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JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.173
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
São Paulo (SP) – segunda-feira, 18 de novembro de 2013
(este informativo foi editado em São Paulo)
Índice:
Bloco 1 Almanaque
Bloco 2 Opinião: Pena de Morte – Ir. Valdemar Sansão – (Extraído do Livro Despertar para a Vida
Maçônica )
Bloco 3 IrJosé Ronaldo Viega Alves – Até onde a terminologia e o Simbolismo Maçônicos contribuem
para que o leigo confunda a Maçonaria com Religião?
Bloco 4 IrAlain Pozarnik - O Livro, Criador do Dever iniciático (tradução do Ir. José Filardo )
Bloco 5 -IrAntonio Gouveia Medeiros - A Ordem Maçônica na França, em 1800.
Bloco 6 -Ir Sérgio Quirino Guimarães – Tenida Fúnebre Anual
Bloco 7 -Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 18 de novembro de 2013, 322º dia do calendário gregoriano. Faltam43 para acabar o ano.
Dia da Independência da Letônia; Dia da Pátria em Omã; Dia do Conselheiro Tutelar; do Tabelião e Registrador
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
 1095 - Teve início o Concílio de Clermont. O concílio foi convocado pelo Papa Urbano
II para discutir o envio da Primeira Cruzada à Terra Santa.
 1302 - Papa Bonifácio VIII publica a bula Unam Sanctam que afirma o princípio da
supremacia temporal do Papa.
 1307 - De acordo com a lenda, Guilherme Tell atirou uma flecha numa maçã na cabeça
de seu filho.
 1421 - Uma comporta do dique no Zuider Zee se rompeu, alagando 72 vilas e matando
cerca de dez mil pessoas nos Países Baixos.
 1477 - William Caxton apresenta Dictes or Sayengis of the Philosophres, o primeiro
livro inglês impresso numa gráfica.
 1493 - Cristóvão Colombo avista pela primeira vez o que agora é Porto Rico. Ele
desembarcou no dia seguinte e batizou a ilha de San Juan Batista.
 1626 - A Basílica de São Pedro é consagrada.
 1659 - Estreia de Molière no teatro Petit-Bourbon com a peça Les Précieuses ridicules
("As Preciosas Ridículas").
 1686 - Charles François Felix opera uma fístula anal no rei Luís XIV de França depois
de praticar a cirurgia em vários camponeses.
 1837 - Criada a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, com o nome de Força Policial.
 1903 - Assinado o Tratado Hay-Bunau-Varilla que cedeu o controle da Zona do Canal
aos Estados Unidos por US$ 10 milhões.
 1918 - Independência da Letónia.
 1921 - Estreia oficial da Selecção Portuguesa de Futebol.
 1928 - Mickey surge pela primeira vez, sendo protagonista do filme de animação sonoro
Steamboat Willie.
 1930 - Criação da Ordem dos Advogados do Brasil.
 1930 - Fundação da Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de
Valores), predecessora da Soka Gakkai e da SGI. (Japão)
 1960 Éder Jofre conquista o primeiro título mundial,para o Brasil, de peso-galo ao
vencer o campeão mexicano Eloy Sanchez.
 1941 - Segunda Guerra Mundial: Fracassa a Operação Flipper, feita por Commandos
ingleses para matar Erwin Rommel na Líbia.
 1966 - Criação da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo).
 1978 - Jim Jones comanda o Massacre de Jonestown, na Guiana Inglesa, onde 914
pessoas morreram no maior suicídio coletivo da História.
 1985 - Primeira publicação da tira Calvin e Haroldo.
 1996 - Um incêndio ocorre no Eurotúnel, o único registrado desde sua inauguração.
 1998 - A Valve (empresa produtora de jogos eletrônicos norte-americana) lança o jogo
Half Life, que redefiniu o conceito de jogos no estilo FPS (First Person Shooter).
 2006 - Os atores Tom Cruise e Katie Holmes sobem ao altar em cerimônia ocorrida
num castelo de Bracciano, na Itália.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
 2007 - Na final da Copa do Mundo de Beisebol, a equipe dos Estados Unidos supera o
favoritismo de Cuba e conquista seu terceiro título.
 Curiosidade: dia a partir do qual o sol não nasce na cidade de Hammerfest (até 1 de
fevereiro)
 Culto, em Maracaibo, à Virgen de la Chiquinquirá, padroeira do estado de Zulia.
 Letónia: Dia da Independência (1918).
 Dia da Pátria em Omã.
 Pérsia: Dia de Ardvi Sura, deusa das estrelas.
 Brasil: Dia do Conselheiro Tutelar.
 Brasil: Dia do Tabelião e Registrador.
( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal )
1867 A Loja Perseverança, de Paranaguá-PR, aprova projeto abolicionista.
1873 Fundado o Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Estado de Nevada, USA
1882 Extingue-se o Grande Oriente Unido, de Saldanha Marinho, para unir-se ao Grande Oriente do
Brasil.
1891 Deodoro da Fonseca renuncia ao mandato de Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.
1945 Fundação da Grande Loja Oriental da Colombia
1983 Fundação da ARLS Ottokar Doerfell nr. 59, de Joinville (GLSC)
1990 Fundação da ARLS Antonio Francisco Lisboa (O Aleijadinho) nr. 2665, de Baurú, que trabalhoa no
REAA (GOB/SP)
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feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
Pena de Morte
Irmão Valdemar Sansão
São Paulo – SP
Não é eliminando o cidadão que desaparecem as raízes da criminalidade.
Sabemos que a ação delituosa, nas suas mais variadas modalidades, assusta a
sociedade, que, na maioria das vezes, sem enxergar uma saída positiva para a
manutenção da paz social, envereda por caminhos violentos, optando, muitas vezes,
para a punição capital, ou seja, a morte do autor do delito.
A vida, esse bem inefável, dom do Criador de todas as coisas, é alvo constante de
violência.
Ao lado dos conflitos de toda ordem – guerras entre nações, grupos étnicos ou
religiosos – os atentados individuais contra a vida do semelhante são constantes.
A pena de morte imposta pelas legislações de, praticamente, todas as nações
organizadas, no passado e no presente é, sem dúvida, uma das concepções,
instituídas em leis, mais tristes e inconseqüentes, oriundas da ignorância em que
ainda se encontra o homem no princípio do 3º Milênio da Era Cristã.
Tal procedimento vem ocorrendo há milênios. Os tipos de execução variam muito,
dependendo do clamor popular por um castigo maior e do grau do delito cometido. Daí
sabermos da execução pela guilhotina (França); pela forca; pela cruz, entre os judeus;
execução pela arma de fogo; e, mais recentemente, pela câmara de gás, cadeira
elétrica e injeção letal, nos EUA. Devemos ressaltar que, dos cento e trinta países do
nosso planeta que ainda mantêm a pena de morte, alguns utilizam como uma forma
profundamente pedagógica, objetivando a inibição da criminalidade, exemplo das duas
Coréias, que executam os seus réus no centro de um estádio de esportes, obrigando a
todos, principalmente os jovens, a assistirem.
Apesar de toda essa barbárie, podemos verificar, através de pesquisas inteiramente
confiáveis, que esses métodos – “práticas pedagógicas” – não inibiram o aumento dos
crimes. Muito pelo contrário, em muitos casos se constatou um acentuado aumento da
criminalidade.
Desde cedo tivemos em nossos pais e familiares guias que souberam nos ensinar a
servir, respeitar e procurar a cada minuto de nossa vida travar uma batalha apoiados
no bem e combatendo o mal, para transformar o mundo em algo cada dia melhor.
Tudo nos foi ensinado com carinho, colocando-nos numa situação privilegiada para
analisar o tema com bastante propriedade. Que mágoa sentimos quando lemos ou
ouvimos afirmações desconexas de homens que deveriam aproveitar sua inteligência
para combater aquilo que é contrário à formação de ser humano; devemos
encaminhar o homem e não eliminar o ser humano, como se isto fosse a solução para
tudo. Não possuímos poderes para determinar quem deve ou não morrer. Devemos
utilizar nossas potencialidades para transformar o mundo e torná-lo cada vez melhor.
2 - Opinião - “pena de morte”
Ir Valdemar Sansão
Somos brasileiros e acostumados a conviver com crianças que nascem, crescem e
sobrevivem no seio de famílias desajustadas, onde elas são espezinhadas,
maltratadas, mal-alimentadas e esquecidas pela maioria da população, conhecendo
ao longo do seu desenvolvimento a tristeza, a amargura, a fome, vivendo
promiscuamente, muitas vezes dentro de um lar, onde pai, trabalhador desempregado,
torna-se alcoólatra, e as mães que no afã de buscar sustento para os filhos
abandonam as crianças em suas casas e sujeitam-se a exercer o subemprego. Estas
humilhadas e maltratadas crianças crescem e, quando começam a falar e ter algum
entendimento da vida, saem para as ruas, a fim de pedir esmolas.
Muitas, quando chegam nessa idade, fazem valer seus direitos através da violência,
querem arrancar de qualquer maneira aquilo que estão lhes negando. Buscam a
escola pela famigerada merenda que lá é oferecida, e não por causa do estudo. E, no
entanto, são crianças com os mesmos direitos que qualquer outra. Ontem eram
crianças carentes, hoje são marginais e delinqüentes.
Quando atingem a maioridade, continuam seus crimes e violência, até que encontram
a truculência do Estado, através da Justiça dos homens, sendo julgados, condenados
e jogados em celas podres, sujas e inabitáveis. Nosso sistema penitenciário não
recupera, armazena presos, seres humanos que a vida transformou em monstros e
que são enjaulados como animais.
Nas campanhas eleitorais os políticos mostram as crianças como troféus, elas são
lembradas apenas para a caça aos votos. Mal sabem estes maus políticos que as
pequenas criaturas curtem amargamente sua infância e adolescência, tornando-se
marginais revoltados.
Ao invés de pena de morte devíamos lutar contra a impunidade dos ricos, dos
sonegadores, dos corruptos, acabando de vez com o crime do “colarinho branco”, pois
eles sabem o mal que fazem. Precisamos dar saúde, educação e alimentação para as
crianças. Mas para os que pensam que a pena de morte é a solução, que Deus tenha
piedade deles.
E assim, analisando a questão da pena de morte, mesmo diante dos quadros
pesarosos que nos oferece atualmente a criminalidade, considerando, porém, e que já
expusemos, quando nos referimos às práticas (inócuas) de extermínio da vida humana
como solução para o combate ao crime, chegamos à conclusão de que a vida na
sociedade jamais deve ser interrompida como solução para os males que hoje afligem
a sociedade.
Ao contrário, é preciso que a sociedade evolua em seus conceitos sobre a vida e a
morte, enxergando o homem como criatura de Deus, portanto, abonada pela
Misericórdia Divina.
A proposta é da substituição de pena de morte, em todas as legislações, pela
reeducação do criminoso, como meio de defesa da vida.
Finalmente, condenando a pena de morte, é preciso que a sociedade humana se
aprimore e se afinize com as Leis Divinas, seguindo o seu fluxo enobrecedor,
laborando o aperfeiçoamento social em cada uma de suas etapas pedagógicas e
orientadoras.
E diante dos males que hoje assustam, com a sua violência, a sociedade de nossos
dias, deve buscar a necessária inspiração para que todas as criaturas possam
conviver fraternalmente, numa sociedade justa, na qual os benefícios do trabalho, do
desenvolvimento e do progresso constante possam ser repartidos eqüitativamente.
Desse modo, amparadas por um projeto social de convivência fraterna, alicerçada em
profundas bases educadoras, que as criaturas humanas, visualizadas como homens e
almas, possam ter a necessária oportunidade de, passo a passo, atingir o fim
essencial para o qual foram criadas: o Bem.
Pensar em pena de morte e atentar contra as leis da vida, é querer tomar na mão o
privilégio de Deus.
Claro que o julgamento tem de ser feito e o castigo tem de ser dado. Mas pagar morte
com morte é ultrapassar os limites. Afinal, nós não temos poderes divinos, somos
apenas homens – ou, melhor, seres humanos.
Texto extraído do livro “Despertar para a Vida Maçônica”
ATÉ ONDE A TERMINOLOGIA E O SIMBOLISMO MAÇÔNICOS
CONTRIBUEM PARA QUE O LEIGO CONFUNDA A MAÇONARIA
COM RELIGIÃO?
José Ronaldo Viega Alves
ronaldoviega@hotmail.com
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Oriente de S. do Livramento – RS.
“Por novo movimento religioso entendemos um grupo independente, muitas
vezes minoritário, que professa e se caracteriza por uma doutrina, uma visão do
mundo, um caminho espiritual diverso das grandes tradições religiosas, com a
persuasão, mais ou menos forte, de ser o possessor exclusivo e excludente da
verdade salvífica. Esses movimentos desenvolvem novos métodos e táticas
para recrutar novos membros. No Ocidente, muitos desse grupos dizem sim a
Cristo e não à Igreja.(...) Outros grupos dizem sim a Deus e não a Cristo. (...)
Outros, ainda, dizem sim à religião e não a Deus, como é o caso da Cientologia,
da Igreja Positiva de A. Comte, etc. Por último há, também, aqueles que dizem
sim ao sagrado e não à religião como parece ser o caso da new age, da magia
popular, da gnose, dos rosacruzes, da maçonaria, das seitas satânicas, do
espiritismo, etc.” (RELIGIÕES Crenças e Crendices –Urbano Zilles)
INTRODUÇÃO
A leitura de um livro que envolva conceitos sobre as diversas religiões,
ou ainda classificações sobre o que sejam seitas, cultos, ordens iniciáticas, ritos e
movimentos semelhantes, sempre acaba gerando dúvidas. Dependendo das fontes
utilizadas, e dos ângulos abordados pelo seu autor, o leitor comum, ou o leitor que é
movido por uma simples e natural curiosidade, poderá frustrar-se ou quando muito
adquirir uma visão um tanto distorcida de alguns desses movimentos ou correntes. De
uma maneira geral, são obras que estabelecem comparações entre as tradições
religiosas mais antigas e ortodoxas e os movimentos religiosos mais recentes. As
diferenças pesam então, pois, o problema sempre acaba na difícil aceitação do outro,
ou do que é “diferente”. Embora o homem, desde o começo dos tempos, tenha se
voltado para crer em deuses, ou em um Deus, até hoje, o significado de religião, não
faz a unanimidade. No excerto utilizado logo acima, e se compactado o que foi
exposto ali, podemos ver que o renomado teólogo e filósofo católico Urbano Zilles
coloca a Maçonaria, num primeiro plano, como sendo um “novo movimento religioso”
e, num segundo plano, como um “novo movimento religioso que diz sim ao sagrado e
não à religião.”
Como todos nós sabemos, a história da Maçonaria é bem antiga, muito
mais do que poderia caber em um “novo movimento religioso”, além do que, essa
mesma história da nossa Ordem incluiu desde os seus primórdios laços estreitos com
as religiões, e isso de forma que pode ser comprovada mediante documentos até hoje
conservados, onde, por uma questão de contexto, destaca-se com evidência, o
Cristianismo. Um Pedreiro Livre, um Maçom, em primeiro lugar, deveria professar
uma religião, e na Idade Média, de forma notória, a influência da Igreja, o monopólio
3 – até onde a terminologia e o simbolismo maçônicos contribuem
para que o leigo confunda a maçonaria com religião?
Ir José Ronaldo Viega Alves
da mesma, tanto nas guildas, como nas Lojas, era infinitamente superior. Basta
entender e aceitar, que a Maçonaria no início do século XVIII, na Inglaterra, se
apresentava totalmente cristã. Com Santo Padroeiro, e tudo.
Vejamos na sequência, outro excerto, proveniente de um artigo
publicado em uma revista evangélica:
“A maçonaria tem razões muito boas para apresentar-se como uma sociedade
beneficente, mas não religiosa. Os maçons são unânimes em dizer que a maçonaria „é
uma instituição filantrópica, filosófica, educativa e progressista‟. Buscam a todo custo
criar a imagem de que a maçonaria não é uma religião. (...) Para começar, precisamos
definir o que significa „religião‟. O Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa,
Aurélio Buarque de Holanda ferreira, inicia sua definição desta forma: ‟culto prestado
a uma divindade...„. De acordo com esta definição, podemos compará-la com as
palavras de Rizzardo da Camino, “Grande Soberano Inspetor Geral” (33° grau),
autoridade maçônica da mais alta hierarquia, que escreveu muitos livros sobre a
maçonaria que declara: „O maçom , dentro do templo maçônico, através da liturgia,
cultua o grande arquiteto do universo‟. De acordo com esta „dignidade‟ e respeitado
escritor maçônico, dentro da maçonaria presta-se adoração a um deus(seu nome é
GADU), ou seja, um culto prestado a um divindade. Sendo assim, existe um sistema
de adoração dentro das lojas maçônicas. “
Impressiona-me, sobretudo, (eis que são apenas duas conceituações
pinçadas aqui, uma de um livro, outra de uma revista...) e considerando a hipótese de
estabelecer uma projeção, o alcance de tudo isso, pois, o livro está direcionado ao
leitor católico, e a revista ao leitor evangélico. Sem dúvida, as duas populações mais
expressivas a congregar fiéis em nosso país. Na verdade, existem milhares de artigos
publicados em livros e revistas à disposição de quem se dispuser a lê-los, escritos na
maioria das vezes por leigos, que se acham detentores de conhecimentos sobre a
Maçonaria, além de entendidos, o que, em muitas das vezes, se resume a terem
ouvido falar nela, e além do mais, sem jamais tê-la vivenciado. E cada um desses
artigos pretende definir a questão, sendo que em muitos deles fica instaurada a
confusão. Quando escritos sob a ótica da religião que professa o seu autor,
dificilmente são imparciais. A Maçonaria é uma religião? A Maçonaria é um culto?
Por que será tão complicado aceitar e mesmo respeitar o conceito de
Maçonaria onde está explícito que ela “é uma instituição essencialmente iniciática,
filantrópica, progressista e evolucionista, que proclama a prevalência do espírito sobre
a matéria, que pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social d humanidade,
por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada a beneficência
e da investigação constante da verdade e para quem seus fins supremos são:
„Liberdade, Igualdade e Fraternidade‟? Em que, ou por que isso incomoda tanto? Uma
instituição com todos esses predicados, ao invés de sofrer tantos ataques, não deveria
ser alvo somente de elogios? Os excertos acima demonstram o quanto a Maçonaria
incomoda, e sempre são buscados motivos para incriminá-la, para enquadrá-la em
determinado grupos, onde, certamente deverão constar outras correntes filosóficas
exóticas, simplesmente encontrando defeitos e razões para colocá-la à margem do
que a sociedade aceita como o correto, ou do que algumas religiões definem como
certo. Se pretendendo provar que é uma religião, é com o objetivo de mostrar que é
uma religião satânica, ou no mínimo que através dos seus rituais secretos faz
conjurações e articulações com o objetivo explícito de dominar o mundo. Pasmem em
saber que para determinadas religiões, o “religare” (ligar os homens a Deus) somente
vale para eles, e o fato de uma instituição defender a idéia de que, independente da fé
de cada um em particular, é perfeitamente possível viver em perfeita comunhão
ecumênica, é visto como uma ameaça, e vá contra o que deveria ser um dos pontos
mais defendidos por todas as ditas religiões de verdade, ou seja, a busca da “paz,
amor e felicidade da humanidade, sob as leis de Deus”. Parece-me que as religiões
deveriam passar por uma reciclagem, aliás, uma palavra bem de acordo com a nossa
época. A resposta do famoso simbolista suíço Oswald Wirth para a pergunta “ A
Maçonaria é uma religião?”, vem direto ao encontro do que escrevi um pouco acima.
Ele respondeu: “Não é uma religião no sentido estreito da palavra. Mas, melhor que
qualquer outra instituição, tem ela por efeito religar os homens entre si; é, por este
fato, um religião (de religare- religar) no sentido mais largo e elevado do termo.”
Mas, o que faz com que outras religiões enxerguem na Maçonaria uma
religião, ou uma seita satânica? Sem conhecimento de causa, sem a vivência no meio
maçônico, sem a leitura e o estudo de obras seminais sobre a filosofia maçônica, sem
o conhecimento da história da Maçonaria, do que foi a influência e a participação da
Maçonaria nos movimentos sociais que libertaram milhares e milhares dos tiranos e da
escravidão, sem ter a idéia do quanto são exercitados os valores morais e éticos pelos
seus membros, e além do mais desconhecendo as obras sociais e filantrópicas e os
seus verdadeiros ideais, como pode alguém escrever sem conhecimento de causa,
vendo através de uma lente opaca, ou defendendo um único ponto de vista, uma única
verdade, quando pode existir mais de uma verdade? Enfim como pode alguém em
resumidas linhas achar que poderá esclarecer tudo sobre o que a Maçonaria
representa, e é?
MAÇONARIA É RELIGIÃO?
Essa pergunta, com certeza, possui um eco interminável, tantas serão
ainda as vezes que a ouviremos, repetidamente por aí afora (o que revela por si só o
quanto a sociedade desconhece a Maçonaria ...), e de uma forma geral, respondida
por ela mesma, de maneira parcial e tendenciosa.
Ainda, usando da munição oferecida gentilmente pelo autor evangélico,
e através do foi dito por ele, podemos prever o impacto que podem causar as opiniões
colhidas em fontes das quais se utilizou para montar a sua “colcha de retalhos”.
Selecionei outras passagens:
“Citaremos ainda o bem conceituado escritor maçom Albert Mackey,
que afirma em sua Enciclopédia Mackey Revisada de Maçonaria: „A Franco-
Maçonaria pode justificadamente reivindicar o título de instituição religiosa.
Abrimos e fechamos as nossas Lojas com oração; invocamos a benção do Altíssimo
sobre todos os nossos trabalhos; exigimos de nossos neófitos uma profissão de
crença confiante na existência e no cuidado superintendente de Deus. É impossível
que um franco-maçom seja leal e fiel a sua Ordem sem que seja um respeitador da
religião e um cumpridor do princípio religioso.‟ Fica evidente que para os irmãos de
Hiram a maçonaria é realmente uma entidade religiosa. Vale dizer também que em
seus estatutos, a potência apenas aceita entre seus membros quem tiver uma religião
e que „o Deus do maçom é o próprio Deus da religião por ele professada.‟ É por isso
que alguns maçons mal avisados defendem obstinadamente que a maçonaria não é
religião, e sim uma sociedade secreta. Para concluir este assunto, vejamos mais uma
declaração de Rizzardo da Camino, que talvez seja o mais destacado autor ativo a
escrever sobre a maçonaria no Brasil: ‟A maçonaria pode ser uma religião no sentido
estrito do vocábulo, isto é, na harmonização da criatura com o criador. É a religião
maior e universal; o contato com a parte divina; é a comunhão com o grande
arquiteto do universo, é o culto diante do altar de uma loja ou no templo interior de
cada maçom.‟ Ainda que alguns maçons afirmem que a maçonaria não é um religião e
escarneçam da religião em geral, na maçonaria são encontrados elementos
essencialmente religiosos. Por isso, entendemos que ela é uma religião e não apenas
uma sociedade secreta; aliás, ele alega ser a maior religião do mundo, como disse
Charles W. Leadbeater e Rizardo da Camino. Para conseguir mais convertidos à
confraria, os maçons fazem buscas primeiro pelas indicações internas de seus
membros e depois, por escolha, entre os membros dos clubes Lions, Rotary, etc. (...)
É postulado fundamental que „nenhum candidato é admitido na maçonaria se não
acreditar em um Deus‟. Não importa qual seja esse „deus‟, pois no final estará se
curvando diante do deus da maçonaria. (...) Dentro da cerimônia de admissão e a
cada passagem de grau são feitos juramentos que nada mais são do que promessas
ou profissões de fé no GADU e na fraternidade maçônica. O não cumprimento desse
juramento pode trazer conseqüências sérias ao iniciado. (...) Todo maçom faz orações
ao GADU, tanto nas invocações de abertura e fechamento das sessões como nas
„Cadeias de União‟(correntes de oração). Essas correntes são encerradas com um
‟amém‟ ou ‟assim seja‟. (...) Os maçons são muito mais religiosos do que deveriam ser!
O fato de usarem em suas lojas os livros sagrados da Bíblia, para fazer sobre ela seus
sacrílegos juramentos, deveria afastar das lojas maçônicas tanto os judeus como os
cristãos.”
O autor dizer que ӎ postulado fundamental que nenhum candidato seja
admitido na maçonaria se não acreditar em um Deus”, já denota sua firme disposição
em embaralhar as cartas, pois, aí só conta certamente o Deus a religião dele, e que
deve ser o único e verdadeiro.
Ocorreu-me pensar, que o artigo foi escrito por alguém que já pertenceu
aos quadros da nossa Instituição, ou então, que foi muito bem abastecido de
informações por alguém com essas condições. A literatura utilizada, não é sequer
discutida, ou em alguns pontos colocada em dúvida, além de que alguns dos autores
citados são enaltecidos, mesmo se prevalecendo em suas definições, opiniões não
isentas de todo, pois, existe o viés ocultista, o viés espiritualista, o que em uns pode
ser mais ou menos exacerbado, e que deveria ser considerado. O importante é montar
o quebra-cabeça, mesmo que as peças não se ajustem adequadamente, ou que as
partes acabem dando ao produto final a aparência de um “Frankenstein”. A
classificação de sociedade secreta já está em completo desuso, pois, todo mundo
sabe onde estão os nossos templos e os nossos endereços. O mais correto, seria
dizer que é uma sociedade iniciática. Além do mais, os nossos segredos estão
relacionados à forma muito pessoal que cada um tem de interpretar os símbolos, ou
palavras concernentes ao Grau, com se fossem senhas, até aí nada demais. Uma
definição que cabe também à Maçonaria é que ela se revela aos seus adeptos por
alegorias e é ensinada por símbolos. Há algo de satânico aí? A título de contribuição,
e com o claro objetivo de desmitificar e desmistificar a relação Maçonaria –religião,
elenco algumas das conclusões do pesquisador e estudioso Nicola Aslan sobre o
assunto:
_ ”Se não possuir todas as características, uma religião não pode ser considerada
como tal. Por conseguinte, uma religião que não tem padres que possam oferecer o
sacrifício, “que é o ato religioso por excelência”, não pode ser religião. Não
acreditamos, por mais malabarismos teológicos que se queira fazer, que se possa
demonstrar ter a Maçonaria sacerdotes e que oferece qualquer sacrifício à Divindade,
além daqueles impostos pelo próprio desbaste da Pedra Bruta. E bastaria isto para
provar que a Maçonaria não é religião.”
_ Por terem esses símbolos as mais profundas interpretações religiosas, podemos
dizer que a Franco-Maçonaria é uma instituição religiosa, mas não é uma religião. Ela
não tem essa pretensão, não se propõe a proporcionar as eficientes consolações
espirituais, nem reivindica a eficácia reformadora que fazem das religiões, o elemento
salutar na vida dos homens.” (Esse excerto, que Nicola Aslan reproduziu em seu
artigo foi por ele retirado do Ritual de Aprendizes da Grande Loja da Guanabara na
sua edição de 1959)
_ “Efetivamente, a Maçonaria recomenda a mais ampla investigação da Verdade. Isto
não é o próprio de uma religião que, geralmente possui sua própria Verdade
estabelecida dentro dos dogmas que ensina. Não procura suplantar nenhum
religião.(...) A Maçonaria não alardeia nenhuma origem sobrenatural, nem pretende ter
recebido qualquer revelação particular. Ela segue simplesmente a religião natural. Ela
rende culto a Deus sob o nome de Grande Arquiteto do Universo e não o define, para
que Ele seja o Deus da religião de cada um, que pode imaginá-lo segundo o seu
próprio credo. Não tem nenhuma metafísica particular, reconhecendo a cada adepto o
direito de escolher a sua. Por isso a Maçonaria não procura desenvolver esse tema
para não ferir suscetibilidades religiosas de seus membros. (..) Os seus dogmas são
apenas a crença em Deus e na imortalidade da alma.”
_ “E, na verdade, enquanto as religiões baseiam os seus ensinamentos sobre a Fé, a
Maçonaria o fazendo por base a Lógica e a Razão.”
O HOMEM MODERNO, A MAÇONARIA A RELIGIÃO
A Maçonaria é feita por homens, e o homem por sua vez, não costuma
abrir mão com facilidade de uma religião, ou da espiritualidade. A Maçonaria não veio
para substituir a religião e nem teve jamais esse propósito. A Maçonaria é constituída
de homens livres e de bons costumes, e é um sistema de Moral. Também é uma
escola de Filosofia social e espiritual, e exige sim que os seus adeptos creiam na
existência de Deus e em sua vontade revelada. A Maçonaria proclama a existência de
um Princípio Criador a quem denomina GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO. A
Maçonaria visa incutir em seus membros a LUZ ESPIRITUAL e DIVINA, afugentando
assim os baixos sentimentos que envolvem o materialismo, a sensualidade e o
mundanismo. É possível que algum Maçom entenda que a Maçonaria possa
preencher ou substituir um vazio religioso em seu íntimo. Mas, o vazio religioso ou
espiritual, está aí, visível, presente cada vez mais na sociedade em que vivemos. Sinal
dos tempos? Hoje, muitas religiões passam a ser descartáveis de uma hora para
outra, havendo um pula-pula de uma religião para outra, além de que há religiões
para todos os gostos e da noite para o dia tem sempre um templo sendo inaugurado
numa esquina muito próxima. Ou seja, o homem nunca esteve tão perdido do ponto de
vista espiritual, o que não é por falta de Templos ou religiões, mas por falta de um
sentido para a vida. Até mesmo nessa área, infelizmente, o homem dos tempos atuais,
vem considerando a relação custo-benefício, o fator quantidade X qualidade, e uma
gama de fórmulas e conceitos para ficar com os deuses que são verdadeiramente
cultuados: o deus que representa o capital, o deus que representa a vaidade, o que
representa o ego...
JUSTIFICANDO O TÍTULO DO TRABALHO: O VOCÁBULO LITURGIA , A TÍTULO
DE EXEMPLO
Para responder à pergunta formulada no título deste artigo, torna-se
necessário em primeira instância esmiuçarmos o que seria a palavra LITURGIA, assim
como, as suas acepções e utilizações fora e dentro do âmbito maçônico.
De imediato, todos nós o relacionamos com o que pertence ao contexto
religioso, o que é verdade, e como atesta o que leremos logo abaixo:
Liturgia – A palavra grega por detrás dessa transliteração é leitourgía, “obra pública”
ou “dever público”. A Septuaginta usa essa palavra no contexto religioso; A liturgia é
uma coleção de formas ritualistas prescritas, visando à adoração pública. Nas Igrejas,
grega e romana, essa palavra chega a ser usada como sinônimo de eucaristia. Em
seu sentido mais lato, porém, refere-se à adoração pública em suas formas, em
contraste com s devoções privadas.
À primeira vista, entendemos que essa palavra está diretamente ligada ao ofício
religioso, e a primeira relação que conseguimos estabelecer é com a Igreja Católica.
No entanto, nada é tão simples e nada pode ser tão definitivo. As palavras são
dinâmicas, as palavras e as suas significações mudam em determinado contextos, as
palavras tem seus próprios mistérios, e é com esses pensamentos que vamos definir
LITURGIA no contexto maçônico, com base no que foi disponibilizado no Vade-Mécum
Maçônico do Irmão Ivo Girardi:.
Liturgia Maçônica – 1. O desenvolvimento do Ritual Maçônico com o cumprimento das
prescrições litúrgicas em sua totalidade, a atmosfera criada pelos elementos
iniciáticos, esotéricos e simbólicos, tornam a liturgia a via por onde a espiritualidade
acontece. Dentro desse ponto de vista, a nossa responsabilidade de maçom
transcende a filiação à Ordem; traz em seu bojo um aspecto fundamental: o do
Iniciado que tem na espiritualidade sua razão principal de ser. (...) Os Símbolos
Maçônicos dentro do templo tem uma espiritualidade que se manifesta quando do
exercício da liturgia e prática do Ritual que reaviva os arquétipos maçônicos.
Agora vejamos o que disse o Irmão Fernando de Faria em artigo seu
denominado, “Liturgia e Ritualística”: „Constata-se que a expressão vertente foi
tomada do uso comum, assumindo significados próprios de uso exclusivamente
maçônico. Ao termo liturgia, por exemplo, não se aplica qualquer das acepções que a
ele são dadas em Religião. Assim, consolidando exposições verbais, o autor propõe
um significo maçônico à palavra liturgia, justificando sua adoção entre nós, e,
analisando o uso atual, adota um significado novo para o vocábulo ritualística. (...)
Porém Maçonaria não é religião; as Cerimônias Maçônicas não se constituem em culto
e, neste sentido, de certo modo é herético falar-se em liturgia maçônica e, embora a
tendência a tê-los como sinônimos, os dois termos (liturgia e ritualística) não se
confundem, já o dissemos.‟
Pelo exposto acima, e pela utilização do vocábulo escolhido para servir
de exemplo, poderemos logo lembrar de outros que, também, nos remetem ao
ambiente religioso, vocábulos esses, em que a Maçonaria é muito pródiga. Mas, isso
já é assunto para outro artigo.
CONCLUSÕES
O exemplo que busquei para fazer jus ao que pretendi expor, por si só,
como já mencionei, remete ao ambiente religioso, e especificamente ao católico,
religião da qual muitos Maçons são adeptos, o que é natural, pois, a nossa mente
trabalha com referências, com informações extraídas dos mais diversos contextos, e
com os quais fará as ligações.
Numa ocasião anterior escrevi um artigo intitulado “Considerações
Sobre Maçonaria e Religião”, onde ficaram registradas e devidamente explicadas as
minhas convicções no tocante à discussão Maçonaria X Religião, e onde, concluí após
minhas pesquisas e vivências que a Maçonaria não é uma religião, mas, que é sim
religiosa, ou no mínimo, possui a religiosidade como inspiração.
Revisitando as leituras anteriores e o meu artigo citado, também
acrescendo novas leituras, pude encontrar outros ângulos, por isso, esse outro artigo.
Quero deixar claro também, que a conclusão anterior permanece, mas, que diante de
uma assunto tão rico, é possível que sejam encontradas outras tantas conclusões.
Uma delas, proveniente do Irmão Fadel David Antonio Filho, em artigo que publicou
sobre a Maçonaria e as religiões, do qual retirei a seguinte passagem: “Finalmente,
para o desespero de alguns religiosos radicais, a maçonaria não é um religião, mas
uma Filosofia e muito mais abrangente, pois que busca despertar no homem sua
condição divina e conscientizá-lo de sua importância na obra do G.·.A.·.D.·.U.·..”
Outra, agora do o Irmão E. Figueiredo: “O fato de ter certas idéias e concepções
religiosas, não quer dizer que tenha um sistema de RELIGIÃO, que assuma caráter
oficial como tal e, muito menos, objetivo de resolver problemas do além, mas muitos
vêem nela conotação de religião. Sob a ótica da Sociologia, não há distinção entre
sociedades religiosas que fazem da crença em Deus seu princípio fundamental e
aquelas que não têm essa força principal.” Há muito para ser pesquisado
indiscutivelmente, considerando em primeiro lugar da relação estreita que existe ou
existiu entre a Maçonaria e as grandes tradições de sabedoria. Considerando que
existem inúmeras semelhanças entre vários temas comuns a essas escolas, ou de
outro ponto de vista, variações para um mesmo tema. Talvez seja possível afirmar, já
que sempre podem existir ressalvas, que há uma essência comum nos mistérios
iniciáticos dessas antigas escolas da antiguidade, um fio que une todas elas. Da
mesma forma, entre as religiões, ainda que a maioria não queira admitir.
A pergunta que deixo aqui, talvez envolva várias respostas, mas, é uma
linha de pesquisas para que sejam feitas por quem queira se aprofundar na questão.
Talvez depois de respondidas, uma luz comece a surgir no fim do túnel, o que pode
significar que há ainda um longo caminho para quem é um buscador da Verdade. É
estudar e perseverar no estudo. A pergunta é a seguinte:
O fato da Maçonaria se utilizar de uma extensa simbologia e uma
terminologia que a aproxima de algumas religiões, em alguns aspectos, tais como o
vocábulo liturgia (citada como exemplo anteriormente), e outras expressões do porte
de “sacralidade do Templo”, “Cadeia de União”, “leitura de Salmos”, “passagens do
Livro da Lei Sagrada” (além de tudo o mais que ele representa durante a Loja
aberta...), a “invocação ao GADU”, o “culto de alguns santos” (São João Batista, São
João Evangelista...), a “espiritualidade”( que muitos confundem com religião) e a
“religiosidade” todas comprovadas em muitos dos momentos que compreendem uma
sessão maçônica, não concorrem agindo como um fator de indução, ou servindo como
“provas” para os autores, tanto maçons como não maçons, que querem estabelecer
uma ligação direta da Maçonaria com as religiões, do tipo “o elo perdido” e
reencontrado?
Tenhamos em mente, ao dar continuidade aos nossos estudos que um
dos maiores preconceitos que se tem disseminado ao vulgo, com o propósito de
confundi-lo, é justamente convencê-lo de que a Maçonaria é uma religião (as religiões
vivem se digladiando, seja por espaço, por número de fiéis, pela interpretação mais fiel
da Bíblia, e pela posse da Verdade...). A Maçonaria incomoda por ter tornado possível
e real a união de homens de todos os credos, e com a solidariedade e a fraternidade
sendo praticada de contínuo entre eles... Somente essa argumentação eu diria ser
suficiente para não se comparar ao menos, aos modelos de religiões atuais.
Referências Bibliográficas:
Revistas:
“A TROLHA”, n° 206, 223 e 283
“ACÁCIA”, n° 83
APOLOGÉTICA CRISTÃ – Edição 15 – MAS Editora
“GUIA DE MAÇONARIA” – n° 1- On Line Editora
“O PESQUISADOR MAÇÔNICO” - n° 10, 11, 12 e 13
Livros:
A TROLHA – COLETÂNEA 8 – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2009
CADERNOS DE PESQISAS MAÇÔNICAS – CADERNO 15 – Ed. Maçônica “A Trolha”
Ltda. 1998
CADERNOS DE PESQUISAS 16 – Ed. Maçônica “A Trolha” Ltda. 1999
CHAMPLIN,R.N. “Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia” – Vol. 3 – Editora Hagnos –
2008
GIRARDI, Ivo – “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico – Nova Letra Gráfica e
Editora Ltda - 2008
ZILLES, Urbano. “RELIGIÕES Crenças e Crendices” – EDIPUCRS - 2002
O Livro, Criador do Dever Iniciático
Tradução José Filardo
Artigo | Revista Franc-Maçonnerie – por ALAIN Pozarnik
Existem livros de imaginação ou de biografia, livros de referência geográfica ou
histórica, livros de ciência ou de filosofia livros de esoterismo ou ocultismo. Um
livro pode satisfazer o gosto de escapar, uma curiosidade ou um requisito
espiritual. O que pode ler, de preferência um iniciado? Qual é a sua atitude
diante de um texto?
Após a construção da sua personalidade, um homem é naturalmente inclinado a um
ou outro tipo de literatura. A recepção das impressões externas estimula o
funcionamento dos seus sentidos e lhe dá a impressão de viver mais intensamente.
Além disso, em geral, ele escolhe aumentar aquile que, nele mesmo, já é mais apto a
receber um tipo de informação, mais que um outro.
As leituras de um homem comum são orientadas seja segundo sua natureza existente
seja para lhe dar a ilusão de que ele é capaz de saber o que ele não tem a energia
para realizar. Através de um livro, nos envolvemos em várias fantasias ou em
conhecimento, mas nunca em um processo de experiências vividas de maneiras
objetivas.
O tempo de leitura torna-se um tempo de esquecimento, um momento de
autonegação, um tempo que permite à personalidade, ao ego, engrossar sua máscara,
e para alguns aumentar a base social do aparecer e se distanciar da percepção
humana do Ser de outros homens.
Por que não! Mas este não é o caminho de ações conscientes escolhidas por um
iniciado.
Desenvolver o espírito crítico
Um iniciado percebe que ele já dedica muito pouco tempo ao seu despertar pessoal.
Ele também aproveita cada instante de disponibilidade para se perguntar sobre
diferentes olhares trazidos por outros sobre o Conhecimento da verdade. Além disso,
ele sabe que a qualquer momento sua vida pode se quebrar e ele experimenta
cruelmente o sentimento de sua responsabilidade para a realização da extensão de
sua consciência humana durante a sua vida. Ele não quer se tornar um super-homem,
mas introduz no domínio da razão, a noção de urgência de tornar-se, de trabalhar, de
integrar a transcendência na imanência de sua vida diária. O tempo de que dispõe é
precioso porque essa realidade é bastante curta e principalmente imprevisível.
4 - “O livro, criador do dever iniciático”
Ir Alain Pozamik – ex- GM da Grande Loja de France – Trad. Ir José Filardo
As leituras de um iniciado dão uma orientação definida às suas reflexões, seus
sentimentos, suas ações. Elas não escondem ou não embelezam a realidade, ela a
revelam. Assim, não há necessidade de se perder nas filosofias abstrusas ou
misteriosas e inúteis para se esperar alcançar a Realidade clara, simples e facilmente
compreensível. Pelo menos ela lhe chega, talvez, com trabalho. O Conhecimento não
está escondido, somo nós que ainda não somos capazes nem de o perceber nem de o
receber. A Tradição levanta um canto do véu, cabe a nós levantar os outros três
cantos, e talvez o véu na sua totalidade. Cabe a nós descobrir como!
Por agora, as verdades que percebemos são realidades relativas que vivemos como
essenciais. Este por meio de um choque de despertar que podemos superar nossos
equívocos e erros. Nesse movimento enérgico nossas verdades se dissolvem e são
substituídas por outras verdades, muitas vezes também relacionadas com as
anteriores. Também como um livro iniciático escrito por um maçom jamais afirma que
ele expõe a verdade, mas na melhor das hipóteses, ele traça o caminho que conduz a
ela, de forma gradual. Um livro sério não impõe qualquer crença, qualquer
conhecimento, qualquer ucasse.
Para responder aos seus próprios questionamentos, aos dos homens e para não cair
em certas armadilhas, um iniciado deve, através de suas leituras, desenvolver um
espírito crítico e lógico, um julgamento distante e neutro, uma razão sã e sólida. Um
pesquisador de verdades deve ser um homem educado e, ao mesmo tempo, um
homem experiente e construído. O perigo é, por exemplo, que um intelecto ricamente
suprido com dados permaneça inundado por emoções egoístas de ambição ou de
vaidade, ou que uma experiência mal compreendida conduza o pesquisador a
superstições tenebrosas.
Criar uma percepção diferente do mundo
A construção do edifício humano se eleva gradualmente, em linhas puras, por meio de
um trabalho correto, simultâneo e harmonioso de todas as manifestações, sejam elas
intelectuais, emocionais ou corporais.
Não há dúvida de que são necessários esforços para passar de uma vida totalmente
automática para uma vida de observação, de autoconhecimento, de uma vida de
autoconhecimento, seja para uma transformação, de um autoaperfeiçoamento para
uma passagem dinâmica em direção à realização de um “eu sou” na eternidade.
Cabe ao leitor procurar a ideia viva escondida por trás das palavras e frases. As
palavras e frases nunca tocam o interior vivo do Ser; elas são inúteis para fazer viver
concretamente a sabedoria iniciática, mas são essenciais para a transmissão.
Todo livro cujo texto nos torna alertas para nós mesmos, para os outros e para o
mundo é um livro aproveitável para um iniciado. Esse tipo de livro raramente nos diz o
que teríamos de fazer para aprender a nos abrirmos, mas desperta em nós o desejo
de viver de forma diferente. Ele nos ajuda a olhar para nós mesmos, e olhar o mundo
através dos olhos da fraternidade e do amor. Ele reduz a diferença entre as nossas
vidas e as dos outros.
Um livro iniciático não é um livro de moral nem um livro filosófico, mas um livro que
estimula o nosso sentimento de pertencer à corrente comum da vida universal.
Uma das principais funções de um livro de sabedoria é nos tornar conscientes de que
nossas percepções e julgamentos dos outros e do mundo, dependem mais de nossas
interpretações limitadas que de suas realidades. Um livro útil para um pesquisador é
um livro que abre caminhos inesperados, pontos de vista estonteantes, perspectivas
inesperadas lhe faz querer seguir em frente, de se envolver efetivamente. Um livro útil
para um pesquisador não está na riqueza de um texto revelando o pensamento do
autor, mas no sentido que o leitor lhe dá. O sentido que o leitor atribui um texto pode
ser diferente do sentido do autor, que se situa, talvez, em outro nível de compreensão,
mas não significa menos que seu livro tenha permitido ao leitor tornar-se um criador de
si mesmo.
Autodescobrir-se
Graças a um texto, o leitor entende-se de outra forma, ele aplica a si mesmo o olhar
que o texto provoca. Graças ao texto, ele realiza um ato de compreensão de si
mesmo. O iniciado não busca em um livro um pensamento que lhe convém, e que ele
o torna seu, mas ele assimila o pensamento do autor, o reinterpreta em sua
consciência e constrói a si mesmo. Um livro iniciático é uma obra de arte que interroga
o leitor, o libera de suas amarras habituais, e lhe permite florescer, equilibrar-se e
organizar seu devir mais humano.
Quando nossas imperfeições são vistas, essa visão apela ao nosso desejo de nos
superarmos. Um livro iniciático não é a expressão de uma moral rígida ou de um
misticismo terminado que devemos copiar para nos parecermos com um iniciado, ele
nos coloca em relação com nossas imperfeições para criar em nós a força para nos
afirmarmos, de afirmar uma outra maneira de ser.
Um livro iniciáticos oferece a cada leitor a responsabilidade de criar, ele esmo, com
felicidade em um mundo que ele não compreende, que antes ele sentia como hostil.
Um livro aproveitável para um iniciado abre-se para a arte de viver. Nunca a arte de
viver encontra um ponto final. A energia cósmica que flui através de nós tem uma
efervescência infinita. Nas palavras de um texto iniciáticos nunca acabamos de
encontrar uma interpretação sobre o ordenamento e o sentido da vida.
Um livro iniciático é lido lentamente, tranquilamente. Ao lê-lo, tomamos tempo para
escutar vibrar nosso ser e nosso espírito tocado pela música das palavras e suas
evocações. Deixamos a amplitude do sentimento desenvolver-se e crescer, antes de
passar para a próxima frase. Ler com muita pressa pretexto sob o pretexto de
entender mais tarde ou muito mais, torna-se um exercício puramente intelectual de
pesquisa de ideias. As ideias se encadeia, se alternam, se contestam , mas não
despertar aquilo que esperamos encontrar ali de excepcional. Desde os gregos e
romanos, tudo foi dito de uma forma ou de outra, mas o que foi dito ainda não nos
afetou pessoalmente da forma certa. Também, lendo-o hoje, não buscamos ideias
revolucionárias, aprendemos, antes disso, a tomar o tempo para desfrutar nossa vida
íntima, despertar nosso ser interior, saborear a vida de nosso ser.
Entrar em sintonia com as ideias
Há uma parte de esforço para viver o incomunicável, uma parte de confiança para
avançar em direção ao inimaginável e uma parte de vigilância para permanecer na
direção certa. Portanto, é importante não acreditar cegamente, verificar e experimentar
por si mesmo todas as afirmações vindas de que e de onde quer que seja;
abandonemos o hábito de transmitir as ideias dos outros, não vivamos de segunda
mão para encontrar uma maneira nova de existir. Se uma ideia formulada por alguém
nos parece atraente, experimentemo-la e verifiquemo-la em nós. Quando parecer que
ela está viva em nossa carne, nosso espírito ou nosso coração, então poderemos
afirmar sua veracidade, agora que ela terá um verdadeiro poder transformador.
O leitor pode percorrer uma primeira vez um livro iniciático para entender a direção
que o autor lhe propõe seguir, então ele pode retomar uma segunda leitura, mais
aprofundada para entender onde se situa sua própria experiência na estrada e, em
uma terceira leitura ele se colocará em sintonia com as ideias para sentir vibrar em
seu Ser o caminho descrito pelo autor.
No caminho iniciático tradicional, o que realmente importa não são as descobertas de
outros, mas as interrogações que elas levantam e o caminho que elas nos permitirão
realizar. Não leiamos para descobrir o que pensa o autor sobre um assunto, mas para
saber quais pensamentos despertam em nós aquilo que pensa um autor. *
Quanto mais nós lemos e relemos um livro iniciático, mais nós encontramos
interpretações que o texto continha ou não continha, mas que, de toda forma, não
estávamos preparados para entender. Uma leitura pode alimentar o intelecto, uma
outra os sentimentos, e uma terceira tocar e alimentar o Ser.
Nós fecundamos um texto com nossas próprias compreensões e além de nós
mesmos, por nosso aperfeiçoamento progressivo. Assim, podemos transmiti-lo aos
outros, não para que eles o aprendam de cor, mas apelando a que preencham, eles
mesmos, os vazios infinitos encerrados nos limites das palavras.
* Veja o desenvolvimento, as páginas 12 e seguintes de a L‟Agi e l‟Etre Iniatique do
mesmo autor publicado por Editions Dervy.
Sobre o autor
Alain Pozarnik
Alain Pozarnik ex-Grão-Mestre da Grande Loja De France é o autor de uma dezena de
livros iniciáticos publicados pela Dervy.
Última obra publicada: Simbolismo do ritual de fechamento de loja maçônica, Editions
Dervy, 2011
A ORDEM MAÇÔNICA NA FRANÇA EM 1800
Antonio Gouveia Medeiros
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
gouveiasc@gmail.com;
Fonte: http://www.fm-fr.org
No início do século XIX a situação da maçonaria na França era complexa.
Após a morte do conde de Clermont em 16 de junho de 1771m, o 5º Grão
Mestre da Grande Loja de Paris, dita de França, houve um cisma que dividiu a
maçonaria francesa. O Grande Oriente de França foi fundado em 1773 por uma
assembléia dos representantes das Lojas de Paris e das Províncias, uma Grande Loja
Nacional, sob a liderança do Duque de Montmorency-Luxembourg.
Após a aprovação dos novos estatutos em 26 de junho deste mesmo ano, que
previa a instalação do Duque de Chartes, primo do rei, em 22 de outubro. Mas na
Grande Loja Nacional não havia concordância de todos os Veneráveis das Lojas de
Paris. Os rebeldes constituíram-se numa Grande Loja de França continuando com o
Grande Oriente de Clermont, confirmando como Grande e único Grande Oriente de
França.
O cisma durou até 1799 sem que houvesse diferenças nos rituais praticados.
Esta maçonaria francesa é a dita moderna que seguia a linha Britânica. Embora, as
duas obediências demonstraram um grande liberalismo em matéria de ritual, que
foram exigidos de suas lojas e capítulos.
Em 1776, o Grande Oriente assinou um Tratado de aliança com os dirigentes
do REAA, dando-lhes o controle das suas Lojas e em 1781 com a Grande Loja
parisiense de São João da Escócia, Loja Mãe para a França do Rito Escocês filosófico
deixando livre para juntarem-se segundo seus interesses.
O Grande Oriente, no entanto, em 18 de janeiro de 1782 elaborou um Rito
como o nome de Rito Francês, que foi adotado na Assembléia Geral de 1786.
Os três Graus Azuis foram codificados, mas não foram publicados
coletivamente em 1801, mas uma coleção de três livros intitulados “O Regulador do
Maçom” para o Venerável e seus Vigilantes.
O Prefácio para o Ritual de 1786 sublinha a vontade de codificação dos graus
num só Ritual para uso das Lojas de Obediência.
Antoine-Firmine Abraham arvorou do pavilhão da Escócia na França (1753-
1818).
De 1800 à 1802, ele publicou “O Espelho da Verdade” dedicado a todos os
maçons, em quatro volumes. O 3º Volume contém a maior parte sobre os seus
escritos escoceses: Primeira Circular a todos os maçons Escoceses na França –
circular da Respeitável Loja da Perfeita União, no Oriente de Donay e a sua profissão
5 - a ordem maçônica na frança em 1800
Ir Antonio Gouveia Medeiros
de fé na Escócia. Motivo para o Tratado de União entre o Grande Oriente de França e
os Diretores do Grande Capítulo Geral da França.
Abraham em suas palavras condenou o Rito Francês.
O Rito Antigo e o Rito Moderno
Durante várias décadas a 1ª Grande Loja de Londres fundada em 1717 foi lei
na Inglaterra.
Para ela deveríamos ter três graus, com a introdução da Lenda de Hiram, como
verdadeiros marcos, sem os quais não poderia haver maçonaria.
Seus rituais são conhecidos apenas por divulgação sendo a mais importante “A
Maçonaria Dissecada” de Samuel Prichard (1730).
Quando a Maçonaria foi introduzida na França os seguidores do que viria a ser
o Grande Oriente de França foram adaptando com naturalidades os seus usos.
Ele manteve a chave que continua até hoje a base do Rito Francês:
 Os dois Vigilantes estão colocados na parte ocidental da Loja (junto a Porta
do Templo).
 A Trindade: Lua, Sol e Venerável são as três principais luzes da Loja,
representando três candelabros colocados em torno do quadro da Loja.
 A Loja é apoiada por três colunas (Sabedoria, Força e Beleza).
 As palavras J e B são respectivamente do 1º e 2º Graus.
 No 3º Grau, a antiga palavra do Mestre “Jehovah” não está perdida, mas
apenas substituída por uma palavra circunstancial M B.
 È fundamental para experiência mística no grau o elevando portar o nome
do altíssimo quando está no túmulo.
Em 1751, foi criada em Londres a “Três Vezes Antiga e Honrada Fraternidade
dos Maçons Livres e Aceitos” cujos membros tinham antecedência Irlandesa. Esta
inovação veio para romper a bela unidade britânica, especialmente porque as Grandes
Lojas da Irlanda e da Escócia logo reconheceram a Jovem obediência como sendo
regular e sua fidelidade aos antigos usos.
O Grande Secretário, Laurence Dermott passou repetidamente a denunciar a
1ªGrande Loja de simplificar e descristianizar rituais, orações, inverter as palavras
sagradas do 1º e 2º graus, abandona a Cerimônia Secreta da Instalação de
Veneráveis e acima de tudo rejeitar a classificação do Real Arco.
Classificaram-se os membros da Grande Loja de Londres como os Modernos e
os da Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos como os Antigos.
Em 1760 uma outra publicação denominada “As três batidas” revelou o
conteúdo dos Rituais, cuja diferença com o rito dos modernos vale apenas mencionar:
 O 1º e 2º Vigilantes têm uma pequena coluna que representam as duas
colunas de Salomão.
 O 2º Vigilante fica colocado no meio da coluna do meio dia, enquanto o 1º
Vigilante fica no oeste. (Eles na realidade ficam junto à porta do Templo).
 São auxiliados por dois Diáconos, função originária da Irlanda, um à direita
do Venerável Mestre e o outro à direita da 1º Vigilante.
 Os Candelabros, sempre associados com o sol, a lua e o Venerável da
Loja, mas denominados “Pequenas Luzes” (Luzes fracas), ficam à direita
do Venerável e dos vigilantes.
 A Bíblia, o Esquadro e o Compasso, ficam colocados sobre o altar, na
frente do Venerável, e são as “Grandes Luzes” da maçonaria.
 As palavras sagradas são B. no 1º Grau e J no 2º Grau.
 A antiga palavra de Mestre foi perdida com a morte de Hiram, pois deve ser
pronunciada pelos três (a chamada regra dos três mencionada no primeiro
catecismo britânico). Salomão e o rei de Tiro, já não podiam comunicá-la
aos novos Mestres, sem a presença de Hiram. Os Mestres têm que têm
que se contentar com uma palavra substituta.
A França, na época, não adotou nada sobre estes procedimentos e continuou
tal como no passado, não praticado o Rito Moderno, embelezando, aumentando e
melhorando, fundamentado em si mesmo.
O Escocismo defendido por Abraham não era senão os graus azuis originários
do Rito Moderno de Prichard.
Comparação entre Rito Moderno e Rito Antigo
Palavra de Passe (Senhas):
RM. – comunicadas durante a cerimônia, com os outros “segredos”.
RA. – fornecidas ao candidato antes de entrar na Loja.
Disposição das Colunas:
RM. – J para o Noroeste e B para o Sudeste.
RA. – B para o Sudoeste e J para o Nordeste.
Palavras Sagradas:
RM. – J para o 1º Grau, B para o 2º Grau.
RA. – B para o 1º Grau, J para o 2º Grau.
Disposição dos Visitantes:
RM. – No Oeste, lado Sul no 1º Grau e no Norte no 2º Grau.
RA. – No Oeste no 1º Grau e no Sul no 2º Grau.
Diáconos:
RM. – não existam.
RA. – estavam presentes.
Grandes Luzes:
RM. – Sol, Lua e Venerável.
RA. – Bíblia, Esquadro e Compasso.
Uma Loja Escocesa é, na verdade, uma Loja Azul que permaneceu fiel do
Ritual Simbólico antes da Introdução do Rito Francês, contudo acredita-se que é
observado o costume da antiga maçonaria da Escócia.
O Discurso do Cavaleiro Ramsay (1686 – 1743), aprovado pela maioria dos
Sistemas de Altos Graus Continental, considerava a Origem da Maçonaria no
momento das cruzadas e não nos operativos dos séculos passados.
O Rito Escocês Filosófico.
Oriundo de Avignon ou Marselha em torno de 1774, este Rito foi o das Lojas
parisienses de São João do Contrato Social estabelecido em 1770 e trabalhada de
acordo com os rituais de Avignon desde 1776.
Em 1781, esta obediência fez um acordo com o Grande Oriente de França que
outorgou o direito de criar Lojas do Rito no França e fora dela.
A Biblioteca do Supremo Conselho para a Bélgica mantém várias cópias dos
Rituais conhecidos por REP que são idênticos ao publicados por Désaguliers.
A sua leitura revela que estes rituais não diferem daqueles usados pelas Lojas
Francesas da época.
As “instruções” de Avignon e o regulador diferem apenas na apresentação e
ordem das perguntas e respostas.
São pontos principais:
Os Oficiais estão dispostos segundo os usos “Modernos”.
O Venerável no Oriente, o 1º Vigilante no Sudeste na frente da Coluna B, e o 2º
Vigilante ao Noroeste na frente da coluna J.
As palavras sagradas são “J” no 1º Grau e “B” no 2º Grau e “M” no 3º Grau.
A inversão das palavras aprovadas pela Grande Loja dos Modernos em 1730
(1739) foi respeitada por todas as Lojas Francesas do século XVIII, inclusive as Lojas
Escocesas.
As três grandes luzes eram o Sol, a Lua e o Venerável da Loja.
As palavras de Passe (Senha) era transmitida durante a cerimônia, sendo
“Tubalcain” no 1º Grau “Schibolet” no 2º Grau e “Giblin” no 3º Grau.
As viagens do Candidato no 1º Grau são marcadas pela purificação pela água
e pela Fogo.
A letra “G” revelada no 2º Grau significa “Glória a Deus, Grandeza ao
Venerável e Geometria à todos os Maçons”. Isto significa o “Grande Arquiteto do
Universo”.
A versão da lenda de Hiram que é usada na França depois da elevação a
Mestre, a antiga palavra de Mestre “Jehova”, não está perdida no desaparecimento do
Arquiteto.
Ela simplesmente é substituída por uma outra palavra “MB”
Este é o elemento fundamental porque o Rito dos Antigos afirma que apenas
três a conheciam.
A morte de Hiram impediu que ela fosse comunicada, sendo escolhida uma
palavra substituta que se tornou mais do que uma nota de prudência.
Se o Rito Escocês e o Rito Francês eram basicamente idênticos, temos que
ressaltar, no entanto, uma diferença consistente:
A disposição dos Grandes Candelabros em torno do tapete da Loja, descrito
pelas regras gerais a respectiva Loja Mãe de São João da Escócia da Virtude
perseguida, ao Oriente de Avignon, datada de 1774, citada por René Desaguliers no
seu antigo.
No meio do Templo, no seu piso, será desenhado com giz, o quadro conhecido
por qualquer Maçom. Haverá três Grandes Candelabros ostentando uma vela,
colocados, um no canto do quadro, entre o Oriente e o Sul e dois no Ocidente, entre o
Sul e Ocidente e outro entre o Ocidente e Norte.
Esta disposição, SE-SO-NO, é segundo o Rito Moderno Belga, não é segundo
as primeiras Lojas Francesas. Os “quadros” mostrados nas primeiras divulgações e as
célebres gravuras de Lebas ficam nos ângulos NE-SE-SO.
Na confissão de João Constos para Inquisição Portuguesa em 1743, lemos que
o Venerável Mestre, senta-se no Oriente e era ladeado por duas velas e uma terceira
no Ocidente com dois Vigilantes. Disposição confirmada pelas divulgações Francesas.
Nas Lojas regulares estes Candelabros Altos são colocados de forma
triangular, como atributos da decoração da Maçonaria. Os quatro pontos cardeais
marcam sobre o desenho o lugar regular das três velas, do Grão-Mestre e dos dois
Vigilantes. Encontramos uma luz no Oriente, a outra no Sul e a Terceira no Ocidente.
O Grão Mestre fica no Oriente entre as luzes do Oriente e do Sul.
As Lojas do GODF mantiveram esta disposição, como mostra as ilustrações do
“Regulador do Maçom” (1801): A Loja de Aprendiz é iluminada por três luzes
suportadas por três candelabros altos colocados nos ângulos NE-SE-SO.
Outro exemplo ainda de fidelidade do “Rito Francês” às tradições da Grande
Loja de Londres, dita dos Modernos, está nesta disposição, seguida pelas novas Lojas
segundo as “Instruções de Desaguliers”, segundo um texto fundamental inglês lançado
no século anterior.
As Lojas Francesas personalizaram a maçonaria mais tarde chamada de
Moderno, oriunda da Grande Loja de Londres de 1717.
O significado destas luzes foi dado por Prichard, que no seu livro “Maçonaria
Dissecada”, escreveu em 1730:
P – Tem alguma luz na sua Loja?
R – Sim, três.
P – O que representam?
R – Sol, Lua e Mestre-Maçom. (Venerável Mestre)
Obs. Estas são as três velas acesas colocadas no Candelabro Alto.
P – Por quê?
R – O Sol nasce para governar o Dia, a Lua, a Noite e o Mestre-Maçom
(Venerável Mestre), a sua Loja.
Os Rituais franceses tiveram um passo a mais na chamada “Grande Luz”.
P – Que vistes quando fôsseis recebido Maçom?
R – Três Grandes Luzes dispostas em esquadria, uma no Oriente, outra no
Ocidente e a terceira ao Sul.
P – Que significam estas três Grandes Luzes?
R – O Sol, a Lua e o Mestre da Loja.
Se a Loja Inglesa era iluminada por três luzes, ela era suportada por três
pilares, Sabedoria, Força e Beleza, representada pelo Venerável Mestre e os dois
Vigilantes.
As duas Grandes Lojas “Modernos” e “Antigos” chegaram a um acordo sobre
este ponto.
As publicações dos anos 1760 (o livro: As Três Batidas Distintas ou a Porta da
Mais Antiga Maçonaria) e de 1762 (o livro: Jachin e Boaz ou uma Autêntica Chave da
Porta da Maçonaria) relatam o mesmo diálogo:
P – O que apóia sua Loja?
R – Três Grandes Pilares.
P – Quais são seus nomes?
R – Sabedoria, Força e Beleza.
P – Quem representa o pilar da Sabedoria?
R – O Mestre no Leste.
P – Quem representa o pilar da Força?
R – O 1º Vigilante no Ocidente.
P – Quem representa o pilar da Beleza?
R – O 2º Vigilante no Sul.
As primeiras divulgações francesas foram mais longe e firmaram a assimilação
dos pilares J e B do templo de Salomão (pilar se traduz indiferentemente por coluna ou
pilar, enquanto em francês, significa uma coluna de forma circular, designando um
pilar apoio de qualquer forma). Ao descrever o quadro da Loja, o novo catecismo dos
maçons é muito explícito:
Ao lado [a janela do Oriente],
onde estes assumem um terceiro
pilar, Beleza. Em uma das duas
colunas, Força, um grande J, o que
significa Jakin, e na outra Sabedoria B
e Boaz, tem no centro da Estrela
Flamígera um G.
Legenda: Quadro da Loja do
Aprendiz-Companheiro do Novo
Catecismo da Maçonaria a partir de
1749. Anote a localização da velas
acesas marcadas por botões
Esqueça a disponível variável
e, por vezes, fantasiosa, Sabedoria,
Força e beleza. O importante é a
assimilação dos suportes da Loja
pelas duas colunas J e B do templo de
Salomão, e sua forte associação com
dois Vigilantes. O ritual de
Companheiro (1767), da Loja Marquês
de Gages, a verdade e a harmonia
perfeita ao Or. de Mons, não precisa
disser outra coisa:
A coluna de Aprendizes porta as letras J - F para Jakin e Força; coluna de
Companheiros as letras B - B para Boaz e Beleza.
Daí o seguinte esquema:
VM
coluna imaginária
Sabedoria
Candelabro do Oriente Candelabro do Meio dia
Candelabro do Ocidente
2°Vigilante 1°Vigilante
coluna J coluna B
Beleza Força
fig 2: Disposição da loja Francesa
Em resumo a Loja francesa:
- é apoiada por três colunas, Sabedoria, Força-Beleza, duas das quais não são outras
que as colunas, J e B, do Templo de Salomão, que são associadas aos Vigilantes, em
terceiro lugar, imaginária, sendo o Mestre da Loja.
- ela é iluminada por três luzes dispostas em um quadrado nos cantos da Loja: o sol, a
lua e o Mestre da Loja.
A mudança dos candelabros da Loja alterou radicalmente a sua geografia e as
associações simbólicas que elas representam. Com efeito, o artigo segue a regra geral
prevista.
Qualquer reunião de Maçons será desejo da Loja e será presidida por um irmão
chamado Venerável, e outros dois irmãos que se chamam Vigilantes, que representam
as três luzes ou três colunas da Loja, que terá para Diretores: um Orador, um
secretário, um tesoureiro, um Chanceler, dois Mestres de Cerimônias, um Mestre
Banquete e dois Enfermeiro e Hospitaleiro
Enquanto as colunas e as luzes são duas ternárias distintas na Loja Francesa, elas
estão aqui reunidas num único conjunto dos três oficiais principais, as velas e os
suportes da Loja ao mesmo tempo ilustram a nova disposição das velas dos ângulos.
Naturalmente, as colunas J e B perderam a sua função de apoio da Loja.
A instrução do grau de Aprendiz do Rito Escocês Filosófico contém no conteúdo o
anunciado nesta fusão
D: O que vistes quando vos foi dada a luz?
R: Três grandes luzes: o Sol, a Lua e o Ven Mestre.
D: Vistes outros pontos de luzes?
R: Três grandes velas representando o Ven. e o Vig..
Isto permitiu a R. Désaguliers escrever em 1983:
Em minha opinião, esta disposição das colunas com velas ao redor do tapete
quadrado e na estreita associação com o Venerável e seus dois Vigilantes que
fundamenta o Rito Escocês para os três primeiros graus.
Rapidamente concluímos que numa Loja Escocesa:
- o Venerável Mestre e os dois Vigilantes são ao mesmo tempo as luzes (Grandes
Velas) e as colunas (Sabedoria, Força e Beleza, suportes da Loja)
- os três grandes Candelabros, numa mudança semântica bem compreensível
tornaram também os três pilares, suporte da Loja,
- ambas as colunas J e B perdem o seu sentido original para se tornarem apenas as
colunas dos Aprendizes e Companheiros,
- a ternária tradicional: Sol, Lua e Venerável Mestre, é mantida, mas a sua associação
com as velas desapareceu.
VM
Candelabro do SE
Sabedoria
Candelabro do NO Candelabro do SO
2°Vigilante 1°Vigilante
Beleza Força
coluna J coluna B
fig 3: Disposição da loja Escocesa
Pode ser resumido por uma grade bastante simples:
Rito Francês Rito Escocês
Disposição das colunas J ao NO, B ao SO J ao NO, B ao SO
Disposição dos Vigilantes J ao NO, B ao SO J ao NO, B ao SO
Disposição dos candelabros
(luzes nos ângulos) NE, SE, SO SE, SO, NO
Aclamação Vivat, Vivat, Vivat Houzey, Houzey, Houzey
Grandes luzes Sol, Lua, Mestre da Loja Sol, Lua, Mestre da Loja
Fig. 4: Comparação entre os ritos Francês e Escocês
Tenida Fúnebre Anual
ANO 07 - ARTIGO 46 - NÚMERO SEQUENCIAL 434 - 17 DE NOVEMBRO DE 2013
Saudações, estimado Irmão!
Retornei a Buenos Aires para participar da
TENIDA FÚNEBRE ANUAL
Sérgio Quirino Guimarães
Delegado Geral do Grão-Mestre
G.’.L.’.M.’.M.’.G.’. 0 xx 31 8853-2969
quirino@roosevelt.org.br (assuntos maçônicos)
quirino@glmmg.org.br (assuntos ligado à Delegacia)
Ano 07 - artigo 46 - número sequencial 434
Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo.
Quatro frases que transformam qualquer realidade negativa. Pratique!
A convite do V.·. H.·. Alex Norris, Subsecretario de Cultura, na noite de ontem estive
no Templo Nobre da Gran Logia de la Argentina de Libres y Aceptados Masones
para vivenciar uma experiência única e muito sensível.
É uma tradição de várias Potências Maçônicas realizar uma cerimônia especial em
homenagem aos Irmãos que cumpriram sua missão no Orbe Terrestre e se
encontram no Oriente Eterno.
Por se tratar de uma sessão pública, posso compartilhar com os Irmãos o que vi e
ouvi. Na verdade pouco se vê, pois o ambiente é lúgubre. Luzes apenas nos altares
do Grão-Mestre e dos Grandes Vigilantes.
No centro do Templo havia, sobre suportes, uma urna funerária coberta com manto
negro e rodeada por cesto contendo pétalas de rosas vermelhas e de flores brancas
que não identifiquei a espécie.
O Irmão Grande Secretário faz a chamada dos Irmãos falecidos e em seguida o GM
dá um golpe ligeiro de malhete, o 1º GV responde com um golpe forte e o 2º GV
segue com um quase imperceptível.
Estes três golpes de intensidade diferente, simbolizam as três fases mais
importantes na vida do homem: Seu nascimento, sua idade viril e seu último
suspiro.
6 – tenida fúnebre anual
Ir Sérgio Quirino Guimarães
Há um momento também muito significativo, quando as Grandes Luzes saem dos
tronos se dirigem separadamente ao féretro e batem com o malhete chamando os
Irmãos falecidos ao labor. Ao final, o Irmão 2º GV, exclama:
- Os Irmãos não respondem!
O GM se manifesta: - Os Irmãos estão mortos, viajam pelos vales do Oriente
Eterno, perdeu-se a Palavra Sagrada e esta quebrada a Cadeia Maçônica.
Mas acalenta explicando: - Perdemos para sempre suas formas visíveis, mas seu
nome e sua memória (creio que seja: “seus atos”) permaneceram eternamente em
nossos corações.
A Cerimônia foi muito rica, cheia de simbologias, há viagens, falas que motivam a
reflexão, a harmonia foi feita por três músicos com Gaita Escocesa (Gaita das
Highlands) e a emoção tomou conta das Colunas e mezaninos do Grande Templo
Não há como descrever tudo o que passou, mas peço aos Irmãos que reflitam e
estudem, preparando uma Prancha para o Quarto-de-Hora-de-Estudo sobre a
transitoriedade da matéria. Morrer é como uma chama que se apaga, liberta para a
transcendência do espírito ou a imortalidade da alma. Depende da crença.
Devemos honrar os que nos antecederam, pois o que hoje temos, é seu legado.
Que suas virtudes sejam para nos estimulo e exemplo.
Se hoje não estão mais fisicamente entre nós, já cumpriram sua missão e estão
imunes às influências negativas das torpes, da adulação, da intolerância, da
hipocrisia, da mentira e da vaidade, que tanto nos tentam e muitas vezes nos
desviam do caminho.
Não importa se somos ricos ou pobres (em todos os aspectos), nosso nome só
será lembrado pelo saber e pela virtude. Qual o último ponto de nossa existência
carnal?
É um ponto cêntrico, inevitável e fatal! Um abismo imenso e insondável, onde, por
fim ficam as glórias, as riquezas, as alegrias, as dores e a miséria. A morte é uma
inexorável niveladora de tudo; ela é implacável portadora da Igualdade.
Transcrevo o alerta que um Irmão me fez na saída:
- “Luego, ¿ Qué ventajas nos proporciona, durante tan corta existencia, el poder
adquirido a veces por la opresión, sembrando en derredor nuestro los odios, las
lágrimas y la sangre de nuestros semejantes?. ¿Qué valen, ni de que sirven las
riquezas acumuladas, a menudo, con el trabajo ímprobo, las privaciones y la miseria
de nuestros HH.’.?
“Nuestros HH.’. fallecidos ha cumplido su destino sobre la tierra. Humilde y querido,
su nombre nos recuerda a un H.’. que por la nobleza de sus acciones, por su
conducta ejemplar, merecieron nuestra estimación y nuestro cariño; ello se
conserva grabado en nuestros corazones, cual un dulce imperecedero recuerdo.”
Antes da reunião, estive no Cemitério da Ricoleta, onde tirei fotos de túmulos
maçônicos. Quando tiver um tempo, vou disponibilizá-las no facebook: Sergio
Quirino Guimaraes Guimaraes.
TFA
Quirino
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/121999 Silvio Ávila Içara
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José
7 - destaques jb
Resenha Geral
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis
19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste
21/11 Fraternidade Capinzalense Capinzal
21/11 União e Verdade Florianópolis
21/11 Liberdade e Justiça Abelardo Luz
24/11 Ary Batalha São José
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Mullher São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA
CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES
Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia
18.11.13 20:00 Loja Harmonia e Fidelidade 4129 -
GOB/SC
Itapema-SC (ao lado
Matriz Sto. Antônio)
Sagração do Templo
18.11.13 19h30 Justiça e Trabalho – GOSC Condomínio
Humânitas
Atividade M10 (Humberto
Duarte Olivieri): A relação
entre a maçonaria e as
religiões. O rompimento
com a Igreja Católica. As
bulas papais condenando a
maçonaria. O poder
temporal do papa.
18.11.13 20h00 Energia das Águas, nr. 85 – GOSC Exaltação Orlando Murphy,
João Martins de Souza e
Huberto Rohden
19.11.13 20h00 Jacy Daussen, 71 - GOSC Barreiros – São José Sessão de Companheiro -
Telhamento
19.11.13 20h00 Loja Renascer do Vale 4007 GOB/SC Rua Anibal de Lara
Cardoso, 245 Penha
Sessão Magna Elevação:
Ewerton Fernandez; Jorge
Luiz Rodrigues Madeira e
Walter Riedel Neto
19.11.13 20h00 Lysis Brandão da Rocha, 104 – GOSC Estreito -
Florianópolis
Sessão MAGNA em
homenagem à
Proclamação da
República. Palestra do
ir.: Pires.
19.11.13 20h00 Colunas do Imbé, 120 – GOSC Imbituba Sessão Magna de Exaltação
20.11.13 20h00 Monteiro Lobato, 132 – GOSC Rua José Siqueira -
Ressacada -
Itajaí/SC
Sessão Magna de Exaltação
ao Grau de Companheiro
dos Irmãos: Cristiano Alves
De Jesus - Felipe Couto
Reiser - Guilherme O. De
Mattos Da Silva Flores -
Henrique Aguiar Felicio -
Jaques Finardi - Marcos
Clasen Dos Santos - Mauro
Luiz Goncalves Federighi -
20.11.13 20h00 Loja Abelardo Lunardelli, 107 – GOSC Barreiros – São José
L
o
j
Loja De Mesa Conjunta
com Lojas Léo Martins
N. 84 E Universo N. 43
(GLSC.)
21.11.13 20h00 Consensio nr. 131 – GOSC Içara Sessão de Companheiro.
Introdução a Filosofia -
Escolas onde a maçonaria
buscou suas bases.
Alexandre Badaraco
21.11.13 20h00 Círculo da Luz, - GOSC Templo Roberto
Fortkamp - Centro
Sessão Magna de Elevação
21.11.13 20h30 Lealdade, Ação e Vigilância, 39 - GOSC Barreiros, São José Sessão Magna de Elevação
22.11.13 20h00 Phoenix, 55 - GOSC Baln. Camboriú A História do Grande
Oriente de Santa Catarina
com o Ir Wady
25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 -
GLSC
Condomínio
Itacorubí
Palestra com o Dr. Ivan
Moritz sobre “A saúde do
homem maduro”
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
Acesse www.radiosintonia33.com.br
1 - Mercedes Sosa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e
Gal Costa:
http://youtu.be/EZMPYvURzaQ
2 - *CATARATAS DEL IGUAZÚ:*
http://www.airpano.com/files/Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2012/2-2
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2008
3 - *GRAN CAÑÓN DEL COLORADO USA:*
http://www.airpano.com/360Degree-
VirtualTour.php?3D=Grand_Canyon_USA
http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Horseshoe-
Bend-Arizona-USA
4 - Tarzan 3 Escapes 1936 Full Movie
http://www.youtube.com/watch?v=q73yAoKpmbQ
fechando a cortina

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Eventos históricos e fatos maçônicos no almanaque maçônico

  • 1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.173 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC São Paulo (SP) – segunda-feira, 18 de novembro de 2013 (este informativo foi editado em São Paulo) Índice: Bloco 1 Almanaque Bloco 2 Opinião: Pena de Morte – Ir. Valdemar Sansão – (Extraído do Livro Despertar para a Vida Maçônica ) Bloco 3 IrJosé Ronaldo Viega Alves – Até onde a terminologia e o Simbolismo Maçônicos contribuem para que o leigo confunda a Maçonaria com Religião? Bloco 4 IrAlain Pozarnik - O Livro, Criador do Dever iniciático (tradução do Ir. José Filardo ) Bloco 5 -IrAntonio Gouveia Medeiros - A Ordem Maçônica na França, em 1800. Bloco 6 -Ir Sérgio Quirino Guimarães – Tenida Fúnebre Anual Bloco 7 -Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 18 de novembro de 2013, 322º dia do calendário gregoriano. Faltam43 para acabar o ano. Dia da Independência da Letônia; Dia da Pátria em Omã; Dia do Conselheiro Tutelar; do Tabelião e Registrador Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2.  1095 - Teve início o Concílio de Clermont. O concílio foi convocado pelo Papa Urbano II para discutir o envio da Primeira Cruzada à Terra Santa.  1302 - Papa Bonifácio VIII publica a bula Unam Sanctam que afirma o princípio da supremacia temporal do Papa.  1307 - De acordo com a lenda, Guilherme Tell atirou uma flecha numa maçã na cabeça de seu filho.  1421 - Uma comporta do dique no Zuider Zee se rompeu, alagando 72 vilas e matando cerca de dez mil pessoas nos Países Baixos.  1477 - William Caxton apresenta Dictes or Sayengis of the Philosophres, o primeiro livro inglês impresso numa gráfica.  1493 - Cristóvão Colombo avista pela primeira vez o que agora é Porto Rico. Ele desembarcou no dia seguinte e batizou a ilha de San Juan Batista.  1626 - A Basílica de São Pedro é consagrada.  1659 - Estreia de Molière no teatro Petit-Bourbon com a peça Les Précieuses ridicules ("As Preciosas Ridículas").  1686 - Charles François Felix opera uma fístula anal no rei Luís XIV de França depois de praticar a cirurgia em vários camponeses.  1837 - Criada a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, com o nome de Força Policial.  1903 - Assinado o Tratado Hay-Bunau-Varilla que cedeu o controle da Zona do Canal aos Estados Unidos por US$ 10 milhões.  1918 - Independência da Letónia.  1921 - Estreia oficial da Selecção Portuguesa de Futebol.  1928 - Mickey surge pela primeira vez, sendo protagonista do filme de animação sonoro Steamboat Willie.  1930 - Criação da Ordem dos Advogados do Brasil.  1930 - Fundação da Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores), predecessora da Soka Gakkai e da SGI. (Japão)  1960 Éder Jofre conquista o primeiro título mundial,para o Brasil, de peso-galo ao vencer o campeão mexicano Eloy Sanchez.  1941 - Segunda Guerra Mundial: Fracassa a Operação Flipper, feita por Commandos ingleses para matar Erwin Rommel na Líbia.  1966 - Criação da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo).  1978 - Jim Jones comanda o Massacre de Jonestown, na Guiana Inglesa, onde 914 pessoas morreram no maior suicídio coletivo da História.  1985 - Primeira publicação da tira Calvin e Haroldo.  1996 - Um incêndio ocorre no Eurotúnel, o único registrado desde sua inauguração.  1998 - A Valve (empresa produtora de jogos eletrônicos norte-americana) lança o jogo Half Life, que redefiniu o conceito de jogos no estilo FPS (First Person Shooter).  2006 - Os atores Tom Cruise e Katie Holmes sobem ao altar em cerimônia ocorrida num castelo de Bracciano, na Itália. 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
  • 3.  2007 - Na final da Copa do Mundo de Beisebol, a equipe dos Estados Unidos supera o favoritismo de Cuba e conquista seu terceiro título.  Curiosidade: dia a partir do qual o sol não nasce na cidade de Hammerfest (até 1 de fevereiro)  Culto, em Maracaibo, à Virgen de la Chiquinquirá, padroeira do estado de Zulia.  Letónia: Dia da Independência (1918).  Dia da Pátria em Omã.  Pérsia: Dia de Ardvi Sura, deusa das estrelas.  Brasil: Dia do Conselheiro Tutelar.  Brasil: Dia do Tabelião e Registrador. ( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal ) 1867 A Loja Perseverança, de Paranaguá-PR, aprova projeto abolicionista. 1873 Fundado o Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Estado de Nevada, USA 1882 Extingue-se o Grande Oriente Unido, de Saldanha Marinho, para unir-se ao Grande Oriente do Brasil. 1891 Deodoro da Fonseca renuncia ao mandato de Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. 1945 Fundação da Grande Loja Oriental da Colombia 1983 Fundação da ARLS Ottokar Doerfell nr. 59, de Joinville (GLSC) 1990 Fundação da ARLS Antonio Francisco Lisboa (O Aleijadinho) nr. 2665, de Baurú, que trabalhoa no REAA (GOB/SP) Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Acesse www.radiosintonia33.com.br feriados e eventos cíclicos fatos maçônicos do dia
  • 4. Pena de Morte Irmão Valdemar Sansão São Paulo – SP Não é eliminando o cidadão que desaparecem as raízes da criminalidade. Sabemos que a ação delituosa, nas suas mais variadas modalidades, assusta a sociedade, que, na maioria das vezes, sem enxergar uma saída positiva para a manutenção da paz social, envereda por caminhos violentos, optando, muitas vezes, para a punição capital, ou seja, a morte do autor do delito. A vida, esse bem inefável, dom do Criador de todas as coisas, é alvo constante de violência. Ao lado dos conflitos de toda ordem – guerras entre nações, grupos étnicos ou religiosos – os atentados individuais contra a vida do semelhante são constantes. A pena de morte imposta pelas legislações de, praticamente, todas as nações organizadas, no passado e no presente é, sem dúvida, uma das concepções, instituídas em leis, mais tristes e inconseqüentes, oriundas da ignorância em que ainda se encontra o homem no princípio do 3º Milênio da Era Cristã. Tal procedimento vem ocorrendo há milênios. Os tipos de execução variam muito, dependendo do clamor popular por um castigo maior e do grau do delito cometido. Daí sabermos da execução pela guilhotina (França); pela forca; pela cruz, entre os judeus; execução pela arma de fogo; e, mais recentemente, pela câmara de gás, cadeira elétrica e injeção letal, nos EUA. Devemos ressaltar que, dos cento e trinta países do nosso planeta que ainda mantêm a pena de morte, alguns utilizam como uma forma profundamente pedagógica, objetivando a inibição da criminalidade, exemplo das duas Coréias, que executam os seus réus no centro de um estádio de esportes, obrigando a todos, principalmente os jovens, a assistirem. Apesar de toda essa barbárie, podemos verificar, através de pesquisas inteiramente confiáveis, que esses métodos – “práticas pedagógicas” – não inibiram o aumento dos crimes. Muito pelo contrário, em muitos casos se constatou um acentuado aumento da criminalidade. Desde cedo tivemos em nossos pais e familiares guias que souberam nos ensinar a servir, respeitar e procurar a cada minuto de nossa vida travar uma batalha apoiados no bem e combatendo o mal, para transformar o mundo em algo cada dia melhor. Tudo nos foi ensinado com carinho, colocando-nos numa situação privilegiada para analisar o tema com bastante propriedade. Que mágoa sentimos quando lemos ou ouvimos afirmações desconexas de homens que deveriam aproveitar sua inteligência para combater aquilo que é contrário à formação de ser humano; devemos encaminhar o homem e não eliminar o ser humano, como se isto fosse a solução para tudo. Não possuímos poderes para determinar quem deve ou não morrer. Devemos utilizar nossas potencialidades para transformar o mundo e torná-lo cada vez melhor. 2 - Opinião - “pena de morte” Ir Valdemar Sansão
  • 5. Somos brasileiros e acostumados a conviver com crianças que nascem, crescem e sobrevivem no seio de famílias desajustadas, onde elas são espezinhadas, maltratadas, mal-alimentadas e esquecidas pela maioria da população, conhecendo ao longo do seu desenvolvimento a tristeza, a amargura, a fome, vivendo promiscuamente, muitas vezes dentro de um lar, onde pai, trabalhador desempregado, torna-se alcoólatra, e as mães que no afã de buscar sustento para os filhos abandonam as crianças em suas casas e sujeitam-se a exercer o subemprego. Estas humilhadas e maltratadas crianças crescem e, quando começam a falar e ter algum entendimento da vida, saem para as ruas, a fim de pedir esmolas. Muitas, quando chegam nessa idade, fazem valer seus direitos através da violência, querem arrancar de qualquer maneira aquilo que estão lhes negando. Buscam a escola pela famigerada merenda que lá é oferecida, e não por causa do estudo. E, no entanto, são crianças com os mesmos direitos que qualquer outra. Ontem eram crianças carentes, hoje são marginais e delinqüentes. Quando atingem a maioridade, continuam seus crimes e violência, até que encontram a truculência do Estado, através da Justiça dos homens, sendo julgados, condenados e jogados em celas podres, sujas e inabitáveis. Nosso sistema penitenciário não recupera, armazena presos, seres humanos que a vida transformou em monstros e que são enjaulados como animais. Nas campanhas eleitorais os políticos mostram as crianças como troféus, elas são lembradas apenas para a caça aos votos. Mal sabem estes maus políticos que as pequenas criaturas curtem amargamente sua infância e adolescência, tornando-se marginais revoltados. Ao invés de pena de morte devíamos lutar contra a impunidade dos ricos, dos sonegadores, dos corruptos, acabando de vez com o crime do “colarinho branco”, pois eles sabem o mal que fazem. Precisamos dar saúde, educação e alimentação para as crianças. Mas para os que pensam que a pena de morte é a solução, que Deus tenha piedade deles. E assim, analisando a questão da pena de morte, mesmo diante dos quadros pesarosos que nos oferece atualmente a criminalidade, considerando, porém, e que já expusemos, quando nos referimos às práticas (inócuas) de extermínio da vida humana como solução para o combate ao crime, chegamos à conclusão de que a vida na sociedade jamais deve ser interrompida como solução para os males que hoje afligem a sociedade. Ao contrário, é preciso que a sociedade evolua em seus conceitos sobre a vida e a morte, enxergando o homem como criatura de Deus, portanto, abonada pela Misericórdia Divina. A proposta é da substituição de pena de morte, em todas as legislações, pela reeducação do criminoso, como meio de defesa da vida. Finalmente, condenando a pena de morte, é preciso que a sociedade humana se aprimore e se afinize com as Leis Divinas, seguindo o seu fluxo enobrecedor, laborando o aperfeiçoamento social em cada uma de suas etapas pedagógicas e orientadoras. E diante dos males que hoje assustam, com a sua violência, a sociedade de nossos dias, deve buscar a necessária inspiração para que todas as criaturas possam
  • 6. conviver fraternalmente, numa sociedade justa, na qual os benefícios do trabalho, do desenvolvimento e do progresso constante possam ser repartidos eqüitativamente. Desse modo, amparadas por um projeto social de convivência fraterna, alicerçada em profundas bases educadoras, que as criaturas humanas, visualizadas como homens e almas, possam ter a necessária oportunidade de, passo a passo, atingir o fim essencial para o qual foram criadas: o Bem. Pensar em pena de morte e atentar contra as leis da vida, é querer tomar na mão o privilégio de Deus. Claro que o julgamento tem de ser feito e o castigo tem de ser dado. Mas pagar morte com morte é ultrapassar os limites. Afinal, nós não temos poderes divinos, somos apenas homens – ou, melhor, seres humanos. Texto extraído do livro “Despertar para a Vida Maçônica”
  • 7. ATÉ ONDE A TERMINOLOGIA E O SIMBOLISMO MAÇÔNICOS CONTRIBUEM PARA QUE O LEIGO CONFUNDA A MAÇONARIA COM RELIGIÃO? José Ronaldo Viega Alves ronaldoviega@hotmail.com Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Oriente de S. do Livramento – RS. “Por novo movimento religioso entendemos um grupo independente, muitas vezes minoritário, que professa e se caracteriza por uma doutrina, uma visão do mundo, um caminho espiritual diverso das grandes tradições religiosas, com a persuasão, mais ou menos forte, de ser o possessor exclusivo e excludente da verdade salvífica. Esses movimentos desenvolvem novos métodos e táticas para recrutar novos membros. No Ocidente, muitos desse grupos dizem sim a Cristo e não à Igreja.(...) Outros grupos dizem sim a Deus e não a Cristo. (...) Outros, ainda, dizem sim à religião e não a Deus, como é o caso da Cientologia, da Igreja Positiva de A. Comte, etc. Por último há, também, aqueles que dizem sim ao sagrado e não à religião como parece ser o caso da new age, da magia popular, da gnose, dos rosacruzes, da maçonaria, das seitas satânicas, do espiritismo, etc.” (RELIGIÕES Crenças e Crendices –Urbano Zilles) INTRODUÇÃO A leitura de um livro que envolva conceitos sobre as diversas religiões, ou ainda classificações sobre o que sejam seitas, cultos, ordens iniciáticas, ritos e movimentos semelhantes, sempre acaba gerando dúvidas. Dependendo das fontes utilizadas, e dos ângulos abordados pelo seu autor, o leitor comum, ou o leitor que é movido por uma simples e natural curiosidade, poderá frustrar-se ou quando muito adquirir uma visão um tanto distorcida de alguns desses movimentos ou correntes. De uma maneira geral, são obras que estabelecem comparações entre as tradições religiosas mais antigas e ortodoxas e os movimentos religiosos mais recentes. As diferenças pesam então, pois, o problema sempre acaba na difícil aceitação do outro, ou do que é “diferente”. Embora o homem, desde o começo dos tempos, tenha se voltado para crer em deuses, ou em um Deus, até hoje, o significado de religião, não faz a unanimidade. No excerto utilizado logo acima, e se compactado o que foi exposto ali, podemos ver que o renomado teólogo e filósofo católico Urbano Zilles coloca a Maçonaria, num primeiro plano, como sendo um “novo movimento religioso” e, num segundo plano, como um “novo movimento religioso que diz sim ao sagrado e não à religião.” Como todos nós sabemos, a história da Maçonaria é bem antiga, muito mais do que poderia caber em um “novo movimento religioso”, além do que, essa mesma história da nossa Ordem incluiu desde os seus primórdios laços estreitos com as religiões, e isso de forma que pode ser comprovada mediante documentos até hoje conservados, onde, por uma questão de contexto, destaca-se com evidência, o Cristianismo. Um Pedreiro Livre, um Maçom, em primeiro lugar, deveria professar uma religião, e na Idade Média, de forma notória, a influência da Igreja, o monopólio 3 – até onde a terminologia e o simbolismo maçônicos contribuem para que o leigo confunda a maçonaria com religião? Ir José Ronaldo Viega Alves
  • 8. da mesma, tanto nas guildas, como nas Lojas, era infinitamente superior. Basta entender e aceitar, que a Maçonaria no início do século XVIII, na Inglaterra, se apresentava totalmente cristã. Com Santo Padroeiro, e tudo. Vejamos na sequência, outro excerto, proveniente de um artigo publicado em uma revista evangélica: “A maçonaria tem razões muito boas para apresentar-se como uma sociedade beneficente, mas não religiosa. Os maçons são unânimes em dizer que a maçonaria „é uma instituição filantrópica, filosófica, educativa e progressista‟. Buscam a todo custo criar a imagem de que a maçonaria não é uma religião. (...) Para começar, precisamos definir o que significa „religião‟. O Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda ferreira, inicia sua definição desta forma: ‟culto prestado a uma divindade...„. De acordo com esta definição, podemos compará-la com as palavras de Rizzardo da Camino, “Grande Soberano Inspetor Geral” (33° grau), autoridade maçônica da mais alta hierarquia, que escreveu muitos livros sobre a maçonaria que declara: „O maçom , dentro do templo maçônico, através da liturgia, cultua o grande arquiteto do universo‟. De acordo com esta „dignidade‟ e respeitado escritor maçônico, dentro da maçonaria presta-se adoração a um deus(seu nome é GADU), ou seja, um culto prestado a um divindade. Sendo assim, existe um sistema de adoração dentro das lojas maçônicas. “ Impressiona-me, sobretudo, (eis que são apenas duas conceituações pinçadas aqui, uma de um livro, outra de uma revista...) e considerando a hipótese de estabelecer uma projeção, o alcance de tudo isso, pois, o livro está direcionado ao leitor católico, e a revista ao leitor evangélico. Sem dúvida, as duas populações mais expressivas a congregar fiéis em nosso país. Na verdade, existem milhares de artigos publicados em livros e revistas à disposição de quem se dispuser a lê-los, escritos na maioria das vezes por leigos, que se acham detentores de conhecimentos sobre a Maçonaria, além de entendidos, o que, em muitas das vezes, se resume a terem ouvido falar nela, e além do mais, sem jamais tê-la vivenciado. E cada um desses artigos pretende definir a questão, sendo que em muitos deles fica instaurada a confusão. Quando escritos sob a ótica da religião que professa o seu autor, dificilmente são imparciais. A Maçonaria é uma religião? A Maçonaria é um culto? Por que será tão complicado aceitar e mesmo respeitar o conceito de Maçonaria onde está explícito que ela “é uma instituição essencialmente iniciática, filantrópica, progressista e evolucionista, que proclama a prevalência do espírito sobre a matéria, que pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social d humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada a beneficência e da investigação constante da verdade e para quem seus fins supremos são: „Liberdade, Igualdade e Fraternidade‟? Em que, ou por que isso incomoda tanto? Uma instituição com todos esses predicados, ao invés de sofrer tantos ataques, não deveria ser alvo somente de elogios? Os excertos acima demonstram o quanto a Maçonaria incomoda, e sempre são buscados motivos para incriminá-la, para enquadrá-la em determinado grupos, onde, certamente deverão constar outras correntes filosóficas exóticas, simplesmente encontrando defeitos e razões para colocá-la à margem do que a sociedade aceita como o correto, ou do que algumas religiões definem como certo. Se pretendendo provar que é uma religião, é com o objetivo de mostrar que é uma religião satânica, ou no mínimo que através dos seus rituais secretos faz conjurações e articulações com o objetivo explícito de dominar o mundo. Pasmem em saber que para determinadas religiões, o “religare” (ligar os homens a Deus) somente vale para eles, e o fato de uma instituição defender a idéia de que, independente da fé de cada um em particular, é perfeitamente possível viver em perfeita comunhão ecumênica, é visto como uma ameaça, e vá contra o que deveria ser um dos pontos mais defendidos por todas as ditas religiões de verdade, ou seja, a busca da “paz, amor e felicidade da humanidade, sob as leis de Deus”. Parece-me que as religiões deveriam passar por uma reciclagem, aliás, uma palavra bem de acordo com a nossa época. A resposta do famoso simbolista suíço Oswald Wirth para a pergunta “ A
  • 9. Maçonaria é uma religião?”, vem direto ao encontro do que escrevi um pouco acima. Ele respondeu: “Não é uma religião no sentido estreito da palavra. Mas, melhor que qualquer outra instituição, tem ela por efeito religar os homens entre si; é, por este fato, um religião (de religare- religar) no sentido mais largo e elevado do termo.” Mas, o que faz com que outras religiões enxerguem na Maçonaria uma religião, ou uma seita satânica? Sem conhecimento de causa, sem a vivência no meio maçônico, sem a leitura e o estudo de obras seminais sobre a filosofia maçônica, sem o conhecimento da história da Maçonaria, do que foi a influência e a participação da Maçonaria nos movimentos sociais que libertaram milhares e milhares dos tiranos e da escravidão, sem ter a idéia do quanto são exercitados os valores morais e éticos pelos seus membros, e além do mais desconhecendo as obras sociais e filantrópicas e os seus verdadeiros ideais, como pode alguém escrever sem conhecimento de causa, vendo através de uma lente opaca, ou defendendo um único ponto de vista, uma única verdade, quando pode existir mais de uma verdade? Enfim como pode alguém em resumidas linhas achar que poderá esclarecer tudo sobre o que a Maçonaria representa, e é? MAÇONARIA É RELIGIÃO? Essa pergunta, com certeza, possui um eco interminável, tantas serão ainda as vezes que a ouviremos, repetidamente por aí afora (o que revela por si só o quanto a sociedade desconhece a Maçonaria ...), e de uma forma geral, respondida por ela mesma, de maneira parcial e tendenciosa. Ainda, usando da munição oferecida gentilmente pelo autor evangélico, e através do foi dito por ele, podemos prever o impacto que podem causar as opiniões colhidas em fontes das quais se utilizou para montar a sua “colcha de retalhos”. Selecionei outras passagens: “Citaremos ainda o bem conceituado escritor maçom Albert Mackey, que afirma em sua Enciclopédia Mackey Revisada de Maçonaria: „A Franco- Maçonaria pode justificadamente reivindicar o título de instituição religiosa. Abrimos e fechamos as nossas Lojas com oração; invocamos a benção do Altíssimo sobre todos os nossos trabalhos; exigimos de nossos neófitos uma profissão de crença confiante na existência e no cuidado superintendente de Deus. É impossível que um franco-maçom seja leal e fiel a sua Ordem sem que seja um respeitador da religião e um cumpridor do princípio religioso.‟ Fica evidente que para os irmãos de Hiram a maçonaria é realmente uma entidade religiosa. Vale dizer também que em seus estatutos, a potência apenas aceita entre seus membros quem tiver uma religião e que „o Deus do maçom é o próprio Deus da religião por ele professada.‟ É por isso que alguns maçons mal avisados defendem obstinadamente que a maçonaria não é religião, e sim uma sociedade secreta. Para concluir este assunto, vejamos mais uma declaração de Rizzardo da Camino, que talvez seja o mais destacado autor ativo a escrever sobre a maçonaria no Brasil: ‟A maçonaria pode ser uma religião no sentido estrito do vocábulo, isto é, na harmonização da criatura com o criador. É a religião maior e universal; o contato com a parte divina; é a comunhão com o grande arquiteto do universo, é o culto diante do altar de uma loja ou no templo interior de cada maçom.‟ Ainda que alguns maçons afirmem que a maçonaria não é um religião e escarneçam da religião em geral, na maçonaria são encontrados elementos essencialmente religiosos. Por isso, entendemos que ela é uma religião e não apenas uma sociedade secreta; aliás, ele alega ser a maior religião do mundo, como disse Charles W. Leadbeater e Rizardo da Camino. Para conseguir mais convertidos à confraria, os maçons fazem buscas primeiro pelas indicações internas de seus membros e depois, por escolha, entre os membros dos clubes Lions, Rotary, etc. (...) É postulado fundamental que „nenhum candidato é admitido na maçonaria se não acreditar em um Deus‟. Não importa qual seja esse „deus‟, pois no final estará se curvando diante do deus da maçonaria. (...) Dentro da cerimônia de admissão e a cada passagem de grau são feitos juramentos que nada mais são do que promessas
  • 10. ou profissões de fé no GADU e na fraternidade maçônica. O não cumprimento desse juramento pode trazer conseqüências sérias ao iniciado. (...) Todo maçom faz orações ao GADU, tanto nas invocações de abertura e fechamento das sessões como nas „Cadeias de União‟(correntes de oração). Essas correntes são encerradas com um ‟amém‟ ou ‟assim seja‟. (...) Os maçons são muito mais religiosos do que deveriam ser! O fato de usarem em suas lojas os livros sagrados da Bíblia, para fazer sobre ela seus sacrílegos juramentos, deveria afastar das lojas maçônicas tanto os judeus como os cristãos.” O autor dizer que ”é postulado fundamental que nenhum candidato seja admitido na maçonaria se não acreditar em um Deus”, já denota sua firme disposição em embaralhar as cartas, pois, aí só conta certamente o Deus a religião dele, e que deve ser o único e verdadeiro. Ocorreu-me pensar, que o artigo foi escrito por alguém que já pertenceu aos quadros da nossa Instituição, ou então, que foi muito bem abastecido de informações por alguém com essas condições. A literatura utilizada, não é sequer discutida, ou em alguns pontos colocada em dúvida, além de que alguns dos autores citados são enaltecidos, mesmo se prevalecendo em suas definições, opiniões não isentas de todo, pois, existe o viés ocultista, o viés espiritualista, o que em uns pode ser mais ou menos exacerbado, e que deveria ser considerado. O importante é montar o quebra-cabeça, mesmo que as peças não se ajustem adequadamente, ou que as partes acabem dando ao produto final a aparência de um “Frankenstein”. A classificação de sociedade secreta já está em completo desuso, pois, todo mundo sabe onde estão os nossos templos e os nossos endereços. O mais correto, seria dizer que é uma sociedade iniciática. Além do mais, os nossos segredos estão relacionados à forma muito pessoal que cada um tem de interpretar os símbolos, ou palavras concernentes ao Grau, com se fossem senhas, até aí nada demais. Uma definição que cabe também à Maçonaria é que ela se revela aos seus adeptos por alegorias e é ensinada por símbolos. Há algo de satânico aí? A título de contribuição, e com o claro objetivo de desmitificar e desmistificar a relação Maçonaria –religião, elenco algumas das conclusões do pesquisador e estudioso Nicola Aslan sobre o assunto: _ ”Se não possuir todas as características, uma religião não pode ser considerada como tal. Por conseguinte, uma religião que não tem padres que possam oferecer o sacrifício, “que é o ato religioso por excelência”, não pode ser religião. Não acreditamos, por mais malabarismos teológicos que se queira fazer, que se possa demonstrar ter a Maçonaria sacerdotes e que oferece qualquer sacrifício à Divindade, além daqueles impostos pelo próprio desbaste da Pedra Bruta. E bastaria isto para provar que a Maçonaria não é religião.” _ Por terem esses símbolos as mais profundas interpretações religiosas, podemos dizer que a Franco-Maçonaria é uma instituição religiosa, mas não é uma religião. Ela não tem essa pretensão, não se propõe a proporcionar as eficientes consolações espirituais, nem reivindica a eficácia reformadora que fazem das religiões, o elemento salutar na vida dos homens.” (Esse excerto, que Nicola Aslan reproduziu em seu artigo foi por ele retirado do Ritual de Aprendizes da Grande Loja da Guanabara na sua edição de 1959) _ “Efetivamente, a Maçonaria recomenda a mais ampla investigação da Verdade. Isto não é o próprio de uma religião que, geralmente possui sua própria Verdade estabelecida dentro dos dogmas que ensina. Não procura suplantar nenhum religião.(...) A Maçonaria não alardeia nenhuma origem sobrenatural, nem pretende ter recebido qualquer revelação particular. Ela segue simplesmente a religião natural. Ela rende culto a Deus sob o nome de Grande Arquiteto do Universo e não o define, para que Ele seja o Deus da religião de cada um, que pode imaginá-lo segundo o seu próprio credo. Não tem nenhuma metafísica particular, reconhecendo a cada adepto o direito de escolher a sua. Por isso a Maçonaria não procura desenvolver esse tema
  • 11. para não ferir suscetibilidades religiosas de seus membros. (..) Os seus dogmas são apenas a crença em Deus e na imortalidade da alma.” _ “E, na verdade, enquanto as religiões baseiam os seus ensinamentos sobre a Fé, a Maçonaria o fazendo por base a Lógica e a Razão.” O HOMEM MODERNO, A MAÇONARIA A RELIGIÃO A Maçonaria é feita por homens, e o homem por sua vez, não costuma abrir mão com facilidade de uma religião, ou da espiritualidade. A Maçonaria não veio para substituir a religião e nem teve jamais esse propósito. A Maçonaria é constituída de homens livres e de bons costumes, e é um sistema de Moral. Também é uma escola de Filosofia social e espiritual, e exige sim que os seus adeptos creiam na existência de Deus e em sua vontade revelada. A Maçonaria proclama a existência de um Princípio Criador a quem denomina GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO. A Maçonaria visa incutir em seus membros a LUZ ESPIRITUAL e DIVINA, afugentando assim os baixos sentimentos que envolvem o materialismo, a sensualidade e o mundanismo. É possível que algum Maçom entenda que a Maçonaria possa preencher ou substituir um vazio religioso em seu íntimo. Mas, o vazio religioso ou espiritual, está aí, visível, presente cada vez mais na sociedade em que vivemos. Sinal dos tempos? Hoje, muitas religiões passam a ser descartáveis de uma hora para outra, havendo um pula-pula de uma religião para outra, além de que há religiões para todos os gostos e da noite para o dia tem sempre um templo sendo inaugurado numa esquina muito próxima. Ou seja, o homem nunca esteve tão perdido do ponto de vista espiritual, o que não é por falta de Templos ou religiões, mas por falta de um sentido para a vida. Até mesmo nessa área, infelizmente, o homem dos tempos atuais, vem considerando a relação custo-benefício, o fator quantidade X qualidade, e uma gama de fórmulas e conceitos para ficar com os deuses que são verdadeiramente cultuados: o deus que representa o capital, o deus que representa a vaidade, o que representa o ego... JUSTIFICANDO O TÍTULO DO TRABALHO: O VOCÁBULO LITURGIA , A TÍTULO DE EXEMPLO Para responder à pergunta formulada no título deste artigo, torna-se necessário em primeira instância esmiuçarmos o que seria a palavra LITURGIA, assim como, as suas acepções e utilizações fora e dentro do âmbito maçônico. De imediato, todos nós o relacionamos com o que pertence ao contexto religioso, o que é verdade, e como atesta o que leremos logo abaixo: Liturgia – A palavra grega por detrás dessa transliteração é leitourgía, “obra pública” ou “dever público”. A Septuaginta usa essa palavra no contexto religioso; A liturgia é uma coleção de formas ritualistas prescritas, visando à adoração pública. Nas Igrejas, grega e romana, essa palavra chega a ser usada como sinônimo de eucaristia. Em seu sentido mais lato, porém, refere-se à adoração pública em suas formas, em contraste com s devoções privadas. À primeira vista, entendemos que essa palavra está diretamente ligada ao ofício religioso, e a primeira relação que conseguimos estabelecer é com a Igreja Católica. No entanto, nada é tão simples e nada pode ser tão definitivo. As palavras são dinâmicas, as palavras e as suas significações mudam em determinado contextos, as palavras tem seus próprios mistérios, e é com esses pensamentos que vamos definir LITURGIA no contexto maçônico, com base no que foi disponibilizado no Vade-Mécum Maçônico do Irmão Ivo Girardi:. Liturgia Maçônica – 1. O desenvolvimento do Ritual Maçônico com o cumprimento das prescrições litúrgicas em sua totalidade, a atmosfera criada pelos elementos iniciáticos, esotéricos e simbólicos, tornam a liturgia a via por onde a espiritualidade acontece. Dentro desse ponto de vista, a nossa responsabilidade de maçom transcende a filiação à Ordem; traz em seu bojo um aspecto fundamental: o do Iniciado que tem na espiritualidade sua razão principal de ser. (...) Os Símbolos
  • 12. Maçônicos dentro do templo tem uma espiritualidade que se manifesta quando do exercício da liturgia e prática do Ritual que reaviva os arquétipos maçônicos. Agora vejamos o que disse o Irmão Fernando de Faria em artigo seu denominado, “Liturgia e Ritualística”: „Constata-se que a expressão vertente foi tomada do uso comum, assumindo significados próprios de uso exclusivamente maçônico. Ao termo liturgia, por exemplo, não se aplica qualquer das acepções que a ele são dadas em Religião. Assim, consolidando exposições verbais, o autor propõe um significo maçônico à palavra liturgia, justificando sua adoção entre nós, e, analisando o uso atual, adota um significado novo para o vocábulo ritualística. (...) Porém Maçonaria não é religião; as Cerimônias Maçônicas não se constituem em culto e, neste sentido, de certo modo é herético falar-se em liturgia maçônica e, embora a tendência a tê-los como sinônimos, os dois termos (liturgia e ritualística) não se confundem, já o dissemos.‟ Pelo exposto acima, e pela utilização do vocábulo escolhido para servir de exemplo, poderemos logo lembrar de outros que, também, nos remetem ao ambiente religioso, vocábulos esses, em que a Maçonaria é muito pródiga. Mas, isso já é assunto para outro artigo. CONCLUSÕES O exemplo que busquei para fazer jus ao que pretendi expor, por si só, como já mencionei, remete ao ambiente religioso, e especificamente ao católico, religião da qual muitos Maçons são adeptos, o que é natural, pois, a nossa mente trabalha com referências, com informações extraídas dos mais diversos contextos, e com os quais fará as ligações. Numa ocasião anterior escrevi um artigo intitulado “Considerações Sobre Maçonaria e Religião”, onde ficaram registradas e devidamente explicadas as minhas convicções no tocante à discussão Maçonaria X Religião, e onde, concluí após minhas pesquisas e vivências que a Maçonaria não é uma religião, mas, que é sim religiosa, ou no mínimo, possui a religiosidade como inspiração. Revisitando as leituras anteriores e o meu artigo citado, também acrescendo novas leituras, pude encontrar outros ângulos, por isso, esse outro artigo. Quero deixar claro também, que a conclusão anterior permanece, mas, que diante de uma assunto tão rico, é possível que sejam encontradas outras tantas conclusões. Uma delas, proveniente do Irmão Fadel David Antonio Filho, em artigo que publicou sobre a Maçonaria e as religiões, do qual retirei a seguinte passagem: “Finalmente, para o desespero de alguns religiosos radicais, a maçonaria não é um religião, mas uma Filosofia e muito mais abrangente, pois que busca despertar no homem sua condição divina e conscientizá-lo de sua importância na obra do G.·.A.·.D.·.U.·..” Outra, agora do o Irmão E. Figueiredo: “O fato de ter certas idéias e concepções religiosas, não quer dizer que tenha um sistema de RELIGIÃO, que assuma caráter oficial como tal e, muito menos, objetivo de resolver problemas do além, mas muitos vêem nela conotação de religião. Sob a ótica da Sociologia, não há distinção entre sociedades religiosas que fazem da crença em Deus seu princípio fundamental e aquelas que não têm essa força principal.” Há muito para ser pesquisado indiscutivelmente, considerando em primeiro lugar da relação estreita que existe ou existiu entre a Maçonaria e as grandes tradições de sabedoria. Considerando que existem inúmeras semelhanças entre vários temas comuns a essas escolas, ou de outro ponto de vista, variações para um mesmo tema. Talvez seja possível afirmar, já que sempre podem existir ressalvas, que há uma essência comum nos mistérios iniciáticos dessas antigas escolas da antiguidade, um fio que une todas elas. Da mesma forma, entre as religiões, ainda que a maioria não queira admitir. A pergunta que deixo aqui, talvez envolva várias respostas, mas, é uma linha de pesquisas para que sejam feitas por quem queira se aprofundar na questão. Talvez depois de respondidas, uma luz comece a surgir no fim do túnel, o que pode
  • 13. significar que há ainda um longo caminho para quem é um buscador da Verdade. É estudar e perseverar no estudo. A pergunta é a seguinte: O fato da Maçonaria se utilizar de uma extensa simbologia e uma terminologia que a aproxima de algumas religiões, em alguns aspectos, tais como o vocábulo liturgia (citada como exemplo anteriormente), e outras expressões do porte de “sacralidade do Templo”, “Cadeia de União”, “leitura de Salmos”, “passagens do Livro da Lei Sagrada” (além de tudo o mais que ele representa durante a Loja aberta...), a “invocação ao GADU”, o “culto de alguns santos” (São João Batista, São João Evangelista...), a “espiritualidade”( que muitos confundem com religião) e a “religiosidade” todas comprovadas em muitos dos momentos que compreendem uma sessão maçônica, não concorrem agindo como um fator de indução, ou servindo como “provas” para os autores, tanto maçons como não maçons, que querem estabelecer uma ligação direta da Maçonaria com as religiões, do tipo “o elo perdido” e reencontrado? Tenhamos em mente, ao dar continuidade aos nossos estudos que um dos maiores preconceitos que se tem disseminado ao vulgo, com o propósito de confundi-lo, é justamente convencê-lo de que a Maçonaria é uma religião (as religiões vivem se digladiando, seja por espaço, por número de fiéis, pela interpretação mais fiel da Bíblia, e pela posse da Verdade...). A Maçonaria incomoda por ter tornado possível e real a união de homens de todos os credos, e com a solidariedade e a fraternidade sendo praticada de contínuo entre eles... Somente essa argumentação eu diria ser suficiente para não se comparar ao menos, aos modelos de religiões atuais. Referências Bibliográficas: Revistas: “A TROLHA”, n° 206, 223 e 283 “ACÁCIA”, n° 83 APOLOGÉTICA CRISTÃ – Edição 15 – MAS Editora “GUIA DE MAÇONARIA” – n° 1- On Line Editora “O PESQUISADOR MAÇÔNICO” - n° 10, 11, 12 e 13 Livros: A TROLHA – COLETÂNEA 8 – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2009 CADERNOS DE PESQISAS MAÇÔNICAS – CADERNO 15 – Ed. Maçônica “A Trolha” Ltda. 1998 CADERNOS DE PESQUISAS 16 – Ed. Maçônica “A Trolha” Ltda. 1999 CHAMPLIN,R.N. “Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia” – Vol. 3 – Editora Hagnos – 2008 GIRARDI, Ivo – “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda - 2008 ZILLES, Urbano. “RELIGIÕES Crenças e Crendices” – EDIPUCRS - 2002
  • 14. O Livro, Criador do Dever Iniciático Tradução José Filardo Artigo | Revista Franc-Maçonnerie – por ALAIN Pozarnik Existem livros de imaginação ou de biografia, livros de referência geográfica ou histórica, livros de ciência ou de filosofia livros de esoterismo ou ocultismo. Um livro pode satisfazer o gosto de escapar, uma curiosidade ou um requisito espiritual. O que pode ler, de preferência um iniciado? Qual é a sua atitude diante de um texto? Após a construção da sua personalidade, um homem é naturalmente inclinado a um ou outro tipo de literatura. A recepção das impressões externas estimula o funcionamento dos seus sentidos e lhe dá a impressão de viver mais intensamente. Além disso, em geral, ele escolhe aumentar aquile que, nele mesmo, já é mais apto a receber um tipo de informação, mais que um outro. As leituras de um homem comum são orientadas seja segundo sua natureza existente seja para lhe dar a ilusão de que ele é capaz de saber o que ele não tem a energia para realizar. Através de um livro, nos envolvemos em várias fantasias ou em conhecimento, mas nunca em um processo de experiências vividas de maneiras objetivas. O tempo de leitura torna-se um tempo de esquecimento, um momento de autonegação, um tempo que permite à personalidade, ao ego, engrossar sua máscara, e para alguns aumentar a base social do aparecer e se distanciar da percepção humana do Ser de outros homens. Por que não! Mas este não é o caminho de ações conscientes escolhidas por um iniciado. Desenvolver o espírito crítico Um iniciado percebe que ele já dedica muito pouco tempo ao seu despertar pessoal. Ele também aproveita cada instante de disponibilidade para se perguntar sobre diferentes olhares trazidos por outros sobre o Conhecimento da verdade. Além disso, ele sabe que a qualquer momento sua vida pode se quebrar e ele experimenta cruelmente o sentimento de sua responsabilidade para a realização da extensão de sua consciência humana durante a sua vida. Ele não quer se tornar um super-homem, mas introduz no domínio da razão, a noção de urgência de tornar-se, de trabalhar, de integrar a transcendência na imanência de sua vida diária. O tempo de que dispõe é precioso porque essa realidade é bastante curta e principalmente imprevisível. 4 - “O livro, criador do dever iniciático” Ir Alain Pozamik – ex- GM da Grande Loja de France – Trad. Ir José Filardo
  • 15. As leituras de um iniciado dão uma orientação definida às suas reflexões, seus sentimentos, suas ações. Elas não escondem ou não embelezam a realidade, ela a revelam. Assim, não há necessidade de se perder nas filosofias abstrusas ou misteriosas e inúteis para se esperar alcançar a Realidade clara, simples e facilmente compreensível. Pelo menos ela lhe chega, talvez, com trabalho. O Conhecimento não está escondido, somo nós que ainda não somos capazes nem de o perceber nem de o receber. A Tradição levanta um canto do véu, cabe a nós levantar os outros três cantos, e talvez o véu na sua totalidade. Cabe a nós descobrir como! Por agora, as verdades que percebemos são realidades relativas que vivemos como essenciais. Este por meio de um choque de despertar que podemos superar nossos equívocos e erros. Nesse movimento enérgico nossas verdades se dissolvem e são substituídas por outras verdades, muitas vezes também relacionadas com as anteriores. Também como um livro iniciático escrito por um maçom jamais afirma que ele expõe a verdade, mas na melhor das hipóteses, ele traça o caminho que conduz a ela, de forma gradual. Um livro sério não impõe qualquer crença, qualquer conhecimento, qualquer ucasse. Para responder aos seus próprios questionamentos, aos dos homens e para não cair em certas armadilhas, um iniciado deve, através de suas leituras, desenvolver um espírito crítico e lógico, um julgamento distante e neutro, uma razão sã e sólida. Um pesquisador de verdades deve ser um homem educado e, ao mesmo tempo, um homem experiente e construído. O perigo é, por exemplo, que um intelecto ricamente suprido com dados permaneça inundado por emoções egoístas de ambição ou de vaidade, ou que uma experiência mal compreendida conduza o pesquisador a superstições tenebrosas. Criar uma percepção diferente do mundo A construção do edifício humano se eleva gradualmente, em linhas puras, por meio de um trabalho correto, simultâneo e harmonioso de todas as manifestações, sejam elas intelectuais, emocionais ou corporais. Não há dúvida de que são necessários esforços para passar de uma vida totalmente automática para uma vida de observação, de autoconhecimento, de uma vida de autoconhecimento, seja para uma transformação, de um autoaperfeiçoamento para uma passagem dinâmica em direção à realização de um “eu sou” na eternidade. Cabe ao leitor procurar a ideia viva escondida por trás das palavras e frases. As palavras e frases nunca tocam o interior vivo do Ser; elas são inúteis para fazer viver concretamente a sabedoria iniciática, mas são essenciais para a transmissão. Todo livro cujo texto nos torna alertas para nós mesmos, para os outros e para o mundo é um livro aproveitável para um iniciado. Esse tipo de livro raramente nos diz o que teríamos de fazer para aprender a nos abrirmos, mas desperta em nós o desejo de viver de forma diferente. Ele nos ajuda a olhar para nós mesmos, e olhar o mundo através dos olhos da fraternidade e do amor. Ele reduz a diferença entre as nossas vidas e as dos outros. Um livro iniciático não é um livro de moral nem um livro filosófico, mas um livro que estimula o nosso sentimento de pertencer à corrente comum da vida universal. Uma das principais funções de um livro de sabedoria é nos tornar conscientes de que nossas percepções e julgamentos dos outros e do mundo, dependem mais de nossas
  • 16. interpretações limitadas que de suas realidades. Um livro útil para um pesquisador é um livro que abre caminhos inesperados, pontos de vista estonteantes, perspectivas inesperadas lhe faz querer seguir em frente, de se envolver efetivamente. Um livro útil para um pesquisador não está na riqueza de um texto revelando o pensamento do autor, mas no sentido que o leitor lhe dá. O sentido que o leitor atribui um texto pode ser diferente do sentido do autor, que se situa, talvez, em outro nível de compreensão, mas não significa menos que seu livro tenha permitido ao leitor tornar-se um criador de si mesmo. Autodescobrir-se Graças a um texto, o leitor entende-se de outra forma, ele aplica a si mesmo o olhar que o texto provoca. Graças ao texto, ele realiza um ato de compreensão de si mesmo. O iniciado não busca em um livro um pensamento que lhe convém, e que ele o torna seu, mas ele assimila o pensamento do autor, o reinterpreta em sua consciência e constrói a si mesmo. Um livro iniciático é uma obra de arte que interroga o leitor, o libera de suas amarras habituais, e lhe permite florescer, equilibrar-se e organizar seu devir mais humano. Quando nossas imperfeições são vistas, essa visão apela ao nosso desejo de nos superarmos. Um livro iniciático não é a expressão de uma moral rígida ou de um misticismo terminado que devemos copiar para nos parecermos com um iniciado, ele nos coloca em relação com nossas imperfeições para criar em nós a força para nos afirmarmos, de afirmar uma outra maneira de ser. Um livro iniciáticos oferece a cada leitor a responsabilidade de criar, ele esmo, com felicidade em um mundo que ele não compreende, que antes ele sentia como hostil. Um livro aproveitável para um iniciado abre-se para a arte de viver. Nunca a arte de viver encontra um ponto final. A energia cósmica que flui através de nós tem uma efervescência infinita. Nas palavras de um texto iniciáticos nunca acabamos de encontrar uma interpretação sobre o ordenamento e o sentido da vida. Um livro iniciático é lido lentamente, tranquilamente. Ao lê-lo, tomamos tempo para escutar vibrar nosso ser e nosso espírito tocado pela música das palavras e suas evocações. Deixamos a amplitude do sentimento desenvolver-se e crescer, antes de passar para a próxima frase. Ler com muita pressa pretexto sob o pretexto de entender mais tarde ou muito mais, torna-se um exercício puramente intelectual de pesquisa de ideias. As ideias se encadeia, se alternam, se contestam , mas não despertar aquilo que esperamos encontrar ali de excepcional. Desde os gregos e romanos, tudo foi dito de uma forma ou de outra, mas o que foi dito ainda não nos afetou pessoalmente da forma certa. Também, lendo-o hoje, não buscamos ideias revolucionárias, aprendemos, antes disso, a tomar o tempo para desfrutar nossa vida íntima, despertar nosso ser interior, saborear a vida de nosso ser. Entrar em sintonia com as ideias Há uma parte de esforço para viver o incomunicável, uma parte de confiança para avançar em direção ao inimaginável e uma parte de vigilância para permanecer na direção certa. Portanto, é importante não acreditar cegamente, verificar e experimentar por si mesmo todas as afirmações vindas de que e de onde quer que seja; abandonemos o hábito de transmitir as ideias dos outros, não vivamos de segunda mão para encontrar uma maneira nova de existir. Se uma ideia formulada por alguém nos parece atraente, experimentemo-la e verifiquemo-la em nós. Quando parecer que
  • 17. ela está viva em nossa carne, nosso espírito ou nosso coração, então poderemos afirmar sua veracidade, agora que ela terá um verdadeiro poder transformador. O leitor pode percorrer uma primeira vez um livro iniciático para entender a direção que o autor lhe propõe seguir, então ele pode retomar uma segunda leitura, mais aprofundada para entender onde se situa sua própria experiência na estrada e, em uma terceira leitura ele se colocará em sintonia com as ideias para sentir vibrar em seu Ser o caminho descrito pelo autor. No caminho iniciático tradicional, o que realmente importa não são as descobertas de outros, mas as interrogações que elas levantam e o caminho que elas nos permitirão realizar. Não leiamos para descobrir o que pensa o autor sobre um assunto, mas para saber quais pensamentos despertam em nós aquilo que pensa um autor. * Quanto mais nós lemos e relemos um livro iniciático, mais nós encontramos interpretações que o texto continha ou não continha, mas que, de toda forma, não estávamos preparados para entender. Uma leitura pode alimentar o intelecto, uma outra os sentimentos, e uma terceira tocar e alimentar o Ser. Nós fecundamos um texto com nossas próprias compreensões e além de nós mesmos, por nosso aperfeiçoamento progressivo. Assim, podemos transmiti-lo aos outros, não para que eles o aprendam de cor, mas apelando a que preencham, eles mesmos, os vazios infinitos encerrados nos limites das palavras. * Veja o desenvolvimento, as páginas 12 e seguintes de a L‟Agi e l‟Etre Iniatique do mesmo autor publicado por Editions Dervy. Sobre o autor Alain Pozarnik Alain Pozarnik ex-Grão-Mestre da Grande Loja De France é o autor de uma dezena de livros iniciáticos publicados pela Dervy. Última obra publicada: Simbolismo do ritual de fechamento de loja maçônica, Editions Dervy, 2011
  • 18. A ORDEM MAÇÔNICA NA FRANÇA EM 1800 Antonio Gouveia Medeiros Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras gouveiasc@gmail.com; Fonte: http://www.fm-fr.org No início do século XIX a situação da maçonaria na França era complexa. Após a morte do conde de Clermont em 16 de junho de 1771m, o 5º Grão Mestre da Grande Loja de Paris, dita de França, houve um cisma que dividiu a maçonaria francesa. O Grande Oriente de França foi fundado em 1773 por uma assembléia dos representantes das Lojas de Paris e das Províncias, uma Grande Loja Nacional, sob a liderança do Duque de Montmorency-Luxembourg. Após a aprovação dos novos estatutos em 26 de junho deste mesmo ano, que previa a instalação do Duque de Chartes, primo do rei, em 22 de outubro. Mas na Grande Loja Nacional não havia concordância de todos os Veneráveis das Lojas de Paris. Os rebeldes constituíram-se numa Grande Loja de França continuando com o Grande Oriente de Clermont, confirmando como Grande e único Grande Oriente de França. O cisma durou até 1799 sem que houvesse diferenças nos rituais praticados. Esta maçonaria francesa é a dita moderna que seguia a linha Britânica. Embora, as duas obediências demonstraram um grande liberalismo em matéria de ritual, que foram exigidos de suas lojas e capítulos. Em 1776, o Grande Oriente assinou um Tratado de aliança com os dirigentes do REAA, dando-lhes o controle das suas Lojas e em 1781 com a Grande Loja parisiense de São João da Escócia, Loja Mãe para a França do Rito Escocês filosófico deixando livre para juntarem-se segundo seus interesses. O Grande Oriente, no entanto, em 18 de janeiro de 1782 elaborou um Rito como o nome de Rito Francês, que foi adotado na Assembléia Geral de 1786. Os três Graus Azuis foram codificados, mas não foram publicados coletivamente em 1801, mas uma coleção de três livros intitulados “O Regulador do Maçom” para o Venerável e seus Vigilantes. O Prefácio para o Ritual de 1786 sublinha a vontade de codificação dos graus num só Ritual para uso das Lojas de Obediência. Antoine-Firmine Abraham arvorou do pavilhão da Escócia na França (1753- 1818). De 1800 à 1802, ele publicou “O Espelho da Verdade” dedicado a todos os maçons, em quatro volumes. O 3º Volume contém a maior parte sobre os seus escritos escoceses: Primeira Circular a todos os maçons Escoceses na França – circular da Respeitável Loja da Perfeita União, no Oriente de Donay e a sua profissão 5 - a ordem maçônica na frança em 1800 Ir Antonio Gouveia Medeiros
  • 19. de fé na Escócia. Motivo para o Tratado de União entre o Grande Oriente de França e os Diretores do Grande Capítulo Geral da França. Abraham em suas palavras condenou o Rito Francês. O Rito Antigo e o Rito Moderno Durante várias décadas a 1ª Grande Loja de Londres fundada em 1717 foi lei na Inglaterra. Para ela deveríamos ter três graus, com a introdução da Lenda de Hiram, como verdadeiros marcos, sem os quais não poderia haver maçonaria. Seus rituais são conhecidos apenas por divulgação sendo a mais importante “A Maçonaria Dissecada” de Samuel Prichard (1730). Quando a Maçonaria foi introduzida na França os seguidores do que viria a ser o Grande Oriente de França foram adaptando com naturalidades os seus usos. Ele manteve a chave que continua até hoje a base do Rito Francês:  Os dois Vigilantes estão colocados na parte ocidental da Loja (junto a Porta do Templo).  A Trindade: Lua, Sol e Venerável são as três principais luzes da Loja, representando três candelabros colocados em torno do quadro da Loja.  A Loja é apoiada por três colunas (Sabedoria, Força e Beleza).  As palavras J e B são respectivamente do 1º e 2º Graus.  No 3º Grau, a antiga palavra do Mestre “Jehovah” não está perdida, mas apenas substituída por uma palavra circunstancial M B.  È fundamental para experiência mística no grau o elevando portar o nome do altíssimo quando está no túmulo. Em 1751, foi criada em Londres a “Três Vezes Antiga e Honrada Fraternidade dos Maçons Livres e Aceitos” cujos membros tinham antecedência Irlandesa. Esta inovação veio para romper a bela unidade britânica, especialmente porque as Grandes Lojas da Irlanda e da Escócia logo reconheceram a Jovem obediência como sendo regular e sua fidelidade aos antigos usos. O Grande Secretário, Laurence Dermott passou repetidamente a denunciar a 1ªGrande Loja de simplificar e descristianizar rituais, orações, inverter as palavras sagradas do 1º e 2º graus, abandona a Cerimônia Secreta da Instalação de Veneráveis e acima de tudo rejeitar a classificação do Real Arco. Classificaram-se os membros da Grande Loja de Londres como os Modernos e os da Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos como os Antigos. Em 1760 uma outra publicação denominada “As três batidas” revelou o conteúdo dos Rituais, cuja diferença com o rito dos modernos vale apenas mencionar:  O 1º e 2º Vigilantes têm uma pequena coluna que representam as duas colunas de Salomão.  O 2º Vigilante fica colocado no meio da coluna do meio dia, enquanto o 1º Vigilante fica no oeste. (Eles na realidade ficam junto à porta do Templo).  São auxiliados por dois Diáconos, função originária da Irlanda, um à direita do Venerável Mestre e o outro à direita da 1º Vigilante.
  • 20.  Os Candelabros, sempre associados com o sol, a lua e o Venerável da Loja, mas denominados “Pequenas Luzes” (Luzes fracas), ficam à direita do Venerável e dos vigilantes.  A Bíblia, o Esquadro e o Compasso, ficam colocados sobre o altar, na frente do Venerável, e são as “Grandes Luzes” da maçonaria.  As palavras sagradas são B. no 1º Grau e J no 2º Grau.  A antiga palavra de Mestre foi perdida com a morte de Hiram, pois deve ser pronunciada pelos três (a chamada regra dos três mencionada no primeiro catecismo britânico). Salomão e o rei de Tiro, já não podiam comunicá-la aos novos Mestres, sem a presença de Hiram. Os Mestres têm que têm que se contentar com uma palavra substituta. A França, na época, não adotou nada sobre estes procedimentos e continuou tal como no passado, não praticado o Rito Moderno, embelezando, aumentando e melhorando, fundamentado em si mesmo. O Escocismo defendido por Abraham não era senão os graus azuis originários do Rito Moderno de Prichard. Comparação entre Rito Moderno e Rito Antigo Palavra de Passe (Senhas): RM. – comunicadas durante a cerimônia, com os outros “segredos”. RA. – fornecidas ao candidato antes de entrar na Loja. Disposição das Colunas: RM. – J para o Noroeste e B para o Sudeste. RA. – B para o Sudoeste e J para o Nordeste. Palavras Sagradas: RM. – J para o 1º Grau, B para o 2º Grau. RA. – B para o 1º Grau, J para o 2º Grau. Disposição dos Visitantes: RM. – No Oeste, lado Sul no 1º Grau e no Norte no 2º Grau. RA. – No Oeste no 1º Grau e no Sul no 2º Grau. Diáconos: RM. – não existam. RA. – estavam presentes. Grandes Luzes: RM. – Sol, Lua e Venerável. RA. – Bíblia, Esquadro e Compasso. Uma Loja Escocesa é, na verdade, uma Loja Azul que permaneceu fiel do Ritual Simbólico antes da Introdução do Rito Francês, contudo acredita-se que é observado o costume da antiga maçonaria da Escócia. O Discurso do Cavaleiro Ramsay (1686 – 1743), aprovado pela maioria dos Sistemas de Altos Graus Continental, considerava a Origem da Maçonaria no momento das cruzadas e não nos operativos dos séculos passados.
  • 21. O Rito Escocês Filosófico. Oriundo de Avignon ou Marselha em torno de 1774, este Rito foi o das Lojas parisienses de São João do Contrato Social estabelecido em 1770 e trabalhada de acordo com os rituais de Avignon desde 1776. Em 1781, esta obediência fez um acordo com o Grande Oriente de França que outorgou o direito de criar Lojas do Rito no França e fora dela. A Biblioteca do Supremo Conselho para a Bélgica mantém várias cópias dos Rituais conhecidos por REP que são idênticos ao publicados por Désaguliers. A sua leitura revela que estes rituais não diferem daqueles usados pelas Lojas Francesas da época. As “instruções” de Avignon e o regulador diferem apenas na apresentação e ordem das perguntas e respostas. São pontos principais: Os Oficiais estão dispostos segundo os usos “Modernos”. O Venerável no Oriente, o 1º Vigilante no Sudeste na frente da Coluna B, e o 2º Vigilante ao Noroeste na frente da coluna J. As palavras sagradas são “J” no 1º Grau e “B” no 2º Grau e “M” no 3º Grau. A inversão das palavras aprovadas pela Grande Loja dos Modernos em 1730 (1739) foi respeitada por todas as Lojas Francesas do século XVIII, inclusive as Lojas Escocesas. As três grandes luzes eram o Sol, a Lua e o Venerável da Loja. As palavras de Passe (Senha) era transmitida durante a cerimônia, sendo “Tubalcain” no 1º Grau “Schibolet” no 2º Grau e “Giblin” no 3º Grau. As viagens do Candidato no 1º Grau são marcadas pela purificação pela água e pela Fogo. A letra “G” revelada no 2º Grau significa “Glória a Deus, Grandeza ao Venerável e Geometria à todos os Maçons”. Isto significa o “Grande Arquiteto do Universo”. A versão da lenda de Hiram que é usada na França depois da elevação a Mestre, a antiga palavra de Mestre “Jehova”, não está perdida no desaparecimento do Arquiteto. Ela simplesmente é substituída por uma outra palavra “MB” Este é o elemento fundamental porque o Rito dos Antigos afirma que apenas três a conheciam. A morte de Hiram impediu que ela fosse comunicada, sendo escolhida uma palavra substituta que se tornou mais do que uma nota de prudência. Se o Rito Escocês e o Rito Francês eram basicamente idênticos, temos que ressaltar, no entanto, uma diferença consistente: A disposição dos Grandes Candelabros em torno do tapete da Loja, descrito pelas regras gerais a respectiva Loja Mãe de São João da Escócia da Virtude perseguida, ao Oriente de Avignon, datada de 1774, citada por René Desaguliers no seu antigo. No meio do Templo, no seu piso, será desenhado com giz, o quadro conhecido por qualquer Maçom. Haverá três Grandes Candelabros ostentando uma vela,
  • 22. colocados, um no canto do quadro, entre o Oriente e o Sul e dois no Ocidente, entre o Sul e Ocidente e outro entre o Ocidente e Norte. Esta disposição, SE-SO-NO, é segundo o Rito Moderno Belga, não é segundo as primeiras Lojas Francesas. Os “quadros” mostrados nas primeiras divulgações e as célebres gravuras de Lebas ficam nos ângulos NE-SE-SO. Na confissão de João Constos para Inquisição Portuguesa em 1743, lemos que o Venerável Mestre, senta-se no Oriente e era ladeado por duas velas e uma terceira no Ocidente com dois Vigilantes. Disposição confirmada pelas divulgações Francesas. Nas Lojas regulares estes Candelabros Altos são colocados de forma triangular, como atributos da decoração da Maçonaria. Os quatro pontos cardeais marcam sobre o desenho o lugar regular das três velas, do Grão-Mestre e dos dois Vigilantes. Encontramos uma luz no Oriente, a outra no Sul e a Terceira no Ocidente. O Grão Mestre fica no Oriente entre as luzes do Oriente e do Sul. As Lojas do GODF mantiveram esta disposição, como mostra as ilustrações do “Regulador do Maçom” (1801): A Loja de Aprendiz é iluminada por três luzes suportadas por três candelabros altos colocados nos ângulos NE-SE-SO. Outro exemplo ainda de fidelidade do “Rito Francês” às tradições da Grande Loja de Londres, dita dos Modernos, está nesta disposição, seguida pelas novas Lojas segundo as “Instruções de Desaguliers”, segundo um texto fundamental inglês lançado no século anterior. As Lojas Francesas personalizaram a maçonaria mais tarde chamada de Moderno, oriunda da Grande Loja de Londres de 1717. O significado destas luzes foi dado por Prichard, que no seu livro “Maçonaria Dissecada”, escreveu em 1730: P – Tem alguma luz na sua Loja? R – Sim, três. P – O que representam? R – Sol, Lua e Mestre-Maçom. (Venerável Mestre) Obs. Estas são as três velas acesas colocadas no Candelabro Alto. P – Por quê? R – O Sol nasce para governar o Dia, a Lua, a Noite e o Mestre-Maçom (Venerável Mestre), a sua Loja. Os Rituais franceses tiveram um passo a mais na chamada “Grande Luz”. P – Que vistes quando fôsseis recebido Maçom? R – Três Grandes Luzes dispostas em esquadria, uma no Oriente, outra no Ocidente e a terceira ao Sul. P – Que significam estas três Grandes Luzes? R – O Sol, a Lua e o Mestre da Loja. Se a Loja Inglesa era iluminada por três luzes, ela era suportada por três pilares, Sabedoria, Força e Beleza, representada pelo Venerável Mestre e os dois Vigilantes. As duas Grandes Lojas “Modernos” e “Antigos” chegaram a um acordo sobre este ponto.
  • 23. As publicações dos anos 1760 (o livro: As Três Batidas Distintas ou a Porta da Mais Antiga Maçonaria) e de 1762 (o livro: Jachin e Boaz ou uma Autêntica Chave da Porta da Maçonaria) relatam o mesmo diálogo: P – O que apóia sua Loja? R – Três Grandes Pilares. P – Quais são seus nomes? R – Sabedoria, Força e Beleza. P – Quem representa o pilar da Sabedoria? R – O Mestre no Leste. P – Quem representa o pilar da Força? R – O 1º Vigilante no Ocidente. P – Quem representa o pilar da Beleza? R – O 2º Vigilante no Sul. As primeiras divulgações francesas foram mais longe e firmaram a assimilação dos pilares J e B do templo de Salomão (pilar se traduz indiferentemente por coluna ou pilar, enquanto em francês, significa uma coluna de forma circular, designando um pilar apoio de qualquer forma). Ao descrever o quadro da Loja, o novo catecismo dos maçons é muito explícito: Ao lado [a janela do Oriente], onde estes assumem um terceiro pilar, Beleza. Em uma das duas colunas, Força, um grande J, o que significa Jakin, e na outra Sabedoria B e Boaz, tem no centro da Estrela Flamígera um G. Legenda: Quadro da Loja do Aprendiz-Companheiro do Novo Catecismo da Maçonaria a partir de 1749. Anote a localização da velas acesas marcadas por botões Esqueça a disponível variável e, por vezes, fantasiosa, Sabedoria, Força e beleza. O importante é a assimilação dos suportes da Loja pelas duas colunas J e B do templo de Salomão, e sua forte associação com dois Vigilantes. O ritual de Companheiro (1767), da Loja Marquês de Gages, a verdade e a harmonia perfeita ao Or. de Mons, não precisa disser outra coisa:
  • 24. A coluna de Aprendizes porta as letras J - F para Jakin e Força; coluna de Companheiros as letras B - B para Boaz e Beleza. Daí o seguinte esquema: VM coluna imaginária Sabedoria Candelabro do Oriente Candelabro do Meio dia Candelabro do Ocidente 2°Vigilante 1°Vigilante coluna J coluna B Beleza Força fig 2: Disposição da loja Francesa Em resumo a Loja francesa: - é apoiada por três colunas, Sabedoria, Força-Beleza, duas das quais não são outras que as colunas, J e B, do Templo de Salomão, que são associadas aos Vigilantes, em terceiro lugar, imaginária, sendo o Mestre da Loja. - ela é iluminada por três luzes dispostas em um quadrado nos cantos da Loja: o sol, a lua e o Mestre da Loja. A mudança dos candelabros da Loja alterou radicalmente a sua geografia e as associações simbólicas que elas representam. Com efeito, o artigo segue a regra geral prevista. Qualquer reunião de Maçons será desejo da Loja e será presidida por um irmão chamado Venerável, e outros dois irmãos que se chamam Vigilantes, que representam as três luzes ou três colunas da Loja, que terá para Diretores: um Orador, um secretário, um tesoureiro, um Chanceler, dois Mestres de Cerimônias, um Mestre Banquete e dois Enfermeiro e Hospitaleiro Enquanto as colunas e as luzes são duas ternárias distintas na Loja Francesa, elas estão aqui reunidas num único conjunto dos três oficiais principais, as velas e os suportes da Loja ao mesmo tempo ilustram a nova disposição das velas dos ângulos. Naturalmente, as colunas J e B perderam a sua função de apoio da Loja. A instrução do grau de Aprendiz do Rito Escocês Filosófico contém no conteúdo o anunciado nesta fusão D: O que vistes quando vos foi dada a luz? R: Três grandes luzes: o Sol, a Lua e o Ven Mestre. D: Vistes outros pontos de luzes? R: Três grandes velas representando o Ven. e o Vig.. Isto permitiu a R. Désaguliers escrever em 1983: Em minha opinião, esta disposição das colunas com velas ao redor do tapete quadrado e na estreita associação com o Venerável e seus dois Vigilantes que fundamenta o Rito Escocês para os três primeiros graus.
  • 25. Rapidamente concluímos que numa Loja Escocesa: - o Venerável Mestre e os dois Vigilantes são ao mesmo tempo as luzes (Grandes Velas) e as colunas (Sabedoria, Força e Beleza, suportes da Loja) - os três grandes Candelabros, numa mudança semântica bem compreensível tornaram também os três pilares, suporte da Loja, - ambas as colunas J e B perdem o seu sentido original para se tornarem apenas as colunas dos Aprendizes e Companheiros, - a ternária tradicional: Sol, Lua e Venerável Mestre, é mantida, mas a sua associação com as velas desapareceu. VM Candelabro do SE Sabedoria Candelabro do NO Candelabro do SO 2°Vigilante 1°Vigilante Beleza Força coluna J coluna B fig 3: Disposição da loja Escocesa Pode ser resumido por uma grade bastante simples: Rito Francês Rito Escocês Disposição das colunas J ao NO, B ao SO J ao NO, B ao SO Disposição dos Vigilantes J ao NO, B ao SO J ao NO, B ao SO Disposição dos candelabros (luzes nos ângulos) NE, SE, SO SE, SO, NO Aclamação Vivat, Vivat, Vivat Houzey, Houzey, Houzey Grandes luzes Sol, Lua, Mestre da Loja Sol, Lua, Mestre da Loja Fig. 4: Comparação entre os ritos Francês e Escocês
  • 26. Tenida Fúnebre Anual ANO 07 - ARTIGO 46 - NÚMERO SEQUENCIAL 434 - 17 DE NOVEMBRO DE 2013 Saudações, estimado Irmão! Retornei a Buenos Aires para participar da TENIDA FÚNEBRE ANUAL Sérgio Quirino Guimarães Delegado Geral do Grão-Mestre G.’.L.’.M.’.M.’.G.’. 0 xx 31 8853-2969 quirino@roosevelt.org.br (assuntos maçônicos) quirino@glmmg.org.br (assuntos ligado à Delegacia) Ano 07 - artigo 46 - número sequencial 434 Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo. Quatro frases que transformam qualquer realidade negativa. Pratique! A convite do V.·. H.·. Alex Norris, Subsecretario de Cultura, na noite de ontem estive no Templo Nobre da Gran Logia de la Argentina de Libres y Aceptados Masones para vivenciar uma experiência única e muito sensível. É uma tradição de várias Potências Maçônicas realizar uma cerimônia especial em homenagem aos Irmãos que cumpriram sua missão no Orbe Terrestre e se encontram no Oriente Eterno. Por se tratar de uma sessão pública, posso compartilhar com os Irmãos o que vi e ouvi. Na verdade pouco se vê, pois o ambiente é lúgubre. Luzes apenas nos altares do Grão-Mestre e dos Grandes Vigilantes. No centro do Templo havia, sobre suportes, uma urna funerária coberta com manto negro e rodeada por cesto contendo pétalas de rosas vermelhas e de flores brancas que não identifiquei a espécie. O Irmão Grande Secretário faz a chamada dos Irmãos falecidos e em seguida o GM dá um golpe ligeiro de malhete, o 1º GV responde com um golpe forte e o 2º GV segue com um quase imperceptível. Estes três golpes de intensidade diferente, simbolizam as três fases mais importantes na vida do homem: Seu nascimento, sua idade viril e seu último suspiro. 6 – tenida fúnebre anual Ir Sérgio Quirino Guimarães
  • 27. Há um momento também muito significativo, quando as Grandes Luzes saem dos tronos se dirigem separadamente ao féretro e batem com o malhete chamando os Irmãos falecidos ao labor. Ao final, o Irmão 2º GV, exclama: - Os Irmãos não respondem! O GM se manifesta: - Os Irmãos estão mortos, viajam pelos vales do Oriente Eterno, perdeu-se a Palavra Sagrada e esta quebrada a Cadeia Maçônica. Mas acalenta explicando: - Perdemos para sempre suas formas visíveis, mas seu nome e sua memória (creio que seja: “seus atos”) permaneceram eternamente em nossos corações. A Cerimônia foi muito rica, cheia de simbologias, há viagens, falas que motivam a reflexão, a harmonia foi feita por três músicos com Gaita Escocesa (Gaita das Highlands) e a emoção tomou conta das Colunas e mezaninos do Grande Templo Não há como descrever tudo o que passou, mas peço aos Irmãos que reflitam e estudem, preparando uma Prancha para o Quarto-de-Hora-de-Estudo sobre a transitoriedade da matéria. Morrer é como uma chama que se apaga, liberta para a transcendência do espírito ou a imortalidade da alma. Depende da crença. Devemos honrar os que nos antecederam, pois o que hoje temos, é seu legado. Que suas virtudes sejam para nos estimulo e exemplo. Se hoje não estão mais fisicamente entre nós, já cumpriram sua missão e estão imunes às influências negativas das torpes, da adulação, da intolerância, da hipocrisia, da mentira e da vaidade, que tanto nos tentam e muitas vezes nos desviam do caminho. Não importa se somos ricos ou pobres (em todos os aspectos), nosso nome só será lembrado pelo saber e pela virtude. Qual o último ponto de nossa existência carnal? É um ponto cêntrico, inevitável e fatal! Um abismo imenso e insondável, onde, por fim ficam as glórias, as riquezas, as alegrias, as dores e a miséria. A morte é uma inexorável niveladora de tudo; ela é implacável portadora da Igualdade. Transcrevo o alerta que um Irmão me fez na saída: - “Luego, ¿ Qué ventajas nos proporciona, durante tan corta existencia, el poder adquirido a veces por la opresión, sembrando en derredor nuestro los odios, las lágrimas y la sangre de nuestros semejantes?. ¿Qué valen, ni de que sirven las riquezas acumuladas, a menudo, con el trabajo ímprobo, las privaciones y la miseria de nuestros HH.’.? “Nuestros HH.’. fallecidos ha cumplido su destino sobre la tierra. Humilde y querido, su nombre nos recuerda a un H.’. que por la nobleza de sus acciones, por su conducta ejemplar, merecieron nuestra estimación y nuestro cariño; ello se conserva grabado en nuestros corazones, cual un dulce imperecedero recuerdo.” Antes da reunião, estive no Cemitério da Ricoleta, onde tirei fotos de túmulos maçônicos. Quando tiver um tempo, vou disponibilizá-las no facebook: Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes. TFA Quirino
  • 28. Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis 21/121999 Silvio Ávila Içara Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José 7 - destaques jb Resenha Geral
  • 29. Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis 19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste 21/11 Fraternidade Capinzalense Capinzal 21/11 União e Verdade Florianópolis 21/11 Liberdade e Justiça Abelardo Luz 24/11 Ary Batalha São José 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Mullher São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia 18.11.13 20:00 Loja Harmonia e Fidelidade 4129 - GOB/SC Itapema-SC (ao lado Matriz Sto. Antônio) Sagração do Templo 18.11.13 19h30 Justiça e Trabalho – GOSC Condomínio Humânitas Atividade M10 (Humberto Duarte Olivieri): A relação entre a maçonaria e as religiões. O rompimento com a Igreja Católica. As bulas papais condenando a maçonaria. O poder temporal do papa. 18.11.13 20h00 Energia das Águas, nr. 85 – GOSC Exaltação Orlando Murphy, João Martins de Souza e Huberto Rohden 19.11.13 20h00 Jacy Daussen, 71 - GOSC Barreiros – São José Sessão de Companheiro - Telhamento 19.11.13 20h00 Loja Renascer do Vale 4007 GOB/SC Rua Anibal de Lara Cardoso, 245 Penha Sessão Magna Elevação: Ewerton Fernandez; Jorge Luiz Rodrigues Madeira e Walter Riedel Neto 19.11.13 20h00 Lysis Brandão da Rocha, 104 – GOSC Estreito - Florianópolis Sessão MAGNA em homenagem à Proclamação da República. Palestra do
  • 30. ir.: Pires. 19.11.13 20h00 Colunas do Imbé, 120 – GOSC Imbituba Sessão Magna de Exaltação 20.11.13 20h00 Monteiro Lobato, 132 – GOSC Rua José Siqueira - Ressacada - Itajaí/SC Sessão Magna de Exaltação ao Grau de Companheiro dos Irmãos: Cristiano Alves De Jesus - Felipe Couto Reiser - Guilherme O. De Mattos Da Silva Flores - Henrique Aguiar Felicio - Jaques Finardi - Marcos Clasen Dos Santos - Mauro Luiz Goncalves Federighi - 20.11.13 20h00 Loja Abelardo Lunardelli, 107 – GOSC Barreiros – São José L o j Loja De Mesa Conjunta com Lojas Léo Martins N. 84 E Universo N. 43 (GLSC.) 21.11.13 20h00 Consensio nr. 131 – GOSC Içara Sessão de Companheiro. Introdução a Filosofia - Escolas onde a maçonaria buscou suas bases. Alexandre Badaraco 21.11.13 20h00 Círculo da Luz, - GOSC Templo Roberto Fortkamp - Centro Sessão Magna de Elevação 21.11.13 20h30 Lealdade, Ação e Vigilância, 39 - GOSC Barreiros, São José Sessão Magna de Elevação 22.11.13 20h00 Phoenix, 55 - GOSC Baln. Camboriú A História do Grande Oriente de Santa Catarina com o Ir Wady 25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 - GLSC Condomínio Itacorubí Palestra com o Dr. Ivan Moritz sobre “A saúde do homem maduro” Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Acesse www.radiosintonia33.com.br
  • 31. 1 - Mercedes Sosa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Gal Costa: http://youtu.be/EZMPYvURzaQ 2 - *CATARATAS DEL IGUAZÚ:* http://www.airpano.com/files/Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2012/2-2 http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Brasil-Argentina-Iguazu-Falls-2008 3 - *GRAN CAÑÓN DEL COLORADO USA:* http://www.airpano.com/360Degree- VirtualTour.php?3D=Grand_Canyon_USA http://www.airpano.com/360Degree-VirtualTour.php?3D=Horseshoe- Bend-Arizona-USA 4 - Tarzan 3 Escapes 1936 Full Movie http://www.youtube.com/watch?v=q73yAoKpmbQ