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Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016
Bloco 1 – Almanaque
Bloco 2 – IrJuarez de Oliveira castro – Vida Simples (Foco & Ação)
Bloco 3 - IrSérgio Quirino Guimarães – A mensagem da Bandeira Nacional diante da ...
Bloco 4 - IrAnestor Porfírio da Silva – Distinções entre Solidariedade e Filantropa
Bloco 5 – IrJosé Maurício Guimarães – Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. História ...
Bloco 6 – IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Menaldo Assis (Sete Lagoas – MG)
Bloco 7 – Destaques JB
- Lojas aniversariantes;
- Grande Loja do Estado do Acre;
- Nossas Lojas
- Convites;
- Curiosidade Maçônica;
- O alegre humor do dia;
- Câmera Um;
- Fechando a Cortina
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Para Aprendizes Eternos, Pesquisadores Incansáveis, Cunhadas Curiosas, Goteiras
Incuráveis, Esotéricos de Plantão, Místicos Misteriosos e Festeiros de Ágapes e Regabofes,
este aqui é um site que está sempre de pé e à ordem!
www.artedaleitura.com
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 95º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante)
Faltam 271 dias para terminar este ano bissexto
Dia da Criança (Hong-Kong)
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 3/31
 503 a.C. — Segundo o triunfo romano, o cônsul Agripa Menênio Lanato celebrou um ovação para
uma vitória militar sobre ossabinos.
 1581 — Francis Drake é condecorado por completar uma circum-navegação do mundo.
 1796 — Georges Cuvier profere sua primeira palestra paleontológica na École Centrale du Pantheon
do Museu Nacional de História Natural sobre a vida e restos fósseis de elefantes e espécies afins,
fundando a ciência da paleontologia.
 1814 — Napoleão abdica pela primeira vez e nomeia seu filho Napoleão II como Imperador dos
Franceses.
 1839 — Fundação da Escola de Farmácia de Ouro Preto, hoje vinculada à Universidade Federal de
Ouro Preto, Brasil.
 1865 — Guerra de Secessão: um dia depois de forças da União capturarem Richmond, Virgínia, o
presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincolnvisita a capital confederada.
 1925 — A Schutzstaffel (SS) é fundada na Alemanha.
 1931 — Tem início na ilha da Madeira a Revolta da Madeira, um levantamento militar contra o
governo da Ditadura Nacional.
 1939 — Faisal II torna-se rei do Iraque.
 1945 — Segunda Guerra Mundial: tropas soviéticas libertam a Hungria de ocupação alemã e
ocupam o país.
 1949 — Doze nações assinam o Tratado do Atlântico Norte dando origem à Organização do Tratado
do Atlântico Norte (OTAN).
 1958 — O símbolo da paz CND é mostrado ao público pela primeira vez em Londres.
 1960 — A França compromete-se a conceder a independência da Federação do Mali, uma união
do Senegal com o Sudão Francês.
 1964 — Os Beatles ocupam as cinco primeiras posições na parada pop da Billboard Hot 100.
 1965 — É apresentado o primeiro modelo do novo avião de caça Saab Viggen.
 1967 — Martin Luther King Jr. profere seu discurso "Beyond Vietnam: A Time to Break Silence"
na Igreja de Riverside, em Nova Iorque.
 1968
o Martin Luther King Jr. é assassinado por James Earl Ray, em um motel, em Memphis,
Tennessee.
o Programa Apollo: a NASA lança a Apollo 6.
 1973 — O World Trade Center, em Nova Iorque, é oficialmente inaugurado.
 1975 — Fundação da Microsoft em Albuquerque, Novo México, uma parceria entre Bill Gates e Paul
Allen.
 1976 — O príncipe Norodom Sihanouk renuncia como líder do Camboja e é colocado sob prisão
domiciliar.
 1979 — O primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto do Paquistão é executado.
 1983 — O ônibus espacial Challenger faz sua viagem inaugural ao espaço.
 1994 — Marc Andreessen e Jim Clark fundam a Netscape Communications Corporation sob o
nome Mosaic Communications Corporation.
 1996 — O cometa Hyakutake é fotografado pela sonda NEAR Shoemaker.
 2002 — O governo angolano e os rebeldes da UNITA assinam um tratado de paz que termina com
a Guerra Civil Angolana.
 2004 — O exército Mahdi de Moqtada al-Sadr inicia uma revolta em várias cidades e regiões do sul
do Iraque depois do encerramento do jornal al-Hawza pelas forças da coligação.
 2010
o A missão Soyuz TMA-18 da Nasa chega à Estação Espacial Internacional.
o Um sismo de 7,2 graus na escala de Richter provoca destruição no México e nos Estados
Unidos.
 2011 — França anuncia a descoberta de mais corpos e partes intactas de fuselagem de avião no meio
do Oceano Atlântico, dois anos depois da tragédia do voo Air France 447.
Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1838 Lei Provincial nr. 87, desta data, proibiu qualquer trânsito de mercadorias destinadas ao
município de Lages, tendo em vista estar aquela cidade sob o domínio das forças “farroupilhas”.
1869 Morre, em Assunção, o catarinense Jacinto Machado. Herói da Guerra, seu nome foi dado a um
município do Sul do Estado.
1934 Decreto, desta data, criou a comarca de Jaraguá do Sul.
1962 Lei nr. 817, desta data, criou o município de Pinheiro Preto, desmembrado de Videira.
1968 Morre, em São Bento do Sul, João Treml, fundador da banda típica denominada “Banda
Treml”.
1972 Decreto 4472/N 110, desta data, instituiu a Medalha do Mérito “Anita Garibaldi”.
1886 Rudyard Kipling, Prêmio Nobel de Literatura de 1907, autor de Minha Loja Mãe, iniciado na
Hope And Esperance Lodge nº 782, na Índia.
1893 Fundada a Droit Humain – Grande Loja Simbólica Escocesa, Obediência mista, por Maria
Deraismes e George Martin, na França.
1974 Fundada a Loja Hermann Blumenau nº 1896 (GOB/SC) em Blumenau, que trabalha no REAA.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
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O Irmão Juarez de Oliveira Castro
escreve às segundas-feiras
(48) 9983-1654 (Claro) - (48) 9801-9025 (TIM)
juacastr@gmail.com – http://www.alferes20.net
Vida simples
Se pensarmos bem o que a Maçonaria pede de cada um de nós? Não pede grandes coisas. Não
pede que sejamos perfeitos. Nem que sejamos super-homens. Ela pede que sejamos simples. Que
tenhamos uma vida simples.
Uma das coisas que chama sempre atenção em nossa Iniciação é que nos é tirado todos os bens
materiais. Nós entramos na Maçonaria sempre “nem nu nem vestido”. Entramos simples.
Despojamos-nos de tudo para ver que a vida é simples. Tanto é verdade que assistimos o ato
dramático do Hospitaleiro que nos pede “um pequeno auxílio para os desgraçados que vamos
socorrer” e não temos nada. E isso é uma falta aos princípios de caridade da Maçonaria. Este ato
não foi para colocarmos em situação de vexame, nem de humilhação, mas para mostrar que a
Maçonaria quer que sejamos simples. Que sejamos despojados de vaidades e do luxo da
sociedade.
O “Nem nu nem vestido” quer dizer que fomos privados dos bens materiais para lembrar que
nascemos sem nada e que devemos primar pelo aprimoramento espiritual e, pela simplicidade para
fazer o bem a humanidade pelos nossos próprios esforços. Fazer o bem sem olhar a quem.
Na realidade, nos diz frei Jonas Nogueira da Costa, que “A simplicidade nos obriga a olhar para
nós mesmos”.
E é isso que a Maçonaria quer de cada um de nós: Olhar-nos. Por isso que ela nos fez fazer
algumas viagens para entender o que ela queria de nós. As viagens foram por caminhos
escabrosos, semeado de dificuldades, repleto de dificuldades, em meio a ruídos e de trovões
atordoadores, e depois por uma estrada menos difícil, e finalmente por uma terceira viagem por
um caminho plano e suave envolto no maior silêncio, demonstrando o caminho da simplicidade.
Esta última viagem nos mostra o “estado de paz e tranquilidade resultante da ordem e da
moderação das paixões do homem, que atinge a idade da maturidade e da reflexão”. É a vida
simples do Maçom.
Primeiro a Maçonaria nos dá, para depois cada um dar-se ao próximo. Dar aquilo que temos de
mais profundo em nosso ser: Amor. E para isso precisamos ter uma vida simples. Porém, cheio de
vontade de colaborar com o desenvolvimento da humanidade. Para isso, precisamos agir como
“Pedra Polida que representa o homem instruído que dominou as paixões e abandonou os
preconceitos e se libertou das asperezas da Pedra Bruta” que diligentemente a poliu.
2 – Opinião - Vida Simples (Foco & Ação)
Juarez de Oliveira Castro
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Ano 10 - artigo 14 - número sequencial 559 - 03 abril 2016
Saudações, estimado Irmão!
A MENSAGEM DA BANDEIRA NACIONAL,
DIANTE DA ATUAL SITUAÇÃO DO BRASIL
Símbolo maior de uma nação, a bandeira representa seu povo, sua história
e nos remete a posicionamentos e aos valores que devemos assegurar
perante nossa Pátria.
Diante da realidade atual, não há como desconsiderar a gravidade dos
problemas econômicos, políticos e institucionais pelos quais passa a
nação.
Para o Maçom é imprescindível uma ação enérgica diante deste quadro, desde que se mantenha
preservado o posicionamento estritamente maçônico de não nos deixarmos levar pelo vício da
paixão e, menos ainda, nos engajarmos em atitudes violentas e desrespeitosas com as opiniões
contrárias.
Todo momento de incerteza e desconfiança, seja política, ética ou moral encontra sua reação por
meio de investigações, julgamentos dos delitos e as consequentes punições, que desaguarão no
fortalecimento das leis e das instituições.
Neste momento especial da História de nosso país, sejamos sinceros e atentos ao risco de
cometermos o equívoco de manifestações desrespeitosas e destemperadas, pró ou contra seja
quem for. O resultado desta postura irrefletida será, necessariamente, a criação de zonas de atrito
entre Irmãos. E fica a pergunta: Quem ganha com isto?
Combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, glorificar o Direito, a Justiça e a
Verdade, são estas as diretrizes da política, da moral e da ética, que conduzem os labores
maçônicos, baseados na garantia do Direito, na aplicação da Justiça e, acima de tudo, na
incansável busca da Verdade dos fatos.
Indiferentemente das opiniões pessoais e do posicionamento político partidário, nós Maçons não
podemos perder nossa identidade de Irmãos, unidos por compromissos acima das paixões
profanas. Não devemos esquecer dos laços de fraternidade que nos unem e dos valores
consolidados que regem nossa Fraternidade.
A nação, representada em nossos Templos pela Bandeira Nacional, deve ser reverenciada,
3 – A mensagem da Bandeira Nacional diante da atual situação
do Brasil - Sérgio Quirino Guimarães
JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 7/31
respeitada e amada. Pregar a violência, usar frases clichês como “pegar em armas”, o insulto ao
outro pela divergência de opinião, não condizem com o Maçom e nem com a mensagem de nossa
bandeira.
“Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.”
Não há dúvidas de que seja um desejo sincero de todos os Maçons um futuro melhor para o Brasil.
Somente conseguiremos atingir essa meta tendo em nós a clara convicção de que devemos
transformar nossa indignação em ação concreta contra a grande mazela da sociedade brasileira,
que é a corrupção, em todos os níveis, de forma apartidária sendo nós mesmos vigilantes de nossa
própria conduta.
Contra a corrupção, que é a origem e a consequência de toda essa mazela pela qual passamos hoje,
a Maçonaria tem uma ação séria e comprometida com o Brasil, que é o projeto Corrupção Nunca
Mais (www.corrupcaonuncamais.com.br).
O Irmão está colaborando? Tem, de fato, como Maçom, consciência de seu dever em promover o
bem-estar da Pátria?
“Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser!”
Este artigo foi inspirado no livro “MAÇONARIA PARA MAÇOM” do Irmão e Amigo Jorge
Vicente, que na página 109, relata uma experiência diante da apresentação do Pavilhão Nacional:
“Eis que surge o Porta-Bandeira na postura correta, emocionante, trazendo a Bandeira do
Brasil, sem que ela se curvasse um só instante. Ele, o Irmão que conduzia o Pavilhão, seguia
ereto, como que estando a Ordem.”
Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de
fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura,
enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de
enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
Quirino
Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG
Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
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Anestor Porfírio da Silva
M.I. e membro ativo da Loja Adelino Ferreira Machado
Hidrolândia – GO.
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
DISTINÇÕES ENTRE SOLIDARIEDADE E FILANTROPIA
A omissão por parte do Poder Público em não se fazer presente em certas áreas de sua
estrita competência, como na que diz respeito ao estado de abandono em que muitas pessoas se
encontram vivendo em situação de penúria, permanentemente necessitando de ajuda material e
psicológica, é causa que motiva e leva as pessoas sensíveis ao bem a se unirem e se organizarem
com o fim de suprimir ou pelo menos minimizar tal ausência de responsabilidade mediante o
emprego da solidariedade, da filantropia e da beneficência.
O maçom, por uma questão de honra e, por que não dizer, pela dignidade da ordem a
que pertence, pelo compromisso solene que assumiu, pela palavra empenhada e até pelo
juramento que, de livre vontade, foi por ele prestado quando de sua iniciação, tem, por dever e
obrigação a prática constante tanto da solidariedade quanto da filantropia.
Mas, afinal, o quê vem a ser solidariedade, beneficência, filantropia? Numa análise
superficial parecem ter o mesmo significado, representarem a mesma coisa, mas, não.
Conceitualmente, se identificam apenas em um ponto: qualquer das três é meio pelo qual se presta
ajuda a alguém.
Lexicógrafos renomados definem “solidariedade” como sendo o compromisso pelo qual
as pessoas se obrigam umas pelas outras por sentimento de cooperação motivado por diversas
razões de uma das partes em relação à outra.
Já a “filantropia” é amor à humanidade – sentimento que leva a ajudar as pessoas,
independentemente de quaisquer motivações políticas ou religiosas. Filantropia é ação continuada
de doar dinheiro ou outros bens a favor de instituições ou pessoas que desenvolvam atividades de
grande mérito social. É encarada por muitos como uma forma de ajudar e, ao mesmo tempo, guiar
o desenvolvimento e a mudança social sem que se recorra à intervenção estatal, muitas vezes,
contribuindo por essa via em substituição da ineficiente política pública nas áreas social, cultural
ou de desenvolvimento científico. Não consiste, pois, na prática de simples ajuda a esta ou àquela
pessoa necessitada como ocorre na solidariedade. A filantropia vai além. Em alguns países é ela a
principal provedora de recursos à investigação científica e ao financiamento das universidades e
instituições acadêmicas. O que leva as pessoas a praticarem a filantropia é a vontade de ajudar, é o
amor ao próximo não importando quem seja ele, que idade tem, do que necessita, onde se
encontra, o que faz, como vive etc. Seu lema é “ajudar sem olhar a quem.”
Por outro lado, envolvendo solidariedade e filantropia em seu conceito, temos a
“beneficência” que, por si só, se define como sendo “qualidade de beneficente – ato de beneficiar
4 –Distinções entre Solidariedade e Filantropia
Anestor Porfírio da Silva
JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 9/31
– prática de obras de caridade – filantropia – inclinação à prática do bem – ação de fazer bem a
alguém seja pela identificação de companheirismo, amizade ou não”.
Como se depreende, no exercício da beneficência (ou solidariedade) a ajuda é de caráter
mútuo, sempre que houver necessidade e falta de recursos para superá-la. Ela se desenvolve de
individuo para indivíduo por um espaço de tempo limitado até que a dificuldade, também de
natureza transitória, seja superada e a motivação que leva alguém a exercê-la é o sentimento de
cooperação a membros de grupos que se formam por sentimento afetivo, por companheirismo ou
por amizade. Seu lema é “ajudar hoje para, se precisar, ser ajudado amanhã.”
Era costume das Guildas (sociedades de pedreiros livres), que existiram ao tempo da
chamada maçonaria operativa, a promoção de arrecadação de contribuições dos que podiam
ofertá-las para socorrer os seus congregados em momentos de profunda dificuldade. Figuravam
entre esses congregados os pedreiros, os artífices, os forjadores de metal, serviçais, enfim, todos os
seus associados. Em caso de absoluta necessidade a mencionada proteção se estendia às viúvas e
aos filhos dos associados falecidos. Foi do costume dessa prática solidária entre os construtores
medievais organizados em associações, que a maçonaria adotou como parte obrigatória de sua
ritualística o tronco de solidariedade ou de beneficência.
TRONCO
Segundo Castelani, a palavra “tronco” tem sua origem no idioma francês “tronc” com
dois significados: tronco de árvore e caixa de esmolas. O nome primitivo em maçonaria era “Tronco
da Viúva”, ou seja, caixa de madeira (Baú) para guardar as esmolas ofertadas à viúva (vocábulo
usado pelos maçons referindo-se à maçonaria como sua mãe viúva). Entre os registros da história
da maçonaria até então pesquisados não foi encontrada nenhuma anotação que possibilitasse
esclarecer a partir de quando o “Tronco da Viúva” passou a ser denominado de Tronco de
Solidariedade ou de Beneficência.
Hoje em dia, o Tronco de Solidariedade ou de Beneficência não representa apenas a
coleta de esmolas. Ele tem significado muito mais elevado para os maçons. Ele circula em Loja pelas
mãos do irmão Hospitaleiro, que é quem tem aos seus cuidados os irmãos doentes e necessitados.
Em seu caminho ele repete o mesmo giro do Saco de Propostas e Informações, passando por cada
irmão presente como se estivesse a dizer-lhe para não desperdiçar a oportunidade de ser solidário,
posto que, ao doarmos algo a um irmão que de nós esteja necessitando é estarmos caminhando em
direção à divindade, usando o gesto de ajudar como meio de alimentar a alma e propiciando
condições para remoção de dificuldades, para soluções de problemas, para restabelecimento do
bem-estar e para realização da vontade de alguém que sofre em razão do infortúnio e da falta de
recursos. Para tanto, as Lojas devem formar um fundo mediante a aplicação das arrecadações do
Tronco de Solidariedade ou de Beneficência em poupança bancária conjunta aberta em nome do
irmão Hospitaleiro e do Venerável ou do Tesoureiro para os recursos serem utilizados em eventuais
e inesperadas urgências.
O HOSPITALEIRO
O irmão que se acha investido neste cargo é a quem compete as atribuições de fazer
circular o Tronco da Solidariedade ou de Beneficência e arrecadar óbolos durante as sessões. A Jóia
que esse irmão conduz é o símbolo de uma bolsa cujo significado é o do lugar onde os irmãos
devem depositar suas contribuições. Por ser de sua responsabilidade manter-se sempre informado
sobre as condições de saúde dos demais irmãos, é o hospitaleiro o membro da Loja que,
preferencialmente, deve ocupar o cargo de presidente da Comissão de Beneficência.
DESTINO DO TRONCO
As administrações das Lojas devem ter em mente que o Tronco de Solidariedade ou de
Beneficência se destina a uma única finalidade, ou seja, a prática da solidariedade entre os próprios
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membros da ordem, suas viúvas e órfãos, diante de clara e manifesta necessidade. Isto deve ser
cumprido em primeiro lugar, não devendo tal recurso ser destinado a instituições de caridade
como orfanatos, abrigos, asilos, hospitais, creches etc.. A ajuda prestada a instituições assistenciais
como as aqui mencionadas é prática de filantropia cuja motivação é o amor à humanidade. Por
meio do receptor dos recursos (a entidade filantrópica) a pessoa assistida, muitas vezes, nem é vista
ou identificada por quem faz a doação, o que nada tem a ver com a solidariedade que é ajuda
mútua motivada por sentimento de companheirismo, amizade ou parentesco.
Propostas de irmãos para que a Loja destine a arrecadação do Tronco de determinada
sessão a instituição ou pessoa não pertencente à família maçônica, devem ser analisadas com muito
critério e, se forem atendidas, não devemos nunca desfazer de toda a reserva já conseguida, visto
que, em primeiro lugar, conforme já foi dito, o Tronco de Solidariedade ou de Beneficência se
destina ao socorro de irmãos necessitados e de viúvas e filhos carentes, de irmãos que pertenciam
ao Quadro de Obreiros da Loja. Em segundo plano, estão os necessitados não pertencentes à
maçonaria, que também não podem deixar de receber ajuda maçônica quando baterem em nossas
portas. A estas pessoas temos igualmente o compromisso legal e maçônico de prestar a nossa ajuda
ainda que, para tanto, tenhamos que nos valer excepcionalmente de parte do dinheiro arrecadado
através do próprio Tronco.
Ainda há uma questão que merece enfoque. Em razão dos valores arrecadados pelo
Tronco de Solidariedade ou de Beneficência não pertencerem ao patrimônio da Loja, constitui erro
grave o seu uso indevido como, por exemplo, na reforma do Templo, de asilos, de creches,
aquisição de mobiliários, materiais ou pagamento de despesas que nada têm a ver com o exercício
da solidariedade.
Quanto à filantropia, que também é uma das finalidades da maçonaria, os recursos
destinados à sua prática devem advir de fontes como:
a) arrecadação extra e voluntária entre os Irmãos do Quadro da Loja;
b) promoções e eventos patrocinados pela Loja (sorteios, bingos, rifas, bailes, almoços
etc.);
c) outras fontes não especificadas.
Desde os primórdios tempos de existência da maçonaria não se encontra registros que
demonstrem a utilização do Tronco para fins filantrópicos. Pelo contrário, tudo o que se lê a
respeito, a conclusão a que se chega é de que os recursos arrecadados através do Tronco sempre se
destinaram à ajuda mútua entre os maçons e seus dependentes. Mas, hoje em dia, isto não se
verifica porque a distorcida interpretação que se faz de solidariedade e filantropia tem feito a
maioria das Lojas incorrer no mesmo erro ao praticar filantropia com recursos destinados a socorrer
irmãos carentes, que estejam vivendo momentos ruins, de difícil solução, o que, sem dúvida, vem
contribuindo para que a maçonaria perca parte ainda maior de sua própria identidade.
Louvável é a atitude dos obreiros que têm vontade de ajudar e este mérito é indiscutível,
desde que, na prática, não se esqueçam de si próprios, não desprezem a ajuda mútua ainda
considerada como o cumprimento de um dever incondicional, o que se justifica pelo fato de a
“solidariedade” ser até hoje mantida nos postulados universais da Ordem Maçônica como uma de
suas principais finalidades.
Anestor Porfírio da Silva
M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. De Hidrolândia-GO
Membro do Ilustre Conselho Estadual do GOEG
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IrJosé Maurício Guimarães
Venerável Mestre e fundador da Loja Maçônica de
Pesquisas “Quatuor Coronati” Pedro Campos de Miranda
jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.
TRECHOS DO LIVRO "GRANDE LOJA MAÇÔNICA DE
MINAS GERAIS, HISTÓRIA, FUNDAMENTOS E
FORMAÇÃO"
(excluídas as notas de pé rodapé)
[1]
“Quanto menos as pessoas sabem do passado e do
presente, tanto mais impreciso será o juízo que farão
sobre o futuro”. Coincidentemente, Freud escreveu esse
texto no mesmo ano da criação das Grandes Lojas e da
fundação da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais –
1927.
Isso se aplica ao esforço de reconstrução da memória
maçônica que vinha se degradando de forma acentuada
nos últimos anos. Na certa, uma opinião sobre o futuro
provável da Maçonaria brasileira obriga o maçom de
hoje a indagar qual destino as últimas gerações
prepararam para a Maçonaria e, principalmente, de que
forma estamos encarando os desafios e as
transformações que a Ordem está fadada a experimentar.
5 – Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, História,
Fundamentos e Formação - José Maurício Guimarães
JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 12/31
[2]
Mesmo assim, as tentativas de escrever a história maçônica encontram obstáculos quase
irremediáveis como, por exemplo, a “perda” de arquivos da Maçonaria. Essa indigência vem
desde a Inquisição e não é privilégio do Brasil. A privação das fontes históricas avançou pelo
século XVI e XVII na Europa e nas Américas. Prejuízos de alta conta, como os do incêndio de
Londres, ocorrido entre os dias 2 e 5 de setembro de 1666, que destruiu dezenas de igrejas e
milhares de casa em Londres, repercutiram na cultura maçônica. Nesse episódio, pedreiros de toda
a Inglaterra foram convocados para a reconstrução da cidade sob as ordens do arquiteto da Loja
central de Londres, Christopher Wren. James Anderson, escocês nascido em Aberdeen em 1679,
cita esse fato nas Constitutions of the Free-Masons de 1723 – conhecidas entre nós como as
Constituições de Anderson. Ao expor sobre os Reis da Escócia e da Inglaterra, diz Anderson:
"Após as guerras, tendo sido recuperado o domínio da Família Real, a maçonaria também foi
restaurada, particularmente após o infeliz incêndio de Londres, Ano 1666."
José Braga Gonçalves fala de outro incêndio ocorrido em 15 de julho de 1927, em Viena, que
destruiu uma coleção de documentos referentes aos primórdios da Maçonaria (mais uma vez, o
ano de 1927). O sinistro foi atribuído aos participantes da malfadada tentativa de golpe dos
nazistas cognominada Putsch da Cervejaria de Munique.
Na Espanha, o Generalíssimo Francisco Franco consolidou, a partir do início da Segunda Guerra
Mundial, um Estado autoritário e corporativo que reprimiu a Maçonaria e incorporou grande parte
da documentação das Lojas aos arquivos do governo. Contudo, nada impediu que o historiador e
sacerdote jesuíta, José Antônio Ferrer Benimeli, professor de História Universal Contemporânea
da Universidade de Zaragoza e um dos maiores conhecedores da Maçonaria espanhola, produzisse
entre 1968 e 2007 a maior obra sobre história da Maçonaria antiga e moderna, principalmente em
solo espanhol. A obra principal de Benimeli é uma tese de doutorado em oito volumes, com mais
de 3.000 páginas ao todo, apresentada em 1972 na Universidade de Zaragoza. Um resumo desse
trabalho foi publicado por Éditions Dervy com o título de "Les archives secrètes du Vatican et la
fran-maçonerie: histoire d’une condamnation pontificale".
Todavia “o destino bateu à porta” do jesuíta, literalmente. O noticiário do jornal El País, de 1º de
setembro de 1983, relata que desconhecidos entraram na Faculdade de Artes, quebraram a porta
do escritório do padre Benimeli, jogaram em seu interior substâncias inflamáveis e atearam fogo.
Todos os documentos e os manuscritos de trinta livros, mais de cem artigos, teses de doutorado,
revistas e jornais, enfim, o trabalho de quinze anos foi reduzido a cinzas.
[3]
Grande Loja é uma estrutura conjunta de Lojas cuja extensão é maior que a das unidades que a
compõem. O adjetivo grande em Maçonaria não significa ser exímio ou soberbo como faz supor o
entendimento do senso comum. Grande aqui se refere àquilo que é fundamental, principal,
primordial, ou seja, a Potência, unidade política tomada em determinada área, ou com outras que
se acham natural ou administrativamente ligadas a ela etc. – significados que constam igualmente
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dos dicionários. Grande e Grão, aplicados aos cargos e Graus, significam magnânimo e digno
naquilo que alcançou ou faz.
Grande Loja é a denominação dada às Assembleias Gerais e, por extensão, às Potências que as
abrigam. Modernamente, na Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, essas Assembleias são
chamadas Assembleias Gerais Plenárias com duas reuniões solsticiais e duas equinociais.
Albert Gallatin Mackey em "The Principles of Masonic Law: a Treatise on the Constitutional
Laws, Usages and Landmarks of Freemasonry", publicado pela primeira vez nos Estados Unidos
em 1856, leva-nos a entender que a atual organização das Grandes Lojas, se considerada a
antiguidade da Maçonaria, é fruto do pensamento iluminista. O Iluminismo se originou na
passagem do século XVII para o XVIII a partir do pensamento de Baruch Spinoza (1632-1677)
seguido, trinta anos depois, por John Locke, Pierre Bayle e pelo matemático Isaac Newton.
Nos primórdios da Maçonaria não se falava sobre tais organismos “Grandes Lojas”. As cópias que
temos da Carta de Bologna de 1248 (um dos mais antigos textos da Maçonaria operativa), da
Anglo-Norman Charges de 1356 ou dos The Anglo-Norman Constitutions II, The Cooke MS de
1450, Watson MS series de 1535 e mesmo o Inigo Jones MS de 1655 não citam “Grande Loggia”
nem “Grand Lodge”.
[4]
De acordo com Oswald Wirth, os landmarks são uma criação moderna e seus partidários nunca
puderam chegar a um acordo quanto à sua recomendação precisa, fato que nunca impediu os
anglo-saxões de considerarem esses limites sagrados, ainda que extremamente variáveis conforme
o interesse peculiar de cada Potência. As Grandes Lojas fixam esses landmarks segundo suas
maneiras de compreenderem a Maçonaria.
O primeiro ponto a ser considerado é que, da compilação dos antigos deveres do ofício (The Old
Charges of Craft Freemasonry), resultaram as Constituições de Anderson, de 1723. Cento e trinta
e cinco anos mais tarde, em 1858, é que surgiu uma lista de landmarks proposta por Albert
Gallatin Mackey.
A palavra inglesa landmark tem o sentido de limite, ponto de referência, marco divisório ou
fronteira: land (terra) + mark (marca). A Bíblia, de onde o conceito foi tirado, estabelece uma
cláusula pétrea implícita no livro dos Provérbios, capítulo 22, versículo 28: “nolumus leges
mutari”, ou seja: que essas leis não sejam alteradas. Na versão inglesa King James: “Remove not
the ancient landmark which thy fathers have set” – não removas os marcos divisórios que teus
antepassados estabeleceram – o que dá à teoria landmarkiana um fundamento bíblico, para não
dizer religioso.
No livro "Illustrations of Masonry", de 1775, o inglês William Preston usa landmark como
sinônimo de usos e costumes estabelecidos na Arte Real, acepção mais correta (principalmente
por ser a mais antiga), uma vez que o Direito inglês é eminentemente consuetudinário.
Como se sabe, os Landmarks propostos por Mackey não são universalmente aceitos pelo fato de
não definirem uma totalidade de limites necessários em todos os tempos e lugares onde a
Maçonaria exerce seu ofício civilizatório. Por exemplo, os pesquisadores da Grande Loja de
“British Columbia and Yukon” (Canadá) apontam o fato de o sistema de três graus da Maçonaria
(Landmark II na compilação de Mackey) não ser histórico, pois não existiria o Grau de Mestre
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antes da formação das primeiras Lojas da Inglaterra. Em termos de história, não podemos perder
de vista o fato de a Maçonaria operativa e a dos primeiros especulativos não terem praticado uma
lista de landmarks; houve apenas uma primitiva compilação em 1720 (Regulamentos Gerais),
formulada pelo Grão-Mestre George Payne, onde se lê: “Cada Grande Loja tem o poder e
autoridade para fazer novos regulamentos, ou alterar estes, em vista de beneficiar esta antiga
Fraternidade, cuidando de preservar cuidadosamente os antigos Land-Marks.”
À teoria landmarkiana se opõe o sistema “dos três poderes” que, ao contrário do que muitos
pensam, não começou em Montesquieu. Platão já se preocupava em formular um governo que não
oferecesse proveitos às tiranias ou absolutismos, de forma a se aproximar o máximo possível da
igualdade entre todos os cidadãos. Aristóteles buscava uma composição ideal com três poderes: o
poder deliberativo de uma assembleia análoga aos nossos legislativos, o poder da magistratura
governamental (executivo) e o poder judicial.
A partir do século XVII, com René Descartes, a capacidade de discriminar o verdadeiro do falso
foi erigida como máxima filosófica, tornando todas as pessoas iguais em direitos e oportunidades,
independentemente de sexo, cor, ou religião, uma vez que a razão é formalmente igual em todos.
Descartes inicia assim o "Discours de la méthode":
"O bom senso é a coisa melhor partilhada no mundo, pois cada pessoa se julga tão bem abastecida
dele, que mesmo os mais difíceis de contentarem em qualquer outra coisa não desejam ter mais
bom senso do que já possuem."
[5]
Entre 1730 e 1760 a Maçonaria tornou-se mais atuante na França do que na Escócia ou Inglaterra.
Em 1715 os Stuarts se exilaram na cidade francesa de Bar-le-Duc sob a proteção de jacobitas e
católicos. Em 1725 foi fundada a primeira Loja no continente conhecida como escocesa. Não
podemos perder de vista que a Grande Loja da Inglaterra teve como principais fundadores um
escocês, James Anderson, e um francês, Jean Théophile Desaguliers.
Em 1727 foi fundada em Lisboa uma Loja cuja maioria de seus membros era protestante, Loja
esta regularizada em 1735 na Grande Loja de Londres. Em 1733 surgiu uma segunda Loja de
católicos chamada Casa Real dos Pedreiros-Livres da Lusitânia, e a terceira, em 1741, formada
por maioria de origem francesa. Mas a Maçonaria portuguesa só tomou força entre 1760 e 1770
com sua transformação em instrumento do Estado. Em 1798 havia quatro Lojas inglesas em
Lisboa filiadas à Grande Loja de Londres. O movimento maçônico do período pombalino reforçou
a influência da Maçonaria francesa sobre a Maçonaria portuguesa. Até 1804 outras Lojas foram
criadas a partir de vários grupos sociais e homens de letras, ciências e artes – entre os quais
Domenico Vandelli, de quem falaremos adiante em relação aos movimentos separatistas e
republicanos do Brasil.
As opiniões divergem sobre quando e como a Maçonaria chegou no Brasil. Sabemos que
estudantes brasileiros foram à Europa, principalmente a Portugal e França, onde teriam sido
iniciados. De volta ao Brasil, eles criavam grupos maçônicos clandestinos. A primeira atividade
de cunho maçônico no Brasil data de 1724 na Academia Brasílica dos Esquecidos, onde foi
iniciado o padre Gonçalves Soares de França, o historiador Sebastião da Rocha Pitta e Caetano de
Britto. Em 1735 aparece o nome de um Grão-Mestre Provincial para a América do Sul, Randolph
Took, e em 1741 uma carta do inglês Robert Young, da Loja de São João, de Buenos Aires,
recomendava Richard Lindsey, que se encontrava no Brasil. Contrapondo-se a essas
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administrações tipicamente inglesas, surgiu um Grande Oriente com tendências republicanas em
Salvador no ano de 1750, vinculado ao Grande Oriente da França.
Já existiam Lojas às escondidas anteriores à criação de uma “Potência nativa” brasileira.
Caminhavam lado a lado com elas as academias e associações literárias às quais pertenceram
muitos dos Inconfidentes, atuando como sustentáculo para a ação silenciosa da Maçonaria.
[6]
Expandir os ideais republicanos para a América do Norte e Latina não bastava ao projeto
iluminista que se impunha além das formas de governo. O movimento maçônico na Europa
pregava uma mudança de paradigma. Assim, o expansionismo foi apenas a consequência natural
do processo civilizatório gerado no interior da Maçonaria.
Os anos da presença da Família Real no Brasil e a transformação da colônia em reino coincidiram
como o predomínio velado do Grande Oriente Lusitano sobre os assuntos da colônia e a ferrenha
vigilância sobre a Maçonaria herdada no Brasil pelos seguidores do pensamento francês. Portugal
tinha que escolher entre a França e a Inglaterra e, por consequência lógica, entre um Grand Orient
e uma Grand Lodge. Simulou uma submissão voluntária à França e não obedeceu a nenhum dos
dois. Fugiram para o Brasil. Napoleão, teria dito: “O único homem que conseguiu me enganar foi
esse João de Portugal”.
A primeira mobilização de que se tem notícia para a criação de uma Potência Maçônica no Brasil
aconteceu em 1813 por iniciativa de Lojas da Bahia e do Rio de Janeiro. Com a abertura dos
portos às nações amigas em 28 de janeiro de 1808, o Brasil foi elevado à condição de participante
do sistema internacional de comércio e cultura. A Bahia e o Rio de Janeiro, portos históricos,
foram os primeiros a receber a Maçonaria vinda da Europa.
Três anos depois, outro movimento despontou no Recife, a Grande Loja Provincial. Mas essas
duas iniciativas encerraram suas atividades em 1817. Não havia ambiente favorável para a criação
de uma Potência maçônica no Brasil enquanto D. João VI aqui permanecesse sob o olhar atento
do Grande Oriente Lusitano.
A Revolução Pernambucana (6 de março de 1817), supostamente sob o controle da “Grande Loja
Provincial”, foi uma das causas da represália de D. João VI. Em 30 de março do ano seguinte, foi
editado o Alvará Real no qual foram colocadas na ilegalidade todas as sociedades secretas em solo
brasileiro – especialmente a Maçonaria.
[7]
Bastou que a corte virasse as costas e D. João VI retornasse a Portugal, na madrugada de 25 de
abril de 1821, para que, um ano e dois meses depois, fosse fundado o Grande Oriente, formado
pelas Lojas “Comércio e Artes”, “União e Tranquilidade” e “Esperança de Niterói”. A fundação
aconteceu no dia 28 do terceiro mês do ano da Verdadeira Luz de 5822 – 17 de junho de 1822 –,
portanto a menos de três meses da Proclamação da Independência.
No Primeiro Reinado os maçons José Bonifácio de Andrada e Silva, paulista, e o carioca Joaquim
Gonçalves Ledo assumiram o primeiro plano no cenário político brasileiro. Nessa época o Grande
Oriente Brasiliano reproduziu alguns aspectos do modelo europeu que fazia da Maçonaria uma
ferramenta para aproximar a burguesia ascendente da aristocracia insatisfeita com o velho regime.
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José Castellani e William Almeida de Carvalho reconhecem a nascença do Grande Oriente do
Brasil “como filho espiritual do Grande Oriente da França”, fato natural, pois como já foi dito,
desde o final do século XVIII a Maçonaria tornara-se mais atuante na França do que na Inglaterra.
O Rito adotado foi o Francês Moderno de 1783 e, imediatamente após ser criado, D. Pedro I foi
admitido em suas Colunas. Dessa forma, o Grande Oriente empenhava-se ardorosamente no
campo da política objetivando o primeiro grande projeto da Maçonaria brasileira: a República.
[8]
Os preliminares dos Supremos Conselhos do Rito Escocês situam-se na longínqua Criação do
Capítulo de Clermont em Paris em 1754, de duração efêmera. Mas há evidências de que até 1730
havia na Inglaterra, “mestres maçons escoceses” após o Terceiro Grau e, dez anos mais tarde, na
Alemanha falava-se do “mais alto Grau chamado Maçonaria Escocesa.” Porém os graus além de
Mestre se expandiram quando introduzidos na Maçonaria francesa.
Em 1756 foi criado o Knights of the East e dois anos depois o Soberano Conselho de Imperadores
do Oriente e do Ocidente ou Scottish Mother Lodge.
Em 1761 Stephen Morin recebeu uma patente da Grande Loja da França autorizando-o a
estabelecer os Altos Graus do Rito Escocês em todas as partes do mundo que ele iniciou a partir
de Santo Domingo, República Dominicana (1763). Mais tarde, Stephen Morin e Henry Andrew
Francken criaram em Albany, Nova York, uma Loja de Perfeição – Graus 4º ao 14º (1767).
O Supremo Conselho de Charleston no Estado da Carolina do Sul/EUA e Supremo Conselho
“Mãe do Mundo” declarou sua existência em 1801 com o lema de “Ordo ab Chao” (Ordem sobre
o Caos ou Ordem Vinda do Caos) anunciando o sistema de 33 Graus.
No Brasil, o desenvolvimento do Supremo Conselho do Rito Escocês começou em 1829 quando
Francisco Gomes Brandão, o Visconde de Jequitinhonha, recebeu do Supremo Conselho para o
Reino dos Países Baixos do Rito Escocês Antigo e Aceito a autorização para instalar aqui um
Supremo Conselho.
[9]
O Grande Oriente do Brasil viveu constantes desafios devido à contradição entre os interlocutores
mais comprometidos com o fortalecimento de seus postos avançados no governo do país e os que
se empenhavam na segurança da própria instituição. Essa contradição sistêmica teve
consequências entrópicas – uma instituição de grande porte fundamentada na liberdade de seus
membros e sendo avariada por eles.
As primeiras cisões aconteceram durante o processo de reinstalação dos trabalhos do Grande
Oriente do Brasil: o surgimento do Grande Oriente do Passeio, em 1831 (nome alusivo à sede
situada na Rua do Passeio nº 36, no Rio de Janeiro), e em 1863, o Grande Oriente do Vale dos
Beneditinos (local em que se instalou, na Rua dos Beneditinos nº 22). Houve outros
desentendimentos internos: em 1893, a formação do Grande Oriente do Estado de São Paulo, que
se declarou independente da potência central, a criação do Grande Oriente e Supremo Conselho
do Rio Grande do Sul e um Grande Oriente Mineiro em 1894.
[10]
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A Maçonaria brasileira, que teve seu auge no Império sob o comando obstinado de José
Bonifácio, “mudou de perfil a partir de meados do século XX”, dizem Morel e Souza, sem citarem
1927 e a figura de Mário Behring.
Foi a partir das Grandes Lojas de Mário Behring que a Maçonaria brasileira deixou de interferir na
política, passando a se preocupar com ações de suporte à cidadania, à cultura e à educação –
noutras palavras: uma Maçonaria que volta sua atenção para a política de Estado e não para
projetos políticos de poder.
[11]
As Grandes Lojas não nasceram de repente. Estiveram em gestação durante mais de três décadas,
desde a eleição do maçom Campos Sales para a presidência da República contra seu principal
oponente Lauro Sodré, também maçom. Campos Sales escolheu seu ministério entre técnicos não
ligados à política partidária nem diretamente à Maçonaria. Criou a manobra conhecida como
“política dos governadores”, afastando também os militares das decisões governamentais. Foi um
modelo de República oligárquica com o revezamento entre mineiros e paulistas na presidência e
vice-presidência da república, a política do “café com leite”. Esse parece ter sido o “sinal verde”
para o desencadeamento do movimento de Grandes Lojas no Brasil.
Com a República Nova instaurada sob a chefia de Getúlio Dorneles Vargas no início dos anos
1930, a Maçonaria brasileira sofreu a mais violenta retração de sua história. O Estado Novo,
regime instaurado por Vargas no golpe de Estado de 10 de novembro de 1937, centralizou o poder
ao máximo, sustentado no autoritarismo e numa espécie de nacionalismo inspirado por alguns
comandantes militares que a princípio eram simpáticos ao nazismo.
[12]
O movimento de 1927 não foi um fenômeno isolado do contexto que vinha se desenvolvendo na
Maçonaria brasileira desde os conflitos entre as alas de José Bonifácio e Gonçalves Ledo.
De 1864 até 1926 o Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito funcionou confederado
ao Grande Oriente do Brasil. Pelas normas deste, a suprema autoridade da Maçonaria no Brasil
estava numa só pessoa, ou seja, o maçom eleito Grão-Mestre do Simbolismo era, ispo facto,
investido no cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho. Nesse sistema, quase
todas as lojas do Grande Oriente do Brasil eram Lojas Capitulares trabalhando, além dos rituais
dos Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre, nos Graus 15 ao 18.
[13]
Em 1925 Mário Behring – Grão-Mestre e, portanto, pelas leis do Grande Oriente do Brasil,
Soberano Grande Comendador – apontou a irregularidade dessa acumulação de cargos propondo a
separação das duas jurisdições. Behring não se candidatou mais ao cargo de Grão-Mestre do
Grande Oriente. Passou para Vicente Saraiva de Carvalho Neiva o exercício do cargo de Grão-
Mestre, optando por conservar o de Grande Comendador.
Essa escolha de Behring foi mais do que um desapego ou firme decisão de não se envolver em
querelas sobre eleições e supostas fraudes. Seu afastamento seria inconstitucional se analisado
pelas normas do Grande Oriente, mas foi coerente com as leis que regem o Rito Escocês nos
demais países...
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..."que obrigam ao Supremo Conselho do Brasil, porque nelas se baseia a sua regularidade, a sua
existência, o seu reconhecimento como parte da Federação Maçônica Internacional, têm de ser
separadas as administrações dos dois corpos – Grande Oriente, que ficará adstrito exclusivamente
ao Simbolismo e Supremo Conselho com soberana administração de todos os Graus acima de
Mestre e Oficinas que os praticam: Lojas de Perfeição, Areópagos e Consistórios."
[14]
Além da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, as outras seis primeiras Grandes Lojas foram
fundadas no mesmo ano de 1927: Grande Loja do Rio de Janeiro (22 de junho), Grande Loja do
Amazonas (24 de junho), Grande Loja do Pará (28 de julho), Grande Loja de São Paulo (29 de
julho), Grande Loja da Paraíba (24 de agosto).
A Grande Loja de Minas Gerais foi fundada em 25 de setembro e instalada no dia seguinte, sob o
título de “Grande Loja Symbolica de Minas Gerais”.
No ano seguinte, foram criadas a Grande Loja do Rio Grande do Sul e a Grande Loja do Ceará.
Todas receberam do Supremo Conselho suas Cartas Constitutivas. Cada Grande Loja tem sua
respectiva Constituição, sendo governadas por seus Grão-Mestres como Potências estaduais
independentes umas das outras, sem nenhuma ligação de dependência com o Supremo Conselho,
mantendo as leis, os rituais e as tradições do Rito, as Constituições de Anderson e demais
características da Maçonaria Universal.
Após a separação foi realizada em Paris, em 1929, a Quarta Conferência Internacional dos
Supremos Conselhos do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, onde compareceu o Supremo
Conselho fundado por Francisco Gomes Brandão, representado por Mário Behring. A informação
circulava com lentidão naqueles tempos: telegramas, cartas que às vezes se extraviavam e
mensageiros que colocavam as Américas em contato com a Europa por prolongadas viagens de
navio. Mesmo assim, três maçons do Grau 33, José Maria Moreira Guimarães, Lourival Jorge
Masaredo Souto e Hyppolito Hermes de Vasconcelos foram nomeados por Octávio Kelly para
representar o Supremo Conselho Reconstituído do Grande Oriente do Brasil. Mais uma vez a
evidente interferência da administração dos Graus Simbólicos nos Altos Graus e vice-versa, pois
já ficara estabelecida a soberania de cada Supremo Conselho, apenas um em cada país e livre de
quaisquer inferências por parte de Grandes Lojas, Grandes Orientes ou quaisquer corporações
maçônicas.
No dia 30 de abril, a comissão assim nomeada por Octávio Kelly não logrou ser recebida pelo
encarregado da Assembleia dos Supremos Conselhos, René Raymond, que alegou já estar
presente na Conferénce o Supremo Conselho do Brasil representado por Mário Behring. Os três
representantes rejeitados enviaram um protesto à Conferénce no dia seguinte. Não obtiveram
sucesso, pois pesou contra o Supremo Conselho do Grande Oriente do Brasil o fato de ele não ser
soberano – isto é, estava adstrito a uma Potência Simbólica.
Durante a Conferénce ficou decidido que o único Supremo Conselho regular, reconhecido e única
autoridade legal e legítima para o Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil era aquele fundado por
Francisco Gomes Brandão e representado, na ocasião, por Mário Behring.
[15]
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Trinta anos depois, a vocação literária e cultural da capital atraiu para Belo Horizonte o idealismo
dos jovens intelectuais que frequentavam a principal via da cidade naquela época – a Rua da
Bahia. Floresceu em Belo Horizonte uma geração de escritores oriundos de outras cidades
mineiras, a produzir obras inovadoras na literatura brasileira: Abgar Renault (Barbacena), Alberto
Campos e Emílio Moura (Dores do Indaiá), Belmiro Ferreira Braga (Vargem Grande), Carlos
Drummond de Andrade (Itabira), Ciro dos Anjos (Montes Claros), João Alphonsus de
Guimaraens (Conceição do Mato Dentro) e Pedro Nava (Juiz de Fora).
Local de excitação cultural e política, a Rua da Bahia era a porta de entrada da cidade, começando
no contorno do Bairro Floresta e ligando a Estação Ferroviária da Praça Rui Barbosa ao Palácio da
Liberdade, sede do governo do Estado. No percurso, o centro: o Bar do Ponto, o antigo Teatro
Municipal (Praça Professor Alberto Deodato) e o Grande Hotel (hoje, Edifício Maletta), o
Conselho Deliberativo (atual Centro Cultural de Belo Horizonte), o Café Estrela, charutarias, a
confeitaria Suíça, o Trianon, a Gruta Metrópole, o Clube Belo Horizonte, as leiterias da moda e a
Livraria Francisco Alves, pontos de encontro da intelectualidade.
[16]
Dia 25 de setembro de 1927, primavera.
Vinte e cinco maçons preparavam-se, desde as primeiras horas daquele dia de domingo, para a
assembleia convocada por Manoel dos Reis Corrêa na capital dos mineiros.
A convocação circulara nas Lojas do Grande Oriente do Brasil jurisdicionadas em Minas Gerais,
conforme orientação de Mário Behring, obtendo a adesão de oito Lojas e seus legítimos
representantes.
Meio dia em ponto.
No Templo da Loja “Bello Horizonte” nº 574, situado na Rua Rio de Janeiro nº 987, reuniram-se
aqueles maçons para fundar uma Grande Loja, contando, para este fim, com o apoio do Supremo
Conselho do Grau 33, Potência máxima para o Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil.
As oito Lojas, representadas por irmãos do Supremo Conselho, eram: Loja “Bello Horizonte”, da
capital, pelo seu Venerável Manoel dos Reis Corrêa, Grau 32; Loja “Aspasia-Hiran do Parahyba”,
de Porto Novo do Cunha; Loja “Fraternidade Universal”, de São Sebastião do Paraíso, por Pedro
Jorge Brandão, Grau 33; Loja “União Sertaneja”, de Sete Lagoas, por Ricarte Normando, Grau
30; Loja “Labor, Força e Virtude”, de Muriaé, por José Pinheiro Guedes, Grau 30; Loja
“Charitas”, de São João del-Rei; “Loja Guilherme Dias”, de Machado, por J. de Mello Teixeira,
Grau 18, e Loja “Alfenas Livre”, de Alfenas, por Laurindo Chaves, Grau 18.
Outros dezesseis membros dos Graus Superiores assistiram à reunião: do Grau 30, Conselho de
Cavaleiros Kadosh, os Irmãos Afonso Couto e Geraldo Magela Fernandes Villela; do Grau 18,
Capítulo Rosa-Cruz, os Irmãos Anielo Anastasia, Aurélio Pazzini, Benjamim Guimarães, Braz
Serpa, Domingos Moutinho Teixeira, Francisco Narbona Gimenes, Gibraltar de Souza, João da
Cruz, José Chaves Júnior, Manoel Olinto de Magalhães, Menotti Ciano, Serafim Rodrigues
Pinheiro, Walfrido Andrade e Caetano Veronez. A reunião foi presidida por J. de Mello Teixeira.
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[17]
Para a implantação das Grandes Lojas, a administração do Supremo Conselho preservou o direito
sobre a autenticidade dos rituais dos Graus do Simbolismo (Aprendiz, Companheiro e Mestre) que
foram entregues às Grandes Lojas em 1928 por Mário Behring sem, no entanto, ingerir na
administração exercida pelas Grandes Lojas no comando desses Graus.
Compõem o Rito Escocês Antigo e Aceito os seguintes Corpos: Loja de Perfeição (Graus 4 ao
14), Capítulo Rosa-Cruz (Graus 15 ao 18), Conselho Kadosh (Graus 19 ao 30, propriamente
denominados Graus Filosóficos) e Consistório dos Príncipes do Real Segredo (Graus 31 ao 32),
mais o Supremo Conselho (Grau 33).
Nos primeiros quinze anos da atividade adjacente das duas Potências – o Supremo Conselho e a
Grande Loja Maçônica de Minas Gerais – os Graus Superiores foram ministrados por Iniciações e
Comunicações especialmente autorizadas por Mário Behring e seu sucessor Joaquim Moreira
Sampaio.
Em Belo Horizonte, após a preparação dos dirigentes para os Corpos Subordinados, foi fundado o
“Capítulo Rosa-Cruz Reis Corrêa” em 6 de junho de 1942, nas dependências da Grande Loja
Maçônica de Minas Gerais, com o apoio logístico do Grão-Mestre Luiz Sayão de Faria. Em 16 de
junho de 1949 foi criada a “Loja de Perfeição Visconde de Jequitinhonha”. O “Conselho de
Cavaleiros Kadosh Jacques DeMolay” e o “Consistório de Príncipes do Real Segredo Gonçalves
Ledo” foram criados em 14 de fevereiro de 1950.
___________________________________________
O livro "GRANDE LOJA MAÇÔNICA DE MINAS GERAIS, HISTÓRIA,
FUNDAMENTOS E FORMAÇÃO" tem 520 páginas com 40 ilustrações coloridas e dezenas de
quadros explicativos. O Prefácio foi escrito pelo Grão-Mestre Ad Vitam da GLMMG, Irmão
Leonel Ricardo de Andrade. Arte da capa pelo Irmão Rodrigo Otávio dos Anjos; diagramação,
Irmão Carlos Eduardo de Andrade; revisão, Patrícia Falcão; ISBN 978-85-68 129-00-5. Faz parte
do acervo (depósito legal) da Biblioteca Nacional, RJ. Cadastrado na Biblioteca da UFMG e
outras Universidades do país.
Aquisição através do site da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais http://www.glmmg.org.br
__._,_.___
Enviado por: "JOSE MAURICIO GUIMARAES" <jmauriciog@gmail.com>
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Este Bloco é produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
menorá
Em 03.09.2015 o Respeitável Irmão Menaldo Assis, Loja Liberdade e União, 140, REAA, GLMMG,
Oriente de Sete Lagoas, Estado de Minas Gerais, formula a seguinte questão:
menaldoassis@bol.com.br
Todas as terças e quintas feiras fico aguardando o JB News, onde terei, com certeza,
mais uma lição de Maçonaria através das perguntas e principalmente pelas respostas do Irmão.
No novo Ritual emitido pela Grande Loja, para o Grau 03, em sua primeira folha, existe um
desenho do Templo do REAA – Mestre Maçom, onde consta no lado Sul do Oriente, à direita e
um pouco à frente do Resp M foi acrescentado um Menorah.
Não existe uma informação a respeito do por que da colocação do mesmo, e de como proceder
com o mesmo, em nossas reuniões, pois desde quando fui iniciado, 1975, nada havia.
Minha pergunta é a seguinte: Quando devo acender as velas do mesmo? Em reuniões comuns
da Câmara do Meio ou somente em reuniões de Exaltação? Ou simplesmente as velas não são
acesas em hipótese alguma? Ou é simplesmente um adorno? E ainda do por que da colocação
deste símbolo em nosso Templo?
Agradeço e o parabenizo por suas instruções sábias e oportunas.
NB: Não sei se esta pergunta pode ser colocada no JB News, por se tratar de Grau 03, ou se
deve ser respondida pessoalmente. Deixo a critério do Irmão.
Considerações:
Menorá – é o candelabro1
sagrado de sete braços usado como um dos símbolos
pertencente ao antigo Tabernáculo (origem do Templo judeu de Jerusalém). Objeto destacado
nos serviços religiosos do judaísmo acabou se tornando símbolo da civilização hebraico-
1
Candelabro (do latim candelabru). Substantivo masculino. Grande castiçal com ramificações, a cada uma das quais corresponde
um foco de luz; serpentina.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
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judaica correlata à religião mosaica. Dentre outros o Menorá acabou atualmente sendo também
usado como brasão do Estado de Israel, circunstância estabelecida desde 1.948.
Como símbolo religioso mosaico, o candelabro de sete braços está mencionado na Torá
(Lei), ou o Antigo Testamento, em Êxodo, 25, v. 31 a 39 – “Farás um candelabro de ouro puro; e
o farás de ouro batido, com o seu pedestal e sua haste (...). Seis braços sairão dos seus lados,
três de um lado e três do outro (...) e estes braços formarão um todo com o candelabro, tudo
formando uma só peça de ouro batido. Farás sete lâmpadas que serão colocadas em cima, de
modo a alumiar a frente. Seus espevitadores2
e seus cinzeiros (...)”. Considerar os sete braços
com a soma dos seus seis braços mais aquele correspondente ao próprio corpo do candelabro.
Sob a óptica filosófica da metafísica aplicada à cosmosfera, o Menorá alude
simbolicamente aos sete planetas da antiguidade e a luz desses astros oriunda do hemisfério
Sul. Assim, esses sete planetas até então considerados eram: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte,
Júpiter e Saturno - a despeito de que a época eram também considerados como planetas
também uma estrela, o Sol e um satélite, a Lua.
Há ainda a relação mística com o número sete ao número sagrado para as antigas
civilizações o que não fugiria também aos hebreus – sete os braços do candelabro, sete os
planetas da antiguidade, sétimo dia consagrado por “IAVÉ” (o shabat).
Em relação à Maçonaria e nela a influência hebraica, não há como negar esse alcance.
No que concerne ao Rito Escocês, Antigo e Aceito em particular, além dos vários aspectos
apresentados por essa influência e conhecidos na decoração do seu Templo, o Menorá não é
tradicionalmente um elemento de arranjo do seu simbolismo. Ou seja, candelabro de sete
braços é inexistente nos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre (franco maçônico básico).
No escocesismo o Menorá é sim parte integrante, porém no seu sistema dito de altos
graus, sobretudo naqueles que se relacionam aos graus israelitas bíblicos.
Quanto às vossas questões propriamente ditas e sem querer me intrometer em seara
alheia, respeitando-as primeiramente, penso que quem colocou equivocadamente o Menorá no
ritual mencionado é que deveria explicar a razão dessa presença.
Ratifico – esse elemento decorativo (Menorá) não é parte integrante do simbolismo do
verdadeiro REAA. Também se faz na medida do possível compreender que um Templo
simbólico da Moderna Maçonaria que abriga a Loja não pode ser utopicamente imaginado como
estereótipo ou arquétipo do Templo de Jerusalém (o de Salomão).
O ecletismo maçônico, sobretudo adquirido a partir do século XVIII e durante a paulatina
“aceitação”, aborda inúmeras manifestações de pensamento da humanidade, inclusive da
Antiguidade, assim um Templo Maçônico está associado a um canteiro de obras, decorado
conforme o rito, cuja orientação topográfica foi haurida da igreja medieval, a sua disposição
mobiliária retirada do parlamento inglês (primeiro Templo Maçônico em meados do século XVII
em Londres) e os elementos decorativos conforme cada cultura apropriada à doutrina do Rito
(hermetismo, pitagorismo, hebraísmo, sumerianos, mitraísmo persa, rosa-cruz, etc.), a despeito
dos próprios elementos associados às ferramentas dos canteiros e construtores operativos.
Faz-se cogente, portanto, o abandono dessa cultura dos que ainda imaginam que um
Templo Maçônico é a cópia fiel do lendário templo hebraico. Ora, lendas e alegorias servem
apenas como suportes doutrinários para o ensinamento da Maçonaria.
Finalizando: pelo até aqui exposto, as respostas para as vossas questões ficam
prejudicadas já que ficaria difícil mencionar procedimentos litúrgicos adequados para uma
situação que é verdadeiramente inexistente.
T.F.A. PEDRO JUK –
Nov/2015 –
jukirm@hotmail.com –
2
Espevitador – atiçador, queimador.
JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 23/31
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
07.04.1997 Expedicionário Nilson Vasco Gondin Florianópolis
12.04.1997 Lara Ribas Florianópolis
21.04.1979 Colunas do Imbé Imbituba
26.04.1979 Duque de Caxias Florianópolis
28.04.1990 Luz do Vale Rio do Sul
28.04.2008 Consensio Içara
Data Nome da Loja Oriente
02.04.2013 Sol do Oriente nr. 107 Balneário do Rincão
05.04.1983 Acácia Negra nr. 35 Mafra
08.04.2015 São Miguel da Terra Firme nr. 110 Biguaçú
09.04.1952 Fraternidade Tubaronense nr. 09 Tubarão
14.04.1956 Mozart nr. 08 Joinville
14.04.2014 Amadeus Mozart nr. 108 Joinville
15.04.2007 Acácia Riosulense nr. 95 Rio do Sul
18.04.1997 Padre Roma nr. 16 São José
21.04.1982 Inconfidência de Concórdia nr. 27 Concórdia
24.04.2001 Liberdade e Harmonia nr. 81 Florianópolis
7 – DESTAQUES JB
Resenha Geral
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de abril
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
02.04.1860 Regeneração Catarinense - 0138 Florianópolis
03.04.1998 Pedra Da Fraternidade - 3149 Itapoá
04.04.1974 Hermann Blumenau - 1896 Blumenau
12.04.1973 Plácido O De Oliveira 2385 Rio do Sul
19.04.1996 Universo Da Arte Real - 2947 Penha
23.04.2012 Ética E Justiça Florianópolis
24.04.1995 Estrela Da Harmonia -2868 Criciúma
25.04.2003 Laelia Purpurata - 3496 Camboriú
28.04.2003 Harmonia E Fraternidade -3490 Florianópolis
Realizada neste sábado (2) a primeira Soberana Assembleia da Grande Loja do Estado
do Acre, na gestão atual do Irmão Fernando Zamora, Sereníssimo Grão-Mestre e
Walmiki Silva, Grão-Mestre Adjunto. O evento foi realizado no Templo da Loja “7 de
Setembro” nr. 7 em Rio Branco, com a participação de representantes de todas as lojas
da jurisdição.
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EXALTAÇÃO MATRIMONIAL NA LOJA ÁLCIO ANTUNES
A Loja Universitária Álcio Antunes, N° 3778 (Florianópolis) realizou no dia 02 de abril de
2016 a Exaltação Matrimonial do Irmão M.'.M.'. Rodrigo Schappo Hilleshein e da Cunhada
Denise Eliete de Espíndola no Templo da FAR.
A sessão foi aberta Ritualisticamente pelo Venerável Rogério de Souza Versage que a seguir
suspendeu os trabalhos ritualísticos para transformar a sessão em Magna Pública, passando
a administração da cerimônia para o Venerável Irmão Ruben Luz da Costa que abriu as
portas para os convidados presentes e prosseguiu com a liturgia da Exaltação Matrimonial.
Foi uma belíssima sessão repleta de momentos de muita emoção, como comprovam as fotos
no link a seguir
https://picasaweb.google.com/111683640450683414114/CasamentoNaLojaAlcioAntunes?aut
huser=0&feat=directlink
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Loja Prof. Mâncio da Costa
Este é um lembrete para você participar da Sessão no dia 04/04/2016 (segunda-feira) às
20:00. Sua participação será muito importante.
SESSÃO MAGNA DE EXALTAÇÃO.
Sessão no Grau 3 de M.M., quando serão Exaltados os IIr. Companheiros que
aguardam seu Aumento de Salário.
Após a sessão será servido um delicioso Ágape, por adesão.
Aguardamos as presenças de todos os Irmãos
Um TFA
Paulo Velloso
Venerável Mestre
Patrocinador:
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I Seminário Adonhiramita da Bahia
Convidamos aos Amados Irmãos, para o primeiro seminário Adonhiramita (ECMA), a ser realizado em
08 e 09/04/2016, local Hotel Ibis. informações e inscrições 75-98101.8833
ou www.ritoadonhiramita.ba.com.br, valor inscrição R$ 120,00, haverá também uma programação para
as cunhadas (passeios, etc) - Feira de Santana - Bahia.
TFA - Edward Santos
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No aniversário do Irmão Borbinha, festejado no último sábado em sua residência balneária na Praia dos
Sonhos, o flagrante dos três irmãos correspondentes da Grande Florianópolis:
Fernando (GOB/SC); Borbinha (GOSC) e Valbério (GOB/SC).
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Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 – Pecando na Rússia:
https://www.youtube.com/watch?v=E9E9s-NCOMI
2 – Itália:
010-ITALY_I.pps
3 – Pescaria do chuvinha:
https://www.youtube.com/watch?v=YULlGnqvee0
4 –
Você Sabia Que Sentar de Pernas
Cruzadas Faz Mal à Saúde?
Exibir Conteúdo
5 – Grandes cidades do abismo:
7Ciudades-alborde-del-abismo.pps
6 - Para quem não tem intimidades com a vara de pescar
....http://www.youtube.com/watch_popup?v=x3Bf0WhvsNk&vq=medium#t=6
7 – Filme do dia: (As Grandes Maravilhas Do Mundo - Maravilhas Sagradas e Místicas)
Reader's Digest - dublado.
https://www.youtube.com/watch?v=IXkM89Li00A
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Índice JB News no 2011

  • 1. Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Bloco 1 – Almanaque Bloco 2 – IrJuarez de Oliveira castro – Vida Simples (Foco & Ação) Bloco 3 - IrSérgio Quirino Guimarães – A mensagem da Bandeira Nacional diante da ... Bloco 4 - IrAnestor Porfírio da Silva – Distinções entre Solidariedade e Filantropa Bloco 5 – IrJosé Maurício Guimarães – Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. História ... Bloco 6 – IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Menaldo Assis (Sete Lagoas – MG) Bloco 7 – Destaques JB - Lojas aniversariantes; - Grande Loja do Estado do Acre; - Nossas Lojas - Convites; - Curiosidade Maçônica; - O alegre humor do dia; - Câmera Um; - Fechando a Cortina
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 2/31 Para Aprendizes Eternos, Pesquisadores Incansáveis, Cunhadas Curiosas, Goteiras Incuráveis, Esotéricos de Plantão, Místicos Misteriosos e Festeiros de Ágapes e Regabofes, este aqui é um site que está sempre de pé e à ordem! www.artedaleitura.com Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 95º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante) Faltam 271 dias para terminar este ano bissexto Dia da Criança (Hong-Kong) Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. LIVROS
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 3/31  503 a.C. — Segundo o triunfo romano, o cônsul Agripa Menênio Lanato celebrou um ovação para uma vitória militar sobre ossabinos.  1581 — Francis Drake é condecorado por completar uma circum-navegação do mundo.  1796 — Georges Cuvier profere sua primeira palestra paleontológica na École Centrale du Pantheon do Museu Nacional de História Natural sobre a vida e restos fósseis de elefantes e espécies afins, fundando a ciência da paleontologia.  1814 — Napoleão abdica pela primeira vez e nomeia seu filho Napoleão II como Imperador dos Franceses.  1839 — Fundação da Escola de Farmácia de Ouro Preto, hoje vinculada à Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil.  1865 — Guerra de Secessão: um dia depois de forças da União capturarem Richmond, Virgínia, o presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincolnvisita a capital confederada.  1925 — A Schutzstaffel (SS) é fundada na Alemanha.  1931 — Tem início na ilha da Madeira a Revolta da Madeira, um levantamento militar contra o governo da Ditadura Nacional.  1939 — Faisal II torna-se rei do Iraque.  1945 — Segunda Guerra Mundial: tropas soviéticas libertam a Hungria de ocupação alemã e ocupam o país.  1949 — Doze nações assinam o Tratado do Atlântico Norte dando origem à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).  1958 — O símbolo da paz CND é mostrado ao público pela primeira vez em Londres.  1960 — A França compromete-se a conceder a independência da Federação do Mali, uma união do Senegal com o Sudão Francês.  1964 — Os Beatles ocupam as cinco primeiras posições na parada pop da Billboard Hot 100.  1965 — É apresentado o primeiro modelo do novo avião de caça Saab Viggen.  1967 — Martin Luther King Jr. profere seu discurso "Beyond Vietnam: A Time to Break Silence" na Igreja de Riverside, em Nova Iorque.  1968 o Martin Luther King Jr. é assassinado por James Earl Ray, em um motel, em Memphis, Tennessee. o Programa Apollo: a NASA lança a Apollo 6.  1973 — O World Trade Center, em Nova Iorque, é oficialmente inaugurado.  1975 — Fundação da Microsoft em Albuquerque, Novo México, uma parceria entre Bill Gates e Paul Allen.  1976 — O príncipe Norodom Sihanouk renuncia como líder do Camboja e é colocado sob prisão domiciliar.  1979 — O primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto do Paquistão é executado.  1983 — O ônibus espacial Challenger faz sua viagem inaugural ao espaço.  1994 — Marc Andreessen e Jim Clark fundam a Netscape Communications Corporation sob o nome Mosaic Communications Corporation.  1996 — O cometa Hyakutake é fotografado pela sonda NEAR Shoemaker.  2002 — O governo angolano e os rebeldes da UNITA assinam um tratado de paz que termina com a Guerra Civil Angolana.  2004 — O exército Mahdi de Moqtada al-Sadr inicia uma revolta em várias cidades e regiões do sul do Iraque depois do encerramento do jornal al-Hawza pelas forças da coligação.  2010 o A missão Soyuz TMA-18 da Nasa chega à Estação Espacial Internacional. o Um sismo de 7,2 graus na escala de Richter provoca destruição no México e nos Estados Unidos.  2011 — França anuncia a descoberta de mais corpos e partes intactas de fuselagem de avião no meio do Oceano Atlântico, dois anos depois da tragédia do voo Air France 447. Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 4/31 1838 Lei Provincial nr. 87, desta data, proibiu qualquer trânsito de mercadorias destinadas ao município de Lages, tendo em vista estar aquela cidade sob o domínio das forças “farroupilhas”. 1869 Morre, em Assunção, o catarinense Jacinto Machado. Herói da Guerra, seu nome foi dado a um município do Sul do Estado. 1934 Decreto, desta data, criou a comarca de Jaraguá do Sul. 1962 Lei nr. 817, desta data, criou o município de Pinheiro Preto, desmembrado de Videira. 1968 Morre, em São Bento do Sul, João Treml, fundador da banda típica denominada “Banda Treml”. 1972 Decreto 4472/N 110, desta data, instituiu a Medalha do Mérito “Anita Garibaldi”. 1886 Rudyard Kipling, Prêmio Nobel de Literatura de 1907, autor de Minha Loja Mãe, iniciado na Hope And Esperance Lodge nº 782, na Índia. 1893 Fundada a Droit Humain – Grande Loja Simbólica Escocesa, Obediência mista, por Maria Deraismes e George Martin, na França. 1974 Fundada a Loja Hermann Blumenau nº 1896 (GOB/SC) em Blumenau, que trabalha no REAA. Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia (Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 5/31 O Irmão Juarez de Oliveira Castro escreve às segundas-feiras (48) 9983-1654 (Claro) - (48) 9801-9025 (TIM) juacastr@gmail.com – http://www.alferes20.net Vida simples Se pensarmos bem o que a Maçonaria pede de cada um de nós? Não pede grandes coisas. Não pede que sejamos perfeitos. Nem que sejamos super-homens. Ela pede que sejamos simples. Que tenhamos uma vida simples. Uma das coisas que chama sempre atenção em nossa Iniciação é que nos é tirado todos os bens materiais. Nós entramos na Maçonaria sempre “nem nu nem vestido”. Entramos simples. Despojamos-nos de tudo para ver que a vida é simples. Tanto é verdade que assistimos o ato dramático do Hospitaleiro que nos pede “um pequeno auxílio para os desgraçados que vamos socorrer” e não temos nada. E isso é uma falta aos princípios de caridade da Maçonaria. Este ato não foi para colocarmos em situação de vexame, nem de humilhação, mas para mostrar que a Maçonaria quer que sejamos simples. Que sejamos despojados de vaidades e do luxo da sociedade. O “Nem nu nem vestido” quer dizer que fomos privados dos bens materiais para lembrar que nascemos sem nada e que devemos primar pelo aprimoramento espiritual e, pela simplicidade para fazer o bem a humanidade pelos nossos próprios esforços. Fazer o bem sem olhar a quem. Na realidade, nos diz frei Jonas Nogueira da Costa, que “A simplicidade nos obriga a olhar para nós mesmos”. E é isso que a Maçonaria quer de cada um de nós: Olhar-nos. Por isso que ela nos fez fazer algumas viagens para entender o que ela queria de nós. As viagens foram por caminhos escabrosos, semeado de dificuldades, repleto de dificuldades, em meio a ruídos e de trovões atordoadores, e depois por uma estrada menos difícil, e finalmente por uma terceira viagem por um caminho plano e suave envolto no maior silêncio, demonstrando o caminho da simplicidade. Esta última viagem nos mostra o “estado de paz e tranquilidade resultante da ordem e da moderação das paixões do homem, que atinge a idade da maturidade e da reflexão”. É a vida simples do Maçom. Primeiro a Maçonaria nos dá, para depois cada um dar-se ao próximo. Dar aquilo que temos de mais profundo em nosso ser: Amor. E para isso precisamos ter uma vida simples. Porém, cheio de vontade de colaborar com o desenvolvimento da humanidade. Para isso, precisamos agir como “Pedra Polida que representa o homem instruído que dominou as paixões e abandonou os preconceitos e se libertou das asperezas da Pedra Bruta” que diligentemente a poliu. 2 – Opinião - Vida Simples (Foco & Ação) Juarez de Oliveira Castro
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 6/31 Ano 10 - artigo 14 - número sequencial 559 - 03 abril 2016 Saudações, estimado Irmão! A MENSAGEM DA BANDEIRA NACIONAL, DIANTE DA ATUAL SITUAÇÃO DO BRASIL Símbolo maior de uma nação, a bandeira representa seu povo, sua história e nos remete a posicionamentos e aos valores que devemos assegurar perante nossa Pátria. Diante da realidade atual, não há como desconsiderar a gravidade dos problemas econômicos, políticos e institucionais pelos quais passa a nação. Para o Maçom é imprescindível uma ação enérgica diante deste quadro, desde que se mantenha preservado o posicionamento estritamente maçônico de não nos deixarmos levar pelo vício da paixão e, menos ainda, nos engajarmos em atitudes violentas e desrespeitosas com as opiniões contrárias. Todo momento de incerteza e desconfiança, seja política, ética ou moral encontra sua reação por meio de investigações, julgamentos dos delitos e as consequentes punições, que desaguarão no fortalecimento das leis e das instituições. Neste momento especial da História de nosso país, sejamos sinceros e atentos ao risco de cometermos o equívoco de manifestações desrespeitosas e destemperadas, pró ou contra seja quem for. O resultado desta postura irrefletida será, necessariamente, a criação de zonas de atrito entre Irmãos. E fica a pergunta: Quem ganha com isto? Combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, são estas as diretrizes da política, da moral e da ética, que conduzem os labores maçônicos, baseados na garantia do Direito, na aplicação da Justiça e, acima de tudo, na incansável busca da Verdade dos fatos. Indiferentemente das opiniões pessoais e do posicionamento político partidário, nós Maçons não podemos perder nossa identidade de Irmãos, unidos por compromissos acima das paixões profanas. Não devemos esquecer dos laços de fraternidade que nos unem e dos valores consolidados que regem nossa Fraternidade. A nação, representada em nossos Templos pela Bandeira Nacional, deve ser reverenciada, 3 – A mensagem da Bandeira Nacional diante da atual situação do Brasil - Sérgio Quirino Guimarães
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 7/31 respeitada e amada. Pregar a violência, usar frases clichês como “pegar em armas”, o insulto ao outro pela divergência de opinião, não condizem com o Maçom e nem com a mensagem de nossa bandeira. “Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz.” Não há dúvidas de que seja um desejo sincero de todos os Maçons um futuro melhor para o Brasil. Somente conseguiremos atingir essa meta tendo em nós a clara convicção de que devemos transformar nossa indignação em ação concreta contra a grande mazela da sociedade brasileira, que é a corrupção, em todos os níveis, de forma apartidária sendo nós mesmos vigilantes de nossa própria conduta. Contra a corrupção, que é a origem e a consequência de toda essa mazela pela qual passamos hoje, a Maçonaria tem uma ação séria e comprometida com o Brasil, que é o projeto Corrupção Nunca Mais (www.corrupcaonuncamais.com.br). O Irmão está colaborando? Tem, de fato, como Maçom, consciência de seu dever em promover o bem-estar da Pátria? “Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amados, poderoso e feliz há de ser!” Este artigo foi inspirado no livro “MAÇONARIA PARA MAÇOM” do Irmão e Amigo Jorge Vicente, que na página 109, relata uma experiência diante da apresentação do Pavilhão Nacional: “Eis que surge o Porta-Bandeira na postura correta, emocionante, trazendo a Bandeira do Brasil, sem que ela se curvasse um só instante. Ele, o Irmão que conduzia o Pavilhão, seguia ereto, como que estando a Ordem.” Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica. Fraternalmente Quirino Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom. Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 8/31 Anestor Porfírio da Silva M.I. e membro ativo da Loja Adelino Ferreira Machado Hidrolândia – GO. Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás anestorporfirio@gmail.com DISTINÇÕES ENTRE SOLIDARIEDADE E FILANTROPIA A omissão por parte do Poder Público em não se fazer presente em certas áreas de sua estrita competência, como na que diz respeito ao estado de abandono em que muitas pessoas se encontram vivendo em situação de penúria, permanentemente necessitando de ajuda material e psicológica, é causa que motiva e leva as pessoas sensíveis ao bem a se unirem e se organizarem com o fim de suprimir ou pelo menos minimizar tal ausência de responsabilidade mediante o emprego da solidariedade, da filantropia e da beneficência. O maçom, por uma questão de honra e, por que não dizer, pela dignidade da ordem a que pertence, pelo compromisso solene que assumiu, pela palavra empenhada e até pelo juramento que, de livre vontade, foi por ele prestado quando de sua iniciação, tem, por dever e obrigação a prática constante tanto da solidariedade quanto da filantropia. Mas, afinal, o quê vem a ser solidariedade, beneficência, filantropia? Numa análise superficial parecem ter o mesmo significado, representarem a mesma coisa, mas, não. Conceitualmente, se identificam apenas em um ponto: qualquer das três é meio pelo qual se presta ajuda a alguém. Lexicógrafos renomados definem “solidariedade” como sendo o compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas pelas outras por sentimento de cooperação motivado por diversas razões de uma das partes em relação à outra. Já a “filantropia” é amor à humanidade – sentimento que leva a ajudar as pessoas, independentemente de quaisquer motivações políticas ou religiosas. Filantropia é ação continuada de doar dinheiro ou outros bens a favor de instituições ou pessoas que desenvolvam atividades de grande mérito social. É encarada por muitos como uma forma de ajudar e, ao mesmo tempo, guiar o desenvolvimento e a mudança social sem que se recorra à intervenção estatal, muitas vezes, contribuindo por essa via em substituição da ineficiente política pública nas áreas social, cultural ou de desenvolvimento científico. Não consiste, pois, na prática de simples ajuda a esta ou àquela pessoa necessitada como ocorre na solidariedade. A filantropia vai além. Em alguns países é ela a principal provedora de recursos à investigação científica e ao financiamento das universidades e instituições acadêmicas. O que leva as pessoas a praticarem a filantropia é a vontade de ajudar, é o amor ao próximo não importando quem seja ele, que idade tem, do que necessita, onde se encontra, o que faz, como vive etc. Seu lema é “ajudar sem olhar a quem.” Por outro lado, envolvendo solidariedade e filantropia em seu conceito, temos a “beneficência” que, por si só, se define como sendo “qualidade de beneficente – ato de beneficiar 4 –Distinções entre Solidariedade e Filantropia Anestor Porfírio da Silva
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 9/31 – prática de obras de caridade – filantropia – inclinação à prática do bem – ação de fazer bem a alguém seja pela identificação de companheirismo, amizade ou não”. Como se depreende, no exercício da beneficência (ou solidariedade) a ajuda é de caráter mútuo, sempre que houver necessidade e falta de recursos para superá-la. Ela se desenvolve de individuo para indivíduo por um espaço de tempo limitado até que a dificuldade, também de natureza transitória, seja superada e a motivação que leva alguém a exercê-la é o sentimento de cooperação a membros de grupos que se formam por sentimento afetivo, por companheirismo ou por amizade. Seu lema é “ajudar hoje para, se precisar, ser ajudado amanhã.” Era costume das Guildas (sociedades de pedreiros livres), que existiram ao tempo da chamada maçonaria operativa, a promoção de arrecadação de contribuições dos que podiam ofertá-las para socorrer os seus congregados em momentos de profunda dificuldade. Figuravam entre esses congregados os pedreiros, os artífices, os forjadores de metal, serviçais, enfim, todos os seus associados. Em caso de absoluta necessidade a mencionada proteção se estendia às viúvas e aos filhos dos associados falecidos. Foi do costume dessa prática solidária entre os construtores medievais organizados em associações, que a maçonaria adotou como parte obrigatória de sua ritualística o tronco de solidariedade ou de beneficência. TRONCO Segundo Castelani, a palavra “tronco” tem sua origem no idioma francês “tronc” com dois significados: tronco de árvore e caixa de esmolas. O nome primitivo em maçonaria era “Tronco da Viúva”, ou seja, caixa de madeira (Baú) para guardar as esmolas ofertadas à viúva (vocábulo usado pelos maçons referindo-se à maçonaria como sua mãe viúva). Entre os registros da história da maçonaria até então pesquisados não foi encontrada nenhuma anotação que possibilitasse esclarecer a partir de quando o “Tronco da Viúva” passou a ser denominado de Tronco de Solidariedade ou de Beneficência. Hoje em dia, o Tronco de Solidariedade ou de Beneficência não representa apenas a coleta de esmolas. Ele tem significado muito mais elevado para os maçons. Ele circula em Loja pelas mãos do irmão Hospitaleiro, que é quem tem aos seus cuidados os irmãos doentes e necessitados. Em seu caminho ele repete o mesmo giro do Saco de Propostas e Informações, passando por cada irmão presente como se estivesse a dizer-lhe para não desperdiçar a oportunidade de ser solidário, posto que, ao doarmos algo a um irmão que de nós esteja necessitando é estarmos caminhando em direção à divindade, usando o gesto de ajudar como meio de alimentar a alma e propiciando condições para remoção de dificuldades, para soluções de problemas, para restabelecimento do bem-estar e para realização da vontade de alguém que sofre em razão do infortúnio e da falta de recursos. Para tanto, as Lojas devem formar um fundo mediante a aplicação das arrecadações do Tronco de Solidariedade ou de Beneficência em poupança bancária conjunta aberta em nome do irmão Hospitaleiro e do Venerável ou do Tesoureiro para os recursos serem utilizados em eventuais e inesperadas urgências. O HOSPITALEIRO O irmão que se acha investido neste cargo é a quem compete as atribuições de fazer circular o Tronco da Solidariedade ou de Beneficência e arrecadar óbolos durante as sessões. A Jóia que esse irmão conduz é o símbolo de uma bolsa cujo significado é o do lugar onde os irmãos devem depositar suas contribuições. Por ser de sua responsabilidade manter-se sempre informado sobre as condições de saúde dos demais irmãos, é o hospitaleiro o membro da Loja que, preferencialmente, deve ocupar o cargo de presidente da Comissão de Beneficência. DESTINO DO TRONCO As administrações das Lojas devem ter em mente que o Tronco de Solidariedade ou de Beneficência se destina a uma única finalidade, ou seja, a prática da solidariedade entre os próprios
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 10/31 membros da ordem, suas viúvas e órfãos, diante de clara e manifesta necessidade. Isto deve ser cumprido em primeiro lugar, não devendo tal recurso ser destinado a instituições de caridade como orfanatos, abrigos, asilos, hospitais, creches etc.. A ajuda prestada a instituições assistenciais como as aqui mencionadas é prática de filantropia cuja motivação é o amor à humanidade. Por meio do receptor dos recursos (a entidade filantrópica) a pessoa assistida, muitas vezes, nem é vista ou identificada por quem faz a doação, o que nada tem a ver com a solidariedade que é ajuda mútua motivada por sentimento de companheirismo, amizade ou parentesco. Propostas de irmãos para que a Loja destine a arrecadação do Tronco de determinada sessão a instituição ou pessoa não pertencente à família maçônica, devem ser analisadas com muito critério e, se forem atendidas, não devemos nunca desfazer de toda a reserva já conseguida, visto que, em primeiro lugar, conforme já foi dito, o Tronco de Solidariedade ou de Beneficência se destina ao socorro de irmãos necessitados e de viúvas e filhos carentes, de irmãos que pertenciam ao Quadro de Obreiros da Loja. Em segundo plano, estão os necessitados não pertencentes à maçonaria, que também não podem deixar de receber ajuda maçônica quando baterem em nossas portas. A estas pessoas temos igualmente o compromisso legal e maçônico de prestar a nossa ajuda ainda que, para tanto, tenhamos que nos valer excepcionalmente de parte do dinheiro arrecadado através do próprio Tronco. Ainda há uma questão que merece enfoque. Em razão dos valores arrecadados pelo Tronco de Solidariedade ou de Beneficência não pertencerem ao patrimônio da Loja, constitui erro grave o seu uso indevido como, por exemplo, na reforma do Templo, de asilos, de creches, aquisição de mobiliários, materiais ou pagamento de despesas que nada têm a ver com o exercício da solidariedade. Quanto à filantropia, que também é uma das finalidades da maçonaria, os recursos destinados à sua prática devem advir de fontes como: a) arrecadação extra e voluntária entre os Irmãos do Quadro da Loja; b) promoções e eventos patrocinados pela Loja (sorteios, bingos, rifas, bailes, almoços etc.); c) outras fontes não especificadas. Desde os primórdios tempos de existência da maçonaria não se encontra registros que demonstrem a utilização do Tronco para fins filantrópicos. Pelo contrário, tudo o que se lê a respeito, a conclusão a que se chega é de que os recursos arrecadados através do Tronco sempre se destinaram à ajuda mútua entre os maçons e seus dependentes. Mas, hoje em dia, isto não se verifica porque a distorcida interpretação que se faz de solidariedade e filantropia tem feito a maioria das Lojas incorrer no mesmo erro ao praticar filantropia com recursos destinados a socorrer irmãos carentes, que estejam vivendo momentos ruins, de difícil solução, o que, sem dúvida, vem contribuindo para que a maçonaria perca parte ainda maior de sua própria identidade. Louvável é a atitude dos obreiros que têm vontade de ajudar e este mérito é indiscutível, desde que, na prática, não se esqueçam de si próprios, não desprezem a ajuda mútua ainda considerada como o cumprimento de um dever incondicional, o que se justifica pelo fato de a “solidariedade” ser até hoje mantida nos postulados universais da Ordem Maçônica como uma de suas principais finalidades. Anestor Porfírio da Silva M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. De Hidrolândia-GO Membro do Ilustre Conselho Estadual do GOEG
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 11/31 IrJosé Maurício Guimarães Venerável Mestre e fundador da Loja Maçônica de Pesquisas “Quatuor Coronati” Pedro Campos de Miranda jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. TRECHOS DO LIVRO "GRANDE LOJA MAÇÔNICA DE MINAS GERAIS, HISTÓRIA, FUNDAMENTOS E FORMAÇÃO" (excluídas as notas de pé rodapé) [1] “Quanto menos as pessoas sabem do passado e do presente, tanto mais impreciso será o juízo que farão sobre o futuro”. Coincidentemente, Freud escreveu esse texto no mesmo ano da criação das Grandes Lojas e da fundação da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais – 1927. Isso se aplica ao esforço de reconstrução da memória maçônica que vinha se degradando de forma acentuada nos últimos anos. Na certa, uma opinião sobre o futuro provável da Maçonaria brasileira obriga o maçom de hoje a indagar qual destino as últimas gerações prepararam para a Maçonaria e, principalmente, de que forma estamos encarando os desafios e as transformações que a Ordem está fadada a experimentar. 5 – Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, História, Fundamentos e Formação - José Maurício Guimarães
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 12/31 [2] Mesmo assim, as tentativas de escrever a história maçônica encontram obstáculos quase irremediáveis como, por exemplo, a “perda” de arquivos da Maçonaria. Essa indigência vem desde a Inquisição e não é privilégio do Brasil. A privação das fontes históricas avançou pelo século XVI e XVII na Europa e nas Américas. Prejuízos de alta conta, como os do incêndio de Londres, ocorrido entre os dias 2 e 5 de setembro de 1666, que destruiu dezenas de igrejas e milhares de casa em Londres, repercutiram na cultura maçônica. Nesse episódio, pedreiros de toda a Inglaterra foram convocados para a reconstrução da cidade sob as ordens do arquiteto da Loja central de Londres, Christopher Wren. James Anderson, escocês nascido em Aberdeen em 1679, cita esse fato nas Constitutions of the Free-Masons de 1723 – conhecidas entre nós como as Constituições de Anderson. Ao expor sobre os Reis da Escócia e da Inglaterra, diz Anderson: "Após as guerras, tendo sido recuperado o domínio da Família Real, a maçonaria também foi restaurada, particularmente após o infeliz incêndio de Londres, Ano 1666." José Braga Gonçalves fala de outro incêndio ocorrido em 15 de julho de 1927, em Viena, que destruiu uma coleção de documentos referentes aos primórdios da Maçonaria (mais uma vez, o ano de 1927). O sinistro foi atribuído aos participantes da malfadada tentativa de golpe dos nazistas cognominada Putsch da Cervejaria de Munique. Na Espanha, o Generalíssimo Francisco Franco consolidou, a partir do início da Segunda Guerra Mundial, um Estado autoritário e corporativo que reprimiu a Maçonaria e incorporou grande parte da documentação das Lojas aos arquivos do governo. Contudo, nada impediu que o historiador e sacerdote jesuíta, José Antônio Ferrer Benimeli, professor de História Universal Contemporânea da Universidade de Zaragoza e um dos maiores conhecedores da Maçonaria espanhola, produzisse entre 1968 e 2007 a maior obra sobre história da Maçonaria antiga e moderna, principalmente em solo espanhol. A obra principal de Benimeli é uma tese de doutorado em oito volumes, com mais de 3.000 páginas ao todo, apresentada em 1972 na Universidade de Zaragoza. Um resumo desse trabalho foi publicado por Éditions Dervy com o título de "Les archives secrètes du Vatican et la fran-maçonerie: histoire d’une condamnation pontificale". Todavia “o destino bateu à porta” do jesuíta, literalmente. O noticiário do jornal El País, de 1º de setembro de 1983, relata que desconhecidos entraram na Faculdade de Artes, quebraram a porta do escritório do padre Benimeli, jogaram em seu interior substâncias inflamáveis e atearam fogo. Todos os documentos e os manuscritos de trinta livros, mais de cem artigos, teses de doutorado, revistas e jornais, enfim, o trabalho de quinze anos foi reduzido a cinzas. [3] Grande Loja é uma estrutura conjunta de Lojas cuja extensão é maior que a das unidades que a compõem. O adjetivo grande em Maçonaria não significa ser exímio ou soberbo como faz supor o entendimento do senso comum. Grande aqui se refere àquilo que é fundamental, principal, primordial, ou seja, a Potência, unidade política tomada em determinada área, ou com outras que se acham natural ou administrativamente ligadas a ela etc. – significados que constam igualmente
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 13/31 dos dicionários. Grande e Grão, aplicados aos cargos e Graus, significam magnânimo e digno naquilo que alcançou ou faz. Grande Loja é a denominação dada às Assembleias Gerais e, por extensão, às Potências que as abrigam. Modernamente, na Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, essas Assembleias são chamadas Assembleias Gerais Plenárias com duas reuniões solsticiais e duas equinociais. Albert Gallatin Mackey em "The Principles of Masonic Law: a Treatise on the Constitutional Laws, Usages and Landmarks of Freemasonry", publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1856, leva-nos a entender que a atual organização das Grandes Lojas, se considerada a antiguidade da Maçonaria, é fruto do pensamento iluminista. O Iluminismo se originou na passagem do século XVII para o XVIII a partir do pensamento de Baruch Spinoza (1632-1677) seguido, trinta anos depois, por John Locke, Pierre Bayle e pelo matemático Isaac Newton. Nos primórdios da Maçonaria não se falava sobre tais organismos “Grandes Lojas”. As cópias que temos da Carta de Bologna de 1248 (um dos mais antigos textos da Maçonaria operativa), da Anglo-Norman Charges de 1356 ou dos The Anglo-Norman Constitutions II, The Cooke MS de 1450, Watson MS series de 1535 e mesmo o Inigo Jones MS de 1655 não citam “Grande Loggia” nem “Grand Lodge”. [4] De acordo com Oswald Wirth, os landmarks são uma criação moderna e seus partidários nunca puderam chegar a um acordo quanto à sua recomendação precisa, fato que nunca impediu os anglo-saxões de considerarem esses limites sagrados, ainda que extremamente variáveis conforme o interesse peculiar de cada Potência. As Grandes Lojas fixam esses landmarks segundo suas maneiras de compreenderem a Maçonaria. O primeiro ponto a ser considerado é que, da compilação dos antigos deveres do ofício (The Old Charges of Craft Freemasonry), resultaram as Constituições de Anderson, de 1723. Cento e trinta e cinco anos mais tarde, em 1858, é que surgiu uma lista de landmarks proposta por Albert Gallatin Mackey. A palavra inglesa landmark tem o sentido de limite, ponto de referência, marco divisório ou fronteira: land (terra) + mark (marca). A Bíblia, de onde o conceito foi tirado, estabelece uma cláusula pétrea implícita no livro dos Provérbios, capítulo 22, versículo 28: “nolumus leges mutari”, ou seja: que essas leis não sejam alteradas. Na versão inglesa King James: “Remove not the ancient landmark which thy fathers have set” – não removas os marcos divisórios que teus antepassados estabeleceram – o que dá à teoria landmarkiana um fundamento bíblico, para não dizer religioso. No livro "Illustrations of Masonry", de 1775, o inglês William Preston usa landmark como sinônimo de usos e costumes estabelecidos na Arte Real, acepção mais correta (principalmente por ser a mais antiga), uma vez que o Direito inglês é eminentemente consuetudinário. Como se sabe, os Landmarks propostos por Mackey não são universalmente aceitos pelo fato de não definirem uma totalidade de limites necessários em todos os tempos e lugares onde a Maçonaria exerce seu ofício civilizatório. Por exemplo, os pesquisadores da Grande Loja de “British Columbia and Yukon” (Canadá) apontam o fato de o sistema de três graus da Maçonaria (Landmark II na compilação de Mackey) não ser histórico, pois não existiria o Grau de Mestre
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 14/31 antes da formação das primeiras Lojas da Inglaterra. Em termos de história, não podemos perder de vista o fato de a Maçonaria operativa e a dos primeiros especulativos não terem praticado uma lista de landmarks; houve apenas uma primitiva compilação em 1720 (Regulamentos Gerais), formulada pelo Grão-Mestre George Payne, onde se lê: “Cada Grande Loja tem o poder e autoridade para fazer novos regulamentos, ou alterar estes, em vista de beneficiar esta antiga Fraternidade, cuidando de preservar cuidadosamente os antigos Land-Marks.” À teoria landmarkiana se opõe o sistema “dos três poderes” que, ao contrário do que muitos pensam, não começou em Montesquieu. Platão já se preocupava em formular um governo que não oferecesse proveitos às tiranias ou absolutismos, de forma a se aproximar o máximo possível da igualdade entre todos os cidadãos. Aristóteles buscava uma composição ideal com três poderes: o poder deliberativo de uma assembleia análoga aos nossos legislativos, o poder da magistratura governamental (executivo) e o poder judicial. A partir do século XVII, com René Descartes, a capacidade de discriminar o verdadeiro do falso foi erigida como máxima filosófica, tornando todas as pessoas iguais em direitos e oportunidades, independentemente de sexo, cor, ou religião, uma vez que a razão é formalmente igual em todos. Descartes inicia assim o "Discours de la méthode": "O bom senso é a coisa melhor partilhada no mundo, pois cada pessoa se julga tão bem abastecida dele, que mesmo os mais difíceis de contentarem em qualquer outra coisa não desejam ter mais bom senso do que já possuem." [5] Entre 1730 e 1760 a Maçonaria tornou-se mais atuante na França do que na Escócia ou Inglaterra. Em 1715 os Stuarts se exilaram na cidade francesa de Bar-le-Duc sob a proteção de jacobitas e católicos. Em 1725 foi fundada a primeira Loja no continente conhecida como escocesa. Não podemos perder de vista que a Grande Loja da Inglaterra teve como principais fundadores um escocês, James Anderson, e um francês, Jean Théophile Desaguliers. Em 1727 foi fundada em Lisboa uma Loja cuja maioria de seus membros era protestante, Loja esta regularizada em 1735 na Grande Loja de Londres. Em 1733 surgiu uma segunda Loja de católicos chamada Casa Real dos Pedreiros-Livres da Lusitânia, e a terceira, em 1741, formada por maioria de origem francesa. Mas a Maçonaria portuguesa só tomou força entre 1760 e 1770 com sua transformação em instrumento do Estado. Em 1798 havia quatro Lojas inglesas em Lisboa filiadas à Grande Loja de Londres. O movimento maçônico do período pombalino reforçou a influência da Maçonaria francesa sobre a Maçonaria portuguesa. Até 1804 outras Lojas foram criadas a partir de vários grupos sociais e homens de letras, ciências e artes – entre os quais Domenico Vandelli, de quem falaremos adiante em relação aos movimentos separatistas e republicanos do Brasil. As opiniões divergem sobre quando e como a Maçonaria chegou no Brasil. Sabemos que estudantes brasileiros foram à Europa, principalmente a Portugal e França, onde teriam sido iniciados. De volta ao Brasil, eles criavam grupos maçônicos clandestinos. A primeira atividade de cunho maçônico no Brasil data de 1724 na Academia Brasílica dos Esquecidos, onde foi iniciado o padre Gonçalves Soares de França, o historiador Sebastião da Rocha Pitta e Caetano de Britto. Em 1735 aparece o nome de um Grão-Mestre Provincial para a América do Sul, Randolph Took, e em 1741 uma carta do inglês Robert Young, da Loja de São João, de Buenos Aires, recomendava Richard Lindsey, que se encontrava no Brasil. Contrapondo-se a essas
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 15/31 administrações tipicamente inglesas, surgiu um Grande Oriente com tendências republicanas em Salvador no ano de 1750, vinculado ao Grande Oriente da França. Já existiam Lojas às escondidas anteriores à criação de uma “Potência nativa” brasileira. Caminhavam lado a lado com elas as academias e associações literárias às quais pertenceram muitos dos Inconfidentes, atuando como sustentáculo para a ação silenciosa da Maçonaria. [6] Expandir os ideais republicanos para a América do Norte e Latina não bastava ao projeto iluminista que se impunha além das formas de governo. O movimento maçônico na Europa pregava uma mudança de paradigma. Assim, o expansionismo foi apenas a consequência natural do processo civilizatório gerado no interior da Maçonaria. Os anos da presença da Família Real no Brasil e a transformação da colônia em reino coincidiram como o predomínio velado do Grande Oriente Lusitano sobre os assuntos da colônia e a ferrenha vigilância sobre a Maçonaria herdada no Brasil pelos seguidores do pensamento francês. Portugal tinha que escolher entre a França e a Inglaterra e, por consequência lógica, entre um Grand Orient e uma Grand Lodge. Simulou uma submissão voluntária à França e não obedeceu a nenhum dos dois. Fugiram para o Brasil. Napoleão, teria dito: “O único homem que conseguiu me enganar foi esse João de Portugal”. A primeira mobilização de que se tem notícia para a criação de uma Potência Maçônica no Brasil aconteceu em 1813 por iniciativa de Lojas da Bahia e do Rio de Janeiro. Com a abertura dos portos às nações amigas em 28 de janeiro de 1808, o Brasil foi elevado à condição de participante do sistema internacional de comércio e cultura. A Bahia e o Rio de Janeiro, portos históricos, foram os primeiros a receber a Maçonaria vinda da Europa. Três anos depois, outro movimento despontou no Recife, a Grande Loja Provincial. Mas essas duas iniciativas encerraram suas atividades em 1817. Não havia ambiente favorável para a criação de uma Potência maçônica no Brasil enquanto D. João VI aqui permanecesse sob o olhar atento do Grande Oriente Lusitano. A Revolução Pernambucana (6 de março de 1817), supostamente sob o controle da “Grande Loja Provincial”, foi uma das causas da represália de D. João VI. Em 30 de março do ano seguinte, foi editado o Alvará Real no qual foram colocadas na ilegalidade todas as sociedades secretas em solo brasileiro – especialmente a Maçonaria. [7] Bastou que a corte virasse as costas e D. João VI retornasse a Portugal, na madrugada de 25 de abril de 1821, para que, um ano e dois meses depois, fosse fundado o Grande Oriente, formado pelas Lojas “Comércio e Artes”, “União e Tranquilidade” e “Esperança de Niterói”. A fundação aconteceu no dia 28 do terceiro mês do ano da Verdadeira Luz de 5822 – 17 de junho de 1822 –, portanto a menos de três meses da Proclamação da Independência. No Primeiro Reinado os maçons José Bonifácio de Andrada e Silva, paulista, e o carioca Joaquim Gonçalves Ledo assumiram o primeiro plano no cenário político brasileiro. Nessa época o Grande Oriente Brasiliano reproduziu alguns aspectos do modelo europeu que fazia da Maçonaria uma ferramenta para aproximar a burguesia ascendente da aristocracia insatisfeita com o velho regime.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 16/31 José Castellani e William Almeida de Carvalho reconhecem a nascença do Grande Oriente do Brasil “como filho espiritual do Grande Oriente da França”, fato natural, pois como já foi dito, desde o final do século XVIII a Maçonaria tornara-se mais atuante na França do que na Inglaterra. O Rito adotado foi o Francês Moderno de 1783 e, imediatamente após ser criado, D. Pedro I foi admitido em suas Colunas. Dessa forma, o Grande Oriente empenhava-se ardorosamente no campo da política objetivando o primeiro grande projeto da Maçonaria brasileira: a República. [8] Os preliminares dos Supremos Conselhos do Rito Escocês situam-se na longínqua Criação do Capítulo de Clermont em Paris em 1754, de duração efêmera. Mas há evidências de que até 1730 havia na Inglaterra, “mestres maçons escoceses” após o Terceiro Grau e, dez anos mais tarde, na Alemanha falava-se do “mais alto Grau chamado Maçonaria Escocesa.” Porém os graus além de Mestre se expandiram quando introduzidos na Maçonaria francesa. Em 1756 foi criado o Knights of the East e dois anos depois o Soberano Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente ou Scottish Mother Lodge. Em 1761 Stephen Morin recebeu uma patente da Grande Loja da França autorizando-o a estabelecer os Altos Graus do Rito Escocês em todas as partes do mundo que ele iniciou a partir de Santo Domingo, República Dominicana (1763). Mais tarde, Stephen Morin e Henry Andrew Francken criaram em Albany, Nova York, uma Loja de Perfeição – Graus 4º ao 14º (1767). O Supremo Conselho de Charleston no Estado da Carolina do Sul/EUA e Supremo Conselho “Mãe do Mundo” declarou sua existência em 1801 com o lema de “Ordo ab Chao” (Ordem sobre o Caos ou Ordem Vinda do Caos) anunciando o sistema de 33 Graus. No Brasil, o desenvolvimento do Supremo Conselho do Rito Escocês começou em 1829 quando Francisco Gomes Brandão, o Visconde de Jequitinhonha, recebeu do Supremo Conselho para o Reino dos Países Baixos do Rito Escocês Antigo e Aceito a autorização para instalar aqui um Supremo Conselho. [9] O Grande Oriente do Brasil viveu constantes desafios devido à contradição entre os interlocutores mais comprometidos com o fortalecimento de seus postos avançados no governo do país e os que se empenhavam na segurança da própria instituição. Essa contradição sistêmica teve consequências entrópicas – uma instituição de grande porte fundamentada na liberdade de seus membros e sendo avariada por eles. As primeiras cisões aconteceram durante o processo de reinstalação dos trabalhos do Grande Oriente do Brasil: o surgimento do Grande Oriente do Passeio, em 1831 (nome alusivo à sede situada na Rua do Passeio nº 36, no Rio de Janeiro), e em 1863, o Grande Oriente do Vale dos Beneditinos (local em que se instalou, na Rua dos Beneditinos nº 22). Houve outros desentendimentos internos: em 1893, a formação do Grande Oriente do Estado de São Paulo, que se declarou independente da potência central, a criação do Grande Oriente e Supremo Conselho do Rio Grande do Sul e um Grande Oriente Mineiro em 1894. [10]
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 17/31 A Maçonaria brasileira, que teve seu auge no Império sob o comando obstinado de José Bonifácio, “mudou de perfil a partir de meados do século XX”, dizem Morel e Souza, sem citarem 1927 e a figura de Mário Behring. Foi a partir das Grandes Lojas de Mário Behring que a Maçonaria brasileira deixou de interferir na política, passando a se preocupar com ações de suporte à cidadania, à cultura e à educação – noutras palavras: uma Maçonaria que volta sua atenção para a política de Estado e não para projetos políticos de poder. [11] As Grandes Lojas não nasceram de repente. Estiveram em gestação durante mais de três décadas, desde a eleição do maçom Campos Sales para a presidência da República contra seu principal oponente Lauro Sodré, também maçom. Campos Sales escolheu seu ministério entre técnicos não ligados à política partidária nem diretamente à Maçonaria. Criou a manobra conhecida como “política dos governadores”, afastando também os militares das decisões governamentais. Foi um modelo de República oligárquica com o revezamento entre mineiros e paulistas na presidência e vice-presidência da república, a política do “café com leite”. Esse parece ter sido o “sinal verde” para o desencadeamento do movimento de Grandes Lojas no Brasil. Com a República Nova instaurada sob a chefia de Getúlio Dorneles Vargas no início dos anos 1930, a Maçonaria brasileira sofreu a mais violenta retração de sua história. O Estado Novo, regime instaurado por Vargas no golpe de Estado de 10 de novembro de 1937, centralizou o poder ao máximo, sustentado no autoritarismo e numa espécie de nacionalismo inspirado por alguns comandantes militares que a princípio eram simpáticos ao nazismo. [12] O movimento de 1927 não foi um fenômeno isolado do contexto que vinha se desenvolvendo na Maçonaria brasileira desde os conflitos entre as alas de José Bonifácio e Gonçalves Ledo. De 1864 até 1926 o Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito funcionou confederado ao Grande Oriente do Brasil. Pelas normas deste, a suprema autoridade da Maçonaria no Brasil estava numa só pessoa, ou seja, o maçom eleito Grão-Mestre do Simbolismo era, ispo facto, investido no cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho. Nesse sistema, quase todas as lojas do Grande Oriente do Brasil eram Lojas Capitulares trabalhando, além dos rituais dos Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre, nos Graus 15 ao 18. [13] Em 1925 Mário Behring – Grão-Mestre e, portanto, pelas leis do Grande Oriente do Brasil, Soberano Grande Comendador – apontou a irregularidade dessa acumulação de cargos propondo a separação das duas jurisdições. Behring não se candidatou mais ao cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente. Passou para Vicente Saraiva de Carvalho Neiva o exercício do cargo de Grão- Mestre, optando por conservar o de Grande Comendador. Essa escolha de Behring foi mais do que um desapego ou firme decisão de não se envolver em querelas sobre eleições e supostas fraudes. Seu afastamento seria inconstitucional se analisado pelas normas do Grande Oriente, mas foi coerente com as leis que regem o Rito Escocês nos demais países...
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 18/31 ..."que obrigam ao Supremo Conselho do Brasil, porque nelas se baseia a sua regularidade, a sua existência, o seu reconhecimento como parte da Federação Maçônica Internacional, têm de ser separadas as administrações dos dois corpos – Grande Oriente, que ficará adstrito exclusivamente ao Simbolismo e Supremo Conselho com soberana administração de todos os Graus acima de Mestre e Oficinas que os praticam: Lojas de Perfeição, Areópagos e Consistórios." [14] Além da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, as outras seis primeiras Grandes Lojas foram fundadas no mesmo ano de 1927: Grande Loja do Rio de Janeiro (22 de junho), Grande Loja do Amazonas (24 de junho), Grande Loja do Pará (28 de julho), Grande Loja de São Paulo (29 de julho), Grande Loja da Paraíba (24 de agosto). A Grande Loja de Minas Gerais foi fundada em 25 de setembro e instalada no dia seguinte, sob o título de “Grande Loja Symbolica de Minas Gerais”. No ano seguinte, foram criadas a Grande Loja do Rio Grande do Sul e a Grande Loja do Ceará. Todas receberam do Supremo Conselho suas Cartas Constitutivas. Cada Grande Loja tem sua respectiva Constituição, sendo governadas por seus Grão-Mestres como Potências estaduais independentes umas das outras, sem nenhuma ligação de dependência com o Supremo Conselho, mantendo as leis, os rituais e as tradições do Rito, as Constituições de Anderson e demais características da Maçonaria Universal. Após a separação foi realizada em Paris, em 1929, a Quarta Conferência Internacional dos Supremos Conselhos do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, onde compareceu o Supremo Conselho fundado por Francisco Gomes Brandão, representado por Mário Behring. A informação circulava com lentidão naqueles tempos: telegramas, cartas que às vezes se extraviavam e mensageiros que colocavam as Américas em contato com a Europa por prolongadas viagens de navio. Mesmo assim, três maçons do Grau 33, José Maria Moreira Guimarães, Lourival Jorge Masaredo Souto e Hyppolito Hermes de Vasconcelos foram nomeados por Octávio Kelly para representar o Supremo Conselho Reconstituído do Grande Oriente do Brasil. Mais uma vez a evidente interferência da administração dos Graus Simbólicos nos Altos Graus e vice-versa, pois já ficara estabelecida a soberania de cada Supremo Conselho, apenas um em cada país e livre de quaisquer inferências por parte de Grandes Lojas, Grandes Orientes ou quaisquer corporações maçônicas. No dia 30 de abril, a comissão assim nomeada por Octávio Kelly não logrou ser recebida pelo encarregado da Assembleia dos Supremos Conselhos, René Raymond, que alegou já estar presente na Conferénce o Supremo Conselho do Brasil representado por Mário Behring. Os três representantes rejeitados enviaram um protesto à Conferénce no dia seguinte. Não obtiveram sucesso, pois pesou contra o Supremo Conselho do Grande Oriente do Brasil o fato de ele não ser soberano – isto é, estava adstrito a uma Potência Simbólica. Durante a Conferénce ficou decidido que o único Supremo Conselho regular, reconhecido e única autoridade legal e legítima para o Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil era aquele fundado por Francisco Gomes Brandão e representado, na ocasião, por Mário Behring. [15]
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 19/31 Trinta anos depois, a vocação literária e cultural da capital atraiu para Belo Horizonte o idealismo dos jovens intelectuais que frequentavam a principal via da cidade naquela época – a Rua da Bahia. Floresceu em Belo Horizonte uma geração de escritores oriundos de outras cidades mineiras, a produzir obras inovadoras na literatura brasileira: Abgar Renault (Barbacena), Alberto Campos e Emílio Moura (Dores do Indaiá), Belmiro Ferreira Braga (Vargem Grande), Carlos Drummond de Andrade (Itabira), Ciro dos Anjos (Montes Claros), João Alphonsus de Guimaraens (Conceição do Mato Dentro) e Pedro Nava (Juiz de Fora). Local de excitação cultural e política, a Rua da Bahia era a porta de entrada da cidade, começando no contorno do Bairro Floresta e ligando a Estação Ferroviária da Praça Rui Barbosa ao Palácio da Liberdade, sede do governo do Estado. No percurso, o centro: o Bar do Ponto, o antigo Teatro Municipal (Praça Professor Alberto Deodato) e o Grande Hotel (hoje, Edifício Maletta), o Conselho Deliberativo (atual Centro Cultural de Belo Horizonte), o Café Estrela, charutarias, a confeitaria Suíça, o Trianon, a Gruta Metrópole, o Clube Belo Horizonte, as leiterias da moda e a Livraria Francisco Alves, pontos de encontro da intelectualidade. [16] Dia 25 de setembro de 1927, primavera. Vinte e cinco maçons preparavam-se, desde as primeiras horas daquele dia de domingo, para a assembleia convocada por Manoel dos Reis Corrêa na capital dos mineiros. A convocação circulara nas Lojas do Grande Oriente do Brasil jurisdicionadas em Minas Gerais, conforme orientação de Mário Behring, obtendo a adesão de oito Lojas e seus legítimos representantes. Meio dia em ponto. No Templo da Loja “Bello Horizonte” nº 574, situado na Rua Rio de Janeiro nº 987, reuniram-se aqueles maçons para fundar uma Grande Loja, contando, para este fim, com o apoio do Supremo Conselho do Grau 33, Potência máxima para o Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil. As oito Lojas, representadas por irmãos do Supremo Conselho, eram: Loja “Bello Horizonte”, da capital, pelo seu Venerável Manoel dos Reis Corrêa, Grau 32; Loja “Aspasia-Hiran do Parahyba”, de Porto Novo do Cunha; Loja “Fraternidade Universal”, de São Sebastião do Paraíso, por Pedro Jorge Brandão, Grau 33; Loja “União Sertaneja”, de Sete Lagoas, por Ricarte Normando, Grau 30; Loja “Labor, Força e Virtude”, de Muriaé, por José Pinheiro Guedes, Grau 30; Loja “Charitas”, de São João del-Rei; “Loja Guilherme Dias”, de Machado, por J. de Mello Teixeira, Grau 18, e Loja “Alfenas Livre”, de Alfenas, por Laurindo Chaves, Grau 18. Outros dezesseis membros dos Graus Superiores assistiram à reunião: do Grau 30, Conselho de Cavaleiros Kadosh, os Irmãos Afonso Couto e Geraldo Magela Fernandes Villela; do Grau 18, Capítulo Rosa-Cruz, os Irmãos Anielo Anastasia, Aurélio Pazzini, Benjamim Guimarães, Braz Serpa, Domingos Moutinho Teixeira, Francisco Narbona Gimenes, Gibraltar de Souza, João da Cruz, José Chaves Júnior, Manoel Olinto de Magalhães, Menotti Ciano, Serafim Rodrigues Pinheiro, Walfrido Andrade e Caetano Veronez. A reunião foi presidida por J. de Mello Teixeira.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 20/31 [17] Para a implantação das Grandes Lojas, a administração do Supremo Conselho preservou o direito sobre a autenticidade dos rituais dos Graus do Simbolismo (Aprendiz, Companheiro e Mestre) que foram entregues às Grandes Lojas em 1928 por Mário Behring sem, no entanto, ingerir na administração exercida pelas Grandes Lojas no comando desses Graus. Compõem o Rito Escocês Antigo e Aceito os seguintes Corpos: Loja de Perfeição (Graus 4 ao 14), Capítulo Rosa-Cruz (Graus 15 ao 18), Conselho Kadosh (Graus 19 ao 30, propriamente denominados Graus Filosóficos) e Consistório dos Príncipes do Real Segredo (Graus 31 ao 32), mais o Supremo Conselho (Grau 33). Nos primeiros quinze anos da atividade adjacente das duas Potências – o Supremo Conselho e a Grande Loja Maçônica de Minas Gerais – os Graus Superiores foram ministrados por Iniciações e Comunicações especialmente autorizadas por Mário Behring e seu sucessor Joaquim Moreira Sampaio. Em Belo Horizonte, após a preparação dos dirigentes para os Corpos Subordinados, foi fundado o “Capítulo Rosa-Cruz Reis Corrêa” em 6 de junho de 1942, nas dependências da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, com o apoio logístico do Grão-Mestre Luiz Sayão de Faria. Em 16 de junho de 1949 foi criada a “Loja de Perfeição Visconde de Jequitinhonha”. O “Conselho de Cavaleiros Kadosh Jacques DeMolay” e o “Consistório de Príncipes do Real Segredo Gonçalves Ledo” foram criados em 14 de fevereiro de 1950. ___________________________________________ O livro "GRANDE LOJA MAÇÔNICA DE MINAS GERAIS, HISTÓRIA, FUNDAMENTOS E FORMAÇÃO" tem 520 páginas com 40 ilustrações coloridas e dezenas de quadros explicativos. O Prefácio foi escrito pelo Grão-Mestre Ad Vitam da GLMMG, Irmão Leonel Ricardo de Andrade. Arte da capa pelo Irmão Rodrigo Otávio dos Anjos; diagramação, Irmão Carlos Eduardo de Andrade; revisão, Patrícia Falcão; ISBN 978-85-68 129-00-5. Faz parte do acervo (depósito legal) da Biblioteca Nacional, RJ. Cadastrado na Biblioteca da UFMG e outras Universidades do país. Aquisição através do site da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais http://www.glmmg.org.br __._,_.___ Enviado por: "JOSE MAURICIO GUIMARAES" <jmauriciog@gmail.com>
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 21/31 Este Bloco é produzido pelo Irmão Pedro Juk, às segundas, quartas e sextas-feiras menorá Em 03.09.2015 o Respeitável Irmão Menaldo Assis, Loja Liberdade e União, 140, REAA, GLMMG, Oriente de Sete Lagoas, Estado de Minas Gerais, formula a seguinte questão: menaldoassis@bol.com.br Todas as terças e quintas feiras fico aguardando o JB News, onde terei, com certeza, mais uma lição de Maçonaria através das perguntas e principalmente pelas respostas do Irmão. No novo Ritual emitido pela Grande Loja, para o Grau 03, em sua primeira folha, existe um desenho do Templo do REAA – Mestre Maçom, onde consta no lado Sul do Oriente, à direita e um pouco à frente do Resp M foi acrescentado um Menorah. Não existe uma informação a respeito do por que da colocação do mesmo, e de como proceder com o mesmo, em nossas reuniões, pois desde quando fui iniciado, 1975, nada havia. Minha pergunta é a seguinte: Quando devo acender as velas do mesmo? Em reuniões comuns da Câmara do Meio ou somente em reuniões de Exaltação? Ou simplesmente as velas não são acesas em hipótese alguma? Ou é simplesmente um adorno? E ainda do por que da colocação deste símbolo em nosso Templo? Agradeço e o parabenizo por suas instruções sábias e oportunas. NB: Não sei se esta pergunta pode ser colocada no JB News, por se tratar de Grau 03, ou se deve ser respondida pessoalmente. Deixo a critério do Irmão. Considerações: Menorá – é o candelabro1 sagrado de sete braços usado como um dos símbolos pertencente ao antigo Tabernáculo (origem do Templo judeu de Jerusalém). Objeto destacado nos serviços religiosos do judaísmo acabou se tornando símbolo da civilização hebraico- 1 Candelabro (do latim candelabru). Substantivo masculino. Grande castiçal com ramificações, a cada uma das quais corresponde um foco de luz; serpentina. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 22/31 judaica correlata à religião mosaica. Dentre outros o Menorá acabou atualmente sendo também usado como brasão do Estado de Israel, circunstância estabelecida desde 1.948. Como símbolo religioso mosaico, o candelabro de sete braços está mencionado na Torá (Lei), ou o Antigo Testamento, em Êxodo, 25, v. 31 a 39 – “Farás um candelabro de ouro puro; e o farás de ouro batido, com o seu pedestal e sua haste (...). Seis braços sairão dos seus lados, três de um lado e três do outro (...) e estes braços formarão um todo com o candelabro, tudo formando uma só peça de ouro batido. Farás sete lâmpadas que serão colocadas em cima, de modo a alumiar a frente. Seus espevitadores2 e seus cinzeiros (...)”. Considerar os sete braços com a soma dos seus seis braços mais aquele correspondente ao próprio corpo do candelabro. Sob a óptica filosófica da metafísica aplicada à cosmosfera, o Menorá alude simbolicamente aos sete planetas da antiguidade e a luz desses astros oriunda do hemisfério Sul. Assim, esses sete planetas até então considerados eram: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno - a despeito de que a época eram também considerados como planetas também uma estrela, o Sol e um satélite, a Lua. Há ainda a relação mística com o número sete ao número sagrado para as antigas civilizações o que não fugiria também aos hebreus – sete os braços do candelabro, sete os planetas da antiguidade, sétimo dia consagrado por “IAVÉ” (o shabat). Em relação à Maçonaria e nela a influência hebraica, não há como negar esse alcance. No que concerne ao Rito Escocês, Antigo e Aceito em particular, além dos vários aspectos apresentados por essa influência e conhecidos na decoração do seu Templo, o Menorá não é tradicionalmente um elemento de arranjo do seu simbolismo. Ou seja, candelabro de sete braços é inexistente nos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre (franco maçônico básico). No escocesismo o Menorá é sim parte integrante, porém no seu sistema dito de altos graus, sobretudo naqueles que se relacionam aos graus israelitas bíblicos. Quanto às vossas questões propriamente ditas e sem querer me intrometer em seara alheia, respeitando-as primeiramente, penso que quem colocou equivocadamente o Menorá no ritual mencionado é que deveria explicar a razão dessa presença. Ratifico – esse elemento decorativo (Menorá) não é parte integrante do simbolismo do verdadeiro REAA. Também se faz na medida do possível compreender que um Templo simbólico da Moderna Maçonaria que abriga a Loja não pode ser utopicamente imaginado como estereótipo ou arquétipo do Templo de Jerusalém (o de Salomão). O ecletismo maçônico, sobretudo adquirido a partir do século XVIII e durante a paulatina “aceitação”, aborda inúmeras manifestações de pensamento da humanidade, inclusive da Antiguidade, assim um Templo Maçônico está associado a um canteiro de obras, decorado conforme o rito, cuja orientação topográfica foi haurida da igreja medieval, a sua disposição mobiliária retirada do parlamento inglês (primeiro Templo Maçônico em meados do século XVII em Londres) e os elementos decorativos conforme cada cultura apropriada à doutrina do Rito (hermetismo, pitagorismo, hebraísmo, sumerianos, mitraísmo persa, rosa-cruz, etc.), a despeito dos próprios elementos associados às ferramentas dos canteiros e construtores operativos. Faz-se cogente, portanto, o abandono dessa cultura dos que ainda imaginam que um Templo Maçônico é a cópia fiel do lendário templo hebraico. Ora, lendas e alegorias servem apenas como suportes doutrinários para o ensinamento da Maçonaria. Finalizando: pelo até aqui exposto, as respostas para as vossas questões ficam prejudicadas já que ficaria difícil mencionar procedimentos litúrgicos adequados para uma situação que é verdadeiramente inexistente. T.F.A. PEDRO JUK – Nov/2015 – jukirm@hotmail.com – 2 Espevitador – atiçador, queimador.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 23/31 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 07.04.1997 Expedicionário Nilson Vasco Gondin Florianópolis 12.04.1997 Lara Ribas Florianópolis 21.04.1979 Colunas do Imbé Imbituba 26.04.1979 Duque de Caxias Florianópolis 28.04.1990 Luz do Vale Rio do Sul 28.04.2008 Consensio Içara Data Nome da Loja Oriente 02.04.2013 Sol do Oriente nr. 107 Balneário do Rincão 05.04.1983 Acácia Negra nr. 35 Mafra 08.04.2015 São Miguel da Terra Firme nr. 110 Biguaçú 09.04.1952 Fraternidade Tubaronense nr. 09 Tubarão 14.04.1956 Mozart nr. 08 Joinville 14.04.2014 Amadeus Mozart nr. 108 Joinville 15.04.2007 Acácia Riosulense nr. 95 Rio do Sul 18.04.1997 Padre Roma nr. 16 São José 21.04.1982 Inconfidência de Concórdia nr. 27 Concórdia 24.04.2001 Liberdade e Harmonia nr. 81 Florianópolis 7 – DESTAQUES JB Resenha Geral Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de abril
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 24/31 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 02.04.1860 Regeneração Catarinense - 0138 Florianópolis 03.04.1998 Pedra Da Fraternidade - 3149 Itapoá 04.04.1974 Hermann Blumenau - 1896 Blumenau 12.04.1973 Plácido O De Oliveira 2385 Rio do Sul 19.04.1996 Universo Da Arte Real - 2947 Penha 23.04.2012 Ética E Justiça Florianópolis 24.04.1995 Estrela Da Harmonia -2868 Criciúma 25.04.2003 Laelia Purpurata - 3496 Camboriú 28.04.2003 Harmonia E Fraternidade -3490 Florianópolis Realizada neste sábado (2) a primeira Soberana Assembleia da Grande Loja do Estado do Acre, na gestão atual do Irmão Fernando Zamora, Sereníssimo Grão-Mestre e Walmiki Silva, Grão-Mestre Adjunto. O evento foi realizado no Templo da Loja “7 de Setembro” nr. 7 em Rio Branco, com a participação de representantes de todas as lojas da jurisdição.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 25/31 EXALTAÇÃO MATRIMONIAL NA LOJA ÁLCIO ANTUNES A Loja Universitária Álcio Antunes, N° 3778 (Florianópolis) realizou no dia 02 de abril de 2016 a Exaltação Matrimonial do Irmão M.'.M.'. Rodrigo Schappo Hilleshein e da Cunhada Denise Eliete de Espíndola no Templo da FAR. A sessão foi aberta Ritualisticamente pelo Venerável Rogério de Souza Versage que a seguir suspendeu os trabalhos ritualísticos para transformar a sessão em Magna Pública, passando a administração da cerimônia para o Venerável Irmão Ruben Luz da Costa que abriu as portas para os convidados presentes e prosseguiu com a liturgia da Exaltação Matrimonial. Foi uma belíssima sessão repleta de momentos de muita emoção, como comprovam as fotos no link a seguir https://picasaweb.google.com/111683640450683414114/CasamentoNaLojaAlcioAntunes?aut huser=0&feat=directlink
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 26/31 Loja Prof. Mâncio da Costa Este é um lembrete para você participar da Sessão no dia 04/04/2016 (segunda-feira) às 20:00. Sua participação será muito importante. SESSÃO MAGNA DE EXALTAÇÃO. Sessão no Grau 3 de M.M., quando serão Exaltados os IIr. Companheiros que aguardam seu Aumento de Salário. Após a sessão será servido um delicioso Ágape, por adesão. Aguardamos as presenças de todos os Irmãos Um TFA Paulo Velloso Venerável Mestre Patrocinador:
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 27/31 I Seminário Adonhiramita da Bahia Convidamos aos Amados Irmãos, para o primeiro seminário Adonhiramita (ECMA), a ser realizado em 08 e 09/04/2016, local Hotel Ibis. informações e inscrições 75-98101.8833 ou www.ritoadonhiramita.ba.com.br, valor inscrição R$ 120,00, haverá também uma programação para as cunhadas (passeios, etc) - Feira de Santana - Bahia. TFA - Edward Santos
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 28/31 No aniversário do Irmão Borbinha, festejado no último sábado em sua residência balneária na Praia dos Sonhos, o flagrante dos três irmãos correspondentes da Grande Florianópolis: Fernando (GOB/SC); Borbinha (GOSC) e Valbério (GOB/SC).
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 29/31
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 30/31 Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News. 1 – Pecando na Rússia: https://www.youtube.com/watch?v=E9E9s-NCOMI 2 – Itália: 010-ITALY_I.pps 3 – Pescaria do chuvinha: https://www.youtube.com/watch?v=YULlGnqvee0 4 – Você Sabia Que Sentar de Pernas Cruzadas Faz Mal à Saúde? Exibir Conteúdo 5 – Grandes cidades do abismo: 7Ciudades-alborde-del-abismo.pps 6 - Para quem não tem intimidades com a vara de pescar ....http://www.youtube.com/watch_popup?v=x3Bf0WhvsNk&vq=medium#t=6 7 – Filme do dia: (As Grandes Maravilhas Do Mundo - Maravilhas Sagradas e Místicas) Reader's Digest - dublado. https://www.youtube.com/watch?v=IXkM89Li00A
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.011 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 4 de abril de 2016 Pág. 31/31 Secador de mãos em banheiro feminino (Amsterdam)