3. A leishmaniose visceral (VL), também conhecida como calazar, é
a forma mais grave da leishmaniose. Se não for tratada, chega a
ser fatal em mais de 95% dos casos.
O calazar é endêmico em 47 países – sendo altamente endêmico
no subcontinente indiano e no leste da África – e
aproximadamente 200 milhões de pessoas correm o risco de
serem infectadas. Estima-se que 200 a 400 mil novos casos de
calazar ocorram anualmente no mundo. Mais de 90% dos novos
casos ocorrem em seis países: Bangladesh, Brasil, Etiópia, Índia,
Sudão do Sul e Sudão.
4. Calazar em cães é um sinônimo para leishmaniose
visceral canina. Trata-se de uma doença parasitária,
que é transmitida pela picada de um mosquito
infectado. ... Normalmente cães sadios são
infectados, diferentemente de quando nós,
humanos, somos infectados.
6. O calazar é causada pelo protozoário parasita Leishmaniose que é
transmitido pela picada de mosquitos-palha infectados. O parasita
ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença
pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase sempre
fatal se não for tratada.
A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está
associada à desnutrição, deslocamento de população, condições
precárias de habitação e saneamento precário, um sistema
imunológico fraco e falta de recursos financeiros. O calazar, em geral,
também está ligado a mudanças ambientais como o desmatamento,
construção de barragens, sistemas de irrigação e urbanização.
8. A doença, quando progride, se manifesta de dois a
oito meses após a infecção com e se caracteriza por
acessos irregulares de febre, perda de peso,
fraqueza, aumento do baço e do fígado, nódulos
linfáticos inchados e anemia. No entanto, se a
carga parasitária é alta ou o nível de imunidade do
paciente é baixo, o período de incubação é de 10 a
14 dias.
9. Sintomas do calazar em cães
Problemas de pele e pelo, como: dermatite
seborreica, feridas na ponta das orelhas e na ponta
do focinho, falta de pelo ao redor dos olhos;
Emagrecimento;
Sangramento nasal ou oral;
Apatia;
Problemas nos olhos;
Crescimento exagerado das unhas;
Febre;
11. O diagnóstico é realizado combinando os signos clínicos com os testes serológicos
e parasitológicos. Os testes mais efetivos para diagnóstico de leishmaniose são
invasivos pois demandam amostras de tecido, gânglios linfáticos ou da medula
espinhal. Esses testes requerem instalações laboratoriais e especialistas que não
estão disponíveis imediatamente em áreas endêmicas e com poucos recursos.
O método mais comum para diagnosticar o calazar é o teste da tira reagente,
mas ele apresenta alguns problemas. Em áreas endêmicas, pessoas podem ser
infectadas pelo calazar, mas podem não desenvolver a doença. Nesse caso,
nenhum tratamento é necessário.
Infelizmente, o teste da tira reagente detecta apenas se o paciente é imune ao
calazar. Logo, se o parasita estiver presente, o teste vai apontar que a pessoa tem
a doença. Por isso, não pode ser usado para verificar se o paciente está curado,
se foi infectado ou se teve umarecaída.
13. O calazar é uma doença tratável e curável. Todos os pacientes
diagnosticados precisam de tratamento rápido e completo, existindo
diferentes opções, com efetividade e efeitos colaterais variados.
Antimoniais penta valentes são, normalmente, o grupo de
medicamentos de primeira linha, administrados como tratamento de
30 dias de injeções intramusculares. Enquanto antimoniais são
bastante tóxicos e representam um risco aos pacientes que recebem o
tratamento, aqueles que são curados do calazar quase sempre
desenvolvem imunidade vitalícia. Pesquisadores esperam identificar
formas de simplificar os regimes de tratamento, melhorar a segurança
e reduzir o risco de resistência a medicamentos