SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Doença de Chagas
Doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de
um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. O nome do parasita foi dado por seu
descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem ao também cientista Oswaldo Cruz.
Segundo os dados levantados pela Sucen, esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das
casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e
embaixo de pedras.
Transmissão
A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que
se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou
pequenos roedores). A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes
eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou.
A transmissão pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a
gravidez, da mãe para filho. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via
oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído. Embora não se
imaginasse que isso pudesse acontecer, o provável é que haja uma invasão ativa do parasita
diretamente através do aparelho digestivo nesse tipo de transmissão.
Sintomas
Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos (sinal de
Romanã), aumento do fígado e do baço são os principais sintomas. Com frequência, a febre
desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu, embora o
parasita já esteja alojado em alguns órgãos.
Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença, 20,
30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina.
Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são
raros os casos de morte.
Evolução
Caindo na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se
localiza no coração, intestino e esôfago. Nas fases crônicas da doença, pode haver destruição
da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa problemas
como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon que pode
provocar retenção das fezes) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos
alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis.
A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem
resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.
Diagnóstico e período de incubação
O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de
um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de
zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados.
Tratamento
A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais
que provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma
ser satisfatório na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na
fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da
doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações.
Recomendações
* Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas
regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais,
e em algumas áreas do nordeste da Bahia;
* Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência
médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas;
* Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue;
* A cana-de-açúcar deve ser cuidadosamente lavada antes da moagem e a mesma precaução
deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo;
* Eliminar o inseto transmissor da doença ou mantê-lo afastado do convívio humano é a única
forma de erradicar a doença de Chagas.

Leishmaniose visceral (Calazar)
Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui
(Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário
Leishmania chagasi.
Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e
equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos
centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número
de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do
homem.
A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de
um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre
apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a
24 meses.
Sintomas
Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de
duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do
fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos
na boca e nos intestinos.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida
do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o
diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de
imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de
anticorpos.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da
leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de
Chagas, febre tifóide, etc.
Tratamento
Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos
homens, mas não nos animais.
Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o
tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos.
Em segundo lugar, está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do
medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no
tratamento dessa moléstia.
A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que
pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.
Recomendações
* Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas
proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com
acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;
* Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;
* Cuide bem da saúde do seu cão. Ele pode se transformar num reservatório doméstico do
parasita, que será transmitido para as pessoas próximas e outros animais;
* Lembre-se de que os casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço
oficial de saúde.
Tricomoníase
Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode se hospedar no colo do
útero, na vagina e/ou na uretra.

Sinais                                     e                                     Sintomas
Muitas mulheres infectadas pelo Tricomonas podem não sentir nenhuma alteração ou reação.
Quando os sintomas surgem, esses são, principalmente, corrimento amarelo-esverdeado, com
mau cheiro, dor durante o ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos
sexuais. Na mulher, a doença pode também se localizar em partes internas do corpo, como o
colo do útero. A maioria dos homens não apresenta sintomas. Quando isso ocorre, consiste
em           uma           irritação         na          ponta          do          pênis.

Formas                                    de                                  contágio
O contágio se dá através de secreções, durante contato sexual desprotegido com parceiro
contaminado.

Prevenção
Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais ou anais.

Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos e quimioterápicos. Parceiros sexuais devem ser tratados
ao mesmo tempo. Pessoas em tratamento devem suspender relações sexuais até que o
tratamento     esteja     completo       e    os     sintomas       tenham     desaparecido.

Em homens, os sintomas podem desaparecer dentro de algumas semanas, mesmo sem o
tratamento. No entanto, mesmo sem nunca ter apresentado sintomas, pode continuar
infectando      seus       parceiros,     até        que       seja      tratado.

Como outras DST, caso não seja tratada, a tricomoníase aumenta a probabilidade de uma
pessoa ser infectada ou infectar a outros com o vírus da aids, o HIV. Pode também gerar
complicações durante a gravidez, ocasionando ruptura da bolsa antes da hora, parto
prematuro e nascimento de bebê com peso baixo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Toxoplasmose
Toxoplasmose Toxoplasmose
Toxoplasmose
 
Toxoplasmose
Toxoplasmose Toxoplasmose
Toxoplasmose
 
Doença de Chagas
Doença de ChagasDoença de Chagas
Doença de Chagas
 
Aula n° 4 leishmaniose
Aula n° 4   leishmanioseAula n° 4   leishmaniose
Aula n° 4 leishmaniose
 
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficial
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
DOENÇA DE CHAGAS
DOENÇA DE CHAGAS DOENÇA DE CHAGAS
DOENÇA DE CHAGAS
 
Leishmania infantum
Leishmania infantum Leishmania infantum
Leishmania infantum
 
Leishmaniose tegumentar e visceral
Leishmaniose tegumentar e visceral Leishmaniose tegumentar e visceral
Leishmaniose tegumentar e visceral
 
Doença de chagas
Doença de chagas Doença de chagas
Doença de chagas
 
Trabalho de chagas. power point
Trabalho de chagas. power pointTrabalho de chagas. power point
Trabalho de chagas. power point
 
1 protozooses intestinais
1 protozooses intestinais1 protozooses intestinais
1 protozooses intestinais
 
Protozoários - Parasitologia
Protozoários - ParasitologiaProtozoários - Parasitologia
Protozoários - Parasitologia
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Toxoplasmose folder
Toxoplasmose folderToxoplasmose folder
Toxoplasmose folder
 
Trabalho doença de chagas
Trabalho doença de chagasTrabalho doença de chagas
Trabalho doença de chagas
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 

Semelhante a Doença de Chagas e outras parasitoses: sintomas, transmissão e tratamento

Hiv mario martins pereira
Hiv  mario martins pereiraHiv  mario martins pereira
Hiv mario martins pereiraSANTOS Odirley
 
Trabalho biologia
Trabalho biologiaTrabalho biologia
Trabalho biologia2° PD
 
Doença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitárioDoença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitárioAline Vargas
 
7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdf
7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdf7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdf
7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdfmarciadearaujorebelo
 
Aspectos gerais e características da Doença de Chagas
Aspectos gerais e características da Doença de ChagasAspectos gerais e características da Doença de Chagas
Aspectos gerais e características da Doença de ChagasDiegoOliveira520215
 
Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosRaquel Freiry
 
Teníase e malária
Teníase e maláriaTeníase e malária
Teníase e maláriaFilipe Bispo
 
TOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptxTOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptxHudson46808
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistasISJ
 
Tenias e teníases resumo
Tenias e teníases   resumoTenias e teníases   resumo
Tenias e teníases resumoElderENF
 
Seminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptx
Seminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptxSeminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptx
Seminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptxMateusGonalves85
 
Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!2° Ta - cotuca
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasCharles Carvalho
 
Sistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptxSistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptxAlanaFagundes
 

Semelhante a Doença de Chagas e outras parasitoses: sintomas, transmissão e tratamento (20)

Hiv mario martins pereira
Hiv  mario martins pereiraHiv  mario martins pereira
Hiv mario martins pereira
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Trabalho biologia
Trabalho biologiaTrabalho biologia
Trabalho biologia
 
Trabalho da feira da cultura centro oeste (801)
Trabalho da feira da cultura centro  oeste (801)Trabalho da feira da cultura centro  oeste (801)
Trabalho da feira da cultura centro oeste (801)
 
Doença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitárioDoença de Chagas - um problema sanitário
Doença de Chagas - um problema sanitário
 
7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdf
7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdf7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdf
7 - Doença de Chagas - Ministério da saúde.pdf
 
Aspectos gerais e características da Doença de Chagas
Aspectos gerais e características da Doença de ChagasAspectos gerais e características da Doença de Chagas
Aspectos gerais e características da Doença de Chagas
 
Trab de biologia
Trab de biologiaTrab de biologia
Trab de biologia
 
Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoários
 
Teníase e malária
Teníase e maláriaTeníase e malária
Teníase e malária
 
TOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptxTOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptx
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistas
 
Apres.dst.ppoint
Apres.dst.ppointApres.dst.ppoint
Apres.dst.ppoint
 
Trabalho esquistossomose
Trabalho esquistossomoseTrabalho esquistossomose
Trabalho esquistossomose
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Tenias e teníases resumo
Tenias e teníases   resumoTenias e teníases   resumo
Tenias e teníases resumo
 
Seminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptx
Seminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptxSeminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptx
Seminário Parasito das Cavidades - ATIVIDADE 5 - Modelo.pptx
 
Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 
Sistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptxSistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptx
 

Último

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 

Doença de Chagas e outras parasitoses: sintomas, transmissão e tratamento

  • 1. Doença de Chagas Doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. O nome do parasita foi dado por seu descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem ao também cientista Oswaldo Cruz. Segundo os dados levantados pela Sucen, esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras. Transmissão A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou pequenos roedores). A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou. A transmissão pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez, da mãe para filho. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído. Embora não se imaginasse que isso pudesse acontecer, o provável é que haja uma invasão ativa do parasita diretamente através do aparelho digestivo nesse tipo de transmissão. Sintomas Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos (sinal de Romanã), aumento do fígado e do baço são os principais sintomas. Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos. Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença, 20, 30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina. Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são raros os casos de morte. Evolução Caindo na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se localiza no coração, intestino e esôfago. Nas fases crônicas da doença, pode haver destruição da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa problemas como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon que pode provocar retenção das fezes) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis. A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras. Diagnóstico e período de incubação O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados. Tratamento A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais que provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma ser satisfatório na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações. Recomendações * Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, e em algumas áreas do nordeste da Bahia; * Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas; * Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue;
  • 2. * A cana-de-açúcar deve ser cuidadosamente lavada antes da moagem e a mesma precaução deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo; * Eliminar o inseto transmissor da doença ou mantê-lo afastado do convívio humano é a única forma de erradicar a doença de Chagas. Leishmaniose visceral (Calazar) Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses. Sintomas Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos. Diagnóstico O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos. É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc. Tratamento Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais. Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. Em segundo lugar, está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa moléstia. A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento. Recomendações * Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer; * Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo; * Cuide bem da saúde do seu cão. Ele pode se transformar num reservatório doméstico do parasita, que será transmitido para as pessoas próximas e outros animais; * Lembre-se de que os casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial de saúde.
  • 3. Tricomoníase Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode se hospedar no colo do útero, na vagina e/ou na uretra. Sinais e Sintomas Muitas mulheres infectadas pelo Tricomonas podem não sentir nenhuma alteração ou reação. Quando os sintomas surgem, esses são, principalmente, corrimento amarelo-esverdeado, com mau cheiro, dor durante o ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. Na mulher, a doença pode também se localizar em partes internas do corpo, como o colo do útero. A maioria dos homens não apresenta sintomas. Quando isso ocorre, consiste em uma irritação na ponta do pênis. Formas de contágio O contágio se dá através de secreções, durante contato sexual desprotegido com parceiro contaminado. Prevenção Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais ou anais. Tratamento O tratamento é feito com antibióticos e quimioterápicos. Parceiros sexuais devem ser tratados ao mesmo tempo. Pessoas em tratamento devem suspender relações sexuais até que o tratamento esteja completo e os sintomas tenham desaparecido. Em homens, os sintomas podem desaparecer dentro de algumas semanas, mesmo sem o tratamento. No entanto, mesmo sem nunca ter apresentado sintomas, pode continuar infectando seus parceiros, até que seja tratado. Como outras DST, caso não seja tratada, a tricomoníase aumenta a probabilidade de uma pessoa ser infectada ou infectar a outros com o vírus da aids, o HIV. Pode também gerar complicações durante a gravidez, ocasionando ruptura da bolsa antes da hora, parto prematuro e nascimento de bebê com peso baixo.