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Ciência e
Diversidade
Profª Drª Maria Geralda de Miranda
Conceitos
Ciência - substantivo feminino
 1. conhecimento atento e aprofundado de
algo.
 2. corpo de conhecimentos sistematizados
adquiridos via observação, identificação,
pesquisa e explicação de determinadas
categorias de fenômenos e fatos, e
formulados metódica e racionalmente.
Conceitos
Diversidade - substantivo feminino
O termo diversidade (Verschiedenheit
[alemão]; Diversity [inglês], Diversité
[francês], Diversità [italiano], etc.)
designa a qualidade ou a condição
do que é diverso, as características ou
elementos diversos entre si, que
existem sobre um assunto,
ambiente,objetos etc.
De qual diversidade vamos falar?
 Afirma-se que há, atualmente, uma
diversidade de opiniões ou pontos de
vista, diversidade de costumes, hábitos,
comportamentos, crenças e valores,
diversidade sexual, diversidade biológica
ou a biodiversidade, etc. Enfim, diversos
sentidos sobre diversidade.
DE QUAL DIVERSIDADE VAMOS FALAR?
 DIVERSIDADE DE OPINIÕES
Crenças e valores, diversidade sexual,
diversidade biológica...
BIODIVERSIDADE
CIÊNCIA
 Constitui-se crença generalizada que o conhecimento fornecido
pela ciência distingue-se por um grau de certeza alto, desfrutando
assim de uma posição privilegiada com relação aos demais tipos
de conhecimento (o do homem comum, por exemplo).
 Teorias, métodos, técnicas, produtos, contam com aprovação geral
quando considerados científicos
Quando a autoridade da
ciência é evocada?
Indústrias, por
exemplo,
frequentemente,
rotulam de
“científicos”
processos por meio
dos quais fabricam
seus produtos, bem
como os testes aos
quais os submetem.
Pesquisa nascentes se autoqualificam
“científicas”, buscando afirmar-se: ciências sociais, ciência
política, ciência agrária, ciências ambientais....
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ocidental
convive bem
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Calendário revela
os acurados conhecimentos
de astronomia do povo asteka.
Sistema de escrita asteka;
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Cidade Inka, Machu Pitchu
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 Essa atitude de
veneração frente à
ciência deve-se, em
grande parte, ao
extraordinário sucesso
prático alcançado
pela física, pela
química e pela
biologia...
O METODO CIENTIFICO
 Assume-se, implícita
ou explicitamente,
que por detrás desse
sucesso existe um
“método” especial,
uma “receita” que,
quando seguida,
redunda em
conhecimento certo,
seguro.
O modelo de
ciência que herdamos e
que se encontra hoje
representado é um modelo
surgido no Ocidente.
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ciência ocidental moderna
é considerada como sendo
a única capaz de
descrever o mundo e de
dar a ele um sentido lógico.
Seus princípios, métodos e
técnicas foram levados para
todos os recantos do mundo
e tomados como universais.
Nessa perspectiva, qualquer hipótese ou
interpretação de fatos que não afinem com as ideias
vigentes é ignorada; qualquer tentativa de incluir
explicações criadas fora do rigor científico ocidental,
que fuja da chamada “objetividade”, é banida dos
templos acadêmicos.
De acordo com CHRÉTIEN (1994), há ciência em todas as
sociedades, inclusive nas arcaicas. Segundo ele, a
importância dos estudos etnocientíficos está justamente na
constatação de que toda e qualquer sociedade se esforça
para compreender o mundo a sua volta.
As sociedades tradicionais possuem um conhecimento
apurado sobre o ambiente onde vivem, o que lhes
permite adaptarem-se às condições desse ambiente
(ZWAHLEN, 1996; MORIN-LABATUT, AKHTAR, 1992).
CHRÉTIEN (1994) afirma que o conhecimento dos
povos “primitivos” brota da satisfação das
necessidades básicas da vida, por meio de uma
ligação afetiva realizada com a natureza e seus
elementos.
LÉVI-STRAUSS (1962) também afirma que “os
povos ‘primitivos’ constituíram em cima de seu
ambiente natural um saber rigoroso e sistemático,
por meio da classificação coerente dos objetos e
de suas funções”. É o que ele chama de ciência
do concreto, em oposição à ciência do abstrato.
MORIN (1989) assevera que os grupos humanos agem em
termos de suas imagens da natureza e visões de mundo.
Segundo ele, o cérebro humano, mediante a cultura em
que se encontra, tem as mesmas potencialidades, havendo
evidências fortes sobre a existência de universais do pensar.
MORIN (1983) atesta que o conhecimento está ligado
à ativa relação com o mundo exterior. O objetivo da
ciência teórica é, então, levar ao grau mais alto
possível e consciente a redução perceptual do caos
(SIMPSON, apud STURTVANT, 1964).
POPPER (1982), no livro Conjecturas e Refutações, diz não haver
fontes últimas de conhecimento.
CHRÉTIEN (1994) corrobora o pensamento de POPPER ao afirmar que
“não há uma única maneira de fazer ciência”.
A ciência ocidental, então, necessita revestir-se de humildade e
abandonar seu etnocentrismo, pois outros modos de percepção e
explicação do universo existem para serem estudados.
 Para o antropólogo e etnobiólogo DARREL POSEY (1986), o
saber das populações indígenas da Amazônia sobre
tinturas, óleos, corantes, inseticidas, remédios, comidas,
repelentes, essências naturais e muitos outros recursos
utilitários forma um banco relativamente inexplorado de
novos conhecimentos que os cientistas ocidentais, se
destituídos de seu orgulho e etnocentrismo, poderiam
aprender com os cientistas indígenas.
 Ele enfatiza que o resgate e a valorização dos saberes
tradicionais têm implicações na medicina, ecologia e
manejo dos recursos naturais (POSEY, 1987
 Documento Nosso Futuro Comum
Em 1983 foi criada pela Assembleia Geral
da ONU a Comissão Mundial acerca do
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Harlem Brundtland, médica e mestre em
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da Noruega, daí o nome final do
documento: Relatório Brundtland. A
comissão foi criada em 1983, após uma
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Estocolmo, com o objetivo de promover
audiências em todo o mundo e produzir
um resultado formal das discussões.
 O Documento Nosso Futuro
Comum, ou Relatório
Brundtland, da Comissão
Mundial sobre Meio
Ambiente afirma que o
manejo sustentável dos
recursos naturais só pode ser
encontrado, a partir do
desenvolvimento de uma
ciência baseada nas prioridades
dos povos locais e pela criação
de uma base tecnológica que
misture tanto as abordagens
tradicionais quanto as modernas
para solucionar os problemas.
Do ponto de vista da
quantidade e da
qualidade, a fonte
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nosso conhecimento,
além do
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a tradição (POPPER,
1982).
Ninguém cria algum
experimento científico
partindo do nada, pois
tem que seguir pistas
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antecessor. Desse
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IHU On-Line (Revista da UNISINOS)- Como a ancestralidade se relaciona aos modos
de existir, pensar e agir concebidos sob a perspectiva da
modernidade/colonialidade?
Walter Mignolo
Não há outra maneira para explicar a maneira como somos e pensamos
senão pela ancestralidade.
“A partir do Renascimento, a ancestralidade dos indígenas europeus foi se
universalizando, e já não se conceberam mais como indígenas, mas como
o Homem, como a Humanidade. Na medida em que começaram a
conquistar o mundo, descobriram outros indígenas (na América, na Ásia e
na África). Para diferenciar-se deles, acentuaram a universalidade do
Homem, do Ser Humano, que eram eles, em relação aos “Indignas”,
aqueles que deviam ser civilizados. Aí temos um exemplo cabal de como
funciona a diferença colonial”.
A riqueza dos debates epistemológicos durante o século XVII europeu
mostra que a transformação da ciência em única forma de conhecimento
válido foi um processo longo e controverso e que para o seu desfecho
contribuíram, não só razões epistemológicas, mas
também fatores econômicos e políticos.
A vitória da ciência como pensamento válido se explica em parte pela
crescente ascendência do capitalismo e das potencialidades de
transformação social sem precedentes que trazia no seu bojo. A vitória teve
de ser tão completa quanto as rupturas que se pretendiam com a sociedade
anterior
 A partir de então, a ciência moderna conquistou o privilégio de definir,
não só o que é ciência, mas como o único conhecimento válido.
 O novo exclusivismo epistemológico revelou a mesma capacidade de
«destruição criadora» que alguns teóricos atribui ao capitalismo.
 A concepção cumulativa do progresso da ciência viria a assentar,
assim, numa acumulação seletiva de sucessos, tendendo a ocultar a
contribuição crucial da controvérsia ou do erro para a produção do
conhecimento científico.
 Por outro lado, ao incidir sobre outras formas de conhecimento, essa
«destruição criadora» traduziu- -se em epistemicídio.
 A morte de conhecimentos alternativos acarretou a liquidação ou a
subalternização dos grupos sociais cujas práticas assentavam em tais
conhecimentos. Este processo histórico, que foi violento na Europa, foi-o
muito mais nas outras regiões do mundo sujeitas ao colonialismo
europeu.
 São disso exemplo a redução dos conhecimentos dos povos
conquistados à condição de manifestações de irracionalidade,
de superstições ou, quando muito, de saberes práticos e locais,
cuja relevância dependeria da sua subordinação à única fonte
de conhecimento verdadeiro, a ciência;
 a subordinação dos seus usos e costumes ao direito do Estado
moderno e das suas práticas económicas à economia capitalista;
a redução da diversidade da organização social que os
caracterizava à dicotomia Estado/sociedade civil; e ainda a
conversão da diversidade das suas culturas e cosmologias em
superstições sujeitas a processos de evangelização ou
aculturação.
 De Galileu a Newton, de Descartes a Bacon, um novo paradigma
científico emerge que separa a natureza da cultura e da
sociedade e submete a primeira a um guião determinístico em
que a linguagem matemática assume um papel central.
Em nome da ciência moderna destruíram-se muitas formas de conhecimento
alternativas e humilharam-se os grupos sociais que neles se apoiavam para
prosseguir as suas vias próprias e autónomas de desenvolvimento (Dussel,
2000: 49-50).
Foi, em boa medida, graças aos recursos que lhe proporcionava a
ciência que o poder imperial, nas suas várias manifestações históricas,
conseguiu desarmar a resistência dos povos e grupos sociais
conquistados, (Exemplo: a pólvora).
 As graves questões ambientais obriga a repensar a ciência
e o seu papel.
 A constatação de que a ciência não é totalmente
científica abalou profundamente suas bases de
sustentação (FEYERABEND, 1988).
 Por essa razão, os cientistas treinados nos métodos da
ciência ocidental não podem mais cerrar os olhos para a
diversidade de culturas e de seus saberes,
 Nem negar sua existência, especialmente agora que
culturas, línguas e recursos biológicos extinguem-se mais
rapidamente, devido ao processo de globalização e à
destruição de habitats.
 Em todas as sociedades humanas, o conhecimento
racional empírico não se encontra separado da esfera
simbólico-mítico-mágica (ELKANA apud CHRÉTIEN, op. cit.).
Ao contrário, o saber indígena é um amálgama de mitos,
lendas, músicas, plantas, animais e seres sobrenaturais
(POSEY, 1986).
 No entanto, a separação entre objeto e sujeito, entre
homem e natureza que impera no mundo ocidental
(MORIN, 1989) dificulta a compreensão e a análise do
conhecimento tradicional por pesquisadores treinados com
os métodos e as técnicas da ciência ocidental.
 Como MORIN (op. cit.) observa, é impossível isolar o ser
vivo de seu ecossistema, o sujeito, do objeto, o indivíduo,
da sociedade em que vive.
 Trechos do relatório “Nosso
futuro comum”
“Em meados do século XX,
vimos nosso planeta do
espaço pela primeira vez.
Talvez os historiadores
venham a considerar que
este fato teve maior
impacto sobre o
pensamento do que a
revolução copérnica do
século XVI, que abalou a
uto-imagem do homem ao
revelar que a Terra não era
o centro do universo”.
“Vista do espaço, a Terra é
uma bola frágil e pequena,
dominada não pela ação e
pela obra do homem, mas
por um conjunto ordenado
de nuvens,
oceanos, vegetação e
solos.
“O fato de a humanidade ser
incapaz de agir conforme essa
ordenação natural está
alterando fundamentalmente
os sistemas planetários. Muitas
dessas alterações acarretam
ameaças à vida. Esta
realidade nova, da qual não
há como fugir tem de ser
reconhecida e enfrentada”.
“Felizmente, essa realidade nova coincide com fatos mais positivos e também novos neste
século. É possível fazer informações circularem por todo o planeta com uma rapidez sem
precedentes; é possível produzir mais alimentos e mais bens, investindo menos recursos; a
tecnologia e a ciência de que dispomos nos permite, ao menos potencialmente,
examinar mais a fundo e compreender melhor os sistemas naturais."
“Do espaço podemos ver e estudar a Terra como um organismo, cuja saúde depende da
saúde de todas assuas partes. Temos o poder de reconciliar as atividades humanas com
as leis naturais, e de nos enriquecermos com isso. E nesse sentido nossa herança cultural e
espiritual pode fortalecer nossos interesses econômicos e imperativos de sobrevivência.
“Esta Comissão acredita que os homens podem construir um futuro mais próspero, mais
justo e mais seguro”.
Trechos do relatório “Nosso futuro comum”
“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por
exemplo, em nossos padrões de consumo de energia. No
mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em
risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a
atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos. Na sua
essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de
mudança no qual a exploração dos recursos, o
direcionamento dos investimentos, a orientação do
desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional
estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial
para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.”
Trechos do relatório “Nosso futuro comum”
O desenvolvimento não deve pôr em risco os
sistemas naturais que sustentam a vida na
Terra.
 Para tanto, a universidade precisa abrir-se para a
diversidade, formar pessoas, cidadãos e não apenas
técnicos.
 Precisa investigar e descobrir formas de produzir
desenvolvimento de modo a não destruir ainda mais o
ambiente.
 Precisa investigar maneiras de recuperar o que já foi
destruído na natureza.
 Precisa ter voz junto às autoridades educacionais.
 Precisa propor (e ser ouvida) políticas públicas de
melhoria dos espaços urbanos...
Referências
COMISSAO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE EDESENVOLVIMENTO.
Relatório Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio
Vargas,1991
COSTA-NETO, Eraldo. Ciência e Diversidade Cultural: A Contribuição de Claude Chrétien
http://www.usask.ca/nativeiaw/ikl.html 1 1 Sitientibus,Feira de Santana, n.20, p.9-14, jan./jun.
IHU - REVISTA DO INSTITUTO HUMANITAS DA UNISINOS. Entrevista
com Walter Mignolo. Decolonialidade como o caminho para a cooperação
http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com
CHRÉTIEN, C. A ciência em ação. Campinas: Papirus, 1994.
FEYERABEND, P. Contre la méthode. Paris: Seuil, 1988.
Sitientibus,Feira de Santana, n.20, p.9-14, jan./jun. 1999
LÉVI-STRAUSS, C. La pensée sauvage. Paris: Plon, 1962.
MORIN, E. O problema epistemológico da complexidade. Lisboa: Publicações
Europa-América, 1983.
CHIBENI, Silvio Seno . O que é Ciência? Departamento de Filosofia - IFCH – Unicamp.
SOUSA SANTOS, Boaventura de; MENESES, Maria Paula G. Nunes, João Arriscado
Introdução: Para ampliar o cânone da ciência: a diversidade epistemológica do mundo.
Disponível em:http://www.ces.uc.pt/publicações/res/pdfs/IntrodBioPort.pdf. Acesso em 18
out. 2015.

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<title> Ciência e Diversidade </title>

  • 1. Ciência e Diversidade Profª Drª Maria Geralda de Miranda
  • 2. Conceitos Ciência - substantivo feminino  1. conhecimento atento e aprofundado de algo.  2. corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente.
  • 3. Conceitos Diversidade - substantivo feminino O termo diversidade (Verschiedenheit [alemão]; Diversity [inglês], Diversité [francês], Diversità [italiano], etc.) designa a qualidade ou a condição do que é diverso, as características ou elementos diversos entre si, que existem sobre um assunto, ambiente,objetos etc.
  • 4. De qual diversidade vamos falar?  Afirma-se que há, atualmente, uma diversidade de opiniões ou pontos de vista, diversidade de costumes, hábitos, comportamentos, crenças e valores, diversidade sexual, diversidade biológica ou a biodiversidade, etc. Enfim, diversos sentidos sobre diversidade.
  • 5. DE QUAL DIVERSIDADE VAMOS FALAR?  DIVERSIDADE DE OPINIÕES
  • 6. Crenças e valores, diversidade sexual, diversidade biológica...
  • 8. CIÊNCIA  Constitui-se crença generalizada que o conhecimento fornecido pela ciência distingue-se por um grau de certeza alto, desfrutando assim de uma posição privilegiada com relação aos demais tipos de conhecimento (o do homem comum, por exemplo).  Teorias, métodos, técnicas, produtos, contam com aprovação geral quando considerados científicos
  • 9. Quando a autoridade da ciência é evocada? Indústrias, por exemplo, frequentemente, rotulam de “científicos” processos por meio dos quais fabricam seus produtos, bem como os testes aos quais os submetem.
  • 10. Pesquisa nascentes se autoqualificam “científicas”, buscando afirmar-se: ciências sociais, ciência política, ciência agrária, ciências ambientais....
  • 11. A ciência ocidental convive bem com a diversidade? Calendário revela os acurados conhecimentos de astronomia do povo asteka.
  • 12. Sistema de escrita asteka; Códices . Cidade Inka, Machu Pitchu Construção Maia
  • 13. A ciência convive bem com a diversidade?  O método científico:  Essa atitude de veneração frente à ciência deve-se, em grande parte, ao extraordinário sucesso prático alcançado pela física, pela química e pela biologia...
  • 14. O METODO CIENTIFICO  Assume-se, implícita ou explicitamente, que por detrás desse sucesso existe um “método” especial, uma “receita” que, quando seguida, redunda em conhecimento certo, seguro.
  • 15. O modelo de ciência que herdamos e que se encontra hoje representado é um modelo surgido no Ocidente. Por suas características, a ciência ocidental moderna é considerada como sendo a única capaz de descrever o mundo e de dar a ele um sentido lógico.
  • 16. Seus princípios, métodos e técnicas foram levados para todos os recantos do mundo e tomados como universais.
  • 17. Nessa perspectiva, qualquer hipótese ou interpretação de fatos que não afinem com as ideias vigentes é ignorada; qualquer tentativa de incluir explicações criadas fora do rigor científico ocidental, que fuja da chamada “objetividade”, é banida dos templos acadêmicos.
  • 18. De acordo com CHRÉTIEN (1994), há ciência em todas as sociedades, inclusive nas arcaicas. Segundo ele, a importância dos estudos etnocientíficos está justamente na constatação de que toda e qualquer sociedade se esforça para compreender o mundo a sua volta.
  • 19. As sociedades tradicionais possuem um conhecimento apurado sobre o ambiente onde vivem, o que lhes permite adaptarem-se às condições desse ambiente (ZWAHLEN, 1996; MORIN-LABATUT, AKHTAR, 1992).
  • 20. CHRÉTIEN (1994) afirma que o conhecimento dos povos “primitivos” brota da satisfação das necessidades básicas da vida, por meio de uma ligação afetiva realizada com a natureza e seus elementos.
  • 21. LÉVI-STRAUSS (1962) também afirma que “os povos ‘primitivos’ constituíram em cima de seu ambiente natural um saber rigoroso e sistemático, por meio da classificação coerente dos objetos e de suas funções”. É o que ele chama de ciência do concreto, em oposição à ciência do abstrato.
  • 22. MORIN (1989) assevera que os grupos humanos agem em termos de suas imagens da natureza e visões de mundo. Segundo ele, o cérebro humano, mediante a cultura em que se encontra, tem as mesmas potencialidades, havendo evidências fortes sobre a existência de universais do pensar.
  • 23. MORIN (1983) atesta que o conhecimento está ligado à ativa relação com o mundo exterior. O objetivo da ciência teórica é, então, levar ao grau mais alto possível e consciente a redução perceptual do caos (SIMPSON, apud STURTVANT, 1964).
  • 24. POPPER (1982), no livro Conjecturas e Refutações, diz não haver fontes últimas de conhecimento. CHRÉTIEN (1994) corrobora o pensamento de POPPER ao afirmar que “não há uma única maneira de fazer ciência”. A ciência ocidental, então, necessita revestir-se de humildade e abandonar seu etnocentrismo, pois outros modos de percepção e explicação do universo existem para serem estudados.
  • 25.  Para o antropólogo e etnobiólogo DARREL POSEY (1986), o saber das populações indígenas da Amazônia sobre tinturas, óleos, corantes, inseticidas, remédios, comidas, repelentes, essências naturais e muitos outros recursos utilitários forma um banco relativamente inexplorado de novos conhecimentos que os cientistas ocidentais, se destituídos de seu orgulho e etnocentrismo, poderiam aprender com os cientistas indígenas.  Ele enfatiza que o resgate e a valorização dos saberes tradicionais têm implicações na medicina, ecologia e manejo dos recursos naturais (POSEY, 1987
  • 26.  Documento Nosso Futuro Comum Em 1983 foi criada pela Assembleia Geral da ONU a Comissão Mundial acerca do Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), que foi presidida por Gro Harlem Brundtland, médica e mestre em saúde pública, à época primeira-ministra da Noruega, daí o nome final do documento: Relatório Brundtland. A comissão foi criada em 1983, após uma avaliação dos 10 anos da Conferência de Estocolmo, com o objetivo de promover audiências em todo o mundo e produzir um resultado formal das discussões.  O Documento Nosso Futuro Comum, ou Relatório Brundtland, da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente afirma que o manejo sustentável dos recursos naturais só pode ser encontrado, a partir do desenvolvimento de uma ciência baseada nas prioridades dos povos locais e pela criação de uma base tecnológica que misture tanto as abordagens tradicionais quanto as modernas para solucionar os problemas.
  • 27. Do ponto de vista da quantidade e da qualidade, a fonte mais importante de nosso conhecimento, além do conhecimento inato, é a tradição (POPPER, 1982). Ninguém cria algum experimento científico partindo do nada, pois tem que seguir pistas deixadas por um antecessor. Desse modo, a ciência não goza de nenhuma superioridade.
  • 28. IHU On-Line (Revista da UNISINOS)- Como a ancestralidade se relaciona aos modos de existir, pensar e agir concebidos sob a perspectiva da modernidade/colonialidade? Walter Mignolo Não há outra maneira para explicar a maneira como somos e pensamos senão pela ancestralidade. “A partir do Renascimento, a ancestralidade dos indígenas europeus foi se universalizando, e já não se conceberam mais como indígenas, mas como o Homem, como a Humanidade. Na medida em que começaram a conquistar o mundo, descobriram outros indígenas (na América, na Ásia e na África). Para diferenciar-se deles, acentuaram a universalidade do Homem, do Ser Humano, que eram eles, em relação aos “Indignas”, aqueles que deviam ser civilizados. Aí temos um exemplo cabal de como funciona a diferença colonial”. A riqueza dos debates epistemológicos durante o século XVII europeu mostra que a transformação da ciência em única forma de conhecimento válido foi um processo longo e controverso e que para o seu desfecho contribuíram, não só razões epistemológicas, mas também fatores econômicos e políticos.
  • 29. A vitória da ciência como pensamento válido se explica em parte pela crescente ascendência do capitalismo e das potencialidades de transformação social sem precedentes que trazia no seu bojo. A vitória teve de ser tão completa quanto as rupturas que se pretendiam com a sociedade anterior
  • 30.  A partir de então, a ciência moderna conquistou o privilégio de definir, não só o que é ciência, mas como o único conhecimento válido.  O novo exclusivismo epistemológico revelou a mesma capacidade de «destruição criadora» que alguns teóricos atribui ao capitalismo.  A concepção cumulativa do progresso da ciência viria a assentar, assim, numa acumulação seletiva de sucessos, tendendo a ocultar a contribuição crucial da controvérsia ou do erro para a produção do conhecimento científico.  Por outro lado, ao incidir sobre outras formas de conhecimento, essa «destruição criadora» traduziu- -se em epistemicídio.  A morte de conhecimentos alternativos acarretou a liquidação ou a subalternização dos grupos sociais cujas práticas assentavam em tais conhecimentos. Este processo histórico, que foi violento na Europa, foi-o muito mais nas outras regiões do mundo sujeitas ao colonialismo europeu.
  • 31.  São disso exemplo a redução dos conhecimentos dos povos conquistados à condição de manifestações de irracionalidade, de superstições ou, quando muito, de saberes práticos e locais, cuja relevância dependeria da sua subordinação à única fonte de conhecimento verdadeiro, a ciência;  a subordinação dos seus usos e costumes ao direito do Estado moderno e das suas práticas económicas à economia capitalista; a redução da diversidade da organização social que os caracterizava à dicotomia Estado/sociedade civil; e ainda a conversão da diversidade das suas culturas e cosmologias em superstições sujeitas a processos de evangelização ou aculturação.  De Galileu a Newton, de Descartes a Bacon, um novo paradigma científico emerge que separa a natureza da cultura e da sociedade e submete a primeira a um guião determinístico em que a linguagem matemática assume um papel central.
  • 32. Em nome da ciência moderna destruíram-se muitas formas de conhecimento alternativas e humilharam-se os grupos sociais que neles se apoiavam para prosseguir as suas vias próprias e autónomas de desenvolvimento (Dussel, 2000: 49-50). Foi, em boa medida, graças aos recursos que lhe proporcionava a ciência que o poder imperial, nas suas várias manifestações históricas, conseguiu desarmar a resistência dos povos e grupos sociais conquistados, (Exemplo: a pólvora).
  • 33.  As graves questões ambientais obriga a repensar a ciência e o seu papel.  A constatação de que a ciência não é totalmente científica abalou profundamente suas bases de sustentação (FEYERABEND, 1988).  Por essa razão, os cientistas treinados nos métodos da ciência ocidental não podem mais cerrar os olhos para a diversidade de culturas e de seus saberes,  Nem negar sua existência, especialmente agora que culturas, línguas e recursos biológicos extinguem-se mais rapidamente, devido ao processo de globalização e à destruição de habitats.
  • 34.  Em todas as sociedades humanas, o conhecimento racional empírico não se encontra separado da esfera simbólico-mítico-mágica (ELKANA apud CHRÉTIEN, op. cit.). Ao contrário, o saber indígena é um amálgama de mitos, lendas, músicas, plantas, animais e seres sobrenaturais (POSEY, 1986).  No entanto, a separação entre objeto e sujeito, entre homem e natureza que impera no mundo ocidental (MORIN, 1989) dificulta a compreensão e a análise do conhecimento tradicional por pesquisadores treinados com os métodos e as técnicas da ciência ocidental.  Como MORIN (op. cit.) observa, é impossível isolar o ser vivo de seu ecossistema, o sujeito, do objeto, o indivíduo, da sociedade em que vive.
  • 35.  Trechos do relatório “Nosso futuro comum” “Em meados do século XX, vimos nosso planeta do espaço pela primeira vez. Talvez os historiadores venham a considerar que este fato teve maior impacto sobre o pensamento do que a revolução copérnica do século XVI, que abalou a uto-imagem do homem ao revelar que a Terra não era o centro do universo”. “Vista do espaço, a Terra é uma bola frágil e pequena, dominada não pela ação e pela obra do homem, mas por um conjunto ordenado de nuvens, oceanos, vegetação e solos. “O fato de a humanidade ser incapaz de agir conforme essa ordenação natural está alterando fundamentalmente os sistemas planetários. Muitas dessas alterações acarretam ameaças à vida. Esta realidade nova, da qual não há como fugir tem de ser reconhecida e enfrentada”.
  • 36. “Felizmente, essa realidade nova coincide com fatos mais positivos e também novos neste século. É possível fazer informações circularem por todo o planeta com uma rapidez sem precedentes; é possível produzir mais alimentos e mais bens, investindo menos recursos; a tecnologia e a ciência de que dispomos nos permite, ao menos potencialmente, examinar mais a fundo e compreender melhor os sistemas naturais." “Do espaço podemos ver e estudar a Terra como um organismo, cuja saúde depende da saúde de todas assuas partes. Temos o poder de reconciliar as atividades humanas com as leis naturais, e de nos enriquecermos com isso. E nesse sentido nossa herança cultural e espiritual pode fortalecer nossos interesses econômicos e imperativos de sobrevivência. “Esta Comissão acredita que os homens podem construir um futuro mais próspero, mais justo e mais seguro”. Trechos do relatório “Nosso futuro comum”
  • 37. “Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia. No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos. Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.” Trechos do relatório “Nosso futuro comum”
  • 38. O desenvolvimento não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra.
  • 39.  Para tanto, a universidade precisa abrir-se para a diversidade, formar pessoas, cidadãos e não apenas técnicos.  Precisa investigar e descobrir formas de produzir desenvolvimento de modo a não destruir ainda mais o ambiente.  Precisa investigar maneiras de recuperar o que já foi destruído na natureza.  Precisa ter voz junto às autoridades educacionais.  Precisa propor (e ser ouvida) políticas públicas de melhoria dos espaços urbanos...
  • 40. Referências COMISSAO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE EDESENVOLVIMENTO. Relatório Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio Vargas,1991 COSTA-NETO, Eraldo. Ciência e Diversidade Cultural: A Contribuição de Claude Chrétien http://www.usask.ca/nativeiaw/ikl.html 1 1 Sitientibus,Feira de Santana, n.20, p.9-14, jan./jun. IHU - REVISTA DO INSTITUTO HUMANITAS DA UNISINOS. Entrevista com Walter Mignolo. Decolonialidade como o caminho para a cooperação http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com CHRÉTIEN, C. A ciência em ação. Campinas: Papirus, 1994. FEYERABEND, P. Contre la méthode. Paris: Seuil, 1988. Sitientibus,Feira de Santana, n.20, p.9-14, jan./jun. 1999 LÉVI-STRAUSS, C. La pensée sauvage. Paris: Plon, 1962. MORIN, E. O problema epistemológico da complexidade. Lisboa: Publicações Europa-América, 1983. CHIBENI, Silvio Seno . O que é Ciência? Departamento de Filosofia - IFCH – Unicamp. SOUSA SANTOS, Boaventura de; MENESES, Maria Paula G. Nunes, João Arriscado Introdução: Para ampliar o cânone da ciência: a diversidade epistemológica do mundo. Disponível em:http://www.ces.uc.pt/publicações/res/pdfs/IntrodBioPort.pdf. Acesso em 18 out. 2015.