberg (2003) enfatiza que:
42. 41
(...) a instituição didática a primeira infância, proporciona um espaço
para atividades e relacionamentos, permitindo a construção de
conhecimento e identidade. Proporcionam as crianças ferramentas e
recursos para explorar e resolver problemas, negociar e construir
significados. (p. 105)
Diante de toda essa problemática percebemos que espaço físico
diferenciado e ideal para atender a educação infantil não deve ser entendido
apenas como as salas de aula e sim como um local a ser dado significados a
aquelas estruturas existentes, pois esta precisa atender ao público respeitando
suas individualidades e características próprias.
Tendo em vista que os significados norteiam nossa prática educativa,
percebemos que os profissionais de educação infantil, precisam reformular
seus conceitos a fim de garantir uma maior compreensão das questões
complexas que envolvem o processo educativo e valorização da dignidade das
crianças.
Kramer (2005) enfatiza essas dimensões aponta que:
A formação de profissionais da educação infantil precisa ressaltar a
dimensão cultural da vida das crianças e dos adultos com os quais
convivem, apontando para a possibilidade de as crianças
aprenderem com a história vivida e narrada pelos mais velhos, do
mesmo modo que os adultos concebem a criança como sujeito
histórico, social e cultural... Observar as particularidades infantis,
promovendo a construção coletiva de espaços de discussão da
prática exige embeber a formação na crença de que não há “déficit”
na criança nem que a ela de dedica, a ser compensado; há saberes
plurais e diferentes modos de pensar a realidade. (p. 129).
Se levarmos em conta o contexto histórico da educação infantil em
nosso país, iremos perceber, por exemplo, os motivos pelos quais as
instituições de educação infantil ainda são tão precárias em nossas cidades.
Portanto, urge a necessidade de agirmos no sentido de garantir políticas
públicas para melhorar essa situação e oferecer ensino de qualidade aqueles
que são excluídos socialmente.
43. 42
Sabemos que é de grande relevância a disposição de um espaço
especifico para educação infantil com qualidade e que atendam ás
necessidades, porém cabe ao aos profissionais de educação saber utilizar os
elementos existentes e transformá-lo em objeto provedor de conhecimento e
que ao invés de inútil ou comprometedor ofereça dignidade.
Se os profissionais da Educação dão significados aos espaços da escola
pensando em respeitar os limites e peculiaridades das crianças, estão
garantindo e respeitando também a sua dignidade de ser humano de ser
criança.
4.2.2 Espaço físico como recurso para o processo de ensino -
aprendizagem
Acreditamos que todos os elementos existentes no espaço escolar são
recursos que auxiliam no desenvolvimento do ensino aprendizagem e que o
espaço físico e tudo o que nele for oferecido pode ser dado este significado.
Como nos revela Frison (2008): “Como o meio físico é fator determinante para
estimular e motivar as aprendizagens, é imprescindível que o professor esteja
atento ao organizá-lo, para que as crianças possam brincar e interagir de forma
criativa e desafiadora” (p.02).
Perguntados se consideram que todo o espaço escolar é um espaço
educativo. 100% dos profissionais responderam de forma positiva, que
acreditam que todo espaço físico escolar é um espaço educativo, porém
quando perguntados quais as atividades que desenvolvem nestes espaços nos
deparamos com as seguintes falas:
Não atuo em sala de aula. (P2).
Atividades de aprendizagem diárias como fazer recreação,
brinquedos, direitos e deveres e conscientização de questões
vivenciadas sobre o meio ambiente. (P3).
Na sala de aula: atividades e leitura e escrita, coordenação motora,
aspectos matemáticos, ciências naturais e sociais, musicalidade e
44. 43
outros; Parquinho exterior: movimento; banheiro: Higiene pessoal;
cozinha; receitas e higiene; pátio interno apresentações culturais.
(P4).
Atividades de recreação no parquinho, atividades com musica, dança
na sala de aula. (P5).
Na fala de P2 podemos perceber uma visão limitada dos significados
que dá ao espaço físico da escola, quando se refere simplesmente à sala de
aula como se os outros espaços não fossem parte integrante da escola. Como
afirma Kramer (2006, p.74): “O trabalho pedagógico se desenvolve no espaço
de toda a escola e também fora dela”.
Sendo assim percebemos que é preciso promover ações para garantir
que o espaço físico (considerado por nós como a estrutura física escolar) seja
além de tudo um espaço educativo (compreendido como local onde
desenvolvemos atividades utilizando todos os elementos disponíveis no espaço
físico), pois se o espaço físico não possibilita experiências em todo ambiente e
não tem a criança como foco do ensino não pode ser considerado como
espaço educativo.
Kishimoto (2002):
Em uma época em que se prioriza o desenvolvimento infantil da
criança na faixa de 0 a 6 anos, não se podem produzir práticas de
maternagem e escolarização precoce. É necessário respeitar a
especificidade infantil, valorizando seus saberes, criando espaços de
autonomia de expressão de linguagens e de iniciativa para a
exploração e compreensão do mundo. (p. 08).
Notamos que em algumas falas os profissionais descrevem as
atividades que desenvolvem mostrando acreditar que só é possível com os
recursos padrão. Acreditamos que o espaço físico pode ser usado como
recurso na sua totalidade sem deixar de usar qualquer parte que seja, notamos
apenas na fala do P4 um significado mais apurado sobre a utilização do espaço
escolar como recurso de ensino aprendizagem. Apenas essa profissional
vislumbrou as áreas que estão inseridas na estrutura física da escola e podem
ser usadas como ambiente educativo.
45. 44
Entendemos que as instituições de Educação Infantil precisam
proporcionar a criança uma aprendizagem significativa em que seja percebida
no processo como construtora do conhecimento. Diante de todas as
discussões realizadas percebemos que o campo da Educação infantil passou
por momentos distintos com objetivos também variados nos quais nas maiorias
das vezes não atenderam ou não atendem as necessidades pedagógicas.
Sabemos que a maioria das instituições não apresenta a mesma
estrutura física escolar de décadas anteriores, pois nossa realidade local nos
permite perceber que alguns pequenos avanços aconteceram. Por isso ao
questionar os sujeitos dessa pesquisa se o espaço físico da escola que eles
atuam é adequado para o processo de ensino aprendizagem das crianças nos
deparamos com significados paradoxais conforme afirmações a seguir:
Sim. As salas da educação infantil foram preparadas para tal
modalidade, são arejadas, amplas, assim como o banheiro adaptado.
(P5)
Sim. Só precisa de alguns ajustes. (P3)
Ao analisarmos as falas acima, fica notório que para estes profissionais
houve avanços nos espaços das escolas pensando em recepcionar as crianças
da educação infantil.
Acreditamos que todos os avanços nas estruturas físicas tenham um
significado para atender a proposta pedagógica e consequentemente o
desenvolvimento do ensino aprendizagem.
Em contra partida os profissionais também afirmaram:
Não. Faltam muitas coisas, porém os professores fazem o que pode.
(P2)
Não. (P4).
Precisamos de algumas melhorias. (P1).
46. 45
As afirmações acima nos revelam que os avanços na estruturas ainda
não atendem aos critérios exigidos nas leis e que os profissionais da Educação
compreendem a necessidade destas melhorias.
Salientamos que é importante buscar o desenvolvimento integral da
criança, mas para que isso aconteça muita coisa ainda precisa ser mudada no
tocante às políticas educacionais, pois estas deveriam contemplar aspectos
que vão muito além das questões de ordens burocráticas.
A esse respeito Gentilli (2008) traz:
O baixo investimento em educação resulta em péssimas condições
de infra-estrutura escolar, falta de material didático apropriado,
ausência de biblioteca e salas de aula superlotadas. Os governantes
neoliberais tentaram atenuar a situação mediante programas de
modernização periférica que fizeram da chamada “transformação
educacional” uma verdadeira caricatura do que deveria ser uma
política democrática: compra de alguns poucos computadores,
instalação de antenas parabólicas e aparelho de vídeo, fax e
datashows em escolas com goteiras permanentes, sem saneamento
básico, com um único banheiro para meninos e meninas, muitas
vezes sem giz e até mesmo sem energia elétrica. (p. 46).
Esse contexto denuncia a situação de grande parte das escolas
brasileiras, ai fica evidente que as políticas educacionais ainda não são
elaboradas com objetivos de melhorar a situação das escolas em sua
totalidade, mas apenas em alguns aspectos. Da mesma forma que é
importante investir na formação do profissional de educação infantil, também é
preciso investir na estrutura do espaço físico escolar e possibilitar meios para
que este se torne em espaço educativo.
... a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/96 – Lei
9.394/96), que disciplina a educação oferecida em todos os níveis -
desde a Educação Infantil até o ensino superior. Na LDB/96, os
recursos públicos destinados à educação devem ser aplicados na
manutenção e no desenvolvimento do ensino público, o que
compreende inclusive a “aquisição, manutenção, construção e
conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino”
(Alínea IV do artigo 70) (BRASIL, 2006, p.36).
47. 46
De acordo com os Subsídios e Funcionamento de Instituições de
Educação Infantil (BRASIL, 1998c):
... a organização dos ambientes das Unidades de Educação Infantil é
vista como importante para o desenvolvimento das crianças e dos
adultos que nelas convivem, mas é o uso que ambos fazem desses
espaços/lugares que influencia a qualidade do trabalho. “ Sejam
creches, pré-escolas, parques infantis, etc., em todas as diferentes
instituições de Educação Infantil [...] o espaço físico expressará a
pedagogia adotada” (p.83). (apud, BRASIL, 2006, p.36).
Se analisarmos o contexto histórico da educação infantil em nosso país,
iremos perceber que desde sua criação, não houve uma preocupação
aprofundada dos governantes em garantir um ensino de qualidade, até porque,
o público alvo que precisava das creches e pré-escolas naquele período era a
camada popular representada por trabalhadores pobres. Por isso, não nos é
estranho perceber que as instituições tinham uma estrutura pedagógica e física
muito precária.
Gentili (2008) diz:
Assim, enquanto os pobres eram excluídos do acesso a escola, seu
direito à educação era negado por uma barreira difícil de transpor e
herdada de geração em geração. E quando finalmente conquistaram
esse acesso, eles foram confinados a instituições educacionais
iguais a eles: pobres ou muito pobres, enquanto os mais ricos
mantinham seus privilégios, monopolizando agora não mais o
acesso à escola, mas às boas escolas. (p. 35).
Evidentemente, em pleno século XXI não mais é admissível uma
concepção de educação infantil que não tome a criança enquanto ser
construtor de conhecimentos e que não contemple seus aspectos físicos e
cognitivos, assim como já não faz mais sentido instituições de educação infantil
com mero propósito assistencialista. É importante redimensionar efetivamente
a educação de crianças de 0 a 6 anos.
Acreditamos que um dos aspectos que justifica os pontos de vista
contraditórios dos sujeitos pode está relacionado às reformas que aconteceram
48. 47
nos últimos anos na Escola Municipal do Perpétuo Socorro. Pois aqueles que
vivenciaram um espaço onde as condições eram precárias acreditam que hoje
o espaço está adequado, já aqueles que faziam que tem posição contrária
demonstram que a instituição ainda é inadequada.
49. 48
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante os estudos que nortearam a elaboração deste trabalho
percebemos que as mudanças nos aspectos educacionais para Educação
Infantil foram muitas e que as diretrizes que definem a Educação Infantil como
obrigatória não é o bastante, pois além de atender as crianças precisamos
oferecer lugares apropriados, seguros e dignos e que os profissionais de
Educação Infantil devem tentar garantir estes direitos.
Analisando os discursos dos profissionais pudemos perceber que a
maioria deles tem uma visão limitada de espaço físico acreditando que se
resume apenas às estruturas e que os significados dados aos espaços são
apenas no sentido de utilizá-los fisicamente, poucos compreendem e dão
significados no sentido de respeito à dignidade e utilizam o ambiente como
recurso que auxiliem no desenvolvimento das crianças. Percebemos ainda que
os profissionais da Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
necessitam dar significados que venham contribuir melhor com as
necessidades das crianças desta instituição e tem visões diferentes sobre a
realidade do espaço físico da escola o qual passou por reformas, mas ainda
necessita de melhorias. Percebemos ainda que os sujeitos acreditem que todo
o espaço físico é um espaço educativo, mas com visões limitadas do que isso
significa.
Acreditamos, no entanto, que ao espaço físico poderão ser dados
significados que rompam as barreiras das edificações e que possam ser
entendidos e usados como espaço educativo que em todos os lugares e formas
estejam presentes significados que auxiliem no processo de ensino
aprendizagem com respeito yedjnmà dignidade da criança.
Diante de toda contextualização apresentada neste trabalho sentimos a
necessidade de melhoria da Educação Infantil e mais precisamente nos
espaços no tocante sua estrutura física para que assim estes auxiliem no
50. 49
desenvolvimento integral da criança além de respeitá-lo e mais que isso que os
profissionais desta área tenham melhor compreensões do espaço para que
assim possam lhe dar significados que possam transmitir as sensações deles e
das crianças atendidas.
51. 50
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