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1. INTRODUÇÃO 
Nosso país sempre produziu arte, mesmo antes de sermos “brasileiros”. Essa necessidade 
de interpretar e expressar os pensamentos e as formas de apreensão do mundo está em todas 
as culturas e a necessidade de conviver com essas formas de expressão está em nossa vida, faz 
parte de nosso dia a dia e usufruímos desse convívio como forma especial de compreensão e 
de conhecimento do mundo que nos cerca,das outras pessoas, das outras culturas, de nós 
mesmos, de nossas emoções, de nossos medos, de nossas esperanças, de nossos desejos, de 
nossas possibilidades. É por meio da arte e de seus símbolos que podemos nos compreender 
melhor e conhecer nosso próprio país. 
As manifestações artísticas brasileiras nos revelam o processo de emancipação de 
nossa identidade, pelo qual assimilamos, transformamos e reelaboramos as matrizes estéticas 
trazidas de fora pelos colonizadores. Portanto, informações a respeito da arte universal, mas 
principalmente da europeia, são imprescindíveis para a compreensão da nossa arte. Quando 
desenvolvemos o senso crítico, podemos perceber se estamos nos expressando sinceramente 
ou se estamos sendo apenas vítimas de uma dominação simbólica que deforma nossa voz e 
nosso gesto criador. Como a carga significativa da arte tem dimensões infinitas, não podemos 
nos conformar com uma convivência passiva, acrítica, mas precisamos ser ativos e inquietos 
diante dos estímulos que a manifestação criativa nos lança. Para usufruir tudo o que a arte 
brasileira nos proporciona, tanto quando produzimos como quando apreciamos, precisamos 
desenvolver habilidades relacionadas a observação, atenção, memória, analise, síntese, 
orientação espacial, sentido de dimensão, pensamento lógico e pensamento criativo. Tais 
habilidades nos permitem perceber como os elementos da linguagem artística foram 
organizadas. 
Precisamos também obter e associar as informações a respeito de todo o contexto em 
que a arte é produzida. A apreciação da manifestação artística, isolada do conhecimento a 
respeito da situação em que foi produzida, pode ser instigante e estimulante, mas não é tão 
ampla como acompanhada de informações que enriqueçam a experiência estética e ampliem 
sua abrangência. Emoção e razão se conjugam para que o prazer estético seja pleno. É um 
jogo em que, as vezes, mergulhamos na emoção e, às vezes, tentamos fazer uma análise 
crítica por meio do raciocínio, da razão. Nunca podemos nos entregar passivamente, sem uma 
participação ativa. A sensibilidade, a inteligência e a vontade são os agentes principais dessa 
atividade, ao mesmo tempo intelectual e emocional, que é a experiência estética.
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O trabalho de conhecimento e apreciação da arte é uma vivência, ou seja, é ao 
mesmo tempo indagação, questionamento (a obra nos propõe perguntas) e elaboração de 
múltiplas respostas possíveis (nós tentamos responder ás perguntas que a obra nos propõe). É, 
portanto, um exercício de comunicação, de integração e de interação. 
O conhecimento da arte é, antes de tudo, o convívio com a arte. Portanto, é 
necessário considerar que o importante são as inesgotáveis experiências reais com a expressão 
artística dia a dia, por toda a vida. 
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
O objetivo desta pesquisa foi identificar a importância dos artistas populares na 
preservação da cultura brasileira e identificar de que forma ele pode trabalhar na preservação 
da mesma. 
1.2 JUSTIFICATIVA 
No nosso bairro ou por onde andamos, é possível notar uma grande influência dos 
artistas populares, sejam por esculturas, pinturas ou monumentos. Mas quem são estes 
artistas? Com que intenção ela foi criada? 
Sabemos que estas artes tem uma riqueza muito grande de nossas culturas, mas é 
necessário uma estratégia e mudança de conceitos, para que elas tenham o seu real uso na 
sociedade.
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2. ARTES E SUAS ORIGENS 
2.1 DESENHO DE ANATOMIA 
A origem da anatomia tem seus históricos iniciados na Grécia antiga, por volta dos 
séculos VII-VI a.C. 
O “pai da anatomia”, o médico Alcméon, segundo os estudiosos, realizava autópsia e 
alguns experimentos em animais. Escreveu alguns livros sobre seus estudos, mas que 
infelizmente se perdeu no tempo. 
Porém foi na Escola de Alexandrina que houve um progresso na anatomia, tendo como 
destaque o médico Herófilo. 
Mas a utilização da anatomia para uso artístico culminou no Renascimento, século XV. 
Neste período, as estátuas carregavam uma peculiaridade que antes não eram vistas nestes 
trabalhos, pois eram nítidas as características nos detalhes dos corpos representados pelos 
escultores da época. 
E como os gregos, os artistas desta época estudavam bastante a anatomia em seus 
ateliês e oficinas. 
E em especial podemos falar de Leonardo da Vinci, pois através dele, o desenho e a 
anatomia começaram a se tornarem pares nesta arte maravilhosa. 
O levantamento que ele fez entre músculos, nervos, veias, articulações, órgão internos, 
foi surpreendente, nunca antes realizados com tanta clareza e detalhe. 
Ele dissecou por volta de 30 corpos, tanto masculino como feminino, de crianças à 
adultos, formando assim uma biblioteca de humanos. 
De fato ele era genial, considerado um dos maiores desenhistas de todos os tempos. 
Sua criatividade era tanta que os estudiosos da época ficavam fascinado pelas suas 
descobertas 
No princípio, o emprego do estudo da anatomia era de particularidade médica, mas 
com estas vocações que alguns artistas tinham em particular, abriu o leque para muito mais 
utilidade. 
E nos dias atuais, o estudo da anatomia para realização de desenhos, esculturas, ou 
qualquer outra arte referente a seres vivos, é imprescindível para a realização e detalhes de 
uma expressão corporal, técnica esta alcançada graças aos esforços mencionados por esta 
história descrita.
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2.2 MANGÁ 
A palavra Mangá, numa tradução literal, significa rabiscos descompromissados, ou 
ainda, imagens involuntárias. Porém, hoje o Mangá é utilizado para caracterizar as histórias 
em quadrinhos no estilo japonês. 
Os mangás no Japão, são consumidos por crianças, adolescentes, universitários, 
executivos, idosos, enfim, por toda população e de forma exaustiva. Hoje, 50% de todo papel 
utilizado no Japão é destinado para confecção dos mangás. Numa simples comparação, o 
Brasil está para as telenovelas como o Japão para os mangás. Os mangás são hoje, uma das 
mais populares formas de comunicação mundial. 
O termo mangá tem origem á partir do trabalho do artista de ukiyo-e (escritura do 
mundo flutuante) Katsushika Hokusai, criador do Hokusai Manga, uma série de livros com 
ilustrações em 15 volumes de 1814 a 1878, que continha representações do movimento do 
corpo humano e movimento muscular, além de ilustrações narrativas e cômicas que retratava 
o cotidiano. 
Ao contrários das histórias em quadrinhos convencionais, sua leitura é feita na ordem 
inversa, ou seja, de trás para frente. Ela teve origem por meio do Oricom shohatsu (Teatro de 
Sombras), que na época feudal era comum nos vilarejos e contava lendas utilizando fantoches. 
Depois, estas lendas foram escritas em rolos de papel e ilustradas, originando dando origem às 
histórias em sequência, e consequentemente originando o mangá. Essas histórias foram então 
publicadas por algumas editoras na década de 20, ganhando fama por volta da década de 40, 
sendo interrompida pela Segunda Guerra Mundial e retomada somente em 1945, tendo o 
Plano Marshall como seu propulsor, pois parte das verbas desse plano era destinada a livros 
japoneses. A popularização da leitura de mangá aumentou nesse período, pois devido a guerra 
poucas atrações culturais restaram. Foi nessa época que surgiu Ossamu Tezuka, o " Walt 
Disney Japonês”, pois foi o criador dos traços mais marcantes do mangá: Olhos grandes e 
expressivos. Ossamu recriou a linguagem do mangá até então, dando início o à era moderna 
do mangá. "Astro Boy", "Kimba, o Leão Branco" e "A Princesa e O Cavaleiro", são alguns de 
seus títulos mais conhecidos, inclusive no Brasil. As formas dos personagens de mangá 
costumam ser bem peculiar, como grandes olhos, a cabeça grande em relação ao restante do 
corpo. Por exemplo, um mangá para meninas adolescentes, apresentam um traço mais leve, 
suave, delicado, com efeitos visuais como flores, estrelas, penas, laços, corações que 
caracterizarão o estado emocional das personagens. Já para os meninos, os mangás terão 
desenhos mais carregados, grossos e dinâmicos. A atenção aos detalhes é mais cuidadosa, uma 
vez que nas histórias geralmente ocorrem grandes cenas de batalha ou conflitos interpessoais.
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O mangá para meninas chama-se Shojo e para os meninos chama-se Shonen. 
Ao longo do tempo, o mangá ganhou a televisão transformando-se em 
animes(desenhos animados), ficando mais popular e aumentando o número de fãs em todo o 
mundo. As histórias são sempre variadas e com roupagem sempre nova, personagens 
expressivos e heroicos como, por exemplo, “Dragon Ball Z” e “Yu Gi Oh”. 
O Brasil sofreu influência desta técnica de desenho pela grande quantidade de 
japoneses e descendentes residentes no país. Na década de 1960, alguns autores descendentes 
de japoneses, começaram a utilizar influências gráficas, narrativas ou temáticas de mangá em 
seus trabalhos na Editora de Revistas e Livros (EDREL), fundada por Keizi. 
A primeira publicação no Brasil foi um livro da EDREL: "A técnica universal das 
histórias em quadrinhos" de Fernando Ikoma, que só teve contatos com os quadrinhos 
japoneses quando foi trabalhar na editora , na época Seto e Keizi foram aconselhados a mudar 
o traço mangá para estilos ocidentais. 
A “EDREL”, na época do regime militar, sofreu muitas censuras devido os desenhos 
em quadrinhos eróticos publicados pela Editora , nessa época Seto cria a Maria Erótica. 
A partir da década de 70, as primeiras histórias em quadrinhos baseadas em uma 
produção japonesa foram publicadas. Speed Racer (Mach Go Go no original), cuja série de 
anime foi exibida no programa do Capitão Aza , foram publicadas pela Editora Abril. 
Nos anos 80, os tokusatsus (as séries de super-herói em live-action) fizeram bastante 
sucesso no Brasil. Em 1982, a Grafipar lançou duas revistas em formatinho no estilo mangá, 
Super-Pinóquio de Cláudio Seto e Robô Gigante. Ambas as revistas tiveram apenas uma 
edição. No final da década de 1980 e início da década de 1990 foram lançadas revistas em 
quadrinhos Jaspion, Maskman, Changeman, Spielvan, inicialmente pela EBAL e depois pela 
Bloch e editora Abril. que na revista Heróis da TV (que também publicou Black Kamen Rider 
e Cybercop), todas produzidas por artistas brasileiros do Studio Velpa. 
Em 3 de fevereiro de 1984, foi criada Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá 
e Ilustrações. No mesmo ano Osamu Tezuka visita o Brasil e é apresentado a uma exposição 
com artes de vários artistas brasileiros, conhece o brasileiro Mauricio de Sousa com quem 
estabelece uma amizade, ambos planejam um crossover entre seus personagens em longas-metragens 
de animação, o projeto foi engavetado após a morte de Tezuka em 1989. 
O grande "boom" de animes e mangás no Brasil veio em 1994, com o sucesso de Os 
Cavaleiros do Zodíaco de Masami Kurumada exibido pela Rede Manchete. Nesta época surge 
as primeiras revistas exclusivas sobre animes e mangás. 
O grande marco da publicação de mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro
11 
de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X , Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco 
pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Acme). O diferencial desses títulos era dessa 
vez os mangás eram publicados da direita para a esquerda, lombada quadrada, meio-tankohon 
(metade das páginas de um volume japonês) e em dois formatos: de bolso (usado pela JBC) e 
formatinho (adotado pela Conrad). Nessa época, a editora Escala lançou antologias inspiradas 
nas revistas japonesas e mesclava material de artistas veteranos como Cláudio Seto, Mozart 
Couto e Watson Portela com o de aspirantes a quadrinistas, além de lançar vários manuais de 
Como Desenhar no Estilo mangá. 
Os títulos brasileiros começam a diminuir devido ao aumento dos títulos originais 
japoneses, que tiveram lançamentos de sucesso como Naruto e Bleach. 
Em 2008, Maurício de Sousa e a esposa Alice Takeda (que é descendente de 
japoneses) são escolhidos para criar mascotes para o Centenário da imigração japonesa ao 
Brasil e anuncia o lançamento de Turma da Mônica Jovem (versão mangá adolescente da 
Turma da Mônica) faz surgir várias revistas similares, os chamados "Mangás Jovens" são eles 
Luluzinha Teen (versão adolescente da Turma da Luluzinha) e Didi & Lili - Geração Mangá 
(baseado na personagem Didi Mocó de Renato Aragão e na filha dele Lívian Aragão, a Lili), 
em 2009 e 2010 respectivamente. 
Entre 2010 e 2011, Maurício de Sousa, anuncia que seu estúdio estaria realizando um 
antigo projeto, uma história em quadrinhos com suas personagens e as de Osamu Tezuka. Em 
Julho do mesmo ano, a HQM Editora publica os mangás Vitral e O Príncipe do Best Seller do 
Futago Studio. 
2.3 ESCULTURA 
A escultura é um ramo das artes visuais que se define como arte que normalmente 
lidam com a visão como seu principal meio para apreciação. Uma característica da escultura é 
a maneira como suas formas se estendem através do espaço. São também importantes 
elementos do projeto, sombra, luz, textura e tamanho. Normalmente representa uma pessoa ou 
objeto, ou pode ainda refletir formas e padrões inventados pelo artista. Ela pode ser 
tridimensional ou em relevo, essa última normalmente decoram paredes de prédios. 
Através da maior parte da história permaneceram as obras dos artistas que se 
utilizaram dos materiais mais duráveis e perenes como pedra(mármore, pedra calcária, 
granito) ou metais(bronze, ouro, prata). Ou que usavam técnicas para melhorar a durabilidade 
de certos materiais(argila, cerâmica) ou que empregaram os materiais de origem orgânica 
mais nobres possíveis, madeiras duráveis como ébano e jacaranda. Mas de um modo geral,
12 
embora se possa esculpir em quase tudo que se consiga manter por pelo menos algumas horas 
a forma idealizada(manteiga, gelo, cera...) essas obras efêmeras não podem ser apreciadas por 
um público que não seja contemporâneo. 
Os materiais mais usados na escultura são o mármore, o alabastro , o granito, o 
arenito, o calcário e as pedras semipreciosas, os escultores modernos usam esses materiais 
tradicionais, mas também trabalham, com outros, como plásticos, tecidos, fiberglass, tubos de 
neon e até material reciclável. Atualmente o concreto é muito usado para grandes projetos ao 
ar, livre, por ser um material barato, resistente e barato. As técnicas mais comuns de fazer uma 
escultura são o entalhe, a modelagem a fundição e a construção. 
As maneiras mais comuns de fazer uma escultura são o entalhe, a modelagem, a 
fundição e a construção. O entalhe é o processo de dar a substâncias como a pedra, a madeira 
ou o marfim a forma desejada, cortando ou aparando as peças. A modelagem envolve o 
processo de dar forma à mão a um material macio como a argila. Em seguida, ele pode ser 
queimado no forno até endurecer. Também são usados modelos para entalhar. O entalhe é 
usado para reproduzir uma peça de escultura mediante o uso de um molde. Numa primeira 
versão, faz-se um molde de gesso em volta do modelo. Quando o gesso endurece, é dividido 
ao meio e retirado do modelo. As partes do molde são então unidas, com um espaço oco no 
lugar em que o modelo estava. O material desejado é então derramado por um furo para 
dentro do molde, no oco onde ficava o modelo, onde fica até secar. Quando o molde é 
retirado, tem-se uma cópia perfeita do modelo original. Um método que emprega um modelo 
de cera é comumente usado para fazer esculturas de metal. Esse processo pode ser usado para 
criar muitas cópias de uma estátua. Além de fazer esculturas a partir de materiais variados, os 
escultores modernos podem usar técnicas como soldar, aparafusar, pregar ou colar para unir 
pedaços diferentes de material. 
2.3.1 HISTÓRIA 
A história da escultura confunde-se com a própria história das primeiras civilizações, 
desde a pré história , mais ou menos 40000 a.C. Os seres que viviam nas cavernas vestiam-se 
com peles de animais, caçavam e pescavam para se alimentar. 
Eles acreditavam na existência de vários deuses ligados ao poder da natureza, como a 
chuva e o sol, relacionados com a fertilidade da terra. Eles criavam suas próprias esculturas, 
isto é, seus totens, monumentos feitos para trazer energia positiva e agradar aos deuses, e 
também para se representar. Um dos mais conhecidos totens é Stonehenge, que fica em 
Salisbury, na Inglaterra. Além dos totens, as antigas civilizações criavam esculturas para
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materializar símbolos importantes que faziam parte de suas crenças e de seu cotidiano. 
O homem pré-histórico esculpiu um sílex, o primeiro instrumento, a primeira escultura 
da humanidade. O sílex era um instrumento cortante que o auxiliava a abater a caça, raspar o 
couro dos animais, trinchar a carne, cortar a madeira. Há mais de um milhão de anos, cortar 
era um gesto fundamental para a sobrevivência do homem. Aos poucos os instrumentos foram 
se aperfeiçoando. A princípio eram talhados com o auxílio de uma outra pedra, depois com 
um pedaço de osso ou de madeira, até finalmente serem polidos, milhares de anos mais tarde. 
Com o passar do tempo, os homens começaram a esculpir seus objetos familiares, e em 
seguida pequenas estatuetas femininas, que apresentavam muitas vezes formas exuberantes. A 
escultura, a primeira de todas as artes, nasceu assim, há muito tempo. 
No Egito Antigo, civilização que construiu as pirâmides, apareceram esculturas de 
hipopótamos azuis, feitas em faiança, uma espécie de cerâmica branca. Esse animal era 
temido por seu tamanho e sua voracidade, e também era símbolo de fertilidade. Como era um 
animal que vivia na lama, era considerado um ser especial, poderoso e encantado pois para os 
egípcios, a lama e as águas enlameadas representavam o poder da criação. 
Ao longo do Rio Nilo, existia uma grande variedade de pedras, tais como o translúcido 
alabastro, o xisto verde, o granito rosa e outras. Os egípcios sabiam explorar os minérios para 
esculpir as figuras dos faraós, os amuletos de proteção ou os colossos que guardavam os 
túmulos. Eles utilizavam ferramentas como cinzéis, clava e enxó. Os escultores extraiam 
blocos das pedreiras, desenhavam sobre a rocha com tinta contornando e marcando, em 
seguida desbastavam o bloco de pedra e pouco a pouco as formas da escultura iam aparecendo 
até a obra ficar concluída. Uma característica das estátuas egípcias era a representação das 
mesmas em postura rígida com os braços colados ao corpo e rostos impassíveis. 
Os gregos conseguiram animá-las pouco a pouco, esculpindo-as com pernas afastadas 
esboçando um passo e um rosto iluminando um sorriso. Como essas esculturas eram feitas em 
mármore, quebravam-se com facilidade. Por esse motivo existem muitas obras de deusas sem 
braço ou heróis decapitados nos museus do mundo inteiro. Talvez a obra mais conhecida de 
toda a história da civilização ocidental seja a Vênus de Milo, criada no ano 200 a.C, na Ilha de 
Milo, na Grécia Antiga. A Vênus, feita em mármore branco, representa o ideal clássico de 
beleza feminina. Ela é forte e elegante, corpo cheio de curvas, em proporções perfeitas. A 
escultura foi encontrada em 1820 com os braços quebrados. 
A herança do ideal de beleza, instituído pela Grécia Antiga, foi observado na obra do 
artista e arquiteto italiano Michelangelo Buonarroti (1475-1564), denominada Davi, que 
começo a ser esculpida em 1501 e foi finalizada em 1504. Feita em mármore, ela mostra a
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perfeição do corpo do guerreiro mitológico que enfrenta o gigante Golias. No renascimento, 
época de Michelangelo, o foco de todas as atenções tornou-se o próprio ser humano. Esse 
artista italiano acreditava que o corpo humano era a veia pela qual Deus se expressava em 
alguém. Era importante, então, que o corpo fosse muito belo. 
A escultura da nossa época busca fontes expressivas nas antigas civilizações que 
deixou um legado fundamental para esse ofício que passa por este aprendizado, por essa 
aproximação com as civilizações que precederam. 
A escultura brasileira tem a mesma origem da escultura ocidental. O conceito do ser 
humano ampliou-se, a escultura expressa esta ideia de real. Mas estas vertentes manifestam-se 
distintamente em lugares diferentes. A valorização da natureza, a intervenção humana nos 
espaços abertos da natureza, a presença em nosso país de estágios culturais tão diferenciados, 
a presença atuante de culturas diversificadas, favorecem a criação de manifestações únicas. A 
carga de originalidade da escultura no Brasil é notável. A energia que a escultura mundial 
procura nas civilizações primitivas, aqui, no Brasil, faz parte da própria formação e do estar 
cultural. Algumas vezes, a nossa escultura cumpre o ideal renascentista da descoberta da 
forma adormecida, contida no bloco inerte do mármore. Outras vezes, a nossa escultura quer 
saber do homem e da natureza e reorganiza o mito e o mundo. Talvez esta seja a verdadeira 
característica brasileira: A capacidade de simultaneidade da diversidade. 
2.3.2 OS MONUMENTOS 
Uma das formas mais conhecidas de escultura são os monumentos. Essas formas 
surgiram com as primeiras cidades, agrupamentos de pessoas em torno de um centro urbano. 
Os monumentos colocados em diversos locais, ruas, praças, servem para homenagear feitos, 
celebrar personagens e marcos históricos. Os monumentos são como um cartão de visita das 
cidades ou locais onde se localizam, tais como a Estátua da Liberdade em Nova York, Estados 
Unidos, a Torre Eiffel na França, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro-Brasil. 
2.4 PINTURA - ORIGEM 
A pintura tem sua origem na pré-história, onde os homens desenhavam nas paredes das 
cavernas, os animais que eles gostariam de capturar. Eles traçavam com carvão os contornos 
dos bisões ou de mamutes, e para colorir, esfarelavam blocos de terra. Depois, espalhavam 
esse pó colorido com buchas de peles ou de folhas, ou o fixavam soprando através de tubos de 
osso. Acredita-se que para criar esses pigmentos, utilizavam sangue, excremento e gordura
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animal, clara e gema de ovos e até saliva. Esses primeiros pintores utilizavam toda a 
superfície da rocha para suas obras, conhecidas como pinturas rupestres. Na gruta de Lascaux, 
na França é possível ver rebanhos inteiros galopando nas paredes e tetos há milhares de anos. 
Os primeiros homens, pintavam também sobre pedras. 
Na Antiguidade, os egípcios colhiam longos bambus às margens do Nilo, chamados de 
papiros. Com as hastes, fabricavam o antepassado do papel. Neste material de aparência tão 
frágil, o escriba desenhava, escrevia, ilustrava cartas, contratos, orações. Sentado no chão, ele 
mastigava a ponta de seu cálamo, haste de junco que lhe servia de pincel. Em seguida, traçava 
a primeira figura no rolo sagrado. Esses rolos tinham um comprimento que podia chegar a 
dezenas de metros. 
Também na Antiguidade, os gregos gostavam de enfeitar objetos domésticos. Eles 
pintavam animais reais ou fantásticos, cenas familiares ou lendárias em recipientes próprios 
para guardar água, óleo, vinho ou grãos. Essas vasilhas eram moldadas por oleiros, depois 
secadas ao sol e decoradas por pintores com tintas a base de argila e de plantas, em seguida 
eram cozidas no forno e por serem de um material muito resistente, ainda hoje são as provas 
da pintura grega. Outros povos na Antiguidade também decoravam sua louça, eram os Oleiros 
do Peru, que surpreendiam pela criatividade. Em forma de peixes, pássaros, macacos e 
monstros ou pintados com motivos geométricos, esses vasos da América do Sul ficaram tão 
famosos quanto os da Grécia, pois contavam a vida cotidiana e as crenças desses povos. 
2.4.1 A EVOLUÇÃO DA PINTURA 
Com o passar dos anos a pintura foi evoluindo e outras técnicas e materiais passaram a 
ser utilizados, tais como: 
-Pintura em madeira - Na Idade Média, os artistas pintavam painéis de madeira. Para alisar e 
encobrir as nervuras da madeira, eles a lixavam e rebocavam com cola e gesso. Ás vezes, os 
pintores realizavam obras em várias folhas, para decorar os altares das igrejas. As madeiras 
mais utilizadas eram álamo e carvalho. 
-Seda e nanquim - Para os chineses, a caligrafia (ciência da escrita) é a maior expressão 
artística. Os artistas pintam como escrevem: sobre uma mesa, com nanquim e pincel. Utilizam 
materiais bem absorventes, como o papel de arroz ou a seda. Os sinais e desenhos não podem 
ser modificados. 
-Afrescos - Em 1303, na Itália, tem início a realização de pinturas gigantescas e monumentais 
nas igrejas e capelas: Os afrescos, palavra que significa fresco. Nessa técnica, o artista tinha 
de pintar numa base úmida que permanecia fresca por um dia apenas.
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-Tinta á óleo: No século XV, o pintor flamengo Van Eyck descobriu o segredo da tinta à óleo. 
Para preparar suas tintas, ele devia misturar aos pigmentos um pouco de óleo e alguma 
essência vegetal. Sobrepondo, assim, várias camadas dessa massa lisa, fluida e brilhante, dava 
à sua pintura a luminosidade das pedras preciosas. Como o quadro secava devagar, era 
possível retocar detalhes com mais cuidado. Graças as suas qualidades, o óleo continua sendo 
o ingrediente das maiores obras-primas até hoje. 
-Pintura sobre tela: A partir do século XVI, os artistas deixaram de pintar na madeira, por ser 
uma base pesada, desconfortável e de preparo demorado. Eles passaram a trabalhar sobre uma 
tela esticada numa estrutura leve, a moldura. Com o tempo, os pintores passaram a escolher 
de acordo com seus gostos, tecidos diferentes. Até o século XIX, as telas eram feitas de 
cânhamo de linho, de giesta e até mesmo urtiga. Mais tarde, apareceram novos tecidos como o 
algodão, juta, fibra de coco e fibras sintéticas. 
2.4.2 O CORPO COMO TELA 
Não podemos deixar de citar a pintura corporal, mais especificamente a indígena. 
A pintura corporal indigena atinge complexidade em termos de cor e desenho, utilizando 
pigmentos vegetais como matéria-prima. Grupos indígenas que até hoje mantem suas 
tradições, como os caiapós e os camaiurás, demonstram como a pintura corporal é uma forma 
de expressão artirtica e uma linguagem visual em estreita relação com os outros meios de 
comunicação verbais e não verbais; é uma forma de expressão que pode ser “lida”, pois revela 
intenções pacíficas, ou guerreiras, emoções, situações festivas ou religiosas, importância 
social, entre outras mensagens elaboradas com capricho e minúcia. 
2.4.3 AS FERRAMENTAS DA ARTE MODERNA 
Pincéis, mas também tesouras, rolos, vassouras, espátulas… Para pintar, os artistas do 
século XXI usam as ferramentas mais inesperadas. Eles tentam experiências e misturam 
materiais de todo tipo: acrílico, papel machê, tinta para automóvel, areia, alcatrão, etc. Colam 
papéis e até objetos nas telas. Tudo é possível. 
2.4.4 OS MÉDICOS DA ARTE - RESTAURADORES 
As obras de arte envelhecem ou são vítimas de acidentes, como o homem. Então, é 
preciso protegê-las. Este é o trabalho dos restauradores. Algumas feridas só precisam de 
cuidados leves, como limpeza, novo envernizamento, etc. Mas pode acontecer que o quadro
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esteja muito danificado, com base deformada, rachada, a tinta ressecada. Nesse caso, são 
necessárias verdadeiras operações cirúrgicas onde os rasgões são consertados e a camada de 
tinta pode até ser transplantada para uma nova tela. Obras- primas são salvas, assim, todos os 
anos. 
Pintar no concreto ou numa casca de ovo, pintar a neve, o mármore, a areia, pintar o 
rosto, as mãos, a casa, decorar um grão de arroz ou um palácio inteiro… Os homens pintaram 
sobre as bases mais resistentes, assim como sobre as superfícies mais delicadas, flexíveis, 
transparentes. Essas pinturas atravessam os séculos ou se apagam com a primeira chuva, com 
o mais leve sopro de vento. Algumas desapareceram para sempre, outras ainda esperam ser 
descobertas.
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3. METODOLOGIA 
Para início da realização do Projeto Integrador, que tem como tema: “A riqueza e a 
diversidade da cultura brasileira”, o nosso grupo optou em pesquisar algumas formas de 
expressões artísticas das Artes Visuais, especificamente a pintura, o desenho de anatomia 
humana, o mangá e a escultura. Essas modalidades foram divididas entre os integrantes do 
grupo para que fosse feita a pesquisa teórica e posteriormente uma entrevista com um artista 
local que desenvolvesse essas técnicas e que tivesse uma influência na região. 
Escolhemos o artista Juarez Martins dos Anjos para realização do nosso trabalho. 
No domingo, dia 05 de outubro, o grupo se reuniu com o objetivo de realizar a 
pesquisa de campo, conhecer suas obras, sua biografia, trajetória profissional e influência do 
seu trabalho na comunidade. 
Fomos recebidos por Juarez Martins, que nos apresentou algumas de suas obras, nas 
mais diversas modalidades e técnicas, e nos concedeu uma entrevista sobre sua vocação, 
incentivadores, formação, influências na comunidade, dificuldades encontradas e projetos 
futuros. 
O grupo realizou os registros em áudio, vídeo e fotografias, sendo 1 hora 35 minutos 
de áudio, 15 minutos de vídeo e um total de 40 fotos, sendo as melhores selecionadas para 
este trabalho. 
Também conta com 6 integrantes, onde cada um ficou responsável pela elaboração dos 
tópicos relacionados, bem como a revisão total do trabalho.
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4. ANÁLISE DE DADOS 
Utilizando o tema que nos foi proposto, procuramos no bairro de São Miguel Paulista, 
São Paulo, algo ou alguém que se encaixasse nestes termos. 
Com muito sucesso encontramos o artista Juarez Martins, que tem no decorrer de sua 
trajetória uma história fascinante. Estes são uma série de questionamentos e respostas na qual 
interrogamos o entrevistado: 
1) Como e quando você descobriu essa vocação? 
Começou quando eu tinha entre sete e oito anos no Estado da Bahia, pois como não 
tinha recursos financeiros, fabricava meus próprios brinquedos. Dessa forma já dava pra notar 
que a arte estava inserida em mim, mas inconscientemente. Não tinha ideia de que aquilo era 
uma manifestação artística. 
2) Quais foram seus incentivadores? 
Minha família, meus professores. Quando criança, confeccionava desenhos para os 
moldes do mimeografo na Escola. Mas quem me identificou e me apoiou como escultor foi 
Paulo Acencio, meu mestre e também artista que hoje trabalha no exterior. 
3) Como foi sua trajetória de formação? 
Fiz um ano de Publicidade e quatro de Artes Plásticas. Todas na Escola de Artes 
Portinari. Os demais conhecimentos, como estudo de anatomia, realizei com alunos na Usp. 
Também estudei da arte do desenho, pintura e mangá. 
4) Qual seu trabalho de maior destaque? 
O troféu da corrida de São Silvestre. Realizei a confecção do mesmo por cinco anos e 
estão espalhados pelo Mundo todo. É uma bela escultura feita de madeira. 
5) Como a comunidade te acolhe/valoriza como artista local? 
Tenho este título pelos diversos trabalhos que realizei na comunidade. A Escultura 
Pedra Pequena no Itaim Paulista, trabalhos relacionados a arte para alunos de Colégio. Porém 
a arte do Brasil ela é mau interpretada. 
6) Quais são as dificuldades encontradas na sua profissão? 
As dificuldades são imensas. Primeiro, falta conscientização na arte para efeitos 
Culturais. Segundo, o artista tem um péssimo apoio governamental. 
Se não tivermos influência política, dificilmente nossa arte aparece. Arte não pode ser 
comandada por quem tem mais expressão, mas sim pra quem nasceu pra arte. 
7) Quais são os seus projetos futuros? 
Estudar no exterior. Pois só assim conseguirei respaldo e currículo para as pessoas 
deste país olharem para mim.
20 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Juarez Martins, artista plástico, desenhista e pintor. Nasceu no dia 21/09/1962 no 
Estado da Bahia. 
Tendo sua trajetória artística iniciada como que de brincadeira, pois no desejo de 
brincar e condições financeiras precárias, desenvolvia seus próprios brinquedos. 
“...quando tinha 7 ou 8 anos, meu irmão mais velho construía seus próprios 
brinquedos. Confeccionava caminhões, pião para poder brincar no barracão próximo de um 
vilarejo que se chamava Morrinhos. e nosso tipo de brincadeira era este, criávamos nossos 
brinquedos para poder brincar, e como não tínhamos condição de comprar, realizávamos 
todo este trabalho... eu explorava da natureza, e eu tinha esta coisa, de olhar e observar a 
natureza, e daí tirava os brinquedos dela. Existe uma árvore chamada surucucu, típica do 
nordeste, e ela tinha uma vagem que dobrava, e quando ela dobrava eu pegava um espinho 
do cacto e furava bem no centro da vagem, criando assim uma hélice. Aquilo pra mim era 
fantástico... além do pião, tinha vários outros brinquedos que a gente formava. Eu imaginava 
também a fazendinha, com os gados, vacas e bezerros e dizia: a que eu estou é real, mas eu 
posso fazer uma para mim com pequenas madeiras. Como fosse uma maquete, e os gados 
fazia com sabugo e com madeira fazia as patas...dessa forma já dava pra notar que a arte 
estava inserida em mim, mas inconscientemente. Não tinha ideia de que aquilo era uma 
manifestação artística...” 
Figura 1: Juarez Martins dos Anjos
21 
Quando veio pra São Paulo no ano de 1973, se encantava com os desenhos exibidos na 
Televisão. Às vezes se entristecia por não conseguir desenhar um personagem exibido na tela, 
até que descobriu uma banca próxima a sua Escola. Daí pra cá não parou mais, pois tinha 
vários desenhos pra se exercitar. 
“...descobri uma banca de jornal próximo a escola na Praça Silva Teles, e vi que 
aqueles desenhos da televisão tinha na banca, e meu pai comprou. Daí facilitou bastante, 
pois exercitava. Uma coisa interessante ocorreu, que no segundo ano, devido a ter 
desenvolvido bastante os meus desenhos, aquela sensibilidade artística, que eu fui 
aprimorando, eu fazia as matrizes para a professora mimeografar para reproduzir para os 
alunos. Tinha uns 11 anos mais ou menos...” 
Estudou Publicidade e Artes Plásticas na Escola de Artes Portinari. 
Suas premiações começaram de uma forma inusitada, pois um amigo de trabalho o 
indicou para levar suas pinturas para um concurso que haveria de ocorrer. 
“...A primeira exposição minha foi feita em um Clube na Vila Maria pela empresa que 
eu trabalhava. O diretor jurídico, que gostava muito de mim, me avisou que haveria uma 
exposição e me perguntou se não queria levar nada. Concordei e levei, só que eu tinha 
trabalhado e vim para a casa, mas quando cheguei tive duas surpresas. Eu ganhei o prêmio 
com uma pintura a óleo e uma com desenho em pastel. Ganhei dois troféus em 1º lugar. Foi 
no ano de 1991. Fiquei super contente e isto foi uma fórmula de estímulo. Fui ao palco, 
recebi as premiações...” 
Sua descoberta pela vocação na escultura foi também muito interessante. 
“...Já na parte de escultura, eu conheci um artista, muito conhecido no ramo. E nesta 
amizade eu tinha feito um trabalho de Ramsés do Egito. Quando mostrei, ele me disse que 
minha trajetória não era pintura, mas sim escultura. Ele me deu então uma coleção de 
ferramentas e disse pra eu fazer algo e levar até ele, pois ele iria me dizer se tinha vocação 
ou não. Quando ele viu o trabalho disse que meu estilo era de escultor. E foi me 
estimulando...seu nome é Paulo Acencio...” 
Figura 2: Ramsés - 
Obra em Madeira
22 
O artista realizou vários trabalhos para a comunidade local. De aulas oferecidas em 
escola à trabalhos artísticos espalhados pelo bairro. Foi também por cinco anos seguidos, o 
responsável pela arte e desenvolvimento do troféu da corrida de São Silvestre. Este com 
certeza, foi seu trabalho de maior destaque. 
“...Aquela mão da praça do Itaim Paulista, a Pedra Pequena, foi uma criação minha 
através de um sócio-drama...e esta escultura do Itaim Paulista já é considerada um 
patrimônio do município de São Paulo, e ela está em 1º lugar, dentre todos os 
monumentos...Realizei um projeto comunitário no Colégio Parigot, com bolsas de Estudos, 
para o aluno aprender as técnicas de pintura, arte de artistas famosos, para posteriormente 
os professores utilizarem isso como grade para seus estudos...meu trabalho de maior 
destaque foi o troféu da São Silvestre, por ser divulgada nos 5 continentes. Ainda mais agora, 
que em setembro saiu um livro sobre a história da São Silvestre, onde diz toda a história do 
troféu... Enfim, contará um pouco de mim também...Os primeiros colocados ganhavam o 
troféu com o sino. Várias celebridades possuem este modelo de troféu. Está presente em todos 
os continentes...Realizo também restaurações para algumas obras em Igrejas....” 
Figura 3: Praça Silva Teles - Pedra Pequena Figura 4: Marilson, corrida São Silvestre
23 
Dentre seus trabalhos se destaca também um acervo com esculturas egípcias. A 
quantidade e variedade é tanta que impressiona. 
Figura 5: Arista Juarez e suas obras do Egito 
Figura 6: Esculturas e ferramentas do antigo Egito 
Figura 6: Faraó e suas imagens
24 
Mas infelizmente ele não sobrevive desta arte. A arte no Brasil ainda não é 
considerada como foco para a base. E consequentemente sua valorização não vem da forma 
esperada. 
“...Sabe quando eu notava minha fama, quando aparecia na Televisão. Me 
encontravam no metrô e me indagavam. Isso não é a valorização esperada, pois só me 
reconheciam porque aparecia na TV e não a arte do Juarez...” 
Figura 8: O artista Juarez na confecção de seu trabalho 
É impressionante a arte que este artista realiza, mais ao mesmo tempo é 
impressionante saber que ele não vive dela. Há muitas deficiências no que diz respeito a 
inserção da arte no Brasil se comparadas com outros países.
25 
“...Hoje estou com um trabalho paralelo, pois não consigo sobreviver da arte. Eu 
estudei outras áreas, como desenhista mecânico, que exerço hoje...Mas se eu tivesse um 
patrocínio, um respaldo, eu jamais sairia da arte, pois minha vocação inteiramente é esta... 
Tudo que eu faço, faço com maior dedicação, mas na arte isto é diferente...Infelizmente, nós 
brasileiros não conhecemos nada de arte. Não sabemos nem de nossas origens, da onde 
viemos. Imagine a história da arte e seu valor...Não temos a menor ideia...Se eu tivesse um 
patrocínio, um empresário que investisse em mim, na minha carreira, eu não deixaria a arte 
de jeito nenhum! Se estivesse recebendo estímulos, como vocês estão vendo nestas obras de 
madeira, elas não se limitariam neste material, eu também exploraria granitos, 
mármores...Quando se há estímulos, você busca outras características...tanto no desenho 
como na escultura. Você se renova, seu espírito se renova! 
Figura 09 Figura 10 Figura 11 
E dentro de seus projetos futuros, está em estudar no exterior, para melhoria curricular. 
Também em realizar uma amostra de suas esculturas egípcias em algum museu. Até cogitou 
em formar parceria com o consulado egípcio para esta tarefa. 
“...Estudar fora do Brasil. Pois só assim um artista brasileiro consegue respaldo e 
currículo para as pessoas começarem a olhar pra você...” 
E dentro destas dificuldades, foi proposto pelo artista, uma melhoria na base curricular 
dos alunos acerca da arte no país. Mais para tais mudanças, é necessário a mudança no topo 
da sociedade. Pois as ordens vem emanada de cima para serem replicadas pela base. 
“...Na minha opinião, para mudar tudo isso, teriam que mudar alguma coisa na 
Câmara dos Deputados, Vereadores, para inserir sistemas para as pessoas se auto educar, o 
que seria em criar bases na infância do currículo escolar...dos quem tem autonomia para 
mudar algo para a base da nossa sociedade...o aluno formado hoje não é criado para 
respeitar aquilo que seu tato toca, pois não teve esta instrução acerca deste respeito na sua 
formação...”
26 
E diante de todas estas informações, das pequisas acerca da riqueza e diversidade 
cultural e entrevistas adquiridas, foi proposto pelo grupo algumas ideias para utilizar destes 
artistas, que tanto gostam do que faz, uma interação maior para a preservação destas 
qualidades que existe no nosso país. 
Segue algumas propostas: 
1. Oficinas em parcerias com escolas e centro culturais. 
2. Criação de espaços destinado exclusivamente ao ensino das artes. 
3. Reforma curricular no ensino de artes a partir das séries iniciais. 
4. Promoção de concursos públicos com objetivo artístico promovido pelo poder público. 
Assim, quem sabe, podemos realmente mudar algo. Pois na evolução que a sociedade 
caminha, ou que desejássemos que caminhasse, mudar algumas atitudes e comportamentos é 
fundamental. O próprio artista entrevistado disse frases interessantes: “...Arte é isso, a gente 
tem que compartilhar. A verdadeira arte é essa, pois Deus nos dá este dom para ser 
compartilhado...quando materializamos algum trabalho, você toca com o seu exterior, mas é 
seu interior que sente...” 
Quem sabe a mudança está aí, em querer compartilhar nossas ideias, nossos 
pensamentos, nosso amor. Pois o que foi dito pelo artista Juarez Marins é muito certo. 
O que sentimos no nosso interior está naquilo que pegamos, olhamos, sentimos, 
ouvimos. E para chegarmos neste patamar de sensibilidade, nada como a arte para nos ensinar. 
E cultura para isso em nosso país tem de sobra. 
Concluímos que a Cultura popular brasileira é rica e diversificada. São tantas as artes e 
os talentos que seria impossível enumerá-los. Cada artista tem sua inspiração, sua história, sua 
vocação. Todos eles contribuem de alguma forma para a preservação dessa cultura popular. A 
identidade de um povo está na sua cultura. Não preservar essa cultura seria o mesmo que 
perder sua identidade e consequentemente, toda uma geração futura também a perderia. Foi 
através da cultura popular que muitas pesquisas antropológicas e sociológicas foram 
realizadas. Quando conhecemos a própria cultura, somos capazes de compreender a 
importância de mantê-la viva.
27 
Infelizmente, sabemos que os movimentos para que a cultura brasileira permaneça está 
se tornando cada vez mais escasso. Na maioria das vezes, esses artistas populares vêm de 
classes menos favorecidas e não obtém nenhum tipo de incentivo ou patrocínio por parte das 
gestões públicas, tendo que utilizar seus poucos recursos para manter viva a sua arte. Outros 
fatores podem estar influenciando essa não valorização da arte popular, mas sabemos que a 
globalização está entre eles, e como resultado, a inculturação. Precisamos estar atentos para 
que a infusão de uma cultura sobre outra, não se sobreponha de tal forma que a cultura 
popular se perca no tempo.
28 
REFERÊNCIAS 
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Mágico da HQB (parte 2) Bigorna.net. 
Minami Keizi, a Edrel e as HQs brasileiras: Memórias do desenhista, do roteirista e do editor 
(em português) site da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.. 
Página visitada em 17/11/2009. 
www.universohq.com.br 
Marcelo Naranjo (02/08/2010). Maria Erótica e o Clamor do Sexo em pré-venda no site da 
Comix Universo HQ. 
Gonçalo Júnior. Maria Erótica #1 (Grafipar) Universo HQ. 
Marcelo Naranjo (18 de Maio 2006). Mangá, gênero recente no Brasil? Blog Universo HQ. 
Nagado, Alexandre. Almanaque do Centenário da Imigração Japonesa Editora Escala - Minha 
Ligação Com o Lado Pop do Japão(2008) 
Mauricio de Sousa e Tezuka juntos em projeto Anime Pró (10/01/2010). 
Marcelo Naranjo (18/08/06). Revista Herói está de volta Universo HQ. 
Guilherme Kroll Domingues (31/08/2010). Relembrando a aventura de Ranma ½ pela 
Animangá Univero HQ. 
Juliana Freire (16/01/2005). Anime Fury Nº 1 nas bancas Anime Pró 
Pedro Hunter (29 de Novembro de 2000). Quadrinhos japoneses invadem as bancas 
tupiniquins Omelete. 
LANÇAMENTOS DE OUTUBRO Universo HQ. (Outubro de 2001). Página visitada em 
01/06/2010. 
Entrevista: Dario Chaves Universo HQ. 
ANJOS, Juarez Martins dos. Entrevistado no dia 05/10/2014.
29 
Naruto #1 Universo HQ.. Página visitada em 01/06/2010. 
Bleach: O novo mangá da Panini Comics Anime Pró (20/06/2007). 
Personagens da Turma da Mônica 'crescem' e viram mangá. O Estado de São Paulo. 
30/7/2008 
Fábio Garcia. Neo Tokyo #62 - Todos os Jovens do Brasil, Abril de 2011, Editora Escala 
Luluzinha em versão jovem em mangá da Ediouro (em português) site HQManiacs. 
(28/05/2009). Página visitada em 03/03/2010. Didi & Lili: nova HQ em estilo mangá nas 
bancas (em português) site HQManiacs. (24/02/2010). Página visitada em 03/03/2010. 
Marcelo Naranjo (14/07/2010). HQM Editora lança selo de mangás Universo HQ. 
Canton, Kátia 
CANTON, Katia - Escultura Aventura 
1a edição - São Paulo - DCL, 2004. pag 07, 08, 09, 10, 13, 15, 16 
KLINTOWITZ, Jacob - O ofício da Arte: A escultura 
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LIMA, Célia Regina de. O trabalho dos escultores - As origens do saber 
São Paulo, Brasil – Cia. Melhoramentos de São Paulo – 1998. pag 2 à 7 
WERNECK, Leny . A criação da pintura - As origens do saber 
São Paulo, Brasil - Cia Melhoramentos de São Paulo - 2001. pag 4 à 19 - 26 à 31 
GARCEZ, Lucília; OLIVEIRA, Jô. Explicando a Arte Brasileira. 3ª Edição - Editora Nova 
Fronteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. 168p.:il., 28 cm pag. 21 
SILVIA, João Pedro Borges Moreira da. A história da anatomia e a sua importância no 
desenvolvimento das ciências. Recil. Disponível em: 
http://recil.ulusofona.pt/handle/10437/5282. Acesso em 25 de setembro de 2014. 
Editora: WMF MARTINS FONTES Edição: 1ª Edição – 2011 Disponível em: 
http://www.cursinhovitoriano.com/conteudo/M%F3dulo%20II%20-%20Renascimento%20e 
%20Maneirismo.pdf. Acesso em 29 de setembro de 2014. 
KICKHOFEL, Eduardo Henrique Peiruque. Scielo. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662011000200005&script=sci_arttext. Acesso 
em 01 de outubro de 2014. 
Página no Wikipédia 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Juarez_Martins_dos_Anjos

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  • 1. 6 1. INTRODUÇÃO Nosso país sempre produziu arte, mesmo antes de sermos “brasileiros”. Essa necessidade de interpretar e expressar os pensamentos e as formas de apreensão do mundo está em todas as culturas e a necessidade de conviver com essas formas de expressão está em nossa vida, faz parte de nosso dia a dia e usufruímos desse convívio como forma especial de compreensão e de conhecimento do mundo que nos cerca,das outras pessoas, das outras culturas, de nós mesmos, de nossas emoções, de nossos medos, de nossas esperanças, de nossos desejos, de nossas possibilidades. É por meio da arte e de seus símbolos que podemos nos compreender melhor e conhecer nosso próprio país. As manifestações artísticas brasileiras nos revelam o processo de emancipação de nossa identidade, pelo qual assimilamos, transformamos e reelaboramos as matrizes estéticas trazidas de fora pelos colonizadores. Portanto, informações a respeito da arte universal, mas principalmente da europeia, são imprescindíveis para a compreensão da nossa arte. Quando desenvolvemos o senso crítico, podemos perceber se estamos nos expressando sinceramente ou se estamos sendo apenas vítimas de uma dominação simbólica que deforma nossa voz e nosso gesto criador. Como a carga significativa da arte tem dimensões infinitas, não podemos nos conformar com uma convivência passiva, acrítica, mas precisamos ser ativos e inquietos diante dos estímulos que a manifestação criativa nos lança. Para usufruir tudo o que a arte brasileira nos proporciona, tanto quando produzimos como quando apreciamos, precisamos desenvolver habilidades relacionadas a observação, atenção, memória, analise, síntese, orientação espacial, sentido de dimensão, pensamento lógico e pensamento criativo. Tais habilidades nos permitem perceber como os elementos da linguagem artística foram organizadas. Precisamos também obter e associar as informações a respeito de todo o contexto em que a arte é produzida. A apreciação da manifestação artística, isolada do conhecimento a respeito da situação em que foi produzida, pode ser instigante e estimulante, mas não é tão ampla como acompanhada de informações que enriqueçam a experiência estética e ampliem sua abrangência. Emoção e razão se conjugam para que o prazer estético seja pleno. É um jogo em que, as vezes, mergulhamos na emoção e, às vezes, tentamos fazer uma análise crítica por meio do raciocínio, da razão. Nunca podemos nos entregar passivamente, sem uma participação ativa. A sensibilidade, a inteligência e a vontade são os agentes principais dessa atividade, ao mesmo tempo intelectual e emocional, que é a experiência estética.
  • 2. 7 O trabalho de conhecimento e apreciação da arte é uma vivência, ou seja, é ao mesmo tempo indagação, questionamento (a obra nos propõe perguntas) e elaboração de múltiplas respostas possíveis (nós tentamos responder ás perguntas que a obra nos propõe). É, portanto, um exercício de comunicação, de integração e de interação. O conhecimento da arte é, antes de tudo, o convívio com a arte. Portanto, é necessário considerar que o importante são as inesgotáveis experiências reais com a expressão artística dia a dia, por toda a vida. 1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA O objetivo desta pesquisa foi identificar a importância dos artistas populares na preservação da cultura brasileira e identificar de que forma ele pode trabalhar na preservação da mesma. 1.2 JUSTIFICATIVA No nosso bairro ou por onde andamos, é possível notar uma grande influência dos artistas populares, sejam por esculturas, pinturas ou monumentos. Mas quem são estes artistas? Com que intenção ela foi criada? Sabemos que estas artes tem uma riqueza muito grande de nossas culturas, mas é necessário uma estratégia e mudança de conceitos, para que elas tenham o seu real uso na sociedade.
  • 3. 8 2. ARTES E SUAS ORIGENS 2.1 DESENHO DE ANATOMIA A origem da anatomia tem seus históricos iniciados na Grécia antiga, por volta dos séculos VII-VI a.C. O “pai da anatomia”, o médico Alcméon, segundo os estudiosos, realizava autópsia e alguns experimentos em animais. Escreveu alguns livros sobre seus estudos, mas que infelizmente se perdeu no tempo. Porém foi na Escola de Alexandrina que houve um progresso na anatomia, tendo como destaque o médico Herófilo. Mas a utilização da anatomia para uso artístico culminou no Renascimento, século XV. Neste período, as estátuas carregavam uma peculiaridade que antes não eram vistas nestes trabalhos, pois eram nítidas as características nos detalhes dos corpos representados pelos escultores da época. E como os gregos, os artistas desta época estudavam bastante a anatomia em seus ateliês e oficinas. E em especial podemos falar de Leonardo da Vinci, pois através dele, o desenho e a anatomia começaram a se tornarem pares nesta arte maravilhosa. O levantamento que ele fez entre músculos, nervos, veias, articulações, órgão internos, foi surpreendente, nunca antes realizados com tanta clareza e detalhe. Ele dissecou por volta de 30 corpos, tanto masculino como feminino, de crianças à adultos, formando assim uma biblioteca de humanos. De fato ele era genial, considerado um dos maiores desenhistas de todos os tempos. Sua criatividade era tanta que os estudiosos da época ficavam fascinado pelas suas descobertas No princípio, o emprego do estudo da anatomia era de particularidade médica, mas com estas vocações que alguns artistas tinham em particular, abriu o leque para muito mais utilidade. E nos dias atuais, o estudo da anatomia para realização de desenhos, esculturas, ou qualquer outra arte referente a seres vivos, é imprescindível para a realização e detalhes de uma expressão corporal, técnica esta alcançada graças aos esforços mencionados por esta história descrita.
  • 4. 9 2.2 MANGÁ A palavra Mangá, numa tradução literal, significa rabiscos descompromissados, ou ainda, imagens involuntárias. Porém, hoje o Mangá é utilizado para caracterizar as histórias em quadrinhos no estilo japonês. Os mangás no Japão, são consumidos por crianças, adolescentes, universitários, executivos, idosos, enfim, por toda população e de forma exaustiva. Hoje, 50% de todo papel utilizado no Japão é destinado para confecção dos mangás. Numa simples comparação, o Brasil está para as telenovelas como o Japão para os mangás. Os mangás são hoje, uma das mais populares formas de comunicação mundial. O termo mangá tem origem á partir do trabalho do artista de ukiyo-e (escritura do mundo flutuante) Katsushika Hokusai, criador do Hokusai Manga, uma série de livros com ilustrações em 15 volumes de 1814 a 1878, que continha representações do movimento do corpo humano e movimento muscular, além de ilustrações narrativas e cômicas que retratava o cotidiano. Ao contrários das histórias em quadrinhos convencionais, sua leitura é feita na ordem inversa, ou seja, de trás para frente. Ela teve origem por meio do Oricom shohatsu (Teatro de Sombras), que na época feudal era comum nos vilarejos e contava lendas utilizando fantoches. Depois, estas lendas foram escritas em rolos de papel e ilustradas, originando dando origem às histórias em sequência, e consequentemente originando o mangá. Essas histórias foram então publicadas por algumas editoras na década de 20, ganhando fama por volta da década de 40, sendo interrompida pela Segunda Guerra Mundial e retomada somente em 1945, tendo o Plano Marshall como seu propulsor, pois parte das verbas desse plano era destinada a livros japoneses. A popularização da leitura de mangá aumentou nesse período, pois devido a guerra poucas atrações culturais restaram. Foi nessa época que surgiu Ossamu Tezuka, o " Walt Disney Japonês”, pois foi o criador dos traços mais marcantes do mangá: Olhos grandes e expressivos. Ossamu recriou a linguagem do mangá até então, dando início o à era moderna do mangá. "Astro Boy", "Kimba, o Leão Branco" e "A Princesa e O Cavaleiro", são alguns de seus títulos mais conhecidos, inclusive no Brasil. As formas dos personagens de mangá costumam ser bem peculiar, como grandes olhos, a cabeça grande em relação ao restante do corpo. Por exemplo, um mangá para meninas adolescentes, apresentam um traço mais leve, suave, delicado, com efeitos visuais como flores, estrelas, penas, laços, corações que caracterizarão o estado emocional das personagens. Já para os meninos, os mangás terão desenhos mais carregados, grossos e dinâmicos. A atenção aos detalhes é mais cuidadosa, uma vez que nas histórias geralmente ocorrem grandes cenas de batalha ou conflitos interpessoais.
  • 5. 10 O mangá para meninas chama-se Shojo e para os meninos chama-se Shonen. Ao longo do tempo, o mangá ganhou a televisão transformando-se em animes(desenhos animados), ficando mais popular e aumentando o número de fãs em todo o mundo. As histórias são sempre variadas e com roupagem sempre nova, personagens expressivos e heroicos como, por exemplo, “Dragon Ball Z” e “Yu Gi Oh”. O Brasil sofreu influência desta técnica de desenho pela grande quantidade de japoneses e descendentes residentes no país. Na década de 1960, alguns autores descendentes de japoneses, começaram a utilizar influências gráficas, narrativas ou temáticas de mangá em seus trabalhos na Editora de Revistas e Livros (EDREL), fundada por Keizi. A primeira publicação no Brasil foi um livro da EDREL: "A técnica universal das histórias em quadrinhos" de Fernando Ikoma, que só teve contatos com os quadrinhos japoneses quando foi trabalhar na editora , na época Seto e Keizi foram aconselhados a mudar o traço mangá para estilos ocidentais. A “EDREL”, na época do regime militar, sofreu muitas censuras devido os desenhos em quadrinhos eróticos publicados pela Editora , nessa época Seto cria a Maria Erótica. A partir da década de 70, as primeiras histórias em quadrinhos baseadas em uma produção japonesa foram publicadas. Speed Racer (Mach Go Go no original), cuja série de anime foi exibida no programa do Capitão Aza , foram publicadas pela Editora Abril. Nos anos 80, os tokusatsus (as séries de super-herói em live-action) fizeram bastante sucesso no Brasil. Em 1982, a Grafipar lançou duas revistas em formatinho no estilo mangá, Super-Pinóquio de Cláudio Seto e Robô Gigante. Ambas as revistas tiveram apenas uma edição. No final da década de 1980 e início da década de 1990 foram lançadas revistas em quadrinhos Jaspion, Maskman, Changeman, Spielvan, inicialmente pela EBAL e depois pela Bloch e editora Abril. que na revista Heróis da TV (que também publicou Black Kamen Rider e Cybercop), todas produzidas por artistas brasileiros do Studio Velpa. Em 3 de fevereiro de 1984, foi criada Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações. No mesmo ano Osamu Tezuka visita o Brasil e é apresentado a uma exposição com artes de vários artistas brasileiros, conhece o brasileiro Mauricio de Sousa com quem estabelece uma amizade, ambos planejam um crossover entre seus personagens em longas-metragens de animação, o projeto foi engavetado após a morte de Tezuka em 1989. O grande "boom" de animes e mangás no Brasil veio em 1994, com o sucesso de Os Cavaleiros do Zodíaco de Masami Kurumada exibido pela Rede Manchete. Nesta época surge as primeiras revistas exclusivas sobre animes e mangás. O grande marco da publicação de mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro
  • 6. 11 de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X , Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Acme). O diferencial desses títulos era dessa vez os mangás eram publicados da direita para a esquerda, lombada quadrada, meio-tankohon (metade das páginas de um volume japonês) e em dois formatos: de bolso (usado pela JBC) e formatinho (adotado pela Conrad). Nessa época, a editora Escala lançou antologias inspiradas nas revistas japonesas e mesclava material de artistas veteranos como Cláudio Seto, Mozart Couto e Watson Portela com o de aspirantes a quadrinistas, além de lançar vários manuais de Como Desenhar no Estilo mangá. Os títulos brasileiros começam a diminuir devido ao aumento dos títulos originais japoneses, que tiveram lançamentos de sucesso como Naruto e Bleach. Em 2008, Maurício de Sousa e a esposa Alice Takeda (que é descendente de japoneses) são escolhidos para criar mascotes para o Centenário da imigração japonesa ao Brasil e anuncia o lançamento de Turma da Mônica Jovem (versão mangá adolescente da Turma da Mônica) faz surgir várias revistas similares, os chamados "Mangás Jovens" são eles Luluzinha Teen (versão adolescente da Turma da Luluzinha) e Didi & Lili - Geração Mangá (baseado na personagem Didi Mocó de Renato Aragão e na filha dele Lívian Aragão, a Lili), em 2009 e 2010 respectivamente. Entre 2010 e 2011, Maurício de Sousa, anuncia que seu estúdio estaria realizando um antigo projeto, uma história em quadrinhos com suas personagens e as de Osamu Tezuka. Em Julho do mesmo ano, a HQM Editora publica os mangás Vitral e O Príncipe do Best Seller do Futago Studio. 2.3 ESCULTURA A escultura é um ramo das artes visuais que se define como arte que normalmente lidam com a visão como seu principal meio para apreciação. Uma característica da escultura é a maneira como suas formas se estendem através do espaço. São também importantes elementos do projeto, sombra, luz, textura e tamanho. Normalmente representa uma pessoa ou objeto, ou pode ainda refletir formas e padrões inventados pelo artista. Ela pode ser tridimensional ou em relevo, essa última normalmente decoram paredes de prédios. Através da maior parte da história permaneceram as obras dos artistas que se utilizaram dos materiais mais duráveis e perenes como pedra(mármore, pedra calcária, granito) ou metais(bronze, ouro, prata). Ou que usavam técnicas para melhorar a durabilidade de certos materiais(argila, cerâmica) ou que empregaram os materiais de origem orgânica mais nobres possíveis, madeiras duráveis como ébano e jacaranda. Mas de um modo geral,
  • 7. 12 embora se possa esculpir em quase tudo que se consiga manter por pelo menos algumas horas a forma idealizada(manteiga, gelo, cera...) essas obras efêmeras não podem ser apreciadas por um público que não seja contemporâneo. Os materiais mais usados na escultura são o mármore, o alabastro , o granito, o arenito, o calcário e as pedras semipreciosas, os escultores modernos usam esses materiais tradicionais, mas também trabalham, com outros, como plásticos, tecidos, fiberglass, tubos de neon e até material reciclável. Atualmente o concreto é muito usado para grandes projetos ao ar, livre, por ser um material barato, resistente e barato. As técnicas mais comuns de fazer uma escultura são o entalhe, a modelagem a fundição e a construção. As maneiras mais comuns de fazer uma escultura são o entalhe, a modelagem, a fundição e a construção. O entalhe é o processo de dar a substâncias como a pedra, a madeira ou o marfim a forma desejada, cortando ou aparando as peças. A modelagem envolve o processo de dar forma à mão a um material macio como a argila. Em seguida, ele pode ser queimado no forno até endurecer. Também são usados modelos para entalhar. O entalhe é usado para reproduzir uma peça de escultura mediante o uso de um molde. Numa primeira versão, faz-se um molde de gesso em volta do modelo. Quando o gesso endurece, é dividido ao meio e retirado do modelo. As partes do molde são então unidas, com um espaço oco no lugar em que o modelo estava. O material desejado é então derramado por um furo para dentro do molde, no oco onde ficava o modelo, onde fica até secar. Quando o molde é retirado, tem-se uma cópia perfeita do modelo original. Um método que emprega um modelo de cera é comumente usado para fazer esculturas de metal. Esse processo pode ser usado para criar muitas cópias de uma estátua. Além de fazer esculturas a partir de materiais variados, os escultores modernos podem usar técnicas como soldar, aparafusar, pregar ou colar para unir pedaços diferentes de material. 2.3.1 HISTÓRIA A história da escultura confunde-se com a própria história das primeiras civilizações, desde a pré história , mais ou menos 40000 a.C. Os seres que viviam nas cavernas vestiam-se com peles de animais, caçavam e pescavam para se alimentar. Eles acreditavam na existência de vários deuses ligados ao poder da natureza, como a chuva e o sol, relacionados com a fertilidade da terra. Eles criavam suas próprias esculturas, isto é, seus totens, monumentos feitos para trazer energia positiva e agradar aos deuses, e também para se representar. Um dos mais conhecidos totens é Stonehenge, que fica em Salisbury, na Inglaterra. Além dos totens, as antigas civilizações criavam esculturas para
  • 8. 13 materializar símbolos importantes que faziam parte de suas crenças e de seu cotidiano. O homem pré-histórico esculpiu um sílex, o primeiro instrumento, a primeira escultura da humanidade. O sílex era um instrumento cortante que o auxiliava a abater a caça, raspar o couro dos animais, trinchar a carne, cortar a madeira. Há mais de um milhão de anos, cortar era um gesto fundamental para a sobrevivência do homem. Aos poucos os instrumentos foram se aperfeiçoando. A princípio eram talhados com o auxílio de uma outra pedra, depois com um pedaço de osso ou de madeira, até finalmente serem polidos, milhares de anos mais tarde. Com o passar do tempo, os homens começaram a esculpir seus objetos familiares, e em seguida pequenas estatuetas femininas, que apresentavam muitas vezes formas exuberantes. A escultura, a primeira de todas as artes, nasceu assim, há muito tempo. No Egito Antigo, civilização que construiu as pirâmides, apareceram esculturas de hipopótamos azuis, feitas em faiança, uma espécie de cerâmica branca. Esse animal era temido por seu tamanho e sua voracidade, e também era símbolo de fertilidade. Como era um animal que vivia na lama, era considerado um ser especial, poderoso e encantado pois para os egípcios, a lama e as águas enlameadas representavam o poder da criação. Ao longo do Rio Nilo, existia uma grande variedade de pedras, tais como o translúcido alabastro, o xisto verde, o granito rosa e outras. Os egípcios sabiam explorar os minérios para esculpir as figuras dos faraós, os amuletos de proteção ou os colossos que guardavam os túmulos. Eles utilizavam ferramentas como cinzéis, clava e enxó. Os escultores extraiam blocos das pedreiras, desenhavam sobre a rocha com tinta contornando e marcando, em seguida desbastavam o bloco de pedra e pouco a pouco as formas da escultura iam aparecendo até a obra ficar concluída. Uma característica das estátuas egípcias era a representação das mesmas em postura rígida com os braços colados ao corpo e rostos impassíveis. Os gregos conseguiram animá-las pouco a pouco, esculpindo-as com pernas afastadas esboçando um passo e um rosto iluminando um sorriso. Como essas esculturas eram feitas em mármore, quebravam-se com facilidade. Por esse motivo existem muitas obras de deusas sem braço ou heróis decapitados nos museus do mundo inteiro. Talvez a obra mais conhecida de toda a história da civilização ocidental seja a Vênus de Milo, criada no ano 200 a.C, na Ilha de Milo, na Grécia Antiga. A Vênus, feita em mármore branco, representa o ideal clássico de beleza feminina. Ela é forte e elegante, corpo cheio de curvas, em proporções perfeitas. A escultura foi encontrada em 1820 com os braços quebrados. A herança do ideal de beleza, instituído pela Grécia Antiga, foi observado na obra do artista e arquiteto italiano Michelangelo Buonarroti (1475-1564), denominada Davi, que começo a ser esculpida em 1501 e foi finalizada em 1504. Feita em mármore, ela mostra a
  • 9. 14 perfeição do corpo do guerreiro mitológico que enfrenta o gigante Golias. No renascimento, época de Michelangelo, o foco de todas as atenções tornou-se o próprio ser humano. Esse artista italiano acreditava que o corpo humano era a veia pela qual Deus se expressava em alguém. Era importante, então, que o corpo fosse muito belo. A escultura da nossa época busca fontes expressivas nas antigas civilizações que deixou um legado fundamental para esse ofício que passa por este aprendizado, por essa aproximação com as civilizações que precederam. A escultura brasileira tem a mesma origem da escultura ocidental. O conceito do ser humano ampliou-se, a escultura expressa esta ideia de real. Mas estas vertentes manifestam-se distintamente em lugares diferentes. A valorização da natureza, a intervenção humana nos espaços abertos da natureza, a presença em nosso país de estágios culturais tão diferenciados, a presença atuante de culturas diversificadas, favorecem a criação de manifestações únicas. A carga de originalidade da escultura no Brasil é notável. A energia que a escultura mundial procura nas civilizações primitivas, aqui, no Brasil, faz parte da própria formação e do estar cultural. Algumas vezes, a nossa escultura cumpre o ideal renascentista da descoberta da forma adormecida, contida no bloco inerte do mármore. Outras vezes, a nossa escultura quer saber do homem e da natureza e reorganiza o mito e o mundo. Talvez esta seja a verdadeira característica brasileira: A capacidade de simultaneidade da diversidade. 2.3.2 OS MONUMENTOS Uma das formas mais conhecidas de escultura são os monumentos. Essas formas surgiram com as primeiras cidades, agrupamentos de pessoas em torno de um centro urbano. Os monumentos colocados em diversos locais, ruas, praças, servem para homenagear feitos, celebrar personagens e marcos históricos. Os monumentos são como um cartão de visita das cidades ou locais onde se localizam, tais como a Estátua da Liberdade em Nova York, Estados Unidos, a Torre Eiffel na França, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro-Brasil. 2.4 PINTURA - ORIGEM A pintura tem sua origem na pré-história, onde os homens desenhavam nas paredes das cavernas, os animais que eles gostariam de capturar. Eles traçavam com carvão os contornos dos bisões ou de mamutes, e para colorir, esfarelavam blocos de terra. Depois, espalhavam esse pó colorido com buchas de peles ou de folhas, ou o fixavam soprando através de tubos de osso. Acredita-se que para criar esses pigmentos, utilizavam sangue, excremento e gordura
  • 10. 15 animal, clara e gema de ovos e até saliva. Esses primeiros pintores utilizavam toda a superfície da rocha para suas obras, conhecidas como pinturas rupestres. Na gruta de Lascaux, na França é possível ver rebanhos inteiros galopando nas paredes e tetos há milhares de anos. Os primeiros homens, pintavam também sobre pedras. Na Antiguidade, os egípcios colhiam longos bambus às margens do Nilo, chamados de papiros. Com as hastes, fabricavam o antepassado do papel. Neste material de aparência tão frágil, o escriba desenhava, escrevia, ilustrava cartas, contratos, orações. Sentado no chão, ele mastigava a ponta de seu cálamo, haste de junco que lhe servia de pincel. Em seguida, traçava a primeira figura no rolo sagrado. Esses rolos tinham um comprimento que podia chegar a dezenas de metros. Também na Antiguidade, os gregos gostavam de enfeitar objetos domésticos. Eles pintavam animais reais ou fantásticos, cenas familiares ou lendárias em recipientes próprios para guardar água, óleo, vinho ou grãos. Essas vasilhas eram moldadas por oleiros, depois secadas ao sol e decoradas por pintores com tintas a base de argila e de plantas, em seguida eram cozidas no forno e por serem de um material muito resistente, ainda hoje são as provas da pintura grega. Outros povos na Antiguidade também decoravam sua louça, eram os Oleiros do Peru, que surpreendiam pela criatividade. Em forma de peixes, pássaros, macacos e monstros ou pintados com motivos geométricos, esses vasos da América do Sul ficaram tão famosos quanto os da Grécia, pois contavam a vida cotidiana e as crenças desses povos. 2.4.1 A EVOLUÇÃO DA PINTURA Com o passar dos anos a pintura foi evoluindo e outras técnicas e materiais passaram a ser utilizados, tais como: -Pintura em madeira - Na Idade Média, os artistas pintavam painéis de madeira. Para alisar e encobrir as nervuras da madeira, eles a lixavam e rebocavam com cola e gesso. Ás vezes, os pintores realizavam obras em várias folhas, para decorar os altares das igrejas. As madeiras mais utilizadas eram álamo e carvalho. -Seda e nanquim - Para os chineses, a caligrafia (ciência da escrita) é a maior expressão artística. Os artistas pintam como escrevem: sobre uma mesa, com nanquim e pincel. Utilizam materiais bem absorventes, como o papel de arroz ou a seda. Os sinais e desenhos não podem ser modificados. -Afrescos - Em 1303, na Itália, tem início a realização de pinturas gigantescas e monumentais nas igrejas e capelas: Os afrescos, palavra que significa fresco. Nessa técnica, o artista tinha de pintar numa base úmida que permanecia fresca por um dia apenas.
  • 11. 16 -Tinta á óleo: No século XV, o pintor flamengo Van Eyck descobriu o segredo da tinta à óleo. Para preparar suas tintas, ele devia misturar aos pigmentos um pouco de óleo e alguma essência vegetal. Sobrepondo, assim, várias camadas dessa massa lisa, fluida e brilhante, dava à sua pintura a luminosidade das pedras preciosas. Como o quadro secava devagar, era possível retocar detalhes com mais cuidado. Graças as suas qualidades, o óleo continua sendo o ingrediente das maiores obras-primas até hoje. -Pintura sobre tela: A partir do século XVI, os artistas deixaram de pintar na madeira, por ser uma base pesada, desconfortável e de preparo demorado. Eles passaram a trabalhar sobre uma tela esticada numa estrutura leve, a moldura. Com o tempo, os pintores passaram a escolher de acordo com seus gostos, tecidos diferentes. Até o século XIX, as telas eram feitas de cânhamo de linho, de giesta e até mesmo urtiga. Mais tarde, apareceram novos tecidos como o algodão, juta, fibra de coco e fibras sintéticas. 2.4.2 O CORPO COMO TELA Não podemos deixar de citar a pintura corporal, mais especificamente a indígena. A pintura corporal indigena atinge complexidade em termos de cor e desenho, utilizando pigmentos vegetais como matéria-prima. Grupos indígenas que até hoje mantem suas tradições, como os caiapós e os camaiurás, demonstram como a pintura corporal é uma forma de expressão artirtica e uma linguagem visual em estreita relação com os outros meios de comunicação verbais e não verbais; é uma forma de expressão que pode ser “lida”, pois revela intenções pacíficas, ou guerreiras, emoções, situações festivas ou religiosas, importância social, entre outras mensagens elaboradas com capricho e minúcia. 2.4.3 AS FERRAMENTAS DA ARTE MODERNA Pincéis, mas também tesouras, rolos, vassouras, espátulas… Para pintar, os artistas do século XXI usam as ferramentas mais inesperadas. Eles tentam experiências e misturam materiais de todo tipo: acrílico, papel machê, tinta para automóvel, areia, alcatrão, etc. Colam papéis e até objetos nas telas. Tudo é possível. 2.4.4 OS MÉDICOS DA ARTE - RESTAURADORES As obras de arte envelhecem ou são vítimas de acidentes, como o homem. Então, é preciso protegê-las. Este é o trabalho dos restauradores. Algumas feridas só precisam de cuidados leves, como limpeza, novo envernizamento, etc. Mas pode acontecer que o quadro
  • 12. 17 esteja muito danificado, com base deformada, rachada, a tinta ressecada. Nesse caso, são necessárias verdadeiras operações cirúrgicas onde os rasgões são consertados e a camada de tinta pode até ser transplantada para uma nova tela. Obras- primas são salvas, assim, todos os anos. Pintar no concreto ou numa casca de ovo, pintar a neve, o mármore, a areia, pintar o rosto, as mãos, a casa, decorar um grão de arroz ou um palácio inteiro… Os homens pintaram sobre as bases mais resistentes, assim como sobre as superfícies mais delicadas, flexíveis, transparentes. Essas pinturas atravessam os séculos ou se apagam com a primeira chuva, com o mais leve sopro de vento. Algumas desapareceram para sempre, outras ainda esperam ser descobertas.
  • 13. 18 3. METODOLOGIA Para início da realização do Projeto Integrador, que tem como tema: “A riqueza e a diversidade da cultura brasileira”, o nosso grupo optou em pesquisar algumas formas de expressões artísticas das Artes Visuais, especificamente a pintura, o desenho de anatomia humana, o mangá e a escultura. Essas modalidades foram divididas entre os integrantes do grupo para que fosse feita a pesquisa teórica e posteriormente uma entrevista com um artista local que desenvolvesse essas técnicas e que tivesse uma influência na região. Escolhemos o artista Juarez Martins dos Anjos para realização do nosso trabalho. No domingo, dia 05 de outubro, o grupo se reuniu com o objetivo de realizar a pesquisa de campo, conhecer suas obras, sua biografia, trajetória profissional e influência do seu trabalho na comunidade. Fomos recebidos por Juarez Martins, que nos apresentou algumas de suas obras, nas mais diversas modalidades e técnicas, e nos concedeu uma entrevista sobre sua vocação, incentivadores, formação, influências na comunidade, dificuldades encontradas e projetos futuros. O grupo realizou os registros em áudio, vídeo e fotografias, sendo 1 hora 35 minutos de áudio, 15 minutos de vídeo e um total de 40 fotos, sendo as melhores selecionadas para este trabalho. Também conta com 6 integrantes, onde cada um ficou responsável pela elaboração dos tópicos relacionados, bem como a revisão total do trabalho.
  • 14. 19 4. ANÁLISE DE DADOS Utilizando o tema que nos foi proposto, procuramos no bairro de São Miguel Paulista, São Paulo, algo ou alguém que se encaixasse nestes termos. Com muito sucesso encontramos o artista Juarez Martins, que tem no decorrer de sua trajetória uma história fascinante. Estes são uma série de questionamentos e respostas na qual interrogamos o entrevistado: 1) Como e quando você descobriu essa vocação? Começou quando eu tinha entre sete e oito anos no Estado da Bahia, pois como não tinha recursos financeiros, fabricava meus próprios brinquedos. Dessa forma já dava pra notar que a arte estava inserida em mim, mas inconscientemente. Não tinha ideia de que aquilo era uma manifestação artística. 2) Quais foram seus incentivadores? Minha família, meus professores. Quando criança, confeccionava desenhos para os moldes do mimeografo na Escola. Mas quem me identificou e me apoiou como escultor foi Paulo Acencio, meu mestre e também artista que hoje trabalha no exterior. 3) Como foi sua trajetória de formação? Fiz um ano de Publicidade e quatro de Artes Plásticas. Todas na Escola de Artes Portinari. Os demais conhecimentos, como estudo de anatomia, realizei com alunos na Usp. Também estudei da arte do desenho, pintura e mangá. 4) Qual seu trabalho de maior destaque? O troféu da corrida de São Silvestre. Realizei a confecção do mesmo por cinco anos e estão espalhados pelo Mundo todo. É uma bela escultura feita de madeira. 5) Como a comunidade te acolhe/valoriza como artista local? Tenho este título pelos diversos trabalhos que realizei na comunidade. A Escultura Pedra Pequena no Itaim Paulista, trabalhos relacionados a arte para alunos de Colégio. Porém a arte do Brasil ela é mau interpretada. 6) Quais são as dificuldades encontradas na sua profissão? As dificuldades são imensas. Primeiro, falta conscientização na arte para efeitos Culturais. Segundo, o artista tem um péssimo apoio governamental. Se não tivermos influência política, dificilmente nossa arte aparece. Arte não pode ser comandada por quem tem mais expressão, mas sim pra quem nasceu pra arte. 7) Quais são os seus projetos futuros? Estudar no exterior. Pois só assim conseguirei respaldo e currículo para as pessoas deste país olharem para mim.
  • 15. 20 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Juarez Martins, artista plástico, desenhista e pintor. Nasceu no dia 21/09/1962 no Estado da Bahia. Tendo sua trajetória artística iniciada como que de brincadeira, pois no desejo de brincar e condições financeiras precárias, desenvolvia seus próprios brinquedos. “...quando tinha 7 ou 8 anos, meu irmão mais velho construía seus próprios brinquedos. Confeccionava caminhões, pião para poder brincar no barracão próximo de um vilarejo que se chamava Morrinhos. e nosso tipo de brincadeira era este, criávamos nossos brinquedos para poder brincar, e como não tínhamos condição de comprar, realizávamos todo este trabalho... eu explorava da natureza, e eu tinha esta coisa, de olhar e observar a natureza, e daí tirava os brinquedos dela. Existe uma árvore chamada surucucu, típica do nordeste, e ela tinha uma vagem que dobrava, e quando ela dobrava eu pegava um espinho do cacto e furava bem no centro da vagem, criando assim uma hélice. Aquilo pra mim era fantástico... além do pião, tinha vários outros brinquedos que a gente formava. Eu imaginava também a fazendinha, com os gados, vacas e bezerros e dizia: a que eu estou é real, mas eu posso fazer uma para mim com pequenas madeiras. Como fosse uma maquete, e os gados fazia com sabugo e com madeira fazia as patas...dessa forma já dava pra notar que a arte estava inserida em mim, mas inconscientemente. Não tinha ideia de que aquilo era uma manifestação artística...” Figura 1: Juarez Martins dos Anjos
  • 16. 21 Quando veio pra São Paulo no ano de 1973, se encantava com os desenhos exibidos na Televisão. Às vezes se entristecia por não conseguir desenhar um personagem exibido na tela, até que descobriu uma banca próxima a sua Escola. Daí pra cá não parou mais, pois tinha vários desenhos pra se exercitar. “...descobri uma banca de jornal próximo a escola na Praça Silva Teles, e vi que aqueles desenhos da televisão tinha na banca, e meu pai comprou. Daí facilitou bastante, pois exercitava. Uma coisa interessante ocorreu, que no segundo ano, devido a ter desenvolvido bastante os meus desenhos, aquela sensibilidade artística, que eu fui aprimorando, eu fazia as matrizes para a professora mimeografar para reproduzir para os alunos. Tinha uns 11 anos mais ou menos...” Estudou Publicidade e Artes Plásticas na Escola de Artes Portinari. Suas premiações começaram de uma forma inusitada, pois um amigo de trabalho o indicou para levar suas pinturas para um concurso que haveria de ocorrer. “...A primeira exposição minha foi feita em um Clube na Vila Maria pela empresa que eu trabalhava. O diretor jurídico, que gostava muito de mim, me avisou que haveria uma exposição e me perguntou se não queria levar nada. Concordei e levei, só que eu tinha trabalhado e vim para a casa, mas quando cheguei tive duas surpresas. Eu ganhei o prêmio com uma pintura a óleo e uma com desenho em pastel. Ganhei dois troféus em 1º lugar. Foi no ano de 1991. Fiquei super contente e isto foi uma fórmula de estímulo. Fui ao palco, recebi as premiações...” Sua descoberta pela vocação na escultura foi também muito interessante. “...Já na parte de escultura, eu conheci um artista, muito conhecido no ramo. E nesta amizade eu tinha feito um trabalho de Ramsés do Egito. Quando mostrei, ele me disse que minha trajetória não era pintura, mas sim escultura. Ele me deu então uma coleção de ferramentas e disse pra eu fazer algo e levar até ele, pois ele iria me dizer se tinha vocação ou não. Quando ele viu o trabalho disse que meu estilo era de escultor. E foi me estimulando...seu nome é Paulo Acencio...” Figura 2: Ramsés - Obra em Madeira
  • 17. 22 O artista realizou vários trabalhos para a comunidade local. De aulas oferecidas em escola à trabalhos artísticos espalhados pelo bairro. Foi também por cinco anos seguidos, o responsável pela arte e desenvolvimento do troféu da corrida de São Silvestre. Este com certeza, foi seu trabalho de maior destaque. “...Aquela mão da praça do Itaim Paulista, a Pedra Pequena, foi uma criação minha através de um sócio-drama...e esta escultura do Itaim Paulista já é considerada um patrimônio do município de São Paulo, e ela está em 1º lugar, dentre todos os monumentos...Realizei um projeto comunitário no Colégio Parigot, com bolsas de Estudos, para o aluno aprender as técnicas de pintura, arte de artistas famosos, para posteriormente os professores utilizarem isso como grade para seus estudos...meu trabalho de maior destaque foi o troféu da São Silvestre, por ser divulgada nos 5 continentes. Ainda mais agora, que em setembro saiu um livro sobre a história da São Silvestre, onde diz toda a história do troféu... Enfim, contará um pouco de mim também...Os primeiros colocados ganhavam o troféu com o sino. Várias celebridades possuem este modelo de troféu. Está presente em todos os continentes...Realizo também restaurações para algumas obras em Igrejas....” Figura 3: Praça Silva Teles - Pedra Pequena Figura 4: Marilson, corrida São Silvestre
  • 18. 23 Dentre seus trabalhos se destaca também um acervo com esculturas egípcias. A quantidade e variedade é tanta que impressiona. Figura 5: Arista Juarez e suas obras do Egito Figura 6: Esculturas e ferramentas do antigo Egito Figura 6: Faraó e suas imagens
  • 19. 24 Mas infelizmente ele não sobrevive desta arte. A arte no Brasil ainda não é considerada como foco para a base. E consequentemente sua valorização não vem da forma esperada. “...Sabe quando eu notava minha fama, quando aparecia na Televisão. Me encontravam no metrô e me indagavam. Isso não é a valorização esperada, pois só me reconheciam porque aparecia na TV e não a arte do Juarez...” Figura 8: O artista Juarez na confecção de seu trabalho É impressionante a arte que este artista realiza, mais ao mesmo tempo é impressionante saber que ele não vive dela. Há muitas deficiências no que diz respeito a inserção da arte no Brasil se comparadas com outros países.
  • 20. 25 “...Hoje estou com um trabalho paralelo, pois não consigo sobreviver da arte. Eu estudei outras áreas, como desenhista mecânico, que exerço hoje...Mas se eu tivesse um patrocínio, um respaldo, eu jamais sairia da arte, pois minha vocação inteiramente é esta... Tudo que eu faço, faço com maior dedicação, mas na arte isto é diferente...Infelizmente, nós brasileiros não conhecemos nada de arte. Não sabemos nem de nossas origens, da onde viemos. Imagine a história da arte e seu valor...Não temos a menor ideia...Se eu tivesse um patrocínio, um empresário que investisse em mim, na minha carreira, eu não deixaria a arte de jeito nenhum! Se estivesse recebendo estímulos, como vocês estão vendo nestas obras de madeira, elas não se limitariam neste material, eu também exploraria granitos, mármores...Quando se há estímulos, você busca outras características...tanto no desenho como na escultura. Você se renova, seu espírito se renova! Figura 09 Figura 10 Figura 11 E dentro de seus projetos futuros, está em estudar no exterior, para melhoria curricular. Também em realizar uma amostra de suas esculturas egípcias em algum museu. Até cogitou em formar parceria com o consulado egípcio para esta tarefa. “...Estudar fora do Brasil. Pois só assim um artista brasileiro consegue respaldo e currículo para as pessoas começarem a olhar pra você...” E dentro destas dificuldades, foi proposto pelo artista, uma melhoria na base curricular dos alunos acerca da arte no país. Mais para tais mudanças, é necessário a mudança no topo da sociedade. Pois as ordens vem emanada de cima para serem replicadas pela base. “...Na minha opinião, para mudar tudo isso, teriam que mudar alguma coisa na Câmara dos Deputados, Vereadores, para inserir sistemas para as pessoas se auto educar, o que seria em criar bases na infância do currículo escolar...dos quem tem autonomia para mudar algo para a base da nossa sociedade...o aluno formado hoje não é criado para respeitar aquilo que seu tato toca, pois não teve esta instrução acerca deste respeito na sua formação...”
  • 21. 26 E diante de todas estas informações, das pequisas acerca da riqueza e diversidade cultural e entrevistas adquiridas, foi proposto pelo grupo algumas ideias para utilizar destes artistas, que tanto gostam do que faz, uma interação maior para a preservação destas qualidades que existe no nosso país. Segue algumas propostas: 1. Oficinas em parcerias com escolas e centro culturais. 2. Criação de espaços destinado exclusivamente ao ensino das artes. 3. Reforma curricular no ensino de artes a partir das séries iniciais. 4. Promoção de concursos públicos com objetivo artístico promovido pelo poder público. Assim, quem sabe, podemos realmente mudar algo. Pois na evolução que a sociedade caminha, ou que desejássemos que caminhasse, mudar algumas atitudes e comportamentos é fundamental. O próprio artista entrevistado disse frases interessantes: “...Arte é isso, a gente tem que compartilhar. A verdadeira arte é essa, pois Deus nos dá este dom para ser compartilhado...quando materializamos algum trabalho, você toca com o seu exterior, mas é seu interior que sente...” Quem sabe a mudança está aí, em querer compartilhar nossas ideias, nossos pensamentos, nosso amor. Pois o que foi dito pelo artista Juarez Marins é muito certo. O que sentimos no nosso interior está naquilo que pegamos, olhamos, sentimos, ouvimos. E para chegarmos neste patamar de sensibilidade, nada como a arte para nos ensinar. E cultura para isso em nosso país tem de sobra. Concluímos que a Cultura popular brasileira é rica e diversificada. São tantas as artes e os talentos que seria impossível enumerá-los. Cada artista tem sua inspiração, sua história, sua vocação. Todos eles contribuem de alguma forma para a preservação dessa cultura popular. A identidade de um povo está na sua cultura. Não preservar essa cultura seria o mesmo que perder sua identidade e consequentemente, toda uma geração futura também a perderia. Foi através da cultura popular que muitas pesquisas antropológicas e sociológicas foram realizadas. Quando conhecemos a própria cultura, somos capazes de compreender a importância de mantê-la viva.
  • 22. 27 Infelizmente, sabemos que os movimentos para que a cultura brasileira permaneça está se tornando cada vez mais escasso. Na maioria das vezes, esses artistas populares vêm de classes menos favorecidas e não obtém nenhum tipo de incentivo ou patrocínio por parte das gestões públicas, tendo que utilizar seus poucos recursos para manter viva a sua arte. Outros fatores podem estar influenciando essa não valorização da arte popular, mas sabemos que a globalização está entre eles, e como resultado, a inculturação. Precisamos estar atentos para que a infusão de uma cultura sobre outra, não se sobreponha de tal forma que a cultura popular se perca no tempo.
  • 23. 28 REFERÊNCIAS DANTON, Gian; José Carlos Neves) (02/05/2011). Entrevista Claudio Seto - O Samurai Mágico da HQB (parte 2) Bigorna.net. Minami Keizi, a Edrel e as HQs brasileiras: Memórias do desenhista, do roteirista e do editor (em português) site da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.. Página visitada em 17/11/2009. www.universohq.com.br Marcelo Naranjo (02/08/2010). Maria Erótica e o Clamor do Sexo em pré-venda no site da Comix Universo HQ. Gonçalo Júnior. Maria Erótica #1 (Grafipar) Universo HQ. Marcelo Naranjo (18 de Maio 2006). Mangá, gênero recente no Brasil? Blog Universo HQ. Nagado, Alexandre. Almanaque do Centenário da Imigração Japonesa Editora Escala - Minha Ligação Com o Lado Pop do Japão(2008) Mauricio de Sousa e Tezuka juntos em projeto Anime Pró (10/01/2010). Marcelo Naranjo (18/08/06). Revista Herói está de volta Universo HQ. Guilherme Kroll Domingues (31/08/2010). Relembrando a aventura de Ranma ½ pela Animangá Univero HQ. Juliana Freire (16/01/2005). Anime Fury Nº 1 nas bancas Anime Pró Pedro Hunter (29 de Novembro de 2000). Quadrinhos japoneses invadem as bancas tupiniquins Omelete. LANÇAMENTOS DE OUTUBRO Universo HQ. (Outubro de 2001). Página visitada em 01/06/2010. Entrevista: Dario Chaves Universo HQ. ANJOS, Juarez Martins dos. Entrevistado no dia 05/10/2014.
  • 24. 29 Naruto #1 Universo HQ.. Página visitada em 01/06/2010. Bleach: O novo mangá da Panini Comics Anime Pró (20/06/2007). Personagens da Turma da Mônica 'crescem' e viram mangá. O Estado de São Paulo. 30/7/2008 Fábio Garcia. Neo Tokyo #62 - Todos os Jovens do Brasil, Abril de 2011, Editora Escala Luluzinha em versão jovem em mangá da Ediouro (em português) site HQManiacs. (28/05/2009). Página visitada em 03/03/2010. Didi & Lili: nova HQ em estilo mangá nas bancas (em português) site HQManiacs. (24/02/2010). Página visitada em 03/03/2010. Marcelo Naranjo (14/07/2010). HQM Editora lança selo de mangás Universo HQ. Canton, Kátia CANTON, Katia - Escultura Aventura 1a edição - São Paulo - DCL, 2004. pag 07, 08, 09, 10, 13, 15, 16 KLINTOWITZ, Jacob - O ofício da Arte: A escultura São Paulo, Brasil - Serviço Social do Comércio -SESC, 1988. pag 15,17,19,23,43 LIMA, Célia Regina de. O trabalho dos escultores - As origens do saber São Paulo, Brasil – Cia. Melhoramentos de São Paulo – 1998. pag 2 à 7 WERNECK, Leny . A criação da pintura - As origens do saber São Paulo, Brasil - Cia Melhoramentos de São Paulo - 2001. pag 4 à 19 - 26 à 31 GARCEZ, Lucília; OLIVEIRA, Jô. Explicando a Arte Brasileira. 3ª Edição - Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. 168p.:il., 28 cm pag. 21 SILVIA, João Pedro Borges Moreira da. A história da anatomia e a sua importância no desenvolvimento das ciências. Recil. Disponível em: http://recil.ulusofona.pt/handle/10437/5282. Acesso em 25 de setembro de 2014. Editora: WMF MARTINS FONTES Edição: 1ª Edição – 2011 Disponível em: http://www.cursinhovitoriano.com/conteudo/M%F3dulo%20II%20-%20Renascimento%20e %20Maneirismo.pdf. Acesso em 29 de setembro de 2014. KICKHOFEL, Eduardo Henrique Peiruque. Scielo. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662011000200005&script=sci_arttext. Acesso em 01 de outubro de 2014. Página no Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Juarez_Martins_dos_Anjos