4. O Brasil é um dos países de maior produção
agrícola;
E o maior consumidor de agrotóxico do mundo.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), cerca de 1/5 do consumo mundial, usando 19%
do agrotóxico produzido.
5. • Contaminação dos alimentos;
• Do solo;
• Da água e dos animais;
• A intoxicação de agricultores;
• A resistência de pragas a princípios ativos;
• A intensificação do surgimento de doenças patogênicas;
• O desequilíbrio biológico, alterando a ciclagem de nutrientes e da
matéria orgânica;
• A eliminação de organismos benéficos e a redução da
biodiversidade (controle acidental).
6. O termo "praga" é definido como sendo qualquer
espécie, linhagem ou biotipo de uma planta, animal ou
agente patogênico, daninho ou potencialmente daninho
para os vegetais ou animais.
7. O controle biológico é um fenômeno natural do qual se
resume na utilização de micro ou macrorganismos, que são
predadores naturais, a fim de regular e manter a
neutralidade da incidência de patógenos e ou do ataque de
pragas.
8.
9. • Economicamente viável;
• Reduz o uso de agrotóxicos;
• É menos susceptível à resistência das pragas;
• Aumento da diversidade das espécies;
• Não traz riscos à saúde do homem, da cultura ou de outros animais;
• Age de forma direta à praga-alvo. (precisão no controle biológico);
• Reduz a poluição ambiental;
• Ajuda na sustentabilidade dos agroecossistemas.
10. • Efeito não tão rápido quanto aos produtos químicos;
• Exige muito tempo estudo, dedicação e pesquisas;
• E é de difícil acesso aos produtos biocontroladores
11. • É um organismo capaz de produzir doenças infecciosas aos seus
hospedeiros sempre que estejam em circunstâncias favoráveis, inclusive
do meio ambiente.
• Podem ser: bactérias, vírus, protozoários, fungos ou helmintos.
• O agente patogênico pode multiplicar-se no organismo do seu hospedeiro,
podendo causar infecções e outras complicações, levando-o a morte.
12. Considera-se o termo parasitóide, ao inseto ou microrganismo
que parasita um hospedeiro, completa o seu ciclo em um único
hospedeiro e usualmente o mata.
São parasitas intracelulares obrigatórios
13. Os predadores necessitam de alimentar-se de outros indivíduos para
manter seu ciclo de vida, bem como seu processo biológico, influenciando
deste modo de forma direta e precisa no controle natural de pragas e
patógenos.
Os microrganismos não
realizam este tipo de
ação.
14.
15. • Unicelulares (leveduras) ou pluricelulares (maioria dos fungos);
• Constituídos por celulose e quitina, além de outros açúcares,(micélio);
• Reprodução sexuada ou assexuada;
• Estruturas reprodutivas conhecidas como esporos ou conídios(pós-colônia);
• Geralmente penetram nos insetos via tegumento;
• Produzem enzimas.
16. Principais grupos e espécies de interesse de fungos:
• Beauveria bassiana;
• Metarhizium anisopliae;
• M. flavoviride;
• Nomuraea rileyi;
• Verticillium lecanii;
• Hirsutella thompsonii;
• Aschersonia aleyrodis, Paecilomyces spp., Cordyceps spp., e os
fungos da ordem Entomophthorales (Zoophthora, Entomophthora,
Entomophaga, Neozygites).
17. • Estruturas unicelulares;
• Esporulantes ou não-esporulantes;
• Obrigatórias ou facultativas;
• Penetram no inseto por via oral;
• Tem um corpo de cristal proteico ou parasporal, (composto por
proteínas tóxicas que exercem efeito sobre os insetos-alvo);
• Grupo de entomopatógenos com maior potencial comercial.
18. Os principais grupos são:
• Bacillus thuringiensis (diversas variedades), como var. kurstaki, que
ataca lagartas (Lepidoptera);
• var. israelensis, infectando larvas de Diptera (pernilongos e
borrachudos) e var. tenebrionis, infectando Coleoptera;
• Bacillus sphaericus, também em larvas de Diptera, e Bacillus larvae e
B. alvei, que causam doenças em abelhas;
• pode-se citar também Serratia marcescens e S. entomophila, que
causam septicemias em diversos insetos, pertencentes ao grupo das
bactérias não-esporulantes.
19. • O termo vem do latim, vírus que significa veneno ou toxina;
• são macromoléculas (nucleoproteínas), ou contém DNA ou RNA;
• Parasitos celulares obrigatórios;
• Penetram nos insetos por via oral;
• Os vírus que causam doenças em insetos são bastante específicos, não havendo
risco de contaminação em humanos ou em outros animais não-alvo;
20. Os principais grupos são:
• os vírus de poliedrose nuclear (VPN);
• citoplasmática (VPC);
• E de grandulose (VG), conhecidos como Baculovirus.
21. • Se relacionam com os insetos de três formas: forésia (transporte),
parasitismo obrigatório ou parasitismo facultativo;
• Esses nematoides não possuem estiletes bucais,(fitopatogênicos);
• Carregam em seu interior um pequeno inóculo de bactérias
específicas,
• As bactérias se multiplicam, matando-o por septicemia (infecção
generalizada)
22. Os principais grupos de interesse para o
controle microbiano são:
• Família Steinernematidae e Família Heterorhabditidae, os quais
possuem uma estreita associação com bactérias (Xenorhabdus);
• Família Mermithidae, que são parasitos obrigatórios e Família
Neotylenchidae, nematoides dotados de estiletes bucais, como os
fitoparasíticos.
23. Conhecer bem o patógeno a ser estudado;
Fazer um diagnóstico com identificação do agente causal;
Seguido da avaliação do ciclo epidemiológico da doença;
Costumes e sua biologia;
Condições e local onde ela ocorre;
E não menos importante, obter os mesmos conhecimentos sobre o
entomopatógeno.
24. • A sua segurança em relação aos organismos não-alvo (muito
importante para garantir a sustentabilidade do sistema);
• Formulações especiais, com iscas altamente atrativas;
Para evitar exposição de outros animais e humanos a patógenos que
possam causar efeitos indesejáveis.
25. • O processo de seleção deve envolver um número elevado de isolados,
determinando a taxa de potência, a produtividade, a resistência a fatores
climáticos, o padrão eletroforético e a viabilidade do patógeno, levando-se ainda
em conta o seu possível efeito sobre os principais inimigos naturais e outros
organismos não-alvo que ocorrem no ambiente em que vai ser aplicado;
• Após a seleção, devem ser feitos testes de qualidade patogênica;
• Deve-se eliminar o inóculo que não está de acordo com os padrões;
• Após a escolha do isolado testes de viabilidade e potência também devem ser
realizados visando a eficácia do produto
26. • A rotação de cultura;
• O uso de plantas como quebra vento;
• Cultivo em faixas;
• Entre outros métodos que aumentam a diversidade das espécies e a
estabilidade ecológica dos sistemas.
(adoção de práticas culturais que inibem a ação dos patógenos e pragas)
27. O desenvolvimento do fungo Metarhizium anisopliae sobre A
cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar Mahanarva fimbriolata ocorre
da seguinte maneira:
os conídios germinam e penetram no tegumento do inseto num
período de dois a três dias. O período de colonização ocorre de 2 a 4
dias e a esporulação em 2 a 3 dias, dependendo das condições do
ambiente. O ciclo total da doença é de 8 a 10 dias (Alves, 1998). Alves
et al. (1998) cita que o controle das cigarrinhas-das-pastagens e da
cana-de-açúcar é um bom exemplo da utilização prática de patógenos
no controle de pragas.
28.
29.
30. • O uso da bactéria Bacillus thuringiensis no controle de pragas, pode
provocar a morte de algumas espécies de insetos principalmente dos
grupos Coleoptera e Lepidoptera;
• As proteínas Cry são consideradas as principais constituintes dos
cristais que caracterizam B. thuringiensis, essas proteínas são
sintetizadas na forma de pró-toxinas, que serão clivadas após contato
com o intestino de pH alcalino do inseto. A ação das toxinas resulta
na paralisia do aparelho digestivo, ocasionando a morte por inanição,
paralisia geral dos músculos e septicemia.
31.
32.
33. • O Baculovirus da lagarta-da-soja é um vírus pertencente ao gênero
Nucleopoliedrovirus da família Baculovirodae. As partículas do vírus são
incrustadas em uma massa proteica (poliedro).
• Ao serem ingeridos pela lagarta, os poliedros se dissolvem no
intestino médio do inseto, ocorrendo a quebra das partículas virais,
penetrando nas células epiteliais do intestino e multiplicando no seu núcleo.
Após isso, as partículas formadas atravessam a membrana basal das células,
atingindo a hemolinfa(sangue) da lagarta, onde causam infecção secundaria
em vários tecidos. A lagarta fica debilitada, perdendo a capacidade de
alimentação (em torno do quarto dia após a infecção) e a mobilidade, vindo
a morrer em torno do sétimo dia da aplicação do produto biológico.
• A lagarta recém morta apresenta corpo amarelo esbranquiçado e mole,
escurecendo com o passar dos dias e vindo a romper-se com seu
apodrecimento, liberando grande quantidade de vírus sobre as folhas, que
serve de inóculo para contaminar novas lagartas que vão aparecendo na
lavoura após a aplicação (Moscardi 1983, Moscardi e Souza 2002).
34.
35. • O nematoide utilizado para o controle da vespa-da-madeira é o
Deladenus siricidicola. Este nematoide veio importado da Austrália e
a tecnologia para sua produção em massa é conduzida pela Embrapa
Florestas, (Colombo, PR). Os antagonistas são cedidos aos produtores
em doses de 20ml, cada uma contendo aproximadamente um milhão
de nematoides. Com apenas uma dose é possível inocular mais de
pouco mais de 8 árvores.
• O controle é feito pela inoculação dos nematoides nas árvores, para
isso é feita uma solução gelatinosa a 10%, após a inoculação, o
inoculado passa a assumir posição parasitária no organismo da vespa
fêmea tornando-a estéril. O seu ciclo parasitário pode se dirigir às
larvas e pupas das vespas. Pode-se notar que o controle biológico
também é feito de forma indireta, pois o nematoide se alimenta do
mesmo fungo utilizado para a nutrição das vespas.
36.
37.
38. • O controle biológico é um fenômeno natural, que faz a regulação do
número de plantas e animais de forma sustentável, natural e biológica.
Tendo em vista que cada organismo faz o controle de outro organismo
mantendo deste modo, a igualdade e proporção no controle de
patógenos e insetos;
• A área relacionada ao tema ainda é pouco estudada no Brasil e
também pouco disseminada pois ainda há um paradigma a ser
quebrado pertinente à eficácia e uso dos produtos biocontroladores.