Sob ameaça constante: vivemos em um mundo violento e sem segurança
1. JB NEWS
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Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News está sendo editado em Bento Gonçalves- RS
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.281 – Bento Gonçalves (RS) – quarta-feira , 28 de dezembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – Sob ameaça constante
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi - Apocalipse
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Maçonaria e o Misticismo. A Iniciação... parte I
Bloco 5-IrRicardo B. Buchaul – Moral, Ética e Virtude (do site O Ponto Dentro do Círculo)
Bloco 6-Ir Pedro Juk – Perguntas & Respostas – (intervenção inconveniente)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 28 de dezembro e versos do Irmão e Poeta
Franklin dos Santos Moura (Vila Velha – ES)
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28 de dezembro
419 – É eleito o Papa Bonifácio I, 42º papa, que sucedeu o Papa Zósimo.
1065 – A Abadia de Westminster é consagrada a São Pedro.
1557 – Mem de Sá chega a Salvador, Bahia.
1832 – John C. Calhoun é o primeiro vice-presidente norte-americano a renunciar, alegando diferenças com
o presidente Jackson.
1846 – Iowa torna-se o 29º estado norte-americano.
1882 – Fundação da cidade de Rio Branco, capital do Acre (Brasil).
1895 – Os Irmãos Lumière inventam o cinematógrafo, que deu origem ao cinema atual.
1897 – A peça Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand, estreia em Paris.
1908 – Na Itália, um terremoto de magnitude 7,5 na escala Richter, deixou cerca de 300 mil mortos.
1911 – O médico Sun Yat Sen, fundador do Partido Nacionalista da China, o Kuomintang, torna-se o
primeiro presidente do país.
1918 – Fundação do Hercílio Luz Futebol Clube (Tubarão, Santa Catarina, Brasil).
1937 – Adoptada a primeira Constituição da República da Irlanda; na época, o primeiro-ministro era Eamon
de Valera, fundador do Exército Republicano Irlandês (IRA).
1956 – Criação do município de Cândido Mota (São Paulo, Brasil).
1964 – Fundação do município brasileiro de Arroio dos Ratos, no estado do Rio Grande do Sul.
1965 – O presidente do Vietnã do Norte, Ho Chi Minh, rejeita negociações de paz oferecidas pelos Estados
Unidos.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 363 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante)
Faltam 3 dias para terminar este ano bissexto
Dia do Salva-Vidas
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossa mala direta.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1972 – Fundação da PROCERGS, Empresa do Governo estadual do Rio Grande do Sul.
1975 – Primeira vez que o Hino nacional de Timor-Leste é cantado.
1981 – O presidente Ronald Reagan dos Estados Unidos anuncia sanções econômicas contra a União
Soviética, após a imposição de lei marcial na Polônia.
1982 – Por exigência do FMI, Brasil corta subsídios ao petróleo e aumenta gasolina e gás.
1986 – O especial de comemoração aos 20 anos de Os Trapalhões na Rede Globo, é dedicado à
campanha Criança Esperança.
1987 – O presidente José Sarney do Brasil eleva o piso salarial em 25%, contra os 33% indicados pelo
Ministério do Trabalho.
1989
O Brasil bate o recorde negativo de inflação na sua história, a qual chegou a 1764,86% ao ano.
Alexander Dubcek, ex-líder comunista da Checoslováquia, é nomeado líder do parlamento.
1990 – Editada a Lei Orgânica da Saúde, que criou o Sistema Único de Saúde no Brasil.
1992 – O presidente brasileiro Fernando Collor de Mello tem seu impeachment oficializado pela Câmara dos
Deputados, e é condenado à perda de seus direitos políticos até 2000.
1993 – O Vaticano reconhece oficialmente a existência do Estado de Israel.
1994 – O Ministério das Comunicações do Brasil, por meio de uma portaria, aprova a Norma de Execução
do Serviço de Radioamador (veja Estação de radiocomunicação).
1995
Emancipação do município de Macuco (Rio de Janeiro).
Emancipação do município de São José de Ubá (Rio de Janeiro).
Emancipação do município de Porto Real (Rio de Janeiro).
1997 – O governo de Hong Kong mata e incinera 1,3 milhões de galinhas na tentativa de eliminar
o vírus da gripe aviária, que havia matado quatro pessoas e causado temor de uma epidemia.
2005 – O cartunista Mauricio de Sousa lança a revista em quadrinhos Ronaldinho Gaúcho.
2009 – O clube belga Excelsior Mouscron é excluído do Campeonato local após não entrar novamente em
campo. A equipe estava atolada em dívidas, e acabou relegada á terceira divisão da Bélgica.
2014 – Termina a Guerra do Afeganistão (2001–2014).
1872 Morre, no Rio Grande do Sul, o militar catarinense Brigadeiro José Maria da Gama Lobo D’Eça, Barão
de Saican.
1891 Carta desta data, do governador Lauro Muller ao comandante da Guarnição Militar do Desterro,
comunica sua disposição de entregar-lhe o governo do Estado, tendo em vista as fortes pressões da
oposição, o que se efetiva nesta mesma data.
1931 Lei nº 186, desta data, criou o Arquivo Público do Estado de Santa Catarina, depois extinto pelo
Decreto 349 de 10 de maio de 1933.
1961 Instalado o município de Major Gercino
1588 a
1589
William Schaw, mestre de obras do rei James VI da Escócia (depois James I, do Reino Unido),
estabelece os dois estatutos operativos que levam seu nome.
1950 Fundação da Loja Luz e Labor Nº 1363 - GOB / BA.
1992 Lei nº 505 declara de utilidade pública estadual a Loja Maçônica "Gonçalves Ledo".
1992 lei nº 506, de 28 de dezembro de 1992 declara de utilidade pública estadual a Grande Loja
Maçônica do Estado do Tocantins.
1996 Fundada a Loja “Livre Pensar” (GOB/SC) em Piçarras.
1996 Fundada a Loja “Luz de Navegantes” (GOB/SC) em Itajaí.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
SOB AMEAÇA CONSTANTE
Estamos vivendo numa sociedade estressante, inquieta, violenta. Estamos
vivendo sob ameaça constante de pessoas que não têm paz no coração. Estamos
vivendo sem segurança, sem a convicção de um futuro promissor, sem a perspectiva
de dias melhores. Estamos vivendo um tempo de desespero, um mundo de
descontrole, um caos social.
Em todos os lugares se sucedem os conflitos, as guerras se repetem
intermináveis, cidades inteiras são destruídas bombardeadas, terroristas ceifam
vidas de inocentes, levas e mais levas de gente infeliz se refugiam em países que não
as aceitam de bom grado, governos massacram suas populações, latrocidas banalizam
a vida, opressores dissecam oprimidos, irmãos não se compreendem, pais abandonam
filhos, filhos matam pais.
A individualidade é o que importa, o prazer é o que conta, as coisas são
temporárias, nada tem valor perene, tudo é descartável inclusive as pessoas. As
2 – Sob ameaça constante
Ailton Elisiário
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relações humanas são impessoais. O consumismo é a palavra de ordem: consomem-se
coisas, consomem-se pessoas, consomem-se sonhos, consomem-se desejos, consome-
se tudo, consome-se até Deus. Poupa-se para consumo, não mais para investimento.
As pessoas vivem confinadas em suas moradas, vivem isoladas. Quando saem às
ruas são assaltadas, são sequestradas, são mortas até. Os assaltantes transcendem
os limites do assalto, matando as vítimas indefesas. Eles não se satisfazem em
humilhar as vítimas, eles se comprazem em matar. Na guerra não matam apenas
militares, matam civis, matam mulheres e crianças.
Já dizia o dramaturgo romano Plauto (254 – 184) que o homem é lobo do
homem: “homo homini lupus est”. O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679)
disse que a paz civil e a união social só podem ser alcançadas mediante um contrato
social que estabeleça um poder centralizado com autoridade absoluta para proteger
a sociedade. Este poder é o Estado e vemos que nem o Estado está a cumprir o seu
papel.
Que angustiante realidade! Nos primórdios o próprio Criador do Mundo lavou as
mãos, quando se arrependeu de ter criado o Homem (Gen 6, 6), fazendo perecer no
dilúvio a Humanidade Adâmica. Noé, porém, encontrou graça nos olhos de Deus e foi
salvo. Mas, a Humanidade Noética tornou-se corrompida e violenta. Então, o Filho de
Deus feito Homem veio até nós para nos salvar e foi crucificado.
Três vezes Deus esteve conosco, por Adão, Noé e Jesus Cristo. Agora a
Humanidade Cristã deve, por Cristo, mudar seus pensamentos, suas atitudes, seus
comportamentos. E assim, podemos ter a esperança de novos dias. Vivemos sob
ameaça constante da ambição, do fanatismo, da ignorância, da morte. Vamos iniciar
um novo ano. É nova oportunidade de mudança. Renovando nossas almas em Cristo, de
forma honesta e sincera, haveremos de mudar nossas vidas e com Ele o mundo
inteiro.
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
APOCALIPSE
1. Foi a Bíblia que inventou a noção religiosa de um começo e de um fim dos
tempos. É evidente que há uma diferença importante entre a tradição judeu-cristã e
um certo número de outras tradições. O Hinduísmo em particular, prolongado depois
a esse respeito pelo Budismo, crê numa espécie de curso cíclico das coisas. Retorna-
se finalmente, ao cabo de um bom número de séculos ou de períodos, ao ponto de
partida. Essa concepção era também a dos gregos. No filão judeu-cristão, ao
contrário considerou-se a história como um vetor. Há um início e um fim. Deus criou o
mundo, a vida, o homem, e desde então este está submetido ao tempo. Lá um dia Deus
decidirá interromper a aventura cósmica, a aventura da vida terrestre, e será o fim
do mundo, o fim da história, o fim dos tempos - o que dá na mesma. Os judeus, ou
seja, o AT, não perceberam logo com muita clareza qual poderia ser o fim da história.
Mas a partir do exílio da Babilônia, no século VI a.C. conceberam sua aventura como
dirigida para o aparecimento de um Messias salvador e libertador, foi também por
volta do século II a.C. que apareceu no Judaísmo a ideia de um julgamento dos
mortos, com uma recompensa para os justos e uma punição para os maus. Sem expô-la
formalmente, tal concepção implica uma espécie de sobrevivência e uma ressurreição
final. A visão espantosa do profeta Ezequiel a quem Deus mostra como tornará a dar
vida às ossadas secas e fará ressuscitar os mortos está assim descrita: Assim diz o
Senhor Deus a estes ossos: Porei tendões sobre vós, farei crescer a carne sobre vós,
sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. Sabereis que eu sou o
Senhor, quando eu abrir vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu. (Ez. 37:1-
14). Vê-se, portanto, progressivamente aparecer entre os judeus a noção de um
julgamento, de um horizonte para além da morte com uma recompensa eterna. O
Cristianismo se situou no prolongamento dessa intuição, Jesus promete e anuncia um
fim dos tempos decidido por Deus, com ressurreição de todos os mortos, seguida de
3 – Apocalipse
João Ivo Girardi
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um julgamento geral. É formalmente afirmado, em todos os Evangelhos que há um
além da morte, e, portanto um além da história e uma vida eterna. O Cristianismo
exprimiu com extrema precisão o que estava em via de ser formulado nos últimos
séculos do Judaísmo antes de nossa era. O Judaísmo previu, no fim da história, o
advento de um reino terrestre, ou mais precisamente, anunciou uma terra
radicalmente transformada por Deus. O Cristianismo retomou esse tema, sobretudo
no Apocalipse, mas Jesus nos Evangelhos sempre mencionou um reino que não era
deste mundo, que estava além do mundo, como uma transfiguração daquele que
vivemos. Mas não é o fim do homem. Ao contrário, ele alcança na eternidade seu pleno
desenvolvimento. A Provação do Tempo - Toda a aventura da Franco-Maçonaria é
concebida simbolicamente com a busca da Palavra Perdida: a partir do momento em
que somos lançados no mundo, a palavra está como suspensa. O tempo, sobretudo no
pensamento agostiniano, corrompe e destrói sem cessar. È preciso esperar o fim do
tempo para que a revelação total abra caminho e consiga se fazer ouvir. O fim dos
tempos - que permite essa passagem do tempo à eternidade - é a esperança de sair
enfim da escuridão e entrar na claridade de uma revelação total. O que estava
escondido estará claro. Agora vemos, diz ele: como num espelho; mas então veremos
face a face. Na linguagem cristã de todas as épocas, em que consistirá a felicidade
do paraíso? Consistirá na face a face com Deus. Nós o veremos diante de nós, com
todo o seu amor, sua riqueza e sua beleza incomensuráveis. A vida humana e a
aventura da humanidade são, portanto concebidas como uma viagem; e essa
viagem tem um objetivo. Ela não impede as provações nem as dificuldades de todos os
tipos e o sentimento de absurdo ou impasse que podemos às vezes experimentar. Mas
para o crente, esta viagem, sinuosa ou não, tem um final que é uma felicidade
absoluta e definitiva. Deve-se esclarecer também que, diferentemente das crenças
gregas ou asiáticas na reencarnação, não recomeçamos nunca. Os labirintos das
grandes catedrais simbolizam essa viagem iniciática que constitui toda a
existência humana; isto ilustra o pensamento de S. Agostinho. A vida é difícil,
complicada e sinuosa. A gente corre o risco de se enganar, de chegar a impasses. Mas
no fim há uma saída, e só uma. Poderíamos dizer também que a vida é uma
peregrinação - ou seja, é uma viagem orientada para um objetivo preciso e que implica
numa busca. O fim dos tempos é na verdade o momento da passagem chega-se
bruscamente numa outra realidade que é intemporal e que se chama eternidade.
Durante toda essa travessia o homem é amparado pela esperança, que se realizará ao
sair do tempo. Certos Doutores da Igreja pensavam, considerando a salvação trazida
por Cristo, que a humanidade caminharia daí por diante para um desabrochar, uma
plenitude. Mas esta concepção está ausente da teologia ocidental, que foi marcada
por S. Agostinho, o qual não tinha uma visão otimista do homem. A vida é e continuará
a ser difícil, malgrado todas as melhorias que lhe possamos proporcionar. Cabe ao
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homem extrair daí as consequências e um ensinamento para a sua vida cotidiana, sua
espiritualidade, sua maneira de viver as provações, e para sua busca da felicidade que
não poderá nunca ser totalmente satisfeita nesta terra. Madre Teresa de Calcutá
não parou de repetir que não era uma assistente social e o que objetivo de sua ação
não era suprimir toda a miséria da terra. Sua meta era amar mais os pobres como
Cristo os teria amado: Não procuro transformar a humanidade em geral, mas amar
cada ser humano que enfrento em particular, ela costumava dizer. A Maçonaria que
tem como sua doutrina uma nova ordem, inserida na sua definição, prega que devemos
cuidar daqueles que estão mais próximos de nós, através da virtude da caridade, ou
seja, o amor ao próximo. (Do Livro: Entrevistas Sobre o Fim dos Tempos - Jean
Delumeua).
2. 10 Previsões Mais Furadas da História: (Fonte: site Terra).
O homem imagina há milênios como será o apocalipse. De tempos em tempos surge uma nova
teoria, com fundamento ou não, de como será o nosso fim. Contudo, algumas acabam
falhando totalmente e, após provocar pânico em algumas pessoas, viram piada. Conheça
algumas das teorias apocalípticas mais furadas da história. As informações são do site
LiveScience.
William Miller, fazendeiro americano, estudou a Bíblia por anos e concluiu que o tempo
escolhido por Deus para destruir o mundo poderia ser previsto graças a uma interpretação
estritamente literal do livro sagrado. Disse que o mundo acabaria em algum momento entre
o dia 21/03/1843 e 21/03/1844. A notícia se espalhou, criando seguidores, que ficaram
conhecidos como Millerites. Eles decidiram que a data do fim seria 23/04/1843. Após o
mundo seguir existindo, o grupo se dissolveu.
Joseph Smith, fundador da igreja Mórmon, convocou reunião com os líderes da igreja
em fevereiro de 1835. Nela, anunciou que tinha falado com Deus e que Ele havia revelado
que Jesus Cristo retornaria em alguma data dentre os 56 anos seguintes. A partir da data
do retorno, o fim do mundo seria iniciado. Estamos aguardando,
Em 1881, um astrônomo descobriu que as caudas de cometas eram compostas por um
gás mortal conhecido como cianeto. Não muito interesse surgiu com a notícia, até que
alguém percebeu que o cometa Halley passaria pela Terra em 1910. Então surgiu a dúvida:
todos no planeta seriam atingidos por um gás mortal?. O jornal The New York Times
publicou a especulação, o que gerou pânico no país e no exterior, que só acabou com o
anúncio de cientistas de que nada havia para temer.
Em maio de 1980, o fundador da Coalização Cristã, Pat Robertson, disse em seu
programa de televisão que sabia quando o mundo ia acabar. Segundo ele, até o final de 1982
o planeta teria seu fim. Não teve.
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Segundo um morador da cidade de Leeds, Inglaterra, em 1806, sua galinha era
profeta, e botava ovos com a frase Cristo está chegando escrita. O milagre começou a ser
espalhado e muitas pessoas foram convencidas de que o fim do mundo estava chegando. Até
provar-se que se tratava de uma farsa.
O cometa Hale-Bopp foi descoberto em 1997 e, junto com ele, rumores de que uma
nave alienígena estaria o seguindo. Astrônomos, mesmo que não fosse necessário, disseram
que tudo era mentira. Mesmo assim, uma rádio americana espalhou os boatos. Uma seita que
cultuava a ufologia em San Diego, chamada Heaven's Gate, concluiu que o mundo acabaria
em breve. Os 39 membros do grupo cometeram suicídio em 1997 para evitar presenciarem o
apocalipse.
As escritas metafóricas de Michel de Nostradamus intrigam as pessoas há mais de
400 anos. Seus textos, que de tão subjetivos têm aplicadas diversas interpretações, foram
traduzidos em dezenas de versões diferentes. Uma famosa tradução dizia: "Em 1999,
sétimo mês, do céu virá um grande rei do terror". Não veio.
Na virada do ano de 1999 para 2000, era previsto que os computadores poderiam
causar o fim da vida moderna na Terra, pois não conseguiriam diferenciar as datas entre
2000 e 1900. Ninguém sabia o que aconteceria, porém muito se dizia sobre um holocausto
nuclear que destruiria o planeta. Nada aconteceu além de algumas falhas eletrônicas.
Segundo Richard Noone, autor do livro 5/5/2000 Ice: the Ultimate Disaster, caso
o Bug do Milênio não ocorresse efetivamente, outra catástrofe causaria o fim da
humanidade. Para Noone, a massa de gelo da Antártida ficaria com 3 km de espessura em 5
de maio de 2000. Neste dia, os planetas ficariam alinhados no céu, o que resultaria no
degelo global.
Segundo Ronald Weinland, pastor da Igreja de Deus, o fim do mundo aconteceria
em 2008. Ele publicou um livro, chamado 2008: O Testemunho Final de Deus, no qual
afirmava que centenas de milhões de pessoas iriam morrer até o final de 2006 e, no máximo
em dois anos, o que sobrasse do mundo entraria no pior momento de toda a história humana,
até o fim chegar.
3. Calendário Maia:
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Líderes maias da América Latina foram a Los Angeles explicar a confusão
na próxima mudança de ciclo no calendário pré-colombiano (maia). De acordo com o
calendário maia, este ano (2012) será marcado por uma mudança de ciclo que foi iniciada há
5.125 anos, o chamado baktunes, disse Marte Trejo, historiador e astrônomo mexicano. Não
devemos nos preocupar pensando que haverá uma destruição total do planeta. O que
acontecerá é simplesmente uma mudança de ciclo, que terminará em dezembro para
começar um novo período ou novo baktun, afirmou. Essa confusão foi provocada por alguns
meios de imprensa e por algumas pessoas que não souberam explicar ao certo sobre o que é
realmente a visão de mundo dos maias, disse. Até uma produção hollywoodiana, 2012, foi
lançada apresentando esse cenário apocalíptico. A visão de mundo maia é a união entre a
natureza e Deus, é a união entre os corpos celestes com a mãe terra.
4. Sugestão de leitura para o tema:
DAVID, Chaterine & Fréderic Lenoir & Jean-Philippe de Tonnac. Entrevistas sobre o Fim
dos Tempos. Ed. Rocco, 1999. Comentário: Quatro intelectuais discutem com humor e
inteligência as ilusões e obsessões que assaltam a humanidade na virada do milênio. Mais do
que as previsões do apocalipse e o mal-estar da sociedade moderna, Umberto Eco, Stephen
Jay Gould, Jean Claude Carriére e Jean Delumeua exploram, nessas entrevistas concedidas
a três jornalistas franceses, temas como a nossa relação com o tempo, a preocupação
religiosa com o fim do mundo e os estranhos personagens que, ao longo da história, lutaram
em vão contra os calendários, as ampulhetas e os ponteiros do relógio. O italiano Umberto
Eco, professor de semiótica e autor do romance O Nome da Rosa, analisa a cultura do fim
do século na qual se multiplicam seitas exóticas, o ocultismo e as teorias conspiratórias.
Assustado com os milhões de sites da Internet, o escritor sonha com o aperfeiçoamento de
uma arte do esquecimento para combater o excesso de informação que ameaça nos
soterrar. Na escala do tempo profundo do paleontólogo americano Stephen Jay Gould, a
espécie humana não passa de um grão de poeira na história: Do ponto de vista da Terra, as
bactérias estão aqui há 3,5 bilhões de anos, por que se preocupar com uma espécie bizarra
de apenas 200 mil anos? parceiro de cineastas como Bunuel e Godard, o roteirista e
escritor Jean-Claude Carriére aproxima a física moderna dos mitos fundadores da religião
hindu e faz alusão a uma estranha conspiração de relojoeiros do século XVII que teria como
objetivo acelerar os tique-taques dos relógios... O francês Jean Delumeua, um especialista
na história do Cristianismo, desmistifica as profecias do fim do mundo presentes na Bíblia.
O Apocalipse é um livro de consolação e esperança, explica, e os desastres que descreve são
prelúdios de mil anos de felicidade terrestre. Nesta Entrevistas sobre o fim do mundo, Eco,
Gould, Carriére e Delumeua mostram-se eruditos, brilhantes e divertidos, lançando nova luz
sobre o fim dos tempos. 231p.
12. JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 Pág. 12/30
O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
A MAÇONARIA E O MISTICISMO. A INICIAÇÃO:
HAVERÁ UMA RELAÇÃO COM O MISTICISMO? (PARTE UM)
“Como Instituição Iniciática, a Maçonaria pretende introduzir mudanças radicais na
personalidade do indivíduo que nela ingressa. Trata-se de um novo nascimento, de
maneira que não devemos estranhar que na fisiologia maçônica, como na filosofia
que esconde atrás dela, existam tantos elementos de doutrinas místicas e esotéricas
vigentes na Antiguidade e na Idade Média.” (Vade-Mécum Maçônico, pág. 421, 2008)
INTRODUÇÃO
Antes de adentrarmos propriamente no assunto que está anunciado no título, E
para quem não sabe, aqui vai uma informação curiosa: existe um livro intitulado “Origens do
Misticismo na Maçonaria” do Irmão José Castellani, que teve uma primeira edição pela Editora
“Traço” em 1982, uma segunda edição pela Editora “A Gazeta Maçônica” em 1995, e em 2004
uma primeira edição, agora com o título de “As Origens Históricas da Mística Maçônica”, pela
Editora “Landmark”. Se um livro é editado e reeditado, esgotado e sempre solicitado, isso que
obriga o seu autor a revisá-lo e melhorá-lo a cada edição, deixa claro também que o tema
escolhido suscita o interesse de muita gente, e neste caso, conforme uma nota introdutória
para a segunda edição, o próprio autor diz que o interesse não se ateve somente aos Maçons,
mas, ao público em geral. E o tema é complexo: perpassa pelo desdém de alguns, pela
desconfiança, mas, também, pela crença, pelas doutrinas filosóficas e religiosas, pelo
simbolismo, enfim, pelas escolas de mistério da antiguidade, eis que, neste primeiro instante,
veremos um tanto da relação entre as instituições de característica iniciática, portanto, da
Iniciação, do Iniciado e do Misticismo.
Então, vamos partir do princípio de que a Maçonaria não teria como negar ou
esconder que, com o fato de haver recebido inúmeras influências de doutrinas religiosas,
filosóficas, assim como, das escolas de mistério da antiguidade, possui e se utiliza de padrões
místicos que são oriundos das mesmas.
O Misticismo, numa definição bem simples, é aquela predisposição que o ser
humano possui para crer no sobrenatural, uma tendência para buscar o Absoluto, ou ainda,
uma forma de se unir à Divindade.
Será que a Iniciação é uma porta para o Misticismo, será que o Iniciado se tornará
um místico? Ou será que já há uma predisposição, algo que já é próprio da natureza do ser
humano?
O assunto tem várias vertentes, o que significa dizer que não há como fazer
uma abordagem que contemple uma visão geral, com um trabalho somente, portanto, terá uma
continuidade. Neste primeiro momento, veremos o que é o Misticismo, o que é uma Iniciação,
se a tendência do Iniciado é mesmo o desenvolvimento do seu lado místico, se todo Iniciado
4 – A Maçonaria e o Misticismo. A Iniciação ... (parte I)
José Ronaldo Viega Alves
13. JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 Pág. 13/30
possui essa percepção e se podemos comungar da ideia difundida por alguns de que o
Maçom é um místico por natureza.
SOBRE O MISTICISMO
O “Compêndio de Religiões e Espiritualidades” diz o seguinte com relação ao seu
verbete Misticismo:
“Tendência a considerar a ação de supostas forças espirituais ocultas na natureza, que se
manifestam por vias outras que não as da experiência comum ou as da razão. (...) Crença que
admite a comunicação dos homens com Deus ou com qualquer ser imaterial ou entidade
divina. (...) Estado ou disposição para as questões místicas ou religiosas.”
No “Vade-Mécum Maçônico”, é possível lermos:
“A mística é a arte de entrar no mistério. O ato de penetrar no universo de dentro, no
microcosmos espiritual. As ações religiosas constituem-se em ações místicas. Na vida, o
misticismo enleva e dá esperanças; todos nós devemos nos render à existência de mistérios,
eis que fazem parte da criatura humana.”
Uma definição assaz interessante, com certeza, pude encontrá-la entre outras que
foram citadas pelo Irmão Nicola Aslan em seu “Grande Dicionário...”, além de que, me remeteu
ao pensamento e ações do Irmão Friedrich Ludwig Schröder, quando promoveu a sua reforma
da Maçonaria alemã, e espero que os Irmãos do Rito Schröder saibam perdoar a minha
comparação. Eis o trecho e a definição:
“Para designar o misticismo, os alemães tem duas palavras: mystik e mysticismus. A primeira
tem um sentido favorável e a outra desfavorável.
Para eles, o misticismo é somente uma outra palavra para designar o Panteísmo,
entre o qual e o Ateísmo observam uma pequena diferença. Por esta razão, a tendência ao
misticismo é para os maçons alemães um impedimento para a Iniciação em ritos Maçônicos.
Assim, o art. 2º dos estatutos da Grande loja de Havana prescreveu que ‘um Maçom deve estar
igualmente distante do Misticismo e do Ateísmo’. Gaedick (Freimaurer – Lexicon) expressa
desta forma o sentimento germânico: ‘Todo homem deve ser um pouco místico, mas deve
precaver-se contra o grosseiro misticismo’.”
E SOBRE O MISTICISMO DO MAÇOM?
O Irmão Rizzardo Da Camino, em seu “Dicionário Maçônico” escreveu:
“O Maçom é místico em decorrência de sua passagem pela Iniciação, que é um ato de
Misticismo sadio e puro.”
No “Vade-Mécum Maçônico”, está inserida a seguinte descrição:
“4. A Maçonaria é uma instituição mística. O misticismo maçônico é de certo modo um
misticismo racional que conduz o pensamento a páramos (firmamento) elevados, colhendo
resultados visíveis e satisfatórios. O maçom é místico por natureza, misticismo esse obtido
durante a sua Iniciação.”
5. A nossa instituição possui suas doutrinas esotéricas da filosofia espiritualista, teosofia, ou
outras escolas do ocultismo e do misticismo. Essas doutrinas esotéricas dependem do
ponto de vista de cada um, e em parte estão guardadas por símbolos, muitas vezes
ininteligíveis ao não Iniciado, e parte se encontra encerradas em pontos ocultos dos
nossos Rituais e Costumes; ao ponto de quase nada recordar ou compreender suas
origens e a intenção e o verdadeiro significado.“ (Grifo meu!)
COMENTÁRIOS:
Nas duas opiniões acima, fica evidente que a Iniciação no entende de alguns serve
para o Iniciado como uma porta de entrada para o Misticismo, sendo que, é possível encontrar
uma relação, ao menos, ao saber que o termo grego que serve de base para misticismo é
“mústes” que significa “iniciado nos mistérios”. Além do mais, há essa outra palavra “mustérion”
que traduzida quer dizer “mistério”, rito secreto” ou “doutrina secreta”. A mesma ainda, no
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plural, é “mustéria” e está relacionada com “celebrações religiosas secretas, ritos”. (Champlin,
pág. 313, 2008)
SOBRE A INICIAÇÃO
Agora, vejamos a seguinte passagem sobre a Iniciação:
“A Iniciação é um ato sagrado que não se compra com ouro, não se negocia nos gabinetes e
não se toma pela força bruta. Apenas se consegue pelo merecimento, pois uma iniciação não
se dá de fora para dentro, e sim, ao contrário; é uma alquimia mental que transforma o ser na
sua íntegra e não na sua casca. Uma Iniciação abre os portais da consciência em direção à
própria casa do Pai, a casa da sabedoria divina. Uma Iniciação é plena quando o Iniciado é
levado a um grande e impressionante impacto psicológico, que dali para a frente torna-lo -á,
sem dúvida, um ser diferente, pois conheceu e vivificou o primeiro lampejo da LUZ; é só desta
forma que o verdadeiro sentido da Unidade com o Absoluto começa a se manifestar. Não há
caminhos que levem das trevas para a LUZ sem que haja compromissos, dedicação, tolerância
e prévia purificação.”
COMENTÁRIOS:
A Iniciação é um processo que terá continuidade, pois, representa todo um
caminho a ser trilhado pelo Iniciado durante a sua vida, é um caminho de purificação, é a
passagem que vai lhe permitir um dia o acesso ao Absoluto, mas, quantos são aqueles que
experimentaram, vivenciaram a verdadeira Iniciação desde o seu começo? Certamente, nem
todos estarão preparados, aliás, nem todos estão se preparando, uns porque nunca deveriam
ter sido escolhidos, outros porque a curiosidade era o seu único objetivo, outros porque são
maçons de fachada, não assimilaram o espírito da Maçonaria iniciática e seus ensinamentos
neste sentido. Vivem ainda imersos em suas vaidades, orgulhosos sim de pertencerem à
Maçonaria, de estarem cercados de pessoas sérias, influentes, de fazer parte de uma
sociedade com tanta tradição, história e mistérios também, mas, nada de transformações
profundas se operaram em seu íntimo, portanto, estão Maçons e nada mais.
Quem dera todos pudessem assimilar desde o começo aquilo que Cícero
comentou um dia, que serve diretamente e guarda relação com o aprendizado do Iniciado
maçom, ou seja:
“Um iniciado deve praticar o mais possível todas as virtudes: justiça, fidelidade, liberdade,
modéstia, temperança. Estas virtudes fazem esquecer ao homem os talentos que lhe faltam.”
Mas, será que já captamos na íntegra o que é a Iniciação, Porque não ouvimos
uma definição de alguém do porte de Mircea Eliade. E como foi que ele definiu uma Iniciação?
“Por Iniciação, entende-se geralmente um Conjunto de Ritos e Conhecimentos orais, que tem
por finalidade a modificação radical da condição Religiosa e Social do sujeito Iniciado.
Filosoficamente falando, a Iniciação equivale a uma mutação de regime existencial. Ao final das
Provas, o Neófito goza de uma vida totalmente diferente da anterior à Iniciação. Será outro.”
*** CONTINUA NO DOMINGO, 1/01/17
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Volume 3 – Editoa
Maçônica “A Trolha” 3ª Edição - 2012
CASTELLANI, José. ”Origens do Misticismo na Maçonaria” – Editora A Gazeta Maçônica Ltda. 1995
CHAMPLIN, R.N. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” – Editora Hagnos- 9ª Edição - 2008
DA CAMINO, Rizardo. “Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. 2006
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e
Editora Ltda. 2ª Edição - 2008
MARQUES, Leonardo Arantes & COUTINHO, Emilia Aparecida dos Santos. “Compêndio de Religiões
e Espiritualidades” – Ícone Editora – 1ª Edição - 2010
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Moral, Ética e Virtude
Autor: Ir Ricardo B. Buchaul
Loja “Arquitetos da Harmonia” Nº. 2829 – GOSP/GOB
Publicado pelo Ir Luiz Marcelo Viegas
Do Site: https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2015/06/17/moral-etica-e-virtude/
Introdução
Falar de moral, de ética e de virtude nos tempos de hoje pode parecer um
contrassenso ou um tema por demais teórico para que ofereça alguma utilidade
imediata para nossas vidas. Afinal, vivemos em uma época na qual muitos valores
humanos parecem estar tão relegados, tão ausentes na sociedade moderna que, por
5 – Moral, Ética e Virtude
Ricardo B. Buchaul - do Site “O Ponto Dentro do Círculo”
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vezes, poderia, até, parecer um tanto piegas tratar de tema dessa natureza. Nas
célebres palavras do “Águia de Haia”, Ruy Barbosa:
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o
homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser
honesto.
Mas, por isso mesmo, esta talvez seja a melhor oportunidade para fazê-lo. E,
justamente, por serem tão necessários ao ser humano moderno, seja mesmo
adequado o momento para falarmos de valores, para pensarmos em virtudes,
sobretudo entre obreiros da Arte Real.
Moral e Ética
O filósofo catalão José Ferrater Mora observa que, às vezes, os termos moral e
ética são utilizados indistintamente, embora o primeiro tenha um significado bem
mais amplo que o segundo. Para ele, no entanto, a moral é aquilo que se submete a um
valor (FERRATER MORA, 1978).
Um entendimento mais aprofundado da palavra moral, originária de mores, do latim,
com o significado de “costumes” e, por sua vez, da palavra ética, que tem origem
grega, em ethos, significando “o modo de ser”, permite avançarmos sobre o real e
amplo sentido de cada um desses termos, de modo a evitarmos costumeiras
confusões ocorrentes.
Assim, poderemos pensar a moral como referindo-se aos costumes de uma população
como, por exemplo, o padrão moral adotado por um determinado grupo, o conjunto
das normas que regulam o comportamento dos indivíduos nesse grupo, e que é
adquirido através do aprendizado, ou seja, pela educação, pela tradição e pelo
cotidiano de cada um.
A moral tem, no entanto, um caráter mais normativo e um traço de obrigatoriedade,
e se origina na própria existência do grupamento humano. Por essa razão, é fruto da
dinâmica de formação e de desenvolvimento do grupo em questão e pode, dessa
forma, ser diferente da moral de outros grupamentos que, por sua vez, possuam
valores próprios, diferentes.
A ética, por outro lado, é muito mais individual do que grupal. Nair de Souza Motta
(1984) assim a define:
“O conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos
outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar
social.” (MOTTA, Nair de Souza. Ética e Vida Profissional. 1984)
Talvez, um entendimento inicial comparativo poderia ser construído se olhássemos
para a moral como um conjunto de normas que regulam o comportamento de um
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grupo, enquanto, para a ética, olharíamos como um conjunto de valores que orientam
o comportamento do indivíduo.
Podemos dizer, da ética, resumidamente, que se trata da maneira como o indivíduo
deve se comportar em seu ambiente social e em relação às demais pessoas com as
quais se relacionar. Podemos, ainda, considerar que, a partir de uma ética individual,
se constrói um valor social e, deste, se elabora a lei, quando aquele valor já se
encontra consolidado na sociedade em pauta.
A ética surgiu no seio do pensamento clássico grego, no século IV a.C., quando o
filósofo Sócrates demonstrou que ela seria sempre o juiz individual das normas
morais, as quais o homem deve seguir, não somente por educação ou por tradição,
mas por convicção e em razão de sua própria reflexão. Podemos, então, perceber, que
aqueles filósofos, desde a Grécia Clássica, foram os primeiros a pensar o conceito de
ética, associando ao termo as ideias da própria moral e da cidadania.
Nesse sentido, é também importante considerarmos que as cidades-estados gregas,
naquele tempo, encontravam-se em sua fase inicial de desenvolvimento e, portanto,
havia uma necessidade implícita de harmonia e de honestidade entre seus cidadãos, o
que fazia conceber ideias que, então, fomentassem essas condições entre os
moradores da tão propalada polis grega (EGG, 2009).
Por outro lado, também não podemos perder de vista que a polis grega era, no dizer
de Nicole Loraux (2007), uma “estrutura de exclusão”, já que apenas os
chamados cidadãos tomavam todas as decisões da cidade política, mesmo tratando-
se de uma sociedade onde também existiam as mulheres, as crianças, os escravos e
os estrangeiros.
De qualquer forma, os gregos Sócrates e Platão, assim como o macedônio
Aristóteles, situam-se entre aqueles filósofos que, inicialmente, lançaram as bases
conceituais da ética, cada um deles com a sua devida importância. Aristóteles, no
entanto, foi o que mais influenciou nossa civilização ocidental, como já nos referimos
em outro trabalho, no qual abordamos a virtude entre os gregos clássicos.
Posteriormente, além do mundo grego, Jesus de Nazaré e a sua ética do amor ao
próximo introduziu no pensamento de sua época o que, mais tarde, ficou conhecido
como a ética cristã, da qual, avidamente, se apoderaram as igrejas subsequentes. Ao
instituírem seus próprios dogmas, tais igrejas desfiguraram aquela ética no que tinha
de mais original, prática que se mantém ainda hoje em nossas sociedades.
Na esteira daquela ética cristã, mas incorporando o ideal e o pensamento de sua
igreja, em seu próprio tempo, surgem, então, grandes pensadores do porte de
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Agostinho, no século IV e Tomás de Aquino, no século XIII, verdadeiros baluartes
das virtudes cristãs.
Até hoje, podemos observar que os princípios intrínsecos à ética aristotélica e à
ética cristã influenciam, sobremaneira, a nossa sociedade ocidental e o pensamento
dos filósofos que se empenham no seu estudo. A manutenção do conceito grego de
virtudes cardinais incorporado pelas igrejas reflete, em parte, aquela ética,
analisada no Grau de Companheiro, do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Um importante filósofo de nossa era atual (1844-1900) foi Friedrich Wilhelm
Nietzsche, que dedicou quase toda a sua obra à moral e às concepções éticas
tradicionais, mas que, por outro lado, também foi um árduo crítico da tradição
filosófica. Ramiro Fernando Lopes Marques comenta, de modo sintético, sobre esse
pensador alemão:
“Nietzsche foi um filósofo atormentado com a moral e a prova disso é que, foi dos
poucos, que lhe dedicou toda a sua obra. E fê- lo com tanta energia, criatividade e
mestria que podemos dizer que há uma ética antes de Nietzsche e um ética pós-
nietzschiana. Toda a sua obra, e em particular os ensaios Para A Genealogia da Moral
e Para Além do Bem e do Mal, são um combate enérgico contra as várias tradições
éticas que o precederam, nomeadamente a tradição judaico-cristã e a concepção
individualista introduzida por Kant. Não é, portanto, por acaso que, ao longo da sua
obra, se sinta a presença de dois ódios de estimação: Aristóteles (cuja filosofia foi
apropriada pela matriz cristã medieval) e Kant (cuja filosofia abre caminho à
moderna concepção de ética).”
Existem normas sociais tradicionais (a moral) que, por si, orientam todo o
comportamento dos indivíduos, como se o seu cumprimento fosse obrigatório. Assim,
por exemplo, mentir é moralmente condenável e, portanto, deve-se dizer a verdade
(todos estamos, moralmente, obrigados a dizer a verdade). A ética surge,
justamente, como forma de organizar uma norma que pode, por exemplo, não ser a
mais apropriada ou digna de ser cumprida, pelo mal que possa causar considerando
que, às vezes, não seria adequado dizer a verdade. O que, também, não significa que,
de qualquer forma, se autorize a mentira. Mas, é dessa forma, por exemplo, que a
ética não permite que uma moral seja absoluta e, por essa razão, insiste em definir
quando ela deve mudar. Eis, desse modo, a ética em ação: existe uma norma, uma
regra social tradicional que pode ser inadequada e, portanto, deve ser considerada
de outra forma. A ética assim o faz, como nas palavras do lusitano poeta: “Cesse
tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta” (CAMÕES,
2007).
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Podemos, também, considerar uma situação hipotética, na qual alguém esteja
morrendo, necessitando de um medicamento cujo valor, de imediato, o torna
completamente inacessível. É quando um indivíduo decide furtá-lo para salvar aquela
vida. A norma (moral) é não roubar, mas a ética em ação privilegiou o valor
representado pela vida, em detrimento da norma.
Como exemplo derradeiro, durante todo o período que se estendeu entre os séculos
XVI e XIX, a escravidão humana era considerada moralmente aceitável e não era
errado ter escravos. Pelo contrário, algumas sociedades privilegiavam a posse desses
escravos e enalteciam o status de “senhor de escravos”. Hoje, qualquer pessoa é
capaz de reconhecer como absurda aquela posição, dantes tão comum.
Então, podemos dizer que a moral mudou, os costumes mudaram, assim como as
regras reformularam-se a partir desses posicionamentos novos onde a ética
humanista se manifestou contra o status quo da moral que imperava à época.
Virtude
A virtude, por seu turno, pode se caracterizar como uma qualidade, um hábito
positivo de se insistir na prática do bem, vale dizer, daquilo que é correto, decente,
justo, honesto, etc., e que é desenvolvido pelo indivíduo através do próprio exercício
e da constância de sua prática.
A virtude, portanto, fomenta a ética na prática constante, tanto das ações
moralmente corretas, como também no exercício de outras tais que irão corrigir a
moral implantada, estimulando, assim, a evolução moral dos indivíduos e,
consequentemente, de um povo. Desse modo, aqui, talvez, resida a essência da arte
de levantar templos à virtude.
Um pensador moderno, bastante afinado com as visões de Aristóteles sobre a
virtude, é o conhecido filósofo escocês Alasdair Chalmers MacIntyre. Trata-se de
um crítico radical do projeto iluminista moderno e um defensor inconteste da ética
clássica das virtudes ‒ uma posição, como vimos, diferente da adotada por Nietzche,
no que se refere ao platonismo.
O seu pensamento se caracteriza por uma firme e erudita apropriação das teorias
morais e políticas dos gregos antigos aos nossos dias. Ele considera que as virtudes
são aquelas disposições que, não apenas mantêm as práticas e nos permitem alcançar
os bens internos a essas práticas, mas nos conduzem a uma busca do bem, nos
auxiliam a vencer os riscos, perigos, tentações e as distrações que encontramos, e a
procurar um permanente e crescente autoconhecimento e crescente conhecimento
do bem (McINTYRE, 2001).
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Para sua concepção de virtude moral, MacIntyre (2001) toma como ponto de partida
a teoria das virtudes de Aristóteles e da ética cristã, adotando-as como seus dois
principais paradigmas (CARDOSO, 2010).
Uma disposição firme e constante de praticar o bem: eis a virtude, em poucas
palavras, assim como a vê o pensamento exarado dos ensinamentos da Maçonaria. A
esse conceito, deve -se agregar a ideia de uma verdadeira inclinação, vale dizer, de
uma tendência para a prática do bem. André Comte-Sponville (2009) acrescenta que
ela, a virtude, é o próprio bem, em espírito e verdade. E o bem não é para se
contemplar, mas para se fazer e, desse modo, a virtude é o esforço para se portar
bem que, em última instância, define o bem nesse próprio esforço.
Para o filósofo alemão Josef Pieper, considerado um dos mais conhecidos pensadores
cristãos da atualidade, dono de uma vastíssima produção literária, a virtude é a
força com a qual o homem é inclinado a fazer o bem. Seguindo o pensamento de
Tomás de Aquino, Josef Pieper considera, como elemento mais importante para o
conceito de virtude, assim como apontado por Aristóteles, o fato de que a virtude é
um hábito.
Esse conceito é insistentemente repetido neste trabalho, como o exercício da
prática do bem também o é na formação da virtude.
Por sua vez, Emmanuel Kant considera o valor moral de uma ação como não residente
nela própria, mas no motivo que levou o indivíduo a praticá-la. E que tal motivo deve
consistir, unicamente, no respeito à lei moral, obtida a partir da razão e livre de
quaisquer determinações empíricas, como, por exemplo, as inclinações do indivíduo. O
respeito ao dever, somente, é, assim, condição necessária para a atribuição de um
valor moral genuíno a uma ação (PETRY, 2007).
Com isso, Kant mostra que as ações que têm presentes as inclinações como seus
motivos não poderiam ter valor moral. A possibilidade das virtudes constituírem um
aspecto importante da ação no que diz respeito à sua moralidade é eliminada, uma
vez que o respeito ao dever é a condição subjetiva para o valor moral da ação (Ibid).
Para o filósofo brasileiro André Luiz Souza Coelho:
“Toda virtude é distinção de cará- ter, quer dizer, é posse de certa qualidade,
disposição e motivação específica que falta aos demais (às „pessoas comuns‟) e por
isso dota a pessoa virtuosa de um brilho próprio, que a torna merecedora ora da
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admiração, ora da inveja dos demais (aqui, ambos, admiração e inveja, poderiam ser
considerados dois pólos do mesmo padrão de reação diante do que lhe é superior).”
A abordagem ética da virtude na modernidade relaciona-se com o raciocínio
intelectual, mas também, e sobretudo, com o caráter e a busca de excelência das
práticas conduzidas pelo indivíduo. Assim, responder às questões “Como devo agir?” e
“Que tipo de pessoa devo ser?” é o exercício permanente que se coloca diante do
homem, em geral, e do maçom, em particular.
O pensamento do mundo moderno, no entanto, não pode considerar virtuoso e
moralmente válido um ato a partir, tão somente, de seu julgamento interior e dos
valores que lhe são implícitos, por mais consensual que possa ser. É mister que se
veja, antes, os resultados dele decorrentes, isto é, quais as consequências da ação
tomada o que, no dizer de Claudio Mano, pode assim ser entendido: “a virtuosidade
da ação não é mais inerente ao ato, mas sim dependente de uma avaliação posterior,
efetuada pela sociedade”.
Conhecer as principais virtudes humanas, absorver o seu entendimento e exercitá-las
como modo de vida, como traço de caráter nas ações práticas da vida diária é o que
as consolida e, enfim, caracteriza o homem virtuoso, uma vez que o hábito da retidão
impele esse homem virtuoso a uma vida reta. Esse é o sentido prático de “polir as
arestas” para aperfeiçoar as pedras que constroem o templo interior de cada um de
nós. Eis, enfim, como antes nos referimos, a operacionalidade da construção de
templos à virtude.
Segundo o professor André Luiz Souza Coelho, pode-se reconhecer qualquer virtude
a partir de seus quatro elementos constitutivos, quais sejam, aqueles que se referem
à situação, à emoção, à ação e à finalização do ato virtuoso.
O primeiro, o componente situacional da virtude, é o que se refere ao tipo de
circunstância ou de situação que requer o exercício daquela virtude, como no caso da
coragem, que requer uma situação de risco, por exemplo, para que um ato, naquela
circunstância, se reverta de virtuosidade. Diante da situação que se apresenta, deve
surgir o segundo elemento constitutivo das virtudes, o que se refere à emoção
envolvida com o quadro que se tem diante de si. Trata-se, desse modo, do sentimento
que é despertado no indivíduo e o impele à ação. Este é o terceiro dos componentes,
o que define que ação é requerida pela situação, a qual é apontada pelo sentimento
desperto. E, finalmente, existe um componente de finalização, que remete ao
propósito que a virtude requer.
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Considerações Finais
A partir de considerações, ainda que singelas, como as que compilamos neste pequeno
trabalho, podemos, os obreiros da Ordem Real, laborar mais precisamente na
implantação dos hábitos que constituirão as virtudes maçônicas de cada um, já
cônscios da moral de nosso tempo, aprimorada esta, no entanto, pela ética maçônica,
através da qual nos pautamos, a fim de que, como tais, sejamos reconhecidos.
Autor: Ricardo B. Buchaul
ARLS “Arquitetos da Harmonia” Nº. 2829 – GOSP/GOB
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Luiz Bernardo Leite. MacIntyre e a Ética das Virtudes. UERJ. Disponível em: . Acesso em: 24
jun 2012. BUCHAUL, Ricardo B. As Virtudes de Todo Dia. No prelo. CAMÕES, Luis Vaz de. Os
Lusíadas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. CARDOSO, Flora Rocha. A Teoria das Virtudes de
Alasdair MacIntyre. UFMG, 2010. COELHO, André Luiz Souza. Ética: Coragem. Blog Filó- sofo Grego.
Disponível em: . Acesso em: 19 jul 2012. COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno Tratado das Grandes
Virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 2009. EGG, Rosiane Follador Rocha. História da Ética. In
Videoaula do Curso “Ética nas Organizações”. Curitiba: IESDE, 2009. FERRATER MORA, José.
Dicionário de Filosofia. Lisboa: Dom Quixote, 1978. HUGO, Victor. Os Miseráveis. São Paulo: Martin
Claret, 2007. LORAUX, Nicole. A Tragédia Grega e o Humano. In Ética. São Paulo: Companhia das
Letras, 2007. McINTYRE, Alasdair Chalmers. Depois da Virtude: um estudo em teoria moral. Bauru:
EDUSC, 2001. MANO, Claudio. Ética, virtudes e ordem social: de Aristóteles ao mundo atual. UFJF.
Disponível em: . Acesso em: 1o jul 2012. MARQUES, R. F. L. A Ética de Friedrich Nietzsche (1844 – 1 9
0 0 ) . D i s p o n í v e l e m : . Acesso em: 17 ago 2012. MARQUES, R. F. L. Ética da virtude e
desenvolvimento moral. Disponível em: . Acesso em: 1o de jul 2012. MOTTA, Nair de Souza. Ética e Vida
Profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1984. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A Filosofia na
Idade Trágica dos Gregos. São Paulo: Escala, 2008. OLIVEIRA, Ruy Barbosa de. Triunfo das Nulidades.
Trecho do discurso “Requerimento de Informações sobre o Caso do Satélite”, proferido no Senado
Federal, no Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1914. ORC COTRIM, Policarpo. A Ética das Virtudes
no Pensamento de Josef Pieper. Disponível em: . Acesso em: 29 jun 2012. PETRY, Franciele Bete. O
Papel da Virtude na Ética Kantiana. In Etich@ – Revista Internacional de Filosofia da Moral, Vol. 6, No
1. Florianópolis: UFSC, 2007.
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Este Bloco está sendo produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
Intervenção inconveniente
Em 17/05/2016 o um Respeitável Irmão que pede para não ser identificado apresenta o fato
abaixo mencionado e solicita comentários.
Nesta semana no final da sessão o V. M. deu a palavra ao Orador para as
considerações finais, e no meio da fala do Orador que fez um comentário sobre um assunto
ventilado pelo V.M. (sem palavras ofensivas) quando foi interrompido pelo V. M. com palavras
grosseiras e começou a discutir, e o Orador ficou calado e encerrou seu comentário, pois era
uma Sessão de A. M. e qualquer discussão seria ruim para os A. M.
Mas ficou a dúvida, pode o V. M. interromper e passar a discutir com o Orador, pelo que sei não
pode voltar à palavra, com exceção nos casos previstos no R.G.F. que não foi o caso.
O V. M. poderia ter tomado esta atitude? Se for verdade que ele pode, está resolvido, porém se o
V. M. cometeu ato ilegal, qual a base legal? Não encontrei material para que eu ficasse
esclarecido. Sou seu fã, porque fala com convicção e leio sempre os seus comentários, sempre
esclarecedores.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
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Considerações:
Conforme o vosso relato, essa atitude do Venerável Mestre, é ilegal e eivada da mais
pura falta de educação. Venerável ditador não deveria ter lugar na Sublime Instituição.
Sem muitos comentários, esse tipo de atitude desqualifica completamente o cargo de
quem com serenidade deveria dirigir os trabalhos da Loja.
Mesmo em desacordo com o Orador, não é desse modo que um Mestre deve expor a
sua opinião. Penso que o Orador, conforme vosso relato agiu dentro dos ditames dos bons
princípios e deveria oferecer denúncia ao Ministério Público Maçônico visando coibir futuras
atitudes ditatoriais desse quilate.
Oriento que na dúvida quanto como proceder, antes seja feita consulta à Justiça
Maçônica Estadual da Obediência (Procuradoria), salvo se a situação puder antes ser resolvida
nos ditames do bom-senso pela própria Loja, evitando-se uma demanda desnecessária.
Lamentavelmente, esses tipos atitudes às vezes acabam tendo lugar justamente numa
Instituição que visa aprimorar o Homem – afinal os homens são perfectíveis.
Assim, se o acontecido ocorreu segundo o vosso relato, esse indubitavelmente é mais
um péssimo exemplo de intolerância e despreparo que certas “autoridades maçônicas” ainda
expõem diante de uma assembleia de homens que procuram unir na vida à justeza e à perfeição.
É mesmo lamentável quando alguns só “fazem de conta”, já que a verdadeira lição nos ensina
que ali é colocado o Venerável Mestre para dirigir e esclarecer a Loja com as luzes da
Sabedoria... Ora, ora, ora, que sabedoria é essa?
Dando por concluído, afirmo que esses comentários prendem-se ao relato dos fatos
como os relatados na consulta acima apresentada.
T.F.A.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com
Jul2016.
Exegese Simbólica
para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda
Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação
simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da
Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema
Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear.
Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia).
Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
25. JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 Pág. 25/30
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
21/12/1999 Silvio Ávila Içara
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Muller São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
11/12 Xaver Arp Joinville
13/12 Padre Roma II São José
14/12 Montes de Sião Chapecó
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Dezembro
26. JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 Pág. 26/30
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste
02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis
04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó
05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó
08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão
11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville
11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara
11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville
12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis
13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis
13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça
16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco
16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque
17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó
17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis
20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador
28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras
28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
27. JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 Pág. 27/30
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 28 de dezembro:
O Socorro
O Socorro é prestado a alguém que está em perigo; no entanto, abrange também
aqueles que estão necessitados. Em uma calamidade pública, passado o perigo, como
no caso de um terremoto, a população atingida, mas já fora de perigo, continua
recebendo socorro de entidades locais, vizinhas, estrangeiras, enfim, a demonstração
da existência da solidariedade humana.
Maçonicamente, a Instituição tem obrigação de socorrer os seus filiados. A formação
da Cadeia de União para atender, de forma esotérica, o irmão necessitado, será uma
atitude de socorro que a Loja pratica em favor do maçom em perigo.
Existe no Grau de Mestre o Sinal de Socorro que, nos dias atuais, já não visa alcançar
de modo simbólico outro maçom que corra em socorro do necessitado. Esse sinal é
místico e mágico, pois invoca s Fraternidade Universal, que logo que acionada, vem
atender o pedido.
É a força mental; são as vibrações existentes no Cosmos que se reúnem e se dirigem
para o ponto solicitado.
O Socorro abrange duas situações; aquela que é solicitada e aquela que atende. O
socorrido recebe o auxílio e se recupera; o socorrente cumpre uma obrigação e,
dando, recebe por sua vez um retorno auspicioso.
Todo maçom é obrigado a socorrer o irmão necessitado.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 381.
28. JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 Pág. 28/30
Loja Maçônica “Cidade das Hortênsias” nr. 59 – Canela - RS
29. JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 Pág. 29/30
Ir Franklin dos Santos Moura
Loja Prof. Hermínio Blackman 1761
Vila Velha – GOB-ES
Membro Fundador da ACADGOB-ES
Cadeira 22, Patrono Wagner Araújo
fsmoura1761@yahoo.com.br
Uma prece ao ano novo...
O poeta assiste o passar do tempo,
e surgem lembranças que a saudade não aquece.
Outras ainda viveria de novo, se pudesse.
E continuo refletindo nesse desalento.
Vejo abraços solitários na multidão,
perdões com promessas de novas brigas,
pazes e vozes de novas intrigas,
permitindo que tudo se repita, então.
Diante disso, ao ano novo, faço minha prece.
Clamando pela erradicação da idolatria,
Gritando pelo fim da hipocrisia.
E que o egoísmo ao poço mais fundo...se arremesse.
Quero que o novo ano seja o sorriso de uma criança,
Ingênuo, disposto a tudo, sem pestanejar.
E nós, amar ao próximo, devemos almejar.
Sendo assim mais real nossa esperança.
Chegue ano novo, pois o recebemos de braços abertos,
Sabendo das mazelas do mundo, mas também de suas proezas.
Engrandeça o brilho de nossas belezas.
Transforme o sonho num lugar bem perto.
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Chegue ano novo, sem pressa para acabar,
pois muito há por fazer,
numa humanidade que esqueceu o sentido de viver,
em tanto coração bruto para lapidar.
Chegue ano novo, sabendo que em breve irás embora,
impedindo nosso desânimo, fraqueza.
Restaurando no homem sua bondade, natureza.
E lembrando a todos que o primeiro momento de mudar é agora.