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Coordenadora: Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva Responsáveis pelos Conteúdos: Adriane C. Kirst, Cristiane H. Simó, Milka L. Plaza, Rodrigo Born, Maria Cristina da Rosa F. da Silva
Revisão Gramatical: Miriam C. C. M. Mattos Projeto Gráfico e Diagramação: Luiza C. Magajewski
A ÁGUA TAMBÉM PERCORRE
CAMINHOS NO MUNDO DA ARTE
Universidade Federal
do Rio GrandeFURG
A água é um dos elementos mais importantes para a sobrevivência dos seres. Ela está presente em vários
aspectos de nossas vidas: fisiológicos, sociais, culturais, políticos, entre outros.
A relação dos seres humanos com a água, marca costumes peculiares nas diversas culturas, adquirindo simbo-
logias no decorrer da história da humanidade. As narrativas que envolvem a água não se restringem apenas
aos eventos naturais, mas apresentam simbologias metafóricas que possibilitam descrever comportamentos
humanos, por exemplo na área da psicologia. A relação com a água gera diferentes sensações, aguça os dife-
rentes sentidos perceptivos instigando assim homens e mulheres a expressarem tais sensações e emoções.E
como não poderia deixar de ser, na arte a água também percorre caminhos de significações.
1- Michelangelo
Merisi da Caravaggio Narciso,
1594-1596
Pintura
2- Nicola Salvi
Fontana di Trevi, 1735
Escultura
3- Amélia Toledo
Discos Táteis, 1962
Objeto
5- Hugo Fortes
Pirapora, 2003
Instalação
4- Olafur Eliasson
The Mediated Motion, 2001
Instalação
1- Michelangelo Merisi da Caravaggio
Narciso, 1594-1596
Óleo sobre tela
A obra Narciso está em Roma na Galleria
Nazionale dell'Arte Antica. Representa um person-
agem conhecido em nosso tempo e diretamente
ligado a água. Conta a lenda que “este belo jovem
era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope.
Quando nasceu, o adivinho Tirésias disse que
Narciso poderia viver muito, desde que nunca
visualizasse sua própria imagem. Narciso era um
rapaz vaidoso, que atraía a atenção de moças e
rapazes, mas desprezava ambos. A ninfa Eco foi
uma das que se apaixonou por ele, sem ser
correspondida. Um certo dia, Narciso observou o
próprio rosto nas águas e apaixonou-se por sua
própria imagem. Segundo algumas versões,
Narciso teria ficado ali até se consumir, morrendo
de inanição”. (FORTES, 2006)
Nesta lenda a água relaciona-se ao corpo e à beleza.
Qual a importância da água na lenda de
Narciso? Conhece alguma lenda do folclore
brasileiro que tenha um
personagem ligado às águas?
2- Nicola Salvi,
Fontana di Trevi, 1735
Escultura em pedra
A  Fontana di Trevi  é a maior fonte barroca de
Roma e, provavelmente, a mais famosa do mundo.
Projetada por Nicola Salvi e construída em 1735, essa fonte
está situada no cruzamento de três ruas e faz parte da
história da cidade. Antigamente, era habitual construir uma
fonte onde os aquedutos terminavam, como é o caso da 
Fontana di Trevi, que marca o final do Água Virgo, um
aqueduto de grande valor simbólico. A fonte apresenta
figuras  mitológicas e  alegóricas,  formações rochosas
naturais e água jorrando.
Você já viu uma fonte pessoalmente? Como era?
Conhece alguma lenda ou simpatia que envolvem fontes?
Existem fontes de diferentes aspectos e de diferentes
tamanhos, qual será o motivo de se construir fontes atual-
mente? Compare as significações de ambas as épocas.
4- Olafur Eliasson
The Mediated Motion, 2001
Instalação: água, algas e passarela de madeira
A obra foi construída e apresentada na exposição
The Mediated Motion, realizada na Áustria. Nesta instalação
o artista cria um ambiente com água e plantas aquáticas, na
qual os visitantes podem transitar sobre uma passarela de
madeira que faz parte da obra. O artista cria um diálogo
entre natureza e espaços construídos pela civilização
colocando em evidencia o contraste entre beleza natural e a
interferência do artificial, do construído.
Como seria montar um espaço com elementos
naturais? Imagine-se caminhando pela ponte de madeira....
Quais os sons, cheiros e movimentos poderiam ser percebi-
dos? Se esta ponte estivesse ao ar livre teria o mesmo
aspecto? Descreva.
5- Hugo Fortes
Pirapora, 2003
Instalação: vidro, água, argila e cal.
A obra Pirapora (550 x 200 x 90 cm) encontra-se no
Memorial da América Latina em São Paulo. Faz parte da série
Rios, que é formada por instalações com aquários contendo
água, argila, caixas de pigmento e parafina. O período da
produção ocorreu de 2003 a 2006.
A combinação de diferentes níveis de água na
sequência de aquários origina a construção artificial de "rios”
no ambiente de exposição. A água “presa” nos aquários não
pode fluir em seu caminho natural, desta maneira o artista
propõe uma reflexão sobre os problemas ecológicos nas
cidades urbanizadas.
Quais as relações que você faz ao observar a
sequência de aquários? Os rios que passam pelos centros
urbanos apresentam o mesmo aspecto que os rios que
passam pela mata virgem? Explique. Por que alguns rios
mudam o seu aspecto ao longo de seu percurso?
3- Amélia Toledo
Discos Táteis, 1962
PVC, água, espessante, óleo e corantes específicos.
Nesta obra, assim como em outras em que a artista
utiliza a água, o que se destaca é o lúdico. A artista acondi-
cionou líquidos pigmentados em peças circulares planas de
plástico. O material proporciona com que o
leitor/participante manuseie a produção artística, e assim
modifique a cada toque a aparência visual do objeto ao
realizar o deslocamento do líquido.
Reflita com os alunos sobre a temperatura, os
barulhos, as cores, ou seja, todas as percepções aguçadas
pelo objeto. Que sensações e sentimentos te passam?
Dialogue e cite outras possibilidades de se guardar (reservar)
a água.
1- Michelangelo Merisi da Caravaggio
Narciso, 1594-1596
Pintura em óleo sobre tela
Nasceu em 1571 e morreu em 1610 na Itália. Aos 12 anos, iniciou suas atividades artísticas com
a técnica da pintura.
Sua reputação era dividida entre admiradores e inimigos, isto porque em suas obras o artista não
mostrava vínculos com representações da religião católica além de ter o hábito de gerar conflitos nas
relações sociais.
Apresenta como uma de suas características marcantes a representação de aspectos mundanos
dos eventos bíblicos usando o povo comum das ruas de Roma como: vendedores, músicos ambulantes,
ciganos e prostitutas. Mostrou talento não apenas para retratos mas também para natureza-morta. As
obras apresentam efeitos de luz e sombra deixando as pinturas com caráter realista. Geralmente o
plano de fundo da composição é escuro e as figuras em primeiro plano recebem o foco de luz para
assim ressaltar os detalhes dos rostos.
2- Nicola Salvi,
Fontana di Trevi , 1735
Escultura
Nicola Salvi, nasceu em  1697 e morreu em  1751 em Roma. Escultor e arquiteto italiano, tem
como obra-prima a Fonte barroca romana de Trevi em Roma.
Depois de estudar pintura e arquitetura, em 1732,  seu projeto para a Fonte de Trevi foi escolhido 
em detrimento aos de muitos concorrentes. Salvi foi responsável não só pela concepção global, mas
também pelos detalhes da decoração e do projeto escultório. Após a morte de Salvi, Giuseppe Pannini 
terminou a fonte em 1762, mudando poucos detalhes do projeto original. 
3- Amélia Toledo,
Discos Táteis, 1962
PVC, água, espessante, óleo e corantes específicos.
Amélia Amorim Toledo nasceu em São Paulo - SP em 1926. É escultora, pintora, desenhista e de-
signer. Desde a década de 1970 realiza produções que fazem referência às formas da natureza, desta ma-
neira a artista se tornou uma colecionadora de materiais como pedras e conchas. Sua obra tem um
caráter experimental utilizando não apenas materiais da natureza mas também industriais. Tem interesse
no tema paisagem, envolvendo questões como continuidade e descontinuidade. Em relação as cores ge-
ralmente cria composições monocromáticas com discretos tons luminosos.
4- Olafur Eliasson,
The Mediated Motion, 2001
Instalação: água, algas e passarela de madeira
Olafur Eliasson nasceu em 1967 em Copenhagen na Dinamarca. É conhecido por suas esculturas
externas de grande porte, intervenções no espaço urbano e projetos arquitetônicos. O artista tem como
foco os processos de percepção e construção da realidade. Suas obras unem física, neurologia e óptica,
convidando assim o visitante a experimentar fenômenos naturais como: neblina, luz, cor e reflexos. Em
“Seu Corpo da Obra”, exposição exibida na Pinacoteca do Estado de SP 2011-2012, o artista instiga a
reflexão na ambiguidade entre o interior dos ambientes e o exterior. 
5- Hugo Fortes
Pirapora, 2003
Instalação: vidro, água, argila e cal.
Hugo Fortes é artista plástico, designer e professor da Universidade de São Paulo - USP. Desen-
volve instalações, fotos, vídeos, performances e arte multimídia. Alguns dos conceitos que permeam
sua obra são a paisagem, o elemento água e as relações entre natureza e cultura. Tem em seu currículo
exposições realizadas tanto no Brasil, como no exterior em países como Alemanha, França, Espanha,
Dinamarca, Grécia, Filipinas, Armênia, Venezuela, Chile, Marrocos e Uruguai.
“Embora meu trabalho possa carregar, em alguns casos, conteúdos autobiográficos e individuais, a
exteriorização destas sensações busca uma universalização fundamentada na discussão da paisagem con-
temporânea como local para o desenvolvimento das relações humanas. A consciência de estar tratando da
paisagem e das relações conflituosas entre homem e natureza no meio social urbano é algo que se torna
mais claro para mim ao longo de meu desenvolvimento como artista”. (FORTES, 2006)
CAMINHOS POSSÍVEIS
Objetivos
- Refletir sobre a importância da água, seus diferentes usos e simbologias.
- Conhecer artistas que utilizam a água em suas produções.
- Criar uma produção artística que não apenas represente a água mas que utilize este elemento.
- Produzir, registrar e pesquisar imagens nos programas de computador.
Estratégias
- Fazer uma sensibilização para introdução do tema. Colocar a música “De gotinha em gotinha” do grupo Palavra Cantada.
Durante a música poderiam ser soltas bolhas de sabão em volta dos alunos, estes poderiam estar de olhos fechados e só após
alguns instantes abrir. Logo após, podem ser passados entre os alunos alguns recipientes com água do mar, de rio ou lagoa, outro
com água potável, outro com água colorida e outro com purpurina. Os recipientes podem estar abertos para os estudantes sentirem
a água pelo tato e olfato ou fechados para ouvirem o som da água ao serem chacoalhados, assim como perceberem efeitos visuais.
Após a sensibilização formar um círculo e refletir coletivamente sobre o novo conteúdo a ser estudado, bem como deixar que os
alunos expressem seus conhecimentos prévios.
- Realizar leitura de imagens das obras do referido material.
- Propor pesquisa de imagens na internet com o tema água. Utilizar estas imagens criando uma composição no programa
Office Desenho ou Office apresentação.
- Apresentação das composições. O objetivo é conversar sobre o processo de criação dos alunos.
- Propor para os alunos que façam uma produção que utilize o elemento água. A ideia pode partir deles. Exemplificar uma
possibilidade, mas que não se limitem a ela. Exemplo: Colocar água e tinta guache em copos de plástico. Assoprar o líquido com
canudinho. Sairão bolhas coloridas sobre o copo. Com folhas sulfites ou outras de sua escolha carimbá-las nas bolhas. Após a seca-
gem utilizar a produção da maneira que preferirem, seguindo um projeto artístico.
- Produção de vídeo ou de fotografias da produção artística dos alunos. Editar no Office Apresentação Impress ou no Gerencia-
dor de fotos Shotwell ou no Reprodutor de filmes. A edição pode ser realizada pelo professor ou pelos alunos.
Temas relacionados
Paisagem, Meio ambiente, Fundo do mar.
Temas articuladores
- Meio ambiente. Preservação – Ciências
- Hidrografia - Geografia
Para refletir
- Folclore brasileiro: Yara e Vitória Régia
Disponível em: <http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/lendas.htm>. Acesso em: jan, 2012.
- Letra da música Planeta Água composta por Guilherme Arantes.
- Dia Mundial da Água
Disponível em:
<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/dia_mundial_da_agua.html>
Acesso em: jan, 2012.
REFERÊNCIAS
1 - Michelangelo Merisi da Caravaggio
Disponível em: <http://www.pucsp.br/psilacanise/html/revista01/01_rev_arte.htm>. Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/caravaggio.jhtm>. Acesso em: janeiro, 2012.
2 - Fontana di Trevi e Nicola Salvi
Disponível em: <http://dreamguides.edreams.pt/italia/roma/fontana-di-trevi>. Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em: <http://ged1.capes.gov.br/CapesProcessos/926594-ARQ/926594_6.PDF>.
Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em: <http://www.britannica.com/EBchecked/topic/520087/Nicola-Salvi>. Acesso em: janeiro, 2012.
3- Amélia Toledo
Disponível em: <http://ameliatoledo.com/category/pelo-tempo/> . Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em:
<http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1033
&cd_item=2&cd_idioma=28555>. Acesso em: janeiro, 2012.
4 - Olafur Eliasson
Disponível em: <http://ged1.capes.gov.br/CapesProcessos/926594-ARQ/926594_6.PDF>. Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em: <http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/default.aspx?c=exposicoes&idexp=575&mn=100>.
Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em: <http://www.olafureliasson.net/index.html>. Acesso em: janeiro, 2012.
5 – Hugo Fortes
FORTES, Hugo Fernando Salinas, Jr. Poéticas líquidas: a água na arte contemporânea.Tese de Doutorado. USP. São
Paulo: 2006.
Disponível em: <http://ged1.capes.gov.br/CapesProcessos/926594-ARQ/926594_6.PDF>. Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em: <http://www.canalcontemporaneo.art.br/blog/archives/2010_01.html>. Acesso em: janeiro, 2012.
Disponível em: <http://www.hugofortes.com/home>. Acesso em: janeiro, 2012.

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  • 1. Coordenadora: Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva Responsáveis pelos Conteúdos: Adriane C. Kirst, Cristiane H. Simó, Milka L. Plaza, Rodrigo Born, Maria Cristina da Rosa F. da Silva Revisão Gramatical: Miriam C. C. M. Mattos Projeto Gráfico e Diagramação: Luiza C. Magajewski A ÁGUA TAMBÉM PERCORRE CAMINHOS NO MUNDO DA ARTE Universidade Federal do Rio GrandeFURG
  • 2. A água é um dos elementos mais importantes para a sobrevivência dos seres. Ela está presente em vários aspectos de nossas vidas: fisiológicos, sociais, culturais, políticos, entre outros. A relação dos seres humanos com a água, marca costumes peculiares nas diversas culturas, adquirindo simbo- logias no decorrer da história da humanidade. As narrativas que envolvem a água não se restringem apenas aos eventos naturais, mas apresentam simbologias metafóricas que possibilitam descrever comportamentos humanos, por exemplo na área da psicologia. A relação com a água gera diferentes sensações, aguça os dife- rentes sentidos perceptivos instigando assim homens e mulheres a expressarem tais sensações e emoções.E como não poderia deixar de ser, na arte a água também percorre caminhos de significações.
  • 3. 1- Michelangelo Merisi da Caravaggio Narciso, 1594-1596 Pintura 2- Nicola Salvi Fontana di Trevi, 1735 Escultura 3- Amélia Toledo Discos Táteis, 1962 Objeto 5- Hugo Fortes Pirapora, 2003 Instalação 4- Olafur Eliasson The Mediated Motion, 2001 Instalação
  • 4. 1- Michelangelo Merisi da Caravaggio Narciso, 1594-1596 Óleo sobre tela A obra Narciso está em Roma na Galleria Nazionale dell'Arte Antica. Representa um person- agem conhecido em nosso tempo e diretamente ligado a água. Conta a lenda que “este belo jovem era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. Quando nasceu, o adivinho Tirésias disse que Narciso poderia viver muito, desde que nunca visualizasse sua própria imagem. Narciso era um rapaz vaidoso, que atraía a atenção de moças e rapazes, mas desprezava ambos. A ninfa Eco foi uma das que se apaixonou por ele, sem ser correspondida. Um certo dia, Narciso observou o próprio rosto nas águas e apaixonou-se por sua própria imagem. Segundo algumas versões, Narciso teria ficado ali até se consumir, morrendo de inanição”. (FORTES, 2006) Nesta lenda a água relaciona-se ao corpo e à beleza. Qual a importância da água na lenda de Narciso? Conhece alguma lenda do folclore brasileiro que tenha um personagem ligado às águas? 2- Nicola Salvi, Fontana di Trevi, 1735 Escultura em pedra A  Fontana di Trevi  é a maior fonte barroca de Roma e, provavelmente, a mais famosa do mundo. Projetada por Nicola Salvi e construída em 1735, essa fonte está situada no cruzamento de três ruas e faz parte da história da cidade. Antigamente, era habitual construir uma fonte onde os aquedutos terminavam, como é o caso da  Fontana di Trevi, que marca o final do Água Virgo, um aqueduto de grande valor simbólico. A fonte apresenta figuras  mitológicas e  alegóricas,  formações rochosas naturais e água jorrando. Você já viu uma fonte pessoalmente? Como era? Conhece alguma lenda ou simpatia que envolvem fontes? Existem fontes de diferentes aspectos e de diferentes tamanhos, qual será o motivo de se construir fontes atual- mente? Compare as significações de ambas as épocas. 4- Olafur Eliasson The Mediated Motion, 2001 Instalação: água, algas e passarela de madeira A obra foi construída e apresentada na exposição The Mediated Motion, realizada na Áustria. Nesta instalação o artista cria um ambiente com água e plantas aquáticas, na qual os visitantes podem transitar sobre uma passarela de madeira que faz parte da obra. O artista cria um diálogo entre natureza e espaços construídos pela civilização colocando em evidencia o contraste entre beleza natural e a interferência do artificial, do construído. Como seria montar um espaço com elementos naturais? Imagine-se caminhando pela ponte de madeira.... Quais os sons, cheiros e movimentos poderiam ser percebi- dos? Se esta ponte estivesse ao ar livre teria o mesmo aspecto? Descreva. 5- Hugo Fortes Pirapora, 2003 Instalação: vidro, água, argila e cal. A obra Pirapora (550 x 200 x 90 cm) encontra-se no Memorial da América Latina em São Paulo. Faz parte da série Rios, que é formada por instalações com aquários contendo água, argila, caixas de pigmento e parafina. O período da produção ocorreu de 2003 a 2006. A combinação de diferentes níveis de água na sequência de aquários origina a construção artificial de "rios” no ambiente de exposição. A água “presa” nos aquários não pode fluir em seu caminho natural, desta maneira o artista propõe uma reflexão sobre os problemas ecológicos nas cidades urbanizadas. Quais as relações que você faz ao observar a sequência de aquários? Os rios que passam pelos centros urbanos apresentam o mesmo aspecto que os rios que passam pela mata virgem? Explique. Por que alguns rios mudam o seu aspecto ao longo de seu percurso? 3- Amélia Toledo Discos Táteis, 1962 PVC, água, espessante, óleo e corantes específicos. Nesta obra, assim como em outras em que a artista utiliza a água, o que se destaca é o lúdico. A artista acondi- cionou líquidos pigmentados em peças circulares planas de plástico. O material proporciona com que o leitor/participante manuseie a produção artística, e assim modifique a cada toque a aparência visual do objeto ao realizar o deslocamento do líquido. Reflita com os alunos sobre a temperatura, os barulhos, as cores, ou seja, todas as percepções aguçadas pelo objeto. Que sensações e sentimentos te passam? Dialogue e cite outras possibilidades de se guardar (reservar) a água.
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  • 6. 1- Michelangelo Merisi da Caravaggio Narciso, 1594-1596 Pintura em óleo sobre tela Nasceu em 1571 e morreu em 1610 na Itália. Aos 12 anos, iniciou suas atividades artísticas com a técnica da pintura. Sua reputação era dividida entre admiradores e inimigos, isto porque em suas obras o artista não mostrava vínculos com representações da religião católica além de ter o hábito de gerar conflitos nas relações sociais. Apresenta como uma de suas características marcantes a representação de aspectos mundanos dos eventos bíblicos usando o povo comum das ruas de Roma como: vendedores, músicos ambulantes, ciganos e prostitutas. Mostrou talento não apenas para retratos mas também para natureza-morta. As obras apresentam efeitos de luz e sombra deixando as pinturas com caráter realista. Geralmente o plano de fundo da composição é escuro e as figuras em primeiro plano recebem o foco de luz para assim ressaltar os detalhes dos rostos.
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  • 8. 2- Nicola Salvi, Fontana di Trevi , 1735 Escultura Nicola Salvi, nasceu em  1697 e morreu em  1751 em Roma. Escultor e arquiteto italiano, tem como obra-prima a Fonte barroca romana de Trevi em Roma. Depois de estudar pintura e arquitetura, em 1732,  seu projeto para a Fonte de Trevi foi escolhido  em detrimento aos de muitos concorrentes. Salvi foi responsável não só pela concepção global, mas também pelos detalhes da decoração e do projeto escultório. Após a morte de Salvi, Giuseppe Pannini  terminou a fonte em 1762, mudando poucos detalhes do projeto original. 
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  • 10. 3- Amélia Toledo, Discos Táteis, 1962 PVC, água, espessante, óleo e corantes específicos. Amélia Amorim Toledo nasceu em São Paulo - SP em 1926. É escultora, pintora, desenhista e de- signer. Desde a década de 1970 realiza produções que fazem referência às formas da natureza, desta ma- neira a artista se tornou uma colecionadora de materiais como pedras e conchas. Sua obra tem um caráter experimental utilizando não apenas materiais da natureza mas também industriais. Tem interesse no tema paisagem, envolvendo questões como continuidade e descontinuidade. Em relação as cores ge- ralmente cria composições monocromáticas com discretos tons luminosos.
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  • 12. 4- Olafur Eliasson, The Mediated Motion, 2001 Instalação: água, algas e passarela de madeira Olafur Eliasson nasceu em 1967 em Copenhagen na Dinamarca. É conhecido por suas esculturas externas de grande porte, intervenções no espaço urbano e projetos arquitetônicos. O artista tem como foco os processos de percepção e construção da realidade. Suas obras unem física, neurologia e óptica, convidando assim o visitante a experimentar fenômenos naturais como: neblina, luz, cor e reflexos. Em “Seu Corpo da Obra”, exposição exibida na Pinacoteca do Estado de SP 2011-2012, o artista instiga a reflexão na ambiguidade entre o interior dos ambientes e o exterior. 
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  • 14. 5- Hugo Fortes Pirapora, 2003 Instalação: vidro, água, argila e cal. Hugo Fortes é artista plástico, designer e professor da Universidade de São Paulo - USP. Desen- volve instalações, fotos, vídeos, performances e arte multimídia. Alguns dos conceitos que permeam sua obra são a paisagem, o elemento água e as relações entre natureza e cultura. Tem em seu currículo exposições realizadas tanto no Brasil, como no exterior em países como Alemanha, França, Espanha, Dinamarca, Grécia, Filipinas, Armênia, Venezuela, Chile, Marrocos e Uruguai. “Embora meu trabalho possa carregar, em alguns casos, conteúdos autobiográficos e individuais, a exteriorização destas sensações busca uma universalização fundamentada na discussão da paisagem con- temporânea como local para o desenvolvimento das relações humanas. A consciência de estar tratando da paisagem e das relações conflituosas entre homem e natureza no meio social urbano é algo que se torna mais claro para mim ao longo de meu desenvolvimento como artista”. (FORTES, 2006)
  • 15. CAMINHOS POSSÍVEIS Objetivos - Refletir sobre a importância da água, seus diferentes usos e simbologias. - Conhecer artistas que utilizam a água em suas produções. - Criar uma produção artística que não apenas represente a água mas que utilize este elemento. - Produzir, registrar e pesquisar imagens nos programas de computador. Estratégias - Fazer uma sensibilização para introdução do tema. Colocar a música “De gotinha em gotinha” do grupo Palavra Cantada. Durante a música poderiam ser soltas bolhas de sabão em volta dos alunos, estes poderiam estar de olhos fechados e só após alguns instantes abrir. Logo após, podem ser passados entre os alunos alguns recipientes com água do mar, de rio ou lagoa, outro com água potável, outro com água colorida e outro com purpurina. Os recipientes podem estar abertos para os estudantes sentirem a água pelo tato e olfato ou fechados para ouvirem o som da água ao serem chacoalhados, assim como perceberem efeitos visuais. Após a sensibilização formar um círculo e refletir coletivamente sobre o novo conteúdo a ser estudado, bem como deixar que os alunos expressem seus conhecimentos prévios. - Realizar leitura de imagens das obras do referido material. - Propor pesquisa de imagens na internet com o tema água. Utilizar estas imagens criando uma composição no programa Office Desenho ou Office apresentação. - Apresentação das composições. O objetivo é conversar sobre o processo de criação dos alunos. - Propor para os alunos que façam uma produção que utilize o elemento água. A ideia pode partir deles. Exemplificar uma possibilidade, mas que não se limitem a ela. Exemplo: Colocar água e tinta guache em copos de plástico. Assoprar o líquido com canudinho. Sairão bolhas coloridas sobre o copo. Com folhas sulfites ou outras de sua escolha carimbá-las nas bolhas. Após a seca- gem utilizar a produção da maneira que preferirem, seguindo um projeto artístico. - Produção de vídeo ou de fotografias da produção artística dos alunos. Editar no Office Apresentação Impress ou no Gerencia- dor de fotos Shotwell ou no Reprodutor de filmes. A edição pode ser realizada pelo professor ou pelos alunos.
  • 16. Temas relacionados Paisagem, Meio ambiente, Fundo do mar. Temas articuladores - Meio ambiente. Preservação – Ciências - Hidrografia - Geografia Para refletir - Folclore brasileiro: Yara e Vitória Régia Disponível em: <http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/lendas.htm>. Acesso em: jan, 2012. - Letra da música Planeta Água composta por Guilherme Arantes. - Dia Mundial da Água Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/dia_mundial_da_agua.html> Acesso em: jan, 2012.
  • 17. REFERÊNCIAS 1 - Michelangelo Merisi da Caravaggio Disponível em: <http://www.pucsp.br/psilacanise/html/revista01/01_rev_arte.htm>. Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/caravaggio.jhtm>. Acesso em: janeiro, 2012. 2 - Fontana di Trevi e Nicola Salvi Disponível em: <http://dreamguides.edreams.pt/italia/roma/fontana-di-trevi>. Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://ged1.capes.gov.br/CapesProcessos/926594-ARQ/926594_6.PDF>. Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.britannica.com/EBchecked/topic/520087/Nicola-Salvi>. Acesso em: janeiro, 2012. 3- Amélia Toledo Disponível em: <http://ameliatoledo.com/category/pelo-tempo/> . Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1033 &cd_item=2&cd_idioma=28555>. Acesso em: janeiro, 2012. 4 - Olafur Eliasson Disponível em: <http://ged1.capes.gov.br/CapesProcessos/926594-ARQ/926594_6.PDF>. Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/default.aspx?c=exposicoes&idexp=575&mn=100>. Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.olafureliasson.net/index.html>. Acesso em: janeiro, 2012. 5 – Hugo Fortes FORTES, Hugo Fernando Salinas, Jr. Poéticas líquidas: a água na arte contemporânea.Tese de Doutorado. USP. São Paulo: 2006. Disponível em: <http://ged1.capes.gov.br/CapesProcessos/926594-ARQ/926594_6.PDF>. Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.canalcontemporaneo.art.br/blog/archives/2010_01.html>. Acesso em: janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.hugofortes.com/home>. Acesso em: janeiro, 2012.