O documento resume uma mostra de cultura urbana realizada em União de Vila Nova que contou com a participação de grafiteiros e artistas. A mostra mobilizou centenas de pessoas e serviu para valorizar a comunidade através da arte urbana, pintando um muro e promovendo workshops.
Pretende-se apresentar a História do grafite e outras expressões urbanas, desde as cavernas aos escritores contemporâneos da cidade de São Paulo. Um panorama que exporá signos, códigos e relações grupais, tornando tais expressões, parte de um diálogo que vem sendo proposto sem esclarecimentos para que se estabeleça um debate justo.
Serão apresentadas questões sobre o Grafite ser arte ou decoração; se a Pichação é vandalismo ou manifestação política; se a Arte Contemporânea influencia o grafite e/ou vice-versa; como o mercado nacional e internacional estão enfrentando as linguagens que surgem das ruas, e outras questão que farão parte de uma exposição iconográfica que embasará opiniões de testemunhas provenientes de diversos segmentos envolvidos, como grafiteiros, transeuntes, críticos de arte, artistas plásticos, curadores de museus, entre outros.
Neste encontro pretende-se informar as atuais técnicas de ocupação dos espaços públicos, com suas variadas linguagens, esclarecendo alguns pontos nebulosos que permanecem, tanto pela mídia, quando pelas impressões dos passantes, que costumam expressar opiniões precisas, mesmo que desconheçam os processos, as técnicas e as formas de organizações sociais que esses grupos orientam seus fazeres pelas ruas, com o sentido de provocar reações, quaisquer que sejam – vindas de autoridades policiais e outros responsáveis pela cidade, reações explícitas vindas dos galeristas, dos críticos de arte, dos transeuntes e, acima de todos, provocar diálogos entre seus pares, com quem criptografam jogos de territórios, num jogo estético-políticos entre eles e a grande cidade que não os reconhece ou acolhe.
Trabalho apresentado em 1/2011 a disciplina de Semiótica, tendo como estudo de caso do artista plástico Cildo Meireles, em torno de sua obra chamada "Desvio para o Vermelho", exposta no museu de arte moderna Inhotim.
Pretende-se apresentar a História do grafite e outras expressões urbanas, desde as cavernas aos escritores contemporâneos da cidade de São Paulo. Um panorama que exporá signos, códigos e relações grupais, tornando tais expressões, parte de um diálogo que vem sendo proposto sem esclarecimentos para que se estabeleça um debate justo.
Serão apresentadas questões sobre o Grafite ser arte ou decoração; se a Pichação é vandalismo ou manifestação política; se a Arte Contemporânea influencia o grafite e/ou vice-versa; como o mercado nacional e internacional estão enfrentando as linguagens que surgem das ruas, e outras questão que farão parte de uma exposição iconográfica que embasará opiniões de testemunhas provenientes de diversos segmentos envolvidos, como grafiteiros, transeuntes, críticos de arte, artistas plásticos, curadores de museus, entre outros.
Neste encontro pretende-se informar as atuais técnicas de ocupação dos espaços públicos, com suas variadas linguagens, esclarecendo alguns pontos nebulosos que permanecem, tanto pela mídia, quando pelas impressões dos passantes, que costumam expressar opiniões precisas, mesmo que desconheçam os processos, as técnicas e as formas de organizações sociais que esses grupos orientam seus fazeres pelas ruas, com o sentido de provocar reações, quaisquer que sejam – vindas de autoridades policiais e outros responsáveis pela cidade, reações explícitas vindas dos galeristas, dos críticos de arte, dos transeuntes e, acima de todos, provocar diálogos entre seus pares, com quem criptografam jogos de territórios, num jogo estético-políticos entre eles e a grande cidade que não os reconhece ou acolhe.
Trabalho apresentado em 1/2011 a disciplina de Semiótica, tendo como estudo de caso do artista plástico Cildo Meireles, em torno de sua obra chamada "Desvio para o Vermelho", exposta no museu de arte moderna Inhotim.
Trabalho de Língua Portuguesa dos alunos da escola João Cruz do 1 Ensino Médio A.
Com a Professora Maria Piedade Teodoro da Silva.
Das alunas:
Ana Clara dos Santos
Ana Júlia dos Santos
Barbará Gabriele
Louise Flora
Espaços culturais – arte e educação na história de todos nós.Roseli Sousa
A compreensão de que a ação educativa em arte se insere nos espaços formais e não-formais em diferentes contextos e culturas nos leva a fazer a seguinte reflexão: De que espaços culturais se está falando? Que saberes artísticos e estéticos são apropriados e produzidos nesses espaços? Que caminhos metodológicos têm sido experimentados nas ações educativas nos diversos espaços culturais? Quem tem assumido a condução dessas ações? Não vamos nos depreender em maior parte às ações educativas desenvolvidas no âmbito da arte no ensino regular, porém é relevante dar conta que esta sempre foi uma bandeira de luta dos arte-educadores em todo o Brasil.
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013oficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Atividade atrelada ao Sarau AfroBiblioBrasileiro, criado pelo Projeto OFICINATIVA e pela BiblioEquipe do CEU 3 Pontes (Claudia e Madeline) - e dinamizado pelo PIÁ (Programa de Iniciação Artística).
Trabalho de Língua Portuguesa dos alunos da escola João Cruz do 1 Ensino Médio A.
Com a Professora Maria Piedade Teodoro da Silva.
Das alunas:
Ana Clara dos Santos
Ana Júlia dos Santos
Barbará Gabriele
Louise Flora
Espaços culturais – arte e educação na história de todos nós.Roseli Sousa
A compreensão de que a ação educativa em arte se insere nos espaços formais e não-formais em diferentes contextos e culturas nos leva a fazer a seguinte reflexão: De que espaços culturais se está falando? Que saberes artísticos e estéticos são apropriados e produzidos nesses espaços? Que caminhos metodológicos têm sido experimentados nas ações educativas nos diversos espaços culturais? Quem tem assumido a condução dessas ações? Não vamos nos depreender em maior parte às ações educativas desenvolvidas no âmbito da arte no ensino regular, porém é relevante dar conta que esta sempre foi uma bandeira de luta dos arte-educadores em todo o Brasil.
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013oficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Atividade atrelada ao Sarau AfroBiblioBrasileiro, criado pelo Projeto OFICINATIVA e pela BiblioEquipe do CEU 3 Pontes (Claudia e Madeline) - e dinamizado pelo PIÁ (Programa de Iniciação Artística).
Xornal Escolar de Esctita Creativa desenvolvido por Kalandraka editora para o Servizo de Educación do Concello de Pontevedra cos nenos de 5º e 6º dos centros escolares da cidade.
Trabalho final da disciplina "Cibercultura" ministrado pela Profa. Dra. Beth Saad e apresentado em grupo no curso de Gestão Integrada da Comunicação Digital (DIGICORP) da ECA-USP, em dezembro de 2010.
O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos (Programa do espetáculo. Colet...Natalia Vianna
Programa do espetáculo "O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos", do Coletivo PI.
Em cartaz na Casa das Caldeiras de 21 de setembro à 28 de outubro de 2014.
Domingos às 20h30, segundas e terças às 20h.
Av. Francisco Matarazzo, 2000 - Água Branca - SP
www.coletivopi.com
facebook.com/coletivopi
@coletivopi
Semelhante a Graffiti à Brasileira n° 1, mar 2011 (20)
AfroPoemas, nov 2023 (EE Prof Lael de Moura Prado)oficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário (desde 2011). Atividade atrelada ao Sarau AfroBiblioBrasileiro, criado pelo Projeto OFICINATIVA e pela BiblioEquipe do CEU 3 Pontes.
Esta edição foi realizada pela professora de Artes Fabiana Menasssi com @s estudantes da EE Professor Lael de Moura Prado, zona norte da capital paulista.
AfroPoemas, novembro 2023 - janeiro 2024oficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário (desde 2011). Atividade atrelada ao Sarau AfroBiblioBrasileiro, criado pelo Projeto OFICINATIVA e pela BiblioEquipe do CEU 3 Pontes.
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário (desde 2011). Atividade atrelada ao Sarau AfroBiblioBrasileiro, criado pelo Projeto OFICINATIVA e pela BiblioEquipe do CEU 3 Pontes.
Calendário / Agenda personalizada criada pelo Projeto OFICINATIVA, com fotos de atividades do ano anterior, datas significativas para os movimentos sociais e populares, provérbios africanos, ideias para o período corrente e muito mais. Para distribuir e utilizar sem pudores...
ABC do AXÉ propõe a criação de uma rede de intercâmbios de saberes e práticas entre Comunidades Tradicionais de Terreiros e iniciativas de valorização das africanidades na região do ABC paulista e entornos geográficos. Organização AfroEscola + Abaçá d'Osún.
A primeira versão desta publicação foi lançada em março de 2020 e está sendo atualizada trimestralmente, sempre nas mudanças de estações / equinócios e solstícios.
Mais informações em www.facebook.com/oficinativa e www.oficinativa.org. Quem desejar participar, contate artedepia@gmail.com.
AfroPoemas Biblio CEU 3 Pontes + CCA Vila Itaim, nov 2021oficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Atividade atrelada ao Sarau AfroBiblioBrasileiro, criado e dinamizado pela AfroEscola + Projeto OFICINATIVA. Edição comemorativa de 10 anos organizada pela bibliotecária Madeline Cecim, numa parceria da Biblio do CEU 3 Pontes (Jardim Romano) + CCA Vila Itaim.
Contatos:
- www.oficinativa.org
- www.facebook.com/oficinativa
- artedepia@gmail.com
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Atividade atrelada ao Sarau AfroBiblioBrasileiro, criado e dinamizado pela AfroEscola + Projeto OFICINATIVA. Edição comemorativa de 10 anos!!!
Contatos:
- www.oficinativa.org
- www.facebook.com/oficinativa
- artedepia@gmail.com
Primeira publicação relacionada ao projeto de uma loja afrocolaborativa física inaugurada em Santo André, SP, em jul 2021,
com a intenção de vivenciar o afroempreendedorismo e suas muitas possibilidades. Iniciativa AfroEscola e AfroIncubadora de Ideias AYÓ.
Outras informações em:
- artedepia@gmail.com
- www.facebook.com/oficinativa
- www.oficinativa.org.
Calendário / Agenda personalizada criada pelo Projeto OFICINATIVA, com fotos de atividades do ano anterior, datas significativas para os movimentos sociais e populares, provérbios africanos, ideias para o período corrente e muito mais. Para distribuir e utilizar sem pudores...
Recopilado de ideas y propuestas para quienes quieran conocer nuestro movimiento y alinearse con el propósito de una AfroEducación. Proyecto político pedagógico simplificado.
marzo de 2018
idioma español
Compilado de ideias e propostas para quem deseja conhecer nosso movimento e se alinhar ao propósito de uma AfroEducação. Projeto político pedagógico simplificado.
março 2018
idioma português
AfroPoemas, set 2020 - Equinócio de Primaveraoficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Ilustrações especiais de David de Angelina (Colômbia) e celebração do Equinócio de Primavera!!!
Setembro 2020
projetooficinativa@hotmail.com
www.oficinativa.org
AfroPoemas, set 2020 - Cimarroneando el Verbooficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Nessa edição, tivemos a parceria do Laboratorio de Escritura Poética Cimarroneando el Verbo, Santiago de Cali, Colômbia. UM PLACER artístico!!! Setembro 2020.
https://www.facebook.com/cimarroneandoelverbo
cimarroneandoelverbo@gmail.com
ABC do AXÉ propõe a criação de uma rede de intercâmbios de saberes e práticas entre Comunidades Tradicionais de Terreiros e iniciativas de valorização das africanidades na região do ABC paulista e entornos geográficos. Organização AfroEscola + ABAÇÁ D'OSÚN.
A primeira versão desta publicação foi lançada em março de 2020 e será atualizada trimestralmente, sempre nas mudanças de estações / equinócios e solstícios.
Mais informações em www.facebook.com/oficinativa e www.oficinativa.org. Quem desejar participar, contate projetooficinativa@hotmail.com.
Calendário / Agenda personalizada criada pelo Projeto OFICINATIVA, com fotos de atividades do ano anterior, datas significativas para os movimentos sociais e populares, provérbios africanos, ideias para o período corrente e muito mais. Para distribuir e utilizar sem pudores...
Calendário / Agenda personalizada criada pelo Projeto OFICINATIVA, com fotos de atividades do ano anterior, datas significativas para os movimentos sociais e populares, provérbios africanos, ideias para o período corrente e muitos mais. Para distribuir e utilizar sem pudores...
Décima primeira coletânea de afrohistórias e outros escritos organizada pelo Festival Internacional de AfroContação de Histórias HADITHI NJOO. Especial Angola. Mais informações em www.festivalhadithinjoo.blogspot.com.br.
AfroPoemas expocupacão AfroEscola em Palavras, jun 2018oficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Atividade atrelada a expoocupação Afroescola em Palavras que aconteceu de 18 de maio a 8 de junho de 2018, na Casa da Palavra de Santo André. Edição lançada no Sarau AfroBiblioBrasileiro no encerramento da atividade.
AfroPoemas Diálogos e Transgressões, mar 2018oficinativa
Coletânea de textos realizada a partir de um concurso cultural solidário. Atividade atrelada a exposição Diálogos e Transgressões que ocorreu no SESC Santo Amaro, entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018 e da qual a AfroEscola participou com uma instalação e com atividades periódicas.
Processo de construção de uma horta / canteiro + atividades culturais realizado pelo Coletivo QUINTAL ITINERANTE durante os meses de junho e dezembro de 2017 no SESC São Caetano, SP. Outras informações: www.quintalorganico.blogspot.com.br ou Quintal Itinerante (facebook).
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
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1. à brasileira
I TI março 2011 – nº 1
GRAFF
especial Mostra de Cultura Urbana
Pinturas de PIÁ
2. Nasce então Graffiti à brasileira. Publicação que quer falar e mostrar a arte,
as mobilizações e os pensamentos das ruas – e também assuntos que
estejam relacionados. Aproveitamos a inspiração que nos invadiu numa
rápida participação durante a Mostra de Cultura Urbana (novembro de 2010,
promovida pelo Instituto NUA) e damos nosso passo inicial fazendo uma
reverência especial ao evento / iniciativa ocorrido na zona leste.
Esperamos que esta “revista” seja do agrado de tod@s.
Abraços e OFICINATIVE-SE!!!
produção: Carlos Rogerio
OFICINATIVA
Caixa Postal 73
Ribeirão Pires, SP
CEP 09400 970
projetooficinativa@hotmail.com
www.oficinativa.blogspot.com
3. A Mostra de Cultura Urbana foi um acontecimento ímpar
na comunidade de União de Vila Nova. A idealização do
evento partiu do artista, educador e gestor do Instituto
NUA Hermes de Souza. O evento consistiu numa parceria
entre a entidade, comunidade, grafiteiros de diversas
localidades, Fundação Bienal e o artista visual Rui
Amaral. Na ocasião, foram utilizados dois dias
consecutivos para a realização de workshops, residência
artística e a pintura do muro da CPTM que delimita o
espaço entre a comunidade e o restante da cidade. A
ação pictórica se encaixou enquanto proposta simbólica
de "derrubada" desse mesmo muro e, por consequência,
foi bem sucedida na medida em que mobilizou centenas
de pessoas durante o evento - o que traduziu-se em fatos
interessantes como no caso dos moradores que abriram
suas casas aos artistas de rua. O evento por si só serviu
de referência para a União de Vila Nova, bem como para
pessoas que residem em outras comunidades (posto que
provocou inclusive, aquecimento na economia local,
retorno de imprensa e credibilidade em ações
socioculturais).
NUA, 20 e 21 de novembro de 2010
Rodrigo
Munhoz
Artista visual, arte-educador, co-responsável pela Mostra Cultura Ubana
rodrigomunhoz1@yahoo.com.br
www.flavors.me/amoramboia, www.universidadelivredasartes.blogspot.com
6. A cidade ateliê
idealizada
Cidade pintada,
corpo pintado,
alma pintada
Desenho do
desenho
Referências, QUAIS?
7. Um olhar que
tudo vê...
Um caminhar que tudo apreende
8. Revalorização do espaço público através da ocupação,
ressignificação das Culturas Populares por meio da Comunicação
9. Ou embelezamento urbano
ou entrosamento humano
ou vandalismo mundano
ou comprometimento “hermano”...
Empoderamento infantil,
participação juvenil...
10. Graffiti
A arte das ruas vem ganhando destaque e valor no meio
acadêmico ao longo dos tempos. Também adquiriu
sucesso aos olhos de seus apreciadores - talvez por sua
característica de ação gratuita e democrática pois depois
de feito o Graffiti já não é mais do artista: quem quiser,
chega, picha em cima, cola um cartaz e já foi modificado.
Como arte pública e de caráter transitório, o Graffiti se
oferece como possibilidade de contato direto, físico,
afetivo com o público. Ao espalhar-se pelas galerias
subterrâneas e vãos de viadutos ele transforma a crueza
da cidade e explora literalmente lugares escondidos e
desvalorizados. Convive com os outdoors, os cartazes de
rua e a massa de informações visuais industrializadas e de
consumo e representa sobretudo aquele conjunto
artesanal de imagens que a movimentação do homem
naturalmente desenha. Pode se manifestar sob diversas
formas e intenções:
como intervenção urbana, transformando
uma parte da cidade, permanentemente,
num laboratório artístico-visual onde não
existe limitação de tempo, espaço e público;
como forma de arte, permitindo que seus
criadores explorem elementos visuais e
transmitam códigos carregados de
simbologias e formas estéticas;
como ferramenta de comunicação,
dialogando com a cidade através da fala dos
anseios e conflitos de quem o faz.
11. por Fabi Menassi
Sua evolução é uma história fascinante. Tem origens que
remontam a pré-história, quando o homem das cavernas deixou
registrada nas suas paredes a marca de sua mão. Manifestou-
se nas décadas de vinte e trinta, com o trabalho dos muralistas
mexicanos, liderados por José Orozco, Diego Rivera e David
Alfaro Siqueiros, em prol da Revolução - que repercutiu
fortemente como arte e formação de opinião, com uma
abordagem marxista de seus murais, denunciando todas as
mazelas de uma sociedade desigual. Nos anos 60, um
movimento de arte underground foi tomando conta - no início
eram apenas assinaturas (“tags”) feitas em locais públicos com
boa visibilidade. Não demorou muito para que o talento e
potencial criativo da moçada - e inesperada cobertura da
imprensa - atraíssem a atenção das pessoas ligadas às artes,
no meio acadêmico, bem como das galerias. Já nos anos 80,
gravuras, cenários e outros elementos foram incorporados aos
graffitis - principalmente por meio de ações e performances de
Alex Vallauri no Brasil - e ele foi distanciando-se de sua origem
- as pichações - em parte devido ao intercâmbio dos muralistas
e de todos estes com os ambientes acadêmico e de galerias.
Na verdade, o Graffiti ganhou mais notoriedade com o
movimento HIP HOP, também arte das ruas. E sua imagem
contemporânea reflete uma genuína manifestação cultural, no
sentido amplo do termo, pois transpôs as ruas e passou a ter a
chance de ser apreciado em distintos espaços (galerias,
exposições ou coleções particulares). Atualmente existem os
grafiteiros que utilizam métodos eletrônicos e digitais em suas
obras mutáveis, com projeção de luzes que saem de prédios e
veículos. Pode-se notar claramente a evolução constante, tanto
no quesito de técnicas, como de poéticas.
Nenhuma das transformações as quais enfrentou modificou sua
característica de ferramenta disponível - a quem tem o que falar
e ouvir - e seu poder de arte transgressora e proibida,
contracultura, cultura da periferia. Pode-se dizer que isso até
contribuiu para seu sucesso urbano. E mesmo hoje com o uso
alienado e desenfreado da tecnologia, falar sobre Graffiti,
sempre remete a sua origem, a rua (como ele começou), através
de desenhos feitos a mão e que ele irá sempre dialogar
democraticamente com o público.
16. O traço possui variações poderosas capazes de provocar
qualquer emoção ou estado de espírito. À medida em que se
experimenta o desenho e se ganha domínio, também começa
a aparecer através do traço a personalidade e o estilo do
desenhista - me refiro aos interessados em desenhar e não
quem domina as técnicas formais de desenho básico. Assim
como o traço do desenho, o processo da escrita acontece da
mesma forma, com o treino cada pessoa adquire um estilo de
letra e expressa a personalidade.
Seja pelo estilo, a simbologia, a intenção do artista, as cores,
o traço tem a capacidade de estimular o olhar a percorrer por
direções pretendidas pelo criador do desenho. O traço dos
do traço artistas ao longo da história da arte foi protagonista em
diversas técnicas: gravura, desenho, pintura, graffiti,
O papel
caligrafia, etc, e adquiriu para cada sua característica
particular.
Os variados estilos de traçados num desenho dependem dos
gestos, das possibilidades que uma pessoa pode
experimentar: maior / menor pressão, rapidez, lentidão,
amplitude, redução, timidez, intensidade, força, precisão,
delicadeza, rigidez, geometricidade, entre outras, e também
dos materiais utilizados. Variam conforme a intencionalidade:
lúdico, espontâneo, intenso. Estes gestos geram traços de
diversas características: forte, fraco, estilos de linhas
(tracejado, pontilhado, contínuo, traço-ponto, etc), direção das
linhas (horizontais, verticais, diagonais) e formam tanto o
espaço negativo do desenho (a silhueta, o contorno) quanto o
positivo (elementos internos).
Por meio da pesquisa e da experimentação, as possibilidades
do traço do desenhista podem provocar muitas sensações.
Por exemplo: com retas horizontais podem dar a impressão
de equilíbrio / repouso, as verticais, uma ação, as diagonais, a
instabilidade, claro e escuro, a ilusão de volume. A variação
do valor do traço é importante para dar expressão ao
desenho, ela demonstra energias variadas, expressam
emoções, enriquece visualmente o desenho.
Experimente buscar sua expressividade através do traço. Eis
algumas sugestões - descobertas pessoais - que indico na
hora de explorar o universo do desenho através dos gestos:
variar o uso da mão que pouco e muito escreve, segurar o
lápis mais perto / longe da ponta (assim poderá alterar o grau
de soltura e controle do traço), movimentar o antebraço
enquanto mantém o pulso firme, entre outras que você mesmo
pode encontrar. E nesta busca pela expressão do desenho
através do traço, as possibilidades de montar uma
composição visual podem ser numerosas.
Fabi Menassi
artista visual e professora da rede estadual de ensino
fabi_menassi@yahoo.com.br
www.fabimenassi.blogspot.com
17. Caminhando &
Grafitando
Esta seção estampará registros de
momentos de “surpresa” flagrados durante
nossas andanças pelo mundo. Neste
número de estreia, trazemos a Arte / arma
incorporada pelo MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais sem Terra) em sua
luta por direitos sociais do povo brasileiro.
Escola Nacional Florestan Fernandes,
Guararema, SP, dezembro de 2010
18. Outras
visualidades...
Formas que surgem e
dialogam com cores,
tamanhos, ideias. A partir
de linhas se pode
estabelecer um universo
de inacreditáveis
possibilidades. Nesta seção
queremos mostrar como as
Artes Visuais se renovam a
cada diferente necessidade
estética.
A pintura sobre tecidos
feita pelo KAH-HUM-
KAH, coletivo
multicultural do ABC
paulista, virou uma
marca registrada em
suas apresentações.
Eram obras flexíveis
que se transformavam
rápida e criativamente
em adereços, figurinos,
cenários, painéis,
divisórias, etc.
Mais informações:
www.osmisturalistas.
ning.com
19. PIÁs
pintando o 7
Programa
de Iniciação Artística
desenvolvido no
CEU 3 Pontes,
Jardim Romano