O documento discute a resposta brasileira à crise econômica global. A política fiscal e monetária expansionista do Brasil foi bem-sucedida em combater os efeitos da crise, com o país crescendo enquanto outros ainda se recuperam lentamente. As reformas anteriores fortaleceram os fundamentos macroeconômicos do Brasil e aumentaram sua resiliência à crise.
2. Ministério da
Fazenda
O FIM DO COMEÇO OU O COMEÇO DO
FIM?
Um ano depois da quebra do Lehman
Brothers
Fica claro que o Brasil foi um dos países
mais bem sucedidos no combate a crise
Enquanto a maioria dos países vai
melhorando lentamente,
O Brasil é um dos primeiros países a sair
da crise
2
3. Ministério da
Fazenda
3*/ Projeções do JPMorgan para os EUA e a China. Para o Brasil, estimativas da MF/SPE.
Fontes: BEA (EUA), JPMorgan (CHINA) e IBGE (Brasil) Elaboração: MF/SPE
CRESCIMENTO DO PIB – 2Tri positivo para
Brasil e China
(taxa trimestral anualizada)
7,80
-1,00
14,9
(20)
(15)
(10)
(5)
-
5
10
15
20
I.07 II.07 III.07 IV.07 I.08 II.08 III.08 IV.08 I.09 II.09
Brasil EUA CHINA
4. Ministério da
Fazenda
4
CRESCIMENTO DO PIB NO 2º TRI/09
Comparação Internacional *
*/ Variação ante o trimestre anterior (t / t-1), com ajuste sazonal – taxas anualizadas.
Fonte: GDW JP Morgan 11/09/2009 e IBGE para Brasil
7,8
-10
-5
0
5
10
15
México
Canadá
ÁfricadoSul
ReinoUnido
Itália
Chile
EUA
Suiça
ZonadoEuro
Suécia
Alemanha
França
Noruega
Polônia
Japão
Austrália
Indonésia
Rússia
Índia
Brasil
CoréiadoSul
China
5. Ministério da
Fazenda
5
NO CICLO ATUAL (2003-2008)
A RETOMADA EM V
*Projeções
Fonte: IPEADATA Elaboração: MF/SPE
CRISES ECONÔMICAS
6. Ministério da
Fazenda
6
PIB E CONSUMO DAS FAMÍLIAS
(var. % os últimos 12 meses)
Fonte:IBGE Elaboração: MF/SPE
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*
Crescimento do PIB
Contribuição da Demanda Interna
7. Ministério da
Fazenda
NOVA CLASSE MÉDIA NAS GRANDES METRÓPOLES*
(em proporção da população total - anual)
42,4
44,4
46,1
48,2
50,3
52,3
52,9
40
45
50
55
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Classe C**
Classe C**
*/ Regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
**/ Classe econômica com renda domiciliar per capita do trabalho habitual entre R$ 1.115 e R$ 4.807 a preços de
dez/08 por mês. ***/2009 até julho.
Fonte: FGV/CPS a partir dos microdados da PME/IBGE. Elaboração: MF/SPE.
11. Ministério da
Fazenda
11
RESERVAS INTERNACIONAIS
LIQUIDEZ INTERNACIONAL
(US$ bilhões)
(*) Posição do dia 08 de set/09.
Fonte: BCB. Elaboração: MF/SPE.
220,2
30
50
70
90
110
130
150
170
190
210
230
set 06 dez 06 mar 07 jun 07 set 07 dez 07 mar 08 jun 08 set 08 dez 08 mar 09 jun 09 set 09*
15. Ministério da
Fazenda
15
2003- 08: Crescimento
Vigoroso Fundamentos
Macroeconômicos
Brasil adquiriu capacidade de fazer política anti-
crise
Política monetária expansionista
Compulsório
Redução de juros
Comércio exterior (Reservas)
Política fiscal de estímulo econômico
16. Ministério da
Fazenda
Efeitos da Política Monetária
Expansão monetária foi eficiente
Impediu quebras de bancos
Superou problema de derivativos
Deu suporte a bancos pequenos e médios
Não evitou empoçamento de liquidez
Sem Bancos Públicos o crédito permaneceria
escasso e os juros mais altos
17. Ministério da
Fazenda
17
Fonte: Banco Central. Elaboração: MF/SPE.
Bancos Públicos sustentaram o crescimento do
crédito após a crise
Ação Contra-Cíclica
125,6
104,7
102,2
100
105
110
115
120
125
130
set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09
IF Pública IF Privada Nacional IF Estrangeira
Índice do Saldo das Operações de Crédito
(set/2008 = 100)
Desde o agravamento da crise,
em setembro de 2008, o saldo
das operações de crédito dos
bancos públicos ao Setor
Privado cresceram 25,6%,
substancialmente acima dos
bancos privados nacionais
(4,7%) e estrangeiros (2,2%).
A participação dos bancos
públicos no saldo total de
créditos do SFN atingiu 39,9%
em julho de 2009.
19. Ministério da
Fazenda
19
Política Fiscal Ativa
Expansão dos investimentos do PAC
R$ 100 bilhões para o BNDES 3,3% do PIB
Programa Minha Casa Minha Vida: R$ 28 bi em
subsídios e R$ 60 bi em investimentos
Plano Safra 2009/2010: R$ 107 bi (2009-10)
Programa de Expansão de Investimentos (BNDES)
Manutenção e expansão dos programas sociais
Espaço Fiscal para Estados e Municípios (2007-
2009) R$ 34,5 bilhões
21. Ministério da
Fazenda
21
DESONERAÇÔES TRIBUTÁRIAS EM 2009
Redução da alíquota do IPI: automóveis, caminhões, material
de construção, linha branca, bens de capital
Redução da alíquota do IOF em operações de Crédito à PF
(redução de 50%) e operações de câmbio
Alteração da Tabela do IRPF
RET – Redução da alíquota de 7% para 1%, no caso de
imóveis até R$ 100 mil, e de 7% para 6% nos demais casos –
Programa Minha Casa Minha Vida
Redução da Cofins incidente sobre a produção de
motocicletas de até 150 cilindradas de 3,65% para 0,65%.
22. Ministério da
Fazenda
22
MEDIDAS DE DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA
Fontes: MF/SRFB. Elaboração: MF/SPE
TOTAL: 0,4% do
PIB em 2009
Medidas Fiscais em 2009 Em R$ Bilhões
IRPF 4,9
IPI 5,8
IOF - crédito ao consumidor 2,5
Cofins das motocicletas 0,2
Regime Especial de Tributação (RET) 0,2
Total Geral 13,6
23. Ministério da
Fazenda
AUMENTO DOS GASTOS FISCAIS
23
R$ bilhões
PREVISTOS 2009
Compensação de FPM 2,0
Aumento do Seguro Desemprego 0,4
Programa Minha Casa Minha Vida 6,0
Ampliação dos Investimentos 9,0
TOTAL 17,4
Fonte: MF/STN Elaboração: MF/SPE
TOTAL: 0,6% do PIB em 2009
24. Ministério da
Fazenda
ESTIMATIVA DE SUBSÍDIOS E DE
DESPESAS COM EQUALIZAÇÃO DE
JUROS
24
R$ bilhões
Principais gastos com equalização 2009
BNDES (R$ 100 bi) 1,6
Agricultura (incremento em relação a 2008) 3,9
TOTAL 5,5
Fonte: MF/STN/COPEC/GERAG
TOTAL: 0,2% do PIB em 2009
25. Ministério da
Fazenda
Impacto política anti-cíclica
sobre o PIB
Aumento de investimentos e gastos públicos
Desonerações e Renúncias
Equalização de juros com BNDES e outros
R$ 100 bil BNDES + Plano Safra : 1% PIB
Total somente para 2009: 1,2% PIB
Efeitos diretos e indiretos + 2,5% a 3%do PIB
Ao invés de crescer, por exemplo, 1% em 2009,
cairia( – 2,0%).
26. Ministério da
Fazenda
26
PROGRAMA DE ESTÍMULO FISCAL
ESTÍMULO FISCAL *
(% do PIB)
*/Medidas discricionárias relacionadas com a crise com efeitos fiscais em 2009 e 2010.
Fonte: FMI Elaboração: MF/SPE
1,2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Itália
Turquia
Índia
Brasil
FrançaArgentina
Reino
UnidoIndonésia
M
éxico
CanadáAlem
anha
Estados
U
nidos
Japão
Austrália
África
do
S
ul
Rússia
China
Arábia
Saudita
Coréia
28. Ministério da
Fazenda
28
RESULTADO FISCAL – BALANÇO NOMINAL
CONSOLIDADO DO SETOR PÚBLICO
(EXCLUINDO PETROBRAS - % PIB)
Fonte: STN Parâmetros mercado e MF consideram primário 2,5% e 3,3% para os demais anos
Cenário MF
Cenário Mercado
29. Ministério da
Fazenda
29
DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO
Excluindo Petrobras - % PIB
*/ Simulações do Bacen, considerando um superávit primário de 2,5% do PIB em 2009 e 3,3% do PIB de 2010 a
2012. Fonte: Bacen Elaboração: STN/CESEF
30. Ministério da
Fazenda
30
CRIAÇÃO LÍQUIDA DE POSTOS DE TRABALHO
(variação absoluta – em milhares)
Fonte: MTE/CAGED Elaboração: MF/SPE.
242,1
-700
-550
-400
-250
-100
50
200
350
ago07 out07 dez07 fev 08 abr08 jun 08 ago08 out08 dez08 fev 09 abr09 jun09 ago09
31. Ministério da
Fazenda
Fonte: IBGE/PME Elaboração: MF/SPE
TAXA DE DESOCUPAÇÃO
(% da PEA)
8,8
8,1
8,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2005 2006 2007 2008 2009*
32. Ministério da
Fazenda
Lições da Crise
Países mais atingidos:
Maior desregulação financeira e sob a lógica
do livre mercado
Estado mínimo, com poucas empresas
estatais
Economias com baixo dinamismo, mercado
com baixo potencial, ou mais dependentes do
mercado externo
Desequilíbrios fiscais, monetários, e de contas
externas
33. Ministério da
Fazenda
Lições da Crise
Países menos atingidos:
Maior regulação financeira, maior presença do
Estado na economia e na esfera social,
Com bancos e empresas públicas em setores
estratégicos
Economias mais dinâmicas, com mercados
internos em expansão
Crescimento equilibrado com contas públicas
e externas equilibradas, e maior volume de
reservas
34. Ministério da
Fazenda
Vantagens do Brasil
Estado mais atuante:
Na esfera econômica, estimulando e
planejando o crescimento com PAC
Bancos Públicos com 40% do crédito total e a
quase totalidade do crédito ao investimento
BNDES, BB, CEF, Petrobras
Estado de bem estar social com transferência
de renda (bolsa família, política de salário
mínimo, inclusão bancária, crédito)