1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33.com.br – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.227
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Reuniões: quintas-feiras às 20h00 –
(Em recesso. Retorno: 06.03.14)
Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) sábado, 11 de janeiro de 2014
Índice:
Bloco 1 -Almanaque
Bloco 2 -Opinião: Artigo nr. 153 do Irmão Barbosa Nunes – ( Uai, Nhem, Nhem Nhem, .....)
Bloco 3 –IrMario López Rico – Mi Logia ( Minha Loja)
Bloco 4 –IrKennyo Ismail – Maçonaria & Iluminismo
Bloco 5 - Ir Pedro Juk – Perguntas & Respostas – ( do IrCarlos Roberto Martins – Templo e Câmara
do Meio )
Bloco 6 - Destaques JB (hoje com os versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici )
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
11 de janeiro de 2014.
É o 11º. dia do Calendário Gregoriano. Faltam 354 para acabar o ano e 152 para início da Copa do Mundo.
Dia do Controle da Poluição por agrotóxicos; Dia da República da Albânia; Dia da Independência do Marrocos.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos.
2. JB News – Informativo nr. 1.227 Florianópolis (SC), sábado, 11 de janeiro de 2014. Pág. 2/21
É leitura para todos os dias
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3. JB News – Informativo nr. 1.227 Florianópolis (SC), sábado, 11 de janeiro de 2014. Pág. 3/21
630 - O profeta e fundador do Islamismo, Maomé, destrói os ídolos do santuário de Kaaba em Meca.
1580 - Iniciadas as Cortes de Almeirim que questionam o direito da nomeação de sucessor ao trono de Portugal.
1610 - Galileu Galilei descobre Ganímedes, satélite de Júpiter.
1689 - O Parlamento de Inglaterra depõe o rei Jaime II.
1787 - O alferes Antônio José da Costa segue em viagem de desbravamento em direção a Lages cruzando o Rio
Imaruí.
1861 - Guerra civil americana: O Alabama separa-se da União.
1866 - Naufraga no Golfo de Viscaya o barco de passageiros inglês London. Morreram afogadas 220 pessoas.
1890 - Ultimato britânico de 1890: os ingleses intimam Portugal a retirar suas tropas do território compreendido
entre Moçambique e Angola incluídos no conhecido Mapa cor-de-rosa.
1913 - Proclamação da independência do Tibete.
1916 - Os russos conquistam Erzurum, capital da Armênia turca.
1918 - A Assembléia de Deus, maior denominação evangélica do mundo, é oficialmente registrada, em Belém do
Pará, no Brasil.
1920 - Navio francês que viajava para a África afunda perto de La Rochelle com 553 pessoas a bordo.
1922 - Pela primeira vez a insulina é utilizada em humanos para o tratamento de diabetes. O paciente é um
canadense de 14 anos.
1929 - É implantada na URSS a jornada de trabalho de 7 horas.
1934 - Nathan Homer Knorr eleito membro da Directoria da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de
Nova Iorque, Inc.
1935 - Amelia Earhart é a primeira pessoa a fazer um vôo solo do Havaí à Califórnia.
1942 - Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão declara guerra à Holanda.
1946 - Enver Hoxha proclama a República Popular da Albânia após a queda do rei Zog.
1954 - Primeira reunião entre soviéticos e americanos sobre a proibição de armas atômicas.
1957 - Chuvas torrenciais na ilha de Palma ocasionam a morte de 28 pessoas, vários feridos e grandes perdas
econômicas.
1959 - Forças do Vietnã do Norte invadem o Laos.
1960 - Começa a construção, no Egito, da gigantesca represa de Assuã, no Rio Nilo.
1962 - Inauguração do Concílio Vaticano II, que atualizou estruturas e doutrinas da Igreja Católica.
1963 - A primeira discoteca do mundo foi inaugurada nos Estados Unidos. Seu nome era Whisky a Go Go.
1964 - O Panamá corta relações diplomáticas com os Estados Unidos. As negociações entre os dois países sempre
foram conturbadas por causa do uso do canal, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico.
1966 - Começa no Rio de Janeiro uma chuva que dura 72 horas ininterruptas. A cidade fica em estado de
calamidade pública e 200 pessoas morreram.
1969 - Dom Gabriel, sem deixar o cargo de Bispo de Jundiaí, toma posse e governou a Diocese de Bragança
Paulista até 7 de Março de 1971.
1973 - Editado o novo Direito Processual Civil brasileiro.
1976 - Uma junta militar composta por três homens toma o poder do presidente Guillermo Rodriguez Lara no
Equador.
1977 - A França causa polêmica ao libertar Abu Daoud, um palestino suspeito do massacre de atletas israelenses
nas Olimpíadas de 1972.
1982 - Andaluzia e Astúrias se tornam comunidades autônomas.
1984 - Exibição de mísseis soviéticos SS-20, de alcance médio, na Alemanha Oriental.
1984 - Salvador Dali anuncia a criação da Fundação Gala-Salvador Dali e a doação de 621 obras suas.
1987 - A Europa passa por um inverno muito rigoroso. Em uma semana, o frio faz 70 vítimas, 49 delas na URSS.
1989 - Um acordo assinado entre 140 países na Convenção para a Proibição de Armas Químicas acaba com esse
tipo de armamento. A prática, no entanto, só passa a vigorar em 1997.
1991 - Tropas soviéticas invadem prédios em Vilna, capital da Lituânia, para impedir um movimento de
independência no país.
1994 - Com o fim do Pacto de Varsóvia e a fusão da OTAN em reunião havida em Bruxelas, governos envolvidos
criam a Associação para a Paz, que integrará os países do extinto Pacto de Varsóvia.
1 - almanaque
Eventos Históricos - Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1994 - O governo irlandês anuncia o fim da censura ao movimento terrorista IRA e seu braço político, o Sinn
Fein.
2001 - Um incêndio no estúdio de gravação do programa Xuxa Park deixa 26 feridos com queimaduras.
1996 - O parlamento japonês elege Ryutaro Hashimoto como seu novo primeiro-ministro.
1996 - O primeiro-ministro da Itália, Lamberto Dini, anuncia a sua renúncia.
2006 - Pesquisas adiantam que o provável substituto de Ariel Sharon, seja Ehud Olmert, do Kadima, mesmo
partido fundado por Sharon.
2006 - Evo Morales visita o bispo sul-africano Desmond Tutu.
2006 - Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti: o Instituto Médico Legal (IML) de Brasília
divulga laudo no qual o general Bacellar cometera suicídio.
Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos (Brasil)
Dia da República - Albânia
Dia da Independência - Marrocos
Dia de São Higino
Dia de Santa Honorata
Dia de São Sávio
Dia de São Tenório
Dia de São Teodósio
1787 Nasce, em Porto Alegre, Antero José Ferreira de Brito. Fez carreira militar. Presidente da Província de Santa
Catarina de janeiro de 1840 a dezembro de 1848. Morreu no Rio de Janeiro a 5 de fevereiro de 1856.
1822 Nasce, na capital catarinense, Fernando Machado de Souza, Fez carreira militar e participou da luta contra as
tropas “farroupilhas”, na Laguna e no Rio Grande. Tomou parte na Guerra do Paraguai, como coronel, tendo
participado de vários combates. Foi ferido em Tuiuti, recuperando-se depois. Voltou a combater em Itororó,
onde foi ferido mortalmente. Herói tem a homenagem dos seus coestaduanos, concretizada no monumento
erguido em ponto central de Florianópolis. Morreu a 6 de dezembro de 1868.
1875 Nasce, em São Francisco (BA), Antônio Vicente Bulcão Viana. Militar, médico e político. Faleceu em
Florianópolis a 25 de março de 1940.
1875 Tem início, na cidade de Desterro, a construção do edifício da Capitania dos Portos, no local do antigo Forte
de Santana.
1847 Fundado o Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco do Estado da Flórida, USA;
1862 O imperador Napoleão III resolve pacificar Maçonaria francesa e nomeia o marechal Magnanm que não era
Maçom, como Grand Maître de l’Ordre Maçonnique em France.
1847 Fundado o Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco da Flórida, USA.
1952 Fundada a Loja “Pedro Cunha” nº 11, (GLSC) ao oriente de Araranguá.
feriados e eventos cíclicos
Históricos de santa catarina:
fatos maçônicos do dia - Fonte: O Livro dos Dias (Ir. João Guilherme) e acervo pessoal
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INFORMATIVO BARBOSA NUNES
Grão-Mestre Geral Adjunto do GOB
Escreve aos sábados neste espaço
“UAI”, “NHEM NHEM NHEM”, “VOTO DE MINERVA”
E OUTROS DITADOS POPULARES
Artigo 153 de Barbosa Nunes publicado no Jornal Diário da Manhã,
edição de 11 de janeiro de 2014.
Expressão idiomática é uma expressão que se caracteriza por
não ser possível identificar o seu significado através das suas palavras
individuais ou do seu sentido literal. D
itado popular é uma frase com um texto mínimo de autor
anônimo, que é várias vezes repetido e se baseia no senso comum de
um determinado meio cultural.
As expressões idiomáticas estão presentes em todas as línguas e culturas. As religiões,
mitologia e a própria história são ricas fontes de geração, preservadas através dos tempos.
Estamos sempre a usar no dia a dia, expressões que nos possibilitam comunicação
pessoal, que tem origem e porquês. Surgiram há longo tempo. Vejamos algumas de origem
histórica ou mitológica:
“Bicho de 7 cabeças”: Enorme ameaça ou dificuldade. Vem da mitologia grega, podendo
ser também uma referência à primeira das duas bestas do Apocalipse de São João.
“Calcanhar de Aquiles”: Fraqueza, ponto vulnerável físico, moral ou intelectual. Aquiles foi
um semideus e herói da mitologia grega, considerado o maior guerreiro da Guerra de Troia, mas
ao final da guerra, foi morto por uma flechada no calcanhar.
“Toque de Midas”: Capacidade de enriquecimento fácil. Midas foi um personagem que
recebeu o dom de transformar qualquer coisa em ouro, pelo simples toque, dom que ficou
trágico quando percebeu que nunca mais poderia comer nem beber nada.
“Presente de grego”: Oferta que traz prejuízo ou aborrecimentos a quem a recebe. Os
gregos simularam terem desistido da guerra e embarcaram em seus navios, deixando na praia
um enorme cavalo de madeira, que os troianos levaram para o interior de sua cidade, como
símbolo da vitória. À noite, quando todos dormiam, os soldados gregos escondidos dentro do
cavalo saíram e abriram os portões da cidade, possibilitando os soldados gregos entrarem em
Troia, conquistarem a cidade, destruí-la e incendiá-la.
“Agradar a gregos e troianos”: Agradar a todos, mesmo a pessoas com características
muitos diferentes; agradar a dois partidos opostos, originária da própria Guerra de Troia, mas em
conclusão, é tarefa difícil, impossível.
“Voto de Minerva”: Voto de desempate, dado por uma autoridade superior. “Palas Atena”,
que corresponde à deusa romana “Minerva”, foi presidente de julgamento após a Guerra de
Troia, que terminou empatado, quando proferiu sentença decisiva declarando Orestes, filho do
rei grego Agamenon, como inocente por ter assassinado sua esposa Clitemnestra e o amante
Egisto.
2– opinião -
Artigo nr. 153 do Irmão Barbosa Nunes
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“Bode expiatório”: Pagar pela culpa dos outros. O bode expiatório era um animal separado
do rebanho e deixado só no deserto, depois dos sacerdotes o terem carregado com as
maldições que queriam desviar a atenção do povo. Em sentido figurado, é uma pessoa, grupo
de pessoas ou mesmo todo um povo escolhido arbitrariamente, para assumir sozinho a culpa de
uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo. Nas corrupções hoje praticadas
repetidamente, quando chegam as notícias pela imprensa brasileira, os “peixes grandes” se
justificam e muitas vezes “a corda arrebenta no lado do mais fraco”, isto é, no “bode expiatório”.
“Paciência de Jó”: Tolerância ou resignação acima dos limites razoáveis. Jó, personagem
do antigo testamento, apesar de todas as adversidades e incitado pela mulher e amigos a
amaldiçoar Deus, aguentou firme todas as provocações.
“Madalena arrependida”: Alguém que se arrepende do passado ou muda radicalmente o
estilo de vida. Está como personagem do Novo Testamento, considerada como prostituta
arrependida dos pecados e que teria pedido perdão a Cristo. Esta versão ficou vulgarmente
reconhecida.
Outras tantas podemos citar como: “Entregar de bandeja”, “Lavar as mãos”, “A carne é
fraca”, “Ir além das sandálias”, “Nó górdio”, “Ficar para as calendas gregas”, “Inês é morta”,
“Casa da mãe Joana”, “Ovo de Colombo”, “Tudo como dantes no quartel de Abrantes” e
“Entregar a carta a Garcia”.
Os ditos populares que sempre usamos, mas pouco sabemos o significado, têm curiosas
origens, registremos alguns:
“Motorista barbeiro”: No século XIX, os barbeiros faziam corte de cabelo e barba, também
tiravam dentes, cortavam calos e seus serviços malfeitos geravam marcas, a partir daí, todo
serviço malfeito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”.
“Dar com os burros n’água”: A expressão surgiu no Brasil Colonial, quando por falta de
estradas adequadas, os tropeiros passavam por caminhos e regiões alagadas, onde os burros
morriam afogados.
“Para inglês ver”: A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o
Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico dos escravos. No entanto, todos sabiam que
essas leis não seriam cumpridas, assim eram apenas “pra inglês ver”. Daí surgiu o ditado.
“Quem não tem cão, caça com gato”: Na verdade, a expressão, com o passar dos anos
se alterou. Inicialmente se dizia “Quem não tem cão, caça como gato”, ou seja, esgueirado,
astutamente, traiçoeiramente.
“Vai tomar banho!”: No livro “Casa Grande e Senzala”, Gilberto Freire analisa os hábitos
de higiene dos índios versus os dos colonizadores portugueses. O cheiro exalado pelo corpo dos
portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas,
aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam
fartos de receber ordens dos portugueses, assim falavam: “ Vai tomar banho”.
“Ok”: Mundialmente conhecida para dizer que está tudo bem. Expressão originária da
Guerra da Secessão, dos Estados Unidos. Quando os soldados voltavam sem nenhuma morte
para a tropa, escreviam numa placa: “0 Killed” (nenhum morto), expressando grande satisfação,
daí surgiu a expressão hoje utilizada “Ok”.
“Uai”. Famosa expressão mineira. Incentivada pelo presidente Juscelino Kubitscheck a
professora Doralia Galesso pesquisou e encontrou nos anais da diocese de Diamantina. “Os
Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa,
comunicavam-se através de senhas para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam
em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três
batidas clássicas da maçonaria nas portas dos esconderijos. Lá dentro, perguntavam: “Quem
é?” E os de fora respondiam “UAI” – as iniciais de “União, Amor e Independência”. Só mediante
o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes”.
Poderíamos citar ainda: “Arte de engolir sapos”, “O bom cabrito não berra”, “Rasgar
seda”, “O pior cego é o que não quer ver”, “Da pá virada”, “Eles que são brancos, que se
entendam”, “Onde Judas perdeu as botas”, “Não entender patavina”, “Sem eira nem beira”, “Vá
se queixar ao bispo”, “Ficar a ver navios”, “Dourar a pílula”, “Chato de galocha”, “Do arco da
velha”, “A voz povo é a voz de Deus”. Concluímos este artigo com o ditado popular:
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“Nhen-nhen-nhen”. Conversa interminável em tom de lamuria, irritante, monótona,
resmungo. “Nhee” em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os
índios não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer:
“nhen-nhen-nhen”.
O “nhem-nhem-nhem” conquistou status de expressão importante com Fernando
Henrique Cardoso, que a utilizava para rebater as críticas dos opositores. Às vezes, quando
alguém reclamava do governo ou não concordava com suas ações, o presidente se defendia
dizendo, de maneira irônica, que, os pessimistas de plantão, ou aqueles que se sentiam
prejudicados, precisavam parar com o “nhem-nhem-nhem”, isto é, que parassem com a
choradeira. Hoje, quando alguém começa com reclamações é comum dizer – “Lá vem ele com o
nhem-nhem-nhem”.
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e
maçom do Grande Oriente do Brasil -barbosanunes@terra.com.br.
Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horizonte
www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
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Mi Logia
O Irmão Mario López Rico*
de La Coruña – Espanha,
escreve aos sábados neste espaço.
A.·.L.·.G.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.
S.·.F.·.U.·.
Escrito en el día 15 del mes 12 de 6010 (V.·.L.·.)
Cierto día camina hacia el lugar de reunión mientras mi mente iba cavilando en diversos asuntos. No
tardé en llegar al lugar acordado en el que tendría lugar la tenida a la cual había sido convidado por un gran
amigo y hermano. Entré y me encontré en pasos perdidos; varios hermanos estaban allí hablando de sus
cosas en pequeños grupos:
- Hola, ¿cómo te va en el trabajo….?
- Y, cómo le ha ido en los exámenes a tu hija……
- ¿Te has enterado de la última noticia ….
Todos y cada uno estaba ocupado en su pequeño grupo charlando de manera distendida. Paseé mi
mirada por todo el lugar buscando a mi amigo que, más observador que yo, me había visto nada más entrar y
se dirigía hacia mi diligentemente. Nos saludamos y tras las presentaciones de rigor ante los demás
hermanos, él y yo, formamos nuestro pequeño grupo privado para ponernos al día de todo aquello que había
sucedido desde el último encuentro, tanto tiempo sin saber uno del otro dio para mucho. Al final, sucedió el
diálogo que ahora transcribo.
- Nuevamente tengo que decirte que me alegro de verte y que es un honor que estés en Mi Logia.
- Querido amigo y hermano – respondí – es un honor estar aquí, pero no veo Logia alguna por aquí. Al
menos en este momento.
-¿Cómo? –dijo con asombro – no te entiendo.
- Estimado amigo, ya sabes que soy bien raro en muchos temas, pero déjame que te explique y quizás
entiendas mis palabras. Responde ahora a mis preguntas, por favor.
- ¿Qué es una Logia?
- Es el lugar sagrado que sirve de refugio a los masones para cubrir sus trabajos.
- Correcto mi hermano, ¿estamos ahora haciendo trabajos?
- Pues la verdad no, la tenida no ha empezado aún.
- Entonces mi hermano, en este momento no formamos Logia alguna. Estamos en un Templo masónico
consagrado, en pasos perdidos; en un lugar que merece todo nuestro respeto; pero la Logia aún no ha sido
formada.
3– mario lópez rico
A Orientação dos Templos
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- Nunca lo había visto desde ese punto de vista.
- Yo tampoco, hasta hace poco. Pero mis ideas son un poco más atrevidas.
- Cuéntame, quizás al final coincidamos en algo
- Bien, para mi forma de pensar la Logia es una reunión de hermanos para realizar sus trabajos. Vosotros
os reunís en este Templo, otros se reúnen en un salón de un Hotel, en un restaurante y antiguamente en
posadas o casas particulares. En todos esos lugares se reunían y celebraban sus trabajos. Para mis todos
esos sitios son Logias. Si mañana tú, yo y otros hermanos nos reuniésemos en un parque cualquiera para
pulir nuestra piedra, ese lugar sería Mi Logia en ese momento.
- Te sigo, interesante tu punto de vista.
- Continúo entonces. Este lugar y otros lugares han sido consagrados al GADU, no son Logias mientras
no trabajemos masónicamente en su interior. En una palabra, para mí son TEMPLOS no Logias. El TEMPLO
es el edificio, el lugar de reunión; la Logia, la logia – mi amigo - es una reunión de gente, una reunión de
hermanos y no un lugar determinado.
Para seguir mi razonamiento permíteme un ejemplo. Las catedrales son templos, las iglesias son
templos, las mezquitas son templos, pero ninguno de esos lugares son los católicos o los musulmanes. Los
creyentes de dichas religiones son las personas, están repartidos por el mundo entero y se reúnen para rezar
en sus templos. Sin embargo no precisan del templo para su creencia. Pueden rezar u orar en cualquier lugar
que quieran.
Pues bien, para mi, la masonería es lo mismo. La Masonería no es este Templo, no es un determinado
lugar. La masonería es todos y cada uno de los hermanos que existen en este mundo. De vez en cuando nos
reunimos todos juntos en nuestros Templos y realizamos trabajos; pero el verdadero masón debe trabajar
todo el día, debe irradiar su Luz sobre el Mundo.
Por lo tanto, si todos trabajamos en el mundo, querido amigo, en todo momento que uno se comporte
masónicamente lo estará haciendo junto con otros muchos hermanos y eso, si es una Logia.
Mi hermano, mi Logia, mi verdadera Logia es toda la Tierra, todo el Universo…y trabaja las 24 horas del
día.
He dicho
Mario López
M.·.M.·.
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MINHA LOJA1
À GDGADU
SFU
Escrito no dia 15 do mês 12 de 6010 (V L)
Tradução: Ir Aquilino R. Leal
Um dia, caminhando em direção do local da reunião de encontro, minha mente se perdia ponderando sobre
diversos assuntos. Não se passou muito tempo para eu chegar ao local combinado no qual ocorreria a
reunião para a qual havia sido convidado por um grande amigo e irmão. Entrei e fiquei perdido: vários irmãos
estavam ali falando sobre suas coisas em pequenos grupos:
- Como esta o teu trabalho...?
- E como foi a sobrinha naqueles exames...?
- Soubeste da última notícia...?
Cada um ocupado em seu pequeno grupo conversando de forma descontraída. Meus olhos vagaram por todo
o lugar à procura do meu amigo que, mais perspicaz do que eu, já me havia visto entrar e amavelmente se
dirigia em minha direção. Cumprimentamos-nos e após as apresentações formais para os outros irmãos, ele
e eu formamos o nosso pequeno grupo particular para coloca em dia tudo o que nos tinha acontecido desde o
nosso último encontro, tanto tempo sem saber o outro deu muito o que falar. No final aconteceu o diálogo que
agora transcrevo.
- Novamente tenho que dizer-te a minha alegria em rever-te e que é uma honra que estejas em minha Loja.
- Querido amigo e irmão – respondi – é realmente uma honra estar por aqui mas não vejo Loja alguma por
aqui, pelo menos neste momento.
- Como? – disse assombrado – Não te entendo.
- Estimado amigo, bem sabes que eu sou um pouco estranho em algumas questões, deixa-me explicar e
talvez entendas minhas palavras. Responde, por favor, as minhas perguntas: Que é uma Loja?
- É o lugar sagrado que serve de refúgio aos maçons para cobrir seus trabalhos.
- Correto meu irmão. Estamos neste momento trabalhando?
- A verdade é que não, a reunião ainda não começou.
- Então, meu irmão, neste momento não formamos Loja alguma. Estamos em um Templo maçônico
consagrado, em um lugar que merece todo nosso respeito, contudo a Loja não há sido formada.
- Nunca havia pensado dessa forma, desse ponto de vista.
- Nem eu até há pouco! Minhas ideias são surgem impetuosamente.
- Conta-me... Talvez ao final coincidamos em algo.
- Bem, para minha forma de pensar a Loja é uma reunião de irmãos para realizar seus trabalhos. Vocês se
reúnem neste Templo, outros se reúnem no salão de um hotel, em um restaurante e em tempos idos em
pousadas ou casas particulares. Em todos esses lugares se reuniam e realizavam seus trabalhos. Para mim
todos esses lugares são Lojas. Se amanhã você, eu e outros irmãos nos reuníssemos em um parque
qualquer para polir nossa pedra, esse lugar seria Minha Loja nesse momento.
1
Material em espanhol de autoria do Irm.’. Mario López Rico – La Coruña – Espanha, com o título Mi Logia. Tradução a
cargo de Aquilino R. Leal.
11. JB News – Informativo nr. 1.227 Florianópolis (SC), sábado, 11 de janeiro de 2014. Pág. 11/21
- Estou acompanhando esse teu interessante ponto de vista.
- Continuando... Este lugar e outros lugares foram consagrados ao G A D U, não são Lojas enquanto
não trabalhemos maçonicamente em seu interior. Em outras palavras, para mim são TEMPLOS não Lojas. O
TEMPLO é o edifício, o lugar de reunião; a Loja, a Loja meu amigo, é uma reunião de pessoas, uma reunião
de irmãos e não um lugar determinado.
Para acompanhar meu raciocínio permita-me um exemplo. As catedrais são templos, as igrejas são templos,
as mesquitas são templos mas nenhum desses lugares são os que chamamos de católicos ou muçulmanos.
Os crentes de ditas religiões são as pessoas que estando espalhadas pelo mundo inteiro se reunem para
rezar em seus templos; no entanto não precisam do templo para sua crença. Podem rezar ou orar em
qualquer lugar que assim desejarem.
Pois bem, para mim, a Maçonaria é o mesmo. A Maçonaria não é esse Templo, não é um determinado lugar;
a Maçonaria são todos e cada um dos irmãos que existem no mundo. De vez em quando nos reunimos todos
juntos em nossos Templos e realizamos trabalhos, mas o verdadeiro maçom deve trabalhar todo dia, deve
irradiar sua Luz sobre o mundo.
Portanto, se todos trabalhamos no mundo, querido amigo, em todo momento que nos comportemos
maçonicamente o estaremos fazendo com outros muitos irmãos e isso, é sim, uma Loja.
Meu irmão, minha Loja, minha verdadeira Loja é toda a Terra, todo o Universo que trabalha as 24 horas do
dia.
Tenho dito.
Mario López - M M
Sobre o Autor
Mario Lopez Rico é MM desde 22 de abril de 2010, sendo iniciado em 20 de novembro de 2007 na Loja
Renacimiento 54, sob a obediência da Gran Logia de España.
O Irm foi instalado como V M em sua Loja mãe em 08 de setembro de 2012.
Na Maçonaria filosófica galgou vários Graus do REAA além de ser MM da Marca – Nauta da Arca
Real – Maçom do Arco Real de Jerusalém.
12. JB News – Informativo nr. 1.227 Florianópolis (SC), sábado, 11 de janeiro de 2014. Pág. 12/21
MAÇONARIA & ILUMINISMO
Ir Kennyo Ismail
http://www.noesquadro.com.br
Muito se diz sobre a relação da Maçonaria com o Iluminismo. Mas até onde realmente foi essa
relação? Teria o Iluminismo influenciado a Maçonaria, ou a Maçonaria influenciado o Iluminismo?
Seria mesmo a Maçonaria precursora da democracia?
Kramnick[i] resumiu bem a intenção do movimento iluminista ao declarar que sua ideia central era a
de que a razão, e não a fé ou a tradição, que deveria constituir o principal guia para a conduta
humana. E onde a Maçonaria entra nisso? Estudos de importantes historiadores têm relacionado a
Maçonaria com o Iluminismo e creditado à instituição o princípio da igualdade entre os homens,
embrionário do movimento democrático[ii] [iii] [iv], creditando-a também o papel de protagonista de
revoluções, como a Revolução Francesa[v]. Um dos principais pensadores do iluminismo, o filósofo
alemão Immanuel Kant[vi], compreendeu essa vocação das Lojas Maçônicas como uma vocação
natural, de homens de bem se unindo e se comunicando com seus semelhantes sobre questões que
afetam a humanidade como um todo. Habermas[vii], famoso filósofo alemão da escola crítica,
coaduna com tal pensamento, ao registrar sua leitura do período iluminista:
A promulgação secreta do iluminismo, típica das Lojas, mas também amplamente praticada por
outras associações e Tisclzgesellschaften, tinha um caráter dialético. Razão pela qual o uso público
da faculdade racional a ser realizado na comunicação racional de um público composto por seres
humanos cultos, em si precisava ser protegido de se tornar público porque era uma ameaça para
4 – Maçonarian & Iluminismo
Ir Kennyo Ismail
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todas e qualquer relações de dominação. Enquanto a publicidade tinha a sua sede nas chancelarias
secretas do príncipe, a razão não podia revelar-se diretamente. Sua esfera de publicidade ainda
tinha que confiar no sigilo; seu público, até mesmo como um público, permaneceu interno. A luz da
razão, assim velada de autoproteção, foi revelada em etapas. Isso lembra a famosa declaração de
Lessing sobre a Maçonaria, que na época era um fenômeno europeu mais amplo: ela era tão antiga
quanto a sociedade burguesa – “se de fato a sociedade burguesa não é apenas a prole de
Maçonaria” (The Structural Transformation of the Public Sphere, Habermas, 1989, p. 35).
Em reforço à teoria da Maçonaria como berço do Iluminismo e uma instituição emancipadora do
indivíduo por meio da razão, tem-se o fato de que a Maçonaria, anteriormente ao movimento
iluminista, já praticava uma forma de governança democrática por séculos, na qual o voto já era bem
do indivíduo e não por propriedade ou localidade[viii] [ix].
Estudos indicam que essa ameaça maçônica ao absolutismo foi motivadora de respostas como o
decreto de Luis XV, em 1737, proibindo conselheiros reais e administradores públicos de pertencer a
Lojas Maçônicas, assim como o início da perseguição da Maçonaria pela Igreja Católica, pelo
decreto do Papa Clemente XII, em 1740, proibindo os católicos do ingresso à Maçonaria e
ordenando ao clero o seu combate[x].
Já Bullock[xi] evidencia em sua obra que, seguindo essa vocação que impulsionou o iluminismo, de
emancipadora do homem pela razão, a Maçonaria realizou movimentos semelhantes nas colônias
do Continente Americano, colaborando para a independência dos Estados Unidos e dos países
latino-americanos. No caso da Revolução Americana de 1776, Morel e Souza[xii] afirmam que “é
inegável a militância maçônica de líderes como Benjamin Franklin, George Washington e La
Fayette”. Essa militância maçônica inegável pode ser constatada pela declaração de independência
americana na qual, conforme Gomes[xiii], “dos 56 homens que assinaram a declaração de
independência, cinquenta eram maçons”.
Morel e Souza[xiv] também indicam a presença maçônica na independência da América Espanhola,
relacionando alguns libertadores da América como maçons:
Neste caso, ressalta-se a atuação do precursor dos movimentos de independência, Francisco
Antônio Gabriel de Miranda y Rodrigues. Este, após ser iniciado na maçonaria dos Estados Unidos,
fundou em Londres a Logia Gran Reunión Americana, destinada a preparar militantes para lutar pela
independência da América espanhola. Esta Loja foi um foco de expansão do ideal de independência,
tendo preparado lideranças como Bernardo O’Higins, Simón Bolívar, Antônio Narino e José de San
Martin (O Poder da Maçonaria, MOREL & SOUZA, 2008, p. 44).
Com base em tais passagens, pode-se propor que a Maçonaria realmente colaborou com o
desenvolvimento do iluminismo e, munida do mais profundo princípio de igualdade entre os homens,
emprestou seu conceito e experiência de democracia à sociedade contemporânea então
recentemente instalada. E, por sinal, instalada graças à liderança libertadora de seus membros.
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NOTAS:
[i] KRAMNICK, I. The Portable Enlightenment Reader. Harmondsworth: Penguin, 1995.
[ii] WEISBERGER, R. W. Speculative Freemasonry and the Enlightenment. A Study of the Craft in London, Paris,
Prague, and Vienna. New York: Columbia University Press, 1993.
[iii] JACOB, M. C. The Radical Enlightenment: Pantheists, Freemasons and Republicans. Cornerstone Book Publishers,
Lafayette, Louisiana. 2006.
[iv] ELLIOTT, P. & DANIELS, S. The “school of true, useful and universal science”? Freemasonry, natural philosophy
and scientific culture in eighteenthcentury England. The British Journal for the History of Science, 39, 2006, pp 207-229.
[v] SCHMIDT, J. What is Enlightenment? Eighteenth-Century Answers and Twentieth-Century Questions. Berkeley, CA:
University of California Press, 1996, pp. 1-44.
[vi] KANT, I. The Metaphysical Elements of Justice; Part I of the Metaphysics of Morals. 2nd ed. Tradução: John Ladd.
Indianapolis: Bobbs-Merrill, 1999.
[vii] HABERMAS, J. The Structural Transformation of the Public Sphere: An Inquiry into a Category of Bourgeois
Society. Cambridge, MA: MIT Press, 1989.
[viii] JACOB, M. C. Living the Enlightenment: Freemasonry and Politics in Eighteenth-Century Europe. New York:
Oxford University Press, 1991.
[ix] MOREL, Marco & SOUZA, Françoise Jean de Oliveira. O poder da maçonaria: a história de uma sociedade secreta
no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
[x] MEHIGAN, T. & De BURGH, H. “Aufklärung”, freemasonry, the public sphere and the question of Enlightenment.
Journal of European Studies 38(1): 2008,p. 5–25.
[xi] BULLOCK, S. C. Revolutionary Brotherhood: Freemasonry and the Transformation of the American Social Order,
1730–1840, Chapel Hill, 1996.
[xii] MOREL, Marco & SOUZA, Françoise Jean de Oliveira. O poder da maçonaria: a história de uma sociedade secreta
no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
[xiii] GOMES, Laurentino. 1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram
D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
[xiv] MOREL, Marco & SOUZA, Françoise Jean de Oliveira. O poder da maçonaria: a história de uma sociedade secreta
no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
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Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
às terças, quintas, sábados e domingos.
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR
Templo e câmara do Meio
O Respeitável Irmão Carlos Roberto Martins, Mestre Instalado, Secretário Estadual Adjunto para o Rito de
York (Trabalho de Emulação) GOEG – GOB, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, formula as questões
seguintes:
spencierecarlos@hotmail.com
Ha uns três ou mais anos quando o Irmão aqui esteve nos dando a honra de ser o
palestrante e ter participado de um seminário e também de uma iniciação na Loja Estrela da Serrinha,
onde também trabalhamos como "Experto". O respeitável Irmão solicitou minha participação em
vários exemplos e demonstrações durante as perguntas, depois do SEMINARIO no domingo antes do
nosso almoço, o convidei a conhecer no Templo do Rito de York (Emulação) e lá conversamos muito e
até disse-lhe a seguinte frase "COLOCAI VOSSO PE ESQUERDO NO SENTIDO TRANSVERSAL DA
LOJA E VOSSO PE DIREITO NO SENTIDO LONGITUDINAL E PRESTAI ATENÇAO AO V.M.", faço estas
citações que guardo na memoria com muito carinho e orgulho de poder ter tido a oportunidade única
e pessoal de conversar com o Irmão. Mas vamos a minha pergunta: Estamos em Goiás mais
especificamente em Goiânia na sede do GOEG, construindo uma CAMARA DO MEIO, ou seja, um
Templo somente para o Grau 3 (três). Em função de praticarmos no Brasil todos os Ritos, pergunto:
1 - Câmara do Meio há divisão com BLAUSTRADA no R.E.A.A?
2 – Por que em nossa concepção a forma de caminhar em todos os Ritos do Ocidente para o Oriente e
a mesma, linguagem York (Emulação).
3 - O Templo é construído em um só piso e/ou se e obrigatório à colocação de degraus como
adaptações, de acordo com alguns Ritos.
Sugestão: e se o Respeitável Irmão puder, envie-nos fotos ou orientações que facilitem a utilização e
adaptações na construção do Templo para que todos os "Ritos" o utilizem.
5 - Perguntas e Respostas
Ir Pedro Juk (Templo e Câmara do Meio)
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CONSIDERAÇÕES: - Antes das considerações propriamente ditas, devo salientar que em se tratando
de Rito Escocês Antigo e Aceito e os Trabalhos de Emulação (chamado de York no GOB), são
distintos quanto à sua vertente. O Rito Escocês é filho espiritual da França e o Craft onde pertence o
Trabalho de Emulação é de vertente inglesa. O objetivo maçônico é o mesmo – aprimorar o Homem,
todavia as concepções doutrinárias se diferem entre ambos.
1 – No Rito Escocês ainda existe a divisão haurida desde as extintas Lojas Capitulares. Em princípio
não havia essa divisão, entretanto para conciliação com o Capítulo no primeiro quartel do Século XIX
elevou-se o Oriente e consequentemente o mesmo acabou sendo limitado pela conhecida
“balaustrada”. Por motivos históricos houve tempo por volta de 1.810 em que o Grande Oriente da
França “encampou” os graus escoceses até o Grau 18, sendo que o presidente do Capítulo (Athersata
- governador) era também o Venerável do simbolismo – daí as Lojas Capitulares.
Por fim as coisas voltaram aos seus lugares e o Grande Oriente passou autenticamente a governar os
três Graus Simbólicos e o Segundo Supremo Conselho readquiriu o governo dos outros Graus acima
do simbolismo.
Infelizmente, mesmo assim, o Grande Oriente da França continuou permitindo a permanência da
divisão do Oriente, bem como a sua elevação no simbolismo. Assim o costume acabou virando
consuetudinário no simbolismo escocês, embora contrário ao que apregoava o primeiro ritual datado
de 1.804.
Atualmente esse costume está enraizado nos Graus Simbólicos do Rito Escocês e dificilmente será
extirpado, sobretudo aqui no Brasil.
Desse modo devo lhe responder que no Rito Escocês o piso do Oriente continua a possuir nível
elevado, bem como a existência da balaustrada demarcatória conforme os atuais rituais em vigência e
legalmente aprovados.
Já no sistema inglês (Craft) dos Trabalhos de Emulação não existe divisão do Oriente e nem mesmo
este é elevado. Eleva-se por três degraus tão-somente o trono ocupado pelo Mestre da Loja
(Venerável) e considera-se Oriente apenas a parede oriental e, por extensão, os lugares imediatamente
colocados à sua frente.
2 – No Trabalho de Emulação não existe circulação, senão algumas perambulações por ocasião das
cerimônias de Iniciação, Passagem e Elevação ou nas oportunidades em que se executam as
procissões. A perambulação geralmente é feita de modo a se esquadrejar os cantos da Sala da Loja
tendo como referência os cantos do Tapete Quadriculado. Nos outros procedimentos desse sistema
não existe regra de ingresso e saída do Oriente já que entre ele e o Ocidente não existe separação.
Ao contrário, no simbolismo do Rito Escocês existe a obrigatoriedade da realização do giro horário no
Ocidente quando se passa de uma para outra Coluna. Nessa concepção o Obreiro ingressa no Oriente
passando obrigatoriamente pela Coluna do Norte e ao ingressar no quadrante oriental o faz pelo lado
nordeste da sua entrada junto à balaustrada. Em retirada do Oriente o Obreiro o faz pelo lado sudeste
junto à balaustrada, se deslocando em seguida pela Coluna do Sul. No Oriente não existe circulação.
Como se pode notar existe uma diferença significativa entre as duas vertentes maçônicas, por
conseguinte também nesse particular – circulação e perambulação.
3 – Diferente do Craft, para o Rito Escocês como dito anteriormente, é obrigatório o desnível entre o
Oriente e o Ocidente.
No tocante as adaptações topográficas entre uma Loja do Rito Escocês e a dos Trabalhos de
Emulação, em linhas gerais há que se prever pelo menos o seguinte:
a) No Trabalho de Emulação não existe desnível do piso, talvez, dependendo do espaço, a Sala da
Loja possa ocupar o recinto ocidental, colocando-se uma cortina azul para “esconder” o
Oriente da Loja escocesa.
b) Nesse caso as mesas e os tablados devem ser móveis, para que se possa montar, por exemplo,
a cátedra do Venerável com três degraus no ambiente ocidental.
c) O pedestal do 1º Vigilante no Craft fica no extremo do Ocidente, porém de frente para o
pedestal ocupado pelo Venerável, enquanto que no Rito Escocês a mesa fica no lado noroeste
de frente para a parede oriental.
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d) Ainda sobre os Vigilantes, diferente do Rito Escocês, no Craft não existem degraus de acesso
às respectivas cadeiras.
e) A mesa do Secretário, que geralmente fica junto com o Tesoureiro, se localiza no lado norte,
porém de frente para o pedestal do Segundo Vigilante que fica no Sul ao meio-dia.
f) O lugar do Painel do Grau da Loja escocesa que fica no centro do Ocidente se diferencia do
lugar da Tábua de Delinear inglesa – próxima ao lugar do Primeiro Vigilante e do Segundo
Diácono.
g) A porta de entrada da Loja nos Trabalhos de Emulação se localiza na parede norte, mais
precisamente no lado noroeste, enquanto que no Rito Escocês ela se acha no centro da parede
ocidental.
h) Não existe Altar dos Juramentos no sistema inglês. Estes são tomados junto ao pedestal do
Venerável onde fica o Livro da Lei Sagrada, porém há o banco de se ajoelhar.
i) O piso do Ocidente no Rito Escocês é inteiramente quadriculado de modo oblíquo, já nos
Trabalhos de Emulação existe um tapete central quadriculado (xadrez).
Estas então são alguns tópicos que demandam de objetivas adaptações entre um e outro sistema
maçônico. Se o espaço agregar essa disposição é possível atender aos procedimentos ritualísticos
distintos.
Sugiro ao Irmão que faça uma melhor observação comparando os rituais em vigência, já que eles
devem ser rigorosamente cumpridos e as adaptações somente serão aceitas se estas não ferirem os
procedimentos distintos dos mesmos.
Finalizando, ainda algumas observações:
a) Craft é como se denomina o sistema inglês de Maçonaria.
b) Na Inglaterra não se admitem ritos, senão “trabalhos”.
c) A referência aqui feita aos “Trabalhos de Emulação” é a mesma sobre a prática do Rito de York
que, embora equivocada, assim se denomina no Brasil.
d) Rito Escocês Antigo e Aceito é filho espiritual da França, portanto faz parte da vertente latina
da Maçonaria.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
SET/2013
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1) A Administração para 2014
V.'. M.'. - Ir.'. Emílio César Espíndola;
1o. Vig.'. - Ir.'. Gilberto Goulart;
2o. Vig.'. - Ir.'. Nilo Bairros de Brum.
Sec.'./M.'. C.'. (Ad Hoc) - Ir.'. Mohamad Ghaleb Birani;
6 – destaques jb
Resenha Geral
ARLSE.·. Fraternidade do Mercosul Nº 70 (GOSC)
atividade dos meses de Janeiro e Fevereiro.
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB
Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998
Programação
Janeiro:
13.01.2014: Abertura dos Trabalhos de 2014 da ARLSE Mercosul com o Ser.'. Grão-
Mestre, Ir.'. Alaor Francisco Tissot e Palestra com o Ir.'. Nilo Bairros de Brum, com
o tema, "Os Precursores do Mercosul".
* 27.01.2014 - Palestra com o Ir.'. Luciano Pinheiro, com o tema "Maçonaria e
Religião";
Fevereiro
* 10.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Gilberto Goulart, com o tema "A Independência
dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa";
* 24.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Eleutério Nicolau da Conceição, com o tema
“Som, Luz e Percepção"
Local das Sessões:
Será o mesmo de sempre, ou seja, o Templo do ARLS.'. Fraternidade Catarinense, na
SC-401, em frente à ACM, conforme as datas acima referidas (13.01 - 27.01 - 10.02 -
24-02), às segundas-feiras, com início às 20:30 (vinte e trinta) horas.
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Faltam 152 dias para o início da Copa do Mundo.
É a chamada que passa a constar agora diariamente da nossa primeira página, por sugestão do
Irmão Paulo Celso Soares da Silva.Valeu.
Leia amanhã: “A Operação Triângulo”
Conheça a harmônica história da Maçonaria Catarinense. Amanhã no JB News.
1 –O futuro já chegou. Sinta-se vivendo no passado . . .
http://www.youtube.com/watch_popup?v=jZkHpNnXLB0
2 - Trem chinês:
https://docs.google.com/presentation/d/1XLB_ZoR41_GnGcP2DpwDDHhuFOL-
K4SFIr1tE2U5GIw/edit#slide=id.p14
3 – Que sacanagem!
https://drive.google.com/file/d/0BzxxlEzSxJNjZGR1dzlkcHRPYVU/edit?usp=sharing
4 - O gesto de amor, neste Natal,
de uma família paulista!
http://www.youtube.com/watch?v=F2C_UVlca_0
Rádio Sintonia 33 & JB News. 24 horas com você.
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
www.radiosintonia33.com.br
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O Irmão Adilson Zotovici
escreve aos sábados neste espaço.
HÁ MUITA VIDA LÁ FORA
Toma as minhas mãos
Tal qual me deste outrora
Quando ainda em passos vãos
Como teus passos d’agora !
Há muita vida lá fora !
Tal me disseste um dia
Que ansiavas a aurora
Pra seguires com valentia !
Caminha com alegria
Devagar, com confiança,
Com aquela sabedoria
Que passaste segurança !
Tanto amor nessa aliança
Que não há qualquer insulto
Ver-te caminhar tal criança
Por mim, que hoje adulto !
E dessa forma eu exulto !
Ao ver em teu rosto coragem
Inda que algum medo oculto
Nessa temporária passagem !
Somos da mesma linhagem
Contigo aprendi quase tudo !
Como neste trecho da viagem
Que olhas e ensinas-me mudo !
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Mas quero dizer sobretudo
Que juntos sempre estaremos
Temos pois, um mesmo escudo
Mesmo PAI, que ambos cremos !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
São Bernardo do Campo