Jb news informativo nr. 1996

JB NEWS
Informativo Nr. 1.996
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Academia Catarinense Maçônica de Letras (Membro)
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Obreiro)
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Membro Honorário)
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (Correspondente)
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (Correspondente)
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 1.996 – Florianópolis (SC) – domingo, 20 de março de 2016
Bloco 1–Almanaque
Bloco 2-IrNewton Agrella – JB News a poucos passos de 2000 (Editorial de Domingo)
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – JB News nr. 2000 (Coluna do Irmão João Gira)
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Rito Escocês Antigo e Aceito – Parte III
Bloco 5-IrHercule Spoladore – Anticlericalismo e a Maçonaria no Paraná no Século XIX
Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – Estudos Maçônicos: Montando o Quebra Cabeça
Bloco 7-IrJosé Maurício Guimarães – Alternância no Poder
Bloco 8-Destaques JB – Hoje com versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira

JB News – Informativo nr. 1.996 – Florianópolis (SC) domingo, 20 de março de 2016 Pág. 2/39
Livros de artigos nos Graus de
Aprendiz, Companheiro e Mestre
Publicados na Revista O PRUMO.
Durante o período de 1970 a 2015.
Pedidos: site http://www.gosc.org.br
Ou pelo telefone: (48) 3952-3300
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1 – ALMANAQUE
Hoje é o 80º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente)
Faltam 286 dias para terminar este ano bissexto
É o 127º ano da Proclamçaõ da República;
194º da Independência do Brasil e
516º ano do Descobrimento do Brasil
Início do Outono à 1h30
Equinócio de Primavera (Hemisfério Norte); Equinócio de Outono (H. Sul)
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
L I V R O S

 1602 - Fundação da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais;
 1760 - O "Grande Incêndio" de Boston destrói 349 prédios;
 1815 - Napoleão entra em Paris após escapar de seu exílio em Elba, começando seu "Governo dos Cem
Dias";
 1848 - Revoluções de 1848 nos Estados Alemães: o rei Luís I da Baviera abdica;
 1852 - É publicado A cabana do Pai Tomás da escritora estadunidense Harriet Beecher Stowe;
 1861 - Um sismo destrói completamente a cidade de Mendoza, no oeste da Argentina;
 1914 - Acontece em New Haven, Connecticut, o primeiro campeonato internacional de patinação artística
no gelo;
 1916 - Albert Einstein publica sua teoria geral da relatividade;
 1952 - O Senado dos Estados Unidos ratifica o acordo de paz com o Japão;
 1956 - A Tunísia obtém independência da França;
 1964 - A precursora da Agência Espacial Européia, ESRO (European Space Research Organization) é
criada em decorrência de um acordo firmado em 11 de junho de 1962;
 1969 - Fundada no Brasil a ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, empresa pública que
substitui a Departamento de Correios e Telégrafos – DCT;
 1987 - A Food and Drug Administration aprova a droga AZT no combate a AIDS/SIDA;
 1995 - Atentado terrorista em cinco diferentes estações de metrô de Tóquio, com o uso de gás sarin, mata
12 e fere 1300 pessoas;
 2003 - Invasão do Iraque: Logo nas primeiras horas da manhã, os Estados Unidos da América e três outros
países iniciam as operações militares no Iraque;
 2005 - Um sismo de magnitude 6.6 atinge Fukuoka, Japão, seu primeiro grande abalo em cerca de 100
anos. Uma pessoa morre, e centenas ficam feridas;
 2006 - Inauguração do Museu da Língua Portuguesa.
 2003 – Invasão do Iraque: Logo nas primeiras horas da manhã, os Estados Unidos da América e três outros
países iniciam as operações militares no Iraque.
 2005 – Um sismo de magnitude 6,6 atinge Fukuoka, Japão, seu primeiro grande abalo em cerca de cem
anos. Uma pessoa morre, e centenas ficam feridas.
 2006 – Inauguração do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.
2015 — Um eclipse solar total, o equinócio, e uma superlua ocorrem todos no mesmo dia.
1944 Instalação, nesta data, da Comarca de Criciúma.
1949 Instalação, nesta data, do município de Turvo.
1963 Lei nº 786, desta data, criou o município de Anchieta, desmembrado de Guaraciaba e instalado no
mesmo dia.
Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
Fatos históricos de santa Catarina

1737 Conselho de Genebra proíbe que membros da Sociedade dos Maçons só sejam recebidos na cidade
com permissão prévia
1832 Filia-se ao GOB a Loja Educação e Moral, fundada por Gonçalves Ledo, a primeira Loja do Rito
Escocês no Brasil.
1847 Luiz Alves de Lima e Silva, então conde de Caxias, é empossado Soberano Grande Comendador do
Supremo Conselho do REAA do Grande Oriente Brazileiro, do Passeio.
1853 Albert Mackey confere os Graus do REAA, do 4º ao 32º a Albert Pike em três dias.
1889 Fundação da Grande Loja Unida de Victoria, Austrália.
1892 Nasce Paulo Menotti Del Picchia, poeta e jurista, iniciado ma Loja Deus, Justiça e Caridade, de
Itapira, SP.
1949 Fundação da Loja Januário Corte nº 7 (GOSC) em Florianópolis.
Fatos maçônicos do dia
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)

Ir.`. Newton Agrella - Cim 199172
M I Gr 33 – e
membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
" JB NEWS a poucos passos de 2000 "
Eis um Informativo que pela sua essência e características exalta a Cultura como seu carro-chefe.
JB News é um veículo de comunicação virtual - antenado com o mundo - e ao mesmo tempo um
arauto da comunidade maçônica e um elo de comunicação entre os Maçons - cruzando
fronteiras e alcançando países da Europa e do continente americano, além do próprio território
nacional.
Com a missão de difundir o noticiário de Lojas espalhadas pelo Brasil, com fotos e
reportagens, bem como das principais notícias envolvendo as Obediências Maçônicas - esse
veículo ainda brinda seus leitores com os "Destaques JB" e as sessões dedicadas a Indicações de
Filmes e Livros e do toque de humor no encerramento de cada edição.
Temas diversos que suscitam profundas reflexões repercutem e ensejam comentários e
considerações entre seus leitores o que tornam a marca registrada do JB NEWS.
Artigos de cunho histórico, antropológico, e ritualísticos emprestam o caráter substancioso de suas
edições e tem feito do JB instrumento de articulação que enriquece e fortalece a Maçonaria
brasileira.
Quando a Edição de número 2000 se revela tão próxima, não há como não sentir um friozinho na
barriga e uma ponta de felicidade, por saber que a partir dela teremos que arregaçar as mangas,
tomar fôlego para mostrar que ainda há muito a ser percorrido...
As colunas J e B reverenciadas por sua Força e Beleza são o respaldo de que se vale cada nova
Edição.
E todos aqueles que contribuem para a sua publicação sentem-se de um modo ou de outro
contentes e satisfeitos tal qual nos sentimos em Loja lapidando a pedra bruta.
Assim é o JB NEWS, que ao aproximar-se de uma marca histórica exala o perfume da Ácácia e o
gosto suave da Romã - que alicerçam sua existência e promulgam de sol a sol sua natureza única e
inquietante de um Informativo simplesmente diferente de tudo o que se conhece.
Parafraseando o semanário francês - vale a pena afirmar: "JE SUIS JB NEWS" com todo o
espírito maçônico de que se devem revestir os nossos ideais.
Fraternalmente - Newton Agrella
2 – Editorial de Domingo – JB News a poucos passos de 2000
Newton Agrella

O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
escreve dominicalmente neste 3º. Bloco.
JB NEWS Nº 2000
“A Maçonaria é formada por lojas maçônicas dedicadas à prestação de
serviços. Seu interesse máximo é a humanidade, seu produto de maior valor
é a dedicação ao servir. Entretanto, o melhor motivo para tornar-se Maçom
é a oportunidade de ajudar nossos semelhantes e o bem-estar que resulta de
nossas ações”. (Fonte: JB News Nº 252, 07/05/2011. Jerônimo Borges).
1. Mago: Mago é um termo persa magus, significando homem sábio. Atualmente, pode indicar
também alguém que possui conhecimentos e habilidades superiores. Por isso me reservo ao dizer
que o Irmão Jerônimo Borges é um mago da informação maçônica pela sua determinação diária,
esteja onde estiver, do Acre à Austrália à nos brindar com assuntos que enriquecem os membros
dessa instituição, independente de sua Potência.
2. Como tudo começou: Extraído do JB News Nº 1994: [...] A Loja Templários da Nova Era
Nº 91 realizou na noite de quarta-feira (18/03) sessão especial pública para o lançamento do JB
News número 2000. Essa edição alcançará esse segundo milhar na próxima semana. No entanto
como na quarta-feira vindoura será feriado por ser aniversário de Florianópolis e início da Semana
Santa, a Loja houve por bem antecipar as homenagens. [...] Lembrou o Irmão Valsechi na
homenagem, que os primeiros informativos tiveram início em agosto de 2003, quando o editor
Jerônimo Borges estava Venerável Mestre da Loja Manoel Gomes. Falou sobre o percurso do
informativo começando por Comunicados da Mago, depois Comunicados Templários - já na
Loja Templários da Nova Era - e, finalmente, a partir de 2010, com o nome de JB News. [...] Na
próxima quinta-feira, dia 24, quando de fato o JB News completará o seu número 2000, será
publicada a edição especial com o histórico, inclusive fotográfico desse longo caminho, até os
nossos.
3. Edição Histórica: Inauguração da nova sede da Grande Loja de Santa Catarina: Texto
extraído do JB News Nº 246 [...] O JB News retorna com nova edição especial por um motivo
justo: a inauguração da nova sede da Grande Loja de Santa Catarina e Sagração de seu magnífico
Templo. Ícones da programação festiva da histórica data de 30 de abril de 2011.
3 – Coluna do Irmão João Gira
(JB News Nº 2000) - João Ivo Girardi

O sonho da sede própria da Grande Loja não é muito antiga. Começou na gestão do Ir. Wilson
Filomeno quando foram adquiridos no Sul da Ilha, no Campeche, mais de 30 mil hectares de uma
área de terra virgem. Nascia ali a semente da transferência da sede da GLSC do centro da cidade,
que ocupava dois andares do edifício onde se situa o Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul, com limitações de espaço em suas acomodações burocráticas e Templo. O Projeto
Campeche aprovado na Assembleia Plenária de abril de 2005, ainda na gestão do Grão-Mestre
Airton Edmundo Alves, solidificou o sonho da realização da casa própria ganhando continuidade
e finalização na atual administração José Domingos Rodrigues. O Projeto Campeche teve essa
denominação para identificar o planejamento e construção da nova sede da Grande Loja, cuja
edificação envolveu equipes de irmãos, Lojas, obreiros, administração e uma parcela considerável
de cunhadas através da Associação Beneficente Mosaico. Hoje o sonho foi realizado. O desafio
foi vencido. A Pedra Fundamental da Grande Loja foi lançada em 21 de abril de 2006 na
gestão do Irmão Airton Edmundo Alves.
Observação: Neste dia 21/04/2006 - cinquentenário da GLSC - foi entregue pelo Irmão Airton
à todas autoridades presentes, como presente o livro Do Meio-Dia à Meia-Noite. Mas a minha
emoção não ficou por aí. Nesta cerimônia foi enterrada no local que seria mais tarde o hall de
entrada do Grande Templo um baú de acácia contendo todos os rituais e paramentos usados nesta
época, e que será aberto somente no ano de 2056. Quando soube que também foi colocado dentro
deste baú o livro Do Meio-Dia à Meia-Noite, me vieram lágrimas aos olhos, e uma eterna gratidão
ao Irmãos que após alguns anos, ou mais exatamente no dia 30 de abril de 2011, na gestão do
Irmão José Domingos Rodrigues a monumental obra foi inaugurada. Neste dia o Irmão Domingo
entregou aos vencedores do Concurso Pitágoras, na categoria de Aprendiz o vademécum.
Agradeço a toda a gestão da Grande Loja, do Irmão Filomeno ao Irmão Berbegier o incentivo que
fez um sonho realizar realidade.
Neste ano de 2016, a nossa GLSC irá completar o seu 60º aniversário e eu 30 anos de
Maçonaria.
4. Como conheci o Irmão Jerônimo Borges: Não sei precisar a data, talvez o Irmão Jerônimo
possa me ajudar. Fui convidado a fazer uma palestra na sua valorosa Loja Templários da Nova
Era nos idos de 2008.
No JB News Nº 85 de 24 de Novembro de 2010 aparece pela primeira vez uma propaganda do
livro Do Meio-Dia à Meia-Noite. Como ele me disse recentemente, com toda sua generosidade,
que sou uma das alavancas do JB News, que lhe dizer que ele também foi uma alavanca, pois
nunca vendi tantos livros à partir desta data.
Já são 3000 livros vendidos, em todos os cantos do Brasil, com somente um endereço de compra:
o meu e-mail. Obrigado de coração a todos os Irmãos.
5. Meu primeiro artigo no JB News: Nº 206, 21 de Março de 2011.
EQUINÓCIO - PÁSCOA
Domingo de Páscoa em 2011 – 24 de abril
A Páscoa tem como referencial o início do outono (Hemisfério Sul), ou seja 21 de março – na
próxima segunda feira. A tradição é judaica. A Igreja Católica a adotou para celebrar a
Ressurreição de Cristo. A data é marcada para o primeiro domingo após a 1ª lua cheia, após o
equinócio vernal (HS), ou seja 21/03.

Vamos explicar o que aconteceu este ano: Como podem ver a 1ª lua cheia após o equinócio
(21/03) será no dia 17 de abril, que cai no domingo, portanto tem que ser no próximo, daí cair a
Páscoa no dia 24 de abril. Por que? Porque a lua cheia foi no dia 19 de março (um pouquinho
antes do dia 21), e a próxima será só em 17/04. A Quaresma são 40 dias que vão da Quarta feira
de cinzas (09/03) até o Domingo de Ramos (16/04) (entrada da semana santa). Total: 40 dias.
O Carnaval foi no dia 08 de março, porque ele é comemorado 40 dias antes da Páscoa, por isso
o Carnaval também não tem data fixa.
Datas da Páscoa:
2011 – 24 de abril
2012 – 8 de abril
2013 – 31 de março
No meu livro existem os verbetes: Equinócio, Semana Santa, Páscoa, Endoenças, Quaresma -
que os irmãos podem se divertir. Abaixo um deles: Equinócio. Abraço a Todos - Girardi
EQUINÓCIO: 1. Pontos da órbita da Terra ao redor do Sol, em que a inclinação polar forma um
ângulo reto com a linha traçada entre a Terra e o Sol, resultando nesta ocasião, o dia e a noite com
a mesma duração, o que ocorre nos dias 21 de março e 23 de setembro. Em 21 de março, no
hemisfério norte, é chamado de Equinócio Vernal, quando o Sol entra no signo de Áries; de
Equinócio Outonal quando o Sol entra no signo de Libra, em 23 de setembro. Esse período tem
sido simbolicamente representado, desde a mais remota Antiguidade, por mitos e lendas religiosas
e maçônicas, cultuando-se então a morte e glorificação de deuses, profetas ou instrutores, entre os
quais está Hiram-Abif.
2. Em astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita
aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre
projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto onde a eclíptica cruza o equador celeste.
A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa noites iguais, ocasiões
em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o
nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do
horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar encontra-se
metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm
igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação. No
hemisfério norte a primavera inicia em março e o outono em setembro. No hemisfério sul é o
contrário, a primavera inicia em setembro e o outono em março. As datas dos equinócios variam
de um ano para outro devido aos anos tropicais (o período entre dois equinócios de março) não
terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um
período de dezoito horas, que não encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um
pouco menor que 365 dias e 6 horas.
Assim, num ano comum, tendo 365 dias e portanto mais curto, a hora do equinócio é cerca de
seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns, as
datas tendem a adiantar-se um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o
ano bissexto seguinte há um aparente atraso devido à intercalação do dia 29 de fevereiro. Também
se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se. Isto implica, que ao
longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo.
Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21
(2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, por volta do
ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá
desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos

(2097 a 2103), em vez dos habituais três. Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os
equinócios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra
está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio).
Referências Culturais: Em várias culturas nórdicas ancestrias, o equinócio da primavera era
festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com a
Páscoa da religião cristã.
Curiosidade: Nos dias do equinócio é possível obter uma medida aproximada da latitude por
um observador munido de instrumentos muito simples: um fio de prumo, uma trena e um relógio.
Para tal medese o tamanho da sombra de um fio de prumo ao meio-dia local. Sendo h o
comprimento do fio de prumo e l o tamanho da sombra na horizontal, a latitude lat, medida ao
meio-dia local num dia de equinócio, é dada pela fórmula lat = arctan(l / h).
3. Ensaio: Equinócio de Outono: No próximo dia 21 de março (início do outono) temos o
primeiro dos quatro grandes momentos de interação astronômica entre o Sol e a Terra. Apenas
duas vezes por ano o dia tem 12 horas de luz e a noite 12 horas de escuridão; daí o significado da
palavra equinócio, do Latim, aequus (igual) e nox (noite). A medição se faz quando na alvorada a
metade do disco solar está acima da linha do horizonte e no crepúsculo a metade do sol está
abaixo. Façamos um exercício de interpretação: se equinócio (aeguusnox) quer dizer noites iguais,
também posso entender como dias iguais? Teremos o dia igual à noite ou a noite igual ao dia? Luz
após Trevas ou Trevas após Luz?
O Pavimento Mosaico é constituído de peças brancas intercaladas por peças pretas ou é
constituído de peças pretas intercaladas por peças brancas? Ou será que é a diferença que valoriza
a igualdade? Em quantos outros aspectos maçônicos podemos trabalhar com o simbolismo da
igualdade diferenciada e complementativa? Muito! Por isto compreender o que seja um equinócio
é muito importante, mais ainda se estudarmos o simbolismo do Outono. Esta estação sucede o
calor, a forte claridade e todos os sentimentos e emoções do Verão, mas antecede o frio, a
penumbra e o silêncio do Inverno. É a hora de se estabilizar, diminuir o ritmo, preparar-se para
momentos difíceis; é fazer como as árvores, jogar no chão as velhas folhas, firmar bem as raízes,
preparar seu interior para outros ciclos e deixar algo para o planeta (frutos).
Há uma frase do Dalai Lama que podemos refletir sobre o ápice da vida (verão), sua
decadência (inverno) e sua estabilidade (outono), vejamos: Uma árvore em flor fica despida no
outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica
sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente.
4. Maçonaria: Tanto o Equinócio quanto o Outono devem ser celebrados pelos maçons e quem já
passou dos 40 anos sabe que assim como na natureza sua vida passou e passará por redução de
chuvas ($$$), mudanças bruscas de tempo (humor) e nevoeiros (decepções), mas apesar disso
tudo jamais deixamos de frutificar. A palavra Outono vem do latim autumnus que pode ser usada
no sentido de crescer. Que tenhamos um dia igual a uma noite ou que usemos o conhecimento de
nossas virtudes e vícios para crescer. (Sérgio Quirino). (V. Equador, Sol, Solstícios, Trópicos,
Zodíaco).
Fonte:
http://www.jbnews33.com.br/informativos/JB%20News%20-
%20Informativo%20nr.%200245.pdf
http://www.jbnews33.com.br/informativos/JB_News-Informativo_nr_1994.pdf

Finalizando: Meus Irmãos do JB News, não sou filósofo, historiador, nem escritor.
Sou Engenheiro Eletricista, professor da Universidade Regional de Blumenau e um
amante do conhecimento em todas as áreas. Garimpo e publico o que os grandes
pensadores da história disseram. Vou existir enquanto maçons como o Irmão
Jerônimo disponibilizarem canais para erguermos templos à Virtude e cavarmos
masmorras ao vício. Jovens maçons deste país: Os que escrevem no JB só serão
considerados mestres se vocês no futuro nos suplantarem, e tenho a certeza disso.
Parabéns Mano Jerônimo. E obrigado por fazer parte deste time. E que sejam bem-
vindos novos Irmãos.
.

O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve aos domingos.
REAA E ALTOS GRAUS: CONTINUAÇÃO. O RITO DE HEREDOM NA
AMÉRICA. FUNDAÇÃO DO PRIMEIRO SUPREMO CONSELHO.
PRIMÓRDIOS DO REAA NO BRASIL. SUPREMO CONSELHO NO BRASIL.
(3ª PARTE)
*Irmão José Ronaldo Viega Alves
ronaldoviega@hotmail.com
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Oriente de S. do Livramento – RS.
“Em 1786, o R.’.E.’.A.’.A.’. terminou seu período de estabelecimento: sua
organização; o número e o nome de seus Graus; as regras que os regem.
Desde então sua organização compreende uma série de seis grupos, há um
tempo unidos e hierarquizados: a Loja Simbólica, a Loja de Perfeição, o
Capítulo Rosa-Cruz, o Aréopago ou Conselho Kadosh, o Consistório e o
Supremo Conselho.
Cada Iniciação evoca a lembrança de uma religião, de uma escola
ou de alguma Instituição da antiguidade. Estão em primeiro lugar as
doutrinas judaicas. Vêm em seguida os ensinamentos baseados no
Cristianismo e representados, sobretudo pelos Rosa-Cruzes, audazes
naturalistas que foram os pais do método de observação de onde saiu a
ciência moderna. Enfim, as Iniciações reportam-se aos Templários,
cavaleiros Hospitalários, filósofos nos quais os Maçons dos Altos Graus
glorificam a liberdade do pensamento corajosamente praticada numa época
de terrorismo sacerdotal. O Tempo Terminou Sua Obra. (...)” ( Trecho
retirado do livro “Palestras Maçônicas Para Loja de Estudos, Volume 2, de autoria
do Irmão Denizart Silveira de Oliveira Filho)
***Resumo da 2ª Parte
No capítulo anterior vimos algumas questões recorrentes que ocorrem no
âmbito do REAA e que são consideradas mitos. Também vimos uma menção sobre o
Capítulo de Clermont, sobre o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, assim
como da evolução do Rito de Heredom, que na visão de muitos autores é o precursor direto
do REAA. Veremos na sequência, já que o assunto sobre os Altos Graus ainda não está
totalmente concluído, uma pequena síntese sobre o Capítulo de Clermont e do Conselho dos
Imperadores, visando recordar os acontecimentos que antecederam à criação, agora em solo
americano do Primeiro Supremo Conselho. A síntese está calcada nas informações contidas
no artigo já citado anteriormente do Irmão José Castellani intitulado “Breve História dos
Altos Graus do Rito Escocês – II”. E logo na sequência, teremos então, Etienne Morin com
sua patente na América, mais precisamente em Charleston, e o desenrolar da história do
REAA.
4 – Rito Escocês Antigo e Aceito ... Parte III
José Ronaldo Viega Alves

CAPÍTULO DE CLERMONT
Esse Capítulo foi criado em 1754, em Paris, com o nome de Colégio dos Jesuítas, e o
seu criador foi o Conde de Boneville. Intitulando-se uma Obediência Maçônica, tinha como
proposta dar continuidade a ação da loja que havia sido fundada em 1688 em Saint-Germain-en-
Lay que era a prática dos Altos Graus, sendo que nessa época já era praticado desde 1735, o Grau
de “Mestre Escocês”. Havia a pretensão também de ficar isento das relações com a Grande Loja
que havia sido fundada na França por causa das suas atividades políticas.
O Capítulo de Clermont não teve grande duração, mas possibilitou e alavancou o
advento dos Altos Graus, por via do Capítulo dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, que é
considerado o seu sucessor e responsável pela implantação dos vinte e cinco Graus. Na realidade,
o Capítulo de Clermont foi responsável pela criação de três Graus superiores: 4º Cavaleiro da
Águia, ou Mestre Eleito; 5º Cavaleiro Ilustre ou Templário; 6º Sublime e Ilustre Cavaleiro.
(Castellani, pág. 60, 2001)
CONSELHO DOS IMPERADORES
O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, Grande Soberana Loja
Escocesa de São João de Jerusalém, foi fundado em 1758, em Paris. A mais importante das
Potências ditas Escocesas, do século XVIII. No ano em que foi fundado, foi criado
concomitantemente um sistema de Altos Graus e posto um limite de 25 Graus. Nos estatutos de
1762, isso foi devidamente oficializado.
No intuito de acompanharmos o processo de evolução dos Graus, sobre os 25 que
foram citados acima, diremos que eram chamados de Graus de Perfeição, sendo parte do Rito de
Perfeição ou de Heredom, e conforme o Irmão José Castellani, estavam divididos da seguinte
maneira:
“1ª Classe: 1. Aprendiz Maçom; 2. Companheiro Maçom; 3. Mestre Maçom.
2ª Classe: 4. Mestre Eleito; 5. Mestre Perfeito; 6. Secretário Íntimo; 7. Intendente dos Edifícios; 8.
Preboste e Juiz.
3ª Classe: 9. Mestre Eleito dos Nove; 10. Mestre Eleito dos Quinze; 11. Ilustre Eleito das Doze
Tribos.
4ª Classe: 12. Grande Mestre Arquiteto; 13. Cavaleiro Real Arco; 14. Grande Eleito, Antigo
Mestre Perfeito.
5ª Classe: 15. Cavaleiro da Espada ou do Oriente; 16. Príncipe de Jerusalém; 17. Cavaleiro do
Oriente e do Ocidente; 18. Cavaleiro Rosa-Cruz.
6ª Classe: 19. Grande Pontífice, ou Mestre Ad Vitam; 20. Grande Patriarca Noachita; 21. Grande
Mestre da Chave; 22. Príncipe de Líbano, Cavaleiro Real Machado.
7ª Classe: 23. Cavaleiro do Sol, ou Príncipe Adepto; 24. Cavaleiro da Águia Branca e Negra,
Grande Eleito Kadosh; 25. Ilustre Soberano Príncipe, Grande Cavaleiro Sublime Comendador do
Real Segredo.
O RITO DE HEREDOM DESEMBARCA NA AMÉRICA
Em 1761 o Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente outorgou uma patente
a Etienne Morin para que estabelecesse a perfeita e sublime Maçonaria em todas as partes do
mundo, o que o autorizava a “formar e estabelecer uma Loja a fim de admitir e multiplicar a
Ordem Real dos Maçons”.
ETIENNE MORIN E O COMEÇO DA HISTÓRIA DO REAA NA AMÉRICA

O Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo em seu “Dicionário de Maçonaria”, no
verbete que corresponde ao REAA, se refere ao “judeu Estevão Morin” que vem a ser o mesmo
Etienne Morin. Também é passível de ser encontrado em alguns artigos, o nome de Stephen
Morin.
O Irmão Hercule Spoladore em seu artigo “A Historia da Criação do Grau 33 –
Primeiro Supremo Conselho do Mundo”, revela o seguinte:
“Em 1761 o Conselho de Imperadores teria fornecido através do Irmão Chaillon de Joinville,
substituto Geral da Ordem, e mais oito Irmãos da alta hierarquia que também teriam assinado o
documento, uma patente constitucional de Grande Inspetor do Rito de Perfeição ao Irmão
Etienne (ou Stephen ) Morin, autorizando-o a estabelecer e perpetuar a Sublime Maçonaria em
todas as partes do mundo e investindo-o de poderes de sagrar novos Inspetores. Chegando à
Colônia francesa de São Domingos (hoje Haiti), no mesmo ano pôs-se a trabalhar. Há fortes
suspeitas de que este documento seja fraudado. (...)”
O Irmão João Ivo Girardi em seu “Vade Mécum Maçônico”, também, no verbete
REAA, colheu algumas informações até surpreendentes quando se referem ao personagem citado,
e que transcrevo na sequência:
“Como Grande Inspetor, organizou a primeira Loja, na ilha de Santo Domingo, na América
Central no mesmo ano, 1761. Em 1783, o Rito de Heredom ou Perfeição, foi instalado em
Charleston na Carolina do Sul. No ano de 1801, foi inaugurado por John Mitchel e Frederik
Drakes o Supremo Conselho do Grau 33° para os EUA. Do aqui referido conclui-se que o
R.E.A.A. foi composto dos graus do Rito de Heredom, mais os oito Graus adotados na América do
Norte e tirados de vários outros ritos. (...) A versão sobre a vaidade pessoal e interesses
financeiros refere que, quando Ramsay propôs a criação dos Altos Graus, certos grupos, na
França, aplaudiram a ideia, diante da perspectiva de terem um campo para especulações sobre a
vaidade humana. Assim , os graus superiores foram conferidos a todo mundo, sendo que os lucros
principais eram destinados ao já citado Morin, que era um privilegiado fabricante de faixas e
metais simbólicos. Quando se transferiu para os EUA, o astucioso Morin cria, sucessivamente os
Graus 26° ao 30°, continuando o seu comércio de faixas e medalhas. Posteriormente, veio
adoecer gravemente, sendo assistido pelos irmãos Drakes, que eram maçons e que receberem
dele, a concessão para conferir Graus, de sorte que, com a sua morte, o rito não desaparecesse
da América.”
Ainda, o Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo escrevendo sobre os primórdios do
REAA na América, entremeia-os com mais comentários a respeito de Morin:
“Além de suas próprias falhas morais, ele não foi feliz na seleção de seus lugares-tenentes, que
em muitos casos não eram pessoas de muito boa reputação, e foram suas poluídas mãos que
manejaram o Rito de Perfeição durante os quarenta anos seguintes. Foi um período de
obscurantismo, em que os graus foram vergonhosamente vendidos a quem quisesse comprar seus
títulos. E completamente esquecido o significado interno das cerimônias. Perdeu-se o esplêndido
conhecimento oculto dos Imperadores e os Ritos foram privados da maior parte do seu poder,
mas as sementes da sucessão foram mesmo assim transmitidas através de Moisés Cohen, Isaac
Long, Moisés Hayes, Isaac da Costa ,de Charleston, e outros mais, até que o Rito caiu em mãos
mais hábeis, iniciando-se uma nova era. O Rito de Perfeição foi estabelecido em Charleston em
1783, por Isaac da Costa, constituído Deputado-Inspetor da Carolina do Sul por Moisés Hayes, e
portanto, assegurando definitivamente a linha de sucessão do Rito.”
Continuando com o Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo:
“Até 1801, os maçons da America trabalharam com o Rito de Perfeição, pois, até então, o mais
alto grau ali conhecido era o de Príncipe do Real Segredo (25°). Mas a 31 de maio desse ano eles
constituíram em Charleston uma nova Potência dirigente, que adotou as Grandes Constituições
de 1786 e os trinta e três graus por ela estabelecidos. Essa autoridade, que tomou o título de

Supremo Conselho dos Grandes Inspetores Gerais, foi a primeira que pôs em execução as
Grandes Constituições.
Em 1802, alguns meses após a sua formação, esse Supremo Conselho outorgou ao
conde Grasse-Tilly uma Patente certificando haver ele sido aprovado em todos os Graus do Rito,
e credenciando-o a estabelecer Lojas, Capítulos, Conselhos e Consistórios em ambos os
hemisférios, e criando-o Soberano Grande Comendador Perpétuo de um Supremo Conselho para
as Antilhas. Estava assinado por Frederico Dalcho, De La Hogue e outros, todos se designando
como Kadosh, Príncipe do Real Segredo, Soberano Grande Inspetor 33°. Nesse mesmo ano
voltou o conde a S. Domingos, e ali fundou, com La Hogue um Supremo Conselho, de que ele foi
o Muito Poderoso Soberano Grande Comendador.
Em 1803 regressou à França, onde, em Paris elevou certo número de irmãos aos
graus 33° e com eles constituiu um Supremo Conselho Provincial, em 22 de setembro de 1804.
Convocados os altos oficiais em 12 de outubro do mesmo ano, constituíram-se em Grande
Consistório e realizaram uma assembleia geral de todos os membros, de que resultou a formação
de uma Grande Loja, que foi instalada em Paris sob a denominação de Grande Loja Escocesa da
França do Rito Escocês Antigo e Aceito. Elegeram-se 49 membros e proclamou-se seu Grão-
Mestre o príncipe Luis Napoleão, representado por Grasse-Tiully, e dali emanaram
posteriormente os diversos Supremos Conselhos, que foram sucessivamente se estabelecendo em
ambos os hemisférios, nos países que os aceitam: Itália (1805), Espanha (1811), Irlanda (1824),
Inglaterra e Gales ()1845), Escócia (1846), e hoje é o Rito mais difundido no mundo, inclusive o
Brasil.”
O PRIMEIRO SUPREMO CONSELHO
Como já havíamos visto anteriormente, havia sido imposto o limite de 25 graus pelo
Conselho dos Imperadores, que foi a quantidade de graus com que o Rito de Heredom
desembarcou em terras da América.
Nessa mesma América, foram sendo acrescentados mais graus, ainda que a própria
expansão da Maçonaria fosse prejudicada pelas enormes distâncias existentes, além de uma
dificuldade de comunicação. À medida que o tempo ia avançando, porém, a anarquia foi se
instalando, em virtude dos problemas citados, até que um grupo de Maçons residentes em
Charleston, que ficava no Estado da Carolina do Sul tomou a dianteira da causa, visando sanar os
problemas que se apresentavam e para tomar as providências cabíveis. Antes, é preciso dizer que
Charleston, na época, era um foco de civilização e de cultura europeia encravada na América, o
que justifica sua posição de vanguarda no que tange a uma ordenação dos rumos da Maçonaria.
Em 31 de maio de 1801, em Charleston, lugar onde passa o paralelo 33 da Terra, sob
a liderança de Frédéric Dalcho, e outros maçons renomados como John Mitchel, é fundado o
Supremo Conselho do Grau 33° para os EUA. A divisa adotada é “Ordo ab Chaos”, o que
significa “Ordem no Caos”. A partir daí, o Supremo Conselho passava a concentrar o poder
administrativo dos Altos Graus. Conhecido pelo restante da Maçonaria, somente iria acontecer
mesmo, a partir de 4 de dezembro de 1802, por ocasião da expedição de uma circular
comunicando o fato e enaltecendo o sistema que era composto de 33 graus.
Em 22 de outubro de 1804 é fundado o Supremo Conselho da França, pelo conde
Alexandre-François-Auguste Grasse-Tilly, o que dá impulso ao sistema dos Altos Graus por toda
a Europa.
Consta no “Vade-Mécum Maçônico” do Irmão João Ivo Girardi, uma outra
informação, digamos, complementar:
“Os Drakes, que moravam em Charleston, por onde passa o paralelo 33, elevaram os Graus para
33, em homenagem ao paralelo.”

COMENTÁRIOS:
Já havíamos visto anteriormente quando nos referindo ao personagem Etienne Morin,
que ele havia criado os Graus 26 ao 30, e que faz concluir que os Irmãos Drakes criaram os Graus
31, 32 e 33. Mas, a criação de graus sempre envolve várias versões, portanto, com o propósito de
ilustrar melhor essa questão, é bom deixar claro para o lrmão leitor, que este poderá se deparar
com informações que não batem por vezes, e a propósito, transcrevo uma frase que consta no
artigo já citado anteriormente do nosso erudito Irmão Hercule Spoladore que diz assim:
“Lá encontraram mais dois maçons, Frederick Dalcho e John Mitchel. Existem autores que
afirmam que foi Dalcho quem teve a ideia de criar mais outros graus, e autores que sustentam
que o último grau foi Grasse-Tilly quem criou.”
QUEM FORAM OS FUNDADORES?
Além do mais, vamos aproveitar do artigo do Irmão Hercule Spoladore para
transcrever a lista com os nomes dos Irmãos responsáveis pela criação do primeiro Supremo
Conselho e pelo Rito em si. Vejamos então:
“O grupo era formado pelos seguintes Irmãos: Alexandre Françoi s de Grasse Tilly (francês),
Jean Baptiste Delahogue (francês), Frederich Dalcho (inglês), John Mitchel (irlandês), James
Moultrie (americano), Isaac Auld (americano), Abraham Alexander (inglês), Thomaz Bartolomew
Bowen (irlandês), Mose Clava Levy (polonês), Emmanuel de La Motta (Índias Ocidentais) e
Israel Delieben (checoslovaco).
Dos onze Irmãos apenas dois eram americanos. Assim se iniciou um trabalho de
poucos Irmãos sem serem conhecidos nos Estados Unidos e especialmente no mundo maçônico
da Europa, e que culminou com a criação de um Rito, calcado em cima do Rito de Heredom ou de
Perfeição. Estes onze Irmãos fundaram o primeiro Supremo Conselho do mundo em 31.05.1801
na cidade Charleston (EUA). Só que lançaram mão de uma das maiores balelas a respeito da
criação do Rito nascente que só se tornaria conhecida a partir de 04 de Dezembro de 1802,
quando foi expedida uma circular comunicando o que havia acontecido e divulgando o sistema de
33 graus e atribuindo que a sua organização teria sido feita em 1786 por Frederico II da
Prússia.”
Sobre a questão envolvendo a organização dos graus por Frederico II da Prússia, logo
no início do trabalho que precede a este, vimos os esclarecimentos prestados pelo Irmão Kennyo
Ismail.
Para conhecermos os desdobramentos dessa história, que é a do REAA, vejamos o
que aconteceu depois da criação do primeiro Supremo Conselho na América, nas palavras do
Irmão Nicola Aslan:
“Ao voltar para a França, em 1804, Grasse-Tilly introduziu os 33 Graus do novo Rito em Paris,
na loja escocesa de Santo Alexandre, convertida em centro geral de suas operações. O Conde
elevou ao Grau 33 numerosos Irmãos, com os quais formou um Supremo Conselho.
Convocados os grandes Oficiais do Rito, em 12-10-1804, constituíram-se em Grande
Consistório, preparando uma assembleia geral de todos os membros a fim de proceder à criação
de uma Grande Loja. Esta constituiu-se sob a denominação de “Grande Loja Geral Escocesa de
França do Rito Antigo e Aceito”, decidindo-se que a sua sede principal seria Paris. Foram eleitos
49 dignatários, proclamando-se como Grão –Mestre ao Príncipe Luís Napoleão, representado
pelo Conde de Grasse-Tilly. ‘Apesar de sua procedência americana, diz Frau Abrines, este foi o
foco principal do qual emanaram, a partir daquela data os diversos Supremos Conselhos que se
foram estabelecendo em todos os países de ambos os hemisférios que quiseram aceitá-los.”

OS DOCUMENTOS BÁSICOS
Alguns dos documentos que constarão na relação que vem a seguir já foram
comentados, uns diretamente, outros nem tanto, porém, deverá ficar claro que todos são
considerados documentos importantes para quem deseja se aprofundar e entender melhor o
REAA. O Irmão José Castellani nomeia seis documentos, que são:
1- O Discurso de Ramsay. (1738)
2 - A Constituição de 1762, do Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente.
3 – A Patente de Etienne Morin. (1761)
4 – Os Novos Institutos Secretos e Fundamentais, que são falsamente atribuídos a Frederico II e
que seriam datados de 1786.
5 – As Constituições, Estatutos e Regulamentos para o Governo do Supremo Conselho dos
Inspetores Gerais, falsamente datados e atribuídos a Frederico II, também, em 1786.
6 – As resoluções do Congresso de Lausanne. (1875)
O REAA NO BRASIL E OS ALTOS GRAUS
De um artigo intitulado “Primórdios dos Ritos e da Maçonaria no Brasil” da lavra do
Irmão Mario Name, transcrevo o seguinte trecho:
“Deportado do Brasil em 1823, Francisco Gomes Brandão, que, durante as lutas pela
independência adotou o nome Francisco Gê Acayaba de Montezuma, retornou ao Brasil pouco
tempo depois da abdicação de D. Pedro, em meados de 1831.
Provavelmente Iniciado na França, Montezuma passara algum tempo em Bruxelas,
onde conseguiu, do Supremo Conselho dos Países Baixos (depois Bélgica), uma Carta Patente
que autorizava a fundar um Supremo Conselho do R.’.E.’.A.’.A.’., para o Império do Brasil. Esse
fato histórico aconteceu em 12.11.1832 e a Oficina tomou o nome de Supremo Conselho do Grau
33 do Brasil.”
COMENTÁRIOS:
Tal como venho mencionando sobre diferentes versões a respeito de determinados
episódios, no que se refere às datas também encontramos discrepâncias. No caso específico da
fundação do Supremo Conselho do Grau 33° do R.’.E.’.A.’.A.’. da Maçonaria para a República
Federativa do Brasil, na pág. 46, do livro “Palestras Maçônicas para Loja de Estudos” de autoria
do Irmão Denizart Silveira de Oliveira Filho, aparece assim: “... com o nome inicial de ‘Supremo
Conselho do Brasil’, foi um dado em 12 de março de 1829, por Francisco Gê de Acayaba
Montezuma, o Visconde de Jequitinhonha (1794 – 1870), que foi seu primeiro Soberano Grande
Comendador, até o dia 5 de outubro de 1835.”
Voltando, agora, à história do Rito no Brasil e dos Altos Graus:
O Irmão Salomão Lutfalla em artigo de sua autoria escreveu que a partir da fundação
do Supremo Conselho do REAA , pelo Irmão Francisco Montezuma, a Loja “Comércio e Artes”,
foi a primeira a mudar para o REAA.
A Loja “Comércio e Artes”, até prova em contrário, é a primeira Loja regular
constituída em terras brasileiras, lá no ano de 1815, no estado do Rio de janeiro. Trabalhou no
Rito Adoniramita por quase dois anos e acabou abatendo colunas, voltando a funcionar em 1822,
no Rito Francês. (Azul)

O Irmão Hypolito da Costa (1), no ano de 1833, em Londres, traduziu do francês para
o português o Ritual do REAA, e o Irmão Januário da Cunha Barbosa fez a adaptação para a Loja
“Comércio e Artes”, passando para o vermelho, a cor oficial.
A história do Supremo Conselho possui muitas idas e vindas, e detalhá-la aqui em
todas as suas nuances, em seus episódios, nas críticas envolvidas, na quantidade de personagens
que fizeram a sua história, nas datas, nas vaidades pessoais que explicam e justificam muitas das
atitudes ou tomadas de posições, enfim, isso tudo, seria de uma certa forma uma tarefa cansativa,
além de ocupara várias laudas, portanto, baseado em artigos, revistas e livros, serão reproduzidos
alguns extratos, que resumam e preservem a ordem dos acontecimentos.
BRASIL: A HISTÓRIA DO SUPREMO CONSELHO
Com base em um Editorial do Supremo Conselho, e onde consta sucintamente a
história do mesmo no Brasil, a partir da instalação do Supremo Conselho pelo Irmão Montezuma,
até o ano de 1927, constam as seguintes informações:
“Durante os anos seguintes (após 1832), várias foram as cisões e aproximações em torno do
Supremo Conselho. Uma das características dessa fase é um amálgama, entre o Supremo
Conselho e o Grande Oriente do Brasil, de forma que o Grão-Mestre eleito passava a ser o
Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Rito Escocês, mesmo que tal Grão-
Mestre sequer fosse membro do Rito.
1925 – O Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, e portanto Soberano Grande Comendador
do Rito Escocês, era o Irmão Mário Behring que, concluindo pela irregularidade de tal situação
decidiu separar as duas jurisdições a exemplo do resto do mundo, os Graus Simbólicos com o
Grande oriente do Brasil e os Graus Superiores com o Supremo Conselho. Assim, não mais se
candidatou ao cargo de Grão-Mestre permanecendo como Soberano Grande Comendador.
Estava feita a tão desejada separação.
O Grão-Mestre eleito, Irmão Octavio Kelly, levado por alguns dissidentes achou por
bem não mais reconhecer a separação decidindo assumir também o cargo de Soberano, para o
qual não foi eleito, sendo prontamente rechaçado pelos membros com direito a voto no Supremo
Conselho. O que era uma separação amigável transformou-se em cisão.
1927 – Assim, ficou o Supremo Conselho sem ter base simbólica onde buscar os Mestres Maçons
para ingresso no Grau 4, e o Grande Oriente do Brasil sem ter onde mandar os Irmãos das lojas
Escocesas desejosos de continuar os seus estudos. Não tendo alternativa, o Supremo Conselho,
que continuava a ser dirigido pelo Irmão Mário Behring, promoveu a criação das Grandes Lojas
Brasileiras para delas poder continuar a retirar os Mestres para as suas Lojas de Perfeição
(Grau 4 ao 14). Membros do Grande Oriente do Brasil, por sua vez, apoiados em alguns ex-
membros do Supremo Conselho, criaram um Novo Supremo Conselho, que foi chamado de
reconstituído.
1929 – Paris, França, é realizada a IV Conferência Mundial, onde comparecem os Supremos
Conselhos Montezuma e o Supremo Conselho ‘reconstituído’. Naquela ocasião ficou
definitivamente assentado que o único Supremo regular, reconhecido e única autoridade legal e
legítima para o Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil é o que hoje se denomina “SUPREMO
CONSELHO DO GRAU 33 DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO DA MAÇONARIA PARA A
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL’, com sede em Jacarepaguá, Rio de janeiro (...).”
Vejamos outro esclarecimento sobre o episódio da criação das Grandes Lojas pelo
Irmão Mario Behring, extraído do livro “A Maçonaria Escocesa”, do Irmão Joaquim Roberto
Pinto Cortez:
“Quando ocorreu a cisão de 1927, Mário Behring preferiu adotar a fórmula, consagrada nos
Estados Unidos, de Grandes Lojas, em contrapartida à existência do Grande Oriente do Brasil.
Assim começara a surgir Grandes Lojas em todos os estados brasileiros, independentes umas das

outras e adotando, mesmo para o Rito Escocês Antigo e Aceito, predominante em todas as
Obediências Brasileiras, a cor azul. Segundo fontes seguras, como é o caso do Irm .’. José
Castellani, manutenção da cor azul teria por finalidade facilitar o reconhecimento das Grande
lojas Estaduais Brasileiras pelas Grande Lojas Americanas.”
Voltamos ao artigo do Irmão Salomão Lutfalla, já mencionado, de onde
transcrevemos as seguintes passagens:
“Criadas as Grandes Lojas como Potência maçônica, irmanada com o Supremo Conselho sob a
tutela de Behring, considerada legal por estar de posse da Carta Patente de Montezuma,
estabelecia-se uma polêmica das mais acirradas, pois os corpos filosóficos ligados às Lojas do
GOB também se julgavam legais. Quem decidiria qual dos dois corpos filosóficos seria o legal?
Com a convocação dos Supremos Conselhos do mundo inteiro de 29/04/1929 e 04/05/1929, na
Conferência de Paris seria decidido. Cada lado buscou todas as suas forças e influências, para
dizer que ‘seu’ Supremo Conselho era o legal. (...) Quem ganhou foi o time de Mário Behring,
com Moreira Sampaio sendo acolhido na Conferência e o time do GOB sendo considerado ilegal
e, literalmente, sendo posto para fora do recinto. Coube recurso, mas sem acolhida. O GOB até
hoje não aceita o ocorrido, considerando-se como o ‘legal’, e fazendo toda a sorte de acusações
aos liderados por Mário Behring.
Com esta vitória Behring parte para o reconhecimento da Grande Loja da
Inglaterra, mas lá encontra resistência, já que a reconhecida no Brasil era o GOB e não se
poderia reconhecer duas Potências num mesmo país. Lutador incansável, parte então Behring
para os Estados Unidos, encontrando guarida junto à Grande Loja de Nova York, que dá o seu
reconhecimento. Esse reconhecimento, posteriormente foi seguido pelos demais Estados, hoje em
número de 51.”
E usando novamente do texto do Irmão Joaquim Roberto Pito Cortez:
“A questão do reconhecimento e da regularidade maçônica transformou-se, em especial, no
século recém-findado no ‘Calcanhar de Aquiles’ da Maçonaria Brasileira. Algumas Obediências
existentes no Brasil arvoram-se em ser a única gozando regularidade de reconhecimento da
Grande Loja da Inglaterra. Ora, a partir do momento em que entendemos não haver nenhuma
Autoridade Suprema para reconhecer e conferir regularidade maçônica a qualquer que seja, nós
acreditamos também que todas as Potências que pratiquem as normas de condutas preconizadas
pela Maçonaria Universal sejam regulares.
Com a cisão de 1973 e a já existência de um conjunto de Grandes Lojas Estaduais,
foram criadas novas Obediências que assumiram a denominação geral de Grande Oriente
Independente Estadual, cada uma delas soberana e autônoma dentro de sua base estadual. De
início foi criado o Conselho de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira que congregava a todos
os Grão-Mestres estaduais, para depois passar-se à Confederação Maçônica do Brasil – COMAB
que reúne os Grandes Orientes Independentes, para que se promovam estudos e surjam
definições importantes sobre a liturgia e ritualística relativas aos diversos Rito praticados dentro
destes Grandes Orientes. Esta Congregação não tem o caráter diretivo ou de poder central e
todas as suas recomendações levam o título que podem ou não ser acatadas.”

Nota:
(1) No JB NEWS nº 1975, de 28/02/16, foi publicado um trabalho de minha autoria
intitulado “Inglaterra: Maçons, Judeus, Cientistas e o Arquétipo do Templo de Salomão nos
Primórdios da Maçonaria Especulativa. Rabbi Jacob Judah Leon, Elias Ashmole, Isaac
Newton e Outros.”, onde é citado o Maçom Hypolito da Costa, brasileiro, nascido na
Colônia do Sacramento no Uruguai, que na época pertencia à Coroa portuguesa. É
considerado o Patrono da Imprensa brasileira, viveu bastante tempo na Inglaterra onde foi
Iniciado na Maçonaria. Foi aprisionado durante um tempo pela Inquisição, e curiosamente,
não foi preso pelo fato de ser Maçom, mas, por ser descendente de judeus sefarditas
portugueses.
*** No próximo domingo, a última parte do REAA onde, abordaremos entre outros
assuntos, as peculiaridades do Rito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Internet:
“O Supremo Conselho no Brasil”- Disponível em: www.sc33.org.br/hist-sc33.html
Revistas:
O PESQUISADOR MAÇÔNICO, Edição nº 15, Setembro/Outubro de 2013: “A História da Criação do
Grau 33 – Primeiro Supremo Conselho do Mundo” – Artigo de autoria do Irmão Hercule Spoladore.
Livros:
ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Editora Maçônica “A
Trolha” Ltda. 3ª Edição - 2012
CADERNO DE PESQUISAS 18 – “Breve História dos Altos Graus do Rito Escocês II”- Artigo de autoria
do Irmão José Castellani. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 2001
CADERNO DE PESQUISAS 21- “Primórdios dos Ritos e da Maçonaria no Brasil” – Artigo de autoria do
Irmão Mario Name – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 2006
CADERNOS DE BOLSO A TROLHA – AS CORES VERMELHAS DO RITO ESCOCÊS – “As Cores do
Rito Escocês Antigo e Aceito e os Aventais do 1º - 2º e 3º Graus” – Artigo de autoria do Irmão Salomão
Lutfalla. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição - 1994
CORTEZ, Joaquim Roberto Pinto. “A Maçonaria Escocesa” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª
Edição - 2009
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. “Dicionário de Maçonaria” – Editora Pensamento
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite” Vade-Mécum Maçônico” - Nova Letra Gráfica e Editora
Ltda. 2ª Edição – 2008
OLIVEIRA FILHO, Denizart Silveira de. “Palestras Maçônicas Para Loja de Estudos” - Volume 2 –
Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição - 2015

O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
]
ANTICLERICALISMO E A MAÇONARIA
NO PARANÁ NO SÉCULO XIX
Curitiba, na última década do século XIX, mesmo com as consequências ainda recentes da
Revolução Federalista que tantas amargas sequelas deixaram, não passava em realidade de uma
cidade provinciana.
Entretanto, em meio às revoluções sociais que estavam sacudindo o mundo, com novos
conceitos, quer éticos, morais, e inclusive religiosos esta cidade que contava com um grupo de
intelectuais de grande valor, foi palco de um contínuo debate de caráter ideológico-religioso
bastante acirrado.
No momento em que entraram em choque a forma tradicional do pensamento e
comportamento, com novas opções de pensar e agir, caracterizadas pelas conseqüências da
Proclamação da República, positivismo, anarquismo, socialismo e o liberalismo vigente no
mundo, o livre pensamento, ocupou o espaço que lhe era devido. Havia maçons em todas estas
áreas e, ocorreram muitos confrontos, especialmente pela imprensa, porem sempre mais no
sentido das idéias que pessoais, embora que também pessoais, diga-se de passagem, fazendo com
que o Paraná vivesse a partir de 1890 até os últimos anos da década de 1940 um período de
grandes debates, discussões e campanhas antagônicas entre o clero e os anticlericais.
As referidas influências no ensejo de criar novas propostas mais liberais em todos os níveis
sociais, resultaram alterações importantes de comportamento em todos os segmentos e, entre
outros pontos de confronto, a luta anticlerical, encetada por uma elite intelectual onde haviam
maçons e não maçons. Já, uma facção da Maçonaria Paranaense apesar de ser anti-clerical
ideológica optou por não participar dos embates, por serem seus membros católicos.
Esta luta de idéias teve desdobramentos interessantes, de cunho regionalista onde um
agressivo duelo de idéias foi levado através da imprensa local, púlpito das Igrejas, sessões
maçônicas e mesmo nas ruas. O maior líder anticlerical foi Dario Persiano de Castro Vellozo(
Loja “Luz Invisível”, grau 33)
O vinha a ser o anticlericalismo? Era a aversão ao clericalismo provinda do fato de não
aceitarem o poder dos papas, quer temporal, político e religioso. O clericalismo em sua definição
abrange a ação do clero de sair do domínio religioso se imiscuindo indevidamente em problemas
públicos ou privados. Os anticlericais eram ferrenhos opositores da doutrina ultramontana que
subordinava os fieis ao poder do papa em matéria de fé e disciplina, e ainda combatiam
especialmente o jesuitismo. O termo ultramontanismo teve origem na política e doutrina dos
católicos franceses e de outros países que buscavam inspiração e apoio alem dos montes ( Alpes)
5 – Anticlericalismo e a Maçonaria no Paraná no Século XIX
Hercule Spoladore

na Cúria Romana. A linha de ataque ao clericalismo no Paraná estava direcionada ao ensino
religioso nas escolas, ao casamento religioso, à vida dentro dos conventos, à frequência ao
confessionário, à Eucaristia, e à presença de ordens religiosas que eram compostas de frades,
padres e freiras estrangeiros.
Os anticlericais combatiam o clero, não a religião católica em si, combatiam o poder
temporal que os padres exerciam.
Em realidade faz-se confusão com clericalismo e religião ou religiosidade. O clero na
Igreja católica foi iniciado com o édito de Tassalônica em 380, quando o Imperador Teodosio
decretou o Cristianismo como religião oficial do estado. A partir daí o clero tem tentado e muitas
vezes conseguido ditar normas sócio-políticas nas nações cristãs, influindo nos problemas
políticos e sociais destes países.
Este confronto repercutiu no Paraná de forma regional, acrescido de outras influências,
próprias da época, quer locais, quer mundiais.
A situação foi desencadeada pelo aparecimento de inúmeros jornais, de intelectuais,
republicanos e abolicionistas e livre pensadores que baseados nas ideias maçônicas francesas
evidenciavam o êxito destas idéias progressistas e que a partir da última década do século XIX, se
voltaram contra o clero.
A França foi o país líder da luta contra o ultramontanismo. Grandes lideres do pensamento
moderno do mundo da época foram celebres anticlericais. Um deles, Leon Gambetta, francês,
republicano e maçom tinha um lema que resume a o que se pensava na Europa do clero: “ O
clericalismo, eis o inimigo”.
Os imigrantes que passaram a residir nas cidades paranaenses, especialmente italianos e alemães,
além de Jean Iteberê da Cunha que estudou na Bélgica, trouxeram as experiências vividas na
Europa onde a ojeriza contra o clericalismo nasceu, e as repassavam ao povo paranaense.
Em Curitiba partindo do livre pensamento e do ocultismo que imperava então,
especialmente por influência de Dario Vellozo, os intelectuais anticlericais mais ativos, nem todos
o eram, mas a maioria tinha filiação maçônica alem de fazer parte do movimento literário
conhecido como Simbolismo.
Ressalte-se que, nem todos anticlericais do Paraná eram maçons e uma boa parte de maçons
também não era anticlerical. Justamente por este grupo de intelectuais serem líderes e escritores
importantes e fazerem parte da imprensa local representando com ardor o Simbolismo literário, a
sua ação era muito mais sentida, dando a impressão que toda a Maçonaria era contra.
Pelo decreto n.º 119 de 07/01/1890 o Marechal Deodoro e seus Ministros separaram a
Igreja do Estado, onde em seu artigo 5º reconhecia a personalidade jurídica a todas as religiões e
confissões religiosas.
Para termos uma noção de como estava até então a religião no pais, pelo artigo 5º da
Constituição do Império declarava que a religião do Estado era a Católica Apostólica Romana e o
código criminal de n.º 276, dispunha:
“Celebrar em casa ou edifício que tenha a forma exterior de templo, ou publicamente, em
qualquer lugar, o culto de outra religião que não seja a do Estado:
Penas: de serem dispersos pelo juiz de paz os que estiverem reunidos para o culto, de
demolição da forma exterior, e de multa de 2$000 a 12$000, que pagará cada um”.
Como vemos não havia liberdade de religião. Aliás, havia até punição para quem
pertencesse a outro credo.
Pela Bula Pontifícia Ad Universas Orbi Eclesias de 27/04/1892 criava-se a Diocese de Curitiba.
A Igreja paranaense teve que se organizar, pois sua situação era crítica no final do século XIX.
Tinha poucos padres, estava separada do Estado, não recebia mais proventos do governo que
até então, eram pagos como se fossem funcionários públicos, havia ignorância religiosa do
povo, ausência de colégios católicos e ainda os anticlericais imbuídos de novas idéias liberais

não perdiam tempo em seus ataques. Ela teve que romanizar a Diocese criada. Fundou colégios,
seminários, congregações religiosas masculinas e femininas de leigos e teve que se valer de
ordens estrangeiras.
A imprensa teve um papel importante nestes confrontos, pois foi através dela que o povo
tomou conhecimento dos pensamentos dos clericais e anticlericais.
Um dos primeiros periódicos a manifestar-se contra os clericais foi o jornal A Republica,
órgão do Clube Republicano, e que começou circular em 15/03/1886, portanto, ainda em pleno
segundo reinado. O jornal defendia as teses republicanas. Os anticlericais entendiam que a defesa
do catolicismo estava atrelada ao antirrepublicaníssimo. Podemos atribuir que o movimento
anticlerical por esta razão tomou no Brasil um sentido político-ideológico-religioso, pois o clero
esteve sempre ligado intimamente à monarquia. O jornal publicava matéria condenando a invasão
ultramontana e o jesuitismo.
A revista O Clube Curitybano do Clube Curitybano iniciou a sua circulação em
16/01/1890. Em 1891 Dario Vellozo já fazia parte do corpo de redatores, mudou a grafia para
Coritibano. Em 1893 foi suspensa sua circulação, voltando a ser distribuído em 1895.
Trabalhavam com Dario os seus companheiros de luta, Manoel Azevedo da Silveira Netto ( Loja
“Fraternidade Paranaense”), Emiliano Pernetta ( iniciado na Loja “Guilherme Dias” – Machado –
MG e Loja “Fraternidade Paranaense”), Júlio Davi Pernetta ( Loja “Estrela de Antonina” onde foi
Venerável), Reinaldo Pedro Machado ( Loja “Fraternidade Paranaense”).
A revista era de cunho literário e de notícias do clube, mas quando Dario Vellozo, assumiu
como redator, a revista começou a publicar artigos de ocultismo e anticlericais.
O Cenáculo publicação que começou a ser levado ao público a partir de Abril de 1895
tinha como colaboradores e redatores Dario Vellozo, Silveira Netto, Antonio Braga e Júlio David
Pernetta.
Os propósitos do grupo era não pertencer à qualquer escola literária ou filosófica, tendo
como lema o sentimento pelo sentimento e a verdade pela verdade.
No entanto, este grupo esboçaria a criação da primeira escola literária do Paraná, calcada no
Simbolismo.
O Simbolismo surgiu na França na década de 1880-90 como uma reação ao parnasianismo e
visava substituir a poesia descritiva e formalista por uma poesia de musicalidade sugestiva e de
formas livres, ressaltava os sons, as cores e a sugestão. Teve como um dos seus mestres e grande
teórico, o poeta francês Stephane Mallarmé, tido como o Pai do Simbolismo Esta escola literária
foi no início do século XX foi ultrapassada pelo neo-parnasianismo e pelo modernismo.
Entretanto ela haveria de influenciar varias gerações de intelectuais brasileiros.
O Paraná, pelo grande numero de escritores e poetas que teve a oportunidade de ter nas
últimas décadas do século XIX, foi um dos estados líderes neste movimento juntamente com São
Paulo e Rio de Janeiro. A maioria destes intelectuais eram maçons.
O Cenáculo achava que a Imprensa não deveria calar-se com relação ao ensino religioso
oferecido pela Igreja à infância. Dario Vellozo afirmava que “ o jesuitismo se disfarçava sob a
tiara papal”. “Não era contra o Catolicismo, que continuasse com suas tradições, seus cultos”.
O grupo também mostrava tendências positivistas. Uma carta do grande republicano
paranaense Albino José Silva ( Loja "Perseverança” de Paranaguá), publicada no O Cenáculo se
referia que “ os positivistas e livre pensadores da República são de energia invencível, de
convicção inabalável”.
Em 1898 surgiu o jornal maçônico O Pelicano sob o comando do Major Belisário
Pernambuco( Loja “Fraternidade Paranaense”) sob a responsabilidade da Loja do mesmo nome,
que era totalmente composto de artigos contra o clero. Só foram publicados três números, pois seu

redator mudou-se para o Rio de Janeiro], onde continuou suas atividades no Grande Oriente do
Brasil.
A revista Jerusalém que sucedeu o Pelicano começou a sua circulação a partir de 09/1898
até 1902, sendo publicados 112 números. Era editada sob os auspícios da Loja Maçônica
“Fraternidade Paranaense”.Foi mais um dos veículos de ataques mais violentos ao clero.
Seus articulistas principais eram Júlio Perneta, Silveira Netto Ismael Alves Pereira
Martins( Loja “Modéstia” – Morretes) e o ex - Padre Guilherme Dias que era maçom, não residia
no Paraná. Cooperava com artigos publicados na imprensa anticlerical. Também fizeram parte
destas edições os maçons Aníbal Pires e Alfredo Munhoz membros da Loja “Fraternidade
Paranaense”. Através da revista, Júlio Pernetta escrevia contra o ensino religioso em seu artigo
“Os Chacais”, o padre Guilherme Dias escrevia contra a vida conventual e Ismael Martins
através de seus artigos “Tartufos” combatia os padres de Curitiba os quais eram quase todos
imigrados e segundo ele, com interesses contrários ao Brasil e ainda assim se referia: “Resigna-te
Paraná! Já se foram os dias de sossego, hoje é indispensável lutar, precisamos evitar os botes da
serpente”.
O confessionário bem como os jesuítas eram o alvo preferido dos articulistas. Ainda o
Jerusalém também se batia de frente contra os padres que se opunham às instalações de lojas
maçônicas no perímetro suas paróquias.
O Diário da Tarde apareceu nas bancas de jornais curitibanos a partir de 18/03/1899. Este
jornal abraçou a causa dos anti-clericais onde Veríssimo de Souza( Loja Santo Antonio da Lapa-
Lapa-PR). escrevia pesados artigos contra o clero. Posteriormente este jornal posicionou-se ao
lado do clero
A revista Esphinge apareceu em 09/1899 em publicação mensal, através do Centro
Esotérico “Luz Invisível” da Loja “Luz Invisível” tinha como prioridade divulgar o ocultismo e
através de uma linguagem mais rebuscada, era da linha anti-clerical. Como sempre tinha Dario
Vellozo na direção.
Em 1900 surgiu em Ponta Grossa o jornal Anticlerical órgão do Centro Anticlerical
daquela cidade.
Os intelectuais que faziam parte destes órgãos de imprensa se reuniram e fundaram em
1901 a Liga Anticlerical Paranaense. Como consequência da fundação desta entidade, fundaram o
jornal Eletra dirigido por Ismael Martins, Generoso Borges( Loja “Perseverança” de Paranaguá)
Euclides Bandeira ( Loja “Luz Invisível), além de Leite Júnior.
Tinham como lema “é preciso arrancar a venda aos olhos do povo que vive iludido pelo
clero” de Karl von Koseritz e “Esmaguemos o infame ( o clero)” de Voltaire.
Já o primeiro número do Eletra alertava que os ataques seriam francos e frontais.
Nesta fase da luta os textos publicados pela imprensa estavam cada vez mais apimentados e
agressivos. Passaram também criticar não só o clero, mas também os católicos leigos e,
especialmente os colégios que estavam sendo criados.
O italiano, morando no Paraná há muito tempo, nacionalizado brasileiro, Dr. José Franco
Grillo radicado em Palmeira, grande zoologista, anticlerical, maçom iniciado na Itália na Loja “I
Figli de Garibaldi”, eleito deputado gestão 1902/03, luta pela retirada das subvenções oficiais,
considerada anti-constituicionais, mas que estavam sendo votadas para a construção de seminários
e colégios católicos.
Os católicos desde a criação de seu jornal A Estrella cujo primeiro número saiu a
03/04/1898 sendo publicado até 08/1905, quando cessou sua publicação por alguns meses,
voltando à circulação em 1906 rebatiam tudo o que os anticlericais escreviam. Seus ataques eram
especialmente endereçados à Dario Vellozo.

Tentavam desfazer a confusão que os anticlericais faziam, atribuindo tudo ao jesuitismo,
quando na realidade as congregações que existiam no Paraná não eram de jesuítas. Os articulistas
deste jornal, ridicularizavam os anticlericais, afirmando que os anticlericais não estavam trazendo
nada de novo, e que eram meros repetidores da campanha mundial contra o clero.
O maiores opositores dos livres pensadores foram os padres Desidério Deschand e Alberto
Gonçalves.
Na Catedral as missas eram concorridas, frequentadas especialmente pelos intelectuais
católicos que vinham ouvir as mensagens do Padre Deschand e Alberto Gonçalves. No interior
dos templos maçônicos, propagava-se a campanha anticlerical.
Em 12/09/1929 funda-se o Círculo de Estudos Bandeirantes com a finalidade de
investigações cientificas e estudos filosóficos aprofundados em relação à doutrina católica e na
obediência aos princípios da Igreja. Esta entidade, foi fundada por onze intelectuais católicos. Os
padres não estavam mais sozinhos na sua luta contra os anticlericais. Todavia este Círculo
trabalhava em alto nível. Sua revista, publicada partir de 1934 entre os trabalhos apresentados
publicou muito estudo do grande escritor católico e maçom Francisco de Paula Dias Negrão(
Lojas “Fraternidade Paranaense” e “Fé e Trabalho de Rio Negro”)
Em 1905, Dario Vellozo publica um famoso trabalho “Derrocada Ultramontana” então no
auge da disputa entre os dois lados. O Padre Deschand em artigos veementes, desafiava Dario
Vellozo a provar o fundamento histórico do que escrevia, inclusive atacando o seu sectarismo
excessivo que o impedia de reconhecer o papel da Igreja na história da civilização.
Em 11/1908 a campanha anticlerical torna-se novamente acirrada quando
foi fundado mais um periódico, órgão da Maçonaria do Paraná o Ramo de Acácia sob a direção
de Dario Vellozo, e que tinha como redatores Emiliano Pernetta, José Niepce da Silva ( Loja
“Fraternidade Paranaense”) e Sebastião Paraná ( Loja “Luz Invisível”) Este periódico se dizia,
republicano, anticlerical, anti-imperial e livre pensador.
Mais um novo jornal anticlerical A Batina surgiu sendo publicado quatro números de
14/04/1911 à 29/11/1911, órgão da mocidade livre pensadora. Usavam os mesmo argumentos dos
jornais e revistas anteriores, combatiam o jesuitismo, o ultramontanismo, o clero e o papa. O
Colégio Paranaense, então ainda o maior centro cultural de Curitiba, várias gerações de alunos
foram influenciadas pelo mestre Dario Vellozo.
O articulista Collares Marques assim se referia no terceiro número do jornal:
“Espíritos esclarecidos ( Dario Vellozo, Emiliano Pernetta, Euclides Bandeira) combatem os
padres. Contamos ainda com os porta-vozes desses mestres: a mocidade. Em cada aluno do
Colégio Paranaense e da Escola Normal, divisamos um amigo da ciência e por conseguinte um
inimigo dos padres”.
Em 20/09/1911 à 24/09/1911 foi realizado um Congresso Maçônico do Paraná em Curitiba,
onde teses litúrgicas, políticas e sociais foram levantadas pelas Lojas do Estado.
Entre estas teses, haviam proposições a favor do divórcio, proposições contra o ensino
religioso em escolas públicas, e também uma tese anticlerical.
“A Maçonaria progressista e vitoriosa não podia ficar vinculada a preceitos arcaicos como a Igreja
aos dogmas; ela abriu os templos à curiosidade profana mostrando que o seu simbolismo nada
tinha deste aspecto satânico onde chamejavam olhos rubros de caprinos negros como a fantasia
popular imaginava aguçada pelos embustes da Igreja de Roma.
Na 5ª tese que tratava do assunto, lê-se: “ O jesuitismo nefasto e altamente prejudicial à
família, à moral, aos bons costumes, à sociedade enfim, julgamos estar dentro da orbita de ação da
maçonaria, e combate-lo sem tréguas com empenho e tenacidade, cerceando a influência procaz
dessa torva e nefasta instituição. Combater os jesuítas, esses eternos inimigos da civilização e do
progresso, é trabalhar pelo bem da humanidade em cuja santa causa os maçons vão empenhando
durante séculos, o melhor de seus esforços. A maçonaria, pois cujos supremos fins consistem em

semear o bem praticar a caridade, combater o obscurantismo, a ignorância, o erro, dedicar-se,
enfim ao apostolado de todas as virtudes, não deve ficar de mãos cruzadas ante a invasão jesuítica,
pelo contrário, deve procurar um conjunto de esforços de todos os maçons, impedir-lhe a ação,
cercear-lhe o desenvolvimento, prestando assim, consoante a sua grandiosa missão, assinalando
um serviço á humanidade”. ( dos anais do congresso)
Em 13/05/1914 á 16/05/1914 foi realizado outro Congresso Maçônico em Paranaguá, e que
contou com a presença do Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil o Senador Lauro Sodré.
Durante a discussão da 7ª tese que tratava justamente do problema clerical, o Dr. Francisco
Accioly R. da Costa( Loja “Perseverança”) achava que se deveria retirar da tese a expressão
“espírito clerical”, pois nenhum artigo da Constituição Maçônica autorizava combate às religiões.
Que aquela expressão dava aos maçons o caráter anticlerical (?). O Dr. Hugo Simas ( Loja Luz
Invisível”) justifica o parecer da Comissão, dizendo ser necessário combater os excessos do
clericalismo e não combater o clero.
Aparentemente estava havendo um abrandamento nos pronunciamentos da Maçonaria em
relação ao clero.
Ainda neste evento o Orador oficial do Congresso, Dario Vellozo “tomando a palavra
mostrou como a realeza e o clero caminharam juntos e como o clero absorveu a realeza e como
portanto se desenvolveu o clericalismo, que foi sempre um elemento de principio absorvente; fez
evoluir aos olhos do congresso o poder do clero, especialmente depois da Companhia de Jesus,
mas ao mesmo tempo mostrando as conquistas do livre pensamento até abordar a questão dos
bispos, tratada por Saldanha Marinho e disse que o combate ao clericalismo era uma necessidade”
(dos anais do congresso).
Em seguida Otacilio Camará representante do Conselho Geral da Ordem do Grande Oriente
do Brasil pede que se conste em ata, que sua opinião era contra a “política clerical” e não contra
catolicismo em si.
Neste Congresso ainda foram aprovadas teses em favor do divórcio e contra o ensino
religioso em escolas públicas.
As escaramuças entre clericais e anticlericais continuaram através dos anos. Entretanto, em
1930 o grande líder Dario já não tinha ao seu redor todos os companheiros que o acompanharam
na sua cruzada anticlerical desde há tantos anos. Na década de 1930 –1940 uma nova situação
mundial ocorreu com a Guerra Civil na Espanha e intentona Comunista no Brasil em 1935. O
inimigo maior da Igreja agora era o comunismo ateu, e os anticlericais e livre pensadores já não
tinham a força de outrora. O confronto já era coisa do passado. Dario Vellozo faleceu em
28/09/1937. Com sua morte, praticamente cessou a luta anticlerical no Paraná através dos veículos
de imprensa.
Dario Vellozo desde há muito foi se tornando cada vez mais esotérico, mesmo sem
abandonar suas opiniões anticlericais. Funda em 26/11/1909 o Instituto Néo-Pitagórico uma
instituição cultural e moral destinada ao desenvolvimento espiritual e ao altruísmo. Tinha
finalidades iniciáticas, administrativas, musicais, literárias e também para homenagear pessoas
importantes ou etnias. Congregava esta entidade livres-pensadores, maçons, espíritas, protestantes
e ateus.
Pretendia divulgar o Método Pitagórico ou Método Integral do Conhecimento, mesclando
conceitos esotéricos orientais e helênicos
Myrto e Acácia foi o primeiro órgão de divulgação. A revista era publicada
trimestralmente. Em 1931, foi substituída pela revista A Lâmpada que continua até a presente
data a ser publicada.
O seus membros levavam codinomes helênicos. Dario Vellozo era Apollonio de Tyana. Na
Diretoria o presidente era o Antigo, e ainda tinham o Escriba, o Astrólogo, Musa da Verdade,
Musa da Justiça e outros cargos.

Sempre que havia uma reunião na primeira parte era lido e comentado um trecho dos
“Versos de Ouro” sobre Pitágoras.
Em 1914 o Instituto transfere-se para Rio Negro-PR estabelecendo na localidade
denominada por eles de Nova Krotona onde funda a Escola Brasil Cívico. Voltou à Curitiba por
causa da ameaça da Guerra do Contestado e em 1918, onde constroe o Templo das Musas.
Tinham um alfabeto e palavras especiais para se identificarem e ao terminar a reunião a
saudação era “Seja a Paz com todos os seres” O Instituto existe até a presente data.
Assim após estas exposições, podemos ter uma ideia sucinta de um movimento maçônico
contra o clero católico no Paraná que durou cerca cinqüenta anos, e que parece não ter deixado
maiores feridas em ambos os lados, pois grande parte dos maçons são católicos. O clero continua
até a presente data a nos atacar. Existem bulas papais condenando a Maçonaria que não foram
revogadas. Mas na prática, nem todos os padres são contra a Maçonaria, pelo menos
aparentemente. É dividida a opinião entre eles. Alguns nos toleram. Alguns prescindem do auxilio
de maçons na maioria das pequenas cidades, para quermesses, campanhas sociais, construção de
obras de caridade etc., sempre recebendo ajuda preciosa dos maçons. Em troca não os combate.
Bibliografia
BALHANA, Alberto de Freitas “Ideias em Confronto”
Ed. Secretaria do Estado de Cultura e Esporte do Paraná –
Curitiba, 1951
BALÃO, Jaime Jr. “ Mensagem da Infância”
Curitiba, 1957
SANTOS, Dario Nogueira dos “Ação Histórica da Augusta e Respeitável
Capitular Benemérita e Benfeitora “Perseverança” de
Paranaguá
(Livro não publicado)
DICIONÁRIO HISTÓRICO BIOGRÁFICO DO PARANÁ- Ed. Livraria do Chain
Curitiba, 1991
RAMO DE ACACIA N.º 7 a 11
Revista “ A Lâmpada” n.º 216-219 Janeiro a Dezembro 1955
Revista do Círculo de Estudos “Bandeirantes” Tomo 1 - n° 5 – Abril de 1938
DELTA LAROUSE

O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve aos domingos
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
ESTUDOS MAÇÔNICOS-
ARISTÓTELES E MACHADO DE ASSIS
MONTANDO O QUEBRA CABEÇA
“Que é o homem que não procura tornar melhor o lugar onde vive?*
Existem dois tipos de conhecimentos universais que antecedem o
advento do fenômeno da vida humana. Eles existem independentemente de
você e eu existirmos, porque simplesmente não dependem de nenhum de nós
para existir. A esses dois conhecimentos nós podemos chamar de alma
individual e alma coletiva; ou de Enteléquia (conforme a terminologia da filosofia aristotélica),
Inconsciente Coletivo (segundo a terminologia de Jung) ou Formas Arquetípicas ou Universais, na
filosofia de Platão.
Enteléquia é a matriz energética inicial (ou seja, um programa matriz) que nos dá a
conformidade biológica e física que assumimos em nossa existência terrestre. Ela nos diz se
seremos um pato, um leão, um elefante ou um homem. E orienta também o nosso biótipo. Alto,
baixo, magro, gordo, careca, cabeludo, etc. É claro que nessa orientação é possível interferir,
mudando um pouco essa conformação. Enteléquia, em termos de tipos humanos, ou caráter, não
conforma, apenas orienta. E ela se torna uma força tão mais ativa e potente quanto mais
consciente dela nos tornamos. Ela é energia e energia pode ser captada para determinado
propósito. As plantas captam energia do sol para orientarem seus crescimentos; o homem capta a
força das águas dos rios para gerar energia elétrica; a energia elétrica é captada para fazer girar
motores, iluminar cidades, acionar máquinas.
A natureza é uma mãe cujo útero está prenhe de energia. Os seres humanos também. Há a energia
que aciona a nossa mente e a faz fabricar pensamentos; há a energia que movimenta os nossos
músculos e nos impulsiona nas nossas ações. Ambas são energias de potências insuspeitadas. Não
se pode medi-las em quilotons, nem em cavalos de força, nem watts, ou qualquer outra medida
técnica inventada pelo homem para medir as forças da natureza. Nós só sabemos que elas existem
e que são acionadas quando um determinado interruptor é acionado. Então nos tornamos fortes ou
6 – Estudos Maçônicos – Aristóteles e Machado de Assis –
Montando o Quebra Cabeça – João Anatalino Rodrigues

fracos, ativos ou reativos, corajosos ou covardes. Isso é Enteléquia, a nossa força interior. Você a
tem, eu a tenho, todos temos. Só precisamos aprender a usá-la.
A outra força da qual falamos é aquela que Jung chamou de Inconsciente Coletivo da
Humanidade. O Inconsciente Coletivo é um conhecimento do qual todos nós, em todos os tempos,
participamos, mesmo ser ter consciência dele. É uma sabedoria que parecemos ter desde sempre.
Algo assim como o instinto maternal, a capacidade de procriar, a tendência para o acasalamento, a
busca do agrupamento, a necessidade de um ritual para atingir estados de consciência superiores, a
crença em uma divindade, etc.
Ela é uma energia coletiva porque está à disposição da totalidade da humanidade e é como se
fosse um gerador alimentado pelos comportamentos, reflexões e descobertas feitas pela
humanidade em todos os tempos.
O Inconsciente Coletivo também é forte e pode dar um rumo à nossa vida. Mas ele também
não é absolutamente conformativo. O que quer dizer que você não deixará de ser feliz se não
acasalar, se não tiver uma religião, se não tiver filhos, etc. Mas tanto quanto a Enteléquia, a sua
energia individual, você pode captar o Inconsciente Coletivo como força para orientar suas ações.
É o que fazem os grandes líderes quando modelam seus heróis, quando observam as grandes leis
sociais, quando fazem o conhecimento acumulado da humanidade trabalhar a seu favor.
Você pode achar que tudo isso é misticismo barato. Mas não duvide de uma coisa. A
humanidade (Humanitas, como dizia Machado de Assis), é um ser ontológico. É um ente vivo,
formatado pelo desejo do ser humano de viver. Desde que o primeiro exemplar da espécie humana
fez a primeira reflexão, e o segundo aproveitou-a como conhecimento, nós o emancipamos. E
desde então ele passou a ser o próprio gestor da nossa existência. Nós só nascemos para fazer
parte da Humanidade. Para servi-la e se integrar a ela como realização de um todo indissociável.
Esse todo foi intuído pelo grande Teilhard de Chardin na sua visão hiper-física do universo, como
condensação de toda a energia gerada pelas nossas reflexões em uma camada que aureola a terra e
serve de celeiro para as nossas intuições. Ele chama a essa camada de “noosfera”.
Enteléquia, Humanitas, Noosfera, Inconsciente Coletivo, todos são conceitos arquetípicos de
uma mesma realidade funcional: Concentrar o sentido da nossa vida.
O universo é como um imenso quebra-cabeça. E nós somos parte de um desenho que jamais
se completaria se não tivéssemos nascido. Deus tem um propósito para todos nós. Talvez a gente
não saiba qual é, mas Ele sabe. Por mais absurda que pareça ser, toda vida tem um sentido. Seja o
que for que nos aconteça terá valido a pena ter vivido tudo isso.
___________________
 Frase do filme “Cruzada” de Ridley Scott.

IrJosé Maurício Guimarães
Venerável Mestre e fundador da Loja Maçônica de
Pesquisas “Quatuor Coronati” Pedro Campos de Miranda
jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.
Perpetuar-se no poder é fazer durar para sempre, ou por muito
tempo, um status contrário ao progresso e aos direitos
inalienáveis dos cidadãos. É a tentativa de eternizar-se, seja
reproduzindo o poder pessoal através da "geração espontânea",
ou conservando a imagem própria mediante artifícios
financiados pelos cofres públicos (conhecidos, no caso, como "a
máquina").
Os reis perpetuavam-se pela geração de novos reis em
privilegiados úteros de rainhas e princesas. Diziam que um
"deus" descia das nuvens e escolhia uma Grande Família – por
exemplo, Carolíngios, Capetos, Valois, Bourbons – e estava
resolvido. Não importava se os descendentes nascessem loucos,
idiotas ou sociopatas: tinham o Sangue Real e "estamos
conversados": engula-se! e revogavam-se as disposições em
contrário.
De modo semelhante, um raio "da consciência divina" penetra (ou penetrava) sorrateiramente
pelas chaminés do Vaticano para escolher, entre os Cardeais do Conclave, um Rex Ecclesiam –
sucessor de Pedro na chefia da Igreja, chamado Pontífice (construtor de pontes), chefe supremo e
infalível, isto é: falou, tá falado – mesmo que fosse um Borgia - e revogam-se as disposições em
contrário.
Todos esses cargos da "geração espontânea" ou do raio divino são "for life" – ou seja: duram
enquanto o coração do "eleito de deus" estiver batendo ou ainda que a decrepitude ou senilidade
caia pesadamente sobre sua capacidade de discernir ente um gato de uma batata.
7 – Alternância no Poder
José Maurício Guimarães

É nessa linha de raciocínio que, em pleno Século XXI, ainda nos deparamos com "líderes" se
indignando pelo fato de em alguns segmentos haja disputa eleitoral. Ora, os governos e as
instituições só funcionam onde prevalece o contraditório e a disputa (pacífica) em todos os
escalões do comando. O que exceder a isso tem um nome: ditadura, pois nem como monarquia
pode ser encarado.
Há outros truques para perpetuar-se no poder. São tantos, que não cabem neste texto. Teríamos
que convocar centenas de sábios para escreverem uma biblioteca inteira sobre o assunto. E,
certamente, aconteceria um incêndio nas dependências dessa mesma biblioteca "devido à má
conservação das instalações elétricas".
A alternância de poder pressupõe, evidentemente, o revezamento nos tronos, nos gabinetes, nas
presidências e na administração do condomínio. Ninguém duvida que isso seja elemento decisivo
para a preservação das instituições e, diga-se de passagem, para a saúde e transparência das
tesourarias.
As crises institucionais só podem ser solucionadas pela observância da subordinação dos poderes
a uma Constituição democraticamente promulgada e pelo princípio da alternância do poder. Se a
Constituição e as leis da República (ou das instituições) falam expressamente sobre a duração dos
mandatos e a maneira de se realizarem eleições, toda gambiarra é um golpe violento contra a
Liberdade.
Líderes autênticos governam com o consentimento dos seus pares e não por inspiração
sobrenatural. O poder do dirigente legítimo não procede do controle, mas do respeito aos limites
impostos pela liberdade e justiça. Quem detém a soberania das instituições, associações e nações é
a base da pirâmide e só a partir dela pode-se cobrar de cada um a responsabilidade para com a
comunidade inteira.
:::::::
Convido você para visitar o meu site e inscrever-se nele
http://josemauricioguimaraes.com.br

(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
05/03/2005 Aurora Florianópolis
10/03/1972 Templários da Justiça Lages
15/03/1998 Estrela do Sul Lages
18/03/1998 Jacy Daussen São José
18/03/2011 Monteiro Lobato Itajaí
19/03/1993 III Milênio Curitibanos
19/03/1994 Renascer da Luz Criciúma
20/03/1949 Januário Corte Florianópolis
23/03/1996 Pedra Cintilante Itapema
24/03/1998 Fiel Amizade Florianópolis
30/03/1998 Amigos para Sempre Joinville
30/03/1999 Círculo da Luz Joinville
31/03/1975 Estrela do Mar Balneário Camboriú
31/03/2011 Colunas do Arquiteto Ituporanga
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Março
8 – Destaques JB
Resenha Final

GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
03.03.2012 Guardiões das Virtudes - 4198 Biguaçú
14.03.1981 Estrela do Planalto -2119 Canoinhas
16.03.1899 União III Luz E Trab. 664 Porto União
16.03.2005 Cavaleiros da Luz - 3657 Florianópolis
19.03.2004 Quintessência - 3572 Bombinhas
21.03.1990 Luz da Acácia - 2586 Jaraguá do Sul
21.03.2009 Acácia de Balneário - 3978 Baln. Camboriú
29.03.1973 Acácia Joinvilense - 1937 Joinville
29.03.1973 Gênesis - 2701 Tubarão
29.03.2012 União Palhocense - 4236 Palhoça
30.03.2006 Luz da Porta do Vale - 3764 Itajaí
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
11.03.2003 Fraternidade Itajaiense nr. 85 Itajaí
17.03.2010 Fonte de Luz nr. 102 Chapecó
18.03.1989 Tríplice Fraternidade nr. 48 Dionísio Cerqueira
20.03.2009 Acácia Itajaiense II nr. 100 Itajaí
21.03.1940 Cruzeiro do Sul nr. 05 Joaçaba
24.03.2010 Loja do Sol nr. 103 Blumenau
28.03.1970 Pitágoras nr. 15 Florianópolis
30.03.1995 Leão de Judá nr. 62 Florianópolis

Loja Alferes Tiradentes nr. 20
Na noite de sexta-feira, como Membro Honorário da Loja Alferes Tiradentes nr. 20,
conduzimos para uma visita, o Irmão Amândio Silva, aproveitando sua estada em
Florianópolis.
O Irmão Amândio, é Delegado para a América Latina do Grande Oriente de Portugal
e veio especialmente para a Sessão Pública da Loja Templários da Nova Era, que na
quarta-feira (16) realizou homenagem pela edição nr. 2000 do JB News.
Conhecemos pessoalmente o Irmão Amândio Silva em novembro de 2011 quando
participamos da Expedição Maçônica organizada pelos Irmãos Sergio Quirino e Paulo
Queiroga, como membros da Loja Presidente Roosevelt nr. 25 de Belo Horizonte,
jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.
Desta data em diante Amândio tornou-se leitor assíduo e amigo do JB News.
Antes de seu regresso, aproveitamos para visitar algumas Lojas. Na oportunidade de
sua visita à ARLS Alferes Tiradentes, o Irmão Amândio Silva, a convite do
Venerável Mestre, Irmão Francisco Carlos Lajus, proferir palestra sobre Tiradentes,
patrono da Loja.

O Irmão Eleutério em nome da Loja entregou um exemplar de sua maravilhosa obra
“Nossa Senhora do Desterro” que será lançada terça-feira à noite na Assembleia
Legislativa de Santa Catarina, cuja história em quadrinhos foi totalmente produzida
por ele, com desenhos à tinta nanquim. Também, como brinde, acompanharam dois
livros também de autoria do Irmão Eleutério.
Em retribuição, o Irmão Amândio ofertou à biblioteca da Loja “Alferes Tiradentes”
uma importante obra sobre “Gomes Freire”, o primeiro mártir da Maçonaria
portuguesa, nos idos do início do Século XIX.
Ao após, a Loja Alferes Tiradentes, também resolveu homenagem o seu membro
Honorário pelo alcance do número 2000 do informático virtual diário, JB News.
Obrigado. Não se merece tanto.

Loja Professor Mâncio da Costa
Florianópolis – GOB/SC
CONVITE
Dando continuidade ao Ciclo de Grandes Palestras, a Administração da
B∴A∴R∴L∴S∴ Prof∴ MÂNCIO DA COSTA – N° 1977 - GOB tem a honra de Convidar os
Irmãos para mais uma grande Palestra deste projeto que será proferida pelo
Ir∴ MARCOS DE OLIVEIRA, com o título:
“TEORIAS SOBRE O SIGNIFICADO E A FUNÇÃO DO CONHECIMENTO”
Local: Templo da FAR - Rua Pres. Gama Rosa, n° 36 – Trindade – Florianópolis
Data: dia 21 de março de 2016 – Segunda- Feira
Horário: às 20:00 horas em Sessão no Grau de Aprendiz, REAA.
O Ir∴ Marcos de Oliveira é V∴M∴ da Loja Alvorada da Sabedoria, Cavaleiro
Templário, Maçom do Real Arco, Cavaleiro de São João de Jerusalém, Palestina,
Rodes e Malta, Coronel BM, foi Comandante Geral dos Bombeiros em Santa
Catarina, membro da Academia de Letras dos Policiais Militares de Sta. Catarina,
com vários cursos de Graduação e Pós Graduação.
Após a sessão haverá um Ágape por adesão. Aos IIr∴ que quiserem participar do
Ágape, solicitamos confirmação de presença para melhor organização.
Florianópolis, março de 2016.
Ir∴ Paulo Roberto Velloso V∴M∴
Prof∴ Mâncio da Costa
Dividir os trabalhos para somar resultados.
www.manciodacosta.mvu.com.br

Linha de frente de um dos desfiles de 7 de Setembro em Belo Horizonte - (acervo: Ir. Sergio Quirino )

Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 – Victor Hugo:
victor hugo a vida depois da vida.pps
2 – trinta mentiras:
rintamentiras.pps
3 – Relíquia de 1968:
VÍDEO-RELIQUIA-1968.wmv
4 – remédios milagrosos:
remediosavos.pps
5 – Alentejo:
o-melhor-do-alentejo.pdf
6 – Ponte com técnica especial no Perú:
https://www.youtube.com/embed/dql-D6JQ1Bc
7 –
Filme do dia: (O VICIO SINGRA O MISSISSIPI) 1955 (Faroeste)Tony Curtis - Legendado.
Sinopse:
Homem foge e outro morre em seu lugar por causa de um suposto assassinato. Os anos passam. Depois de ter
exercido a rude profissão de vaqueiro num rancho afastado, regressa a Galena para reatar relações com Zoe
Fontaine, uma cantora de cabaré que ele ama, e para tentar desvendar a identidade dos verdadeiros responsáveis
pelo crime que o condenou ao exílio.
https://www.youtube.com/watch?v=-pTChzZAdX4

O Irmão e poeta Sinval Santos
da Silveira *
escreve aos domingos no
“Fechando a Cortina”
Um corpo parecendo sem vida, vazio...
Nada falava, nem o olhar refletia.
Movimentos travados, mal se mexia.
A infelicidade, nele residia.
O amor ausente, era o carcereiro sem piedade, o estímulo da
maldade.
Silenciosamente, como uma sombra
angelical, nas entranhas da sua alma,
uma semente se plantou.
Fecundou o amor !
Criou vida o corpo sofrido, voltando o
brilho aquele olhar sem luz.
Sorriu o rosto sisudo, e a alma,
finalmente, se abriu.
Fecundada, sem a prenhez do corpo estufado,
trouxe de volta a vida que
quase se foi.
Renovado, retorna a alegria de quem a

morte enganou.
Foi embora o carcereiro da maldade,
colocando em liberdade, a felicidade
que a fecundação da alma sentenciou !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 - Florianópolis

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