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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Avenida Beira-Mar Norte – Florianópolis
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrNewton Agrella – Transformação
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Caráter (Coluna do Irmão João Gira)
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – As Quatro Borlas, as Quatro Virtudes Cardeais e os ...
Bloco 5-IrHercule Spoladore – Maçonaria e Procedimentos Mágicos
Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – José no Egito – A Conexão Maçônica
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 28 de agosto. Versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da
Silveira.
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 2/32
1741 Nasce o Ir. Johann Wolfgang von Goethe, poeta alemão
1769 Primeira ata conhecida que menciona a colação do grau de Cavaleiro
Templário, no Capítulo St. Andrew Royal Arch
1817 Formado o Supremo Grande Conselho dos Mações do Real Arco da Escócia
1822 O brasileiro Major Ir.'.João Paulo dos Santos Barreto, 32º, recebe uma Carta Patente do Rito
Escocês, outorgado pelo Consistório do GO de França. Ele instalaria, em 1829, a primeira Loja do Rito,
Educação e Moral, iniciativa de Joaquim Gonçalves Ledo.
1829 O Ir. João Paulo dos Santos Barreto, 32º. Recebe uma Carta Patente do Rito Escocês, outorgada
pelo Consistório do Grande Oriente de França (1822). Ele instalaria, em 1829, a primeira Loja do
Rito, Educação e Moral, iniciativa do Ir. Joaquim Gonçalves Ledo.
1963 250 mil pessoas ouviram o discurso do líder negro Ir.'.Martin Luther King, em Washington, durante
um protesto pelos direitos civis
1991 Fundação da Loja Estrela do Carmo nr. 2651, de Carmo Rio Verde (GOEG/GOB)
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 241º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante)
Faltam 125 para terminar este ano bissexto
Dia do Bancário e dia da Avicultura
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 3/32
28 de agosto
S. AGOSTINHO — Nasceu em 13/11/354 em Tagasca, Numídia, hoje Argélia, Aurélio
Agostinho, filho de S. Mónica, na juventude entregou-se aos prazeres mundanos,
envolto nos erros dos hereges maniqueus, prof. de retórica em Cartago, Roma e Milão.
Jesus, correspondendo às orações de sua mãe que o (27/8), converteu à igreja católica,
fundou uma Ordem. Em Milão conheceu o bispo Ambrósio que o convenceu ao
batismo. Humilhou-se no seu Livro das Retratações. Líder espiritual e teólogo da África
do Norte, bispo de Hipona, vendeu todos os bens para socorrer aos pobres. Produziu
extensa obra de que destacamos Confissões e A Cidade de Deus, teólogo da doutrina da
Trindade, da posição da igreja face ao estado e no desenvolvimento do monacato
ocidental. Analisou a espiritualidade da alma humana, verdade eterna, iluminação divina, amor a Deus e o
pecado mortal, cujo
conceito difundiu. Na hora da morte em 28/8/430 em Hipona, rezou os salmos, derramou lágrimas e
recebeu os sacramentos. Padroeiro dos teólogos, cervejeiros e tipógrafos, é invocado contra as
inflamações dos olhos.
489 — O rei dos Ostrogodos, Teodorico, derrotou Odoacro na batalha de Isonzo e instalou-se na Itália.
1481 — Faleceu no Paço de Sintra, o rei Afonso V, o Africano, nascido 49 anos antes.
1484 — Morreu em Palmela, o duque de Viseu, D. Diogo, apunhalado no castelo pelo
rei D. João II seu primo, acusado de liderar uma conspiração e depois mandou
envenenar outro conspirador, D. Garcia de Meneses, bispo de Évora.
1521 — Os otomanos ocuparam a cidade de Belgrado.
1551 — Terramoto em Lisboa.
1749 — Nasceu em Frankfurt, Johann Wolfgang von Goethe, poeta lírico alemão,
dramaturgo e romancista. A sua obra-prima foi A Trilogia da Paixão e a suas obras
Serpente Verde e Fausto são de inspiração esotérica, iniciática e maçónica, iniciado
maçom em 1780, na Loja Amalia zu den drei Rosen, de Weimar, também membro da
Ordem dos Illuminati (22/3/1832).
1769 – Primeira ata conhecida que menciona a colação do grau maçónico de Cavaleiro
Templário, no capítulo St. Andrew Royal Arch.
1773 — Estabelecido em Paris o regime da Ordre des Philalèthes ou investigadores da
verdade, pelos maçons Court de Gabellin, Savalette de Langes, St. James e outros
sábios da época.
1780 — Nasceu em Évora, Agostinho José Freire, brigadeiro e bacharel em
matemática por Coimbra, liberal, deputado e ministro, exilou-se duas vezes, iniciado
maçom, com o nome simbólico de Séneca, V.M. duma Loja e Cavaleiro Rosa-Cruz
(4/11/1836).
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 4/32
1799 — Faleceu em Versailles, François Giroust, maçon (10/4/1737).
1810 — Iniciou-se a terceira invasão francesa, liderada pelo gen. Masséna com a tomada de Almeida,
em 4/3/1811 os franceses começaram a retirar de Portugal, após terem sido detidos na sua entrada em
Lisboa pelas Linhas de Torres, onde as suas tropas já haviam sido travadas em Torres Vedras em 10 de
outubro do mesmo ano.
1817 — Instalado o Sup. Cons. dos Maçons do Real Arco da Escócia.
1822 – O major brasileiro João Paulo dos Santos Barreto, maçon, Grau 32, recebeu uma
carta patente do R.E.A.A., outorgado pelo Consistório do G.O. de França, que levou à
instalação da primeira Loja do R.E.A.A. no Brasil em 1829.
1823 — Deu-se por finda a averiguação da existência em Lagos de trinta maçons,
provavelmente o quadro da Loja Filantropia, salientando-se que a perigosidade era relevada
pelo facto de todo o estado-maior do Regimento Infantaria 2 estar contagiado por esta
execranda seita maçónica, bem como o regimento de Milícias.
1825 — Faleceu em Paris, Maximilien Sébastien Foy, maçon francês (3/2/1775).
1828 — Nasceu em Iásnaia Poliana, Liev Nicolaievich Tolstoi, escritor e dramaturgo
russo, cujas obras-primas foram Guerra e Paz (onde fez a descrição da iniciação maçónica
de Pedro Bezukhov), Confissão e Anna Karenina, excomungado em 1901 pela igreja
ortodoxa, iniciado maçom (10/11//1910).
1829 – Instalada no Brasil por Santos Barreto a Loja Educação e Moral, a primeira do
R.E.A.A., uma iniciativa coberta por Gonçalves Ledo.
1859 — Conseguida a primeira extração de petróleo, em Titus Ville, nos E.U.A..
1893 – Presidido pelo juiz Francisco Maria Veiga foi criado em Lisboa um juízo de investigação criminal,
que contituiu na prática uma polícia política anti-republicana.
1928 – Revolta abortada do castelo de S. Jorge, onde foram presos oito comunistas.
1936 — Manifestação de apoio aos nacionalistas espanhóis, no Campo Pequeno em Lisboa, um dos
oradores foi Luís Pinto Coelho, dirigente da Mocidade Portuguesa. O major Botelho Moniz propôs a
criação duma legião cívica, a Legião Portuguesa.
1944 — Libertadas pelas forças aliadas as cidades de Lille e Marselha, durante a II Grande Guerra
Mundial.
1949 — Nasceu em Lisboa, João Barroso Soares, lic. em direito por Lisboa, editor,
deputado, republicano e socialista, deputado europeu, pres. da C.M. de Lisboa, ministro da
cultura, filho de Mário Soares, iniciado maçom no G.O.L. na Loja Simpatia e União, ainda
muito jovem, condição que assumiu publicamente.
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 5/32
1963 — Martin Luther King (15/1/1929) liderou a marcha da paz sobre Washington
DC, onde proferiu no Lincoln Memorial o seu famoso discurso perante 250.000 pessoas
"Eu Tive um Sonho...".
1981 — O C.D.C. norte-americano anunciou uma alta na
incidência de pneumociste e do sarcoma de Kaposi em homens
homossexuais, doenças que logo foram reconhecidas como
sintomas de uma síndrome imunológica, a SIDA.
XXIII Encontro de Estudos
E Pesquisas maçônicas
Florianópolis(SC), 14 e 15 de outubro de
2016
Caros Irmãos.
O XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas, que será realizado no Hotel
Castelmar, em Florianópolis nos dias 14 e 15 de outubro próximo, pelo Departamento
de Membros Correspondentes, da Loja Maçônica Fraternidade Brazileira de Estudos e
Pesquisas, Oriente de Juiz de Fora, MG, tem o apoio do Grande Oriente de Santa
Catarina, do Grande Oriente de Minas Gerais e da MasonWeb (Sistemas Gestores
para o Universo Maçônico).
Enviamos o Folder do Encontro com as informações para os Irmãos relacionados em
nossos arquivos. Caso o Irmão queria recebê-lo novamente, por favor nos comunique
que providenciaremos o envio.
Chamamos sua atenção três pontos importantes. O primeiro ponto, em relação ao
Hotel Castelmar, cujas reservas com preços promocionais estão garantidas apenas até
o dia primeiro de setembro do corrente ano. O segundo ponto, em relação ao prazo
para envio dos trabalhos, dia 26 de setembro. O terceiro ponto é relativo à inscrição
que, quando efetuada, deve ter o comprovante de depósito enviado para meu e-mail
(miguel.simao.neto@uol.com.br). Os valores de inscrição constam no Folder.
Fraternalmente,
Miguel Simão Neto
Coordenador
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 6/32
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 7/32
O Ir Newton Agrella -
M I Gr 33 escreve aos domingos.
É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
" TRANSFORMAÇÃO ? "
Confesso que causa-me espanto quando ouço ou leio o trabalho de um Aprendiz Maçom - que
talvez movido por algum sentimento inexplicável ou por força de falta de orientação de Loja - não
raro, costuma citar que sua Iniciação "transformou-o".
Há Aprendizes que afirmam que após adentrarem a Ordem Maçônica passaram a se sentir
"diferentes".
Muitos afirmam que passaram a se sentir mais próximos da família, mais ligados às Virtudes,
mais conectados a Deus...em suma, sentem-se "transformados".
Cabendo aí uma parênteses a algo que jamais devemos nos esquecer e que sobretudo ao Iniciado
deve ser sobejamente explanado para evitarem-se confusões: "Maçonaria não é Religião".
Realmente é algo para se refletir, pois tenho a impressão que isso não condiz com o mundo real.
Primeiro porque a Iniciação em si, consiste num processo inédito e único na vida do candidato que
passa por uma série de experiências inusitadas e cuja essência lhe é absolutamente ignorada e
durante a sua diligência o candidato - via de regra - tenso e apreensivo - mal consegue abstrair
tudo o que ocorre a sua volta.
Além disso, por encontrar-se vendado, nem nu nem vestido, o que pode sentir sim, é uma relativa
dose de insegurança, ou mesmo de certo receio face ao mistério que o permeia.
O processo de Iniciação por si só deixa o candidato num clima de inquietude, incertezas e acima
de tudo num certo "ar de vulnerabilidade" perante o desconhecido. O que é plenamente
explicável.
Há no entanto uma vasta gama de outras sensações que podem responder e assentir com o que se
percebe durante uma Iniciação Maçônica, tais como os sentimentos de angústia, incredulidade,
frustração e até mesmo de rejeição, especialmente quando o candidato se submete as Taças do
Doce e do Amargo...
2 – Transformação
Newton Agrella
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 8/32
Tudo isso, explica o turbilhão de sensações que podem ocorrer antes de receber o seu Premio
como aceito dentro da Ordem.
Longe disso contudo, declarar após alguns pares de Sessões quando a ele lhe é perguntado como
se sentiu após ter sido Iniciado - que o mesmo acha-se "totalmente diferente" ou que a Maçonaria
o transformou.
Uma "transformação" pelo fato de ter sido aceito dentro da Ordem e ter sido recém iniciado é
algo muito "profundo" para ser traduzido de forma tão contundente em tão exíguo espaço de
tempo.
Entendo que soa como um exagero desmedido...
A bem da verdade nós nunca "nos tornamos Maçons", ou "somos Maçons" - o que estamos
sujeitos sim, e é apenas e tão somente: "sermos reconhecidos" como tal.
E esse processo de "reconhecimento" implica num esforço contínuo e natural.
Exige entrega e abnegação, compromisso e fidelidade, e mais do que tudo, deixar transparecer
com fluidez o espírito fraterno que faz com que os outros nos reconheçam como um verdadeiro e
legítimo Maçom.
Fica a sugestão de que quando a Comissão de Graus da Loja propuser como Tema de Trabalho
para a apresentação do Ir.`. Aprendiz : "As Impressões de sua Iniciação" - que ao mesmo seja-
lhe gentilmente recomendado e instruído que evite mencionar qualquer coisa do tipo: "auto-
transformação" - porque isso, realmente soa absolutamente como algo muito improvável e de
dificílima inspiração convincente.
Ser natural, ser honesto consigo mesmo e procurar traduzir com moderação e simplicidade o que
vai dentro de si é sem sombra de dúvida um bom começo para despertarmos o reconhecimento
alheio.
Que se faça a Luz, com a certeza de cada passo a ser dado obedeça a consciência de nossos Atos.
A Maçonaria não transforma ninguém, o que ela enseja é a possibilidade de buscarmos o nosso
aperfeiçoamento e a verdade por meio de um processo contínuo de desbaste de nosso Templo
Interior procurando aparar as arestas através do Estudo e do Auto Conhecimento, perpetrando um
trabalho contínuo de aprimoramento humano de natureza cultural, metafísica e espiritual.
Fraternalmente
Newton Agrella
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 9/32
O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC.
Escreve dominicalmente neste 3º. Bloco.
CARÁTER
“Uma joia não pode ser polida sem fricção, nem um homem aperfeiçoado sem passar por
testes”. (A).
1. Etimologia: [kharaktér, em grego, é o gravador de medalhas ou de moeda]
2. Dicionário: O conjunto de qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a
conduta e a concepção moral. Gênio, temperamento. Etimologicamente, caráter quer dizer coisa
gravada; do grego charactér, gravar. O termo pode ter dois sentidos diversos:
1º) caráter, como conjunto de disposições psicológicas e comportamentos habituais de uma
pessoa, isto é, a personalidade concreta;
2º) caráter relacionado à vontade, e nesse caso conota as ideias de energia, honestidade e
coerência; é nessa acepção que falamos, em homem de caráter. (Aurélio).
3. Comte-Sponville: É em primeiro lugar um cunho, uma marca indelével, um sinal permanente
ou distintivo.
A palavra designa por isso o conjunto das disposições permanentes ou habituais de um
indivíduo (seu éthos), em outras palavras, sua maneira de sentir e de se ressentir, de agir e de
reagir - sua maneira particular de ser si.
É o que a natureza gravou em nós, dizia Voltaire. Eu não iria tão longe.
O caráter me parece mais individualizado e evolutivo do que o temperamento, e menos do que
a personalidade. Eu diria: o temperamento de um indivíduo é o que a natureza fez dele: seu caráter
é o que a história fez do seu temperamento; sua responsabilidade é o que ele fez, e não cessa de
fazer, com o que a história da natureza fizeram dele. O caráter remete ao passado, logo a tudo o
que, em nós, já não depende de nós. Temos de conviver com isso, como se diz, e é por isso que,
de acordo com uma fórmula célebre de Heráclito, o caráter de um homem é seu demônio ou seu
destino: porque ele é aquilo que nele escolhe, e que ele não escolhe. (Comte-Sponville).
4. Reflexão sobre o caráter, a ética e a honra: Grandes almas sempre encontraram forte
oposição de mentes medíocres. (Einstein). Até que ponto o homem pode vender-se sem ser
prejudicado e sem prejudicar os outros? Até que ponto pode, impunemente, ferir sua coerência
interior dizendo, publicamente, ora uma coisa, ora exatamente o contrário, dependendo da
vantagem oferecida?
3 – Coluna do Irmão João Gira – Caráter
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 10/32
Quando digo impunemente não me refiro a sanções legais, multas ou coisas do gênero. Isso é o
de menos! Um bom advogado resolve. Ao dizer impunemente refiro-me ao interior da pessoa, à
sua inteireza e paz, aquela qualidade das pessoas retas, sábias, coesas, coerentes, inteiras também
por dentro. Refiro-me, também, ao ônus social gerado por atitudes que sobrepõem a vaidade à
verdade, à lealdade, à coerência, à reflexão, à nobreza de caráter. O grande problema da
humanidade, hoje em dia, é de caráter ético, pois socialmente, aprendemos que é preciso fazer o
correto, mas na informalidade, criamos a idéia de que não há nada de errado, em levar vantagem
em cima de nosso semelhante, e para todas as situações costumamos dar o jeitinho brasileiro.
Uma vez que é muito comum, todos criticarem a corrupção brasileira, a política brasileira, e
esquecerem-se dos pequenos delitos que cometem diariamente, usando a premissa de que os
fins justificam os meios. E é em meio a esta sociedade, mais preocupada em aparecer, do que
ajudar o próximo, que surge o desejo exagerado de acumular poder e projeção. E neste mesmo
momento, o homem deixa a sua ambição falar mais alto que a ética. Pois se a ética atrapalhar o
objetivo de adquirir glória, poder e honras, a tendência é de reduzir o caráter ético, para não
frustrar o propósito final. É preciso ter consciência de que ser ético é tratar as pessoas como
gostaríamos de ser tratados. É procurar ajudar mais as pessoas a nossa volta, do que criticar, ou
lesionar em momentos oportunos, só para atingir nossos objetivos.
Precisamos também entender, que a atual crise ética originou-se em decorrência das atitudes do
ser humano individual, e que por isso, é preciso antes de qualquer coisa, mudar nossas atitudes
individuais, para depois podermos criticar e tentar consertar o mundo. E é claro, é preciso ter
ambições sim, mas é preciso usar a ética e a moral, antes de definir nossas metas, ideais e sonhos.
A tendência daqueles que por simples vaidade ou desejo de poder tem de criticar e lançar
inverdades, bem como criar fatos e atos inexistentes, sobre àqueles que ocupam posições por eles
desejadas reflete bem a pequenez de seu caráter e sua falta de ética, pois deveriam eles exaltarem
seus feitos e seus atos em contraponto àqueles que se critica. Confúcio já dizia que Homem
superior é aquele que começa por pôr em prática as suas palavras e em seguida fala de acordo
com as suas ações. Creio que já é passado o momento de colocarmos nossas ambições no mesmo
patamar de nossas realizações, pois se estas realizações forem realmente grandes nossas ambições
serão satisfeitas por reconhecimento e natural consequencia delas. (Fonte: JB News Nº 429,
01/11/2011. Autor: Luciano A. Vianna).
5. O herói sem caráter: (...) Da esperteza dos arautos do atraso e dos trapaceiros da política que
viram nessa aliança uma janela de oportunidade. A salvação que os tiraria do aperto em que
estavam já caminhando para o ostracismo. Foram ressuscitados e por isso estão gratos. Da
ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado. Da
covardia dos que se calam com medo das patrulhas. Do despeito dos ressentidos. Do complexo de
culpa dos mal resolvidos. Da torpeza dos oportunistas. Da superioridade dos cínicos. Da falsa
isenção dos preguiçosos. Da preguiça dos irresponsáveis. Lula não teria ido tão longe com a
construção desse personagem que hoje assombra e indigna muitos dos que lhe faziam a corte não
fosse a permissividade geral. Se não conseguir eleger a sucessora não deixará o próximo governo
governar. Importante pontuar que só fará isso se o País deixar que faça; assim como deixou que
se tornasse esse ser que extrapola. (Fonte: texto extraído e condensado do jornal O Estado de São
Paulo. Autora: Dora Kramer, Outubro/2014).
6. Citação:
(...) As pessoas podem ser dividas em três grupos: Os que fazem as coisas acontecerem; Os que
olham as coisas acontecendo; e os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu. Nosso
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 11/32
caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando. Nunca deixe de ter
dúvidas, quando elas param de existir é porque você parou em sua caminhada. (Antoine de Saint-
Exupéry).
7. Máximas:
- Caráter testa-se em coisas pequenas. Quando queremos saber de que lado sopra o vento
atiramos ao ar não uma pedra, mas uma pluma. (Alexander Hamilton).
- Semeia um pensamento e colherás um desejo; semeia um desejo e colherás a ação; semeia a
ação e colherás um hábito; semeia o hábito e colherás o caráter. (Tihamer Toth).
MAÇONARIA
1. Caráter e Reputação: Caráter é o que somos; reputação é aquilo que os outros pensam que
somos. Esta diferença é mostrada em um poema escrito por William Davis: [...] Às circunstâncias
entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina
seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é. A
reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem
quando vai embora. A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida
inteira. A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz. A reputação é
o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você
diante do Grande Arquiteto do Universo.
2. Rituais REAA-GLSC: (...) Aqui se ensina a moral mais pura e mais propícia à formação do
caráter do homem, quer considerado sob o ponto de vista social, quer sob o individual. (RA).
(...) nossa Ordem não acolhe profano sem, antes, examinar-lhe a inteligência, o caráter e a
probidade. Daí é natural que de nossa Ordem, cuidadosamente selecionada, surjam cidadãos que
se destaquem por suas qualidades pessoais. (RA).
(...) se tendes caráter caprichoso; se agis por preferências ou ao contrário do que deveis fazer; se
vosso coração calcula seus desejos e suas afeições, vossos atos na terão jamais retidão e
equidade. (RC).
(...) O Grau de Mestre Maçom é, no plano físico, o da consagração à firmeza de caráter, à Moral
que não transige com o dever, e aos grandes homens que, no cumprimento do dever, se
sacrificaram pelo bem da Humanidade. (...) Antes de transpormos o pórtico, para chegarmos ao
Grau de Mestre, devemos fortalecer e adornar nosso caráter, para podermos compreender os
seus mistérios. (RM).
Para finalizar: Muitos pessimistas através de suas colunas, blogs, facebooks citam que o
brasileiro não tem caráter. Tem sim! Uma demonstração desta minha afirmação está nas palavras
finais do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio
Marcelo de Oliveira na oitiva das testemunhas do processo de impeachment da presidente da
República na madrugada desta sexta feira (26/08). Não deixem de assistir, está disponibilizada na
internet. Ele me lembrou a frase de Charlie Chaplin: Não se mede o valor de um homem pelas
suas roupas, pelos bens que possui, ou pelo poder que lhe é dado; o verdadeiro valor do homem
é o seu caráter, suas idéias e a nobreza dos seus ideais. Um sopro de dignidade, que me renova
ás esperanças de um Brasil melhor.
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 12/32
O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
AS QUATRO BORLAS, AS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS E OS QUATRO
PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA: UMA RELAÇÃO.
“Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos
cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada
canto, presas por um cordão azul. E as borlas estarão ali para que, vendo-as,
vos lembreis de todos os mandamentos do SENHOR e os cumprais; não
seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os
quais andais adulterando, para que vos lembreis de todos os meus
mandamentos, e os cumprais, e santos sereis ao vosso Deus.” (Num 15:37-40)
INTRODUÇÃO
Será que o fato de dizer com todas as letras, sobre nunca ter ouvido uma instrução
detalhada sobre as quatro borlas, sobre a sua história e sobre o seu simbolismo e muito menos
sobre elas representarem as quatro virtudes cardeais, que por sua vez representam os Quatro
Pontos Fundamentais da Maçonaria, causará algum tipo de espanto? Ou isso é muito mais
comum do que eu poderia imaginar?
É claro que o objetivo aqui é outro, e deixemos o espanto para quando o assunto for
de natureza filosófica. Porém, em primeiro lugar admitamos que as quatro borlas são um
ornamento, um símbolo um tanto esquecido, e em segundo lugar, que até pela maneira de se ver,
de se descrever, num primeiro plano, digamos assim, a corda de 81 nós, as quatro borlas tem sua
presença ofuscada, e daí para serem deixadas de lado é um passo.
Vamos, a partir de agora, buscar informações com os poucos autores que delas se
encarregaram e aprofundarmo-nos um pouco mais nos mistérios que dizem respeito a este
símbolo, para assim resgatá-lo, no que é de direito.
4 – AS QUATRO BORLAS, AS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS E OS QUATRO PONTOS
FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA: UMA RELAÇÃO - José Ronaldo Viega Alves
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 13/32
UM HISTÓRICO SOBRE AS BORLAS
Comecemos dizendo que ela, a borla, é produto de uma arte chamada passamanaria,
sendo que está composta de um conjunto de fios, presos por um nó, que pode ser mais de um e
que na sua confecção pode usar de vários tipos de materiais.
A sua origem é muito antiga, sendo as sua maior utilidade, servir de complementação
para determinados enfeites, ou ainda, como a parte final de um cordão que está atado ou preso a
uma peça de roupa.
O seu uso na antiguidade estava ligado aos reis, sacerdotes e outros personagens
ligados ao poder. Hindus, chineses, egípcios e bizantinos já utilizavam as mesmas.
Ainda hoje são usadas em vestes sacerdotais, uniformes militares, assim como, em
cortinados. Na Maçonaria, elas complementam a Corda de 81 Nós. (Da Camino, pág. 75, 2006)
A CORDA DE 81 NÓS E AS QUATRO BORLAS
Afora serem percebidas, na citação e na descrição da Corda de 81 Nós que consta no
Ritual de Aprendiz do R.’.E.’.A.’.A.’., não é feita nenhuma outra menção diretas às nesse mesmo
Ritual. Já na Primeira Instrução do Aprendiz, há uma representação feita entre as quatro virtudes
cardeais e os Quatro Pontos Fundamentais da Maçonaria, o que, mesmo não havendo a citação
delas, indiretamente remete às mesmas.
Antes, vejamos a descrição sobre a Corda de 81 Nós que consta no Ritual, no
Capítulo “Decoração do Templo”, onde diz o seguinte:
“Corda de 81 Nós – Corda de cânhamo, ou material similar, de comprimento suficiente para
completar, com folga, o perímetro interno do Templo, com 81 nós simples, distribuídos em
espaços iguais; é colocada a partir da parte superior do dossel e apoiada nos capitéis das meias-
colunas, pendente entre elas; o nó central, sobre o dossel e as extremidades, com borlas ou
pingentes, pendentes de ambos os lados da porta de entrada do Templo, sem sobreposição.”
Na sequência, veremos sobre a representação referida e que faz parte da Primeira
Instrução.
A RELAÇÃO DAS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS COM OS QUATRO PONTOS
FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA SIMBÓLICA (EM CONSONÂNCIA COM O
RITUAL DE APRENDIZ DO R.EA.A.A.)
“Ven.’.M.’. (...)
_ O Sinal de Ordem ou gutural representa, em parte, a contenção das paixões, dos
instintos e da materialidade. Lembra a TEMPERANÇA.
_O Passo Regular ou Ponto Pedestal representa o caminho da Retidão, que é o da
vereda dos justos. Lembra a JUSTIÇA, que consiste em FAZERMOS AO PRÓXIMO O QUE
DESEJAMOS QUE NOS FAÇAM.
1º Vig.’. _ Na Iniciação, o profano, no ato do Juramento, pousa a ponta de um compasso no
peito, perto do Coração. Eis o PONTO CORDIAL, que marca a CORAGEM de desprender-se e
AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO. Essa máxima representa o Compasso Aberto, na
Justa Medida para a construção do mundo da Fraternidade Universal.
_ Finalmente, a Cabeça acima da Mão direita em Esquadro representa a
PRUDÊNCIA, ou domínio da Mente ou do Espírito sobre a Matéria. É o ponto capital ou mental.
Aí estão os QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA SIMBÓLICA.”
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A RELAÇÃO DAS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS COM OS QUATRO PONTOS
FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA SIMBÓLICA (DO LIVRO DO IRMÃO
THEOBALDO VAROLI)
O Irmão Theobaldo Varoli Filho em suas instruções dirigidas ao Aprendiz-Maçom,
no seu livro “Curso de Maçonaria Simbólica”, fala da Corda de 81 Nós, das Borlas, das Quatro
Virtudes Cardeais e dos Quatro Pontos Fundamentais da Maçonaria, no entanto, ainda que haja
um ponto em comum com a descrição acima transcrita do Ritual, o Irmão Theobaldo Varoli cita
também (e enfatiza que é de acordo com o que os rituais ensinam), sobre as quatro borlas
representarem as quatro virtudes cardeais, e que isso acontece por termos aí uma reminiscência da
moral platônica, tanto que alude aos seus comentários sobre Platão, constantes no Capítulo 10 do
mesmo livro, e que, remetendo-me ao mesmo, encontrei ali as seguintes explicações:
“Contudo, Platão deixou algo para a Maçonaria, que é a síntese do que há de melhor das lições
de todos os sábios. Quanto à ética individual, o mestre ensinou a consideração pelas ideias e,
principalmente, pelas ideias do Bem. A seu ver, deveria o sábio desligar-se do corpóreo e sensível
e aprimorar as tendências superiores. Essa ética platônica se consubstanciava no quaternário
Sabedoria, Fortaleza, Temperança e Justiça.”
COMENTÁRIOS:
Vemos que o Ritual faz constar como as quatro virtudes cardeais: Temperança,
Justiça, Coragem e Prudência. O Irmão Varoli, por sua vez, cita em um primeiro instante:
Temperança, Justiça, Fortaleza e Sabedoria.
No entanto, em uma “Nota do autor ao Aprendiz”, que era um dos recursos do
método que ele empregava, ele usa Temperança, Coragem, Justiça e Prudência.
“Um tanto diferente, mas de igual essência, é o simbolismo das quatro borlas pendentes da corda
de nós. As duas dos dois cantos do Ocidente representam a Temperança e a Coragem, qualidades
que as exigem dos candidatos à Maçonaria. As do Oriente, postiças (porque são qualidades
adquiridas), vem a ser a Justiça e a Prudência que devem guiar os dirigentes das coletividades
humanas. Evidentemente, a Maçonaria traduz tudo isso de maneira evoluída e não estática.”
COMENTÁRIOS:
Na busca de maiores subsídios e tentando descobrir sobre essa pequena diferença,
digamos assim, deparei-me com um artigo do Irmão Ítalo Aslan, onde ele diz o seguinte:
“Os antigos dividiram as virtude em 2 grandes grupos: Virtudes Naturais ou Cardeais e Virtudes
Teologais. As Virtudes Naturais ou Cardeais englobavam toda a Moral. Inicialmente foram
classificadas em Temperança, Justiça, Sabedoria e Coragem. Posteriormente foram reordenadas
em Temperança, Justiça, Prudência e Fortaleza. Já as virtudes Teologais. Assim denominadas
por terem sido ensinadas na teologia de São Paulo, foram assim selecionadas: Fé, Esperança e
Caridade.”
SOBRE O ESOTERISMO PRESENTE NAS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS E NOS
QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA
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Antes de prosseguirmos, é importante ressalvar que a Maçonaria contém uma parte esotérica ou
secreta, até pelo simples fato, de que está reservada somente aos Iniciados. A interpretação dos
mitos, das lendas, dos símbolos e das alegorias maçônicas, assim como da sua liturgia está
impregnada de lições esotéricas, o que toca espiritualmente em maior intensidade determinados
maçons e em menor intensidade outros, não cabendo discutirmos quem é mais esotérico ou quem
é menos, e muito menos sobre os exageros que se vê por aí. O propósito aqui é concordarmos
então, com a sua presença indelével na Maçonaria, e por isso, para não deixar de lado, este
aspecto, também importante, colhemos da opinião de um autor, pelo menos, a qual está mais
próxima do Ritual.
Evidentemente há mais autores que escreveram sobre a parte esotérica relacionada às
quatro borlas, a exemplo de Da Camino, Leadbeater, etc.
O Irmão Theobaldo Varoli ressalta a existência de um sentido esotérico presente na
doutrina e que ela consta na sétima instrução aos Aprendizes do Ritual de York, além de que passa
resumida em instruções pertencentes a outros Ritos.
As quatro borlas, como ficou claro, representam a Temperança, a Coragem, a Justiça
e a Prudência. (De acordo com o Ritual)
A descrição dos Quatro Pontos Fundamentais da Maçonaria em sua correspondência
com as Quatro Virtudes Cardeais, subentendido o esoterismo presente, não difere
substancialmente da que está contida no Ritual do Aprendiz do R.E.A.A. Para efeito de
assimilarmos melhor o conteúdo esotérico detalharemos um pouco mais com base nos
esclarecimentos do Irmão Theobaldo Varoli.
Sobre o Primeiro Ponto, como já vimos ele está no Passo Regular ou Passo Pedestal e
representa a Justiça. Aqui, no caso do preceito “não devemos fazer aos outros aquilo que
queremos que nos façam”, ele lembra que essa norma deverá ser positiva, pois, do contrário, não
será maçônica. Não valendo então a regra isolada “não devemos fazer a outrem o que não
queremos que nos façam” a não ser que esteja valendo como “omissão de fazer mal”.
Com relação ao Segundo Ponto, o que está no coração, ele comenta que na Maçonaria
a Coragem não é exatamente a valentia e o destemor, mas o sentimento cordial, o que significa
resistir às tentações e aos vícios, tendo a coragem de “amar ao próximo como a si mesmo”.
Sobre a Temperança, o Terceiro ponto, ele diz que para se viver socialmente e em
paz, é necessário moderação e trato com o semelhante para não ofendê-lo. O Maçom não deverá
deixar-se arrastar pelas paixões e os vícios, e muito menos “perder a cabeça”. Deve usufruir dos
prazeres da vida com moderação. Esotericamente, a referência do Terceiro Ponto é a garganta.
E sobre o Quarto Ponto, a Prudência, é usara a cabeça acima de tudo, o que significa
deliberar com firmeza, usar da cautela em nossos atos e nada jurar sem a plena aprovação da nossa
consciência.
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CONCLUSÃO
Não podemos ignorar a existência das quatro borlas em nossos estudos maçônicos, e
até porque, como disse o Irmão Rizzardo Da Camino, não haver nada dentro do Templo que seja
supérfluo. Elas estão lá, compondo o mesmo, como ornamento, como símbolo.
Dentro da sucinta proposta apresentada neste trabalho, pudemos conhecer e
resgatar se não tudo o que ela significa, pelo menos, a importância das virtudes que a elas estão
relacionadas e que devem ser seguidas pelos Maçons: Temperança, Justiça, Prudência e Coragem.
Evidentemente, esse simbolismo das borlas quando relacionados às virtudes, é mais uma prova do
quanto a Maçonaria espera dos seus membros, ou seja, que levantem templos à virtude. E tal
como em Números elas estarão ali, para que, vendo-as, nos lembremos dos mandamentos do
Senhor e os cumpramos.
Fontes Bibliográficas:
Revistas:
A TROLHA, nº 235, Maio/2006: “As Quatro Borlas” – Artigo de autoria do Irmão Ítalo Aslan
Livros:
BÍBLIA SAGRADA - Almeida Revista e Atualizada – Sociedade Bíblica da Brasil - 2011
DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. 2006
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico - Nova Letra Gráfica e Editora
Ltda. 2ª Edição - 2008
VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” - 1º Tomo (Aprendiz) - 2ª Edição – Editora
A Gazeta maçônica S.A. 1977
Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito – GORGS – Porto
Alegre – 2010/2013
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O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
Maçonaria e Procedimentos Mágicos
Segundo os dicionários, a Magia é uma arte ou ciência oculta que pretende produzir por
meio de certos procedimentos, atos e palavras e por interferência dos espíritos, gênios e
demônios, efeitos e fenômenos raros, estranhos e anormais contrários às leis naturais. Há
quem a divida em Magia Branca que seria a arte de se obter efeitos maravilhosos e
extraordinários na aparência, mas que na realidade são causados por causas naturais, e Magia
Negra através da qual certas pessoas se dizem ser possuídas de poderes de ter a capacidade
de conseguir produzir efeitos sobrenaturais pela intervenção dos espíritos e sobretudo dos
demônios.
A Magia é considerada pela Sociologia como se opondo à Religião. As forças superiores
na religião são consideradas como tal e não podem ser mudadas. Na Religião a divindade é
liberta de qualquer limitação, já na Magia a divindade está vinculada às ordens de uma rede
que intercala todas as coisas.
Em verdade até a presente data, uma grande parte dos Maçons brasileiros não quer
entender que a principal finalidade da Maçonaria é tão somente político social e de auto
aprimoramento espiritual e, que somos construtores sociais praticando o culto ao Grande
Arquiteto do Universo, o amor à humanidade, trabalhando para que tenhamos no futuro uma
sociedade humana com paz, justiça e fraternidade. Não temos como fugir deste destino
Querer ainda em nosso século misturar os conceitos, como aconteceu no Século das
Luzes, e que também foi o século em que houve o maior culto de misticismos e mistificações,
de magia, da teurgia em sua versão mais sombria, a goécia, ou do ocultismo, não há mais
razão de ser, pois muitas dúvidas tanto na religião como na ciência foram totalmente sanadas,
pelo menos sabe-se hoje o que é ciência, o que é religião e o que é ateísmo.
. Fenômenos tidos e havidos como sobrenaturais, hoje têm explicações científicas e
simples. Comentaremos as tendências que tomaram conta de uma parte da Maçonaria daquela
época. Diga-se a bem da verdade, que existia a Maçonaria Tradicional, que era predominante,
que era constituída pela maioria das Lojas, procurando ser a mais ética e pura possível
especialmente na Inglaterra, país este, que não permitiu por tradição, que a Ordem fosse
eivada, contaminada, denegrida por práticas outras que não fossem as puramente maçônicas.
Entretanto, espertalhões, charlatães para uns e magos ou sábios para outros, usaram o
mais que puderam nossa Ordem na França, Alemanha e outros países europeus. Eles,
deixaram como herança o seu legado no Brasil, onde mais de dois séculos após, ainda
5 – Maçonaria e Procedimentos Mágicos
- Hercule Spoladore
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proliferam suas influências. Torna-se muito difícil e complexo traçar um referencial do maçom
brasileiro, já que o sincretismo intelectual e religioso no país distorceu princípios, misturou
conceitos, confundiu as mentes considerando-se que o maçom neste país, lê pouco, sendo
portanto, pouco versado nas coisas da Ordem, ainda não se encontrou, não se identificou com
a essência maçônica.
Supersticioso, mal orientado nas suas lojas, onde as instruções são falhas, com uma
incrível tendência para crer no sobrenatural e vivendo no maior país católico-espírita do mundo,
sem saber que não se pode ser católico e espírita ao mesmo tempo, porque uma das religiões,
a católica não admite em hipótese alguma o contato com os espíritos dos mortos, por uma
questão dogmática, isto sem mencionar outras religiões com suas crenças, descrenças e
rejeições.
Em consequência destas situações acontece que até hoje existe um número muito maior
do que imaginamos de maçons que são mistificadores, que querem impingir um esoterismo no
qual crêem, as vezes até sinceramente, porem mal orientados, aos demais Irmãos, dentro das
próprias lojas esquecendo-se que como afirmamos anteriormente a Maçonaria tem hoje uma
função político social muito mais evidente que estas práticas citadas, alem é lógico, do
encaminhamento do maçom para seu auto aperfeiçoamento.
A Maçonaria não impede quem quer que seja de ter suas próprias concepções, só que
dada a sua função social e eclética os trabalhos em loja são alheios a tais práticas referidas.
Não podemos negar que a Maçonaria tenha sua parte mística, quer pela sua essência
doutrinária quer pela sua integração com GADU, assim como as religiões que crêem em Deus.
A Mística como sabemos é o estudo das coisas divinas ou espirituais, porem mistificação é
uma burla, um engodo.
Os magos do século XVIII que usaram a Maçonaria para as suas experiências,
fundaram lojas, criaram ritos mágicos praticaram e abusaram da teurgia que como sabemos
que é um tipo de magia que consiste em estabelecer contato com espíritos celestes, e desta
forma praticar milagres, curas, predições, invocaram fantasmas, enfim, ajudaram muito a
antimaçonaria a nos confundir com as religiões diabólicas, nos taxando de praticantes da
Magia Negra, missas negras, montadores de bodes e outros tantos epítetos que não
merecemos.
Esta é a triste herança que os personagens que descreveremos nos deixaram.
A teurgia então praticada em muitas lojas, sempre lembrando aos Irmãos que não
representavam a Maçonaria Tradicional, era caracterizada por procedimentos mágicos, que
consistiam de cultos de expiação, culto operatório contra demônios, culto contra a guerra, culto
contra o inimigo da Lei Divina, culto para obter a descida do Espírito Divino. Ao mesmo tempo
praticavam uma magia cultural onde usavam o círculo mágico, as luminárias pelas velas de
cera, focos luminosos decorativos e efígies que condensavam presenças invisíveis. A parte
ativa e prática desta teurgia consistia em exorcismos purificadores da Terra, “passes” que
traziam potências celestes, e nesta hora havia o chamado choque da “Coisa.” Estas práticas
eram baseadas na Doutrina da Reintegração, onde se pedia proteção aos Superiores da
Humanidade sobre as entidades extra-humanas que povoam o mundo do Além. Entende-se
por círculo mágico como uma pratica, onde o mago traça-o real ou ficticiamente com sua vara
ou com carvão ou água benta e tem por finalidade isolar proteger o operador, pois entes maus
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não poderão franquear esta fortaleza, exceto o demônio convidado que ficará à disposição do
mago.
Missa Negra é uma pratica usada em religiões que reverenciam ao Demônio, que
consiste na imitação de uma missa católica, celebrada sobre os rins e depois sobre o ventre de
uma mulher nua que serve de altar. Os ornamentos são todos negros.
Entretanto, também não deveremos esquecer que fatores conjunturais, religiosos,
ideológicos, políticos, morais, guerras e mesmo a Razão que começou a ser cultuada naquele
século, tinham outros valores naquela época, que talvez não possamos avalia-los plenamente
em função dos nossos valores atuais, e também não esqueçamos que o século XVIII foi uma
época de total devassidão intelectual e religiosa de tal forma que o ocultismo parecia ser para
eles, naquele momento da história, um remédio salvador. Ressalte-se que, os magos que eram
perseguidos na maioria dos países, encontraram guarida no seio de certas lojas da Ordem que
os albergou, a qual alem do seu já nascente espírito democrático era considerada e aceita na
época como uma honorável sociedade pela maioria dos países europeus onde ela tinha as
portas abertas e era até um modismo ser franco-maçom. A Maçonaria era um refúgio ideal para
os magos.
Evidentemente a Humanidade, em nome do Iluminismo que libertou o pensamento
humano que até então vivia sob os grilhões da Igreja, cometeu muitos erros pois estava
passando por crises, isto é, por mudanças incríveis e extraordinárias, sendo este século um
verdadeiro cadinho, um imenso laboratório psíquico onde as ideias boas e más de todos os
matizes explodiram como se fosse uma libertação expansiva da mente do Homem. Mas, ao
lado dos erros procurou o caminho correto e a Ciência através dos Homens bem intencionados
têm muito a ver com isto, pois foi se mostrando aos poucos o que era natural e científico e que
era fantasioso e mentiroso
.
A própria Maçonaria procurou suas melhores opções, tanto é verdade que ela
sobreviveu apesar dos magos, charlatães, inventores e aproveitadores. Exemplo de coerência
nos deu a Maçonaria da Alemanha quando o “Rito da Estrita Observância” que praticava este
tipo de ocultismo começou a perder terreno exatamente depois da Convenção de Wilhelmsbad
realizada em Hamburgo em 1782 e que foi decidido que se restauraria a verdadeira e antiga
Maçonaria, exatamente como foi trazida pelos seus antecessores, e que se pesquisaria tão
somente a Verdade. Que se deveria melhorar a harmonia entre os Irmãos, e que trabalhariam
nos três primeiros graus de acordo com o antigo Ritual do Rito Escocês até que os rituais
organizados pela Convenção Geral fossem redigidos e editados. Não resta a menor dúvida,
que esta medida deu um ultimato ao festival de graus superiores que grassava por toda
Alemanha, bem como na atuação dos magos. que infestavam suas lojas. Esta decisão permitiu
que fosse iniciado um movimento restaurador da verdadeira Maçonaria. E entre Irmãos que
almejavam esta limpeza na Ordem estava Friedrich Ludwig SCHRÖDER( não confundi-lo com
os dois outros SCHRÖDER que também eram Maçons, porem, magos) aproveitou para
organizar um Ritual que sem dúvida nenhuma é um dos mais puros e expurgado de enxertos,
do mundo, ou seja, o Ritual de SCHRÖDER ou Ritual Alemão.
Apesar de tudo, belo, inquietante, estranho e mágico século foi o XVIII, não podemos
negar. Era a mente do Homem se libertando por completo dos grilhões religiosos de dezoito
séculos. Ele tinha direito de experimentar todos os caminhos até achar pela Razão, o
Verdadeiro.
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O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve aos domingos
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JOSÉ NO EGITO- A CONEXÃO MAÇÔNICA
O hebreu José foi um jovem pastor inteligente,
Que pelo Deus Altíssimo era bem considerado.
Pois além de sábio tinha o dom de um vidente,
Que podia ver o futuro pela leitura do passado.
Mas aos irmãos, que não tinham tal qualidade,
O dom de José lhes constrangia como agravo.
E com torpe inveja lhe perpetraram a maldade:
A mercadores sobas o venderam como escravo.
Então José, para os seus, foi dado como morto,
Mas nas terras do Egito, na verdade, ele crescia.
Porque aos puros de coração Deus dá conforto.
Assim José, jovem pastor vidente, filho de Jacó,
Feito servo por maldade da sua própria família,
Pela graça de Deus, tornou-se ministro do faraó.
João Anatalino- A Bíblia Sonetada
A questão ideológica
A história de José e seus irmãos é bastante emblemática porque faz parte de um enredo urdido
pelos cronistas bíblicos para dar ao povo de Israel uma saga heroica e lógica, capaz de justificar
todas as suas reivindicações como povo escolhido de Deus e legítimo possuidor da terra de Canaã,
atual Palestina.
Aliás, é a continuidade histórica das histórias bíblicas, com um livro dando seguimento e
justificando o outro, que dá à Bíblia a força que ela tem. Nenhuma outra literatura sagrada, de
povo algum sobre a terra, conseguiu construir um processo histórico tão bem estruturado em seus
termos, quanto os israelitas com sua Bíblia. Não importa o quanto de verdade histórica possa
existir nas narrativas que ela encerra, nem que a maioria de suas inspirações sejam originárias de
outros povos, particularmente os sumérios e egípcios, de quem se acredita, os cronistas bíblicos
emprestaram grande parte dos mitos e lendas com os quais construíram a sua história da criação e
as bases da sua religião. A verdade é que a Bíblia judaica foi a primeira e única literatura dos
antigos povos que desenvolveu uma escatologia universal com começo, meio e fim, dando á
humanidade uma modelo de universo inteligível e palpável, que tanto serve á uma mente mais
6 – José no Egito – A Conexão Maçônica
João Anatalino Rodrigues
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preparada, que nela encontra uma fonte histórica de inegável utilidade, quanto ás mentalidades
que só precisam de algo para acreditar, algo que seja simples e direto e que não exija muito
fosfato para entender, mas apenas fé.
Para estes últimos basta que uma pessoa significativa para ela diga que Deus fez o mundo em
seis dias e no sétimo descansou e que ele fez o homem do barro da terra e o animou com um sopro
nas narinas, para que ele tenha a explicação das suas origens e pronto. Isso é tão verdadeiro para
eles quanto o fato de que seu pai e sua mãe os geraram. Todo o resto é especulação inútil que nem
merece ser comentada.
Esse é o grande poder da Bíblia. Poder de convencimento. Poder da Palavra de Deus. Dogma,
assunto fechado que não discute. Ou se aceita que é assim ou não se aceita e pronto.
E não adianta muito os pesquisadores ficarem levantando incongruências nas histórias bíblicas.
Não adianta dizer, por exemplo, que a história de José e seus irmãos, provavelmente não é mais
que um enredo literário urdido pelos cronistas bíblicos para mostrar como o povo de Israel deve
ter imigrado para o Egito durante um período de seca na Palestina, e lá no vale do Nilo, acabaram
se fixando e prosperando em razão de o Egito, naquela época estar sendo dominado por um povo
conhecido pelo nome de hicsos, povo semita aparentado com os israelitas. Isso é história. O povo
não acredita na história, mas na ideologia que foi criada a partir dela.
Uma história comum
É claro que a história de José, o jovem filho de Jacó, dotado de dons especiais, especialmente o
de vidência, pode muito bem ter acontecido como a Bíblia conta. Afinal, nada existe de
extraordinário nela. É uma história bastante comum. Numa família tão grande, onde os direitos de
primogenitura são uma tradição que conta muito na hora da sucessão patriarcal, um irmão que
tenha dotes tão diferenciados, ainda que seja um dos mais novos na linha de sucessão, é um
perigo. A inveja, o medo, a prevenção, são sentimentos comuns á toda humanidade, e não é por
ser um povo escolhido que a família de Jacó (Israel) não os tivesse.
Conta a Bíblia que José, por ser um rapaz dotado de dons especiais, era amado por seu pai Jacó
acima dos demais irmãos. Não só por seus dotes especiais, mas também por que era, junto com o
caçula Benjamim, filho da sua esposa mais amada, Raquel. Os outros dez eram filhos de sua outra
esposa, Lia e de suas concubinas.
Assim, José e Benjamim, eram, na linha sucessória de Jacó (Israel), os únicos herdeiros
legítimos, filhos da sua verdadeira esposa. Em razão disso seus meios-irmãos o entregaram a uns
comerciantes ismaelitas, os quais o venderam como escravo a um nobre egípcio que exercia
importante função no governo daquele povo. Esse nobre se chamava Putifar e ele tinha uma jovem
e fogosa esposa, que logo se apaixonou por José e quis levá-lo para a cama. Mas José era um
sujeito de bons princípios e não era bobo.
Ele sabia que se o seu amo descobrisse que ela andava dormindo com a mulher dele, nem
Jeová o salvaria da morte. Então recusou, fugiu, fez de tudo para escapar do cerco que a sua ama
lhe fazia. Mulher desprezada é pior que homem que foi recusado por uma mulher: sua vingança,
geralmente é mais cruel e mais sutil, pois que sempre vai além da mera violência, ferindo o
homem naquilo que ele tem de mais precioso.
No caso de José, a desprezada esposa de Putifar armou para ele uma farsa que acabou por atirá-
lo numa prisão. Ela simplesmente o agarrou, rasgou as próprias roupas e gritou dizendo que José
estava querendo estuprá-la. Diante da vergonhosa cena– José com a roupa rasgada da patroa nas
mãos e ela seminua, gritando – não deu outra coisa.
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Era a palavra da patroa contra a palavra do escravo e José foi parar no calabouço.
Todavia, conta a Bíblia que Jeová, o Deus de José e seu povo, não o deixou desamparado. Daí que
ele encontrou no mesmo calabouço onde foi atirado dois antigos servos do próprio faraó, que ali
estavam presos como ele, por terem cometido algum mal feito aos olhos do faraó. Um deles era
culpado, outro era inocente. Ao culpado José profetizou que ele seria executado em breve, e ao
inocente ele profetizou que seria logo solto e reintegrado em suas funções.
Dito e feito, foi assim mesmo que aconteceu. Quando o sujeito foi reintegrado em suas funções
de mordomo do faraó, este logo soube que o rei andava tendo uns sonhos estranhos que se
repetiam noite após noite. Sete vacas magras devoravam sete vacas gordas, e sete feixes
esquálidos de trigo, que saíram conjuntamente da mesma espiga com outros sete feixes de grãos
sadios, devoravam estes últimos.
O Egito era sabidamente um país cheio de magos e adivinhos. Faraó mandou chamar a todos, e
mediante promessas de gordas recompensas, pediu-lhes que interpretassem seus estranhos sonhos.
Mas nenhum deles foi capaz. Então o copeiro chefe do Faraó, o mesmo que havia sido libertado
da prisão e reintegrado em suas funções no palácio lembrou-se do prisioneiro José e de como ele
havia interpretado os sonhos dele e do padeiro do Faraó na prisão. E de como havia acontecido tal
e qual ele previra.
O Faraó mandou chamar José e este deu a interpretação dos seus sonhos. “ Sete anos de seca e
de fome por todo o país do Egito se seguirão a sete anos de abundância e fartura. Nesses sete anos
de seca todos os bens acumulados nos sete anos de fartura serão consumidos e o Egito passará
muita fome.”
A interpretação pareceu muito lógica ao Faraó, pois essa situação já era conhecida no Egito,
tendo se repetido ao longo dos séculos. Por isso já os Faraós mais antigos haviam rasgado muitos
canais e reservatórios por todo o país, para acumular água nos anos de estiagem do Nilo. E havia
muitos celeiros de trigo pelo país, para guardar os excedentes de grãos das safras colhidas nos
anos de fartura. Portanto, a interpretação do sonho, que José lhe dera, pareceu ao Faraó muito
lógica, pois esse era um temor que havia no inconsciente de todo o povo egípcio, e o rei que não
tomasse providências a esse respeito geralmente acabava perdendo o trono.
Com isso, entretanto, o Faraó agradou-se tanto de José que fez dele o seu primeiro ministro. E
José passou a ser a maior autoridade no Egito, só abaixo do próprio rei.
Quando a seca começou, ela não atingiu só a terra do Egito. Atingiu também toda a região do
Oriente Médio. Uma das regiões mais atingidas foi a Palestina, e mais propriamente a Terra de
Canaã, onde vivia a família de José.
Em toda a região, somente no Egito havia comida, pois nos sete anos anteriores de boas safras o
primeiro ministro do Faraó havia conduzido uma política de poupança e acumulação de grãos, de
forma que o povo Egípcio era o único que não passava fome na região e ainda exportava
excedentes para os povos vizinhos, aumentando a riqueza do país.
A história é bem conhecida. Um dia José recebeu a visita de seus torpes irmãos que o haviam
vendido como escravo. Depois de submetê-los á algumas torturas morais ele os perdoou e mais
que isso, trouxe a família inteira para o Egito, onde ela prosperou e se tornou um grande povo. A
história, portanto, é bem comum e nada obsta que seja verdadeira.
Evidências históricas e arqueológicas
A história de José e seus irmãos no Egito sempre preocupou os pesquisadores porque nunca se
encontraram referências históricas nos registros egípcios de uma imigração hebraica para o Vale
do Nilo na época referida pela Bíblia. Considerando que os egípcios eram um povo que costumava
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 23/32
registrar praticamente tudo que acontecia no país, é muito estranho que acontecimentos tão
marcantes como esses da passagem dos israelitas pelo Egito não tivesse merecido um único
registro na farta historiografia egípcia.
A história de José e seus irmãos só começou a fazer sentido para os historiadores quando se
começou a recensear o período em que os hicsos governaram o Egito. Esse povo também era de
origem semita, portanto, aparentado com os israelitas (chamados habirus nos registros egípcios), e
provavelmente falavam a mesma língua, ou algo aproximado.
Em sucessivas guerras, esses povos, (já então conhecidos como hicsos) acabaram derrotando
os faraós da 13.ª Dinastia, cuja capital se situava perto de Mênfis, e assumiram o controle do
médio e baixo Egito por volta de 1700 AC, o qual governaram por cerca de 100 anos. Maneton
conta como isso aconteceu:
"Havia então um rei nosso chamado Timaios. Foi no seu reinado que isso aconteceu. Não sei por
que os deuses estavam descontentes conosco. Surgiram de improviso, homens de nascimento
ignorado, vindos das terras do Oriente. Tiveram a audácia de empreender uma campanha contra
nossa terra e a subjugaram facilmente sem uma única batalha. Depois de haver submetido nossos
soberanos ao seu poder, incendiaram nossas cidades, destruíram os templos, os deuses, e todos
os habitantes foram tratados barbaramente; mataram uma parte e levaram os filhos e as
mulheres de outros como escravos. Por fim, elegeram rei um dos seus; o nome dele era Salatis;
vivia em Mênfis e cobrava tributo ao Alto e Baixo Egipto; instalou guarnições em lugares
convenientes... Escolheram no Distrito de Saís, uma cidade adequada para seus fins, que ficava à
leste dos braços do Rio Nilo, junto a Bubaste, e chamaram-na de Aváris". (Flávio Josefo, op
citado pg, 543)
Verdadeiro ou não, esse relato de historiador egípcio da antiguidade é a única referência, fora
da Bíblia, aos acontecimentos ocorridos no Egito na época em que supõe os israelitas viveram lá.
Flávio Josefo o contesta, pois ele, de certa forma, procura desconstruir a saga heroica dos hebreus,
contada no Êxodo.
Durante cerca de duzentos anos os hicsos dominaram o Egito com seus “reis pastores”, como
os define Maneton. Em dado momento, a população estrangeira chegou a superar a egípcia. Ela
estava concentrada mais no Delta do Nilo e constantemente fazia guerra aos egípcios, de quem
exigiam tributos cada vez mais pesados. Provavelmente é a essa situação que a Bíblia se refere
quando os egípcios diziam que “o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que
nós”. (Êxodo, 1:9)
Quanto a isso os pesquisadores levantaram que por volta de 1800 a.C, houve realmente uma
grande onda migratória pacífica de povos do oriente para o Egito, pois aquela região do Oriente
Médio passava por um período de seca e fome. A pesquisa arqueológica comprova a veracidade
bíblica nesse ponto. Mas ela mostra também que esses imigrantes nunca foram bem vindos ao
Egito, pois a literatura egípcia dessa época se refere a eles como os “vagabundos do deserto.”
Ficaram confinados á região do Delta, e não lhes foi permitida a miscigenação com os naturais do
país. Entre esses estrangeiros imigrantes devia estar a família de Jacó.
No final do reinado do Faraó Amenemhet III (1843 a 1797 a.C.), o poderio do Império Egípcio
começou a decair. Ao mesmo tempo, os povos semitas acantonados no Delta prosperavam e
começavam a ameaçar a hegemonia egípcia.
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O Mestre Hiram histórico?
Por volta de 1580 a. C. o rei de Tebas, Seqenenre Tao II, iniciou uma revolta contra o domínio
hicso, visando recuperar o controle do país. Esse faraó foi morto violentamente, supostamente á
traição, por agentes hicsos. Um exame da sua múmia mostrou que ele fora morto a pancadas, pois
seu crânio apresentava várias perfurações, como quem tivesse sido atacado de surpresa por objetos
contundentes. Segundo os autores do livro “A Chave de Hiram” esse faraó foi o protótipo que
teria servido para o mítico Drama de Hiram, representado pelos maçons na elevação para o
terceiro grau, o grau de Mestre. Esse faraó, que teria sido responsável por grandes construções em
Luxor e Carnac, foi submetido a um ritual de mumificação, cujos registros os aproximam bastante
do ritual desenvolvido no terceiro grau da maçonaria, razão pela qual os autores em questão
defendem a tese de que teria sido na morte desse faraó que os maçons se inspiraram para compor
o estranho rito que é desenvolvido na elevação dos mestres maçons. [2]
Quanto aos hicsos eles foram finalmente expulsos por Amósis I, em 1570 a. C. Essa expulsão,
entretanto não foi pacífica, pois segundo os registros históricos ela custou dez anos de guerra.
Expulsos finalmente, os “reis pastores”, os estrangeiros sobreviventes que ficaram no Egito foram
escravizados. Provavelmente é a esse episódio que a Bíblia se refere quando diz que “ levantou-se
no Egito um novo rei que não conhecia José” e que esse começou a oprimir os israelitas com
astúcia para que” sobrevindo contra nós alguma guerra, eles se unam contra nós, e depois de nos
vencer, saiam do país”.(Êxodo, 1:10).
Nesse ponto o relato bíblico coincide com os registros históricos. É a partir da expulsão dos
hicsos que os israelitas se tornam escravos dos egípcios e é possível que os cronistas bíblicos
tenham se inspirado nesses fatos para compor suas crônicas do Êxodo. E talvez tenham também se
apropriado dos registros da expulsão dos hicsos para criarem a famosa história da fuga dos
israelitas pelo Mar Vermelho e todos os “milagres” relatados na epopeia do Êxodo.
A conexão maçônica
Mas tudo isso é pura especulação. O que fica dessa história de José e seus irmãos é o exemplo
maçônico da mais pura fraternidade: nele se ressalta o perdão (José perdoa a traição dos irmãos), a
solidariedade (O Irmão que está em melhor posição ajuda os que não estão), o caráter sem mácula
(que José mostrou ao não ceder á luxúria de sua ama) e a fé nos desígnios de Deus, que nunca
abandona os que lhe são fiéis.
E principalmente porque é dessa experiência no Egito que Israel se levantou como a primeira e
verdadeira experiência maçônica no mundo. Como construtores de grandes edifícios eles se
tornaram os antecessores da maçonaria operativa; e como arquitetos da moral da humanidade, eles
conquistaram o direito de serem chamados pedreiros morais. Tudo tem a ver, como se percebe,
com a verdadeira maçonaria.³
[1] Daí o fato de alguns historiadores acreditarem que o Êxodo bíblico teria sido inspirado nessa saída dos hicsos do Egito, de que fala
Maneton.
[2] A Chave de Hiram- Robert Lomas e Christopher Knight. Editora Landmark, 1996.
(3) vide nossa obra “O Tesouro Arcano”- Madras, 2013
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome Oriente
08.08.1997 Fraternidade das Termas nr. 68 Palmitos
13.08.1986 Harmonia nr. 42 Itajaí
13.08.1993 Albert Mackey nr. 56 Tubarão
15.08.1946 Presidente Roosevelt nr. 2 Criciúma
16.08.1999 Caminhos da Verdade nr. 92 Gaspar
17.08.1999 Ambrósio Peters nr. 74 Florianópolis
18.08.2011 Fraternidade Itapema nr. 104 Itapema
20.08.1985 Eduardo Teixeira nr. 41 Camboriú
30.08.1978 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul
30.08.1991 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte
31.08.1982 Solidariedade nr. 28 Florianópolis
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
02/08/1989 Fraternidade Imaruiense Imaruí
09/08/2003 Templários da Boa Ordem Jaguaruna
10/08/2002 Energia das Águas Gravatal
14/08/1985 Justiça E Liberdade Joinville
16/08/2005 José Abelardo Lunardelli São José
19/08/1995 Brusque Deutsche Loge Brusque
20/08/2011 Triângulo Talhadores da Pedra Itá
21/08/2002 Harmonia do Continente Florianópolis
26/08/2002 Templários da Arca Sagrada Blumenau
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de agosto
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
06.08.05 Arquitetos Da Paz - 3698 Blumenau
06.08.05 Delta Brasileiro - 3691 Florianópolis
07.08.99 União Do Sul - 3260 Criciúma
10.08.10 Colunas De Jaraguá - 4081 Jaraguá do Sul
12.08.96 Perseverança E Fidelidade - 2968 Araranguá
16.08.05 Novo Horizonte - 4185 Camboriú
18.08.07 Cavaleiros Do Contestado - 3878 Canoinhas
20.08.94 Vale Do Tijucas - 2817 Tijucas
20.08.94 Luz Do Sinai - 2845 Joinville
20.08.00 Estrela De Herval - 3334 Joaçaba
20.08.00 União Das Termas - 3335 Sto. Amaro da Imperatriz
20.08.04 Frat. Jaraguaense - 3620 Jaraguá do Sul
22.08.96 Campeche -2998 Florianópolis
26.08.02 União Navegantina - 3460 Navegantes
29.08.97 Horizonte De Luz - 3085 Xanxerê
Coragem
‘’Sem qualquer aviso prévio, testes e obstruções surgirão para aqueles
que estão arrumando a casa interior. Não fique surpreso com os
acontecimentos. Não tenha medo. Continue caminhando com coragem,
você não está sozinho. Para cada passo que dá, você recebe milhões de
passos de ajuda. Se até o solo infértil pode produzir frutos após uma boa
adubação por que você, mestre autoridade todo-poderosa, não poderia
transformar qualquer dificuldade no trampolim da vitória?’’
José Aparecido dos Santos
TIM: 044-9846-3552
E-mail: aparecido14@gmail.com
Visite nosso site: www.ourolux.com.br
"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos
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Vem aí a XXI Jornada Maçônica
do Estado de São Paulo
Em 25 de Setembro de 2.016, na Uni Sant’Anna, situada à Rua Voluntários da
Pátria, 257 Bloco I - 6º Andar, estaremos realizando a XXI Jornada Maçônica do
Estado de São Paulo.
O objetivo da tradicional Jornada Maçônica é o de oferecer um espaço para a
integração sócio cultural de Maçons, oriundos de várias Lojas da Capital e do
Interior de São Paulo e de diversas cidades do país, através de quatro
Conferências e 29 Palestras, realizadas por doutores, pesquisadores,
historiadores, doutrinadores e formadores de opinião, os quais abordam uma
variedade de assuntos relevantes. Aos que possuem a saudável sede de
conhecimento e estudo.
O programa abrange uma apurada análise da conjuntura brasileira atual com
ênfase para os temas litúrgicos, doutrinários e ritualísticos da Ordem. Mais um
evento promovido pela Associação Cultural e Assistencial Obreiros do Leste.
ENTRE NO SITE: www.jornadamaconica.com.br
INSCREVA-SE
Jurandir Alves Vasconcelos - GRÃO MESTRE DE
HONRA DO GOP – COORDENADOR GERAL
Jose Renato dos Santos - PAST GRÃO MESTRE
ADJUNTO DA GLESP tel 011 29411621
Edson Sales Junior - SECRETARIO EXECUTIVO
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Convite para Palestra
CONVOCAÇÃO e CONVITE
O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do
quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da
Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 45ª Sessão da
A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 30 de agosto, terça-
feira, quando teremos uma sessão com ritualística em inglês e a palestra a
cargo do Venerável Ir. Jeronimo Borges, da ARLS Templários da Nova
Era, nº 91, com o tema
“Raízes e Origens do Alfabeto Maçônico”.
A sessão será no Templo Maçônico situado à rua Mal Cândido Rondon, 48,
esquina da rua Pintor Eduardo Dias, Bairro Jardim Atlântico, São José. A
rua Pintor Eduardo Dias é a 2ª paralela à avenida Atlântico. O
estacionamento da Loja tem entrada nesta rua.
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Após a sessão, será oferecido um ágape com um bom whisky.
Ir.’. João F.R. Baggio, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
BREVIÁRIO MAÇÔNICO
Para o dia 28 de agosto
“NE VARIETUR”
Expressão latina que significa “que não varia”, ou seja, o inalterável e o permanente.
Denomina-se de Ne Varietur, em Maçonaria, a assinatura no livro de presenças da
Loja, contudo, essa expressão em uso não reflete a realidade, pois a assinatura não é
constante; cada assinatura difere as outra e muda a cada instante, pois a estrutura
psíquica do maçom é alterada a cada momento, bastando que o pensamento mude
para que a assinatura apresente diversificações nos pequenos traços, ondulações,
ângulos, etc.
São essas pequenas alterações que orientam os grafólogos na análise de momento
psicológico; as assinaturas mantêm certas tendências constantes no formato das letras,
mas no geral as alterações abrangem toda a assinatura; para perícias, os grafólogos
encontram esses pontos comuns com muita dificuldade, tanto que são especialistas no
assunto.
A assinatura é acolhida porque simboliza a projeção do indivíduo no papel;
obviamente, de um “novo indivíduo”, de um Neófito que pela primeira vez põe o seu
nome no Livro de Presença.
A rigor (o que está sendo relaxado), o Neófito recebe um “nome simbólico” e será
com esse nome que assinará.
Saber usar o próprio nome é uma ciência; desse uso dependerá o resultado em sua
vida.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 259.
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1 – 300 perguntas maçônicas.
300Perguntas.pdf
2 – Joia francesa:
3 – Microndas russo:
Microndas russo - Rusky_kutil_vari_s_elektrinou.mp4
4 – Mario LANZA E Pavarotti:
Mario Lanza e Pavarotti - Ave Maria.avi
5 – Hino da Maçonaria
HinoaMaçonaria.mp4
6 – Que tal um passeio de transatlântico?:
Que tal um passeio no Transatlântico Anthem of the Seas1.pps
7 – Filme do dia para o seu domingo: (Django Vem para Matar) dublado.
https://www.youtube.com/watch?v=M3cXyegOxsU
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 31/32
O Irmão e poeta Sinval Santos da
Silveira *
escreve aos domingos no
“Fechando a Cortina”
Encantou-me aquele olhar sereno, e nem
percebi que era veneno.
Ensinou-me a sonhar e meus pesadelos suportar.
São gemidos persistentes, olhos marcados
pela dor.
Promessas esquecidas, ferindo de morte
um lindo amor.
Foi embora a ternura, deixando uma
farpeada de amargura, um pranto triste
sem fim e sem cura.
Forças exauridas, consumindo a vida que
ao amor, com tanto carinho dediquei.
JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 32/32
Hoje, revi aqueles doces poemas que a
mim dedicou.
Falavam de flores e felicidade, mas só
a maldade restou.
Achei prudente tentar a tudo esquecer.
Virei a página da vida, juntei as pétalas
coloridas, e construí uma nova flor.
Misturei os doces e suaves perfumes,
expulsei os espinhos e o cheiro acre
da decepção.
Restou o caminho de volta, sem
revolta, saboreando a ilusão de uma
nova paixão !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis

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Maçonaria, história e cultura no JB News

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Avenida Beira-Mar Norte – Florianópolis Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrNewton Agrella – Transformação Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Caráter (Coluna do Irmão João Gira) Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – As Quatro Borlas, as Quatro Virtudes Cardeais e os ... Bloco 5-IrHercule Spoladore – Maçonaria e Procedimentos Mágicos Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – José no Egito – A Conexão Maçônica Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 28 de agosto. Versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira.
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 2/32 1741 Nasce o Ir. Johann Wolfgang von Goethe, poeta alemão 1769 Primeira ata conhecida que menciona a colação do grau de Cavaleiro Templário, no Capítulo St. Andrew Royal Arch 1817 Formado o Supremo Grande Conselho dos Mações do Real Arco da Escócia 1822 O brasileiro Major Ir.'.João Paulo dos Santos Barreto, 32º, recebe uma Carta Patente do Rito Escocês, outorgado pelo Consistório do GO de França. Ele instalaria, em 1829, a primeira Loja do Rito, Educação e Moral, iniciativa de Joaquim Gonçalves Ledo. 1829 O Ir. João Paulo dos Santos Barreto, 32º. Recebe uma Carta Patente do Rito Escocês, outorgada pelo Consistório do Grande Oriente de França (1822). Ele instalaria, em 1829, a primeira Loja do Rito, Educação e Moral, iniciativa do Ir. Joaquim Gonçalves Ledo. 1963 250 mil pessoas ouviram o discurso do líder negro Ir.'.Martin Luther King, em Washington, durante um protesto pelos direitos civis 1991 Fundação da Loja Estrela do Carmo nr. 2651, de Carmo Rio Verde (GOEG/GOB) Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 241º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante) Faltam 125 para terminar este ano bissexto Dia do Bancário e dia da Avicultura Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 3/32 28 de agosto S. AGOSTINHO — Nasceu em 13/11/354 em Tagasca, Numídia, hoje Argélia, Aurélio Agostinho, filho de S. Mónica, na juventude entregou-se aos prazeres mundanos, envolto nos erros dos hereges maniqueus, prof. de retórica em Cartago, Roma e Milão. Jesus, correspondendo às orações de sua mãe que o (27/8), converteu à igreja católica, fundou uma Ordem. Em Milão conheceu o bispo Ambrósio que o convenceu ao batismo. Humilhou-se no seu Livro das Retratações. Líder espiritual e teólogo da África do Norte, bispo de Hipona, vendeu todos os bens para socorrer aos pobres. Produziu extensa obra de que destacamos Confissões e A Cidade de Deus, teólogo da doutrina da Trindade, da posição da igreja face ao estado e no desenvolvimento do monacato ocidental. Analisou a espiritualidade da alma humana, verdade eterna, iluminação divina, amor a Deus e o pecado mortal, cujo conceito difundiu. Na hora da morte em 28/8/430 em Hipona, rezou os salmos, derramou lágrimas e recebeu os sacramentos. Padroeiro dos teólogos, cervejeiros e tipógrafos, é invocado contra as inflamações dos olhos. 489 — O rei dos Ostrogodos, Teodorico, derrotou Odoacro na batalha de Isonzo e instalou-se na Itália. 1481 — Faleceu no Paço de Sintra, o rei Afonso V, o Africano, nascido 49 anos antes. 1484 — Morreu em Palmela, o duque de Viseu, D. Diogo, apunhalado no castelo pelo rei D. João II seu primo, acusado de liderar uma conspiração e depois mandou envenenar outro conspirador, D. Garcia de Meneses, bispo de Évora. 1521 — Os otomanos ocuparam a cidade de Belgrado. 1551 — Terramoto em Lisboa. 1749 — Nasceu em Frankfurt, Johann Wolfgang von Goethe, poeta lírico alemão, dramaturgo e romancista. A sua obra-prima foi A Trilogia da Paixão e a suas obras Serpente Verde e Fausto são de inspiração esotérica, iniciática e maçónica, iniciado maçom em 1780, na Loja Amalia zu den drei Rosen, de Weimar, também membro da Ordem dos Illuminati (22/3/1832). 1769 – Primeira ata conhecida que menciona a colação do grau maçónico de Cavaleiro Templário, no capítulo St. Andrew Royal Arch. 1773 — Estabelecido em Paris o regime da Ordre des Philalèthes ou investigadores da verdade, pelos maçons Court de Gabellin, Savalette de Langes, St. James e outros sábios da época. 1780 — Nasceu em Évora, Agostinho José Freire, brigadeiro e bacharel em matemática por Coimbra, liberal, deputado e ministro, exilou-se duas vezes, iniciado maçom, com o nome simbólico de Séneca, V.M. duma Loja e Cavaleiro Rosa-Cruz (4/11/1836). EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 4/32 1799 — Faleceu em Versailles, François Giroust, maçon (10/4/1737). 1810 — Iniciou-se a terceira invasão francesa, liderada pelo gen. Masséna com a tomada de Almeida, em 4/3/1811 os franceses começaram a retirar de Portugal, após terem sido detidos na sua entrada em Lisboa pelas Linhas de Torres, onde as suas tropas já haviam sido travadas em Torres Vedras em 10 de outubro do mesmo ano. 1817 — Instalado o Sup. Cons. dos Maçons do Real Arco da Escócia. 1822 – O major brasileiro João Paulo dos Santos Barreto, maçon, Grau 32, recebeu uma carta patente do R.E.A.A., outorgado pelo Consistório do G.O. de França, que levou à instalação da primeira Loja do R.E.A.A. no Brasil em 1829. 1823 — Deu-se por finda a averiguação da existência em Lagos de trinta maçons, provavelmente o quadro da Loja Filantropia, salientando-se que a perigosidade era relevada pelo facto de todo o estado-maior do Regimento Infantaria 2 estar contagiado por esta execranda seita maçónica, bem como o regimento de Milícias. 1825 — Faleceu em Paris, Maximilien Sébastien Foy, maçon francês (3/2/1775). 1828 — Nasceu em Iásnaia Poliana, Liev Nicolaievich Tolstoi, escritor e dramaturgo russo, cujas obras-primas foram Guerra e Paz (onde fez a descrição da iniciação maçónica de Pedro Bezukhov), Confissão e Anna Karenina, excomungado em 1901 pela igreja ortodoxa, iniciado maçom (10/11//1910). 1829 – Instalada no Brasil por Santos Barreto a Loja Educação e Moral, a primeira do R.E.A.A., uma iniciativa coberta por Gonçalves Ledo. 1859 — Conseguida a primeira extração de petróleo, em Titus Ville, nos E.U.A.. 1893 – Presidido pelo juiz Francisco Maria Veiga foi criado em Lisboa um juízo de investigação criminal, que contituiu na prática uma polícia política anti-republicana. 1928 – Revolta abortada do castelo de S. Jorge, onde foram presos oito comunistas. 1936 — Manifestação de apoio aos nacionalistas espanhóis, no Campo Pequeno em Lisboa, um dos oradores foi Luís Pinto Coelho, dirigente da Mocidade Portuguesa. O major Botelho Moniz propôs a criação duma legião cívica, a Legião Portuguesa. 1944 — Libertadas pelas forças aliadas as cidades de Lille e Marselha, durante a II Grande Guerra Mundial. 1949 — Nasceu em Lisboa, João Barroso Soares, lic. em direito por Lisboa, editor, deputado, republicano e socialista, deputado europeu, pres. da C.M. de Lisboa, ministro da cultura, filho de Mário Soares, iniciado maçom no G.O.L. na Loja Simpatia e União, ainda muito jovem, condição que assumiu publicamente.
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 5/32 1963 — Martin Luther King (15/1/1929) liderou a marcha da paz sobre Washington DC, onde proferiu no Lincoln Memorial o seu famoso discurso perante 250.000 pessoas "Eu Tive um Sonho...". 1981 — O C.D.C. norte-americano anunciou uma alta na incidência de pneumociste e do sarcoma de Kaposi em homens homossexuais, doenças que logo foram reconhecidas como sintomas de uma síndrome imunológica, a SIDA. XXIII Encontro de Estudos E Pesquisas maçônicas Florianópolis(SC), 14 e 15 de outubro de 2016 Caros Irmãos. O XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas, que será realizado no Hotel Castelmar, em Florianópolis nos dias 14 e 15 de outubro próximo, pelo Departamento de Membros Correspondentes, da Loja Maçônica Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas, Oriente de Juiz de Fora, MG, tem o apoio do Grande Oriente de Santa Catarina, do Grande Oriente de Minas Gerais e da MasonWeb (Sistemas Gestores para o Universo Maçônico). Enviamos o Folder do Encontro com as informações para os Irmãos relacionados em nossos arquivos. Caso o Irmão queria recebê-lo novamente, por favor nos comunique que providenciaremos o envio. Chamamos sua atenção três pontos importantes. O primeiro ponto, em relação ao Hotel Castelmar, cujas reservas com preços promocionais estão garantidas apenas até o dia primeiro de setembro do corrente ano. O segundo ponto, em relação ao prazo para envio dos trabalhos, dia 26 de setembro. O terceiro ponto é relativo à inscrição que, quando efetuada, deve ter o comprovante de depósito enviado para meu e-mail (miguel.simao.neto@uol.com.br). Os valores de inscrição constam no Folder. Fraternalmente, Miguel Simão Neto Coordenador
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 6/32
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 7/32 O Ir Newton Agrella - M I Gr 33 escreve aos domingos. É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464 e Loja Estrela do Brasil nr. 3214 REAA - GOSP - GOB newagrella@gmail.com " TRANSFORMAÇÃO ? " Confesso que causa-me espanto quando ouço ou leio o trabalho de um Aprendiz Maçom - que talvez movido por algum sentimento inexplicável ou por força de falta de orientação de Loja - não raro, costuma citar que sua Iniciação "transformou-o". Há Aprendizes que afirmam que após adentrarem a Ordem Maçônica passaram a se sentir "diferentes". Muitos afirmam que passaram a se sentir mais próximos da família, mais ligados às Virtudes, mais conectados a Deus...em suma, sentem-se "transformados". Cabendo aí uma parênteses a algo que jamais devemos nos esquecer e que sobretudo ao Iniciado deve ser sobejamente explanado para evitarem-se confusões: "Maçonaria não é Religião". Realmente é algo para se refletir, pois tenho a impressão que isso não condiz com o mundo real. Primeiro porque a Iniciação em si, consiste num processo inédito e único na vida do candidato que passa por uma série de experiências inusitadas e cuja essência lhe é absolutamente ignorada e durante a sua diligência o candidato - via de regra - tenso e apreensivo - mal consegue abstrair tudo o que ocorre a sua volta. Além disso, por encontrar-se vendado, nem nu nem vestido, o que pode sentir sim, é uma relativa dose de insegurança, ou mesmo de certo receio face ao mistério que o permeia. O processo de Iniciação por si só deixa o candidato num clima de inquietude, incertezas e acima de tudo num certo "ar de vulnerabilidade" perante o desconhecido. O que é plenamente explicável. Há no entanto uma vasta gama de outras sensações que podem responder e assentir com o que se percebe durante uma Iniciação Maçônica, tais como os sentimentos de angústia, incredulidade, frustração e até mesmo de rejeição, especialmente quando o candidato se submete as Taças do Doce e do Amargo... 2 – Transformação Newton Agrella
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 8/32 Tudo isso, explica o turbilhão de sensações que podem ocorrer antes de receber o seu Premio como aceito dentro da Ordem. Longe disso contudo, declarar após alguns pares de Sessões quando a ele lhe é perguntado como se sentiu após ter sido Iniciado - que o mesmo acha-se "totalmente diferente" ou que a Maçonaria o transformou. Uma "transformação" pelo fato de ter sido aceito dentro da Ordem e ter sido recém iniciado é algo muito "profundo" para ser traduzido de forma tão contundente em tão exíguo espaço de tempo. Entendo que soa como um exagero desmedido... A bem da verdade nós nunca "nos tornamos Maçons", ou "somos Maçons" - o que estamos sujeitos sim, e é apenas e tão somente: "sermos reconhecidos" como tal. E esse processo de "reconhecimento" implica num esforço contínuo e natural. Exige entrega e abnegação, compromisso e fidelidade, e mais do que tudo, deixar transparecer com fluidez o espírito fraterno que faz com que os outros nos reconheçam como um verdadeiro e legítimo Maçom. Fica a sugestão de que quando a Comissão de Graus da Loja propuser como Tema de Trabalho para a apresentação do Ir.`. Aprendiz : "As Impressões de sua Iniciação" - que ao mesmo seja- lhe gentilmente recomendado e instruído que evite mencionar qualquer coisa do tipo: "auto- transformação" - porque isso, realmente soa absolutamente como algo muito improvável e de dificílima inspiração convincente. Ser natural, ser honesto consigo mesmo e procurar traduzir com moderação e simplicidade o que vai dentro de si é sem sombra de dúvida um bom começo para despertarmos o reconhecimento alheio. Que se faça a Luz, com a certeza de cada passo a ser dado obedeça a consciência de nossos Atos. A Maçonaria não transforma ninguém, o que ela enseja é a possibilidade de buscarmos o nosso aperfeiçoamento e a verdade por meio de um processo contínuo de desbaste de nosso Templo Interior procurando aparar as arestas através do Estudo e do Auto Conhecimento, perpetrando um trabalho contínuo de aprimoramento humano de natureza cultural, metafísica e espiritual. Fraternalmente Newton Agrella
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 9/32 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC. Escreve dominicalmente neste 3º. Bloco. CARÁTER “Uma joia não pode ser polida sem fricção, nem um homem aperfeiçoado sem passar por testes”. (A). 1. Etimologia: [kharaktér, em grego, é o gravador de medalhas ou de moeda] 2. Dicionário: O conjunto de qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral. Gênio, temperamento. Etimologicamente, caráter quer dizer coisa gravada; do grego charactér, gravar. O termo pode ter dois sentidos diversos: 1º) caráter, como conjunto de disposições psicológicas e comportamentos habituais de uma pessoa, isto é, a personalidade concreta; 2º) caráter relacionado à vontade, e nesse caso conota as ideias de energia, honestidade e coerência; é nessa acepção que falamos, em homem de caráter. (Aurélio). 3. Comte-Sponville: É em primeiro lugar um cunho, uma marca indelével, um sinal permanente ou distintivo. A palavra designa por isso o conjunto das disposições permanentes ou habituais de um indivíduo (seu éthos), em outras palavras, sua maneira de sentir e de se ressentir, de agir e de reagir - sua maneira particular de ser si. É o que a natureza gravou em nós, dizia Voltaire. Eu não iria tão longe. O caráter me parece mais individualizado e evolutivo do que o temperamento, e menos do que a personalidade. Eu diria: o temperamento de um indivíduo é o que a natureza fez dele: seu caráter é o que a história fez do seu temperamento; sua responsabilidade é o que ele fez, e não cessa de fazer, com o que a história da natureza fizeram dele. O caráter remete ao passado, logo a tudo o que, em nós, já não depende de nós. Temos de conviver com isso, como se diz, e é por isso que, de acordo com uma fórmula célebre de Heráclito, o caráter de um homem é seu demônio ou seu destino: porque ele é aquilo que nele escolhe, e que ele não escolhe. (Comte-Sponville). 4. Reflexão sobre o caráter, a ética e a honra: Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres. (Einstein). Até que ponto o homem pode vender-se sem ser prejudicado e sem prejudicar os outros? Até que ponto pode, impunemente, ferir sua coerência interior dizendo, publicamente, ora uma coisa, ora exatamente o contrário, dependendo da vantagem oferecida? 3 – Coluna do Irmão João Gira – Caráter João Ivo Girardi
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 10/32 Quando digo impunemente não me refiro a sanções legais, multas ou coisas do gênero. Isso é o de menos! Um bom advogado resolve. Ao dizer impunemente refiro-me ao interior da pessoa, à sua inteireza e paz, aquela qualidade das pessoas retas, sábias, coesas, coerentes, inteiras também por dentro. Refiro-me, também, ao ônus social gerado por atitudes que sobrepõem a vaidade à verdade, à lealdade, à coerência, à reflexão, à nobreza de caráter. O grande problema da humanidade, hoje em dia, é de caráter ético, pois socialmente, aprendemos que é preciso fazer o correto, mas na informalidade, criamos a idéia de que não há nada de errado, em levar vantagem em cima de nosso semelhante, e para todas as situações costumamos dar o jeitinho brasileiro. Uma vez que é muito comum, todos criticarem a corrupção brasileira, a política brasileira, e esquecerem-se dos pequenos delitos que cometem diariamente, usando a premissa de que os fins justificam os meios. E é em meio a esta sociedade, mais preocupada em aparecer, do que ajudar o próximo, que surge o desejo exagerado de acumular poder e projeção. E neste mesmo momento, o homem deixa a sua ambição falar mais alto que a ética. Pois se a ética atrapalhar o objetivo de adquirir glória, poder e honras, a tendência é de reduzir o caráter ético, para não frustrar o propósito final. É preciso ter consciência de que ser ético é tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados. É procurar ajudar mais as pessoas a nossa volta, do que criticar, ou lesionar em momentos oportunos, só para atingir nossos objetivos. Precisamos também entender, que a atual crise ética originou-se em decorrência das atitudes do ser humano individual, e que por isso, é preciso antes de qualquer coisa, mudar nossas atitudes individuais, para depois podermos criticar e tentar consertar o mundo. E é claro, é preciso ter ambições sim, mas é preciso usar a ética e a moral, antes de definir nossas metas, ideais e sonhos. A tendência daqueles que por simples vaidade ou desejo de poder tem de criticar e lançar inverdades, bem como criar fatos e atos inexistentes, sobre àqueles que ocupam posições por eles desejadas reflete bem a pequenez de seu caráter e sua falta de ética, pois deveriam eles exaltarem seus feitos e seus atos em contraponto àqueles que se critica. Confúcio já dizia que Homem superior é aquele que começa por pôr em prática as suas palavras e em seguida fala de acordo com as suas ações. Creio que já é passado o momento de colocarmos nossas ambições no mesmo patamar de nossas realizações, pois se estas realizações forem realmente grandes nossas ambições serão satisfeitas por reconhecimento e natural consequencia delas. (Fonte: JB News Nº 429, 01/11/2011. Autor: Luciano A. Vianna). 5. O herói sem caráter: (...) Da esperteza dos arautos do atraso e dos trapaceiros da política que viram nessa aliança uma janela de oportunidade. A salvação que os tiraria do aperto em que estavam já caminhando para o ostracismo. Foram ressuscitados e por isso estão gratos. Da ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado. Da covardia dos que se calam com medo das patrulhas. Do despeito dos ressentidos. Do complexo de culpa dos mal resolvidos. Da torpeza dos oportunistas. Da superioridade dos cínicos. Da falsa isenção dos preguiçosos. Da preguiça dos irresponsáveis. Lula não teria ido tão longe com a construção desse personagem que hoje assombra e indigna muitos dos que lhe faziam a corte não fosse a permissividade geral. Se não conseguir eleger a sucessora não deixará o próximo governo governar. Importante pontuar que só fará isso se o País deixar que faça; assim como deixou que se tornasse esse ser que extrapola. (Fonte: texto extraído e condensado do jornal O Estado de São Paulo. Autora: Dora Kramer, Outubro/2014). 6. Citação: (...) As pessoas podem ser dividas em três grupos: Os que fazem as coisas acontecerem; Os que olham as coisas acontecendo; e os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu. Nosso
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 11/32 caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando. Nunca deixe de ter dúvidas, quando elas param de existir é porque você parou em sua caminhada. (Antoine de Saint- Exupéry). 7. Máximas: - Caráter testa-se em coisas pequenas. Quando queremos saber de que lado sopra o vento atiramos ao ar não uma pedra, mas uma pluma. (Alexander Hamilton). - Semeia um pensamento e colherás um desejo; semeia um desejo e colherás a ação; semeia a ação e colherás um hábito; semeia o hábito e colherás o caráter. (Tihamer Toth). MAÇONARIA 1. Caráter e Reputação: Caráter é o que somos; reputação é aquilo que os outros pensam que somos. Esta diferença é mostrada em um poema escrito por William Davis: [...] Às circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é. A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora. A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira. A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz. A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante do Grande Arquiteto do Universo. 2. Rituais REAA-GLSC: (...) Aqui se ensina a moral mais pura e mais propícia à formação do caráter do homem, quer considerado sob o ponto de vista social, quer sob o individual. (RA). (...) nossa Ordem não acolhe profano sem, antes, examinar-lhe a inteligência, o caráter e a probidade. Daí é natural que de nossa Ordem, cuidadosamente selecionada, surjam cidadãos que se destaquem por suas qualidades pessoais. (RA). (...) se tendes caráter caprichoso; se agis por preferências ou ao contrário do que deveis fazer; se vosso coração calcula seus desejos e suas afeições, vossos atos na terão jamais retidão e equidade. (RC). (...) O Grau de Mestre Maçom é, no plano físico, o da consagração à firmeza de caráter, à Moral que não transige com o dever, e aos grandes homens que, no cumprimento do dever, se sacrificaram pelo bem da Humanidade. (...) Antes de transpormos o pórtico, para chegarmos ao Grau de Mestre, devemos fortalecer e adornar nosso caráter, para podermos compreender os seus mistérios. (RM). Para finalizar: Muitos pessimistas através de suas colunas, blogs, facebooks citam que o brasileiro não tem caráter. Tem sim! Uma demonstração desta minha afirmação está nas palavras finais do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira na oitiva das testemunhas do processo de impeachment da presidente da República na madrugada desta sexta feira (26/08). Não deixem de assistir, está disponibilizada na internet. Ele me lembrou a frase de Charlie Chaplin: Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas, pelos bens que possui, ou pelo poder que lhe é dado; o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas idéias e a nobreza dos seus ideais. Um sopro de dignidade, que me renova ás esperanças de um Brasil melhor.
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 12/32 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com AS QUATRO BORLAS, AS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS E OS QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA: UMA RELAÇÃO. “Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto, presas por um cordão azul. E as borlas estarão ali para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do SENHOR e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando, para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis ao vosso Deus.” (Num 15:37-40) INTRODUÇÃO Será que o fato de dizer com todas as letras, sobre nunca ter ouvido uma instrução detalhada sobre as quatro borlas, sobre a sua história e sobre o seu simbolismo e muito menos sobre elas representarem as quatro virtudes cardeais, que por sua vez representam os Quatro Pontos Fundamentais da Maçonaria, causará algum tipo de espanto? Ou isso é muito mais comum do que eu poderia imaginar? É claro que o objetivo aqui é outro, e deixemos o espanto para quando o assunto for de natureza filosófica. Porém, em primeiro lugar admitamos que as quatro borlas são um ornamento, um símbolo um tanto esquecido, e em segundo lugar, que até pela maneira de se ver, de se descrever, num primeiro plano, digamos assim, a corda de 81 nós, as quatro borlas tem sua presença ofuscada, e daí para serem deixadas de lado é um passo. Vamos, a partir de agora, buscar informações com os poucos autores que delas se encarregaram e aprofundarmo-nos um pouco mais nos mistérios que dizem respeito a este símbolo, para assim resgatá-lo, no que é de direito. 4 – AS QUATRO BORLAS, AS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS E OS QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA: UMA RELAÇÃO - José Ronaldo Viega Alves
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 13/32 UM HISTÓRICO SOBRE AS BORLAS Comecemos dizendo que ela, a borla, é produto de uma arte chamada passamanaria, sendo que está composta de um conjunto de fios, presos por um nó, que pode ser mais de um e que na sua confecção pode usar de vários tipos de materiais. A sua origem é muito antiga, sendo as sua maior utilidade, servir de complementação para determinados enfeites, ou ainda, como a parte final de um cordão que está atado ou preso a uma peça de roupa. O seu uso na antiguidade estava ligado aos reis, sacerdotes e outros personagens ligados ao poder. Hindus, chineses, egípcios e bizantinos já utilizavam as mesmas. Ainda hoje são usadas em vestes sacerdotais, uniformes militares, assim como, em cortinados. Na Maçonaria, elas complementam a Corda de 81 Nós. (Da Camino, pág. 75, 2006) A CORDA DE 81 NÓS E AS QUATRO BORLAS Afora serem percebidas, na citação e na descrição da Corda de 81 Nós que consta no Ritual de Aprendiz do R.’.E.’.A.’.A.’., não é feita nenhuma outra menção diretas às nesse mesmo Ritual. Já na Primeira Instrução do Aprendiz, há uma representação feita entre as quatro virtudes cardeais e os Quatro Pontos Fundamentais da Maçonaria, o que, mesmo não havendo a citação delas, indiretamente remete às mesmas. Antes, vejamos a descrição sobre a Corda de 81 Nós que consta no Ritual, no Capítulo “Decoração do Templo”, onde diz o seguinte: “Corda de 81 Nós – Corda de cânhamo, ou material similar, de comprimento suficiente para completar, com folga, o perímetro interno do Templo, com 81 nós simples, distribuídos em espaços iguais; é colocada a partir da parte superior do dossel e apoiada nos capitéis das meias- colunas, pendente entre elas; o nó central, sobre o dossel e as extremidades, com borlas ou pingentes, pendentes de ambos os lados da porta de entrada do Templo, sem sobreposição.” Na sequência, veremos sobre a representação referida e que faz parte da Primeira Instrução. A RELAÇÃO DAS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS COM OS QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA SIMBÓLICA (EM CONSONÂNCIA COM O RITUAL DE APRENDIZ DO R.EA.A.A.) “Ven.’.M.’. (...) _ O Sinal de Ordem ou gutural representa, em parte, a contenção das paixões, dos instintos e da materialidade. Lembra a TEMPERANÇA. _O Passo Regular ou Ponto Pedestal representa o caminho da Retidão, que é o da vereda dos justos. Lembra a JUSTIÇA, que consiste em FAZERMOS AO PRÓXIMO O QUE DESEJAMOS QUE NOS FAÇAM. 1º Vig.’. _ Na Iniciação, o profano, no ato do Juramento, pousa a ponta de um compasso no peito, perto do Coração. Eis o PONTO CORDIAL, que marca a CORAGEM de desprender-se e AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO. Essa máxima representa o Compasso Aberto, na Justa Medida para a construção do mundo da Fraternidade Universal. _ Finalmente, a Cabeça acima da Mão direita em Esquadro representa a PRUDÊNCIA, ou domínio da Mente ou do Espírito sobre a Matéria. É o ponto capital ou mental. Aí estão os QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA SIMBÓLICA.”
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 14/32 A RELAÇÃO DAS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS COM OS QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA SIMBÓLICA (DO LIVRO DO IRMÃO THEOBALDO VAROLI) O Irmão Theobaldo Varoli Filho em suas instruções dirigidas ao Aprendiz-Maçom, no seu livro “Curso de Maçonaria Simbólica”, fala da Corda de 81 Nós, das Borlas, das Quatro Virtudes Cardeais e dos Quatro Pontos Fundamentais da Maçonaria, no entanto, ainda que haja um ponto em comum com a descrição acima transcrita do Ritual, o Irmão Theobaldo Varoli cita também (e enfatiza que é de acordo com o que os rituais ensinam), sobre as quatro borlas representarem as quatro virtudes cardeais, e que isso acontece por termos aí uma reminiscência da moral platônica, tanto que alude aos seus comentários sobre Platão, constantes no Capítulo 10 do mesmo livro, e que, remetendo-me ao mesmo, encontrei ali as seguintes explicações: “Contudo, Platão deixou algo para a Maçonaria, que é a síntese do que há de melhor das lições de todos os sábios. Quanto à ética individual, o mestre ensinou a consideração pelas ideias e, principalmente, pelas ideias do Bem. A seu ver, deveria o sábio desligar-se do corpóreo e sensível e aprimorar as tendências superiores. Essa ética platônica se consubstanciava no quaternário Sabedoria, Fortaleza, Temperança e Justiça.” COMENTÁRIOS: Vemos que o Ritual faz constar como as quatro virtudes cardeais: Temperança, Justiça, Coragem e Prudência. O Irmão Varoli, por sua vez, cita em um primeiro instante: Temperança, Justiça, Fortaleza e Sabedoria. No entanto, em uma “Nota do autor ao Aprendiz”, que era um dos recursos do método que ele empregava, ele usa Temperança, Coragem, Justiça e Prudência. “Um tanto diferente, mas de igual essência, é o simbolismo das quatro borlas pendentes da corda de nós. As duas dos dois cantos do Ocidente representam a Temperança e a Coragem, qualidades que as exigem dos candidatos à Maçonaria. As do Oriente, postiças (porque são qualidades adquiridas), vem a ser a Justiça e a Prudência que devem guiar os dirigentes das coletividades humanas. Evidentemente, a Maçonaria traduz tudo isso de maneira evoluída e não estática.” COMENTÁRIOS: Na busca de maiores subsídios e tentando descobrir sobre essa pequena diferença, digamos assim, deparei-me com um artigo do Irmão Ítalo Aslan, onde ele diz o seguinte: “Os antigos dividiram as virtude em 2 grandes grupos: Virtudes Naturais ou Cardeais e Virtudes Teologais. As Virtudes Naturais ou Cardeais englobavam toda a Moral. Inicialmente foram classificadas em Temperança, Justiça, Sabedoria e Coragem. Posteriormente foram reordenadas em Temperança, Justiça, Prudência e Fortaleza. Já as virtudes Teologais. Assim denominadas por terem sido ensinadas na teologia de São Paulo, foram assim selecionadas: Fé, Esperança e Caridade.” SOBRE O ESOTERISMO PRESENTE NAS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS E NOS QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 15/32 Antes de prosseguirmos, é importante ressalvar que a Maçonaria contém uma parte esotérica ou secreta, até pelo simples fato, de que está reservada somente aos Iniciados. A interpretação dos mitos, das lendas, dos símbolos e das alegorias maçônicas, assim como da sua liturgia está impregnada de lições esotéricas, o que toca espiritualmente em maior intensidade determinados maçons e em menor intensidade outros, não cabendo discutirmos quem é mais esotérico ou quem é menos, e muito menos sobre os exageros que se vê por aí. O propósito aqui é concordarmos então, com a sua presença indelével na Maçonaria, e por isso, para não deixar de lado, este aspecto, também importante, colhemos da opinião de um autor, pelo menos, a qual está mais próxima do Ritual. Evidentemente há mais autores que escreveram sobre a parte esotérica relacionada às quatro borlas, a exemplo de Da Camino, Leadbeater, etc. O Irmão Theobaldo Varoli ressalta a existência de um sentido esotérico presente na doutrina e que ela consta na sétima instrução aos Aprendizes do Ritual de York, além de que passa resumida em instruções pertencentes a outros Ritos. As quatro borlas, como ficou claro, representam a Temperança, a Coragem, a Justiça e a Prudência. (De acordo com o Ritual) A descrição dos Quatro Pontos Fundamentais da Maçonaria em sua correspondência com as Quatro Virtudes Cardeais, subentendido o esoterismo presente, não difere substancialmente da que está contida no Ritual do Aprendiz do R.E.A.A. Para efeito de assimilarmos melhor o conteúdo esotérico detalharemos um pouco mais com base nos esclarecimentos do Irmão Theobaldo Varoli. Sobre o Primeiro Ponto, como já vimos ele está no Passo Regular ou Passo Pedestal e representa a Justiça. Aqui, no caso do preceito “não devemos fazer aos outros aquilo que queremos que nos façam”, ele lembra que essa norma deverá ser positiva, pois, do contrário, não será maçônica. Não valendo então a regra isolada “não devemos fazer a outrem o que não queremos que nos façam” a não ser que esteja valendo como “omissão de fazer mal”. Com relação ao Segundo Ponto, o que está no coração, ele comenta que na Maçonaria a Coragem não é exatamente a valentia e o destemor, mas o sentimento cordial, o que significa resistir às tentações e aos vícios, tendo a coragem de “amar ao próximo como a si mesmo”. Sobre a Temperança, o Terceiro ponto, ele diz que para se viver socialmente e em paz, é necessário moderação e trato com o semelhante para não ofendê-lo. O Maçom não deverá deixar-se arrastar pelas paixões e os vícios, e muito menos “perder a cabeça”. Deve usufruir dos prazeres da vida com moderação. Esotericamente, a referência do Terceiro Ponto é a garganta. E sobre o Quarto Ponto, a Prudência, é usara a cabeça acima de tudo, o que significa deliberar com firmeza, usar da cautela em nossos atos e nada jurar sem a plena aprovação da nossa consciência.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 16/32 CONCLUSÃO Não podemos ignorar a existência das quatro borlas em nossos estudos maçônicos, e até porque, como disse o Irmão Rizzardo Da Camino, não haver nada dentro do Templo que seja supérfluo. Elas estão lá, compondo o mesmo, como ornamento, como símbolo. Dentro da sucinta proposta apresentada neste trabalho, pudemos conhecer e resgatar se não tudo o que ela significa, pelo menos, a importância das virtudes que a elas estão relacionadas e que devem ser seguidas pelos Maçons: Temperança, Justiça, Prudência e Coragem. Evidentemente, esse simbolismo das borlas quando relacionados às virtudes, é mais uma prova do quanto a Maçonaria espera dos seus membros, ou seja, que levantem templos à virtude. E tal como em Números elas estarão ali, para que, vendo-as, nos lembremos dos mandamentos do Senhor e os cumpramos. Fontes Bibliográficas: Revistas: A TROLHA, nº 235, Maio/2006: “As Quatro Borlas” – Artigo de autoria do Irmão Ítalo Aslan Livros: BÍBLIA SAGRADA - Almeida Revista e Atualizada – Sociedade Bíblica da Brasil - 2011 DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. 2006 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico - Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2ª Edição - 2008 VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” - 1º Tomo (Aprendiz) - 2ª Edição – Editora A Gazeta maçônica S.A. 1977 Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito – GORGS – Porto Alegre – 2010/2013
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 17/32 O Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br Maçonaria e Procedimentos Mágicos Segundo os dicionários, a Magia é uma arte ou ciência oculta que pretende produzir por meio de certos procedimentos, atos e palavras e por interferência dos espíritos, gênios e demônios, efeitos e fenômenos raros, estranhos e anormais contrários às leis naturais. Há quem a divida em Magia Branca que seria a arte de se obter efeitos maravilhosos e extraordinários na aparência, mas que na realidade são causados por causas naturais, e Magia Negra através da qual certas pessoas se dizem ser possuídas de poderes de ter a capacidade de conseguir produzir efeitos sobrenaturais pela intervenção dos espíritos e sobretudo dos demônios. A Magia é considerada pela Sociologia como se opondo à Religião. As forças superiores na religião são consideradas como tal e não podem ser mudadas. Na Religião a divindade é liberta de qualquer limitação, já na Magia a divindade está vinculada às ordens de uma rede que intercala todas as coisas. Em verdade até a presente data, uma grande parte dos Maçons brasileiros não quer entender que a principal finalidade da Maçonaria é tão somente político social e de auto aprimoramento espiritual e, que somos construtores sociais praticando o culto ao Grande Arquiteto do Universo, o amor à humanidade, trabalhando para que tenhamos no futuro uma sociedade humana com paz, justiça e fraternidade. Não temos como fugir deste destino Querer ainda em nosso século misturar os conceitos, como aconteceu no Século das Luzes, e que também foi o século em que houve o maior culto de misticismos e mistificações, de magia, da teurgia em sua versão mais sombria, a goécia, ou do ocultismo, não há mais razão de ser, pois muitas dúvidas tanto na religião como na ciência foram totalmente sanadas, pelo menos sabe-se hoje o que é ciência, o que é religião e o que é ateísmo. . Fenômenos tidos e havidos como sobrenaturais, hoje têm explicações científicas e simples. Comentaremos as tendências que tomaram conta de uma parte da Maçonaria daquela época. Diga-se a bem da verdade, que existia a Maçonaria Tradicional, que era predominante, que era constituída pela maioria das Lojas, procurando ser a mais ética e pura possível especialmente na Inglaterra, país este, que não permitiu por tradição, que a Ordem fosse eivada, contaminada, denegrida por práticas outras que não fossem as puramente maçônicas. Entretanto, espertalhões, charlatães para uns e magos ou sábios para outros, usaram o mais que puderam nossa Ordem na França, Alemanha e outros países europeus. Eles, deixaram como herança o seu legado no Brasil, onde mais de dois séculos após, ainda 5 – Maçonaria e Procedimentos Mágicos - Hercule Spoladore
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 18/32 proliferam suas influências. Torna-se muito difícil e complexo traçar um referencial do maçom brasileiro, já que o sincretismo intelectual e religioso no país distorceu princípios, misturou conceitos, confundiu as mentes considerando-se que o maçom neste país, lê pouco, sendo portanto, pouco versado nas coisas da Ordem, ainda não se encontrou, não se identificou com a essência maçônica. Supersticioso, mal orientado nas suas lojas, onde as instruções são falhas, com uma incrível tendência para crer no sobrenatural e vivendo no maior país católico-espírita do mundo, sem saber que não se pode ser católico e espírita ao mesmo tempo, porque uma das religiões, a católica não admite em hipótese alguma o contato com os espíritos dos mortos, por uma questão dogmática, isto sem mencionar outras religiões com suas crenças, descrenças e rejeições. Em consequência destas situações acontece que até hoje existe um número muito maior do que imaginamos de maçons que são mistificadores, que querem impingir um esoterismo no qual crêem, as vezes até sinceramente, porem mal orientados, aos demais Irmãos, dentro das próprias lojas esquecendo-se que como afirmamos anteriormente a Maçonaria tem hoje uma função político social muito mais evidente que estas práticas citadas, alem é lógico, do encaminhamento do maçom para seu auto aperfeiçoamento. A Maçonaria não impede quem quer que seja de ter suas próprias concepções, só que dada a sua função social e eclética os trabalhos em loja são alheios a tais práticas referidas. Não podemos negar que a Maçonaria tenha sua parte mística, quer pela sua essência doutrinária quer pela sua integração com GADU, assim como as religiões que crêem em Deus. A Mística como sabemos é o estudo das coisas divinas ou espirituais, porem mistificação é uma burla, um engodo. Os magos do século XVIII que usaram a Maçonaria para as suas experiências, fundaram lojas, criaram ritos mágicos praticaram e abusaram da teurgia que como sabemos que é um tipo de magia que consiste em estabelecer contato com espíritos celestes, e desta forma praticar milagres, curas, predições, invocaram fantasmas, enfim, ajudaram muito a antimaçonaria a nos confundir com as religiões diabólicas, nos taxando de praticantes da Magia Negra, missas negras, montadores de bodes e outros tantos epítetos que não merecemos. Esta é a triste herança que os personagens que descreveremos nos deixaram. A teurgia então praticada em muitas lojas, sempre lembrando aos Irmãos que não representavam a Maçonaria Tradicional, era caracterizada por procedimentos mágicos, que consistiam de cultos de expiação, culto operatório contra demônios, culto contra a guerra, culto contra o inimigo da Lei Divina, culto para obter a descida do Espírito Divino. Ao mesmo tempo praticavam uma magia cultural onde usavam o círculo mágico, as luminárias pelas velas de cera, focos luminosos decorativos e efígies que condensavam presenças invisíveis. A parte ativa e prática desta teurgia consistia em exorcismos purificadores da Terra, “passes” que traziam potências celestes, e nesta hora havia o chamado choque da “Coisa.” Estas práticas eram baseadas na Doutrina da Reintegração, onde se pedia proteção aos Superiores da Humanidade sobre as entidades extra-humanas que povoam o mundo do Além. Entende-se por círculo mágico como uma pratica, onde o mago traça-o real ou ficticiamente com sua vara ou com carvão ou água benta e tem por finalidade isolar proteger o operador, pois entes maus
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 19/32 não poderão franquear esta fortaleza, exceto o demônio convidado que ficará à disposição do mago. Missa Negra é uma pratica usada em religiões que reverenciam ao Demônio, que consiste na imitação de uma missa católica, celebrada sobre os rins e depois sobre o ventre de uma mulher nua que serve de altar. Os ornamentos são todos negros. Entretanto, também não deveremos esquecer que fatores conjunturais, religiosos, ideológicos, políticos, morais, guerras e mesmo a Razão que começou a ser cultuada naquele século, tinham outros valores naquela época, que talvez não possamos avalia-los plenamente em função dos nossos valores atuais, e também não esqueçamos que o século XVIII foi uma época de total devassidão intelectual e religiosa de tal forma que o ocultismo parecia ser para eles, naquele momento da história, um remédio salvador. Ressalte-se que, os magos que eram perseguidos na maioria dos países, encontraram guarida no seio de certas lojas da Ordem que os albergou, a qual alem do seu já nascente espírito democrático era considerada e aceita na época como uma honorável sociedade pela maioria dos países europeus onde ela tinha as portas abertas e era até um modismo ser franco-maçom. A Maçonaria era um refúgio ideal para os magos. Evidentemente a Humanidade, em nome do Iluminismo que libertou o pensamento humano que até então vivia sob os grilhões da Igreja, cometeu muitos erros pois estava passando por crises, isto é, por mudanças incríveis e extraordinárias, sendo este século um verdadeiro cadinho, um imenso laboratório psíquico onde as ideias boas e más de todos os matizes explodiram como se fosse uma libertação expansiva da mente do Homem. Mas, ao lado dos erros procurou o caminho correto e a Ciência através dos Homens bem intencionados têm muito a ver com isto, pois foi se mostrando aos poucos o que era natural e científico e que era fantasioso e mentiroso . A própria Maçonaria procurou suas melhores opções, tanto é verdade que ela sobreviveu apesar dos magos, charlatães, inventores e aproveitadores. Exemplo de coerência nos deu a Maçonaria da Alemanha quando o “Rito da Estrita Observância” que praticava este tipo de ocultismo começou a perder terreno exatamente depois da Convenção de Wilhelmsbad realizada em Hamburgo em 1782 e que foi decidido que se restauraria a verdadeira e antiga Maçonaria, exatamente como foi trazida pelos seus antecessores, e que se pesquisaria tão somente a Verdade. Que se deveria melhorar a harmonia entre os Irmãos, e que trabalhariam nos três primeiros graus de acordo com o antigo Ritual do Rito Escocês até que os rituais organizados pela Convenção Geral fossem redigidos e editados. Não resta a menor dúvida, que esta medida deu um ultimato ao festival de graus superiores que grassava por toda Alemanha, bem como na atuação dos magos. que infestavam suas lojas. Esta decisão permitiu que fosse iniciado um movimento restaurador da verdadeira Maçonaria. E entre Irmãos que almejavam esta limpeza na Ordem estava Friedrich Ludwig SCHRÖDER( não confundi-lo com os dois outros SCHRÖDER que também eram Maçons, porem, magos) aproveitou para organizar um Ritual que sem dúvida nenhuma é um dos mais puros e expurgado de enxertos, do mundo, ou seja, o Ritual de SCHRÖDER ou Ritual Alemão. Apesar de tudo, belo, inquietante, estranho e mágico século foi o XVIII, não podemos negar. Era a mente do Homem se libertando por completo dos grilhões religiosos de dezoito séculos. Ele tinha direito de experimentar todos os caminhos até achar pela Razão, o Verdadeiro.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 20/32 O Irmão João Anatalino Rodrigues escreve aos domingos jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br JOSÉ NO EGITO- A CONEXÃO MAÇÔNICA O hebreu José foi um jovem pastor inteligente, Que pelo Deus Altíssimo era bem considerado. Pois além de sábio tinha o dom de um vidente, Que podia ver o futuro pela leitura do passado. Mas aos irmãos, que não tinham tal qualidade, O dom de José lhes constrangia como agravo. E com torpe inveja lhe perpetraram a maldade: A mercadores sobas o venderam como escravo. Então José, para os seus, foi dado como morto, Mas nas terras do Egito, na verdade, ele crescia. Porque aos puros de coração Deus dá conforto. Assim José, jovem pastor vidente, filho de Jacó, Feito servo por maldade da sua própria família, Pela graça de Deus, tornou-se ministro do faraó. João Anatalino- A Bíblia Sonetada A questão ideológica A história de José e seus irmãos é bastante emblemática porque faz parte de um enredo urdido pelos cronistas bíblicos para dar ao povo de Israel uma saga heroica e lógica, capaz de justificar todas as suas reivindicações como povo escolhido de Deus e legítimo possuidor da terra de Canaã, atual Palestina. Aliás, é a continuidade histórica das histórias bíblicas, com um livro dando seguimento e justificando o outro, que dá à Bíblia a força que ela tem. Nenhuma outra literatura sagrada, de povo algum sobre a terra, conseguiu construir um processo histórico tão bem estruturado em seus termos, quanto os israelitas com sua Bíblia. Não importa o quanto de verdade histórica possa existir nas narrativas que ela encerra, nem que a maioria de suas inspirações sejam originárias de outros povos, particularmente os sumérios e egípcios, de quem se acredita, os cronistas bíblicos emprestaram grande parte dos mitos e lendas com os quais construíram a sua história da criação e as bases da sua religião. A verdade é que a Bíblia judaica foi a primeira e única literatura dos antigos povos que desenvolveu uma escatologia universal com começo, meio e fim, dando á humanidade uma modelo de universo inteligível e palpável, que tanto serve á uma mente mais 6 – José no Egito – A Conexão Maçônica João Anatalino Rodrigues
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 21/32 preparada, que nela encontra uma fonte histórica de inegável utilidade, quanto ás mentalidades que só precisam de algo para acreditar, algo que seja simples e direto e que não exija muito fosfato para entender, mas apenas fé. Para estes últimos basta que uma pessoa significativa para ela diga que Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou e que ele fez o homem do barro da terra e o animou com um sopro nas narinas, para que ele tenha a explicação das suas origens e pronto. Isso é tão verdadeiro para eles quanto o fato de que seu pai e sua mãe os geraram. Todo o resto é especulação inútil que nem merece ser comentada. Esse é o grande poder da Bíblia. Poder de convencimento. Poder da Palavra de Deus. Dogma, assunto fechado que não discute. Ou se aceita que é assim ou não se aceita e pronto. E não adianta muito os pesquisadores ficarem levantando incongruências nas histórias bíblicas. Não adianta dizer, por exemplo, que a história de José e seus irmãos, provavelmente não é mais que um enredo literário urdido pelos cronistas bíblicos para mostrar como o povo de Israel deve ter imigrado para o Egito durante um período de seca na Palestina, e lá no vale do Nilo, acabaram se fixando e prosperando em razão de o Egito, naquela época estar sendo dominado por um povo conhecido pelo nome de hicsos, povo semita aparentado com os israelitas. Isso é história. O povo não acredita na história, mas na ideologia que foi criada a partir dela. Uma história comum É claro que a história de José, o jovem filho de Jacó, dotado de dons especiais, especialmente o de vidência, pode muito bem ter acontecido como a Bíblia conta. Afinal, nada existe de extraordinário nela. É uma história bastante comum. Numa família tão grande, onde os direitos de primogenitura são uma tradição que conta muito na hora da sucessão patriarcal, um irmão que tenha dotes tão diferenciados, ainda que seja um dos mais novos na linha de sucessão, é um perigo. A inveja, o medo, a prevenção, são sentimentos comuns á toda humanidade, e não é por ser um povo escolhido que a família de Jacó (Israel) não os tivesse. Conta a Bíblia que José, por ser um rapaz dotado de dons especiais, era amado por seu pai Jacó acima dos demais irmãos. Não só por seus dotes especiais, mas também por que era, junto com o caçula Benjamim, filho da sua esposa mais amada, Raquel. Os outros dez eram filhos de sua outra esposa, Lia e de suas concubinas. Assim, José e Benjamim, eram, na linha sucessória de Jacó (Israel), os únicos herdeiros legítimos, filhos da sua verdadeira esposa. Em razão disso seus meios-irmãos o entregaram a uns comerciantes ismaelitas, os quais o venderam como escravo a um nobre egípcio que exercia importante função no governo daquele povo. Esse nobre se chamava Putifar e ele tinha uma jovem e fogosa esposa, que logo se apaixonou por José e quis levá-lo para a cama. Mas José era um sujeito de bons princípios e não era bobo. Ele sabia que se o seu amo descobrisse que ela andava dormindo com a mulher dele, nem Jeová o salvaria da morte. Então recusou, fugiu, fez de tudo para escapar do cerco que a sua ama lhe fazia. Mulher desprezada é pior que homem que foi recusado por uma mulher: sua vingança, geralmente é mais cruel e mais sutil, pois que sempre vai além da mera violência, ferindo o homem naquilo que ele tem de mais precioso. No caso de José, a desprezada esposa de Putifar armou para ele uma farsa que acabou por atirá- lo numa prisão. Ela simplesmente o agarrou, rasgou as próprias roupas e gritou dizendo que José estava querendo estuprá-la. Diante da vergonhosa cena– José com a roupa rasgada da patroa nas mãos e ela seminua, gritando – não deu outra coisa.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 22/32 Era a palavra da patroa contra a palavra do escravo e José foi parar no calabouço. Todavia, conta a Bíblia que Jeová, o Deus de José e seu povo, não o deixou desamparado. Daí que ele encontrou no mesmo calabouço onde foi atirado dois antigos servos do próprio faraó, que ali estavam presos como ele, por terem cometido algum mal feito aos olhos do faraó. Um deles era culpado, outro era inocente. Ao culpado José profetizou que ele seria executado em breve, e ao inocente ele profetizou que seria logo solto e reintegrado em suas funções. Dito e feito, foi assim mesmo que aconteceu. Quando o sujeito foi reintegrado em suas funções de mordomo do faraó, este logo soube que o rei andava tendo uns sonhos estranhos que se repetiam noite após noite. Sete vacas magras devoravam sete vacas gordas, e sete feixes esquálidos de trigo, que saíram conjuntamente da mesma espiga com outros sete feixes de grãos sadios, devoravam estes últimos. O Egito era sabidamente um país cheio de magos e adivinhos. Faraó mandou chamar a todos, e mediante promessas de gordas recompensas, pediu-lhes que interpretassem seus estranhos sonhos. Mas nenhum deles foi capaz. Então o copeiro chefe do Faraó, o mesmo que havia sido libertado da prisão e reintegrado em suas funções no palácio lembrou-se do prisioneiro José e de como ele havia interpretado os sonhos dele e do padeiro do Faraó na prisão. E de como havia acontecido tal e qual ele previra. O Faraó mandou chamar José e este deu a interpretação dos seus sonhos. “ Sete anos de seca e de fome por todo o país do Egito se seguirão a sete anos de abundância e fartura. Nesses sete anos de seca todos os bens acumulados nos sete anos de fartura serão consumidos e o Egito passará muita fome.” A interpretação pareceu muito lógica ao Faraó, pois essa situação já era conhecida no Egito, tendo se repetido ao longo dos séculos. Por isso já os Faraós mais antigos haviam rasgado muitos canais e reservatórios por todo o país, para acumular água nos anos de estiagem do Nilo. E havia muitos celeiros de trigo pelo país, para guardar os excedentes de grãos das safras colhidas nos anos de fartura. Portanto, a interpretação do sonho, que José lhe dera, pareceu ao Faraó muito lógica, pois esse era um temor que havia no inconsciente de todo o povo egípcio, e o rei que não tomasse providências a esse respeito geralmente acabava perdendo o trono. Com isso, entretanto, o Faraó agradou-se tanto de José que fez dele o seu primeiro ministro. E José passou a ser a maior autoridade no Egito, só abaixo do próprio rei. Quando a seca começou, ela não atingiu só a terra do Egito. Atingiu também toda a região do Oriente Médio. Uma das regiões mais atingidas foi a Palestina, e mais propriamente a Terra de Canaã, onde vivia a família de José. Em toda a região, somente no Egito havia comida, pois nos sete anos anteriores de boas safras o primeiro ministro do Faraó havia conduzido uma política de poupança e acumulação de grãos, de forma que o povo Egípcio era o único que não passava fome na região e ainda exportava excedentes para os povos vizinhos, aumentando a riqueza do país. A história é bem conhecida. Um dia José recebeu a visita de seus torpes irmãos que o haviam vendido como escravo. Depois de submetê-los á algumas torturas morais ele os perdoou e mais que isso, trouxe a família inteira para o Egito, onde ela prosperou e se tornou um grande povo. A história, portanto, é bem comum e nada obsta que seja verdadeira. Evidências históricas e arqueológicas A história de José e seus irmãos no Egito sempre preocupou os pesquisadores porque nunca se encontraram referências históricas nos registros egípcios de uma imigração hebraica para o Vale do Nilo na época referida pela Bíblia. Considerando que os egípcios eram um povo que costumava
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 23/32 registrar praticamente tudo que acontecia no país, é muito estranho que acontecimentos tão marcantes como esses da passagem dos israelitas pelo Egito não tivesse merecido um único registro na farta historiografia egípcia. A história de José e seus irmãos só começou a fazer sentido para os historiadores quando se começou a recensear o período em que os hicsos governaram o Egito. Esse povo também era de origem semita, portanto, aparentado com os israelitas (chamados habirus nos registros egípcios), e provavelmente falavam a mesma língua, ou algo aproximado. Em sucessivas guerras, esses povos, (já então conhecidos como hicsos) acabaram derrotando os faraós da 13.ª Dinastia, cuja capital se situava perto de Mênfis, e assumiram o controle do médio e baixo Egito por volta de 1700 AC, o qual governaram por cerca de 100 anos. Maneton conta como isso aconteceu: "Havia então um rei nosso chamado Timaios. Foi no seu reinado que isso aconteceu. Não sei por que os deuses estavam descontentes conosco. Surgiram de improviso, homens de nascimento ignorado, vindos das terras do Oriente. Tiveram a audácia de empreender uma campanha contra nossa terra e a subjugaram facilmente sem uma única batalha. Depois de haver submetido nossos soberanos ao seu poder, incendiaram nossas cidades, destruíram os templos, os deuses, e todos os habitantes foram tratados barbaramente; mataram uma parte e levaram os filhos e as mulheres de outros como escravos. Por fim, elegeram rei um dos seus; o nome dele era Salatis; vivia em Mênfis e cobrava tributo ao Alto e Baixo Egipto; instalou guarnições em lugares convenientes... Escolheram no Distrito de Saís, uma cidade adequada para seus fins, que ficava à leste dos braços do Rio Nilo, junto a Bubaste, e chamaram-na de Aváris". (Flávio Josefo, op citado pg, 543) Verdadeiro ou não, esse relato de historiador egípcio da antiguidade é a única referência, fora da Bíblia, aos acontecimentos ocorridos no Egito na época em que supõe os israelitas viveram lá. Flávio Josefo o contesta, pois ele, de certa forma, procura desconstruir a saga heroica dos hebreus, contada no Êxodo. Durante cerca de duzentos anos os hicsos dominaram o Egito com seus “reis pastores”, como os define Maneton. Em dado momento, a população estrangeira chegou a superar a egípcia. Ela estava concentrada mais no Delta do Nilo e constantemente fazia guerra aos egípcios, de quem exigiam tributos cada vez mais pesados. Provavelmente é a essa situação que a Bíblia se refere quando os egípcios diziam que “o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós”. (Êxodo, 1:9) Quanto a isso os pesquisadores levantaram que por volta de 1800 a.C, houve realmente uma grande onda migratória pacífica de povos do oriente para o Egito, pois aquela região do Oriente Médio passava por um período de seca e fome. A pesquisa arqueológica comprova a veracidade bíblica nesse ponto. Mas ela mostra também que esses imigrantes nunca foram bem vindos ao Egito, pois a literatura egípcia dessa época se refere a eles como os “vagabundos do deserto.” Ficaram confinados á região do Delta, e não lhes foi permitida a miscigenação com os naturais do país. Entre esses estrangeiros imigrantes devia estar a família de Jacó. No final do reinado do Faraó Amenemhet III (1843 a 1797 a.C.), o poderio do Império Egípcio começou a decair. Ao mesmo tempo, os povos semitas acantonados no Delta prosperavam e começavam a ameaçar a hegemonia egípcia.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 24/32 O Mestre Hiram histórico? Por volta de 1580 a. C. o rei de Tebas, Seqenenre Tao II, iniciou uma revolta contra o domínio hicso, visando recuperar o controle do país. Esse faraó foi morto violentamente, supostamente á traição, por agentes hicsos. Um exame da sua múmia mostrou que ele fora morto a pancadas, pois seu crânio apresentava várias perfurações, como quem tivesse sido atacado de surpresa por objetos contundentes. Segundo os autores do livro “A Chave de Hiram” esse faraó foi o protótipo que teria servido para o mítico Drama de Hiram, representado pelos maçons na elevação para o terceiro grau, o grau de Mestre. Esse faraó, que teria sido responsável por grandes construções em Luxor e Carnac, foi submetido a um ritual de mumificação, cujos registros os aproximam bastante do ritual desenvolvido no terceiro grau da maçonaria, razão pela qual os autores em questão defendem a tese de que teria sido na morte desse faraó que os maçons se inspiraram para compor o estranho rito que é desenvolvido na elevação dos mestres maçons. [2] Quanto aos hicsos eles foram finalmente expulsos por Amósis I, em 1570 a. C. Essa expulsão, entretanto não foi pacífica, pois segundo os registros históricos ela custou dez anos de guerra. Expulsos finalmente, os “reis pastores”, os estrangeiros sobreviventes que ficaram no Egito foram escravizados. Provavelmente é a esse episódio que a Bíblia se refere quando diz que “ levantou-se no Egito um novo rei que não conhecia José” e que esse começou a oprimir os israelitas com astúcia para que” sobrevindo contra nós alguma guerra, eles se unam contra nós, e depois de nos vencer, saiam do país”.(Êxodo, 1:10). Nesse ponto o relato bíblico coincide com os registros históricos. É a partir da expulsão dos hicsos que os israelitas se tornam escravos dos egípcios e é possível que os cronistas bíblicos tenham se inspirado nesses fatos para compor suas crônicas do Êxodo. E talvez tenham também se apropriado dos registros da expulsão dos hicsos para criarem a famosa história da fuga dos israelitas pelo Mar Vermelho e todos os “milagres” relatados na epopeia do Êxodo. A conexão maçônica Mas tudo isso é pura especulação. O que fica dessa história de José e seus irmãos é o exemplo maçônico da mais pura fraternidade: nele se ressalta o perdão (José perdoa a traição dos irmãos), a solidariedade (O Irmão que está em melhor posição ajuda os que não estão), o caráter sem mácula (que José mostrou ao não ceder á luxúria de sua ama) e a fé nos desígnios de Deus, que nunca abandona os que lhe são fiéis. E principalmente porque é dessa experiência no Egito que Israel se levantou como a primeira e verdadeira experiência maçônica no mundo. Como construtores de grandes edifícios eles se tornaram os antecessores da maçonaria operativa; e como arquitetos da moral da humanidade, eles conquistaram o direito de serem chamados pedreiros morais. Tudo tem a ver, como se percebe, com a verdadeira maçonaria.³ [1] Daí o fato de alguns historiadores acreditarem que o Êxodo bíblico teria sido inspirado nessa saída dos hicsos do Egito, de que fala Maneton. [2] A Chave de Hiram- Robert Lomas e Christopher Knight. Editora Landmark, 1996. (3) vide nossa obra “O Tesouro Arcano”- Madras, 2013
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 25/32 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br Data Nome Oriente 08.08.1997 Fraternidade das Termas nr. 68 Palmitos 13.08.1986 Harmonia nr. 42 Itajaí 13.08.1993 Albert Mackey nr. 56 Tubarão 15.08.1946 Presidente Roosevelt nr. 2 Criciúma 16.08.1999 Caminhos da Verdade nr. 92 Gaspar 17.08.1999 Ambrósio Peters nr. 74 Florianópolis 18.08.2011 Fraternidade Itapema nr. 104 Itapema 20.08.1985 Eduardo Teixeira nr. 41 Camboriú 30.08.1978 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul 30.08.1991 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte 31.08.1982 Solidariedade nr. 28 Florianópolis GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 02/08/1989 Fraternidade Imaruiense Imaruí 09/08/2003 Templários da Boa Ordem Jaguaruna 10/08/2002 Energia das Águas Gravatal 14/08/1985 Justiça E Liberdade Joinville 16/08/2005 José Abelardo Lunardelli São José 19/08/1995 Brusque Deutsche Loge Brusque 20/08/2011 Triângulo Talhadores da Pedra Itá 21/08/2002 Harmonia do Continente Florianópolis 26/08/2002 Templários da Arca Sagrada Blumenau 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de agosto
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 26/32 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 06.08.05 Arquitetos Da Paz - 3698 Blumenau 06.08.05 Delta Brasileiro - 3691 Florianópolis 07.08.99 União Do Sul - 3260 Criciúma 10.08.10 Colunas De Jaraguá - 4081 Jaraguá do Sul 12.08.96 Perseverança E Fidelidade - 2968 Araranguá 16.08.05 Novo Horizonte - 4185 Camboriú 18.08.07 Cavaleiros Do Contestado - 3878 Canoinhas 20.08.94 Vale Do Tijucas - 2817 Tijucas 20.08.94 Luz Do Sinai - 2845 Joinville 20.08.00 Estrela De Herval - 3334 Joaçaba 20.08.00 União Das Termas - 3335 Sto. Amaro da Imperatriz 20.08.04 Frat. Jaraguaense - 3620 Jaraguá do Sul 22.08.96 Campeche -2998 Florianópolis 26.08.02 União Navegantina - 3460 Navegantes 29.08.97 Horizonte De Luz - 3085 Xanxerê Coragem ‘’Sem qualquer aviso prévio, testes e obstruções surgirão para aqueles que estão arrumando a casa interior. Não fique surpreso com os acontecimentos. Não tenha medo. Continue caminhando com coragem, você não está sozinho. Para cada passo que dá, você recebe milhões de passos de ajuda. Se até o solo infértil pode produzir frutos após uma boa adubação por que você, mestre autoridade todo-poderosa, não poderia transformar qualquer dificuldade no trampolim da vitória?’’ José Aparecido dos Santos TIM: 044-9846-3552 E-mail: aparecido14@gmail.com Visite nosso site: www.ourolux.com.br "Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 27/32 Vem aí a XXI Jornada Maçônica do Estado de São Paulo Em 25 de Setembro de 2.016, na Uni Sant’Anna, situada à Rua Voluntários da Pátria, 257 Bloco I - 6º Andar, estaremos realizando a XXI Jornada Maçônica do Estado de São Paulo. O objetivo da tradicional Jornada Maçônica é o de oferecer um espaço para a integração sócio cultural de Maçons, oriundos de várias Lojas da Capital e do Interior de São Paulo e de diversas cidades do país, através de quatro Conferências e 29 Palestras, realizadas por doutores, pesquisadores, historiadores, doutrinadores e formadores de opinião, os quais abordam uma variedade de assuntos relevantes. Aos que possuem a saudável sede de conhecimento e estudo. O programa abrange uma apurada análise da conjuntura brasileira atual com ênfase para os temas litúrgicos, doutrinários e ritualísticos da Ordem. Mais um evento promovido pela Associação Cultural e Assistencial Obreiros do Leste. ENTRE NO SITE: www.jornadamaconica.com.br INSCREVA-SE Jurandir Alves Vasconcelos - GRÃO MESTRE DE HONRA DO GOP – COORDENADOR GERAL Jose Renato dos Santos - PAST GRÃO MESTRE ADJUNTO DA GLESP tel 011 29411621 Edson Sales Junior - SECRETARIO EXECUTIVO
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 28/32 Convite para Palestra CONVOCAÇÃO e CONVITE O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 45ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 30 de agosto, terça- feira, quando teremos uma sessão com ritualística em inglês e a palestra a cargo do Venerável Ir. Jeronimo Borges, da ARLS Templários da Nova Era, nº 91, com o tema “Raízes e Origens do Alfabeto Maçônico”. A sessão será no Templo Maçônico situado à rua Mal Cândido Rondon, 48, esquina da rua Pintor Eduardo Dias, Bairro Jardim Atlântico, São José. A rua Pintor Eduardo Dias é a 2ª paralela à avenida Atlântico. O estacionamento da Loja tem entrada nesta rua. Programação: 20:15 h: encontro no átrio do Templo; 20:30 h: início da sessão. Após a sessão, será oferecido um ágape com um bom whisky. Ir.’. João F.R. Baggio, Secretário Wisdom Dawn Lodge
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 29/32 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) BREVIÁRIO MAÇÔNICO Para o dia 28 de agosto “NE VARIETUR” Expressão latina que significa “que não varia”, ou seja, o inalterável e o permanente. Denomina-se de Ne Varietur, em Maçonaria, a assinatura no livro de presenças da Loja, contudo, essa expressão em uso não reflete a realidade, pois a assinatura não é constante; cada assinatura difere as outra e muda a cada instante, pois a estrutura psíquica do maçom é alterada a cada momento, bastando que o pensamento mude para que a assinatura apresente diversificações nos pequenos traços, ondulações, ângulos, etc. São essas pequenas alterações que orientam os grafólogos na análise de momento psicológico; as assinaturas mantêm certas tendências constantes no formato das letras, mas no geral as alterações abrangem toda a assinatura; para perícias, os grafólogos encontram esses pontos comuns com muita dificuldade, tanto que são especialistas no assunto. A assinatura é acolhida porque simboliza a projeção do indivíduo no papel; obviamente, de um “novo indivíduo”, de um Neófito que pela primeira vez põe o seu nome no Livro de Presença. A rigor (o que está sendo relaxado), o Neófito recebe um “nome simbólico” e será com esse nome que assinará. Saber usar o próprio nome é uma ciência; desse uso dependerá o resultado em sua vida. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 259.
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 30/32 1 – 300 perguntas maçônicas. 300Perguntas.pdf 2 – Joia francesa: 3 – Microndas russo: Microndas russo - Rusky_kutil_vari_s_elektrinou.mp4 4 – Mario LANZA E Pavarotti: Mario Lanza e Pavarotti - Ave Maria.avi 5 – Hino da Maçonaria HinoaMaçonaria.mp4 6 – Que tal um passeio de transatlântico?: Que tal um passeio no Transatlântico Anthem of the Seas1.pps 7 – Filme do dia para o seu domingo: (Django Vem para Matar) dublado. https://www.youtube.com/watch?v=M3cXyegOxsU
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 31/32 O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira * escreve aos domingos no “Fechando a Cortina” Encantou-me aquele olhar sereno, e nem percebi que era veneno. Ensinou-me a sonhar e meus pesadelos suportar. São gemidos persistentes, olhos marcados pela dor. Promessas esquecidas, ferindo de morte um lindo amor. Foi embora a ternura, deixando uma farpeada de amargura, um pranto triste sem fim e sem cura. Forças exauridas, consumindo a vida que ao amor, com tanto carinho dediquei.
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.157 – Florianópolis (SC) – domingo, 28 de agosto de 2016 Pág. 32/32 Hoje, revi aqueles doces poemas que a mim dedicou. Falavam de flores e felicidade, mas só a maldade restou. Achei prudente tentar a tudo esquecer. Virei a página da vida, juntei as pétalas coloridas, e construí uma nova flor. Misturei os doces e suaves perfumes, expulsei os espinhos e o cheiro acre da decepção. Restou o caminho de volta, sem revolta, saboreando a ilusão de uma nova paixão ! Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com * Sinval Santos da Silveira - MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis