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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016
Bloco 1 – Almanaque
Bloco 2 – IrNewton Agrella – O Infinito e a Imortalidade (Editorial de domingo)
Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Ambição
Bloco 4 - IrJosé Ronaldo Viega Alves – Os Manuscritos, os Catecismos e os Rituais na História...
Bloco 5 – IrHercule Spoladore – Sou um Maçom
Bloco 6 – IrJoão Anatalino Rodrigues – Maçonaria - a Cabala do Ocidente
Bloco 7 – Destaques JB – Hoje com versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira
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Para Aprendizes Eternos, Pesquisadores Incansáveis, Cunhadas Curiosas, Goteiras
Incuráveis, Esotéricos de Plantão, Místicos Misteriosos e Festeiros de Ágapes e Regabofes,
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www.artedaleitura.com
 503 a.C. — Segundo o triunfo romano, o cônsul Públio Postúmio Tuberto celebrou uma ovação para
uma vitória militar sobre ossabinos.
 801 — O rei Luís, o Piedoso captura Barcelona aos mouros após um cerco de vários meses.
 1043 — Eduardo, o Confessor é coroado rei da Inglaterra.
 1493 — Cristóvão Colombo é recebido em Barcelona pelos Reis Católicos após a viagem de descoberta
da América.
 1834 — Os generais da Guerra de independência da Grécia são julgados por traição.
 1862 — É publicado o livro Os Miseráveis do escritor francês Victor Hugo.
 1865 — Guerra de Secessão: as forças da União capturam Richmond, Virgínia, a capital dos Estados
Confederados da América.
 1882 — Velho Oeste: Jesse James é morto por Robert Ford.
1 – ALMANAQUE
Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
Hoje é o 94º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante)
Faltam 272 dias para terminar este ano bissexto
Dia Internacional do Livro Infantojuvenil e dia Mundial de Conscientização do Autismo .
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
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 1885 — É concedido uma patente alemã a Gottlieb Daimler por seu projeto do motor.
 1919 — Primeira edição do Jornal do Commercio circula em Recife, Pernambuco, Brasil.
 1942 — Segunda Guerra Mundial: as forças japonesas começam um ataque contra os Estados Unidos e
as tropas filipinas na Península de Bataan.
 1946 — O tenente-general japonês Masaharu Homma é executado nas Filipinas por liderar a Marcha
da Morte de Bataan.
 1948 — O presidente dos Estados Unidos Harry S. Truman assina o Plano Marshall, que autoriza 5
bilhões de dólares em ajuda para 16 países.
 1955 — A União Americana pelas Liberdades Civis anuncia que defenderá o livro Howl, de Allen
Ginsberg, contra a acusação de obscenidade.
 1961 — O gambá-de-Leadbeater (Gymnobelideus leadbeateri) é redescoberto na Austrália após 72 anos.
 1968 — Martin Luther King Jr. profere seu discurso I've Been to the Mountaintop.
 1969 — Guerra do Vietnã: o Secretário de Defesa dos Estados Unidos Melvin Laird anuncia que os
Estados Unidos começarão a "Vietnamização" dos esforços de guerra.
 1973 — Martin Cooper da Motorola faz a primeira chamada de telefone móvel portátil para Joel S.
Engel da Bell Labs, apesar de ainda levar mais dez anos para que o Motorola DynaTAC se tornasse o
primeiro telefone a ser lançado comercialmente.
 1975 — Bobby Fischer se recusa a jogar em uma partida de xadrez contra Anatoly Karpov, dando a
Karpov o título de Campeão do Mundo por desistência.
 1981 — O Osborne 1, o primeiro microcomputador portátil comercialmente bem-sucedido, é lançado
pela Osborne Computer Corporation.
 2004 — Terroristas islâmicos envolvidos nos atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid são cercados
pela polícia num apartamento e suicidam-se com explosivos.
 2007 — O TGV atinge a velocidade de 574,8 quilômetros por hora, batendo o recorde mundial de
velocidade de trens sobre linhas.
 2010 — Eugène Terre'Blanche, líder do Movimento de Resistência Africâner, é assassinado em sua
fazenda na África do Sul.
 2014 — Papa Francisco assina o decreto que proclama a santidade do Padre Anchieta.
1526 Deixa a Espanha a expedição comandada por Sebastião Caboto, que, tempos depois, aportou na
ilha de Santa Catarina, tendo partido deste navegante essa denominação.
1880 Lei nº 901, desta data, criou o município de Araranguá, desmembrado de Tubarão.
1902 Nasce, em Tubarão, Heriberto Hulse. Foi Presidente do Sindicato Nacional da Extração do
Carvão, deputado estadual, vice-Governador e completou o quatriênio iniciado em 1956, por Jorge
Lacerda, face a morte deste em acidente aviatório.
1954 Instalação do município de Seara, criado pela Lei nº 133, de 31 de dezembro de 1953.
1760 Publicada a inconfidência Three Distinct Knocks (Três Batidas Distintas) sobre o ritual praticado
na Grande Loja dos Antigos.
1826 Fundado o Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco do Tennessee.
1844 O Supremo Conselho do Grande Oriente Brazileiro, do Passeio, ratifica pacto de união com o
Supremo Conselho de França.
1998 Fundada a Loja Pedra da Fraternidade (GOB/SC) em Itapoá.
1998 Fundação da Loja “Pedra da Fraternidade” de Itapoá (GOB/SC) que trabalha no REAA
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
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como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais.
Valorize-os, caro leitor, preferindo o que está sendo anunciado.
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Ir.`. Newton Agrella - Cim 199172
M I Gr 33
membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
"O INFINITO E A IMORTALIDADE"
Expressar uma ideia estabelecendo uma dicotomia como principio inconteste de seu
conteúdo sempre será objeto de dúvidas ou no mínimo de discussões.
Assim por exemplo se preconizam os conceitos de Maçom e Profano - como forma
aparentemente inequívoca de imprimar qualidades inerentes a um e ausentes ao outro.
O Homem é um todo universal e nesse arcabouço ele se contextualiza perante a vida
independentemente de qualquer de seus predicados.
Diante disso deparamo-nos com uma questão que nos parece indissociável isto é: O Infinito
e a Imortalidade do Homem e do Tempo.
Estes dois substantivos abstratos se condensam na própria universalidade da existência,
como a mistura do bem e do mal e como amálgama de afirmação e negação.
Infinito e Imortalidade rigorosamente não se revestem da falsa dicotomia dos "dois
lados".
Fazendo-se uma irônica analogia ao momento político em que vivemos hoje no Brasil isso
sugere algo mais ou menos como alguns discursos político-partidários tentam apregoar
como uma espécie de mantra especialmente entre as populações com menos acesso a
Informação. O famoso "Nós" e "Eles" .
Em outros termos: "Do lado de cá, estão os bons e puros. Do lado de lá, estão os maus e os
sujos".
Trata-se pois, do típico dualismo formal, inócuo e ingênuo cuja mensagem subliminar está
no seu aspecto discriminatório que transforma e subverte os valores mais íntimos do
Homem e da Sociedade.
2 – Editorial de domingo – O Infinito e a Imortalidade
Newton Agrella
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É indiscutível que o ser humano está condenado a superar-se e a buscar desafios em si
mesmo como um processo constante pela evolução.
Pelo fato de estar totalmente determinado o Homem é - pela sua própria natureza -
essencialmente mutável.
Cabe aí um parênteses quando podemos nos sentir privilegiados por termos sido
Iniciados em uma Sublime Ordem que nos propicia indagar e refletir sobre a complexidade
do Infinito e da Imortalidade de nossa alma.
A natureza mutável do ser humano a que nos referimos há pouco significa mudança no
pensamento, no modo de agir e no exercício da convivência.
É o que os gregos chamavam de Meta-Noia que encerra em si um profundo significado e
sentido filosófico, ético, moral e metafísico.
É a expressão que convida o ser humano a transformar-se para converter o mal em bem
(vide os postulados maçônicos), a subserviência em libertação e a degeneração em
regeneração.
No Infinito de sua alma e na Imortalidade de sua essência, o ser humano se vê instado a
extrair a afirmação de sua negatividade, a extrair a emancipação de sua dependência, o
clamor de seu silêncio e a criatividade de sua inércia.
Essa relação entre o Infinito e a Imortalidade, mais que tudo, propõe a extração da Vida e
sua Agonia.
Nem um mal faria afirmarmos que o ser humano responde aos desafios com a superação
dialética e transpõe seus valores no limiar do tempo que se renova na mesma proporção em
que o Supremo Arquiteto do Universo rege a transformação do Homem em forma de
matéria e espírito, tornando-o Infinito e Imortal em seu processo contínuo de provações e
evolução.
Algo em aberto que propõe mais discussões e trocas de impressões como exercício
especulativo de nosso Pensamento.
Referências Bibliográficas:
Antropologia - Autor: Juvenal Arduini
Rito Escocês Antigo e Aceito - Autor: Rizzardo da Camino
Fraternalmente
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
escreve dominicalmente neste 3º. Bloco.
AMBIÇÃO
“É bem conhecido que a ambição tanto pode rastejar como voar”.
(Edmund Burke).
1. Etimologia: Ambicioso é do mesmo étimo de ambulare, caminhar, e ambire, andar em volta,
rodear, com o fim de arrebatar bens que deseja, designando também o candidato que na Roma
antiga assediava o eleitor em busca de votos.
2. O que é ambição? A ambição é a vontade de querer conquistar algo. É um desejo, movido
pela emoção mais do que pela razão, pelo sucesso, pela fortuna, pela glória, pelo poder ou
qualquer coisa que traga o sentimento de vitória e reconhecimento.
Um pecado ou uma virtude? Ser uma pessoa ambiciosa é ruim? Para muitos o termo ambição
é usado com insulto. Para eles, os ambiciosos são pessoas gananciosas e nada confiáveis, em
busca de um objetivo egoísta (geralmente dinheiro ou poder) e que, se for preciso, pisarão em
cima dos outros para poderem chegar onde quiserem. Darth Vader era ambicioso, querendo
dominar o universo usando o lado negro da força. Mas ele era malvadão. O que dizer de Batman,
Super Homem, todos eles arriscando suas vidas com a ambição de estabelecer a paz mundial, a
segurança de sua amada e a conservação do meio ambiente? Ser ambicioso não é errado. E não é
apenas querer alguma coisa. É ter um forte desejo e estabelecê-la como uma meta de vida. É ter
uma autoestima fortíssima e saber que pode chegar onde quiser. Pessoas malvadas podem ser
ambiciosas, mas ambiciosos não são necessariamente pessoas malvadas. (Mauro Ribeiro).
3. Por que ambição e ética são compatíveis: Ambição e ética são perfeitamente compatíveis!
Estranhar esta frase possui duas razões: um preconceito com relação à ambição e uma confusão
entre ambição e ganância, que reforça o preconceito. É bastante frequente ouvirmos alguém
dizer: - Cuidado com fulano, ele é muito ambicioso; ou, Não gosto de tratar com pessoas muito
ambiciosas, elas não têm limites. Para compreender que ambição e ética são perfeitamente
compatíveis, basta deixar claro a diferença entre elas e as suas repercussões. O conceito de
ambição será para a nossa compreensão: Atitude ética orientada para realizar e atingir metas e
objetivos altamente significativos. Derivada do latim a expressão que deu origem à palavra
ambição tratava da ação de cercar por todos os lados as possibilidades de alcançar elevada
condição.
3 – Coluna do Irmão João Gira ( Ambição )
João Ivo Girardi
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Agora vejamos o conceito de ganância: Atitude amoral orientada para a obtenção de ganho
abusivo e antiético. Veja que é possível ser ambicioso sem prejudicar a ninguém, mas, todo
ganancioso termina por lesar a alguém. As metas do ganancioso não são significativas no
contexto social, são meramente egoístas e usurárias. Tanto é assim que a origem latina da palavra
remete a agiotagem, usura (empréstimo de dinheiro a juros altos).
As vantagens e repercussões da ambição, entendida corretamente, são: - Foca as atitudes para
a realização de metas ousadas e significativas. - Predispõe a pessoa à busca por conquistas
sucessivas e contínuas na direção de uma meta maior. - Motiva a pessoa, porque metas de valor
são perseguidas por pessoas de valor, pessoas que mantêm autoestima elevada. - Valoriza a vida
e suas oportunidades mais dignas, propõe uma visão de carreira. - Seus efeitos beneficiam não
apenas a pessoa movida pela ambição, mas, traz conseqüências benéficas para um grupo muito
maior de pessoas (aqui percebemos claramente a ética em sua tradução mais nobre). - Pessoas
ambiciosas se associam a outras pessoas ousadas com metas significativas, colecionam amigos
pró-ativos e realizadores. - Ambiciosos são frequentemente convidados para novos projetos.
As desvantagens e repercussões da ganância, conforme definida, são: - Mantém a pessoa presa
em egoísmo profundo, buscando metas puramente individualistas. - Foca a mente em um apetite,
uma disposição a ganhar a qualquer custo. - Caracteriza pessoas de baixa autoestima que
tentam se auto-afirmar vencendo por quaisquer meios as disputas com outras pessoas, não se
importando com o que aconteça com elas. - Gera um comportamento oportunista, ou seja,
condiciona a uma utilização ilícita das oportunidades menos dignas, conduz ao carreirismo
(atitude de quem utiliza métodos moralmente condenáveis para subir rapidamente). - Seus
efeitos prejudicam não apenas a pessoa movida pela ganância (que a longo prazo sempre paga
um preço alto por sua ganância, sendo a solidão a exclusão do convívio das pessoas éticas o
mais comum), mas traz conseqüências maléficas para um grupo muito maior de pessoas (aqui
percebemos claramente a total ausência de ética face a análise das repercussões). - Pessoas
gananciosas associam-se a outras pessoas gananciosas. Quando vários egoístas se reúnem,
manipulam uns aos outros para obter o que querem e uma vez conseguido o objetivo,
abandonam a vitima. Gananciosos colecionam inimigos. - Gananciosos são rejeitados em novos
projetos ou convidados por outros mais gananciosos que eles para servirem de trampolim.
Podemos afirmar que tudo o que se fez de grandioso no mundo se fez movido por uma
ambição legítima e tudo o que de mais torpe aconteceu na história ocorreu e ocorre motivado
pela ganância. Ambição e ética são perfeitamente compatíveis. Com elas construímos um
mundo melhor. Aos que preferirem apostar na ganância, apenas uma reflexão: A ganância é irmã
gêmea do egoísmo, e as pessoas gananciosas, com talento e competência, são equivalentes a
uma Ferrari sem freios, basta imaginar as consequências. (Carlos Hilsdorf).
MAÇONARIA
1. Maçom: O homem equilibrado deve ser ambicioso porque as suas aspirações não
prejudicarão a ninguém. Sua raiz latina significa: andar de um lado para outro, ou seja, estar em
constante movimento. A ambição compreende, desta maneira, ao movimento físico, como o de
andar, gesticular, e o movimento mental, como a produção de pensamentos, a criação literária e o
discurso. O maçom deve estar sempre em movimento e ambicionar que esse reflita bons
exemplos nos seus irmãos. Dentro de Loja, o comportamento estático é negativo; deve haver,
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sempre, uma dinâmica, uma vez que o exercício é um dos meios de desenvolvimento e
progresso. A inércia vicia e prejudica; o entusiasmo contagia e beneficia. Sejamos todos, no bom
sentido, ambiciosos no viver.
2. Definição Maçônica de Ambição: A filosofia maçônica define a palavra ambição como uma
batalha que o homem trava internamente antes de chegar ao estado de equilíbrio. Esse
sentimento mesquinho, seria nesse caso, uma luta travada em um dos principais ciclos da vida,
um período que as paixões ainda dominam a razão conduzindo os homens aos excessos. A fábula
que se segue, fala exatamente sobre a ambição humana e especialmente de um canteiro que vivia
numa terra distante, há muitos e muitos anos atrás.
[...] Era uma vez um Canteiro. Todo o dia ele subia as montanhas para cortar pedras. E,
enquanto trabalhava, cantava, pois embora fosse pobre, não desejava nada além daquilo que
possuía, por isso não tinha uma preocupação sequer. Um dia foi chamado para trabalhar numa
mansão de um nobre. Quando viu a magnífica mansão, sentiu a dor do desejo, pela primeira vez
na vida, e disse com um suspiro:
- Ah, seu eu fosse rico! Então não teria de ganhar a vida com suor e fadiga, como agora.
Imaginem seu espanto quando ouviu uma voz dizer: - Seu desejo foi concedido. Daqui para
frente tudo o que desejar lhe será dado, ele não sabia o queriam dizer essas palavras, até que
voltou para a sua choupana, aquela noite e, em seu lugar, encontrou uma mansão tão magnífica
quanto aquela onde estivera trabalhando. Assim o Canteiro desistiu de cortar pedras e começou a
gozar a vida dos ricos.
Certo dia, quando a tarde estava quente e úmida, aconteceu olhar pela janela e ver o rei passar
com um grande número de nobres e escravos. Ele pensou: - Como eu gostaria de ser um rei,
sentado no fresco da carruagem real! Seu desejo foi prontamente atendido e ele se viu reclinado
no conforto da carruagem real.
Mas a carruagem revelou-se mais quente do que ele esperava. Olhou pela janela e começou a
maravilhar-se com o poder do sol, cujo calor penetrava até nas grossas paredes da carruagem. -
Gostaria de ser o sol - disse para si mesmo. Mais uma vez, seu desejo foi concedido e ele se viu
enviando ondas de calor para o universo.
Durante algum tempo, tudo correu bem. Então, em um dia chuvoso, ele tentou abrir o
caminho através de uma grossa nuvem e não conseguiu. Então foi transformado em uma nuvem e
gloriou-se de seu poder de manter o sol afastado - até que se transformou em chuva e descobriu,
contrariado, uma enorme pedra que bloqueava o caminho e foi obrigado a fluir em volta dela.
- O quê? - gritou - Uma simples pedra mais poderosa que eu? Bem, então desejo ser uma
pedra. Assim, lá estava ele, altaneiro no cimo da montanha. Mal teve tempo de alegrar por seu
belo aspecto, entretanto, quando ouviu estranhos sons de martelo vindo de seus pés. Olhou para
baixo e, para a sua consternação, viu um diminuto ser humano, ocupado em cortar pedras de seus
pés.
- O quê? - gritou - Uma criatura insignificante é mais poderosa do que uma imponente pedra
como eu? Quero ser um homem! E assim descobriu que era outra vez um canteiro, subindo a
montanha para cortar pedras, ganhando a vida com suor e fadiga, mas com uma canção no
coração, porque estava contente de ser o que era e de viver com o que tinha. Nada é tão bom
quanto parece antes de o conseguirmos. (Desconheço o autor).
3. Rituais: (...) o ruído das armas que ouviste em vossa 2º Viagem representam a idade da
ambição; os combates que a sociedade é obrigada a sustentar, antes de chegar ao estado de
equilíbrio. (RA).
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(...) servi à Humanidade, afastando-vos dos turbilhões das paixões que agitam o mundo profano;
ficai estranhos às lutas das ambições, aos tumultos e às querelas dos partidos; fugi ao espírito
acunhado de seita; deixai que a obra do mal se esboroe e se extinga por sua própria nulidade.
(RC).
(...) O assassinato de Hiram Abif simboliza a pura tradição maçônica, isto é, a Virtude e a
Sabedoria, postas constantemente em perigo pela ignorância, pelo fanatismo e pela ambição dos
Maçons que não sabem compreender a finalidade da Maçonaria nem se devotar à sua Sublime
Ordem. (RM).
Finalizando: Lauro Müller, engenheiro militar, político e diplomata, nasceu em Itajaí, SC, em 8
de novembro de 1863, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de julho de 1926. Apaixonado
discípulo de Benjamin Constant, ingressou na carreira militar na província natal. Era Doutor em
Leis, título concedido pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. A sua carreira pública
começou em 1889, quando recebeu de Deodoro da Fonseca a incumbência de organizar a
província transformada em Estado de Santa Catarina. Foi depois deputado federal, senador,
ministro de Estado, empreendendo grandes reformas na pasta da Indústria, Viação e Obras
Públicas, ao tempo da presidência Rodrigues Alves. Tornou-se popular por suas importantes
obras, como a construção da Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, e os melhoramentos do
porto do Rio de Janeiro.
Quando, em 1912, faleceu o Barão do Rio Branco, coube a Lauro Müller a honra de sucedê-lo
no Ministério das Relações Exteriores, no qual se manteve até 1914, para passá-lo então às mãos
de Nilo Peçanha, nos agitados dias da Primeira Guerra Mundial. Antes de falecer, aspirava ser
Presidente da República.
Maçonaria: Em 14 de março de 1888, é iniciado maçom em uma Loja Maçônica do Grande
Oriente do Brasil onde o movimento republicano era muito forte. Em Florianópolis existe uma
Loja que lhe presta homenagem: Loja Lauro Müller Nº 7.
É dele a seguinte frase:
É a intolerância que nos desgoverna, ou venha ela do exagero partidário, ou nasça da
ambição de conservar ou adquirir o mundo. É dela que nascem os governos prepotentes e as
oposições facciosas; dois extremos que se confundem na obra comum de destruição das
liberdades políticas.
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve aos domingos.
OS MANUSCRITOS, OS CATECISMOS E OS RITUAIS NA
HISTÓRIA DA MAÇONARIA. AS ORIGENS. (PARTE 1)
*Irmão José Ronaldo Viega Alves
ronaldoviega@hotmail.com
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Oriente de S. do Livramento – RS.
“Do ‘Poema Régio’, ou o ‘Manuscrito de Haliwell’, até o Livro da
Constituição de Anderson – que também era em forma Manuscrito, se
passaram 327 anos de Maçonaria Operativa. Com falhas, com exageros –
no bojo desses Documentos, muitas verdades e muitas cerimônias foram
registradas. Cada um desses Documentos nos guardou um fiapo de
História, a origem de uma Cerimônia, de uma Palavra, de um Sinal, de
um Símbolo, etc.” (Págs. 105/106 do livro “A MAÇONARIA – Usos &
Costumes – Volume2”, de autoria do Irmão Francisco de Assis Carvalho)
INTRODUÇÃO
Quanto mais pesquisamos, sobre a Maçonaria, os seus primórdios, a sua evolução,
parece que sempre que cumprimos uma tarefa de pesquisas a respeito de um determinado tópico
escolhido, embora encontremos as respostas que buscamos, e acrescente-se, sempre em várias
versões, não chegamos ao final sem que outras tantas perguntas tenham se enfileirado ao longo
do caminho, paralelamente. O que, por um lado, dá a certeza de que nunca atingiremos a
sabedoria plena no que tange ao cabedal de conhecimentos de que a Maçonaria é possuidora, e
sobre a totalidade da sua história, onde muito deve dormir no bojo de documentos muito antigos e
que não tenham sido descobertos ainda. Isso sim é uma verdade absoluta.
No assunto escolhido, o qual, doravante trataremos, versando sobre os manuscritos,
os catecismos e os rituais, evidentemente, salta aos olhos que ele é bastante rico e extenso,
possuindo também vários desdobramentos por envolver mais de um período da história da
Maçonaria.
Como está registrado no excerto utilizado logo acima, cada um desses documentos
antigos, as ”Old Charges” guardaram fragmentos da história que perfazem centenas de anos da
própria história da Maçonaria, cerimônias, palavras, sinais, símbolos e acrescentando, de certa
forma prenunciaram os futuros rituais, objeto principal do estudo de alguns pesquisadores a
exemplo de Henry Carr, que veremos durante o desenvolvimento do presente trabalho.
Ainda, o propósito do presente trabalho então tem a ver com mostrar os detalhes
dessa história, assim como a sua evolução, onde basicamente queremos respostas para as
seguintes perguntas, em princípio: O que eram e qual o teor dos antigos manuscritos da
Maçonaria? O que eram os Catecismos? O que são os Rituais, e o que eles conservaram dos
documentos antigos, a exemplo dos catecismos? Por que somente alguns dos manuscritos, ou
“Old Charges”, continham catecismos? As respostas, basicamente, irão nos levar para, ao menos,
4 – Os Manuscritos, os Catecismos e os Rituais na História da
Maçonaria. As Origens ( Parte I) - José Ronaldo Viega Alves
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 12/39
um elo em comum com os nossos atuais Rituais. As respostas, iremos buscá-las a partir de agora,
não sem antes, começar descrevendo cada um deles, num primeiro momento para tomarmos
ciência dos seus significados: manuscritos, catecismos e rituais.
OS MANUSCRITOS OU AS “OLD CHARGES”
Essa história começa pelos manuscritos da Maçonaria Operativa, ou as “Old
Charges”.
Ao procurarmos “manuscritos” em um dicionário maçônico, vamos encontrar como
um sinônimo para esses que são os mais antigos documentos da Maçonaria, a expressão “Old
Charges”. Então, a partir de agora a palavra ‘manuscritos’ pode ser usada como “Old Charges”, e
o significado será o mesmo. Para facilitar a nossa compreensão, mencionamos de antemão, que
existe uma relação que o Irmão Francisco de Assis carvalho publicou em seu livro “A
MAÇONARIA - Usos e Costumes –Vol.2” , onde constam o nome de 136 desses manuscritos-
documentos que estão devidamente catalogados, ou seja, as “Old Charges”.
Sem entrar, por enquanto, em maiores detalhes com relação ao conteúdo de qualquer
uma delas em especial, vejamos o que diz o “Vade-Mécum Maçônico”, sobre o que são
exatamente as “Old Charges”:
“OLD CHARGES: (Antigas Obrigações) 1. É o nome dado aos manuscritos da Idade Média e da
Era de Transição , através dos quais conhecemos a Franco-Maçonaria anterior a 1717. São os
mais antigos documentos maçônicos. 2. As Old Charges apresentam-se como regulamentos,
divididos em artigos, e precedidos de uma parte histórica, de fato lendária. Anderson, aliás,
conservará essa ordem. Neles encontram-se demonstrações de Geometria, a qual é sinônimo de
arquitetura misturadas a relatos hagiográficos. O Templo de Salomão é descrito e admirado,
tudo isso misturado a considerações sobre as sete artes liberais, às duas Colunas, à Torre de
Babel, Abraão. O plano comum das Old Charges ulteriores é o seguinte: I – Uma oração
inaugural. II – Uma parte histórica. III – Uma parte deontológica, encerrada por uma oração
final. A última, é de longe a mais interessante, pertence tanto à história do trabalho quanto à
Franco-Maçonaria. Encontra-se nela um grande numero de informações sobre o cotidiano do
trabalho na Idade Média, relativa aos horários, aos salários, aos feriados. Certas disposições tem
um caráter disciplinar, e deve-se observar que as terríveis penas simbólicas prescritas pelo ritual
moderno não são mencionadas. Foram inseridas, sem sombra de dúvida, no fim do período de
transição, com um objetivo puramente psicológico. Uma disposição particularmente interessante
é a que impõe o segredo profissional, embrião do futuro segredo maçônico. Não há,
naturalmente, qualquer referência aos sinais, palavras e modos de reconhecimento. Somente no
final do séc. XVIII o simbolismo aparece com timidez, ligados ao Templo de Salomão, e somente
em pleno período da Maçonaria especulativa, apresentará o aspecto que nós conhecemos.
Convém, enfim, evitar aqui dois erros frequentes: A) O primeiro consiste em confundir a Franco-
Maçonaria operativa com a associação de operários. B) o segundo consiste em acreditar que,
com o surgimento da Franco-Maçonaria despareceu de um dia para outro, como que sob o efeito
de um golpe mortal. Duas ilhas se mantiveram à tona no séc. XVIII e até o séc. XIX. Mesmo hoje
em dia, algumas Lojas operativas sobrevivem na Escócia. Nelas só são admitidos, em princípio,
pessoas do oficio da construção. (...)”
OS CATECISMOS
Vejamos o significado correspondente ao verbete “Catecismo”, contido no “Grande
Dicionário...”, de autoria do Irmão Nicola Aslan:
“Compêndio contendo de maneira sumária, e quase sempre em forma dialogada, os ensinamentos
maçônicos, os conhecimentos do simbolismo de cada um dos Graus que compõem os Ritos da
ordem e as instruções para as liturgias.
Os catecismos foram utilizados pela Maçonaria desde antes de 1717. O mais antigo
encontra-se no Edinburgh Register House M.S., de 1696, que confirma o que está evidenciado
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no Chetwode Crawley M. S., de 1700 aproximadamente, de que as instruções do primeiro e do
segundo Grau eram, como hoje, comunicadas separadamente, naqueles tempos da Maçonaria
Operativa. No século XVIII foram publicados numerosos catecismos; hoje, o termo entrou em
desuso.”
Nas palavras do Irmão Francisco de Assis Carvalho, e do seu livro “MAÇONARIA -
Usos & Costumes-Volume 2” constam os seguintes esclarecimentos sobre os catecismos:
“Mas o que é Catecismo? - O Catecismo foi a forma ideal que a Maçonaria Primitiva encontrou
para condensar os seus Ensinamentos e transmiti-los aos seus afilhados. Essa forma ideal foi o
Sistema de Perguntas e Respostas.
E como já dissemos o mais antigo Catecismo Maçônico está embutido nos 4
manuscritos que compõem o ‘The Edinburgh Register House” , datado de 1696. Em nossos dias
os Catecismos mais conhecidos são os que estão contidos no Livro Exposure, ‘Masonry
Dissected’, de Samuel Prichard publicado num jornal profano ‘The Daily Gazete’, de Londres,
em outubro de 1730. Depois do catecismo de Prichard, os mais famosos e conhecidos são os de
William Preston, publicados em 1772. Tanto Samuel Prichard, como William Preston,
desenvolveram e estruturaram seus livros – Um Sistema de Catecismo.
O Catecismo, portanto, é o método de Ensinamento através de um processo simples
de Perguntas e Respostas.
O Ritual teve sua origem no Catecismo. Antes do Ritual, de Cerimonial Organizado,
estruturado, que conhecemos, prevaleceu, por alguns séculos, o Método de Catecismo (...).”
COMENTÁRIOS:
Antes de um primeiro contato com a história dos Rituais, e baseado no que foi
apresentado até aqui versando sobre os antigos manuscritos e os catecismos, cada um de forma
separada, agora chegou a vez de juntá-los pelo seguinte motivo. De 1696 em diante é que passa a
existir uma ocorrência maior em relação à quantidade ou produção desses manuscritos, tanto que a
partir daí são datados como Manuscritos da Casa de Edimburgo. E começam a aparecer também, a
partir dessa data, o que se convencionou chamar de Catecismos.
OS RITUAIS
Agora a definição e alguns dos comentários sobre o verbete “Ritual”, extraído
também do “Grande Dicionário...”, do Irmão Aslan:
“Enquanto o Rito é a cerimônia estabelecida pela lei, ou pelo costume, tendo um efeito religioso
ou mágico, o Ritual é um sistema de Ritos e Cerimônias. Chama-se também Ritual o livro que
indica os Ritos ou consigna as formas que se devem observar na prática de uma religião ou de
um cerimonial.
Chama-se Ritual, em Maçonaria, o livro que contém a Ordem, as fórmulas e demais
instruções necessárias para a prática uniforme e regular dos Trabalhos Maçônicos em geral.
Cada Grau tem o seu Ritual particular e também cada espécie de Cerimônia, havendo Rituais de
Iniciação, de Banquetes, de Adoção de Lowtons, de confirmação de casamento, de honras
fúnebres, etc. A adoção e aprovação dos Rituais é da alçada das autoridades superiores do Rito
de cada Corpo ou Potência jurisdicional. Diz Mackey em sua ‘Encyclopedia’:
‘O modo de abrir e fechar uma Loja, de conferir os Graus, de instalar e desempenhar outros
deveres constitui um sistema de Cerimônias chamado Ritual. Grande parte desse Ritual é
esotérica e por isso não deve ser escrita, comunicando-se por instrução oral.
Em cada jurisdição maçônica, a autoridade dirigente exige que o Ritual seja sempre
o mesmo. Difere contudo, mais ou menos, nos vários Ritos e jurisdições. Isto não afeta, porém, a
universalidade da Maçonaria. O Ritual é apenas a sua forma externa e intrínseca. A doutrina da
Maçonaria é sempre e em toda a parte o mesmo. O Ritual é somente o traje externo que cobre
este corpo e está sujeito a uma constante variação.
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Seria injusto e desejável que o Ritual fosse perfeito e igual em toda parte. Isto,
porém, é impossível, como é natural; consola-nos, todavia, que embora as Cerimônias, ou o
Ritual tenham variado em diferentes períodos nos vários países, a ciência e a filosofia, o
simbolismo e a religião da Maçonaria continuem, e hão de continuar a ser as mesmas onde quer
que a verdadeira Maçonaria seja praticada. (...)’
O Ritual Maçônico encontra-se em estado rudimentar, nas guildas e nas confrarias
dos talhadores de pedra anteriores à criação da Grande Loja de Londres, em 1717. Os Maçons
especulativos ingleses e franceses desenvolveram este legado da Maçonaria Operativa com
elementos colhidos em toda parte, mas principalmente nos Mistérios iniciáticos da antiguidade, e
no cerimonial das cortes dos príncipes da época. Ao tratar do Ritual Maçônico, Lionel Vibert
escreve:
‘Não sabemos até que ponto os operativos possuíam um Ritual; parece estabelecido que eles
nada possuíam além de um simples Cerimonial de admissão para os Aprendizes, e aquele que
empregamos em nosso dias é uma versão melhorada sob a influência dos especulativos... É
razoável supor que o nosso Ritual atual deve conservar alguma tradição, algum fragmento, do
Ritual da Maçonaria Operativa. Mas como somos incapazes de dizer o que é antigo e o que não o
é, o texto do Ritual não nos oferece nenhuma base para a dedução, qualquer que ela seja.’
E acrescenta:
‘O problema de se saber em que época exata o nosso Ritual foi constituído sob a sua forma atual
de três Graus, é uma das coisas sobre as quais as autoridades não estão de acordo até o presente.
Mas admite-se, geralmente, em todo caso, que ele tomou esta forma em um período posterior à
formação das Grandes Lojas.’
“Diz ainda Lionel Vibert que o Ritual Maçônico, segundo a forma que hoje adotamos, foi
elaborado depois de 1723. (...) Assim, no início da Maçonaria Especulativa, o Ritual das
Reuniões Maçônicas não podia ser mais simples. R. L. Forestier assim o descreve: ‘O Ritual era
o das antigas assembleias dos Freemasons profissionais. Os maçons reuniam-se em local
separado de uma taverna sob a presidência do Mestre da loja assistido por dois Vigilantes.
Vestiam-se de um Avental de pele branca e recitavam um diálogo por perguntas e respostas
estereotipadas de que se serviam os talhadores de pedra para trolhar os Companheiros estranhos
à Loja. Um banquete terminava a assembleia. Quando se procedia a uma admissão, o
recipiendário era revestido do Avental profissional, liam-se-lhe as ‘Constituições’, e
comunicavam-lhe os Sinais de reconhecimento. A seguir, de acordo com os antigos usos, oferecia
ele aos membros da Loja, luvas e também para as suas mulheres e pagava as despesas de uma
refeição.’
A forma de abrir e fechar os trabalhos maçônicos assume a forma de um diálogo
com a repetição de certos fatos relativos à Ordem e termina por uma invocação. ‘Nas religiões
antigas, afirma Lionel Vibert, e modernas, os diálogos Rituais produzem-se muitas vezes.’ É
certo, porém, que somente dez anos depois do se nascimento para a sua forma especulativa, é que
a Maçonaria possuiu um Ritual detalhado e fixo.(...)
Na revista The Freemason de 27-10-1934, Fred T. Cramphorn escrevia um artigo
sobre o Ritual em que dizia que a origem dos Rituais Maçônicos, ou melhor, a sua cristalização
realizada na Inglaterra, data do período compreendido entre os anos 1717 e 1730, e que as
influências internas do Ritual remontam, em primeiro lugar, à Bíblia, da qual se inspiraram
muito amplamente os antigos Maçons.
Os costumes sociais do século XVIII impuseram-se ao modelarem-se as Lojas sobre
os clubes da época. A Renascença trouxe o seu humanitarismo, a volta das ordens arquitetônicas
e do setenário das artes liberais. A Idade Média transmitiu as ‘constituições’ redigidas sobre
pergaminho e fórmulas Rituais em linguagem ritmada que se impõe à memória. Sobrevivências
de um longínquo passado não poderiam ser menosprezadas.
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Estas influências amalgamaram-se em um texto impressionante, de estilo arcaico, ao
qual a piedade proíbe de tocar. Disto resulta, a despeito de todas as vicissitudes, de erros, de
anacronismo, de compromissos e de equívocos, que a fascinação persiste. Deve ser posta a
serviço de uma Maçonaria viva em perpétuo desenvolvimento. Os que amam a Instituição tem o
dever de contribuir ao seu crescimento espiritual, para que possa exercer uma influência decisiva
sobre os maçons e, por eles, sobre o mundo inteiro.”
COMENTÁRIOS:
É possível supormos então, que o Ritual, tal como o conhecemos hoje, é um produto
da Maçonaria em sua fase Especulativa, pois, conforme as opiniões dos estudiosos seria muito
difícil de avaliar a questão, em se considerando aqueles que seriam os seus protótipos durante o
período da Maçonaria Operativa, e poder separar ou descobrir o que de fato permaneceu daquilo,
assim como, a partir de quando exatamente teria assumido esse formato dos três Rituais para os
três Graus da Maçonaria Simbólica, tal como os conhecemos hoje.
AS ORIGENS
O Irmão Henry Carr é um pesquisador do qual já tivemos a oportunidade de lermos
alguns excertos das suas publicações em meus trabalhos anteriores. O Irmão Henry Carr foi Past
Master e secretário da renomada Loja de pesquisas Quatuor Coronati Lodge nº 2076, e tem muitas
das suas pesquisas traduzidas no Brasil pelo Irmão José Filardo.
Uma das suas pesquisas, diz respeito ao ritual maçônico, e foi publicada com o título
de “Seis Séculos de Ritual Maçônico”, da qual vou sintetizar uma parte do seu conteúdo,
adaptando-a de certa forma, para que possamos entender a evolução das cerimônias maçônicas, os
passos que tinham de ser seguidos, a sequência toda do processo de admissão, e onde, aos poucos
vai se delineando a necessidade e até a urgência de que isso seja gravado ou registrado, para
facilitar a sua utilização em outra ocasião. Então, uma admissão, feita naquela época,
evidentemente, começava a delinear o que seriam os primórdios do futuro ritual.
O Irmão Henry Carr, diz que tudo começou mesmo em Londres em 1356, por ocasião
de uma briga entre os canteiros (cortadores de pedra) e os pedreiros (assentadores e alinhadores,
ou seja, aqueles que erguiam as paredes).
Ocorreu que, após essa briga, 12 mestres pedreiros qualificados dirigiram-se à
Prefeitura em Guidhall, em Londres, e com a devida permissão elaboraram um código de regras
da atividade exercida por eles, tudo de maneira muito simples. O documento existe até hoje e, na
sua abertura está dito que aqueles homens tinham se reunido pelo fato de que sua atividade até
aquela data não havia sido ainda regulamentada a exemplo de outras, e que, no documento daria a
garantia oficial de que aquela era a primeira tentativa de organizar aqueles pedreiros. Com o
passar dos anos, aquela organização tornou-se a London Mason Company, a primeira guilda de
pedreiros e uma das ancestrais diretas da nossa atual Maçonaria.
Uma regra de importância fundamental constava naquele documento e dizia assim:
“Que cada homem do comércio pode trabalhar em qualquer trabalho relacionado com a atividade
se ele estiver perfeitamente qualificado e formado na mesma.”
Bem, estamos em Londres, na Inglaterra, e acabamos de resumir o que foi a história
da criação da primeira guilda. E a primeira Loja?
Para se começar não se tem registros da fundação das primeiras Lojas operativas.
Sigamos acompanhando a história das guildas...
A guilda foi logo adquirindo sua importância: ajudava na gestão dos assuntos
municipais, pois naquela época, a partir de 1376, cada uma das atividades profissionais elegeu
dois representantes, sendo que estes se tornavam membros do Conselho Comum, e formavam
assim o governo da cidade. O trabalho dos pedreiros não estava afeto unicamente à cidade, na
realidade, trabalhavam mais fora, ou seja, em castelos, abadias, mosteiros, enfim, naqueles que
eram considerados os grandes trabalhos de construção.
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O Irmão Henry Carr supõe que nesses lugares onde inexistia algum tipo de
organização profissional, onde os pedreiros ficavam por anos a fio, então, eles organizavam-se em
lojas, em princípio como que imitando as guildas, de maneira a manter alguma forma de
autogoverno no trabalho, já que, se encontravam afastados qualquer outra forma de controle da
sua atividade.
A informação primeira que se tem sobre lojas vem por intermédio dos documentos
conhecidos como "Antigas Obrigações” ou “Old Charges”. O primeiro, ou o mais antigo deles, é o
“Manuscrito Régio” (1390), seguido do Manuscrito de Cooke (1410), do Manuscrito da Grande
Loja nº 1” (1583), do Manuscrito Kilwinning (1665), até atingirmos a quantidade aquela já
mencionada anteriormente que fica próxima dos 140 documentos. Os conteúdos deles se parecem,
mesmo o do Manuscrito Régio que é feito em versos rimados. Começam com uma oração na
abertura, que é cristã e trinitária, a seguir vem uma história do ofício, onde remonta aos tempos
bíblicos, aos lugares bíblicos, sendo que a partir daí se dissemina pela Europa, chega à França e
finalmente ganha a Inglaterra. O Irmão Henry Carr opina a respeito dessa história dizendo que
ela é extremamente ruim e que qualquer professor de história cairia morto se desafiado a prová-la,
no entanto, os pedreiros acreditaram nela. Ainda, depois da história vem os regulamentos, as
Obrigações efetivas, destinadas aos mestres, Companheiros e aprendizes, inclusas regras de
comportamento moral e ponto final. Com muito poucas variações entre elas, há efetivamente um
padrão.
A partir do momento em que o estudo que se quer empreender sobre as “Antigas
Obrigações” seja feito em se considerando uma coleção torna-se possível reconstituir o esboço,
por exemplo, da cerimônia de admissão daquela época.
Naqueles tempos saber ler era uma exceção, e conforme o Irmão Henry Carr essa
cerimônia começava com uma abertura seguida de uma ‘leitura’ da história, até porque muitos
documentos que vieram depois fazem alusão a esta ‘leitura’. Ler o texto integral, mesmo para
quem soubesse ler, levaria tempo demais, portanto, o mais provável é que selecionassem algumas
passagens específicas da história, as quais aprendiam de cor e nessas ocasiões recitavam-nas de
memória. Daí encontrar-se a instrução, que aparece em quase todos os documentos, normalmente
em latim e que diz: ‘Então um dos anciãos segura um livro (às vezes ‘o livro”, por vezes, a
‘Bíblia” e às vezes a ‘Bíblia Sagrada’) e ele ou eles que devem ser admitidos colocarão sua mão
sobre ele, e as seguintes Obrigações serão lidas.’ A partir daí, era lidos os regulamento ao
candidato e ele fazia o juramento de fidelidade ao rei, ao Mestre e ao ofício (maçonaria), alem de
jurar que obedeceria a esses regulamentos e que nunca levaria vergonha à Maçonaria. Era uma
derivação do juramento da guilda, sem maiores delongas, sem penalidades, simples até.
Instituída a prática, o juramento passa a ser o coração e medula da cerimônia, tanto
que o Manuscrito Régio, o primeiro dos documentos sobreviventes já dá toda uma ênfase e
importância que o juramento merece. O juramento ou obrigação torna-se a chave que irá abrir as
portas da Maçonaria.
O ano de 1356 é considerado o começo da organização do que é a Maçonaria na Grã-
Bretanha e daquilo que pode ser provado efetivamente, embora se remontarmos à arte da
construção, propriamente dita, tenha começado bem antes. Já, o ano de 1390 é o das primeiras
evidências sobre o que seja uma cerimônia de admissão na Maçonaria.
Outra coisa importante: os documentos da época não mencionam que existia somente
um Grau, eles simplesmente indicam uma cerimônia, e nesse ponto o Irmão Henry Carr diz
acreditar que a cerimônia não era para o aprendiz, mas, para aquele que estava totalmente
treinado, o companheiro. E por quer isso? Porque o aprendiz era considerado um ativo do seu
Mestre, uma propriedade, alguém que poderia ser comprado ou vendido, a exemplo de qualquer
outro equipamento. Um aprendiz não possuía status.
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Somente a partir de 1500 é que a situação começa a mudar: leis trabalhistas começam
a reconhecer o aprendiz, que aliadas aos estatutos de trabalho passam a assegurar-lhe o status.
Do ano de 1598 em diante conservam-se duas atas que provam que as Lojas
escocesas estavam praticando dois graus, antes, não há evidências.
O MANUSCRITO HARLEIAN
O que tem de especial o Harleian? Bem, há uma nota em anexo, com a mesma
caligrafia do manuscrito, que apresenta uma nova versão para o juramento do maçom, e que traz
consigo mudanças em relação às formas anteriores de juramento. Ela diz: “Há palavras e sinais
de um pedreiro livre a serem reveladas a você que você responderá: diante de Deus, no Grande
& Terrível dia de Julgamento você mantém segredo e não revela o mesmo aos ouvidos de
qualquer pessoa, a não ser aos Mestres e companheiros da referida Sociedade de Maçons Livres,
assim Deus me ajude.”
Há que se atentar para “palavras e sinais”, o que denota plural e mais de um grau.
Então, há um indício aí de que houve uma expansão das cerimônias em mais de um grau. É
possível supor que essas cerimônias estivessem assumindo já alguma coisa do seu caráter
moderno.
COMENTÁRIOS:
A título de esclarecimento, também, na relação das “Old Charges” do Irmão
Francisco de Assis Carvalho, este manuscrito tem como a data da sua origem, o ano de 1670. No
entanto, o Irmão Henry Carr fala em seu texto referindo-se ao manuscrito Harleian nº 2054,
datado de cerca de 1650. Recorrendo novamente e efetuando novas pesquisas no livro do Irmão
Assis Carvalho é possível detectar a presença de dois manuscritos Harleian: o manuscrito de
Harleian 1670, e o manuscrito de Harleian nº 2054 de 1686. Nenhum deles, no entanto, é datado
de 1650, como o Irmão Henry Carr registrou. Mas, a partir do momento que o Irmão Henry Carr
diz que detalhes maiores das cerimônias (envolvendo mais de um grau) somente serão
encontrados no final dos anos 1600, esta pequena discrepância de datas não prejudica em nada.
A HISTÓRIA DO PRIMEIRO RITUAL PARA DOIS GRAUS
Ainda de acordo como Irmão Henry Carr, o primeiro indício que se possui, reside
num documento datado de 1696 e conhecido como o Manuscrito Edinburgh Register House, e que
leva esse nome porque foi encontrado no Cartório de Registro Público de Edinburgh.
Uma parte do texto é intitulada “The Forme of Giving The Mason Ward” (A Forma
de dar a Palavra do Maçom), e que seria a mesma coisa que referir-se à forma de iniciar um
Maçom. Começa com a cerimônia que transforma o Aprendiz (o que ocorre após um período de
mais ou menos três anos e meio a partir do momento que foi empregado), e que segue com a
cerimônia para a admissão do mestre maçom ou companheiro, título então, que correspondia ao
segundo grau.
São descritos alguns dos passos da cerimônia: o candidato “era colocado de
joelhos”, “depois de um grande número de cerimônias para assustá-lo”, ele tomava o livro e fazia
o juramento de joelhos, então. Essa é a versão que de mais antiga existe da cerimônia e do
juramento de um Maçom, que o Irmão Henry Carr descreve assim: “Pelo próprio Deus e você
responderá a Deus quando você estiver nu diante dele, no grande dia, que você não revelará
qualquer parte do que você ouvir ou ver, neste momento, seja por palavra escrita, nem colocará
por escrito em momento algum nem desenhará com a ponta de uma espada, ou qualquer outro
instrumento sobre a neve ou a areia, nem você falará sobre isso, a não ser com um maçom
iniciado, assim Deus lhe ajude.” O fato é que não havia penalidade nesse compromisso, o que
havia era a obrigação de manter o segredo.
Após, o candidato era levado para fora pelo candidato que havia sido iniciado
anteriormente, onde lhe era ensinado o sinal, as posturas e palavras de entrada. Na volta, depois de
uma mesura, o candidato dava as palavras de entrada, incluídas aí uma saudação ao mestre e aos
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irmãos, e terminava dizendo as seguintes palavras: “sob não menos dor do que cortar minha
garganta”, que uma ao pé do texto se refere a ter de fazer o sinal quando isto era pronunciado.
Esse documento registra a primeira aparição do sinal de um aprendiz-maçom.
O Irmão Henry Carr dá um lembrete que é digno de reproduzir, pois, insere-nos de
vez naquela realidade, e permite que façamos algumas comparações importantes se assim
quisermos:
“Agora Irmãos, esqueçam tudo sobre suas Lojas lindamente decoradas; eu estou falando de
Maçonaria Operativa, quando a Loja era ou uma pequena sala na parte de trás de uma taverna,
ou em cima de uma taverna, ou então um galpão ligado a um grande trabalho de construção, e se
houvesse uma dúzia de pedreiros lá, teria sido um bom quórum.“
Voltando ao tema principal. Depois do sinal, o candidato era levado até ao Mestre. O
instrutor sussurra a palavra ao ouvido do seu vizinho que a sussurra para o homem seguinte e
assim por diante até chegar ao Mestre, que dará a palavra ao candidato. Há outra nota de rodapé
que diz que não era uma palavra, mas duas: B e J, para o aprendiz maçom. Assunto para ser
considerado quando for estudada a evolução dos três graus. Dois pilares para o aprendiz maçom,
isso era tudo do trabalho em Loja. Havia ainda um conjunto de perguntas e respostas simples que
tinha o título de: “ALGUMAS PERGUNTAS QUE MAÇONS COSTUMAM FAZER ÀQUELES
QUE TEM A PALAVRA, ANTES QUE ELES O RECONHEÇAM”. Estavam inclusas
algumas perguntas para testar aquele que fosse estranho à Loja, procedimento que era realizado
do lado de fora. Este texto é a primeira e mais antiga versão do catecismo maçônico. Eram na
totalidade 15 perguntas a serem feitas, sendo que aqui estão algumas delas: “Você é um pedreiro?
Como posso saber? Onde você ingressou? O que faz uma Loja verdadeira e perfeita? Onde era a
primeira Loja? Existem luzes em sua loja? Existem joias em sua loja?
Como bem se refere o Irmão Henry Carr: Esses foram os primeiros começos fracos
do simbolismo maçônico. É incrível o quão pouco havia no início. 15 perguntas e respostas que
deviam ser respondidas pelo candidato, que não tinha tido tempo para aprender as respostas. Essa
era a cerimônia de aprendiz maçom em sua totalidade.
*** No próximo capítulo teremos a continuidade da matéria que trata da evolução dos
Rituais Maçônicos, depois de ter acompanhado um pouco da história dos manuscritos mais
antigos conhecidos como “Old Charges”, dos catecismos a partir do momento em que
passaram a estar embutidos nesse manuscritos. Veremos ainda na sequência a história do
catecismo “A Maçonaria Dissecada” de Prichard, pivô de grandes transformações que
ocorreram a partir daí na Maçonaria, e veremos também a verdade sobre Elias Ashmole e a
criação de rituais.
Consultas Bibliográficas:
Internet:
“Seis Séculos de Ritual Maçônico”, artigo de autoria do Irmão Henry Carr. Tradução do Irmão José
Filardo. Disponível em: https://bibliot3ca.wordpress.com
Livros:
ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” Volume 1 – 3ª Edição –
Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2012
ASSIS CARVALHO, Francisco de. “A MAÇONARIA – Usos & Costumes – Volume 2 – CADERNOS DE
ESTUDOS MAÇÔNICOS” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 1995
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite – Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e
Editora Ltda. 2ª Edição – 2008
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O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
Sou um maçom repleto de grandes dúvidas existenciais. Em relação às religiões, filosofia,
história e à própria doutrina maçônica, o meu pensamento é livre de quaisquer dogmas ou
tendências.
Mas mesmo assim procuro… Procuro e nem sempre acho as explicações que necessito.
Sempre me imponho inúmeras objeções, produzo muitas perguntas tentando provar o
contrário, até exaurir todas as possibilidades, reviro uma teoria ao avesso, não aceitando o
que não passar pelo meu cuidadoso crivo intelectual, e pela experiência vivida.
Prefiro as várias verdades, misturando-se as doutrinas e usufruir exaurindo tudo o que
interessa já que a Ordem permite pelo ecletismo que isto aconteça, me detendo
especialmente nas incongruências, nos paradoxos, nas contradições e na relatividade geral
de tudo que me cerca. Sou muito mais documental que místico.
Como vivo num mundo complexo e estranho, não aceito explicações simples, a não ser que
realmente sejam simples quando sabemos que na maioria das vezes, as explicações são de
fachada para se explicar algo que não se tenha explicação transparente e coerente.
5 – Sou um Maçom...
Hercule Spoladore
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Não sou fanático por coisa alguma. Tenho mais perguntas a fazer que respostas a dar.
Moro num país de contradições, no qual a República foi proclamada por um marechal,
maçom e monarquista, e que estava doente, onde até hoje existem muitas mentiras e muitas
meias verdades.
Sobram poucas verdades puras. E esta República até a presente data não se assumiu como
tal, pois ainda existe o privilégio de cor, raça, sexo, latifúndio e o poder sempre está nas
mãos de uns poucos onde grassa a corrupção a violência e outros males que tanto intimidam
os bons cidadãos.
Isto não se enquadra na “res publica” idealizada por Cícero e tão sonhada pelo grupo de
idealistas republicanos de 1870.
Adepto da democracia, da igualdade total dos cidadãos em deveres e direitos. Assim
também atuo na Ordem. Por isso, não aceito a ucasse que como sabemos são decisões
contaminadas por absolutismo intolerante, por sinal muito usado pelos chefes das Potências
em função da “síndrome do poder” que, infelizmente costuma contaminar a maioria dos
mandatários da Maçonaria brasileira.
No passado do meu presente, tenho saudades de um tempo que não vivi, aquele do “maçom
livre em loja livre” onde era eleito venerável o homem mais bom, mais sábio, e o mais
competente do grêmio. Que pena que acabou esta linda fase da Maçonaria. Naquele tempo
os maçons eram mais felizes.
Sou um teísta que crê na imortalidade da alma, e que as vezes tem uma compulsão para ser
um deísta, tendo repentes de pensamento num Deus mais racionalista porém, acabo sempre
me socorrendo no meu Deus pessoal mas, paro por aí. Prefiro acertar minhas dúvidas e
súplicas espirituais diretamente com o Grande Arquiteto do Universo, sem necessariamente
apelar a ele através dos intermediários, criados pela mente humana através das religiões, já
que estas iludem o homem com promessas impossíveis, atendendo-os de forma enganosa e
manipulada, justamente usando o seu desamparo e medo da eternidade.
Aceito os chamados Livros Sagrados religiosos como códigos de moral de um povo
monoteísta ou politeísta e não como sendo atribuídos às Divindades, ditados aos homens
conforme as religiões fazem com que a maior parte da humanidade acredite. E esta minha
postura é tranquila e está voltada também com todo o respeito e consideração aos que
pensam diferente de mim. Afinal, porque se fala tanto no número dois, número dos opostos,
o número da Dialética?
Gosto de lutar contra falsos mitos. Sofro muito na Ordem por causa desta tendência.
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O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve aos domingos
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
MAÇONARIA- A CABALA DO OCIDENTE
Alguns dos precursores da Cabala, segundo os estudiosos desse sistema, foram os
profetas Ezequiel e Daniel, cujas visões, extremamente difíceis de serem
explicadas em linguagem comum, só podem ser estudadas e entendidas
por quem domina o arsenal do simbolismo cabalístico. Essas visões
constituem a chamada Mercabah, uma escola de interpretação cabalística
que estuda o fenômeno luminoso como fonte de toda a vida do universo e
procura explicar como ele nasceu, se desenvolve e encontrará o seu apocalipse. É própria
escatologia universal contida em uma única visão, como mais tarde o escritor argentino
Jorge Luis Borges descreverá em seu famoso conto “O Aleph”.1
É fato que tais visões guardam relação com os momentos históricos vividos pelos
israelitas e refletem os próprios sentimentos, temores e esperanças acalentadas por esse
povo, em sua extraordinária saga.2
Mostram também a existência de uma tradição muito em
voga entre as antigas civilizações, de retratar os seus estados interiores através de
complicadas visões gestaltianas, intraduzíveis nos sistemas de linguagem antigos.3
Como explica Northrop Frye em sua obra, “há, no Velho Testamento, uma concepção de
linguagem que é poética e “hieroglífica”, não no sentido de uma escrita de sinais, mas no
sentido de se usarem as palavras como um tipo particular de sinal.”4
Quer dizer, há, na
1
A Mercabah se refere principalmente á visão do profeta Ezequiel, citada em Ezequiel, 1:4,28. Ela constitui uma escola de interpretação
da Bíblia pela ótica cabalística, que vê nessa visão do profeta uma metáfora bastante eloquente do nascimento, desenvolvimento e fim
do universo. Uma visão escatológica completa, portanto.
2
Na imagem a Visão da Mercabah, ou visão de Ezequiel.
3
Gestalt é a doutrina que ensina que a soma das propriedades de um objeto formado em nossa mente é mais do que ele realmente é,
pois a mente acrescenta ao objeto outras propriedades que ela “acha” que o objeto tem. Exemplo disso é uma nuvem no céu, que
olhada por diferentes pessoas pode assumir formas totalmente diversas na mente de cada observador.
4
Northrop Frye- O Código dos Códigos, Ed. Boittempo, São Paulo, 2004.
6 – Maçonaria - A Cabala do Ocidente
João Anatalino Rodrigues
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 22/39
própria Bíblia, uma visão semiótica toda particular que nos sugere diferentes interpretações
para uma mesma palavra, ou de uma frase, que não podem ser conformadas em um único
significado.
Destarte, muitas palavras, que na linguagem comum significam uma coisa, na linguagem
usada pelos autores desses antigos textos significam coisas muito diferentes, que só podem
ser devidamente descodificadas se postas no exato contexto em que viveram os seus autores
e recenseadas as suas relações de sentimento e interação com o ambiente e os
acontecimentos que fizeram parte da experiência que eles relatam. Referindo-se ainda ao
estudo do autor acima citado, verifica-se que nas sociedades antigas há uma interação mais
estreita entre o sujeito e o objeto, no sentido de que a ênfase do sentimento experimentado
pela pessoa recai mais sobre a relação que a liga ao ambiente do que na própria observação
do sentimento em si, coisa que só começou a acontecer depois da experiência grega. Essa
característica do pensamento antigo também foi explorada por James Frazer em seu estudo
sobre as tradições dos antigos povos, quando se refere ao sentimento do homem primitivo
em relação aos seus deuses. É uma relação de simbiose, no sentido de que o homem
primitivo não possui um “self” bem desenvolvido, ou seja, um sentimento de si mesmo,
independente da divindade que ele cultua. Essa noção, como bem viu esse autor, só seria
desenvolvida mais tarde, já nos tempos históricos, pelos gregos, com a cultura do
pensamento filosófico. 5
É nesse sentido que Frye explica o fato de que “muitas sociedades primitivas possuem
palavras que expressam essa energia comum á personalidade humana e á natureza
circundante e que são intraduzíveis em nossas categorias e correntes de pensamento.(...) A
articulação das palavras pode dar corpo à este poder comum; daí emana uma forma de
magia, em que os elementos verbais, como fórmulas de “feitiço” ou encantamento, ou
coisas parecidas, ocupam um papel central. Um corolário desse princípio é o de que pode
haver magia em qualquer uso que se faça das palavras. Em tal contexto, as palavras são
forças dinâmicas, são palavras de poder.6
O autor em questão cita, á guisa de exemplo, a palavra maná, ou mana, que em Êxodo,
16, aparece como sendo uma espécie de pão que Jeová faz cair do céu para alimentar o
faminto povo de Israel no deserto. Essa palavra (man, maná, manes, em várias línguas
antigas), refere-se á uma força, ou energia, que se encontra concentrada em objetos ou
pessoas e que pode ser adquirida, conferida ou herdada. Na mitologia romana, por exemplo,
esse termo conecta-se com o termo “manes”, palavra que designa a influência que os
ancestrais mortos podiam exercer sobre os vivos. No Egito antigo falava-se de Menes, que
segundo a tradição teria sido o primeiro rei da unificada nação egípcia. Os historiadores
suspeitam, no entanto, que esse Menes está conectado com a lenda de Osíris, o deus que
teria instituído a civilização entre os egípcios, sendo, portanto, a representação de uma
força natural, ligada á importância que o sol, ou o rio Nilo, tinha para esse povo, e não á um
personagem histórico.
5
Sir James Frazer, “ O Ramo de Ouro”- Zahar Editores, São Paulo, 1982.
6
Northrop Frye, O Código dos Códigos- citado, pg. 27. Quer dizer, o homem só tomou consciência de si mesmo a partir do momento
em que começou a refletir sobre o seu próprio ser. Esse momento, que ocorreu com a civilização grega, pode ser expresso na frase de
Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”.
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 23/39
Criam-se, dessa forma, insuspeitadas relações simbólicas, que se hospedam no
inconsciente coletivo da humanidade e são passadas de geração á geração, dando formato á
crenças, valores e costumes, os quais, no contexto geral da cultura humana podem explicar
muita coisa que de outra maneira ficariam para sempre catalogadas como meras
superstições.7
Por isso o discurso cabalista sempre termina com uma exortação que mais parece ter sido
tirada de uma dissertação gestaltiana. É mais ou menos algo assim. Quando se revela o que
está oculto, então não está mais oculto. Ou então o que foi revelado, se pode ser contestado,
é uma grosseira farsa. A Cabala não pretende revelar nada. Apenas refere o que as pessoas
sentem e veem. E o que elas sentem e veem pode ser apenas a visão que elas têm, moldada
pelos próprios sentimentos, que afinal podem não ter nada a ver com a verdade que se
esconde atrás dos símbolos, das imagens e jogos de palavras que a linguagem cabalística
usa. O segredo não está na forma e no significado que o símbolo parece indicar, mas no
sentimento que ele inspira. Pois todo símbolo carrega em si um elemento arquétipico que,
com maior ou menor força, acaba moldando as nossas crenças.
A Cabala, portanto, é uma forma de Gestalt, ou seja, uma forma de ver o mundo e
explicá-lo a partir de um simbolismo todo particular. Reflete o pensamento dos escritores e
comentadores da Bíblia, que intuem nas estranhas visões dos profetas bíblicos uma
descrição dos planos de Deus para a construção do edifício universal.
Essa é a visão que interessa á Maçonaria, tradição que integra em sua mística a ideia que
o universo é pensado por um Grande Arquiteto e construído pela ação de seus mestres, os
arcanjos, e pedreiros, os homens. E escudada nessa visão, desenvolveu um sistema de
pensamento e uma prática de vida que vêm deixando indeléveis marcas na história da
humanidade. Pela semelhança de seus objetivos e pela visão mística e conceitual que ela
tem do mundo, podemos dizer que a Maçonaria é a Cabala do Ocidente.
Alfabeto maçônico Alfabeto cabalístico
7
Idem, op citado, pg. 28.
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 24/39
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
07.04.1997 Expedicionário Nilson Vasco Gondin Florianópolis
12.04.1997 Lara Ribas Florianópolis
21.04.1979 Colunas do Imbé Imbituba
26.04.1979 Duque de Caxias Florianópolis
28.04.1990 Luz do Vale Rio do Sul
28.04.2008 Consensio Içara
Data Nome da Loja Oriente
02.04.2013 Sol do Oriente nr. 107 Balneário do Rincão
05.04.1983 Acácia Negra nr. 35 Mafra
08.04.2015 São Miguel da Terra Firme nr. 110 Biguaçú
09.04.1952 Fraternidade Tubaronense nr. 09 Tubarão
14.04.1956 Mozart nr. 08 Joinville
14.04.2014 Amadeus Mozart nr. 108 Joinville
15.04.2007 Acácia Riosulense nr. 95 Rio do Sul
18.04.1997 Padre Roma nr. 16 São José
21.04.1982 Inconfidência de Concórdia nr. 27 Concórdia
24.04.2001 Liberdade e Harmonia nr. 81 Florianópolis
7 – DESTAQUES JB
Resenha Geral
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de abril
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 25/39
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
02.04.1860 Regeneração Catarinense - 0138 Florianópolis
03.04.1998 Pedra Da Fraternidade - 3149 Itapoá
04.04.1974 Hermann Blumenau - 1896 Blumenau
12.04.1973 Plácido O De Oliveira 2385 Rio do Sul
19.04.1996 Universo Da Arte Real - 2947 Penha
23.04.2012 Ética E Justiça Florianópolis
24.04.1995 Estrela Da Harmonia -2868 Criciúma
25.04.2003 Laelia Purpurata - 3496 Camboriú
28.04.2003 Harmonia E Fraternidade -3490 Florianópolis
Consistorio dos Príncipes do Real Segredo
Xaver Arp Drolshagen – Administração 2016
A Sessão do dia 09.04.2016 terá a seguinte ordem do dia:
- Posse da Administração 2016
- Iniciação Grau 31
- Síntese do Grau 31 proferida pelo Irmão Geraldo Morgado Fagundes
- -Temas para trabalho de Grau
Após a Sessão realizaremos almoço na CW Espaço Gourmet.
Segue em anexo, arquivo contendo o Programa de Trabalho do Consistório para
o ano de 2016, sendo que serão realizadas mais 4 Sessões e 2 Investiduras, conforme
calendário de atividades e solicitação dos Trabalhos dos Graus 31 e 32.
Conto com a participação do Irmão para a Sessão do dia 09.04.2016.
Fraternalmente
Adairso Laerte Nienkoetter
Presidente do Consistório dos Príncipes
do Real Segredo Xaver Arp Drolhshagen.
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 26/39
A Homenagem ao Irmão Gilberto Graff
A Loja Universo II nr. 57 promoveu na noite de sexta-feira, Sessão
Branca Especial em homenagem ao Irmão Gilberto José Graff, em razão
de sua transferência para a Loja Rei David nr. 58, também
jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina e que trabalha
semanalmente nas tardes de quarta-feira, das 16h00 às 18h00.
Foram 22 anos dedicados à Loja Universo, recebendo uma justa
homenagem por esse largo tempo dedicado ao engrandecimento da Loja
Universo nr. 57 e à Maçonaria Universal.
O Mestre Instalado Gilberto Graff, ocupou diversos cargos na própria
Loja Universo nr. 57 e na Grande Loja de Santa Catarina, sendo
atualmente o seu Grande Instrutor Litúrgico.
Na sessão, falaram os irmãos Juarez Fonseca de Medeiros, Venerável Mestre da Loja
Templários da Nova Era, Irmão Nedel Camargo, Venerável Mestre da Loja Rei David nr.
58, Irmão Flávio Graff, Deputado do Grão-Mestre da GLSC e filho do homenageado, sra.
Marli Graff, esposa do homenageado, o próprio Gilberto José Graff e o Sereníssimo Grão-
Mestre, Ir João Eduardo Berbigier.
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 27/39
A Sessão foi presidida pelo Venerável Mestre, Irmão Altani Luiz de Oliveira Gonçalves. O
Ir Gilberto Graff foi agraciado com uma vistosa placa de agradecimento pelos seus
serviços prestados à Loja e a cunhada Marli com um belo ramo de flores.
Foi uma sessão de uma justa homenagem prestada a um grande Homem, a um grande Chefe
de Família e a um grande Maçom.
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 28/39
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 29/39
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 30/39
Loja Adonay Barbosa dos Santos (GLEAC)
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 31/39
A Loja Adonay Barbosa dos Santos nr. 11, de Rio Branco, jurisdicionada à Grande
Loja do Estado do Acre,: realizou na noite da última sexta-feira, pela passagem dos seus
20 anos de fundação, Jantar Ritualístico que contou com a participação do Grão-Mestre
Fernando Zamora, do Grão-Mestre Adjunto Valmiki Silva, além de todas as lojas co-
irmãs da GLEAC e comitiva do Grande Oriente do Brasil.
Veja os registros fotográficos:
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 32/39
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 33/39
O Niver do Irmão Borbinha
Neste sábado (2), o Irmão Roberto Borba, Venerável Mestre da Loja Lara Ribas nr. 66
(GOSC), conhecido carinhosamente como Irmão Borbinha, correspondente do JB News,
festejou mais uma data natalícia em sua residência balneária localizada na Praia dos
Sonhos, na Grande Florianópolis. Irmãos das três Potências, levaram o seu abraço a esse
grande ser humano, que nos recebeu com uma saborosíssima costela preparada por ele e
alguns manos voluntários.
Parabéns Irmão Borbinha. Muita saúde, harmonia, sucesso e vida longa.
Irmãos das três Potências que foram levar o abraço ao Irmão Borbinha
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 34/39
Veneráveis Mestres das Lojas Templários da Nova Era , Irmão Juarez
e da Loja Lara Ribas, Irmão Borbinha
O aniversariante, Irmão Borbinha
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 35/39
Equipe de peso do JB News reunida:
Os correspondentes irmãos Borbinha, Valbério e Fernando, com o editor
Veja os demais registros fotográficos. (O aniversariante Borbinha
não trabalhou. As fotos foram produzidas pelos demais
correspondentes, Valbério e Fernando)
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/BorbinhaRobero
BorbaAniversario?authkey=Gv1sRgCJCyhomqpYWF1AE
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 36/39
Gravura de uma sessão maçônica de 1790 (Londres)
Esta veio de Paris.... beleza, heim?
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 37/39
( Merci mon frère Jacques. Un bon week-end)
Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 – Não é conversa de pescador. Veja o tucunaré gigante:
Tucunare_gigante_.WMV
2 – Fotos inéditas da 2ª. Guerra Mundial:
https://www.youtube.com/watch?v=21bgiu5ddq4
3 – os 7 animais mais fortes do mundo:
https://www.youtube.com/watch?v=Juwn7P3ueLY
4 – Ver-opeso – Belém do Pará
https://www.youtube.com/watch?v=20lytfWPR94
5 – João Pessoa:
https://www.youtube.com/watch?v=iIZuTimMhvo
6 – Curso filosófico das iniciações antigas e modernas:
Ragon-J-M-Curso-Filosofico-de-Las-Iniciaciones.pdf
7 – Filme do dia: (O Grande Mestre) – dublado
https://www.youtube.com/watch?v=S8V3HD6ErNE
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 38/39
O Irmão e poeta Sinval Santos
da Silveira *
escreve aos domingos no
“Fechando a Cortina”
Escutei a voz da minh´alma, a perguntar
por ti.
Entre soluços e prantos, desfigurada pela
saudade, e numa súplica ao meu coração,
desabafou :
" Perdeste a visão do universo.
O teu amor próprio te feriu de morte,
turvando o cristalino dos teus olhos.
Saibas que os sentimentos não
JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 39/39
precisam de olhos para enxergar.
São o teu sexto sentido.
Estes, não conseguirás matar, estão
protegidos por tua alma, tua essência...
Quero te devolver a vida e a felicidade,
através do amor que deixaste partir.
Sempre haverá tempo para os que
amam...
Esqueça o que passou.
As mágoas só existem para ti, e o
coração aguarda o perdão."
Perdi a alegria e a confiança, mas
ainda alimento a esperança, de um
novo amor encontrar !
Caminho pelas estradas sem fim, cruzo
as esquinas da vida, as fronteiras
derradeiras, escutando vozes que me
levam para longe deste lugar.
A minh´alma e ao meu coração, peço
perdão.
Aqui, não posso ficar... ainda há tempo
para amar, noutro lugar.
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis

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  • 1. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Bloco 1 – Almanaque Bloco 2 – IrNewton Agrella – O Infinito e a Imortalidade (Editorial de domingo) Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Ambição Bloco 4 - IrJosé Ronaldo Viega Alves – Os Manuscritos, os Catecismos e os Rituais na História... Bloco 5 – IrHercule Spoladore – Sou um Maçom Bloco 6 – IrJoão Anatalino Rodrigues – Maçonaria - a Cabala do Ocidente Bloco 7 – Destaques JB – Hoje com versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 2/39 Para Aprendizes Eternos, Pesquisadores Incansáveis, Cunhadas Curiosas, Goteiras Incuráveis, Esotéricos de Plantão, Místicos Misteriosos e Festeiros de Ágapes e Regabofes, este aqui é um site que está sempre de pé e à ordem! www.artedaleitura.com  503 a.C. — Segundo o triunfo romano, o cônsul Públio Postúmio Tuberto celebrou uma ovação para uma vitória militar sobre ossabinos.  801 — O rei Luís, o Piedoso captura Barcelona aos mouros após um cerco de vários meses.  1043 — Eduardo, o Confessor é coroado rei da Inglaterra.  1493 — Cristóvão Colombo é recebido em Barcelona pelos Reis Católicos após a viagem de descoberta da América.  1834 — Os generais da Guerra de independência da Grécia são julgados por traição.  1862 — É publicado o livro Os Miseráveis do escritor francês Victor Hugo.  1865 — Guerra de Secessão: as forças da União capturam Richmond, Virgínia, a capital dos Estados Confederados da América.  1882 — Velho Oeste: Jesse James é morto por Robert Ford. 1 – ALMANAQUE Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas Hoje é o 94º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante) Faltam 272 dias para terminar este ano bissexto Dia Internacional do Livro Infantojuvenil e dia Mundial de Conscientização do Autismo . Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. LIVROS
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 3/39  1885 — É concedido uma patente alemã a Gottlieb Daimler por seu projeto do motor.  1919 — Primeira edição do Jornal do Commercio circula em Recife, Pernambuco, Brasil.  1942 — Segunda Guerra Mundial: as forças japonesas começam um ataque contra os Estados Unidos e as tropas filipinas na Península de Bataan.  1946 — O tenente-general japonês Masaharu Homma é executado nas Filipinas por liderar a Marcha da Morte de Bataan.  1948 — O presidente dos Estados Unidos Harry S. Truman assina o Plano Marshall, que autoriza 5 bilhões de dólares em ajuda para 16 países.  1955 — A União Americana pelas Liberdades Civis anuncia que defenderá o livro Howl, de Allen Ginsberg, contra a acusação de obscenidade.  1961 — O gambá-de-Leadbeater (Gymnobelideus leadbeateri) é redescoberto na Austrália após 72 anos.  1968 — Martin Luther King Jr. profere seu discurso I've Been to the Mountaintop.  1969 — Guerra do Vietnã: o Secretário de Defesa dos Estados Unidos Melvin Laird anuncia que os Estados Unidos começarão a "Vietnamização" dos esforços de guerra.  1973 — Martin Cooper da Motorola faz a primeira chamada de telefone móvel portátil para Joel S. Engel da Bell Labs, apesar de ainda levar mais dez anos para que o Motorola DynaTAC se tornasse o primeiro telefone a ser lançado comercialmente.  1975 — Bobby Fischer se recusa a jogar em uma partida de xadrez contra Anatoly Karpov, dando a Karpov o título de Campeão do Mundo por desistência.  1981 — O Osborne 1, o primeiro microcomputador portátil comercialmente bem-sucedido, é lançado pela Osborne Computer Corporation.  2004 — Terroristas islâmicos envolvidos nos atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid são cercados pela polícia num apartamento e suicidam-se com explosivos.  2007 — O TGV atinge a velocidade de 574,8 quilômetros por hora, batendo o recorde mundial de velocidade de trens sobre linhas.  2010 — Eugène Terre'Blanche, líder do Movimento de Resistência Africâner, é assassinado em sua fazenda na África do Sul.  2014 — Papa Francisco assina o decreto que proclama a santidade do Padre Anchieta. 1526 Deixa a Espanha a expedição comandada por Sebastião Caboto, que, tempos depois, aportou na ilha de Santa Catarina, tendo partido deste navegante essa denominação. 1880 Lei nº 901, desta data, criou o município de Araranguá, desmembrado de Tubarão. 1902 Nasce, em Tubarão, Heriberto Hulse. Foi Presidente do Sindicato Nacional da Extração do Carvão, deputado estadual, vice-Governador e completou o quatriênio iniciado em 1956, por Jorge Lacerda, face a morte deste em acidente aviatório. 1954 Instalação do município de Seara, criado pela Lei nº 133, de 31 de dezembro de 1953. 1760 Publicada a inconfidência Three Distinct Knocks (Três Batidas Distintas) sobre o ritual praticado na Grande Loja dos Antigos. 1826 Fundado o Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco do Tennessee. 1844 O Supremo Conselho do Grande Oriente Brazileiro, do Passeio, ratifica pacto de união com o Supremo Conselho de França. 1998 Fundada a Loja Pedra da Fraternidade (GOB/SC) em Itapoá. 1998 Fundação da Loja “Pedra da Fraternidade” de Itapoá (GOB/SC) que trabalha no REAA Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia (Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 4/39 Baixe Agora: iOS: http://fraternalhug.com/baixar-apple Android: http://fraternalhug.com/baixar-android Blog (fraternalhug.com/blog): De Irmão para Irmão As publicidades veiculadas nas edições diárias do JB News são cortesia deste informativo, como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais. Valorize-os, caro leitor, preferindo o que está sendo anunciado.
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 5/39 Ir.`. Newton Agrella - Cim 199172 M I Gr 33 membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464 e Loja Estrela do Brasil nr. 3214 REAA - GOSP - GOB newagrella@gmail.com "O INFINITO E A IMORTALIDADE" Expressar uma ideia estabelecendo uma dicotomia como principio inconteste de seu conteúdo sempre será objeto de dúvidas ou no mínimo de discussões. Assim por exemplo se preconizam os conceitos de Maçom e Profano - como forma aparentemente inequívoca de imprimar qualidades inerentes a um e ausentes ao outro. O Homem é um todo universal e nesse arcabouço ele se contextualiza perante a vida independentemente de qualquer de seus predicados. Diante disso deparamo-nos com uma questão que nos parece indissociável isto é: O Infinito e a Imortalidade do Homem e do Tempo. Estes dois substantivos abstratos se condensam na própria universalidade da existência, como a mistura do bem e do mal e como amálgama de afirmação e negação. Infinito e Imortalidade rigorosamente não se revestem da falsa dicotomia dos "dois lados". Fazendo-se uma irônica analogia ao momento político em que vivemos hoje no Brasil isso sugere algo mais ou menos como alguns discursos político-partidários tentam apregoar como uma espécie de mantra especialmente entre as populações com menos acesso a Informação. O famoso "Nós" e "Eles" . Em outros termos: "Do lado de cá, estão os bons e puros. Do lado de lá, estão os maus e os sujos". Trata-se pois, do típico dualismo formal, inócuo e ingênuo cuja mensagem subliminar está no seu aspecto discriminatório que transforma e subverte os valores mais íntimos do Homem e da Sociedade. 2 – Editorial de domingo – O Infinito e a Imortalidade Newton Agrella
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 6/39 É indiscutível que o ser humano está condenado a superar-se e a buscar desafios em si mesmo como um processo constante pela evolução. Pelo fato de estar totalmente determinado o Homem é - pela sua própria natureza - essencialmente mutável. Cabe aí um parênteses quando podemos nos sentir privilegiados por termos sido Iniciados em uma Sublime Ordem que nos propicia indagar e refletir sobre a complexidade do Infinito e da Imortalidade de nossa alma. A natureza mutável do ser humano a que nos referimos há pouco significa mudança no pensamento, no modo de agir e no exercício da convivência. É o que os gregos chamavam de Meta-Noia que encerra em si um profundo significado e sentido filosófico, ético, moral e metafísico. É a expressão que convida o ser humano a transformar-se para converter o mal em bem (vide os postulados maçônicos), a subserviência em libertação e a degeneração em regeneração. No Infinito de sua alma e na Imortalidade de sua essência, o ser humano se vê instado a extrair a afirmação de sua negatividade, a extrair a emancipação de sua dependência, o clamor de seu silêncio e a criatividade de sua inércia. Essa relação entre o Infinito e a Imortalidade, mais que tudo, propõe a extração da Vida e sua Agonia. Nem um mal faria afirmarmos que o ser humano responde aos desafios com a superação dialética e transpõe seus valores no limiar do tempo que se renova na mesma proporção em que o Supremo Arquiteto do Universo rege a transformação do Homem em forma de matéria e espírito, tornando-o Infinito e Imortal em seu processo contínuo de provações e evolução. Algo em aberto que propõe mais discussões e trocas de impressões como exercício especulativo de nosso Pensamento. Referências Bibliográficas: Antropologia - Autor: Juvenal Arduini Rito Escocês Antigo e Aceito - Autor: Rizzardo da Camino Fraternalmente
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 7/39 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” escreve dominicalmente neste 3º. Bloco. AMBIÇÃO “É bem conhecido que a ambição tanto pode rastejar como voar”. (Edmund Burke). 1. Etimologia: Ambicioso é do mesmo étimo de ambulare, caminhar, e ambire, andar em volta, rodear, com o fim de arrebatar bens que deseja, designando também o candidato que na Roma antiga assediava o eleitor em busca de votos. 2. O que é ambição? A ambição é a vontade de querer conquistar algo. É um desejo, movido pela emoção mais do que pela razão, pelo sucesso, pela fortuna, pela glória, pelo poder ou qualquer coisa que traga o sentimento de vitória e reconhecimento. Um pecado ou uma virtude? Ser uma pessoa ambiciosa é ruim? Para muitos o termo ambição é usado com insulto. Para eles, os ambiciosos são pessoas gananciosas e nada confiáveis, em busca de um objetivo egoísta (geralmente dinheiro ou poder) e que, se for preciso, pisarão em cima dos outros para poderem chegar onde quiserem. Darth Vader era ambicioso, querendo dominar o universo usando o lado negro da força. Mas ele era malvadão. O que dizer de Batman, Super Homem, todos eles arriscando suas vidas com a ambição de estabelecer a paz mundial, a segurança de sua amada e a conservação do meio ambiente? Ser ambicioso não é errado. E não é apenas querer alguma coisa. É ter um forte desejo e estabelecê-la como uma meta de vida. É ter uma autoestima fortíssima e saber que pode chegar onde quiser. Pessoas malvadas podem ser ambiciosas, mas ambiciosos não são necessariamente pessoas malvadas. (Mauro Ribeiro). 3. Por que ambição e ética são compatíveis: Ambição e ética são perfeitamente compatíveis! Estranhar esta frase possui duas razões: um preconceito com relação à ambição e uma confusão entre ambição e ganância, que reforça o preconceito. É bastante frequente ouvirmos alguém dizer: - Cuidado com fulano, ele é muito ambicioso; ou, Não gosto de tratar com pessoas muito ambiciosas, elas não têm limites. Para compreender que ambição e ética são perfeitamente compatíveis, basta deixar claro a diferença entre elas e as suas repercussões. O conceito de ambição será para a nossa compreensão: Atitude ética orientada para realizar e atingir metas e objetivos altamente significativos. Derivada do latim a expressão que deu origem à palavra ambição tratava da ação de cercar por todos os lados as possibilidades de alcançar elevada condição. 3 – Coluna do Irmão João Gira ( Ambição ) João Ivo Girardi
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 8/39 Agora vejamos o conceito de ganância: Atitude amoral orientada para a obtenção de ganho abusivo e antiético. Veja que é possível ser ambicioso sem prejudicar a ninguém, mas, todo ganancioso termina por lesar a alguém. As metas do ganancioso não são significativas no contexto social, são meramente egoístas e usurárias. Tanto é assim que a origem latina da palavra remete a agiotagem, usura (empréstimo de dinheiro a juros altos). As vantagens e repercussões da ambição, entendida corretamente, são: - Foca as atitudes para a realização de metas ousadas e significativas. - Predispõe a pessoa à busca por conquistas sucessivas e contínuas na direção de uma meta maior. - Motiva a pessoa, porque metas de valor são perseguidas por pessoas de valor, pessoas que mantêm autoestima elevada. - Valoriza a vida e suas oportunidades mais dignas, propõe uma visão de carreira. - Seus efeitos beneficiam não apenas a pessoa movida pela ambição, mas, traz conseqüências benéficas para um grupo muito maior de pessoas (aqui percebemos claramente a ética em sua tradução mais nobre). - Pessoas ambiciosas se associam a outras pessoas ousadas com metas significativas, colecionam amigos pró-ativos e realizadores. - Ambiciosos são frequentemente convidados para novos projetos. As desvantagens e repercussões da ganância, conforme definida, são: - Mantém a pessoa presa em egoísmo profundo, buscando metas puramente individualistas. - Foca a mente em um apetite, uma disposição a ganhar a qualquer custo. - Caracteriza pessoas de baixa autoestima que tentam se auto-afirmar vencendo por quaisquer meios as disputas com outras pessoas, não se importando com o que aconteça com elas. - Gera um comportamento oportunista, ou seja, condiciona a uma utilização ilícita das oportunidades menos dignas, conduz ao carreirismo (atitude de quem utiliza métodos moralmente condenáveis para subir rapidamente). - Seus efeitos prejudicam não apenas a pessoa movida pela ganância (que a longo prazo sempre paga um preço alto por sua ganância, sendo a solidão a exclusão do convívio das pessoas éticas o mais comum), mas traz conseqüências maléficas para um grupo muito maior de pessoas (aqui percebemos claramente a total ausência de ética face a análise das repercussões). - Pessoas gananciosas associam-se a outras pessoas gananciosas. Quando vários egoístas se reúnem, manipulam uns aos outros para obter o que querem e uma vez conseguido o objetivo, abandonam a vitima. Gananciosos colecionam inimigos. - Gananciosos são rejeitados em novos projetos ou convidados por outros mais gananciosos que eles para servirem de trampolim. Podemos afirmar que tudo o que se fez de grandioso no mundo se fez movido por uma ambição legítima e tudo o que de mais torpe aconteceu na história ocorreu e ocorre motivado pela ganância. Ambição e ética são perfeitamente compatíveis. Com elas construímos um mundo melhor. Aos que preferirem apostar na ganância, apenas uma reflexão: A ganância é irmã gêmea do egoísmo, e as pessoas gananciosas, com talento e competência, são equivalentes a uma Ferrari sem freios, basta imaginar as consequências. (Carlos Hilsdorf). MAÇONARIA 1. Maçom: O homem equilibrado deve ser ambicioso porque as suas aspirações não prejudicarão a ninguém. Sua raiz latina significa: andar de um lado para outro, ou seja, estar em constante movimento. A ambição compreende, desta maneira, ao movimento físico, como o de andar, gesticular, e o movimento mental, como a produção de pensamentos, a criação literária e o discurso. O maçom deve estar sempre em movimento e ambicionar que esse reflita bons exemplos nos seus irmãos. Dentro de Loja, o comportamento estático é negativo; deve haver,
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 9/39 sempre, uma dinâmica, uma vez que o exercício é um dos meios de desenvolvimento e progresso. A inércia vicia e prejudica; o entusiasmo contagia e beneficia. Sejamos todos, no bom sentido, ambiciosos no viver. 2. Definição Maçônica de Ambição: A filosofia maçônica define a palavra ambição como uma batalha que o homem trava internamente antes de chegar ao estado de equilíbrio. Esse sentimento mesquinho, seria nesse caso, uma luta travada em um dos principais ciclos da vida, um período que as paixões ainda dominam a razão conduzindo os homens aos excessos. A fábula que se segue, fala exatamente sobre a ambição humana e especialmente de um canteiro que vivia numa terra distante, há muitos e muitos anos atrás. [...] Era uma vez um Canteiro. Todo o dia ele subia as montanhas para cortar pedras. E, enquanto trabalhava, cantava, pois embora fosse pobre, não desejava nada além daquilo que possuía, por isso não tinha uma preocupação sequer. Um dia foi chamado para trabalhar numa mansão de um nobre. Quando viu a magnífica mansão, sentiu a dor do desejo, pela primeira vez na vida, e disse com um suspiro: - Ah, seu eu fosse rico! Então não teria de ganhar a vida com suor e fadiga, como agora. Imaginem seu espanto quando ouviu uma voz dizer: - Seu desejo foi concedido. Daqui para frente tudo o que desejar lhe será dado, ele não sabia o queriam dizer essas palavras, até que voltou para a sua choupana, aquela noite e, em seu lugar, encontrou uma mansão tão magnífica quanto aquela onde estivera trabalhando. Assim o Canteiro desistiu de cortar pedras e começou a gozar a vida dos ricos. Certo dia, quando a tarde estava quente e úmida, aconteceu olhar pela janela e ver o rei passar com um grande número de nobres e escravos. Ele pensou: - Como eu gostaria de ser um rei, sentado no fresco da carruagem real! Seu desejo foi prontamente atendido e ele se viu reclinado no conforto da carruagem real. Mas a carruagem revelou-se mais quente do que ele esperava. Olhou pela janela e começou a maravilhar-se com o poder do sol, cujo calor penetrava até nas grossas paredes da carruagem. - Gostaria de ser o sol - disse para si mesmo. Mais uma vez, seu desejo foi concedido e ele se viu enviando ondas de calor para o universo. Durante algum tempo, tudo correu bem. Então, em um dia chuvoso, ele tentou abrir o caminho através de uma grossa nuvem e não conseguiu. Então foi transformado em uma nuvem e gloriou-se de seu poder de manter o sol afastado - até que se transformou em chuva e descobriu, contrariado, uma enorme pedra que bloqueava o caminho e foi obrigado a fluir em volta dela. - O quê? - gritou - Uma simples pedra mais poderosa que eu? Bem, então desejo ser uma pedra. Assim, lá estava ele, altaneiro no cimo da montanha. Mal teve tempo de alegrar por seu belo aspecto, entretanto, quando ouviu estranhos sons de martelo vindo de seus pés. Olhou para baixo e, para a sua consternação, viu um diminuto ser humano, ocupado em cortar pedras de seus pés. - O quê? - gritou - Uma criatura insignificante é mais poderosa do que uma imponente pedra como eu? Quero ser um homem! E assim descobriu que era outra vez um canteiro, subindo a montanha para cortar pedras, ganhando a vida com suor e fadiga, mas com uma canção no coração, porque estava contente de ser o que era e de viver com o que tinha. Nada é tão bom quanto parece antes de o conseguirmos. (Desconheço o autor). 3. Rituais: (...) o ruído das armas que ouviste em vossa 2º Viagem representam a idade da ambição; os combates que a sociedade é obrigada a sustentar, antes de chegar ao estado de equilíbrio. (RA).
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 10/39 (...) servi à Humanidade, afastando-vos dos turbilhões das paixões que agitam o mundo profano; ficai estranhos às lutas das ambições, aos tumultos e às querelas dos partidos; fugi ao espírito acunhado de seita; deixai que a obra do mal se esboroe e se extinga por sua própria nulidade. (RC). (...) O assassinato de Hiram Abif simboliza a pura tradição maçônica, isto é, a Virtude e a Sabedoria, postas constantemente em perigo pela ignorância, pelo fanatismo e pela ambição dos Maçons que não sabem compreender a finalidade da Maçonaria nem se devotar à sua Sublime Ordem. (RM). Finalizando: Lauro Müller, engenheiro militar, político e diplomata, nasceu em Itajaí, SC, em 8 de novembro de 1863, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de julho de 1926. Apaixonado discípulo de Benjamin Constant, ingressou na carreira militar na província natal. Era Doutor em Leis, título concedido pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. A sua carreira pública começou em 1889, quando recebeu de Deodoro da Fonseca a incumbência de organizar a província transformada em Estado de Santa Catarina. Foi depois deputado federal, senador, ministro de Estado, empreendendo grandes reformas na pasta da Indústria, Viação e Obras Públicas, ao tempo da presidência Rodrigues Alves. Tornou-se popular por suas importantes obras, como a construção da Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, e os melhoramentos do porto do Rio de Janeiro. Quando, em 1912, faleceu o Barão do Rio Branco, coube a Lauro Müller a honra de sucedê-lo no Ministério das Relações Exteriores, no qual se manteve até 1914, para passá-lo então às mãos de Nilo Peçanha, nos agitados dias da Primeira Guerra Mundial. Antes de falecer, aspirava ser Presidente da República. Maçonaria: Em 14 de março de 1888, é iniciado maçom em uma Loja Maçônica do Grande Oriente do Brasil onde o movimento republicano era muito forte. Em Florianópolis existe uma Loja que lhe presta homenagem: Loja Lauro Müller Nº 7. É dele a seguinte frase: É a intolerância que nos desgoverna, ou venha ela do exagero partidário, ou nasça da ambição de conservar ou adquirir o mundo. É dela que nascem os governos prepotentes e as oposições facciosas; dois extremos que se confundem na obra comum de destruição das liberdades políticas.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 11/39 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve aos domingos. OS MANUSCRITOS, OS CATECISMOS E OS RITUAIS NA HISTÓRIA DA MAÇONARIA. AS ORIGENS. (PARTE 1) *Irmão José Ronaldo Viega Alves ronaldoviega@hotmail.com Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Oriente de S. do Livramento – RS. “Do ‘Poema Régio’, ou o ‘Manuscrito de Haliwell’, até o Livro da Constituição de Anderson – que também era em forma Manuscrito, se passaram 327 anos de Maçonaria Operativa. Com falhas, com exageros – no bojo desses Documentos, muitas verdades e muitas cerimônias foram registradas. Cada um desses Documentos nos guardou um fiapo de História, a origem de uma Cerimônia, de uma Palavra, de um Sinal, de um Símbolo, etc.” (Págs. 105/106 do livro “A MAÇONARIA – Usos & Costumes – Volume2”, de autoria do Irmão Francisco de Assis Carvalho) INTRODUÇÃO Quanto mais pesquisamos, sobre a Maçonaria, os seus primórdios, a sua evolução, parece que sempre que cumprimos uma tarefa de pesquisas a respeito de um determinado tópico escolhido, embora encontremos as respostas que buscamos, e acrescente-se, sempre em várias versões, não chegamos ao final sem que outras tantas perguntas tenham se enfileirado ao longo do caminho, paralelamente. O que, por um lado, dá a certeza de que nunca atingiremos a sabedoria plena no que tange ao cabedal de conhecimentos de que a Maçonaria é possuidora, e sobre a totalidade da sua história, onde muito deve dormir no bojo de documentos muito antigos e que não tenham sido descobertos ainda. Isso sim é uma verdade absoluta. No assunto escolhido, o qual, doravante trataremos, versando sobre os manuscritos, os catecismos e os rituais, evidentemente, salta aos olhos que ele é bastante rico e extenso, possuindo também vários desdobramentos por envolver mais de um período da história da Maçonaria. Como está registrado no excerto utilizado logo acima, cada um desses documentos antigos, as ”Old Charges” guardaram fragmentos da história que perfazem centenas de anos da própria história da Maçonaria, cerimônias, palavras, sinais, símbolos e acrescentando, de certa forma prenunciaram os futuros rituais, objeto principal do estudo de alguns pesquisadores a exemplo de Henry Carr, que veremos durante o desenvolvimento do presente trabalho. Ainda, o propósito do presente trabalho então tem a ver com mostrar os detalhes dessa história, assim como a sua evolução, onde basicamente queremos respostas para as seguintes perguntas, em princípio: O que eram e qual o teor dos antigos manuscritos da Maçonaria? O que eram os Catecismos? O que são os Rituais, e o que eles conservaram dos documentos antigos, a exemplo dos catecismos? Por que somente alguns dos manuscritos, ou “Old Charges”, continham catecismos? As respostas, basicamente, irão nos levar para, ao menos, 4 – Os Manuscritos, os Catecismos e os Rituais na História da Maçonaria. As Origens ( Parte I) - José Ronaldo Viega Alves
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 12/39 um elo em comum com os nossos atuais Rituais. As respostas, iremos buscá-las a partir de agora, não sem antes, começar descrevendo cada um deles, num primeiro momento para tomarmos ciência dos seus significados: manuscritos, catecismos e rituais. OS MANUSCRITOS OU AS “OLD CHARGES” Essa história começa pelos manuscritos da Maçonaria Operativa, ou as “Old Charges”. Ao procurarmos “manuscritos” em um dicionário maçônico, vamos encontrar como um sinônimo para esses que são os mais antigos documentos da Maçonaria, a expressão “Old Charges”. Então, a partir de agora a palavra ‘manuscritos’ pode ser usada como “Old Charges”, e o significado será o mesmo. Para facilitar a nossa compreensão, mencionamos de antemão, que existe uma relação que o Irmão Francisco de Assis carvalho publicou em seu livro “A MAÇONARIA - Usos e Costumes –Vol.2” , onde constam o nome de 136 desses manuscritos- documentos que estão devidamente catalogados, ou seja, as “Old Charges”. Sem entrar, por enquanto, em maiores detalhes com relação ao conteúdo de qualquer uma delas em especial, vejamos o que diz o “Vade-Mécum Maçônico”, sobre o que são exatamente as “Old Charges”: “OLD CHARGES: (Antigas Obrigações) 1. É o nome dado aos manuscritos da Idade Média e da Era de Transição , através dos quais conhecemos a Franco-Maçonaria anterior a 1717. São os mais antigos documentos maçônicos. 2. As Old Charges apresentam-se como regulamentos, divididos em artigos, e precedidos de uma parte histórica, de fato lendária. Anderson, aliás, conservará essa ordem. Neles encontram-se demonstrações de Geometria, a qual é sinônimo de arquitetura misturadas a relatos hagiográficos. O Templo de Salomão é descrito e admirado, tudo isso misturado a considerações sobre as sete artes liberais, às duas Colunas, à Torre de Babel, Abraão. O plano comum das Old Charges ulteriores é o seguinte: I – Uma oração inaugural. II – Uma parte histórica. III – Uma parte deontológica, encerrada por uma oração final. A última, é de longe a mais interessante, pertence tanto à história do trabalho quanto à Franco-Maçonaria. Encontra-se nela um grande numero de informações sobre o cotidiano do trabalho na Idade Média, relativa aos horários, aos salários, aos feriados. Certas disposições tem um caráter disciplinar, e deve-se observar que as terríveis penas simbólicas prescritas pelo ritual moderno não são mencionadas. Foram inseridas, sem sombra de dúvida, no fim do período de transição, com um objetivo puramente psicológico. Uma disposição particularmente interessante é a que impõe o segredo profissional, embrião do futuro segredo maçônico. Não há, naturalmente, qualquer referência aos sinais, palavras e modos de reconhecimento. Somente no final do séc. XVIII o simbolismo aparece com timidez, ligados ao Templo de Salomão, e somente em pleno período da Maçonaria especulativa, apresentará o aspecto que nós conhecemos. Convém, enfim, evitar aqui dois erros frequentes: A) O primeiro consiste em confundir a Franco- Maçonaria operativa com a associação de operários. B) o segundo consiste em acreditar que, com o surgimento da Franco-Maçonaria despareceu de um dia para outro, como que sob o efeito de um golpe mortal. Duas ilhas se mantiveram à tona no séc. XVIII e até o séc. XIX. Mesmo hoje em dia, algumas Lojas operativas sobrevivem na Escócia. Nelas só são admitidos, em princípio, pessoas do oficio da construção. (...)” OS CATECISMOS Vejamos o significado correspondente ao verbete “Catecismo”, contido no “Grande Dicionário...”, de autoria do Irmão Nicola Aslan: “Compêndio contendo de maneira sumária, e quase sempre em forma dialogada, os ensinamentos maçônicos, os conhecimentos do simbolismo de cada um dos Graus que compõem os Ritos da ordem e as instruções para as liturgias. Os catecismos foram utilizados pela Maçonaria desde antes de 1717. O mais antigo encontra-se no Edinburgh Register House M.S., de 1696, que confirma o que está evidenciado
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 13/39 no Chetwode Crawley M. S., de 1700 aproximadamente, de que as instruções do primeiro e do segundo Grau eram, como hoje, comunicadas separadamente, naqueles tempos da Maçonaria Operativa. No século XVIII foram publicados numerosos catecismos; hoje, o termo entrou em desuso.” Nas palavras do Irmão Francisco de Assis Carvalho, e do seu livro “MAÇONARIA - Usos & Costumes-Volume 2” constam os seguintes esclarecimentos sobre os catecismos: “Mas o que é Catecismo? - O Catecismo foi a forma ideal que a Maçonaria Primitiva encontrou para condensar os seus Ensinamentos e transmiti-los aos seus afilhados. Essa forma ideal foi o Sistema de Perguntas e Respostas. E como já dissemos o mais antigo Catecismo Maçônico está embutido nos 4 manuscritos que compõem o ‘The Edinburgh Register House” , datado de 1696. Em nossos dias os Catecismos mais conhecidos são os que estão contidos no Livro Exposure, ‘Masonry Dissected’, de Samuel Prichard publicado num jornal profano ‘The Daily Gazete’, de Londres, em outubro de 1730. Depois do catecismo de Prichard, os mais famosos e conhecidos são os de William Preston, publicados em 1772. Tanto Samuel Prichard, como William Preston, desenvolveram e estruturaram seus livros – Um Sistema de Catecismo. O Catecismo, portanto, é o método de Ensinamento através de um processo simples de Perguntas e Respostas. O Ritual teve sua origem no Catecismo. Antes do Ritual, de Cerimonial Organizado, estruturado, que conhecemos, prevaleceu, por alguns séculos, o Método de Catecismo (...).” COMENTÁRIOS: Antes de um primeiro contato com a história dos Rituais, e baseado no que foi apresentado até aqui versando sobre os antigos manuscritos e os catecismos, cada um de forma separada, agora chegou a vez de juntá-los pelo seguinte motivo. De 1696 em diante é que passa a existir uma ocorrência maior em relação à quantidade ou produção desses manuscritos, tanto que a partir daí são datados como Manuscritos da Casa de Edimburgo. E começam a aparecer também, a partir dessa data, o que se convencionou chamar de Catecismos. OS RITUAIS Agora a definição e alguns dos comentários sobre o verbete “Ritual”, extraído também do “Grande Dicionário...”, do Irmão Aslan: “Enquanto o Rito é a cerimônia estabelecida pela lei, ou pelo costume, tendo um efeito religioso ou mágico, o Ritual é um sistema de Ritos e Cerimônias. Chama-se também Ritual o livro que indica os Ritos ou consigna as formas que se devem observar na prática de uma religião ou de um cerimonial. Chama-se Ritual, em Maçonaria, o livro que contém a Ordem, as fórmulas e demais instruções necessárias para a prática uniforme e regular dos Trabalhos Maçônicos em geral. Cada Grau tem o seu Ritual particular e também cada espécie de Cerimônia, havendo Rituais de Iniciação, de Banquetes, de Adoção de Lowtons, de confirmação de casamento, de honras fúnebres, etc. A adoção e aprovação dos Rituais é da alçada das autoridades superiores do Rito de cada Corpo ou Potência jurisdicional. Diz Mackey em sua ‘Encyclopedia’: ‘O modo de abrir e fechar uma Loja, de conferir os Graus, de instalar e desempenhar outros deveres constitui um sistema de Cerimônias chamado Ritual. Grande parte desse Ritual é esotérica e por isso não deve ser escrita, comunicando-se por instrução oral. Em cada jurisdição maçônica, a autoridade dirigente exige que o Ritual seja sempre o mesmo. Difere contudo, mais ou menos, nos vários Ritos e jurisdições. Isto não afeta, porém, a universalidade da Maçonaria. O Ritual é apenas a sua forma externa e intrínseca. A doutrina da Maçonaria é sempre e em toda a parte o mesmo. O Ritual é somente o traje externo que cobre este corpo e está sujeito a uma constante variação.
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 14/39 Seria injusto e desejável que o Ritual fosse perfeito e igual em toda parte. Isto, porém, é impossível, como é natural; consola-nos, todavia, que embora as Cerimônias, ou o Ritual tenham variado em diferentes períodos nos vários países, a ciência e a filosofia, o simbolismo e a religião da Maçonaria continuem, e hão de continuar a ser as mesmas onde quer que a verdadeira Maçonaria seja praticada. (...)’ O Ritual Maçônico encontra-se em estado rudimentar, nas guildas e nas confrarias dos talhadores de pedra anteriores à criação da Grande Loja de Londres, em 1717. Os Maçons especulativos ingleses e franceses desenvolveram este legado da Maçonaria Operativa com elementos colhidos em toda parte, mas principalmente nos Mistérios iniciáticos da antiguidade, e no cerimonial das cortes dos príncipes da época. Ao tratar do Ritual Maçônico, Lionel Vibert escreve: ‘Não sabemos até que ponto os operativos possuíam um Ritual; parece estabelecido que eles nada possuíam além de um simples Cerimonial de admissão para os Aprendizes, e aquele que empregamos em nosso dias é uma versão melhorada sob a influência dos especulativos... É razoável supor que o nosso Ritual atual deve conservar alguma tradição, algum fragmento, do Ritual da Maçonaria Operativa. Mas como somos incapazes de dizer o que é antigo e o que não o é, o texto do Ritual não nos oferece nenhuma base para a dedução, qualquer que ela seja.’ E acrescenta: ‘O problema de se saber em que época exata o nosso Ritual foi constituído sob a sua forma atual de três Graus, é uma das coisas sobre as quais as autoridades não estão de acordo até o presente. Mas admite-se, geralmente, em todo caso, que ele tomou esta forma em um período posterior à formação das Grandes Lojas.’ “Diz ainda Lionel Vibert que o Ritual Maçônico, segundo a forma que hoje adotamos, foi elaborado depois de 1723. (...) Assim, no início da Maçonaria Especulativa, o Ritual das Reuniões Maçônicas não podia ser mais simples. R. L. Forestier assim o descreve: ‘O Ritual era o das antigas assembleias dos Freemasons profissionais. Os maçons reuniam-se em local separado de uma taverna sob a presidência do Mestre da loja assistido por dois Vigilantes. Vestiam-se de um Avental de pele branca e recitavam um diálogo por perguntas e respostas estereotipadas de que se serviam os talhadores de pedra para trolhar os Companheiros estranhos à Loja. Um banquete terminava a assembleia. Quando se procedia a uma admissão, o recipiendário era revestido do Avental profissional, liam-se-lhe as ‘Constituições’, e comunicavam-lhe os Sinais de reconhecimento. A seguir, de acordo com os antigos usos, oferecia ele aos membros da Loja, luvas e também para as suas mulheres e pagava as despesas de uma refeição.’ A forma de abrir e fechar os trabalhos maçônicos assume a forma de um diálogo com a repetição de certos fatos relativos à Ordem e termina por uma invocação. ‘Nas religiões antigas, afirma Lionel Vibert, e modernas, os diálogos Rituais produzem-se muitas vezes.’ É certo, porém, que somente dez anos depois do se nascimento para a sua forma especulativa, é que a Maçonaria possuiu um Ritual detalhado e fixo.(...) Na revista The Freemason de 27-10-1934, Fred T. Cramphorn escrevia um artigo sobre o Ritual em que dizia que a origem dos Rituais Maçônicos, ou melhor, a sua cristalização realizada na Inglaterra, data do período compreendido entre os anos 1717 e 1730, e que as influências internas do Ritual remontam, em primeiro lugar, à Bíblia, da qual se inspiraram muito amplamente os antigos Maçons. Os costumes sociais do século XVIII impuseram-se ao modelarem-se as Lojas sobre os clubes da época. A Renascença trouxe o seu humanitarismo, a volta das ordens arquitetônicas e do setenário das artes liberais. A Idade Média transmitiu as ‘constituições’ redigidas sobre pergaminho e fórmulas Rituais em linguagem ritmada que se impõe à memória. Sobrevivências de um longínquo passado não poderiam ser menosprezadas.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 15/39 Estas influências amalgamaram-se em um texto impressionante, de estilo arcaico, ao qual a piedade proíbe de tocar. Disto resulta, a despeito de todas as vicissitudes, de erros, de anacronismo, de compromissos e de equívocos, que a fascinação persiste. Deve ser posta a serviço de uma Maçonaria viva em perpétuo desenvolvimento. Os que amam a Instituição tem o dever de contribuir ao seu crescimento espiritual, para que possa exercer uma influência decisiva sobre os maçons e, por eles, sobre o mundo inteiro.” COMENTÁRIOS: É possível supormos então, que o Ritual, tal como o conhecemos hoje, é um produto da Maçonaria em sua fase Especulativa, pois, conforme as opiniões dos estudiosos seria muito difícil de avaliar a questão, em se considerando aqueles que seriam os seus protótipos durante o período da Maçonaria Operativa, e poder separar ou descobrir o que de fato permaneceu daquilo, assim como, a partir de quando exatamente teria assumido esse formato dos três Rituais para os três Graus da Maçonaria Simbólica, tal como os conhecemos hoje. AS ORIGENS O Irmão Henry Carr é um pesquisador do qual já tivemos a oportunidade de lermos alguns excertos das suas publicações em meus trabalhos anteriores. O Irmão Henry Carr foi Past Master e secretário da renomada Loja de pesquisas Quatuor Coronati Lodge nº 2076, e tem muitas das suas pesquisas traduzidas no Brasil pelo Irmão José Filardo. Uma das suas pesquisas, diz respeito ao ritual maçônico, e foi publicada com o título de “Seis Séculos de Ritual Maçônico”, da qual vou sintetizar uma parte do seu conteúdo, adaptando-a de certa forma, para que possamos entender a evolução das cerimônias maçônicas, os passos que tinham de ser seguidos, a sequência toda do processo de admissão, e onde, aos poucos vai se delineando a necessidade e até a urgência de que isso seja gravado ou registrado, para facilitar a sua utilização em outra ocasião. Então, uma admissão, feita naquela época, evidentemente, começava a delinear o que seriam os primórdios do futuro ritual. O Irmão Henry Carr, diz que tudo começou mesmo em Londres em 1356, por ocasião de uma briga entre os canteiros (cortadores de pedra) e os pedreiros (assentadores e alinhadores, ou seja, aqueles que erguiam as paredes). Ocorreu que, após essa briga, 12 mestres pedreiros qualificados dirigiram-se à Prefeitura em Guidhall, em Londres, e com a devida permissão elaboraram um código de regras da atividade exercida por eles, tudo de maneira muito simples. O documento existe até hoje e, na sua abertura está dito que aqueles homens tinham se reunido pelo fato de que sua atividade até aquela data não havia sido ainda regulamentada a exemplo de outras, e que, no documento daria a garantia oficial de que aquela era a primeira tentativa de organizar aqueles pedreiros. Com o passar dos anos, aquela organização tornou-se a London Mason Company, a primeira guilda de pedreiros e uma das ancestrais diretas da nossa atual Maçonaria. Uma regra de importância fundamental constava naquele documento e dizia assim: “Que cada homem do comércio pode trabalhar em qualquer trabalho relacionado com a atividade se ele estiver perfeitamente qualificado e formado na mesma.” Bem, estamos em Londres, na Inglaterra, e acabamos de resumir o que foi a história da criação da primeira guilda. E a primeira Loja? Para se começar não se tem registros da fundação das primeiras Lojas operativas. Sigamos acompanhando a história das guildas... A guilda foi logo adquirindo sua importância: ajudava na gestão dos assuntos municipais, pois naquela época, a partir de 1376, cada uma das atividades profissionais elegeu dois representantes, sendo que estes se tornavam membros do Conselho Comum, e formavam assim o governo da cidade. O trabalho dos pedreiros não estava afeto unicamente à cidade, na realidade, trabalhavam mais fora, ou seja, em castelos, abadias, mosteiros, enfim, naqueles que eram considerados os grandes trabalhos de construção.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 16/39 O Irmão Henry Carr supõe que nesses lugares onde inexistia algum tipo de organização profissional, onde os pedreiros ficavam por anos a fio, então, eles organizavam-se em lojas, em princípio como que imitando as guildas, de maneira a manter alguma forma de autogoverno no trabalho, já que, se encontravam afastados qualquer outra forma de controle da sua atividade. A informação primeira que se tem sobre lojas vem por intermédio dos documentos conhecidos como "Antigas Obrigações” ou “Old Charges”. O primeiro, ou o mais antigo deles, é o “Manuscrito Régio” (1390), seguido do Manuscrito de Cooke (1410), do Manuscrito da Grande Loja nº 1” (1583), do Manuscrito Kilwinning (1665), até atingirmos a quantidade aquela já mencionada anteriormente que fica próxima dos 140 documentos. Os conteúdos deles se parecem, mesmo o do Manuscrito Régio que é feito em versos rimados. Começam com uma oração na abertura, que é cristã e trinitária, a seguir vem uma história do ofício, onde remonta aos tempos bíblicos, aos lugares bíblicos, sendo que a partir daí se dissemina pela Europa, chega à França e finalmente ganha a Inglaterra. O Irmão Henry Carr opina a respeito dessa história dizendo que ela é extremamente ruim e que qualquer professor de história cairia morto se desafiado a prová-la, no entanto, os pedreiros acreditaram nela. Ainda, depois da história vem os regulamentos, as Obrigações efetivas, destinadas aos mestres, Companheiros e aprendizes, inclusas regras de comportamento moral e ponto final. Com muito poucas variações entre elas, há efetivamente um padrão. A partir do momento em que o estudo que se quer empreender sobre as “Antigas Obrigações” seja feito em se considerando uma coleção torna-se possível reconstituir o esboço, por exemplo, da cerimônia de admissão daquela época. Naqueles tempos saber ler era uma exceção, e conforme o Irmão Henry Carr essa cerimônia começava com uma abertura seguida de uma ‘leitura’ da história, até porque muitos documentos que vieram depois fazem alusão a esta ‘leitura’. Ler o texto integral, mesmo para quem soubesse ler, levaria tempo demais, portanto, o mais provável é que selecionassem algumas passagens específicas da história, as quais aprendiam de cor e nessas ocasiões recitavam-nas de memória. Daí encontrar-se a instrução, que aparece em quase todos os documentos, normalmente em latim e que diz: ‘Então um dos anciãos segura um livro (às vezes ‘o livro”, por vezes, a ‘Bíblia” e às vezes a ‘Bíblia Sagrada’) e ele ou eles que devem ser admitidos colocarão sua mão sobre ele, e as seguintes Obrigações serão lidas.’ A partir daí, era lidos os regulamento ao candidato e ele fazia o juramento de fidelidade ao rei, ao Mestre e ao ofício (maçonaria), alem de jurar que obedeceria a esses regulamentos e que nunca levaria vergonha à Maçonaria. Era uma derivação do juramento da guilda, sem maiores delongas, sem penalidades, simples até. Instituída a prática, o juramento passa a ser o coração e medula da cerimônia, tanto que o Manuscrito Régio, o primeiro dos documentos sobreviventes já dá toda uma ênfase e importância que o juramento merece. O juramento ou obrigação torna-se a chave que irá abrir as portas da Maçonaria. O ano de 1356 é considerado o começo da organização do que é a Maçonaria na Grã- Bretanha e daquilo que pode ser provado efetivamente, embora se remontarmos à arte da construção, propriamente dita, tenha começado bem antes. Já, o ano de 1390 é o das primeiras evidências sobre o que seja uma cerimônia de admissão na Maçonaria. Outra coisa importante: os documentos da época não mencionam que existia somente um Grau, eles simplesmente indicam uma cerimônia, e nesse ponto o Irmão Henry Carr diz acreditar que a cerimônia não era para o aprendiz, mas, para aquele que estava totalmente treinado, o companheiro. E por quer isso? Porque o aprendiz era considerado um ativo do seu Mestre, uma propriedade, alguém que poderia ser comprado ou vendido, a exemplo de qualquer outro equipamento. Um aprendiz não possuía status.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 17/39 Somente a partir de 1500 é que a situação começa a mudar: leis trabalhistas começam a reconhecer o aprendiz, que aliadas aos estatutos de trabalho passam a assegurar-lhe o status. Do ano de 1598 em diante conservam-se duas atas que provam que as Lojas escocesas estavam praticando dois graus, antes, não há evidências. O MANUSCRITO HARLEIAN O que tem de especial o Harleian? Bem, há uma nota em anexo, com a mesma caligrafia do manuscrito, que apresenta uma nova versão para o juramento do maçom, e que traz consigo mudanças em relação às formas anteriores de juramento. Ela diz: “Há palavras e sinais de um pedreiro livre a serem reveladas a você que você responderá: diante de Deus, no Grande & Terrível dia de Julgamento você mantém segredo e não revela o mesmo aos ouvidos de qualquer pessoa, a não ser aos Mestres e companheiros da referida Sociedade de Maçons Livres, assim Deus me ajude.” Há que se atentar para “palavras e sinais”, o que denota plural e mais de um grau. Então, há um indício aí de que houve uma expansão das cerimônias em mais de um grau. É possível supor que essas cerimônias estivessem assumindo já alguma coisa do seu caráter moderno. COMENTÁRIOS: A título de esclarecimento, também, na relação das “Old Charges” do Irmão Francisco de Assis Carvalho, este manuscrito tem como a data da sua origem, o ano de 1670. No entanto, o Irmão Henry Carr fala em seu texto referindo-se ao manuscrito Harleian nº 2054, datado de cerca de 1650. Recorrendo novamente e efetuando novas pesquisas no livro do Irmão Assis Carvalho é possível detectar a presença de dois manuscritos Harleian: o manuscrito de Harleian 1670, e o manuscrito de Harleian nº 2054 de 1686. Nenhum deles, no entanto, é datado de 1650, como o Irmão Henry Carr registrou. Mas, a partir do momento que o Irmão Henry Carr diz que detalhes maiores das cerimônias (envolvendo mais de um grau) somente serão encontrados no final dos anos 1600, esta pequena discrepância de datas não prejudica em nada. A HISTÓRIA DO PRIMEIRO RITUAL PARA DOIS GRAUS Ainda de acordo como Irmão Henry Carr, o primeiro indício que se possui, reside num documento datado de 1696 e conhecido como o Manuscrito Edinburgh Register House, e que leva esse nome porque foi encontrado no Cartório de Registro Público de Edinburgh. Uma parte do texto é intitulada “The Forme of Giving The Mason Ward” (A Forma de dar a Palavra do Maçom), e que seria a mesma coisa que referir-se à forma de iniciar um Maçom. Começa com a cerimônia que transforma o Aprendiz (o que ocorre após um período de mais ou menos três anos e meio a partir do momento que foi empregado), e que segue com a cerimônia para a admissão do mestre maçom ou companheiro, título então, que correspondia ao segundo grau. São descritos alguns dos passos da cerimônia: o candidato “era colocado de joelhos”, “depois de um grande número de cerimônias para assustá-lo”, ele tomava o livro e fazia o juramento de joelhos, então. Essa é a versão que de mais antiga existe da cerimônia e do juramento de um Maçom, que o Irmão Henry Carr descreve assim: “Pelo próprio Deus e você responderá a Deus quando você estiver nu diante dele, no grande dia, que você não revelará qualquer parte do que você ouvir ou ver, neste momento, seja por palavra escrita, nem colocará por escrito em momento algum nem desenhará com a ponta de uma espada, ou qualquer outro instrumento sobre a neve ou a areia, nem você falará sobre isso, a não ser com um maçom iniciado, assim Deus lhe ajude.” O fato é que não havia penalidade nesse compromisso, o que havia era a obrigação de manter o segredo. Após, o candidato era levado para fora pelo candidato que havia sido iniciado anteriormente, onde lhe era ensinado o sinal, as posturas e palavras de entrada. Na volta, depois de uma mesura, o candidato dava as palavras de entrada, incluídas aí uma saudação ao mestre e aos
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 18/39 irmãos, e terminava dizendo as seguintes palavras: “sob não menos dor do que cortar minha garganta”, que uma ao pé do texto se refere a ter de fazer o sinal quando isto era pronunciado. Esse documento registra a primeira aparição do sinal de um aprendiz-maçom. O Irmão Henry Carr dá um lembrete que é digno de reproduzir, pois, insere-nos de vez naquela realidade, e permite que façamos algumas comparações importantes se assim quisermos: “Agora Irmãos, esqueçam tudo sobre suas Lojas lindamente decoradas; eu estou falando de Maçonaria Operativa, quando a Loja era ou uma pequena sala na parte de trás de uma taverna, ou em cima de uma taverna, ou então um galpão ligado a um grande trabalho de construção, e se houvesse uma dúzia de pedreiros lá, teria sido um bom quórum.“ Voltando ao tema principal. Depois do sinal, o candidato era levado até ao Mestre. O instrutor sussurra a palavra ao ouvido do seu vizinho que a sussurra para o homem seguinte e assim por diante até chegar ao Mestre, que dará a palavra ao candidato. Há outra nota de rodapé que diz que não era uma palavra, mas duas: B e J, para o aprendiz maçom. Assunto para ser considerado quando for estudada a evolução dos três graus. Dois pilares para o aprendiz maçom, isso era tudo do trabalho em Loja. Havia ainda um conjunto de perguntas e respostas simples que tinha o título de: “ALGUMAS PERGUNTAS QUE MAÇONS COSTUMAM FAZER ÀQUELES QUE TEM A PALAVRA, ANTES QUE ELES O RECONHEÇAM”. Estavam inclusas algumas perguntas para testar aquele que fosse estranho à Loja, procedimento que era realizado do lado de fora. Este texto é a primeira e mais antiga versão do catecismo maçônico. Eram na totalidade 15 perguntas a serem feitas, sendo que aqui estão algumas delas: “Você é um pedreiro? Como posso saber? Onde você ingressou? O que faz uma Loja verdadeira e perfeita? Onde era a primeira Loja? Existem luzes em sua loja? Existem joias em sua loja? Como bem se refere o Irmão Henry Carr: Esses foram os primeiros começos fracos do simbolismo maçônico. É incrível o quão pouco havia no início. 15 perguntas e respostas que deviam ser respondidas pelo candidato, que não tinha tido tempo para aprender as respostas. Essa era a cerimônia de aprendiz maçom em sua totalidade. *** No próximo capítulo teremos a continuidade da matéria que trata da evolução dos Rituais Maçônicos, depois de ter acompanhado um pouco da história dos manuscritos mais antigos conhecidos como “Old Charges”, dos catecismos a partir do momento em que passaram a estar embutidos nesse manuscritos. Veremos ainda na sequência a história do catecismo “A Maçonaria Dissecada” de Prichard, pivô de grandes transformações que ocorreram a partir daí na Maçonaria, e veremos também a verdade sobre Elias Ashmole e a criação de rituais. Consultas Bibliográficas: Internet: “Seis Séculos de Ritual Maçônico”, artigo de autoria do Irmão Henry Carr. Tradução do Irmão José Filardo. Disponível em: https://bibliot3ca.wordpress.com Livros: ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” Volume 1 – 3ª Edição – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2012 ASSIS CARVALHO, Francisco de. “A MAÇONARIA – Usos & Costumes – Volume 2 – CADERNOS DE ESTUDOS MAÇÔNICOS” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição – 1995 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite – Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2ª Edição – 2008
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 19/39 O Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br Sou um maçom repleto de grandes dúvidas existenciais. Em relação às religiões, filosofia, história e à própria doutrina maçônica, o meu pensamento é livre de quaisquer dogmas ou tendências. Mas mesmo assim procuro… Procuro e nem sempre acho as explicações que necessito. Sempre me imponho inúmeras objeções, produzo muitas perguntas tentando provar o contrário, até exaurir todas as possibilidades, reviro uma teoria ao avesso, não aceitando o que não passar pelo meu cuidadoso crivo intelectual, e pela experiência vivida. Prefiro as várias verdades, misturando-se as doutrinas e usufruir exaurindo tudo o que interessa já que a Ordem permite pelo ecletismo que isto aconteça, me detendo especialmente nas incongruências, nos paradoxos, nas contradições e na relatividade geral de tudo que me cerca. Sou muito mais documental que místico. Como vivo num mundo complexo e estranho, não aceito explicações simples, a não ser que realmente sejam simples quando sabemos que na maioria das vezes, as explicações são de fachada para se explicar algo que não se tenha explicação transparente e coerente. 5 – Sou um Maçom... Hercule Spoladore
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 20/39 Não sou fanático por coisa alguma. Tenho mais perguntas a fazer que respostas a dar. Moro num país de contradições, no qual a República foi proclamada por um marechal, maçom e monarquista, e que estava doente, onde até hoje existem muitas mentiras e muitas meias verdades. Sobram poucas verdades puras. E esta República até a presente data não se assumiu como tal, pois ainda existe o privilégio de cor, raça, sexo, latifúndio e o poder sempre está nas mãos de uns poucos onde grassa a corrupção a violência e outros males que tanto intimidam os bons cidadãos. Isto não se enquadra na “res publica” idealizada por Cícero e tão sonhada pelo grupo de idealistas republicanos de 1870. Adepto da democracia, da igualdade total dos cidadãos em deveres e direitos. Assim também atuo na Ordem. Por isso, não aceito a ucasse que como sabemos são decisões contaminadas por absolutismo intolerante, por sinal muito usado pelos chefes das Potências em função da “síndrome do poder” que, infelizmente costuma contaminar a maioria dos mandatários da Maçonaria brasileira. No passado do meu presente, tenho saudades de um tempo que não vivi, aquele do “maçom livre em loja livre” onde era eleito venerável o homem mais bom, mais sábio, e o mais competente do grêmio. Que pena que acabou esta linda fase da Maçonaria. Naquele tempo os maçons eram mais felizes. Sou um teísta que crê na imortalidade da alma, e que as vezes tem uma compulsão para ser um deísta, tendo repentes de pensamento num Deus mais racionalista porém, acabo sempre me socorrendo no meu Deus pessoal mas, paro por aí. Prefiro acertar minhas dúvidas e súplicas espirituais diretamente com o Grande Arquiteto do Universo, sem necessariamente apelar a ele através dos intermediários, criados pela mente humana através das religiões, já que estas iludem o homem com promessas impossíveis, atendendo-os de forma enganosa e manipulada, justamente usando o seu desamparo e medo da eternidade. Aceito os chamados Livros Sagrados religiosos como códigos de moral de um povo monoteísta ou politeísta e não como sendo atribuídos às Divindades, ditados aos homens conforme as religiões fazem com que a maior parte da humanidade acredite. E esta minha postura é tranquila e está voltada também com todo o respeito e consideração aos que pensam diferente de mim. Afinal, porque se fala tanto no número dois, número dos opostos, o número da Dialética? Gosto de lutar contra falsos mitos. Sofro muito na Ordem por causa desta tendência.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 21/39 O Irmão João Anatalino Rodrigues escreve aos domingos jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br MAÇONARIA- A CABALA DO OCIDENTE Alguns dos precursores da Cabala, segundo os estudiosos desse sistema, foram os profetas Ezequiel e Daniel, cujas visões, extremamente difíceis de serem explicadas em linguagem comum, só podem ser estudadas e entendidas por quem domina o arsenal do simbolismo cabalístico. Essas visões constituem a chamada Mercabah, uma escola de interpretação cabalística que estuda o fenômeno luminoso como fonte de toda a vida do universo e procura explicar como ele nasceu, se desenvolve e encontrará o seu apocalipse. É própria escatologia universal contida em uma única visão, como mais tarde o escritor argentino Jorge Luis Borges descreverá em seu famoso conto “O Aleph”.1 É fato que tais visões guardam relação com os momentos históricos vividos pelos israelitas e refletem os próprios sentimentos, temores e esperanças acalentadas por esse povo, em sua extraordinária saga.2 Mostram também a existência de uma tradição muito em voga entre as antigas civilizações, de retratar os seus estados interiores através de complicadas visões gestaltianas, intraduzíveis nos sistemas de linguagem antigos.3 Como explica Northrop Frye em sua obra, “há, no Velho Testamento, uma concepção de linguagem que é poética e “hieroglífica”, não no sentido de uma escrita de sinais, mas no sentido de se usarem as palavras como um tipo particular de sinal.”4 Quer dizer, há, na 1 A Mercabah se refere principalmente á visão do profeta Ezequiel, citada em Ezequiel, 1:4,28. Ela constitui uma escola de interpretação da Bíblia pela ótica cabalística, que vê nessa visão do profeta uma metáfora bastante eloquente do nascimento, desenvolvimento e fim do universo. Uma visão escatológica completa, portanto. 2 Na imagem a Visão da Mercabah, ou visão de Ezequiel. 3 Gestalt é a doutrina que ensina que a soma das propriedades de um objeto formado em nossa mente é mais do que ele realmente é, pois a mente acrescenta ao objeto outras propriedades que ela “acha” que o objeto tem. Exemplo disso é uma nuvem no céu, que olhada por diferentes pessoas pode assumir formas totalmente diversas na mente de cada observador. 4 Northrop Frye- O Código dos Códigos, Ed. Boittempo, São Paulo, 2004. 6 – Maçonaria - A Cabala do Ocidente João Anatalino Rodrigues
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 22/39 própria Bíblia, uma visão semiótica toda particular que nos sugere diferentes interpretações para uma mesma palavra, ou de uma frase, que não podem ser conformadas em um único significado. Destarte, muitas palavras, que na linguagem comum significam uma coisa, na linguagem usada pelos autores desses antigos textos significam coisas muito diferentes, que só podem ser devidamente descodificadas se postas no exato contexto em que viveram os seus autores e recenseadas as suas relações de sentimento e interação com o ambiente e os acontecimentos que fizeram parte da experiência que eles relatam. Referindo-se ainda ao estudo do autor acima citado, verifica-se que nas sociedades antigas há uma interação mais estreita entre o sujeito e o objeto, no sentido de que a ênfase do sentimento experimentado pela pessoa recai mais sobre a relação que a liga ao ambiente do que na própria observação do sentimento em si, coisa que só começou a acontecer depois da experiência grega. Essa característica do pensamento antigo também foi explorada por James Frazer em seu estudo sobre as tradições dos antigos povos, quando se refere ao sentimento do homem primitivo em relação aos seus deuses. É uma relação de simbiose, no sentido de que o homem primitivo não possui um “self” bem desenvolvido, ou seja, um sentimento de si mesmo, independente da divindade que ele cultua. Essa noção, como bem viu esse autor, só seria desenvolvida mais tarde, já nos tempos históricos, pelos gregos, com a cultura do pensamento filosófico. 5 É nesse sentido que Frye explica o fato de que “muitas sociedades primitivas possuem palavras que expressam essa energia comum á personalidade humana e á natureza circundante e que são intraduzíveis em nossas categorias e correntes de pensamento.(...) A articulação das palavras pode dar corpo à este poder comum; daí emana uma forma de magia, em que os elementos verbais, como fórmulas de “feitiço” ou encantamento, ou coisas parecidas, ocupam um papel central. Um corolário desse princípio é o de que pode haver magia em qualquer uso que se faça das palavras. Em tal contexto, as palavras são forças dinâmicas, são palavras de poder.6 O autor em questão cita, á guisa de exemplo, a palavra maná, ou mana, que em Êxodo, 16, aparece como sendo uma espécie de pão que Jeová faz cair do céu para alimentar o faminto povo de Israel no deserto. Essa palavra (man, maná, manes, em várias línguas antigas), refere-se á uma força, ou energia, que se encontra concentrada em objetos ou pessoas e que pode ser adquirida, conferida ou herdada. Na mitologia romana, por exemplo, esse termo conecta-se com o termo “manes”, palavra que designa a influência que os ancestrais mortos podiam exercer sobre os vivos. No Egito antigo falava-se de Menes, que segundo a tradição teria sido o primeiro rei da unificada nação egípcia. Os historiadores suspeitam, no entanto, que esse Menes está conectado com a lenda de Osíris, o deus que teria instituído a civilização entre os egípcios, sendo, portanto, a representação de uma força natural, ligada á importância que o sol, ou o rio Nilo, tinha para esse povo, e não á um personagem histórico. 5 Sir James Frazer, “ O Ramo de Ouro”- Zahar Editores, São Paulo, 1982. 6 Northrop Frye, O Código dos Códigos- citado, pg. 27. Quer dizer, o homem só tomou consciência de si mesmo a partir do momento em que começou a refletir sobre o seu próprio ser. Esse momento, que ocorreu com a civilização grega, pode ser expresso na frase de Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 23/39 Criam-se, dessa forma, insuspeitadas relações simbólicas, que se hospedam no inconsciente coletivo da humanidade e são passadas de geração á geração, dando formato á crenças, valores e costumes, os quais, no contexto geral da cultura humana podem explicar muita coisa que de outra maneira ficariam para sempre catalogadas como meras superstições.7 Por isso o discurso cabalista sempre termina com uma exortação que mais parece ter sido tirada de uma dissertação gestaltiana. É mais ou menos algo assim. Quando se revela o que está oculto, então não está mais oculto. Ou então o que foi revelado, se pode ser contestado, é uma grosseira farsa. A Cabala não pretende revelar nada. Apenas refere o que as pessoas sentem e veem. E o que elas sentem e veem pode ser apenas a visão que elas têm, moldada pelos próprios sentimentos, que afinal podem não ter nada a ver com a verdade que se esconde atrás dos símbolos, das imagens e jogos de palavras que a linguagem cabalística usa. O segredo não está na forma e no significado que o símbolo parece indicar, mas no sentimento que ele inspira. Pois todo símbolo carrega em si um elemento arquétipico que, com maior ou menor força, acaba moldando as nossas crenças. A Cabala, portanto, é uma forma de Gestalt, ou seja, uma forma de ver o mundo e explicá-lo a partir de um simbolismo todo particular. Reflete o pensamento dos escritores e comentadores da Bíblia, que intuem nas estranhas visões dos profetas bíblicos uma descrição dos planos de Deus para a construção do edifício universal. Essa é a visão que interessa á Maçonaria, tradição que integra em sua mística a ideia que o universo é pensado por um Grande Arquiteto e construído pela ação de seus mestres, os arcanjos, e pedreiros, os homens. E escudada nessa visão, desenvolveu um sistema de pensamento e uma prática de vida que vêm deixando indeléveis marcas na história da humanidade. Pela semelhança de seus objetivos e pela visão mística e conceitual que ela tem do mundo, podemos dizer que a Maçonaria é a Cabala do Ocidente. Alfabeto maçônico Alfabeto cabalístico 7 Idem, op citado, pg. 28.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 24/39 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 07.04.1997 Expedicionário Nilson Vasco Gondin Florianópolis 12.04.1997 Lara Ribas Florianópolis 21.04.1979 Colunas do Imbé Imbituba 26.04.1979 Duque de Caxias Florianópolis 28.04.1990 Luz do Vale Rio do Sul 28.04.2008 Consensio Içara Data Nome da Loja Oriente 02.04.2013 Sol do Oriente nr. 107 Balneário do Rincão 05.04.1983 Acácia Negra nr. 35 Mafra 08.04.2015 São Miguel da Terra Firme nr. 110 Biguaçú 09.04.1952 Fraternidade Tubaronense nr. 09 Tubarão 14.04.1956 Mozart nr. 08 Joinville 14.04.2014 Amadeus Mozart nr. 108 Joinville 15.04.2007 Acácia Riosulense nr. 95 Rio do Sul 18.04.1997 Padre Roma nr. 16 São José 21.04.1982 Inconfidência de Concórdia nr. 27 Concórdia 24.04.2001 Liberdade e Harmonia nr. 81 Florianópolis 7 – DESTAQUES JB Resenha Geral Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de abril
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 25/39 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 02.04.1860 Regeneração Catarinense - 0138 Florianópolis 03.04.1998 Pedra Da Fraternidade - 3149 Itapoá 04.04.1974 Hermann Blumenau - 1896 Blumenau 12.04.1973 Plácido O De Oliveira 2385 Rio do Sul 19.04.1996 Universo Da Arte Real - 2947 Penha 23.04.2012 Ética E Justiça Florianópolis 24.04.1995 Estrela Da Harmonia -2868 Criciúma 25.04.2003 Laelia Purpurata - 3496 Camboriú 28.04.2003 Harmonia E Fraternidade -3490 Florianópolis Consistorio dos Príncipes do Real Segredo Xaver Arp Drolshagen – Administração 2016 A Sessão do dia 09.04.2016 terá a seguinte ordem do dia: - Posse da Administração 2016 - Iniciação Grau 31 - Síntese do Grau 31 proferida pelo Irmão Geraldo Morgado Fagundes - -Temas para trabalho de Grau Após a Sessão realizaremos almoço na CW Espaço Gourmet. Segue em anexo, arquivo contendo o Programa de Trabalho do Consistório para o ano de 2016, sendo que serão realizadas mais 4 Sessões e 2 Investiduras, conforme calendário de atividades e solicitação dos Trabalhos dos Graus 31 e 32. Conto com a participação do Irmão para a Sessão do dia 09.04.2016. Fraternalmente Adairso Laerte Nienkoetter Presidente do Consistório dos Príncipes do Real Segredo Xaver Arp Drolhshagen.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 26/39 A Homenagem ao Irmão Gilberto Graff A Loja Universo II nr. 57 promoveu na noite de sexta-feira, Sessão Branca Especial em homenagem ao Irmão Gilberto José Graff, em razão de sua transferência para a Loja Rei David nr. 58, também jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina e que trabalha semanalmente nas tardes de quarta-feira, das 16h00 às 18h00. Foram 22 anos dedicados à Loja Universo, recebendo uma justa homenagem por esse largo tempo dedicado ao engrandecimento da Loja Universo nr. 57 e à Maçonaria Universal. O Mestre Instalado Gilberto Graff, ocupou diversos cargos na própria Loja Universo nr. 57 e na Grande Loja de Santa Catarina, sendo atualmente o seu Grande Instrutor Litúrgico. Na sessão, falaram os irmãos Juarez Fonseca de Medeiros, Venerável Mestre da Loja Templários da Nova Era, Irmão Nedel Camargo, Venerável Mestre da Loja Rei David nr. 58, Irmão Flávio Graff, Deputado do Grão-Mestre da GLSC e filho do homenageado, sra. Marli Graff, esposa do homenageado, o próprio Gilberto José Graff e o Sereníssimo Grão- Mestre, Ir João Eduardo Berbigier.
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 27/39 A Sessão foi presidida pelo Venerável Mestre, Irmão Altani Luiz de Oliveira Gonçalves. O Ir Gilberto Graff foi agraciado com uma vistosa placa de agradecimento pelos seus serviços prestados à Loja e a cunhada Marli com um belo ramo de flores. Foi uma sessão de uma justa homenagem prestada a um grande Homem, a um grande Chefe de Família e a um grande Maçom.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 28/39
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 29/39
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 30/39 Loja Adonay Barbosa dos Santos (GLEAC)
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 31/39 A Loja Adonay Barbosa dos Santos nr. 11, de Rio Branco, jurisdicionada à Grande Loja do Estado do Acre,: realizou na noite da última sexta-feira, pela passagem dos seus 20 anos de fundação, Jantar Ritualístico que contou com a participação do Grão-Mestre Fernando Zamora, do Grão-Mestre Adjunto Valmiki Silva, além de todas as lojas co- irmãs da GLEAC e comitiva do Grande Oriente do Brasil. Veja os registros fotográficos:
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 32/39
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 33/39 O Niver do Irmão Borbinha Neste sábado (2), o Irmão Roberto Borba, Venerável Mestre da Loja Lara Ribas nr. 66 (GOSC), conhecido carinhosamente como Irmão Borbinha, correspondente do JB News, festejou mais uma data natalícia em sua residência balneária localizada na Praia dos Sonhos, na Grande Florianópolis. Irmãos das três Potências, levaram o seu abraço a esse grande ser humano, que nos recebeu com uma saborosíssima costela preparada por ele e alguns manos voluntários. Parabéns Irmão Borbinha. Muita saúde, harmonia, sucesso e vida longa. Irmãos das três Potências que foram levar o abraço ao Irmão Borbinha
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 34/39 Veneráveis Mestres das Lojas Templários da Nova Era , Irmão Juarez e da Loja Lara Ribas, Irmão Borbinha O aniversariante, Irmão Borbinha
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 35/39 Equipe de peso do JB News reunida: Os correspondentes irmãos Borbinha, Valbério e Fernando, com o editor Veja os demais registros fotográficos. (O aniversariante Borbinha não trabalhou. As fotos foram produzidas pelos demais correspondentes, Valbério e Fernando) https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/BorbinhaRobero BorbaAniversario?authkey=Gv1sRgCJCyhomqpYWF1AE
  • 36. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 36/39 Gravura de uma sessão maçônica de 1790 (Londres) Esta veio de Paris.... beleza, heim?
  • 37. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 37/39 ( Merci mon frère Jacques. Un bon week-end) Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News. 1 – Não é conversa de pescador. Veja o tucunaré gigante: Tucunare_gigante_.WMV 2 – Fotos inéditas da 2ª. Guerra Mundial: https://www.youtube.com/watch?v=21bgiu5ddq4 3 – os 7 animais mais fortes do mundo: https://www.youtube.com/watch?v=Juwn7P3ueLY 4 – Ver-opeso – Belém do Pará https://www.youtube.com/watch?v=20lytfWPR94 5 – João Pessoa: https://www.youtube.com/watch?v=iIZuTimMhvo 6 – Curso filosófico das iniciações antigas e modernas: Ragon-J-M-Curso-Filosofico-de-Las-Iniciaciones.pdf 7 – Filme do dia: (O Grande Mestre) – dublado https://www.youtube.com/watch?v=S8V3HD6ErNE
  • 38. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 38/39 O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira * escreve aos domingos no “Fechando a Cortina” Escutei a voz da minh´alma, a perguntar por ti. Entre soluços e prantos, desfigurada pela saudade, e numa súplica ao meu coração, desabafou : " Perdeste a visão do universo. O teu amor próprio te feriu de morte, turvando o cristalino dos teus olhos. Saibas que os sentimentos não
  • 39. JB News – Informativo nr. 2.010 – Florianópolis (SC) – domingo, 3 de abril de 2016 Pág. 39/39 precisam de olhos para enxergar. São o teu sexto sentido. Estes, não conseguirás matar, estão protegidos por tua alma, tua essência... Quero te devolver a vida e a felicidade, através do amor que deixaste partir. Sempre haverá tempo para os que amam... Esqueça o que passou. As mágoas só existem para ti, e o coração aguarda o perdão." Perdi a alegria e a confiança, mas ainda alimento a esperança, de um novo amor encontrar ! Caminho pelas estradas sem fim, cruzo as esquinas da vida, as fronteiras derradeiras, escutando vozes que me levam para longe deste lugar. A minh´alma e ao meu coração, peço perdão. Aqui, não posso ficar... ainda há tempo para amar, noutro lugar. Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com * Sinval Santos da Silveira - MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis