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IV-FITOPATOLOGIA
Sónia Soares
Sónia Soares
Etiologia, classificação e sintomatologia das
doenças das plantas e respetivos agentes
patogénicos
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
O míldio da videira é
uma doença
causada pelo
fungo plasmopara
viticola e que infeta
todos os órgão
verdes da planta -
folhas, cachos e
pâmpanos.
Exemplo
O Fungo do Míldio
Passa o inverno sob a forma de oósporos (estruturas de hibernação) presentes
essencialmente nas folhas infetadas que caiem no solo. O potencial energético de
conservação dessas estruturas é função da precipitação e temperatura que
ocorrem nesse período (setembro a março). Isto é, quanto mais húmido e ameno
for o inverno, maior será o estado potencial do fungo na primavera seguinte.
Para que a contaminação primária (manchas de óleo) ocorra têm que estar reunidas 3
condições:
 Folhas com pelo menos 6 a 8 cm2 de área que corresponde a aproximadamente 10
cm de pâmpano.
 Precipitação superior a 10mm em um ou dois dias.
 Temperatura mínima superior a 9º a 10 ºC
As manchas primárias aparecem depois de um período de incubação, que pode
variar segundo a temperatura, entre a 10 a 20 dias.
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
A podridão negra é a bacteriose de maior importância económica
das brássicas em geral. Este patogénico tem ampla distribuição,
podendo causar perdas totais em cultivares susceptíveis e
condições favoráveis ao patogénico. Esta doença ocorre em
praticamente todas as espécies de brássicas.
Sónia Soares
Sónia Soares
Sónia Soares
Mosaico
do
tomate
O Vírus do mosaico das Cucurbitáceas
(Cucumber mosaic virus -CMV) é o vírus mais
disseminado a nível mundial infetando cerca
de 1272 espécies diferentes de plantas.
Medidas preventivas:
Para algumas culturas, existem variedades
resistes disponíveis;
A rotação de culturas com plantas não
hospedeiras pode ajudar a evitar o vírus;
Remova os restos das culturas anteriores;
Use coberturas plásticas (mulch) que
repelem os pulgões para reduzir as perdas
causadas pela doença;
Sónia Soares
Sónia Soares
Os nemátodos são geralmente animais cilíndricos, alongados e
compreendem muitas espécies.
O seu tamanho é variável. Parasitam um variado tipo de indivíduos
(o homem, peixes, animais domésticos e selvagens, algas, fungos,
outros nemátodos e as plantas). O nemátodos que se alimentam das
plantas, têm normalmente um tamanho reduzido, alguns só são
visíveis ao microscópio.
Sónia Soares
Sónia Soares
O controlo das doenças das plantas (cultural,
luta genético, luta química, luta física e
biológico)
Sónia Soares
O controlo cultural das doenças consiste basicamente na
manipulação das condições que antecedem a plantação e
durante o desenvolvimento do hospedeiro em detrimento ao
patogenio.
Este controlo pode ser conseguido utilizando alguns meios
de luta.
26
Quarentena
Luta genética
Luta cultural
Luta biológica
Luta biotécnica
Luta física
Luta química
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
Há várias formas de interferir com a atividade dos organismos
nocivos.
Os meios de luta conhecidos e utilizados podem ordenar-se do seguinte
modo:
27
 QUARENTENA
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
28
 visa prevenir a introdução e difusão de pragas
exóticas, através do controlo de vegetais
importados de outros países ou regiões suspeitas
O controlo deve ir além do material vegetal
 plantas, partes de plantas, estacas, bolbos,
sementes,
 também a meios de transporte, embalagens
QUARENTENA
29
 O material vegetal é inspeccionado e tem de
vir acompanhado por documentos oficiais
A inspecção é feita nas fronteiras terrestres,
marítimas e aéreas e pode originar:
• proibição de entrada
• submissão a quarentena (sentido estrito)
• submissão a tratamento à entrada
• futura observação em cultura
QUARENTENA
30
 Legislação fitossanitária
 Directiva nº 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de
Maio e alterações seguintes
 Regulamento (CE) nº 690/2008, da Comissão,
de 4 de Julho
 Decreto-Lei nº 154/2005, de 6/Setembro
alterado pelo Decreto-Lei nº 4/2009, de
5/Janeiro
QUARENTENA
31
Decreto-Lei nº 154/2005
Anexo V
Vegetais, produtos vegetais e outros objectos que
devem ser submetidos a inspecção fitossanitária
no local de produção,
 se originários da Comunidade, antes de
poderem circular na Comunidade
 ou no país de origem ou no país expedidor, se
originários de países terceiros, antes de poderem
entrar na Comunidade
QUARENTENA
32
Anexo V
Parte A
Vegetais, produtos vegetais e outros objectos
originários da Comunidade
Secção I
portadores potenciais de organismos prejudiciais
importantes para toda a Comunidade
e que devem ser acompanhados de passaporte
fitossanitário
QUARENTENA
33
Anexo V
Parte A
Vegetais, produtos vegetais e outros objectos
originários da Comunidade
Secção II
portadores potenciais de organismos prejudiciais
importantes para determinadas zonas protegidas
e que devem ser acompanhados de passaporte
fitossanitário válido para a correspondente zona,
quando da sua entrada ou circulação na mesma
QUARENTENA
34
Passaporte fitossanitário (Art 13º)
1 – Os vegetais, produtos vegetais e outros
objectos referidos na parte A do anexo V só
podem circular no País e na Comunidade se
forem acompanhados de um passaporte
fitossanitário
(com informações específicas)
QUARENTENA
35
Passaporte fitossanitário (Art 3º - definições)
uma etiqueta oficial, válida no interior da
Comunidade, que atesta o cumprimento das
disposições do presente diploma relativas a
normas fitossanitárias e exigências específicas, a
qual deve ser acompanhada, quando necessário,
por documento complementar
QUARENTENA
36
Anexo V
Parte B
Vegetais, produtos vegetais e outros objectos,
originários de países terceiros, que devem ser
acompanhados de certificado fitossanitário e
submetidos a inspecção fitossanitária, quando da
sua introdução no País
Secção I
portadores potenciais de organismos prejudiciais
importantes para toda a Comunidade
QUARENTENA
37
Anexo V
Parte B
Vegetais, produtos vegetais e outros objectos,
originários de países terceiros, que devem ser
acompanhados de certificado fitossanitário e
submetidos a inspecção fitossanitária, quando da
sua introdução no País
Secção II
portadores potenciais de organismos prejudiciais
importantes para determinadas zonas protegidas
QUARENTENA
38
Certificado fitossanitário (Art 3º - definições)
o documento oficial contendo as informações
definidas pela Convenção Fitossanitária
Internacional (CFI) que atesta o cumprimento
das exigências fitossanitárias do país a que se
destina a remessa
QUARENTENA
39
Inspecção fitossanitária de materiais
provenientes de países terceiros nos pontos de
entrada (Art 17º)
1- (…) os vegetais, produtos vegetais e outros
objectos constantes da parte B do anexo V
provenientes de países terceiros, bem como as
suas embalagens e os veículos que asseguram o
seu transporte, são sujeitos, no ponto de
entrada, à inspecção fitossanitária (…)
QUARENTENA
40
Inspecção fitossanitária de materiais
provenientes de países terceiros nos pontos de
entrada (Art 17º)
2-Os vegetais, produtos vegetais e outros
objectos não considerados no nº anterior são
sujeitos a inspecção fitossanitária sempre que
existam razões que levem a supor estarem
contaminados por organismos prejudiciais,
devendo neste caso, e a pedido dos serviços de
inspecção, ficar sob fiscalização aduaneira até à
obtenção do resultado da inspecção
QUARENTENA
41
 LUTA GENÉTICA
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
42
 A utilização da resistência genética é um
dos métodos de controlo
mais eficientes,
de fácil acesso pelos produtores,
económico,
 A resistência genética a doenças pode ser
definida como a capacidade do hospedeiro
em impedir o desenvolvimento do patogénio
LUTA GENÉTICA
43
 cultivares resistentes a doenças
 resistências geral, específica e retardante
 tolerância
 cultivares resistentes a pragas
 cultivar imune
 cultivar resistente
LUTA GENÉTICA
44
 Portugal tem instituições de renome, na área
do melhoramento das plantas:
 Estação Nacional de Fruticultura Vieira
Natividade – Alcobaça
 Estação de Melhoramento de Plantas – Elvas
 Núcleo de Melhoramento do Milho – Braga
 Estação Agronómica Nacional – Oeiras
 Centro de Investigação das Ferrugens do
Cafeeiro – Oeiras
LUTA GENÉTICA
45
 No plano nacional, são êxitos conhecidos
 linhas de cereais resistentes às ferrugens
 variedades de meloeiro resistentes ao oídio
 No plano internacional cita-se a criação de
 linhas de cafeeiro com elevado potencial
produtivo e resistente à ferrugem (Hemileia
vastatrix), doença responsável pela destruição
de plantações de cafeeiro em todo o mundo
LUTA GENÉTICA
46
LUTA GENÉTICA
Cafeeiro – cultivar ‘Oeiras'
resistente a Hemileia vastatrix
Exemplo
Centro de Investigação das
Ferrugens do Cafeeiro - Oeiras
47
 Métodos clássicos:
 enxertia
 hibridação
 Métodos modernos (biologia celular):
 micropropagação ou multiplicação
vegetativa in vitro
 cultura de embriões
 fusão de protoplastos
LUTA GENÉTICA
48
 A biologia celular não faz mais que as técnicas
ancestrais de reprodução faziam ao nível da
planta
 A transgenética permite hoje a manipulação
dos genes contidos no ADN e a alteração do
genoma de um ser vivo
LUTA GENÉTICA
49
LUTA GENÉTICA
Exemplo
Em 1867 as vinhas durienses foram invadidas por uma praga temível:
a filoxera (Daktylosphaera vitifoliae , Homoptera)
50
LUTA GENÉTICA
 Este grave problema só foi ultrapassado quando as videiras europeias
começaram a ser enxertadas em Vitis de origem norte-americana
51
 LUTA CULTURAL
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
52
1) medidas diretas
 eliminação de focos de praga, doença, ou
infestantes
 eliminação de restos de cultura infetados
 eliminação de plantas hospedeiras
 eliminação de infestantes
LUTA CULTURAL
53
1) medidas diretas
 eliminação de restos de cultura infetados
LUTA CULTURAL
http://agronomia.uchile.cl/temporalscroll/2006/julio/poda/index.html
54
2) medidas indiretas
 qualidade sanitária das sementes
 seleção da cultivar
 rotações, consociações
 solo: preparação, trabalho, fertilização,
cobertura do solo
 condução: compassos, podas, gestão da
copa
 sementeira: profundidade, densidade,
compassos
LUTA CULTURAL
55
2) medidas indiretas
 cobertura do solo
LUTA CULTURAL
http://www.mirtilodobrasil.com.br/pomar.html
56
LUTA CULTURAL
http://projovem.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/olivicultura.htm
2) medidas indiretas
 compassos de plantação
 gestão da copa
 cobertura vegetal viva
57
2) medidas indiretas
 fertilização
a) Correção do pH (calcário, enxofre, MO)
b) Adição de MO p/ suporte de antagonistas
— competição + supressividade
(bom controlo de podridões das raízes)
c) Adubos verdes, adubações equilibradas
LUTA CULTURAL
58
2) medidas
indiretas
 Fertilização com
matéria orgânica
LUTA CULTURAL
http://www.stihl.pt/isapi/default.asp?contenturl=/knowhow/tippstricks/kompost/default.htm
59
2) Medidas indiretas  Consociações
LUTA CULTURAL
http://mundoorgnico.blogspot.com/2009_01_01_archive.html
60
 Trabalho do solo e gestão de resíduos
a) Enterramento/destruição de resíduos
vegetais (pirale, pedrado, mineiras, nas
estufas, ...)
b) Lavoura de Verão contra pragas e
patogénios (alfinetes, fungos diversos, ...)
c) Supressão de órgãos doentes em árvores
(frutos mumificados, ramos c/ moniliose,
oídio, ...)
LUTA CULTURAL
61
LUTA CULTURAL
2) medidas indiretas
 Fruto com podridão, no processo de mumificação.
Os frutos mumificados nos ramos são importante
fonte de inóculo
http://www.ufrgs.br/agrofitossan/galeria/tipos.asp?id_nome=2&Pagina=2
62
 LUTA BIOLÓGICA
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
63
LUTA BIOLÓGICA
A luta biológica, consiste no emprego de organismos vivos para
controlar organismos nocivos. Baseia-se na ação de organismos
antagonistas naturais, indígenas ou introduzidos que, atuando como
predadores, parasitoides ou parasitas, reduzem as populações de
inimigos das culturas.
Para uma boa compreensão convém definir alguns dos termos que são
aqui usados:
Auxiliar: organismo antagonista, com atividade parasitoide, predadora
ou patogénica, sobre inimigos das culturas.
64
LUTA BIOLÓGICA
• Parasitoide: organismo, normalmente da classe Insecta, que se
desenvolve total ou parcialmente à custa de um indivíduo de outra
espécie, acabando por provocar a sua morte e tendo vida livre na
forma adulta.
• Predador: organismo que necessita do consumo de mais de um
indivíduo, normalmente capturado como presa, para completar o seu
desenvolvimento, tendo vida livre em todas as formas móveis.
Coccinella spp. vs afídeos
65
LUTA BIOLÓGICA
• Patogenio: Fungos, bactérias e vírus responsáveis por provocar
doenças específicas em certas pragas
– Fungos: penetram na cutícula do inseto, produzem uma toxina
que o paralisa e acaba por matar.
– Bactérias e vírus: são ingeridos, provocam uma infeção, segue-se
a paragem de alimentação e a morte por septicémia
Para além dos casos assinalados lembra-se a possibilidade de
existência na natureza de outras espécies que podem também ter
uma atividade útil neste processo. As aves insectívoras são um
exemplo.
66
1) Artrópodes entomófagos
 predadores
 parasitóides
Processos na luta biológica:
 conservação da fauna nativa
 largadas inoculativas
 largadas inundativas
LUTA BIOLÓGICA
67
2) Entomopatogénicos (luta microbiológica)
 fungos
Beauveria bassiana  pirale do milho
Trichoderma spp  fungos de solo
 bactérias
(Bacillus thuringiensis)
 vírus
(baculovirus  bichado da fruta)
 nemátodos
(Stenermena spp  insectos vários)
LUTA BIOLÓGICA
68
3) Nematodicidas
 plantas enterradas
Tagetes spp.
Rábano forrageiro
Mostarda
Bagaço de rícino
LUTA BIOLÓGICA
69
3) Nematodicidas - Tagetes spp.
LUTA BIOLÓGICA
70
exemplos clássicos
 Rodolia cardinalis
1888, California  Icerya purchasi (Austrália)
 Aphelinus mali
anos 1920, Europa  Eriosoma lanigerum
LUTA BIOLÓGICA
71
LUTA BIOLÓGICA
Rodolia cardinalis
72
 Conservação dos auxiliares nativos
COMO ?
 Usando pesticidas não agressivos
 Introduzindo diversidade no ecossistema
Bandas de compensação ecológica (BCE)
Bordaduras ervadas
Adubos verdes
Sebes
...
LUTA BIOLÓGICA
73
 Sebes (de preferência compostas)
 Efeito abrigo para auxiliares
— Cada espécie da sebe abriga uma fauna
particular
fauna auxiliar mais rica

 Diversidade de plantas na sebe
 Estrutura da copa mais complexa
 Família botânica habitual na região
LUTA BIOLÓGICA
74
SEBES -
diversidade
LUTA BIOLÓGICA
75
SEBES -
diversidade
Permeabilidade ao vento é um
aspecto importante
LUTA BIOLÓGICA
76
REFÚGIOS -
diversidade
LUTA BIOLÓGICA
77
BORDADURAS -
diversidade
LUTA BIOLÓGICA
78
DIVERSIFICAÇÃO CULTURAL
HORTICULTURA EM FAIXAS - diversidade
LUTA BIOLÓGICA
79
BANDAS DE COMPENSAÇÃO
ECOLÓGICA - diversidade
LUTA BIOLÓGICA
80
 LUTA BIOTÉCNICA
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
81
RCI–Reguladores de crescimento de insetos
Diferentes tipos de inseticidas RCI interferem com o sistema hormonal,
perturbando-o (mudas e metamorfoses).
Semioquímicos
Os semioquímicos são substâncias ou mistura de substâncias que, emitidas
por uma espécie, interferem no comportamento de organismos recetores
da mesma espécie ou de outra.
 aleloquímicos (fago-inibidores)
 feromonas sexuais
— monitorização (armadilhas sexuais)
— confusão sexual
LUTA BIOTÉCNICA
82
 Atrativos alimentares
Os atrativos alimentares mais utilizados são proteínas hidrolisadas
(Endomosil)
 Luta autocida (substâncias esterilizantes)
Este método utiliza artrópodes contra artrópodes.
(Ceratitis capitata), Madeira e Algarve
LUTA BIOTÉCNICA
83
 LUTA FÍSICA
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
84
A luta física contempla as ações que envolvem
meios físicos, mecânicos, térmicos,
eletromagnéticos e sonoros, que têm por fim
erradicar ou afastar os inimigos.
- Os meios físicos contemplam por exemplo redes para aves,
afídeos, moscas de hortícolas.
LUTA FÍSICA
85
1) medidas diretas
 Redes
LUTA CULTURAL
86
1) medidas directas
 redes
LUTA CULTURAL
87
- Os meios mecânicos contemplam mobilizações do solo, mondas
manuais de infestantes e de frutos, destruição de restos de
culturas infetadas ou infestadas, eliminação de órgãos ou frutos
infetados, apanha de insetos à mão, alagamentos de solo e
lavagem de árvores, a colocação de armadilhas contra roedores,
etc.
LUTA FÍSICA
88
- Os meios térmicos envolvem a termoterapia (ar quente, água
quente e vapor de água (injeção de vapor), desinfeção de
sementes, monda através de choque térmico) para destruição de
vírus e tratamento de órgãos de propagação vegetal, monda, a
solarização do solo contra fungos, nemátodos, a exposição direta
de certos organismos à chama, até níveis térmicos de
sensibilidade e o controlo de algumas doenças por refrigeração.
LUTA FÍSICA
89
- Os meios eletromagnéticos envolvem radiação eletromagnética
– raios x, raios γ e luz UV – para o controlo de doenças.
- Ruídos sonoros incluem os ultra-sons usados para afugentar
aves.
LUTA FÍSICA
90
 LUTA QUÍMICA
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
91
LUTA QUÍMICA
A eficácia de um Produto fitofarmacêutico sobre qualquer organismo
biológico resulta da toxicidade do Produto fitofarmacêutico sobre esse
organismo, quando a ele exposto.
Nas culturas podem existir e existem de facto, em simultâneo,
organismos nocivos que é necessário combater e organismos úteis que é
necessário proteger.
92
LUTA QUÍMICA
Se a decisão do controlo do inimigo passa pela aplicação de um dado
Produto Fitofarmacêutico, então esse produto deve ser tóxico para o
organismo nocivo e tolerado pelo auxiliar. Tolerado significa, neste
caso, ser não tóxico ou ser pouco tóxico.
Tarefa aliciante cujo sucesso passa sempre pela escolha da solução
(Produto Fitofarmacêutico) e nalguns casos pelo momento correto da
aplicação.
93
 CONSIDERANDOS FINAIS
___________________________
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
94
 só em último caso, com selecção criteriosa:
— quando não há alternativa
— mínima toxicidade sobre aplicador
— efeitos sobre auxiliares e no ambiente:
contaminação do solo, das toalhas freáticas,
...
— alternância de subst. activas (resistências)
— eficácia nas condições de utilização
— produto autorizado
— disponibilidade, custo, facilidade de aplicação
LUTA QUÍMICA – critérios de decisão
95
 tratar o menos possível
— tolerar alguns estragos e presença do agente
— privilegiar as medidas preventivas
 tratamento seletivo, sem resíduos persistentes
 tratamentos localizados
 preferir tratamento curativo ao preventivo *
— observação regular / estimativa do risco
— conhecimento dos ciclos biológicos
— ponderação dos fatores abióticos
 corrigir a causa ao mesmo tempo que o efeito
— desadaptação, meio envolvente,
fertilização, rotação desapropriada, ...
PROTECÇÃO DAS PLANTAS – critérios de decisão
96
Quarentena
Luta Legislativa
Luta genética
Luta cultural
Luta biológica
Luta biotécnica
Luta física
Luta química
MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS
Há várias formas de interferir com a atividade dos organismos
nocivos.
Os meios de luta conhecidos e utilizados podem ordenar-se do seguinte
modo:
97
Trata-se de uma medida de luta indireta que tem por
fim impedir a propagação de organismos prejudiciais a
partir das suas áreas de origem.
Pode verificar-se relativamente a material vegetativo
importado, ou produzido internamente. Quanto a
material vindo de outros países e continentes, tal
implica que ele seja inspecionado e venha
acompanhado por certificados fitossanitários.
LUTA LEGISLATIVA
98
Mas não é suficiente limitar o controlo ao material
vegetal – plantas, partes de plantas, estacas, bolbos,
sementes – uma vez que os meios de transporte e as
embalagens podem também ser meios de infeção ou
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LUTA LEGISLATIVA

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  • 2. Sónia Soares Etiologia, classificação e sintomatologia das doenças das plantas e respetivos agentes patogénicos
  • 10. O míldio da videira é uma doença causada pelo fungo plasmopara viticola e que infeta todos os órgão verdes da planta - folhas, cachos e pâmpanos. Exemplo
  • 11. O Fungo do Míldio Passa o inverno sob a forma de oósporos (estruturas de hibernação) presentes essencialmente nas folhas infetadas que caiem no solo. O potencial energético de conservação dessas estruturas é função da precipitação e temperatura que ocorrem nesse período (setembro a março). Isto é, quanto mais húmido e ameno for o inverno, maior será o estado potencial do fungo na primavera seguinte. Para que a contaminação primária (manchas de óleo) ocorra têm que estar reunidas 3 condições:  Folhas com pelo menos 6 a 8 cm2 de área que corresponde a aproximadamente 10 cm de pâmpano.  Precipitação superior a 10mm em um ou dois dias.  Temperatura mínima superior a 9º a 10 ºC As manchas primárias aparecem depois de um período de incubação, que pode variar segundo a temperatura, entre a 10 a 20 dias. Sónia Soares
  • 16. A podridão negra é a bacteriose de maior importância económica das brássicas em geral. Este patogénico tem ampla distribuição, podendo causar perdas totais em cultivares susceptíveis e condições favoráveis ao patogénico. Esta doença ocorre em praticamente todas as espécies de brássicas.
  • 20. O Vírus do mosaico das Cucurbitáceas (Cucumber mosaic virus -CMV) é o vírus mais disseminado a nível mundial infetando cerca de 1272 espécies diferentes de plantas. Medidas preventivas: Para algumas culturas, existem variedades resistes disponíveis; A rotação de culturas com plantas não hospedeiras pode ajudar a evitar o vírus; Remova os restos das culturas anteriores; Use coberturas plásticas (mulch) que repelem os pulgões para reduzir as perdas causadas pela doença;
  • 22. Sónia Soares Os nemátodos são geralmente animais cilíndricos, alongados e compreendem muitas espécies. O seu tamanho é variável. Parasitam um variado tipo de indivíduos (o homem, peixes, animais domésticos e selvagens, algas, fungos, outros nemátodos e as plantas). O nemátodos que se alimentam das plantas, têm normalmente um tamanho reduzido, alguns só são visíveis ao microscópio.
  • 24. Sónia Soares O controlo das doenças das plantas (cultural, luta genético, luta química, luta física e biológico)
  • 25. Sónia Soares O controlo cultural das doenças consiste basicamente na manipulação das condições que antecedem a plantação e durante o desenvolvimento do hospedeiro em detrimento ao patogenio. Este controlo pode ser conseguido utilizando alguns meios de luta.
  • 26. 26 Quarentena Luta genética Luta cultural Luta biológica Luta biotécnica Luta física Luta química MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS Há várias formas de interferir com a atividade dos organismos nocivos. Os meios de luta conhecidos e utilizados podem ordenar-se do seguinte modo:
  • 28. 28  visa prevenir a introdução e difusão de pragas exóticas, através do controlo de vegetais importados de outros países ou regiões suspeitas O controlo deve ir além do material vegetal  plantas, partes de plantas, estacas, bolbos, sementes,  também a meios de transporte, embalagens QUARENTENA
  • 29. 29  O material vegetal é inspeccionado e tem de vir acompanhado por documentos oficiais A inspecção é feita nas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas e pode originar: • proibição de entrada • submissão a quarentena (sentido estrito) • submissão a tratamento à entrada • futura observação em cultura QUARENTENA
  • 30. 30  Legislação fitossanitária  Directiva nº 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de Maio e alterações seguintes  Regulamento (CE) nº 690/2008, da Comissão, de 4 de Julho  Decreto-Lei nº 154/2005, de 6/Setembro alterado pelo Decreto-Lei nº 4/2009, de 5/Janeiro QUARENTENA
  • 31. 31 Decreto-Lei nº 154/2005 Anexo V Vegetais, produtos vegetais e outros objectos que devem ser submetidos a inspecção fitossanitária no local de produção,  se originários da Comunidade, antes de poderem circular na Comunidade  ou no país de origem ou no país expedidor, se originários de países terceiros, antes de poderem entrar na Comunidade QUARENTENA
  • 32. 32 Anexo V Parte A Vegetais, produtos vegetais e outros objectos originários da Comunidade Secção I portadores potenciais de organismos prejudiciais importantes para toda a Comunidade e que devem ser acompanhados de passaporte fitossanitário QUARENTENA
  • 33. 33 Anexo V Parte A Vegetais, produtos vegetais e outros objectos originários da Comunidade Secção II portadores potenciais de organismos prejudiciais importantes para determinadas zonas protegidas e que devem ser acompanhados de passaporte fitossanitário válido para a correspondente zona, quando da sua entrada ou circulação na mesma QUARENTENA
  • 34. 34 Passaporte fitossanitário (Art 13º) 1 – Os vegetais, produtos vegetais e outros objectos referidos na parte A do anexo V só podem circular no País e na Comunidade se forem acompanhados de um passaporte fitossanitário (com informações específicas) QUARENTENA
  • 35. 35 Passaporte fitossanitário (Art 3º - definições) uma etiqueta oficial, válida no interior da Comunidade, que atesta o cumprimento das disposições do presente diploma relativas a normas fitossanitárias e exigências específicas, a qual deve ser acompanhada, quando necessário, por documento complementar QUARENTENA
  • 36. 36 Anexo V Parte B Vegetais, produtos vegetais e outros objectos, originários de países terceiros, que devem ser acompanhados de certificado fitossanitário e submetidos a inspecção fitossanitária, quando da sua introdução no País Secção I portadores potenciais de organismos prejudiciais importantes para toda a Comunidade QUARENTENA
  • 37. 37 Anexo V Parte B Vegetais, produtos vegetais e outros objectos, originários de países terceiros, que devem ser acompanhados de certificado fitossanitário e submetidos a inspecção fitossanitária, quando da sua introdução no País Secção II portadores potenciais de organismos prejudiciais importantes para determinadas zonas protegidas QUARENTENA
  • 38. 38 Certificado fitossanitário (Art 3º - definições) o documento oficial contendo as informações definidas pela Convenção Fitossanitária Internacional (CFI) que atesta o cumprimento das exigências fitossanitárias do país a que se destina a remessa QUARENTENA
  • 39. 39 Inspecção fitossanitária de materiais provenientes de países terceiros nos pontos de entrada (Art 17º) 1- (…) os vegetais, produtos vegetais e outros objectos constantes da parte B do anexo V provenientes de países terceiros, bem como as suas embalagens e os veículos que asseguram o seu transporte, são sujeitos, no ponto de entrada, à inspecção fitossanitária (…) QUARENTENA
  • 40. 40 Inspecção fitossanitária de materiais provenientes de países terceiros nos pontos de entrada (Art 17º) 2-Os vegetais, produtos vegetais e outros objectos não considerados no nº anterior são sujeitos a inspecção fitossanitária sempre que existam razões que levem a supor estarem contaminados por organismos prejudiciais, devendo neste caso, e a pedido dos serviços de inspecção, ficar sob fiscalização aduaneira até à obtenção do resultado da inspecção QUARENTENA
  • 42. 42  A utilização da resistência genética é um dos métodos de controlo mais eficientes, de fácil acesso pelos produtores, económico,  A resistência genética a doenças pode ser definida como a capacidade do hospedeiro em impedir o desenvolvimento do patogénio LUTA GENÉTICA
  • 43. 43  cultivares resistentes a doenças  resistências geral, específica e retardante  tolerância  cultivares resistentes a pragas  cultivar imune  cultivar resistente LUTA GENÉTICA
  • 44. 44  Portugal tem instituições de renome, na área do melhoramento das plantas:  Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade – Alcobaça  Estação de Melhoramento de Plantas – Elvas  Núcleo de Melhoramento do Milho – Braga  Estação Agronómica Nacional – Oeiras  Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro – Oeiras LUTA GENÉTICA
  • 45. 45  No plano nacional, são êxitos conhecidos  linhas de cereais resistentes às ferrugens  variedades de meloeiro resistentes ao oídio  No plano internacional cita-se a criação de  linhas de cafeeiro com elevado potencial produtivo e resistente à ferrugem (Hemileia vastatrix), doença responsável pela destruição de plantações de cafeeiro em todo o mundo LUTA GENÉTICA
  • 46. 46 LUTA GENÉTICA Cafeeiro – cultivar ‘Oeiras' resistente a Hemileia vastatrix Exemplo Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro - Oeiras
  • 47. 47  Métodos clássicos:  enxertia  hibridação  Métodos modernos (biologia celular):  micropropagação ou multiplicação vegetativa in vitro  cultura de embriões  fusão de protoplastos LUTA GENÉTICA
  • 48. 48  A biologia celular não faz mais que as técnicas ancestrais de reprodução faziam ao nível da planta  A transgenética permite hoje a manipulação dos genes contidos no ADN e a alteração do genoma de um ser vivo LUTA GENÉTICA
  • 49. 49 LUTA GENÉTICA Exemplo Em 1867 as vinhas durienses foram invadidas por uma praga temível: a filoxera (Daktylosphaera vitifoliae , Homoptera)
  • 50. 50 LUTA GENÉTICA  Este grave problema só foi ultrapassado quando as videiras europeias começaram a ser enxertadas em Vitis de origem norte-americana
  • 52. 52 1) medidas diretas  eliminação de focos de praga, doença, ou infestantes  eliminação de restos de cultura infetados  eliminação de plantas hospedeiras  eliminação de infestantes LUTA CULTURAL
  • 53. 53 1) medidas diretas  eliminação de restos de cultura infetados LUTA CULTURAL http://agronomia.uchile.cl/temporalscroll/2006/julio/poda/index.html
  • 54. 54 2) medidas indiretas  qualidade sanitária das sementes  seleção da cultivar  rotações, consociações  solo: preparação, trabalho, fertilização, cobertura do solo  condução: compassos, podas, gestão da copa  sementeira: profundidade, densidade, compassos LUTA CULTURAL
  • 55. 55 2) medidas indiretas  cobertura do solo LUTA CULTURAL http://www.mirtilodobrasil.com.br/pomar.html
  • 56. 56 LUTA CULTURAL http://projovem.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/olivicultura.htm 2) medidas indiretas  compassos de plantação  gestão da copa  cobertura vegetal viva
  • 57. 57 2) medidas indiretas  fertilização a) Correção do pH (calcário, enxofre, MO) b) Adição de MO p/ suporte de antagonistas — competição + supressividade (bom controlo de podridões das raízes) c) Adubos verdes, adubações equilibradas LUTA CULTURAL
  • 58. 58 2) medidas indiretas  Fertilização com matéria orgânica LUTA CULTURAL http://www.stihl.pt/isapi/default.asp?contenturl=/knowhow/tippstricks/kompost/default.htm
  • 59. 59 2) Medidas indiretas  Consociações LUTA CULTURAL http://mundoorgnico.blogspot.com/2009_01_01_archive.html
  • 60. 60  Trabalho do solo e gestão de resíduos a) Enterramento/destruição de resíduos vegetais (pirale, pedrado, mineiras, nas estufas, ...) b) Lavoura de Verão contra pragas e patogénios (alfinetes, fungos diversos, ...) c) Supressão de órgãos doentes em árvores (frutos mumificados, ramos c/ moniliose, oídio, ...) LUTA CULTURAL
  • 61. 61 LUTA CULTURAL 2) medidas indiretas  Fruto com podridão, no processo de mumificação. Os frutos mumificados nos ramos são importante fonte de inóculo http://www.ufrgs.br/agrofitossan/galeria/tipos.asp?id_nome=2&Pagina=2
  • 63. 63 LUTA BIOLÓGICA A luta biológica, consiste no emprego de organismos vivos para controlar organismos nocivos. Baseia-se na ação de organismos antagonistas naturais, indígenas ou introduzidos que, atuando como predadores, parasitoides ou parasitas, reduzem as populações de inimigos das culturas. Para uma boa compreensão convém definir alguns dos termos que são aqui usados: Auxiliar: organismo antagonista, com atividade parasitoide, predadora ou patogénica, sobre inimigos das culturas.
  • 64. 64 LUTA BIOLÓGICA • Parasitoide: organismo, normalmente da classe Insecta, que se desenvolve total ou parcialmente à custa de um indivíduo de outra espécie, acabando por provocar a sua morte e tendo vida livre na forma adulta. • Predador: organismo que necessita do consumo de mais de um indivíduo, normalmente capturado como presa, para completar o seu desenvolvimento, tendo vida livre em todas as formas móveis. Coccinella spp. vs afídeos
  • 65. 65 LUTA BIOLÓGICA • Patogenio: Fungos, bactérias e vírus responsáveis por provocar doenças específicas em certas pragas – Fungos: penetram na cutícula do inseto, produzem uma toxina que o paralisa e acaba por matar. – Bactérias e vírus: são ingeridos, provocam uma infeção, segue-se a paragem de alimentação e a morte por septicémia Para além dos casos assinalados lembra-se a possibilidade de existência na natureza de outras espécies que podem também ter uma atividade útil neste processo. As aves insectívoras são um exemplo.
  • 66. 66 1) Artrópodes entomófagos  predadores  parasitóides Processos na luta biológica:  conservação da fauna nativa  largadas inoculativas  largadas inundativas LUTA BIOLÓGICA
  • 67. 67 2) Entomopatogénicos (luta microbiológica)  fungos Beauveria bassiana  pirale do milho Trichoderma spp  fungos de solo  bactérias (Bacillus thuringiensis)  vírus (baculovirus  bichado da fruta)  nemátodos (Stenermena spp  insectos vários) LUTA BIOLÓGICA
  • 68. 68 3) Nematodicidas  plantas enterradas Tagetes spp. Rábano forrageiro Mostarda Bagaço de rícino LUTA BIOLÓGICA
  • 69. 69 3) Nematodicidas - Tagetes spp. LUTA BIOLÓGICA
  • 70. 70 exemplos clássicos  Rodolia cardinalis 1888, California  Icerya purchasi (Austrália)  Aphelinus mali anos 1920, Europa  Eriosoma lanigerum LUTA BIOLÓGICA
  • 72. 72  Conservação dos auxiliares nativos COMO ?  Usando pesticidas não agressivos  Introduzindo diversidade no ecossistema Bandas de compensação ecológica (BCE) Bordaduras ervadas Adubos verdes Sebes ... LUTA BIOLÓGICA
  • 73. 73  Sebes (de preferência compostas)  Efeito abrigo para auxiliares — Cada espécie da sebe abriga uma fauna particular fauna auxiliar mais rica   Diversidade de plantas na sebe  Estrutura da copa mais complexa  Família botânica habitual na região LUTA BIOLÓGICA
  • 75. 75 SEBES - diversidade Permeabilidade ao vento é um aspecto importante LUTA BIOLÓGICA
  • 78. 78 DIVERSIFICAÇÃO CULTURAL HORTICULTURA EM FAIXAS - diversidade LUTA BIOLÓGICA
  • 79. 79 BANDAS DE COMPENSAÇÃO ECOLÓGICA - diversidade LUTA BIOLÓGICA
  • 81. 81 RCI–Reguladores de crescimento de insetos Diferentes tipos de inseticidas RCI interferem com o sistema hormonal, perturbando-o (mudas e metamorfoses). Semioquímicos Os semioquímicos são substâncias ou mistura de substâncias que, emitidas por uma espécie, interferem no comportamento de organismos recetores da mesma espécie ou de outra.  aleloquímicos (fago-inibidores)  feromonas sexuais — monitorização (armadilhas sexuais) — confusão sexual LUTA BIOTÉCNICA
  • 82. 82  Atrativos alimentares Os atrativos alimentares mais utilizados são proteínas hidrolisadas (Endomosil)  Luta autocida (substâncias esterilizantes) Este método utiliza artrópodes contra artrópodes. (Ceratitis capitata), Madeira e Algarve LUTA BIOTÉCNICA
  • 84. 84 A luta física contempla as ações que envolvem meios físicos, mecânicos, térmicos, eletromagnéticos e sonoros, que têm por fim erradicar ou afastar os inimigos. - Os meios físicos contemplam por exemplo redes para aves, afídeos, moscas de hortícolas. LUTA FÍSICA
  • 85. 85 1) medidas diretas  Redes LUTA CULTURAL
  • 86. 86 1) medidas directas  redes LUTA CULTURAL
  • 87. 87 - Os meios mecânicos contemplam mobilizações do solo, mondas manuais de infestantes e de frutos, destruição de restos de culturas infetadas ou infestadas, eliminação de órgãos ou frutos infetados, apanha de insetos à mão, alagamentos de solo e lavagem de árvores, a colocação de armadilhas contra roedores, etc. LUTA FÍSICA
  • 88. 88 - Os meios térmicos envolvem a termoterapia (ar quente, água quente e vapor de água (injeção de vapor), desinfeção de sementes, monda através de choque térmico) para destruição de vírus e tratamento de órgãos de propagação vegetal, monda, a solarização do solo contra fungos, nemátodos, a exposição direta de certos organismos à chama, até níveis térmicos de sensibilidade e o controlo de algumas doenças por refrigeração. LUTA FÍSICA
  • 89. 89 - Os meios eletromagnéticos envolvem radiação eletromagnética – raios x, raios γ e luz UV – para o controlo de doenças. - Ruídos sonoros incluem os ultra-sons usados para afugentar aves. LUTA FÍSICA
  • 91. 91 LUTA QUÍMICA A eficácia de um Produto fitofarmacêutico sobre qualquer organismo biológico resulta da toxicidade do Produto fitofarmacêutico sobre esse organismo, quando a ele exposto. Nas culturas podem existir e existem de facto, em simultâneo, organismos nocivos que é necessário combater e organismos úteis que é necessário proteger.
  • 92. 92 LUTA QUÍMICA Se a decisão do controlo do inimigo passa pela aplicação de um dado Produto Fitofarmacêutico, então esse produto deve ser tóxico para o organismo nocivo e tolerado pelo auxiliar. Tolerado significa, neste caso, ser não tóxico ou ser pouco tóxico. Tarefa aliciante cujo sucesso passa sempre pela escolha da solução (Produto Fitofarmacêutico) e nalguns casos pelo momento correto da aplicação.
  • 94. 94  só em último caso, com selecção criteriosa: — quando não há alternativa — mínima toxicidade sobre aplicador — efeitos sobre auxiliares e no ambiente: contaminação do solo, das toalhas freáticas, ... — alternância de subst. activas (resistências) — eficácia nas condições de utilização — produto autorizado — disponibilidade, custo, facilidade de aplicação LUTA QUÍMICA – critérios de decisão
  • 95. 95  tratar o menos possível — tolerar alguns estragos e presença do agente — privilegiar as medidas preventivas  tratamento seletivo, sem resíduos persistentes  tratamentos localizados  preferir tratamento curativo ao preventivo * — observação regular / estimativa do risco — conhecimento dos ciclos biológicos — ponderação dos fatores abióticos  corrigir a causa ao mesmo tempo que o efeito — desadaptação, meio envolvente, fertilização, rotação desapropriada, ... PROTECÇÃO DAS PLANTAS – critérios de decisão
  • 96. 96 Quarentena Luta Legislativa Luta genética Luta cultural Luta biológica Luta biotécnica Luta física Luta química MEIOS DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS Há várias formas de interferir com a atividade dos organismos nocivos. Os meios de luta conhecidos e utilizados podem ordenar-se do seguinte modo:
  • 97. 97 Trata-se de uma medida de luta indireta que tem por fim impedir a propagação de organismos prejudiciais a partir das suas áreas de origem. Pode verificar-se relativamente a material vegetativo importado, ou produzido internamente. Quanto a material vindo de outros países e continentes, tal implica que ele seja inspecionado e venha acompanhado por certificados fitossanitários. LUTA LEGISLATIVA
  • 98. 98 Mas não é suficiente limitar o controlo ao material vegetal – plantas, partes de plantas, estacas, bolbos, sementes – uma vez que os meios de transporte e as embalagens podem também ser meios de infeção ou infestação. LUTA LEGISLATIVA