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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Homenagem do JB News aos Irmãos leitores de Teresina - PI
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – Novo Ensino Médio
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental.
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Visão da Maçonaria e a Visão dos Sábios Talmudistas sobre a .....
Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – As Guildas ou Corporações de Ofício na Construção Civil........
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir José Ailton de Oliveira (Rio Branco – AC)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 28 de setembro .
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 2/28
551 a.C. – Nasceu o filósofo chinês Confúcio (Kung-Fu-Tse).
1394 – Eleição do antipapa Bento XIII.
1542 — João Rodrigues Cabrilho, navegador português ao serviço de Espanha, chegou a San
Diego, na Califórnia.
1766 — Instalada pela G.L. de Inglaterra a G.L. Provincial de Frankfurt.
1810 — Nasceu em Lisboa, Inocêncio Francisco da Silva, bibliófilo, escritor e
combatente liberal. Estudou desenho e arquitetura no Convento dos Caetanos e
humanidades na escola do Bairro Alto, lic. em matemática na Acad. da Marinha.
Terminada a guerra civil, onde combateu com as forças liberais lideradas pelo duque
da Terceira, dedicou-se ao ensino da língua e cultura francesa. Colaborou em alguns
periódicos: Verdadeiro Amigo do Povo, Panorama e Revolução de Setembro, além do
Dicionário Bibliográfico de Português, completado por Brito Aranha e Martinho da
Fonseca, iniciado maçon com o nome simbólico de Demócrito, pertenceu à Loja 5 de Novembro da
Conf. Maç. Portuguesa e à Loja Pureza, ambas de Lisboa (27/6/1876).
— Instalado em Madrid, o Sup. Cons. do R.E.A.A. para Espanha.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 272º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante)
Faltam 94 dias para terminar este ano bissexto
Dia do Hidrógrafo.
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 3/28
1817 — Faleceu em Lisboa, José António de Meneses e Sousa Coutinho, principal Sousa, maçon
e traidor (24/1/1757).
1841 — Nasceu em Louilleron-on-Paréds, Vendée, Georges Benjamin Clemenceau,
político francês, maire de Montmartre, deputado, ministro e pres. do ministério,
consagrou a separação da igreja do estado e a supremacia do poder político sobre o
militar (24/11/1929).
1849 — Nasceu em Izeda, Mirandela, Augusto Manuel Alves da Veiga, advogado,
prof., jornalista e diplomata. Dirigiu os jornais A República Portuguesa, de Coimbra, A
Atualidade e A Discussão, do Porto, ministro e o líder civil da revolução do 31 de
Janeiro, no Porto, participou ativamente no derrube da monarquia, iniciado maçon na
Loja Primavera, com o nome simbólico de Descartes, V.M. da Loja Independência, do
Porto. Irradiado por ter participado no 31 de Janeiro, reintegrado em 21/10/91,
elevado em 1889 ao 33° Grau do R.E.A.A. Em 1890 foi representante em Portugal do
Gran Consejo General Ibérico que tutelava o Rito de Memphis Misraim (2/12/1924).
1854 — Nasceu no Porto, António José dos Santos Pousada, prof. e jornalista,
viveu em Espinho, colaborou com a imprensa republicana nos jornais Vanguarda,
Voz da Beira, Voz da Kustiça, Voz de Angola, A Alrma e A Democarcia, além de ter
sido o correspondente em Espinho do jornal República. Teve ação relevante na
instrução popular e no ensino laico, deputado à Constituinte pelo Porto, fundador
da associação maçónica O Vintem das Escholas, iniciado maçon em 1885 com o
nome simbólico de Championnet, elevado em 1901 ao 33° Grau do R.E.A.A., teve
ação de relevo impedindo que a Maçonaria abatesse colunas no Porto após o 31 de
Janeiro, preparou em 1900 uma conferência maçónica internacional, pertenceu à
Loja Aurora do Lima, do Porto, onde foi V.M., mais tarde passou para a Loja Liberdade e
Progresso. (6/10/1912).
1856 — Faleceu em Lagos, Francisco Correia de Mendonça Pessanha, onde nasceu em 1775,
tenente coronel, major das Milícias de Lagos, iniciado maçon com o nome simbólico de Bruto na
Loja Filantropia e fundador duma Loja em Lagos.
1860 — Constituída em Coimbra em 28/5/1859 a obediência G.O. da Maçonaria
Eclética Lusitana, com Miguel António Dias (4/2/1805) como G.M. e que teve a
constituição aprovada neste dia. Teve cinco lojas em atividade desde janeiro de
1853, não tendo durado muito para além desta data, acabando por se integrarem
no G.O. de Portugal e na Conf. Maç. Portuguesa. Nele se praticou o Rito Eclético
Lusitano, trabalho de Miguel António Dias e parece ter sido, até hoje, a única
tentativa de constituir um rito próprio. Aquele maçon esforçara-se, desde 1838,
por reformar toda a Maçonaria portuguesa, adotando como rito as práticas básicas
dos R. F., embora revisto e adaptado a Portugal. Neste sentido redigiu as Bases Gerais em seis
capítulos e trinta e quatro artigos, que publicou na sua Architectura Mystica do Rito Francez ou
Moderno e depois os Annaes e Código dos Pedreiros Livres em Portugal, com lei orgânica e
regulamento apenso, conseguiu controlar uma série de Lojas, levando-as a aceitar o novo rito.
1878 — Inaugurada a iluminação pública em Cascais.
1889 – Realizou-se em Londres a I Internacional Socialista, organizada por Karl Marx, que deu
corpo à criação dos partidos sociais-democratas e socialistas.
1893 — Data de fundação reivindicada pelo Futebol Clube do Porto, por António Nicolau de
Almeida, cujas ligações ao atual clube (2/8/1906) não estão provadas.
1895 — Faleceu em Villeneuve-Étay, Louis Pasteur (27/12/1822).
1901 — Inventada a máquina de barbear por King Gillette
(5/1/1855).
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1905 – A teoria de relatividade de Einstein foi publicada no Annalen der Physik.
1911 — Tentativa de insurreição monárquica, no Porto, subjugada, precedendo a primeira
incursão monárquica de Outubro de 1911, os cruzadores S. Gabriel e Adamastor, que estavam ao
largo, entraram na barra do Douro. No dia 30/9, com a revolta já subjugada, foram efetuadas
cerca de 130 prisões, por alegada participação: umas dezenas de sargentos, guardas de
esquadras, guardas fiscais, paisanos, o rev. António Maria da Silva Coelho, coadjutor de Paranhos,
foram para o forte do Alto do Duque, em Lisboa.
1914 — Faleceu em Skopje, Stevan Mkranjac, maçon sérvio (9/1/1856).
1924 – O patronato criou a União dos Interesses Económicos.
1970 — Faleceu no Cairo, Gamal Abdel Nasser (15/1/1918).
1974 – Fracassou a tentativa de golpe em apoio ao pres. António de Spínola tendo por
motivação o apelo de uma maioria silenciosa, face aos avanços das esquerdas revolucionárias.
1978 — Morreu em Roma, o papa João Paulo I, encontrado no seu leito, que
havia tomado posse a 26/8. Correram rios de tinta sobre as causas da sua morte e
sobre a hipótese de envenenamento pela nomenclatura do Vaticano, em reação à
sua decisão de tomar nas suas mãos a gestão financeira do estado do Vaticano.
1983 — Inaugurado o aeroporto na ilha do Corvo, nos Açores.
1985 – Criado o grupo de pesquisa da G.L. Suíça Alpina.
1992 — Morreu em Lisboa, Fernando António Piteira Santos, de ataque cardíaco (23/1/1918).
1822 Ata da 16ª Sessão do GO Brasileiro presidida por José Bonifácio. Assuntos administrativos
1871 Com o apoio decidido dos abolicionistas o Visconde do Rio Branco consegue fazer aprovar a Lei do
Ventre Livre
1885 Pela ação de José Antonio Saraiva (.·.) foi assinada a Lei dos Sexagenários, que libertava escravos
aos 60 anos.
1985 Criado o Grupo de Pesquisa da GL Alpina, da Suiça.
1993 Fundação da Loja Colunas da Fraternidade nr. 54, de Balneário Camboriú, que trabalha no Rito
Adonhiramita (GOSC).
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Florianópolis vai sediar nos dias 14 e 15 de outubro o
XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 6/28
O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
NOVO ENSINO MÉDIO
Foto: Presidência da República.
Causou muita celeuma a publicação da Medida Provisória nº 746/2016, de 22.09.2016,
que altera a quantidade de matérias obrigatórias na grade curricular do ensino médio
nacional, reduzindo-as de 13 para 3, sendo português, matemática e inglês as que
permanecem. Passam a ser optativas as outras 10, ou seja, física, química, biologia,
história, geografia, filosofia, sociologia, artes, educação física e espanhol. De fato,
grandes modificações no arcabouço da educação nacional exigem que os assuntos sejam
mais discutidos, mormente quando são introduzidos através de medidas provisórias.
Medidas provisórias são editadas em casos de relevância e urgência, assim dispõe
o artigo 62 da Constituição Federal. A relevância da matéria é indiscutível, porém, há na
realidade urgência para sua introdução na lei da educação nacional? A princípio parece
que não, pois que o Ministério da Educação já divulgou que a matéria ficará sem efeito
até que a nova base nacional curricular venha a ser implementada a partir de 2017.
Então, sendo assim, não há mesmo urgência nenhuma. Poderia ter ficado para ser
introduzida mais tarde pelas vias ordinárias de elaboração das leis.
Quanto à relevância, de fato o ensino médio está a exigir amplas modificações na
sua estrutura curricular. As estatísticas educacionais mostram que 50% dos alunos que
ingressam no ensino médio não completam os estudos, quando essa evasão é quase
zero em outros países, a exemplo da Finlândia e da Coreia do Sul. Por que tão alto índice
de evasão no Brasil? Os grandes educadores afirmam que não há sentido um acúmulo
de matérias quando o conhecimento é encontrado facilmente na internet. O que se
precisa é eliminar o dispensável e manter o essencial. A questão está então em se saber
o que vem a ser o essencial.
2 – Novo Ensino Médio
Ailton Elisiário
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Desse modo, das 13 matérias hoje obrigatórias, grande parte delas pode se tornar
optativas, permitindo que o aluno não se obrigue a estudar matérias com as quais não
guarda boa relação ou bom nível de simpatia, dedicando-se com mais afinco àquelas que
lhe são atraentes. Dando-se ao aluno o direito de escolha das matérias que quer cursar,
tanto permite a ele direcionar-se para aquelas que lhe darão maior prazer, que lhe serão
úteis na sua futura profissão, como às escolas poderão montar os currículos com mais
adequação da realidade da mão de obra educacional disponível.
Isto causa uma grande revolução. Ao pensar em matérias que lhe favoreçam uma
profissão, o ensino técnico se apresenta como uma via aberta com mais facilidade de
tráfego. O problema é que a grande maioria da juventude não pensa em qualificar-se
com o ensino técnico, mas com o ensino universitário. Assim, enquanto menos de 10%
dos jovens brasileiros optam pelo ensino técnico, na Alemanha a faixa alcança 51%. E
isto pode alavancar o desenvolvimento, tal como ocorreu com a Coreia do Sul nos anos
1960, com a construção de escolas técnicas que formavam rapidamente profissionais
altamente produtivos, contribuindo para que o país viesse a se tornar exportador.
O Brasil, embora de forma diferente, já viu um sistema de escolha no passado.
Após a exclusão do exame de admissão ao ensino médio, tal qual ocorreu agora com a
exclusão do exame vestibular ao ensino superior, o aluno escolhia após concluir o curso
ginasial, fazer o curso científico ou o curso clássico. Em geral buscavam o curso científico
os alunos que queriam graduar-se em cursos da área tecnológica, como engenharia, ou
da área da saúde, como medicina, e o curso clássico os alunos que queriam graduar-se
em cursos da área humana como letras. Para os primeiros eram obrigatórias as
disciplinas matemática, física, química e biologia e, para os segundos, eram obrigatórias
as disciplinas história, geografia, literatura.
Embora não seja uma volta a este esquema, a mudança pretendida tem algo a ver
com a melhor utilização dos recursos econômicos, a preparação mais adequada para o
aluno, a formação mais produtiva da mão de obra para a economia nacional. Nenhuma
escola oferecerá todas as disciplinas, mas todas oferecerão as da grade fixa. O currículo
ficará mais enxuto, metade do tempo será igual para todos com as matérias obrigatórias,
a outra metade os alunos escolherão as disciplinas que desejarem, inclusive as do ensino
técnico e o tempo na escola será estendido para tempo integral. No tocante às
disciplinas optativas, enquanto uma escola poderá oferecer mecânica e computação, por
exemplo, outra estará oferecendo artes e educação financeira, possibilitando roteiros
diversos à escolha das predileções dos alunos.
A visão que hoje se tem é a de que nosso ensino médio está engessado e para que
ele se adeque à pós-modernidade é preciso flexibilizá-lo. Os antigos diziam que basta
aprender a ler, escrever e contar, e o resto virá por acréscimo. Nessa perspectiva, pode-
se dizer que na base nacional curricular as matérias obrigatórias, português, inglês e
matemática, suprem a leitura, a escrita e a contagem, enquanto que as optativas cuidam
do resto, segundo o sabor de cada aluno. Assim, revisitando o passado parece que
estamos renascendo em novos tempos, apenas com novas necessidades e em novos
moldes.
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC.
escreve às quartas-feiras e domingos.
Estará no dia 05 de outubro proferindo palestra
na Loja Templários da Nova Era. Agende-se.
... sem Sofisma, Equívocos
ou Reserva Mental.
EQUÍVOCO: [lat. aequivocu]
1. Que tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; ambíguo. Difícil de
se perceber pelos sentidos. Efeito de equivocar-se, engano. (Aurélio).
2. Log. Palavra, locução ou proposição que tem mais de um significado. Sofisma verbal que
consiste em dar sentidos diferentes a uma palavra dentro de um mesmo raciocínio.
3. Lista de equívocos de Cícero: O grande filósofo romano anotou seis equívocos dos
homens de 2000 anos atrás. Ainda válidos para os nossos dias, são eles: 1) a ilusão de que o
progresso individual é feito pela destruição dos outros; 2) a tendência de se preocupar com
coisas que não podem ser mudadas ou corrigidas; 3) teimar que uma coisa é impossível
porque não podemos realizá-la; 4) recusar a desprezar preferências triviais (vulgares); 5)
negar o desenvolvimento e aperfeiçoamento da mente e não adquirindo o hábito de ler e
estudar; e 6) tentar obrigar as outras pessoas a acreditar e viver como nós.
4. Máximas: Não há equívoco maior do que confundir homens inteligentes com sábios.
(Francis Bacon). - É um equívoco achar que nossos talentos nos conduzem ao sucesso. Eles
ajudam, mas não é o que fazemos bem que nos leva à vitória a longo prazo. É o que fazemos
de errado e como corrigimos que assegura nosso êxito duradouro. (Bernie Marcus). -
Abençoados sejam os esquecidos, pois tiram maior proveito dos equívocos. (Nietzsche). - O
equívoco é primo-irmão da mentira. (Adágio Popular).
SOFISMA: [gr. sóphisma: sutileza de sofista] 1. Argumento aparentemente válido, mas na
realidade não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta. Argumento que
parte de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma conclusão
inadmissível, que não pode enganar ninguém. É um silogismo aparente, ou silogismo sofístico,
mediante os quais quer se defender algo falso e confundir o contrário.
2. Ensaios:
1) Um sofisma é um sofisma? Os erros são oportunidades para pensar, portanto condição
de qualquer acerto na redação, na educação ou na vida. Os erros que se repetem, no
entanto, perdem essa oportunidade e se esclerosam, formando o que muitas vezes
3 – Sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental.
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 9/28
chamamos de preconceitos. Se pegamos pela palavra, vemos que pré-conceitos são
justamente pré-argumentos, isto é, argumentos preguiçosos que se satisfazem com
conclusões e certezas rápidas demais. Os preconceitos nascem de diversas maneiras de
argumentar de maneira apressada e preguiçosa, maneiras estas que os estudiosos da Lógica
chamam de sofismas ou de falácias.
Mas o que são sofismas? Lá pelo século V, sofismas eram as teses defendidas pelos
sofistas. Naquela época, os sofistas atuavam como professores, ensinando aos filhos das
famílias nobres, e estavam preparados, como os advogados modernos, para mostrar de que
maneira se argumenta contra ou a favor de qualquer opinião. Os sofistas seguiam um
argumento aonde quer que ele os levasse, sem se preocuparem com considerações pessoais,
morais, cívicas ou religiosas. Por conta dessa prática de pensamento livre, talvez livre demais,
com o tempo o termo sofisma foi adquirindo uma conotação pejorativa, passando a significar
um argumento usado para enganar e não para esclarecer ou chegar à verdade. Alguns
filósofos dizem que sofisma é um argumento com dolo, isto é, construído com a intenção
consciente de enganar o interlocutor, enquanto que falácia seria um argumento sem dolo, isto
é, construído sem a intenção de enganar, mas enganoso do mesmo jeito. Na prática, a
distinção é muito difícil: como saber se o sujeito argumenta errado de propósito ou sem
querer? Pode ser que o faça sem querer querendo, como aquele personagem mexicano...
Logo, podemos supor que sofisma e falácia são quase sinônimos. O termo sofisma, que
prefiro, vem do grego sóphisma, que traduzo agora como só-pensamento. O sofisma é uma
espécie de ideia pura, de ideia que se alimenta de si mesma e não dos fatos, das evidências,
da realidade, enfim. Como a realidade é extremamente dinâmica, alterando-se a cada
instante, quem argumenta de maneira sofismática tende a ter preguiça de observar cada
fenômeno por todas as perspectivas possíveis, preferindo se empolgar com as próprias
palavras. Ao invés de confirmar o que pensa pelo olhar contínuo sobre a realidade em
movimento, prefere apoiar o que pensa com o seu próprio pensamento. (Gustavo Bernardo,
2009).
2) Súmula contra o Sofisma Religioso: Que a bíblia é divinamente inspirada, e proveitosa
para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, isto é claro para qualquer
um que se debruce para estudar, analisar e praticar os ensinamentos bíblicos. E também, não
somente deste modo, mas observando a postura de muitos dos grandes homens na história
da humanidade, os quais utilizaram este recurso como um arcabouço para sua conduta moral
e espiritual, podemos nitidamente notar o quanto ela pôde ser útil e extremamente eficaz.
Contudo, temos nos deparado nos dias de hoje, com muito daquilo que podemos denominar
como um sofisma religioso. Ou seja, alguns pseudos pregadores, o qual o texto
bíblico chama de falsos profetas, que introduzem encobertamente heresias de
perdição. Estes, utilizando-se de algumas verdades bíblicas descontextualizadas e um pouco
de retórica, tem conseguido infiltrar no seio da igreja uma numerosidade desacerbada de
mentiras e falsos ensinamentos que muito se afasta de uma proposta fielmente cristã. Devido
a tal situação, o genuíno evangelho proposto por Jesus tem se distanciado de sua origem,
perdendo a sua identidade por discursos falaciosos que só trazem proveitos aos seus líderes
que cada vez tem se tornado mais ricos, – ou como alguns deles mesmos gostam de dizer:
prósperos. O que está em questão é a situação vergonhosa que se tornou hoje para qualquer
indivíduo ser chamado de evangélico. Não por ser rejeitados pelo mudo por atributos como:
loucos, fanáticos, ou até mesmo incoerentes com o sistema social – que por observação, isto
seria para a sua glorificação, pois o próprio Jesus já dizia que tais coisas iriam acontecer para
todos aqueles que o seguissem. Mas o que tem acontecido é que os evangélicos estão sendo
conhecidos, não como os marginalizados pela sociedade, mas sim como: ladrões, usurpadores
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e mentirosos, que utiliza da boa-fé das pessoas para a satisfação própria. Já se perde a conta
de quantos modelos congregacionais e ramos teológicos têm surgido nestes últimos dias.
Condutas teológicas como a teologia da prosperidade e a teologia da vitória têm sido um
destes amalgamados de falsos ensinamentos que não obstante tem contraposto os primeiros
ensinamentos apostólicos. (Moises Welldon, 2012).
3. Exemplo de sofisma: Todo cavalo raro é caro. Um cavalo barato é raro. Logo; um cavalo
caro é barato! - Os índios estão desaparecendo. Os índios são homens. Logo; os homens
estão desaparecendo. Sofismas engraçados: Por definição, o sofisma tem o objetivo de
dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as
regras da lógica (mas, que nestes casos abaixo, não deixam de ser engraçados). Sofisma 1:
Quando bebemos álcool em excesso ficamos bêbados. ...quando estamos bêbados dormimos.
...enquanto dormimos não cometemos pecados. ...se não cometemos pecados vamos para o
céu. Conclusão: para ir para o céu devemos estar bêbados. Sofisma 2: Hoje em dia os
trabalhadores não têm tempo para nada. No entanto sabemos que os vadios têm todo o
tempo do mundo. Tempo é dinheiro. Portanto os vadios têm mais dinheiro que os
trabalhadores. Conclusão: para ser rico não precisa trabalhar. Sofisma 3: Imagine uma fatia
de queijo suíço todo cheio de buracos. ...quanto mais queijo mais buracos. Cada buraco
ocupa o lugar no qual deveria ter queijo... portanto quanto mais buracos menos queijo.
...Quanto mais queijo, mais buracos e quanto mais buracos menos queijo. Conclusão: quanto
mais queijo menos queijo. Sofisma 4: Deus é amor. O amor é cego. Stevie Wonder é cego.
Conclusão: Stevie Wonder é Deus!
4. Maçonaria: (...) Mas, o que é ser verdadeiramente maçom? É simples, basta cumprir a
palavra e seguir rigorosamente a fórmula ditada pelo Orador para o Profano tomar ciência do
tipo de compromisso que ele vai assumir, Juro e prometo, de minha livre e espontânea
vontade, e por minha honra, em presença do Grande Arquiteto do Universo e dos membros
desta Loja defender e proteger meus Irmãos esparsos pelo mundo, em tudo em que puder e
for necessário e justo,…prometo também conservar–me sempre cidadão honesto e digno,
submisso às leis democráticas do País, amigo de minha família e maçom sincero, nunca
atentando contra a honra de alguém, (…) procurarei tornar-me sempre um elemento de Paz,
de Concórdia e de Harmonia no seio da Maçonaria (…) Essa fórmula de juramento abrange
outras declarações importantes até culminar com o seguinte desfecho: Tudo isto prometo
cumprir, sem sofisma, equívoco ou reserva mental e consinto, se faltar à minha palavra, em
ser exxcluído de toda a sociedade dos homens de bem que, então, deverão ver em mim um
ente sem honra e sem dignidade. Isso, meus Irmãos tem o objetivo de mexer com os brios do
neófito. O candidato precisa compreender o exato sentido destas palavras, para assumir na
verdade, não um compromisso com a assembleia paramentada, mas um compromisso de foro
íntimo, um compromisso de coração. O objetivo é despertar um sentimento daqueles, que se
aflora vindo da alma. Quando por infelicidade algum de nós, sendo consciente e verdadeiro,
cometer um deslize qualquer, e sentir o rubor na face e o amargor no coração, martirizado
intimamente, sem ninguém saber, por ter cometido o deslize, aí sim, ficará caracterizado o
compromisso do coração. Para isso é preciso praticar com exatidão a receita da
fórmula do juramento, sem sofisma e sem reserva mental.
5. Complementos da GLSC: (...) Sofisma é um raciocínio errado, resultante de má-fé, que
se apresenta com as aparências da verdade no momento em que é extraída a sua conclusão.
Quando ela não é fruto de má-fé, isto é, não revestido pelo intuito de enganar, mas, mesmo
assim, eivado de expressões duvidosas ou imperfeitas, passa a se chamar paralogismo. O
instrumento único de que se vale o sofista é a retórica, mas empregada com segunda
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 11/28
intenção, isto é, com a de levar o interlocutor, trapaceiramente, a um convencimento falso,
sem importar qual seja o seu posicionamento a respeito do assunto... (Filosofia Normativa -
CM). (...) Reveste-se de suma importância para o Mestre Maçom, na constante investigação
da Verdade, como também da ‘Palavra Perdida’, o mais amplo conhecimento possível em
relação aos sofismas, particularmente quando adentra a Filosofia Iniciática da Maçonaria. Por
esta razão, o estudo dessa matéria, aqui neste Fascículo, exibe-se com maior extensão, muito
embora com desenvolvimento superficial e, tanto quanto possível, despregado de tecnicismo
Lógico-formal. (Complemento de Mestre: Filosofia Metodológica/Lógica Material).
6. Rituais: (...) O Cinzel é a imagem frisante dos argumentos da palavra, com os quais se
destroem os sofismas e os erros. (RC).
RESERVA MENTAL:
1. O que é Reserva Mental: A origem do conceito reserva mental tem preocupado muito os
juristas de todo o mundo. Há quem afirme que a figura surgiu na doutrina dos canonistas
(especialista em direito canônico ou sistema de regras que rege a Igreja Católica), em meados
da Idade Média. Por outro lado, os romanistas já apontavam a existência da reserva mental
no direito romano, mencionando alguns trechos do Digesto (Compilação das decisões dos
juriconsultos romanos, convertidas em lei por Justiniano (483-565), imperador romano do
Oriente, e que constitui uma das quatro partes do Corpus Juris Civilis). Outros como Pontes
de Miranda entendem que foram os moralistas, baseados no problema da mentira, que
elucidaram o conceito de reserva mental, dando importância somente ao que houvesse sido
declarado, porque a reserva secreta trazia dentro de si uma mentira, abominada pelos
moralistas. Em um sentido lato, a reserva mental é o produto da divergência entre a vontade
e a manifestação, o que implica em uma manifestação, mas não uma vontade da
manifestação ou de seu conteúdo. Köhler nega essa possibilidade, dizendo que não é exato
considerar-se vontade e declaração como dois elementos distintos, os quais se deixam
arbitrariamente separar, e que a declaração se subordina à vontade. O direito - continua ele -
não empresta relevância a este não natural divórcio entre a vontade e declaração, interno e
externo, espírito e matéria: a declaração de vontade é uma unidade para qual o homem, física
e psiquicamente, cooperou. A concepção voluntarista (é a tese que acreditamos porque
queremos) de Köhler não se coaduna com a melhor doutrina. É sabido que pode haver
divergência entre o que se quer e o que se declara, divergência essa que pode ser intencional
ou não intencional. A reserva mental se coloca como sendo hipótese de divergência
intencional. A divergência que ocorre entre aquilo que se quer e aquilo que se declara, dever
ser, portanto, consciente. Daí a razão pela qual uma parcela da doutrina, equivocadamente,
entende que seria, em certa medida, equiparada ao dolo, conduta do declarante, já que ele
manifesta a sua vontade em total desacordo com o que intimamente quer, fazendo-o de
modo intencional. Mas, para a conceituação da reserva sob o ponto de vista estritamente
jurídico, não se pode levar em consideração divergências que não possam trazer alguma
consequência para o direito. Assim, à mentira pura e simples, que não traduzam nenhum
reflexo no âmbito do direito, não se pode dar importância para o fim de conceituar a reserva
mental. (Augusto Passaman).
2. Código Civil: Há a reserva mental quando um dos contratantes reserva-se,
secretamente, a intenção de não cumprir o contrato. A reserva mental é combatida no Código
Civil no seu artigo 110, onde dispõe que a manifestação de vontade subsiste ainda que o seu
autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário
tinha conhecimento. Alguns doutrinadores a chamam de Simulação Unilateral.
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3. Máximas: Não há espelho que melhor reflita a imagem do homem do que de suas
palavras. (Juan Luís Vives). - Hipocrisia e simulação; eis duas pragas capazes de destruir a
humanidade. (Maomé). - Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te
alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros. (Confúcio).
4. Maçonaria: Citações: Reserva mental é a mentira oculta; por fora, na frente de todos os
Irmãos: ... Juro e prometo cumprir - por dentro,… eu não, me inclua fora dessa. Quem é que
pode controlar uma atitude dessas senão a própria consciência? Se o meu juramento não for
do coração, você não será verdadeiramente maçom. Se não for um compromisso pessoal, de
dentro pra fora, não será possível cumprir os preceitos enunciados do mesmo ritual: ...
praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar pela felicidade do gênero humano. E o maçom
não é nada disso, por opção própria, por decisão pessoal, por convicção. A ordem não tem
como penetrar no coração dos maçons, para vasculhar seus mais recônditos sentimentos e
decidir mantê-los ou excluí-los de seus quadros. É possível que nem todos nós sejamos
maçons de verdade, ou que não sejamos totalmente maçons. Essa nossa condição de seres
humanos, imperfeitos e injustos, nos fragiliza tanto, que o ideal da Maçonaria, às vezes,
parece se tornar uma utopia. É utopia sonhar com uma Maçonaria na qual todos os obreiros
tenham as virtudes preconizadas pelo nosso ritual? O mundo carece de gente de bem.
Precisamos urgentemente de maçons, de homens verdadeiramente maçons. Precisamos de
legiões de gente de bem para influenciar positivamente e dar bons exemplos. Já temos
bandidos em número suficiente, temos hipócritas, falsários, desonestos, corruptos, infiéis,
traidores, incrédulos e toda a sorte de gente negativa que prejudica e destrói. Precisamos de
gente do bem de verdade, é por isso que a Maçonaria precisa ampliar seus quadros e
ministrar suas lições e alcançar os corações. O mecanismo da Maçonaria, só funcionará se
alcançar seu coração e sua mente. (Isaac Bispo Ramos).
5. Juramentos na Maçonaria: Os juramentos feitos na Maçonaria na realidade são
compromissos e devem ser prestados com a máxima transparência. Na Idade Média é que
surgiu a reserva mental, quando os hereges eram obrigados a abjurar sua crença; faziam-no
usando a reserva mental, isto é, o ato de abjurar era um ato mecânico do sentido da fala; em
sua mente era desmentido de imediato. Quando um candidato, durante o cerimonial iniciático,
presta os seus juramentos, o Venerável Mestre solicita que eles devem ser prestados sem
reserva mental, isto é espontaneamente, livremente e com sinceridade. O juramento, todavia,
é feito exclusivamente durante o ato místico iniciático e não mais repetido. Os juramentos
dizem respeito à fidelidade grupal quanto aos sigilos recebidos que deve ser mantidos
reservados com o fito de a Maçonaria não se tornar vulgar. O maçom tem palavra; o seu sim
será sim; e o seu não será não. Isto é uma questão de caráter e de honra. O maçom é uma
pessoa aberta, franca e pura. Rituais: (...) Tudo isso prometo cumprir sem sofisma,
equívocos ou reserva mental... e se violar essa promesa.... (RI).
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
A VISÃO DA MAÇONARIA E A VISÃO DOS SÁBIOS TALMUDISTAS SOBRE A
FALSA ACUSAÇÃO, A CALÚNIA E O PERDÃO: LIÇÕES PARA O ETERNO
APRENDIZ.
CALÚNIA: {lat.calumnia:acusação falsa} 1. Difamação, fazendo acusações falsas.
2. Falsa imputação (a alguém) de um fato definido como crime. 3. A calúnia é a
irmã gêmea da blasfêmia. 4. Os Regulamentos maçônicos são rígidos a respeito
do caluniador. Quem cultiva o amor fraterno jamais cometerá a leviandade de
caluniar o seu próprio Irmão, ou quem quer que seja. (Girardi, pág. 82, 2008)
PERDÃO: 2. Em Maçonaria substitui-se essa virtude pela da tolerância, que é
compreensão elevada do ato agressivo. Quem tolera não se acovarda, nem deixa
de se sensibilizar, porém compreende que o agressor obedeceu a impulsos que
não conseguiu controlar, como a paixão e a emoção. As posturas maçônicas
disciplinam esse controle. Perdoar (per e doar) significa dar-se a si mesmo.
Quem agride espera reação para então levar avante a agressão; a agressão não
correspondida desarma o agressor. A reação amorosa é fruto de uma disciplina,
ou seja, de um exercício que o maçom aprende nas sessões da sua Loja. O
perdão, quase sempre é uma reação posterior à agressão, quando ele deveria ser
imediato. Não se confunde tolerância e perdão com covardia, é preciso muita
coragem para enfrentar o agressor com armas tão frágeis e diferentes. O impulso
de perdoar revela um caráter bem formado. (Girardi, pág. 498, 2008)
INTRODUÇÃO
Pois é, quem cultiva o amor fraterno jamais cometerá a leviandade de caluniar o seu
próprio Irmão... Então, porque salientar que os regulamentos maçônicos são rígidos para com o
caluniador?
Depois de vários anos de Maçonaria, de ter o privilégio de conhecer, conviver e ter sido
apresentado a dezenas de Irmãos de várias Lojas do mesmo Rito ou de outros Ritos, do mesmo
Oriente ou de outros Orientes, fico pensando após a leitura e reflexão das descrições e comentários
acima e ato seguinte resolvo colocar ênfase num trecho em especial e que foi repetido no início deste
outro texto, o meu. Sem dúvida, não se pensa muito sobre isso, e sempre partimos do princípio que
esse tipo de coisa não ocorre no âmbito da nossa Ordem. Será, então, que poderemos responder com
toda a convicção, de que isso não ocorre? Quem sabe, antes de prosseguir na leitura é bom fazer uma
pausa e repensar. Se consciente de que isso não ocorre, seja porque não é do feitio de um Maçom,
suspenda-se a leitura, pois. Ocorrendo a dúvida, ou até mesmo, se já foi vítima, vá em frente. Antes,
porém, digamos que aquelas argumentações do tipo que a Maçonaria não tem o objetivo de formar
santos em suas fileiras, ou que somos seres humanos e, portanto, erramos, não se sustentam, ou não
temos o livre-arbítrio? Façam-se outras perguntas: Será que o fato de se dizer Maçom, depois de ter
optado pelo cultivo das virtudes e do amor fraterno, já faz um Maçom de verdade? Será que ter
escolhido o caminho da retidão, é mesmo para teorizar sobre a mesma ou paraticá-la? Será que não
cabe eventualmente (ou seguidamente) um “mea culpa”, uma volta à “câmara de reflexões”, com o
objetivo de se encontrar e encontrar a diferença entre ser e estar Maçom? A exemplo do joio, que
parece trigo, mas, não é trigo..., bem para respondermos às questões reunamos alguns subsídios
provindos dos sábios que se debruçaram sobre os assuntos em pauta, sejam a calúnia, o perdão... A
4– A VISÃO DA MAÇONARIA E A VISÃO DOS SÁBIOS TALMUDISTAS SOBRE A
FALSA ACUSAÇÃO, A CALÚNIA E O PERDÃO: LIÇÕES PARA O ETERNO APRENDIZ
- José Ronaldo Viega Alves
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calúnia é tão antiga como a história do mundo, sendo que há várias palavras hebraicas para
representá-la, já que existem variações, assim como, outras tantas palavras gregas, além de que,
consta na Bíblia em muitas passagens da mesma, e está em sua essência lá nos Dez Mandamentos, o
que, enfim, leva-nos a concluir que sempre esteve muito presente ao longo de toda a história da
humanidade e digamos, está mais viva do que nunca.
SOBRE OS VALORES ÉTICOS JUDAICOS
Para os Sábios Rabínicos havia concordância unânime no que se refere à crença de
que “todo ser humano tem valor igual ao mundo inteiro”, o que por si só já coloca o ser humano num
plano bem elevado. Isso porque do ponto de vista ético, o ser humano, para estes sábios, se
assemelhava a Deus no tocante ao seu potencial de atributos de natureza ética, considerando ainda, a
capacidade que o ser humano tem de usar do livre-arbítrio em todas as suas ações.
Maimônides afirmou que todos os princípios morais se referem à relação do homem com
seu semelhante, e com essa sua definição estava formado um consenso com os talmudistas no que
concerne ao homem que adota princípios éticos: adotá-los e não colocá-los em prática podia ser
considerado nada além de uma zombaria, sendo que, um outro crime ficava configurado também, o de
hipocrisia.
Com o exposto acima, algumas das questões formuladas anteriormente já começam a ser
respondidas, baseado na lição que o último comentário traz embutido, eis que, vai permitir que usemos
de uma analogia, mesmo em se fazendo uma outra pergunta de caráter muito simples, mas, que cairá
como uma luva ao bom entendedor. Vamos cumprir um pouco do costume judaico aquele de responder
uma pergunta com outra: Não é a Maçonaria numa das suas tantas definições ‘‘uma associação de
homens sábios e virtuosos, que se consideram irmãos entre si, e cujo fim é viver em perfeita
igualdade, intimamente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade,
estimulando-se uns aos outros na prática das virtudes?”
Então, não se pode esquecer aquilo que é repetido continuamente em uma sessão
maçônica, numa relação que também podemos fazer a partir do que foi exposto até aqui, pois,
adotados tais preceitos desde a nossa Iniciação na Ordem, cumpre então praticá-los, não é mesmo?
“... levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.”
OS ENSINAMENTOS TALMÚDICOS VERSANDO SOBRE OS EFEITOS NOCIVOS DA CALÚNIA
Tomando por base, os ensinamentos judaicos dos Sábios Rabínicos, veremos de que
maneira eles definiram a calúnia e a que conclusões chegaram a respeito de seus efeitos danosos.
Mas, antes cabe aqui falar de algumas semelhanças que podemos detectar no tocante ao
relacionamento existente entre os judeus e o relacionamento entre os Irmãos na Maçonaria. Nos
sagrados ensinamentos da fé judaica, o que remete à solidariedade que une os judeus há mais de dois
mil anos, é dito “Kol Israel Chaverim”, o que traduzido do hebraico para o português quer dizer “Todos
em Israel são companheiros”. Por que citar isto? Pelo fato de que existe aí um significado bem mais
profundo, o de que cada judeu tem a obrigação de cuidar e proteger o seu irmão judeu. Citando o sábio
Maimônides novamente: “Um homem deve falar elogiando seu vizinho, e cuidar das posses dele
como cuida das suas próprias, e almeja a sua própria honra.”
Onde se quis chegar? Um homem deve cuidar, deve proteger, deve falar do seu próximo,
elogiando-o, tal como gostaria que o outro fizesse consigo. Simples? Simples, e ainda mais se estamos
falando de Irmãos, não é mesmo? (Mas, se aqueles que eram considerados delatores, caluniadores,
eram muito mal vistos pela comunidade judaica, em nosso Brasil dos dias atuais, a coisa é bem
diferente: a corrupção corrói todo o sistema, e os delatores estão em alta, em função dos benefícios da
delação premiada. O pior é que, dificilmente a corrupção será erradicada. Mas, isso, é outra história.) E
voltando ao universo judaico: os Sábios Talmúdicos demonstravam verdadeiro desprezo, também pelo
delator, tanto que, sentenciavam: “Aquele que delata secretamente seu semelhante não terá qualquer
porção do Mundo-do-Além.”
Com relação aos caluniadores, como já ficou claro, a repulsa era maior ainda, tanto que
eles se depararam com uma escassez de termos de opróbrio para defini-los à altura, mas, uma coisa
tinham como certa: os caluniadores minavam , assim como o cupins, a fé que existia entre um homem
e o seu semelhante, e para os mexericos, os rabinos chegaram a criar uma expressão muito própria,
que, convenhamos, tem tudo a ver: “poeira da calúnia”.
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A maior de todas as lições que provém do Talmud, a que verdadeiramente expõe todo o
mal que a calúnia representa é uma parábola, que é descrita na sequência:
“Um dia os membros do reino animal se reunirão para admoestar a serpente: Se o leão dilacera
a sua presa, é porque ele está com fome. Se o lobo devora sua vítima, é porque ele tem que
comer. Mas tu, serpente, que é que lucras mordendo os outros?
E a serpente muito esperta, responderá: Serei eu pior que o caluniador?”
O GUARDA DE TEU IRMÃO
As Escrituras dizem que todo o homem deve ser o guarda de seu Irmão, mas, para que
isso ocorra verdadeiramente, os ainda incautos devem ser alertados sobre a ameaça constante que a
calúnia representa sobre a moral e devem ser prevenidos sobre as suas consequências destrutivas e:
“A calúnia prejudica aos três: à pessoa que é caluniada, a que ouve a calúnia e ao próprio
caluniador.”
Ainda Hillel, o Velho, outro grande sábio, mostra o que seria o caminho oposto ao da
calúnia, e que faz valer aquilo que as Escrituras sugerem quanto a ser o guarda do nosso Irmão:
“Que a honra de teu semelhante te seja tão cara como a tua própria.”
COMENTÁRIOS FINAIS:
Ela, a calúnia, já está lá no Decálogo, como algo a ser evitado. Para ter sido mencionada
em tempos tão remotos e naquele que é o primeiro código de leis praticamente de influência universal,
é porque ela já incomodava. A calúnia é algo que está na contramão da retidão. Retidão é aquilo que
deveria valer como um atestado do Maçom, pois, significa correção, lisura, ou que as suas ações
deverão ser sempre retilíneas. Calúnia é um defeito, próprio das almas mesquinhas, egoístas e
conturbadas. Maçom tem que ser transparente.
A Iniciação propicia um verdadeiro renascimento, a oportunidade de uma renovação do
homem interior, o caminho para a sua evolução como Maçom e como ser humano, no entanto para que
se atinja essa plenitude um dia, há que se persistir em levantar templos à virtude e cavar masmorras, o
que significa dizer também que o nosso comportamento, as nossas atitudes para com os nossos
Irmãos e aqueles que nos rodeiam devem ser pautadas pelo Esquadro.
Porque a exemplo das conclusões dos sábios rabínicos onde adotar princípios éticos e
não colocá-los em prática, soa como hipocrisia, e essa pode ser considerada também uma diferença
entre o ser e estar Maçom.
Para encerrar, vamos recorrer novamente à velha sabedoria judaica, onde os antigos
escribas e fariseus tinham para com o perdão, um dos valores éticos mais louváveis, e isso já era
precedente de Jesus Cristo em sua mensagem de amor, em pelo menos dois séculos. A título de
ilustração, sobre o perdão e sobre a ética para com os semelhantes, os judeus mais devotos recitam
uma antiga declaração em hebraico, antes de deitarem para dormir:
“Senhor do mundo! Eu perdoo todas as transgressões e todos os erros cometidos contra a minha
pessoa, a minha propriedade, a minha honra, ou tudo que possuo. Que ninguém seja punido por minha
causa.”
E na véspera do Yom Kippur, antes do início do culto de Kol Nidre, os fiéis se levantam e
suplicam a todos os seus vizinhos, companheiros de culto:
“Ouvi, meus senhores! Eu peço perdão por todas as ofensas que porventura tenha cometido contra
qualquer de vós por atos ou palavras.”
Essas são grandes e eternas lições, e que muito nos fazem refletir.
Consultas Bibliográficas:
AUSUBEL, Nathan. “JUDAICA 6 – Conhecimento Judaico II” – A. Koogan Editor - 1989
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade- Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora
Ltda. 2 Edição – 2008
Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito – GORGS - Porto Alegre
– RS. 2010-2013
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Ir Anestor Porfírio da Silva
M.I. e Membro da Loja Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás.
AS GUILDAS OU CORPORAÇÕES DE OFÍCIO
NA CONSTRUÇÃO CIVIL, QUANDO E ONDE SURGIRAM
Tem-se conhecimento de que a construção civil data do tempo em que surgiram os
primeiros aglomerados urbanos, no início do século V a.C. Esses aglomerados desenvolveram-
se na Suméria, região ao sul da Mesopotâmia, no norte da África. Lá, segundo relatos bíblicos e
registros da história da evolução da humanidade, foi onde surgiram as cidades de URUK, KISH,
UR e ACÁDIA as quais, entre outras, são tidas como as mais antigas.
Desde então iniciou-se ininterrupto processo de expansão das civilizações por todas
as partes. Tanto assim que, já no ano 3.000 a.C., verificava-se a presença do homem no
Planalto do Irão, Cáucaso, Delta do Nilo e, um pouco depois, por volta do ano 2.000 a.C., esse
mesmo fenômeno, de maneira progressiva, estendeu-se também pelo sul da Europa, Polônia,
Alemanha, França, Ilhas Britânicas, Ásia etc.
Entre as inúmeras grandes obras feitas pelos povos antigos, figuram algumas que
foram levadas em conta em uma lista elaborada no século VI d.C.. São elas:
a) a grande pirâmide de Gizé, no Egito;
b) os Jardins Suspensos da Babilônia;
c) a estátua de Zeus, em Olímpia;
d) o Mausoléu de Halicarnasso (atual Bodrum), na Turquia;
e) o Templo de Ártemis, em Éfeso;
f) o Colosso de Rhodes, na Grécia e;
g) o Farol de Alexandria, no Egito.
Tais obras não se concretizaram seguindo projetos imperfeitos de arquitetura de
equivalência mediana de baixa qualidade e imprecisão no acabamento. Elas requereram de
seus arquitetos e construtores, além da arte, boa formação profissional com conhecimento e
domínio de refinada capacidade técnica em nível considerado bastante elevado para os padrões
culturais daquela distante época.
Naquele tempo o uso do nível, do prumo, de medidas lineares e cúbicas, bem como
de fórmulas matemáticas, leis da física, a álgebra, a geometria etc., já eram fontes de recursos
sobre as quais os arquitetos e construtores da antiguidade detinham certo conhecimento e
5 – As Guildas ou Corporações de Ofício na Construção Civil,
quando e Onde Surgiram - Anestor Porfírio da Silva
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deles se valiam como instrumentos para se chegar a cálculos precisos na elaboração de
projetos e na realização de obras de construção civil de grande porte. Também não eram mais
ignoradas a existência e a utilidade de certos metais como o ferro, o ouro e o bronze, este
último como resultante da fundição do cobre com o estanho.
Com o passar dos séculos, na tentativa de ampliar o domínio da construção civil, os
assírios, babilônios, egípcios, gregos e romanos se empenharam na descoberta de material com
propriedade aglomerante mais eficaz que as argamassas até então desenvolvidas, que fosse
capaz de unir as pedras usadas em obras, de forma sólida, rígida e duradoura. Nessa corrida,
descobriram a cal e o gesso que, em mistura com água e argila, resultaram em material
aglomerante de melhor qualidade o qual, por cuja razão, foi empregado no assentamento de
blocos de pedra na construção das pirâmides do Egito. Outros povos fizeram uso de cinzas
vulcânicas e de argila com bons resultados e de outras diversas matérias com as quais as
expectativas se frustraram quanto ao êxito almejado, mas que, de qualquer forma serviram e
muito, do ponto de vista experimental, para que os pesquisadores se aperfeiçoassem em suas
técnicas até se chegar à descoberta da forma ideal do cimento que hoje conhecemos.
O tempo seguia seu curso. A população aumentava e se espalhava pelo mundo.
Todas as atividades econômicas também se desenvolviam (agricultura, comércio, indústria etc.)
com técnicas cada vez mais aprimoradas. A cada século, novas atividades autônomas iam
surgindo e se somando à lista das já existentes, tanto que ao final da Idade Antiga já era
grande o número de tecelões, barbeiros, curandeiros, alfaiates, sapateiros, carpinteiros,
desbastadores, lapidadores e moldadores de pedra, pedreiros, construtores, agricultores,
pescadores, artesãos, pastores de ovelhas, ferreiros etc., espalhados por todas as regiões
habitadas e, nesse ritmo evolutivo, a Idade Média teve o seu início recebendo como legado da
era que a precedeu, o conhecimento das técnicas empregadas nas seguintes arquiteturas:
a) egípcia;
b) assíria;
c) babilônica;
d) etrusca;
e) minoica;
f) micênica;
g) persa; e
h) suméria.
Apesar da diversidade de profissões exercidas de maneira autônoma com que o ciclo
da Idade Antiga foi fechado, ainda não havia nenhuma organização de trabalhadores, nem
corporação de ofício regulamentada. Isso só veio a acontecer séculos mais tarde, precisamente
a partir de meados século XI (ano 1.100) em diante quando, em Paris, os artesãos, os
construtores de obras, os alfaiates e sapateiros apareceram como os primeiros trabalhadores a
se agruparem, em suas respectivas categorias, fundando uma espécie de associação
denominada de “corporação de ofício”. Cada associação tinha a mesma finalidade: dar aos
respectivos membros maior poder de representatividade, valorizar a classe e resguardar direitos
mediante combate à concorrência desleal e a punição dos filiados desonestos. Daí em diante,
instaurou-se irreversível processo em relação a outras categorias de trabalhadores, que acabou
se espalhando por todas as grandes cidades em ascensão na Idade Média.
No avanço desenvolvimentista da humanidade durante a Idade Média, a construção
civil passou por períodos de constante evolução deixando registrados em sua história os
seguintes estilos de arquitetura, em ordem cronológica:
a) arquitetura paleocristã (Basílica de Constantino – Roma, Mosteiro Ortodoxo de
Ravena - Itália, Basílica de Natividade - Belém);
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b) arquitetura visigótica (Capela de São Frutuoso – Braga, Igreja de São Gião –
Nazaré);
c) arquitetura moçárabe (Igreja de Lourosa – Portugal);
d) arquitetura bizantina (Igreja de Nossa Senhora de Poitier – França, Batistério de
Florença – Portugal);
e) arquitetura românica (Mosteiro de São Pedro Ferreira – Portugal, Mosteiro de Lessa
do Balio – Portugal);
f) arquitetura gótica (Catedral de Notre-Dame, Paris – França, Catedral de Amiens –
França).
No entanto, o destino da humanidade haveria de seguir novos rumos e passar por
transformações sociais com a propagação do cristianismo nos séculos finais da Antiguidade e,
mais especificamente, do surgimento do catolicismo no início da nova era, a Idade Medieval.
Até então não se reunia tanta gente ao mesmo tempo em local fechado.
Assim surgiu a necessidade de se construírem obras cobertas, com espaço interior
cada vez maior destinado a servir como local de grandes reuniões públicas e para prática de
rituais da Igreja Católica, o que resultou na construção de fóruns e basílicas junto aos palácios
governamentais e aparecimento das sinagogas, templos, mosteiros, abadias, catedrais, castelos
etc.
Foi, justamente naquele período (de 476 d.C. a 1.500), que construtores e arquitetos
surgidos de escolas como as de Atenas, Roma, Paris, Londres, Constantinopla e outras, deram
ênfase a uma sequência de técnicas cada vez mais avançadas do ponto de vista da
modernidade, saindo do estilo paleocristão até atingir o gótico, nos séculos XII a XV. No estilo
românico, precedente do gótico, as grandes obras como igrejas eram sustentadas por colunas e
vigas de madeira. Posteriormente, nessas grandes obras, colunas e vigas também passaram a
ser construídas com pedra moldada e lapidada o que possibilitou aos arquitetos da época
elaborarem projetos com espaços mais alargados com menos colunas, mais aberturas e mais
altura.
As catedrais desse período, o românico, eram edificadas em padrões semelhantes aos
dos castelos e fortificações.
Da segunda metade da Idade Antiga até o início do século V, durante o período em
que predominaram estilos como os da arquitetura egípcia, da romana e as de outros povos, os
assírios e babilônios haviam chegado a uma argamassa que se compunha de cal e gesso
misturados com água. Nos séculos seguintes, algumas melhorias de compostos aglomerantes
foram conseguidas pelos Gregos e Romanos mediante uso de matérias primas diferentes
daquelas que os Assírios e Babilônios descobriram.
No decorrer de longo tempo, inúmeros experimentos foram feitos, com várias
descobertas alcançadas pelos povos do norte da África, Europa Ocidental e Ásia, mas havia
uma corrida em busca do domínio territorial de regiões de terras férteis entre os povos daquele
tempo, com o emprego de invasões violentas, por conta do que, muitos deles passaram a se
olhar como inimigos mortais.
Dentre os conflitos mais marcantes registrados pela nossa história, desde meados da
Idade Antiga até o fim da Idade Média, pode-se citar os ocorridos entre persas e gregos,
romanos e cartagineses, egípcios e cartagineses, a Queda do Império Romano, a Guerra dos
Cem Anos entre França e Inglaterra, as Cruzadas e outros de igual importância histórica na
evolução da humanidade os quais, pela crueldade com que se desenvolveram, deixaram marcas
profundas de ódio e de sede de vingança, sentimentos esses que demoraram séculos para se
dissiparem.
Enquanto isso, o segredo que teve a sua origem na indústria de armas de guerra,
sistemas de defesa e equipamentos de proteção corporal inventados na Idade Antiga,
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estendeu-se a outras diversas áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento dos
demais ramos de atividade, principalmente da indústria e do comércio. Daí resultou que os
profissionais detentores de elevado grau de conhecimento e de técnicas ainda não dominadas
pelos demais profissionais de suas respectivas áreas de atuação, também aderissem ao uso do
segredo profissional com o objetivo de valorizar seus próprios trabalhos e defenderem seus
interesses frente aos segmentos sociais, políticos e religiosos da época.
O primeiro povo de que se tem notícia a guardar segredo de técnicas inovadoras na
área da construção civil foram os Romanos que, na disputa pelo desenvolvimento de material
aglomerante de melhor qualidade que as argamassas até então utilizadas, por volta do ano 27
a.C., chegaram ao “caementum”, que reunia em sua fórmula cal, água e cinza vulcânica
oriunda de uma região próxima a Nápoles e ao Monte Vesúvio. Esse material, uma espécie de
cimento de alta durabilidade, foi utilizado na construção da maior parte do Fórum Romano, do
Coliseu e da Basílica de Constantino.
Mas foi mesmo na Idade Média, após o surgimento do catolicismo que a construção
civil evoluiu para novos estilos e, até o século XV, o que mais se destacou foi o gótico surgido
na França, com a construção de catedrais.
Durante quase todo o período da Idade Média o domínio das construções de
mosteiros, catedrais, conventos e outras obras de grande vulto ligadas à Igreja Católica, deram-
se sob a direção e acompanhamento daquela instituição, tendo à frente de quase todas elas,
monges da Ordem de São Bento ou Ordem Beneditina. Acredita-se que muitos dos projetos
arquitetônicos dos tipos de obras acima mencionados foram elaborados pelos próprios
membros da Ordem que detinham formações acadêmicas em diversos ramos da ciência, tais
como astronomia, filosofia, teologia, direito, matemática, física, engenharia, arquitetura etc.. No
entanto, é indubitável que muitos dos grandes projetos executados naquela época, em função
da complexidade que os envolvia, a Ordem Beneditina teve que se valer da autoridade
eclesiástica absoluta de que dispunha para, via obediência religiosa, poder contar com a aptidão
profissional mais elevada de renomados construtores e arquitetos independentes, na elaboração
de novos projetos arquitetônicos, na edificação de novos empreendimentos, na reforma, na
reestruturação e na ampliação de obras antigas.
Dentre esses construtores e arquitetos, os que mais se destacaram na Idade Média
foram: Isidoro de Mileto (séc. VI); Antémio Trales (séc. VI);
Juliano de Ascalão (séc. VI); Petronas Camatero (séc. VIII); Tiridates, ou Trdat (séc.
IX); Trifão (séc.V); Otão (séc.VIII); Michelozzo di Bartolommeo (séc. XIV); Arnolfo di Lapo (séc.
XII/XIII); Galeazzo Alessi (séc. XV) e inúmeros outros.
Do século XI para cá, as centenas de obras edificadas, principalmente no norte da
África, em toda a Europa Ocidental e na Ásia, juntamente com a história da construção civil,
nos revelam que, naquele período já existia, nas grandes cidades como Alexandria, Atenas,
Roma, Paris, Constantinopla, Londres e outras, arquitetos acadêmicos formados em escolas de
ensino superior, mas, como já se afirmou, de acordo com o que há, em termos de provas
quanto ao surgimento das primeiras corporações de ofício no campo da construção civil, isto se
deu, de maneira tímida, em Paris, por iniciativa de trabalhadores de categorias inferiores
(mestres, oficiais e aprendizes) e só mais tarde, no século XIII, em Londres, aflorou a primeira
corporação de arquitetos e construtores civis, dessa vez com firmeza de propósitos, identificada
como Organização Profissional Maçônica, cujo código regulamentava o exercício das referidas
profissões, a ética comportamental de seus membros, bem como as sanções cabíveis caso o
compromisso assumido entre associação e associado viesse a ser violado. No texto desse
código também foram inseridas regras básicas de como se dariam as admissões e as exclusões
da corporação.
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 20/28
Aparentemente, há uma indução de que essa primeira organização profissional tivesse
seus estatutos elaborados sob a mesma inspiração que, a uns trinta anos mais tarde, foi causa
do surgimento de um manuscrito intitulado de “Manuscrito Regius” ou “Poema Régio. Esse
documento data do ano de 1.390, tido por muitos como o mais antigo sobre a maçonaria. Ele
se encontra arquivado na Biblioteca Britânica (Londres) e é uma espécie de poema maçônico
escrito a partir do que se ouvia e se via nos canteiros de obras medievais onde, no início de
cada jornada de trabalho os oficiais se reuniam em torno do Mestre de Obra para exaltá-lo e
saudá-lo por sua sabedoria no comando e na condução dos trabalhos e fazerem breve oração
de agradecimento, ao fim do que todos eram exortados a iniciarem suas tarefas, cumprindo
com seus deveres perante Deus e os seus semelhantes. A autoria desse manuscrito, um
regulamento em forma de Manual voltado aos Entalhadores de Pedra, por seu estilo e forma, é
atribuída a um sacerdote que, provavelmente, teria sido capelão ou secretário da maçonaria.
Enfim, vale ressaltar que, a Organização Profissional Maçônica surgida em Londres
não era uma Loja, mas um grupo de trabalhadores com interesses meramente profissionais,
insipiente aos consagrados princípios e fundamentos da maçonaria de hoje, mas que pode ser
considerada como marco inicial do período em que a própria história da Ordem a identifica
como “operativa”, porque congregava em seu seio apenas militantes da área da construção civil
e por seus objetivos que eram voltados à valorização de seus membros no meio social, político
e religioso, ao alcance de maior representatividade da categoria, à garantia de direitos, ao
combate da concorrência desleal e à punição dos filiados desonestos sem compromisso com a
lei, a ética e os bons costumes.
Um pouco mais à frente, aproximadamente uns vinte anos mais tarde, aquela
organização se desfez dando lugar ao surgimento, em Londres, da primeira guilda de ofício com
a denominação de “London Masons Company”. Essa agremiação também não era uma loja. Os
assuntos de suas reuniões sempre eram de interesse profissional. Entre outras funções ela
ajudava na administração dos assuntos municipais realizando obras e fazendo parte como
representante dos construtores e arquitetos nos conselhos comunitários.
Outros fatos contemporâneos aos já acima descritos puderam ser registrados na
França e na Alemanha como, por exemplo, o movimento francês, que levou a denominação de
“Compagnonnage”, cujo significado é “companheiros do dever”, que se compunha da classe
mais refinada de construtores, assim reconhecida por serem detentores de técnicas de
construção civil mais modernas herdadas dos romanos e gregos. Esse movimento tem como
uma das mais fiéis provas de sua existência a menção feita na obra “O Livro dos Ofícios” escrita
no ano de 1.268 (séc. XII), a pedido de Luís IX. Outra menção importante que comprova a
prática desse movimento data do ano de 1.420 quando, por decreto, o rei Charles se refere aos
“sapateiros” como “trabalhadores de ofício”.
Já, na Alemanha, o destaque fica com o movimento identificado por “Steinmetzen”,
que significa “canteiros” (de obras), cuja primazia sintetizava-se na defesa e valorização dos
membros pertencentes à fraternidade dos arquitetos e construtores de catedrais no território
alemão. Eram da chamada maçonaria operativa e suas primeiras células como loja maçônica
datam do ano de 1.250. Até então seus interesses eram profissionais e, em função dos
segredos decorrentes de tais interesses, as reuniões que faziam se davam em ambiente
fechado.
Anestor Porfírio da Silva
M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 21/28
O Irmão Pedro Juk,
Produz este Bloco às
Segundas, quartas e sextas-feiras
Loja Estrela de Morretes, 3159 –
Morretes – PR
Uso da gravata
Em 04/08/2016 o Respeitável Irmão José Ailton de Oliveira, Loja 7 de Setembro, nº 7, Grande Loja do
Estado do Acre, sem mencionar o nome do Rito, Oriente de Rio Branco, Estado do Acre, formula a
seguinte questão:
jose.ailton@torkms.com.br
Mais uma vez recorro aos conhecimentos do irmão para tirar uma pequena dúvida
surgida em minha loja na última semana.
Apesar de ser um assunto relativamente simples, acabou gerando um grande debate com
relação ao uso da gravata comprida por Aprendizes e Companheiros Maçons.
Pelo que pude observar a maioria de minha loja concorda que os aprendizes e companheiros
deverão usar gravatas borboletas, porém, uma pequena parte entende que isso não passa de
um excesso de formalidade, contando inclusive com a opinião de Mestre Instalado.
Meu irmão, eu peço encarecidamente que me ajude esclarecer o assunto, visto que em razão de
estar ocupando o cargo de 1° Vigilante estou agora dirigindo a loja em face de ausência do VM
que se afastou definitivamente por motivos particulares.
Considerações:
É até mesmo hilário se pensar que uma gravata foi a causadora de um grande debate
na Loja. Se não fosse trágico eu diria que seria cômico. Penso que isso é literalmente dar mais
valor ao molho do que à carne.
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 22/28
Pelo que eu tenho percebido, os Regulamentos das Obediências têm orientado o uso
dos trajes para as sessões maçônicas de acordo com o Rito praticado. Em se tratando do uso
da gravata no Brasil o REAA, Brasileiro, York, Adonhiramita e Moderno ela é a comum
conhecida, aquela do tipo tira de tecido, estreita e longa, usada em volta do pescoço e amarrada
em nó ou laço na parte da frente. O que pode variar nesses Ritos é a cor da gravata. Já para o
Rito Schröder, é comum o uso da gravata borboleta. Entretanto, há que se considerar primeiro o
que está previsto no regulamento da Obediência, pois isso não é uma regra mundial.
Não sei, sinceramente, no que o uso de um traje possa causar tanto debate em Loja,
até porque o verdadeiro traje de um maçom é o Avental. Nunca é demais lembrar que o
elemento perfectível, isto é, passível de aprimoramento na Maçonaria é o Homem, não a sua
roupa, muito embora, como latinos por natureza, infelizmente a roupa tem sido tema para
discussão em sessões ritualísticas maçônicas. Nunca é demais lembrar que também é comum
entre nós o uso do balandrau negro nas sessões econômicas (ordinárias) e nele não há gravata.
Nesse sentido, no que diz respeito especificamente ao tipo de gravata a ser usada, eu
sugiro a verificação pelo Orador da Loja (que é o Guarda da Lei) sobre o que prevê o
Regulamento da vossa Grande Loja em relação a ela e o Rito praticado.
T.F.A. PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com -
Set/2016
Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição.
www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica
maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria –
Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês –
Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua
de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e
Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau
05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó
08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão
17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis
17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis
17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis
20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis
22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José
25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis
09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas
09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau
16/09/2003 Ordem e Fraternidade Florianópolis
18/09/2009 Colunas do Oriente Tijucas
20/09/1948 Luiz Balster Caçador
20/09/2008 Acácia da Serra Rio Negrinho
25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras
27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz
28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú
30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 24/28
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis
03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis
08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis
09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque
10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna
11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis
12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul
12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara
15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros
18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque
19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo
22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá
30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
O Pentagrama
Para o dia 28 de setembro
É um termo grego: pente, significando "cinco" ; grama significado "sinal"; traduz-se
por "sinal de cinco pontas".
É um polígono de cinco pontas, configurando a Estrela.
Representa o próprio homem, de braços e pernas abertas, porém ausente a "sexta
ponta", que é o membro viril, encontrado na Estrela de Seis Pontas, denominada
"Hexagrama", conhecida como Estrela de Davi ou Sêlo de Salomão.
O Pentagrama é conhecido como Estrela dos Magos.
No Segundo Grau, de Companheiro, é usado o Pentagrama como símbolo e vem
colocado sobre o trono do Segundo Vigilante.
Quando de suas hastes se desprendem "chamas", o pentagrama denomina-se de
"Estrela Flamígera".
Essa estrela simboliza um guia para o caminho que conduz ao templo, fixando a rota e
iluminando o sendeiro.
À noite, esse luminar substitui o Sol.
O maçom vê no Pentagrama a si mesmo dominando os impulsos da carne.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p.
290.
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Templo da Loja Januário Corte (Florianópolis – GOSC)
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1 –Salvamento no mar:
AM-Salvamento no mar-Mensagem de Yusra Mardini1.pps
2 – Arraial do Cabo:
arraial do cabo - impressionante.mp4
3 –Hungria Rapsódia Húngara:
Hungria rapsodia hungara (GB).pps
4 – Esperando a Primavera:
ESPERANDO LA PRIMAVERA - Pps C.A. 3-16.ppsx
5 – Marchinha portuguesa sobre a Maçonaria:
Marchinha portuguesa sobre a Maçonaria.mp3
6 – Aves da Mata Atlântica:
Aves_da_Mata_Atlantica.pps
7 - Filme do dia- “A Salvação Faroeste” - Dublado
https://www.youtube.com/watch?v=EDCwqCLJJ_M
JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 28/28
Igreja do Santo Sepulcro (Jerusalém) a mais venerada do Cristianismo

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Homenagem do JB News aos Irmãos leitores de Teresina - PI Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrAilton Elisiário – Novo Ensino Médio Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental. Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Visão da Maçonaria e a Visão dos Sábios Talmudistas sobre a ..... Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – As Guildas ou Corporações de Ofício na Construção Civil........ Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir José Ailton de Oliveira (Rio Branco – AC) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 28 de setembro .
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 2/28 551 a.C. – Nasceu o filósofo chinês Confúcio (Kung-Fu-Tse). 1394 – Eleição do antipapa Bento XIII. 1542 — João Rodrigues Cabrilho, navegador português ao serviço de Espanha, chegou a San Diego, na Califórnia. 1766 — Instalada pela G.L. de Inglaterra a G.L. Provincial de Frankfurt. 1810 — Nasceu em Lisboa, Inocêncio Francisco da Silva, bibliófilo, escritor e combatente liberal. Estudou desenho e arquitetura no Convento dos Caetanos e humanidades na escola do Bairro Alto, lic. em matemática na Acad. da Marinha. Terminada a guerra civil, onde combateu com as forças liberais lideradas pelo duque da Terceira, dedicou-se ao ensino da língua e cultura francesa. Colaborou em alguns periódicos: Verdadeiro Amigo do Povo, Panorama e Revolução de Setembro, além do Dicionário Bibliográfico de Português, completado por Brito Aranha e Martinho da Fonseca, iniciado maçon com o nome simbólico de Demócrito, pertenceu à Loja 5 de Novembro da Conf. Maç. Portuguesa e à Loja Pureza, ambas de Lisboa (27/6/1876). — Instalado em Madrid, o Sup. Cons. do R.E.A.A. para Espanha. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 272º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante) Faltam 94 dias para terminar este ano bissexto Dia do Hidrógrafo. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa) (Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 3/28 1817 — Faleceu em Lisboa, José António de Meneses e Sousa Coutinho, principal Sousa, maçon e traidor (24/1/1757). 1841 — Nasceu em Louilleron-on-Paréds, Vendée, Georges Benjamin Clemenceau, político francês, maire de Montmartre, deputado, ministro e pres. do ministério, consagrou a separação da igreja do estado e a supremacia do poder político sobre o militar (24/11/1929). 1849 — Nasceu em Izeda, Mirandela, Augusto Manuel Alves da Veiga, advogado, prof., jornalista e diplomata. Dirigiu os jornais A República Portuguesa, de Coimbra, A Atualidade e A Discussão, do Porto, ministro e o líder civil da revolução do 31 de Janeiro, no Porto, participou ativamente no derrube da monarquia, iniciado maçon na Loja Primavera, com o nome simbólico de Descartes, V.M. da Loja Independência, do Porto. Irradiado por ter participado no 31 de Janeiro, reintegrado em 21/10/91, elevado em 1889 ao 33° Grau do R.E.A.A. Em 1890 foi representante em Portugal do Gran Consejo General Ibérico que tutelava o Rito de Memphis Misraim (2/12/1924). 1854 — Nasceu no Porto, António José dos Santos Pousada, prof. e jornalista, viveu em Espinho, colaborou com a imprensa republicana nos jornais Vanguarda, Voz da Beira, Voz da Kustiça, Voz de Angola, A Alrma e A Democarcia, além de ter sido o correspondente em Espinho do jornal República. Teve ação relevante na instrução popular e no ensino laico, deputado à Constituinte pelo Porto, fundador da associação maçónica O Vintem das Escholas, iniciado maçon em 1885 com o nome simbólico de Championnet, elevado em 1901 ao 33° Grau do R.E.A.A., teve ação de relevo impedindo que a Maçonaria abatesse colunas no Porto após o 31 de Janeiro, preparou em 1900 uma conferência maçónica internacional, pertenceu à Loja Aurora do Lima, do Porto, onde foi V.M., mais tarde passou para a Loja Liberdade e Progresso. (6/10/1912). 1856 — Faleceu em Lagos, Francisco Correia de Mendonça Pessanha, onde nasceu em 1775, tenente coronel, major das Milícias de Lagos, iniciado maçon com o nome simbólico de Bruto na Loja Filantropia e fundador duma Loja em Lagos. 1860 — Constituída em Coimbra em 28/5/1859 a obediência G.O. da Maçonaria Eclética Lusitana, com Miguel António Dias (4/2/1805) como G.M. e que teve a constituição aprovada neste dia. Teve cinco lojas em atividade desde janeiro de 1853, não tendo durado muito para além desta data, acabando por se integrarem no G.O. de Portugal e na Conf. Maç. Portuguesa. Nele se praticou o Rito Eclético Lusitano, trabalho de Miguel António Dias e parece ter sido, até hoje, a única tentativa de constituir um rito próprio. Aquele maçon esforçara-se, desde 1838, por reformar toda a Maçonaria portuguesa, adotando como rito as práticas básicas dos R. F., embora revisto e adaptado a Portugal. Neste sentido redigiu as Bases Gerais em seis capítulos e trinta e quatro artigos, que publicou na sua Architectura Mystica do Rito Francez ou Moderno e depois os Annaes e Código dos Pedreiros Livres em Portugal, com lei orgânica e regulamento apenso, conseguiu controlar uma série de Lojas, levando-as a aceitar o novo rito. 1878 — Inaugurada a iluminação pública em Cascais. 1889 – Realizou-se em Londres a I Internacional Socialista, organizada por Karl Marx, que deu corpo à criação dos partidos sociais-democratas e socialistas. 1893 — Data de fundação reivindicada pelo Futebol Clube do Porto, por António Nicolau de Almeida, cujas ligações ao atual clube (2/8/1906) não estão provadas. 1895 — Faleceu em Villeneuve-Étay, Louis Pasteur (27/12/1822). 1901 — Inventada a máquina de barbear por King Gillette (5/1/1855).
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 4/28 1905 – A teoria de relatividade de Einstein foi publicada no Annalen der Physik. 1911 — Tentativa de insurreição monárquica, no Porto, subjugada, precedendo a primeira incursão monárquica de Outubro de 1911, os cruzadores S. Gabriel e Adamastor, que estavam ao largo, entraram na barra do Douro. No dia 30/9, com a revolta já subjugada, foram efetuadas cerca de 130 prisões, por alegada participação: umas dezenas de sargentos, guardas de esquadras, guardas fiscais, paisanos, o rev. António Maria da Silva Coelho, coadjutor de Paranhos, foram para o forte do Alto do Duque, em Lisboa. 1914 — Faleceu em Skopje, Stevan Mkranjac, maçon sérvio (9/1/1856). 1924 – O patronato criou a União dos Interesses Económicos. 1970 — Faleceu no Cairo, Gamal Abdel Nasser (15/1/1918). 1974 – Fracassou a tentativa de golpe em apoio ao pres. António de Spínola tendo por motivação o apelo de uma maioria silenciosa, face aos avanços das esquerdas revolucionárias. 1978 — Morreu em Roma, o papa João Paulo I, encontrado no seu leito, que havia tomado posse a 26/8. Correram rios de tinta sobre as causas da sua morte e sobre a hipótese de envenenamento pela nomenclatura do Vaticano, em reação à sua decisão de tomar nas suas mãos a gestão financeira do estado do Vaticano. 1983 — Inaugurado o aeroporto na ilha do Corvo, nos Açores. 1985 – Criado o grupo de pesquisa da G.L. Suíça Alpina. 1992 — Morreu em Lisboa, Fernando António Piteira Santos, de ataque cardíaco (23/1/1918). 1822 Ata da 16ª Sessão do GO Brasileiro presidida por José Bonifácio. Assuntos administrativos 1871 Com o apoio decidido dos abolicionistas o Visconde do Rio Branco consegue fazer aprovar a Lei do Ventre Livre 1885 Pela ação de José Antonio Saraiva (.·.) foi assinada a Lei dos Sexagenários, que libertava escravos aos 60 anos. 1985 Criado o Grupo de Pesquisa da GL Alpina, da Suiça. 1993 Fundação da Loja Colunas da Fraternidade nr. 54, de Balneário Camboriú, que trabalha no Rito Adonhiramita (GOSC). Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 5/28 Florianópolis vai sediar nos dias 14 e 15 de outubro o XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 6/28 O Irmão Ailton Elisiário, é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas. Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline. NOVO ENSINO MÉDIO Foto: Presidência da República. Causou muita celeuma a publicação da Medida Provisória nº 746/2016, de 22.09.2016, que altera a quantidade de matérias obrigatórias na grade curricular do ensino médio nacional, reduzindo-as de 13 para 3, sendo português, matemática e inglês as que permanecem. Passam a ser optativas as outras 10, ou seja, física, química, biologia, história, geografia, filosofia, sociologia, artes, educação física e espanhol. De fato, grandes modificações no arcabouço da educação nacional exigem que os assuntos sejam mais discutidos, mormente quando são introduzidos através de medidas provisórias. Medidas provisórias são editadas em casos de relevância e urgência, assim dispõe o artigo 62 da Constituição Federal. A relevância da matéria é indiscutível, porém, há na realidade urgência para sua introdução na lei da educação nacional? A princípio parece que não, pois que o Ministério da Educação já divulgou que a matéria ficará sem efeito até que a nova base nacional curricular venha a ser implementada a partir de 2017. Então, sendo assim, não há mesmo urgência nenhuma. Poderia ter ficado para ser introduzida mais tarde pelas vias ordinárias de elaboração das leis. Quanto à relevância, de fato o ensino médio está a exigir amplas modificações na sua estrutura curricular. As estatísticas educacionais mostram que 50% dos alunos que ingressam no ensino médio não completam os estudos, quando essa evasão é quase zero em outros países, a exemplo da Finlândia e da Coreia do Sul. Por que tão alto índice de evasão no Brasil? Os grandes educadores afirmam que não há sentido um acúmulo de matérias quando o conhecimento é encontrado facilmente na internet. O que se precisa é eliminar o dispensável e manter o essencial. A questão está então em se saber o que vem a ser o essencial. 2 – Novo Ensino Médio Ailton Elisiário
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 7/28 Desse modo, das 13 matérias hoje obrigatórias, grande parte delas pode se tornar optativas, permitindo que o aluno não se obrigue a estudar matérias com as quais não guarda boa relação ou bom nível de simpatia, dedicando-se com mais afinco àquelas que lhe são atraentes. Dando-se ao aluno o direito de escolha das matérias que quer cursar, tanto permite a ele direcionar-se para aquelas que lhe darão maior prazer, que lhe serão úteis na sua futura profissão, como às escolas poderão montar os currículos com mais adequação da realidade da mão de obra educacional disponível. Isto causa uma grande revolução. Ao pensar em matérias que lhe favoreçam uma profissão, o ensino técnico se apresenta como uma via aberta com mais facilidade de tráfego. O problema é que a grande maioria da juventude não pensa em qualificar-se com o ensino técnico, mas com o ensino universitário. Assim, enquanto menos de 10% dos jovens brasileiros optam pelo ensino técnico, na Alemanha a faixa alcança 51%. E isto pode alavancar o desenvolvimento, tal como ocorreu com a Coreia do Sul nos anos 1960, com a construção de escolas técnicas que formavam rapidamente profissionais altamente produtivos, contribuindo para que o país viesse a se tornar exportador. O Brasil, embora de forma diferente, já viu um sistema de escolha no passado. Após a exclusão do exame de admissão ao ensino médio, tal qual ocorreu agora com a exclusão do exame vestibular ao ensino superior, o aluno escolhia após concluir o curso ginasial, fazer o curso científico ou o curso clássico. Em geral buscavam o curso científico os alunos que queriam graduar-se em cursos da área tecnológica, como engenharia, ou da área da saúde, como medicina, e o curso clássico os alunos que queriam graduar-se em cursos da área humana como letras. Para os primeiros eram obrigatórias as disciplinas matemática, física, química e biologia e, para os segundos, eram obrigatórias as disciplinas história, geografia, literatura. Embora não seja uma volta a este esquema, a mudança pretendida tem algo a ver com a melhor utilização dos recursos econômicos, a preparação mais adequada para o aluno, a formação mais produtiva da mão de obra para a economia nacional. Nenhuma escola oferecerá todas as disciplinas, mas todas oferecerão as da grade fixa. O currículo ficará mais enxuto, metade do tempo será igual para todos com as matérias obrigatórias, a outra metade os alunos escolherão as disciplinas que desejarem, inclusive as do ensino técnico e o tempo na escola será estendido para tempo integral. No tocante às disciplinas optativas, enquanto uma escola poderá oferecer mecânica e computação, por exemplo, outra estará oferecendo artes e educação financeira, possibilitando roteiros diversos à escolha das predileções dos alunos. A visão que hoje se tem é a de que nosso ensino médio está engessado e para que ele se adeque à pós-modernidade é preciso flexibilizá-lo. Os antigos diziam que basta aprender a ler, escrever e contar, e o resto virá por acréscimo. Nessa perspectiva, pode- se dizer que na base nacional curricular as matérias obrigatórias, português, inglês e matemática, suprem a leitura, a escrita e a contagem, enquanto que as optativas cuidam do resto, segundo o sabor de cada aluno. Assim, revisitando o passado parece que estamos renascendo em novos tempos, apenas com novas necessidades e em novos moldes.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 8/28 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC. escreve às quartas-feiras e domingos. Estará no dia 05 de outubro proferindo palestra na Loja Templários da Nova Era. Agende-se. ... sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental. EQUÍVOCO: [lat. aequivocu] 1. Que tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; ambíguo. Difícil de se perceber pelos sentidos. Efeito de equivocar-se, engano. (Aurélio). 2. Log. Palavra, locução ou proposição que tem mais de um significado. Sofisma verbal que consiste em dar sentidos diferentes a uma palavra dentro de um mesmo raciocínio. 3. Lista de equívocos de Cícero: O grande filósofo romano anotou seis equívocos dos homens de 2000 anos atrás. Ainda válidos para os nossos dias, são eles: 1) a ilusão de que o progresso individual é feito pela destruição dos outros; 2) a tendência de se preocupar com coisas que não podem ser mudadas ou corrigidas; 3) teimar que uma coisa é impossível porque não podemos realizá-la; 4) recusar a desprezar preferências triviais (vulgares); 5) negar o desenvolvimento e aperfeiçoamento da mente e não adquirindo o hábito de ler e estudar; e 6) tentar obrigar as outras pessoas a acreditar e viver como nós. 4. Máximas: Não há equívoco maior do que confundir homens inteligentes com sábios. (Francis Bacon). - É um equívoco achar que nossos talentos nos conduzem ao sucesso. Eles ajudam, mas não é o que fazemos bem que nos leva à vitória a longo prazo. É o que fazemos de errado e como corrigimos que assegura nosso êxito duradouro. (Bernie Marcus). - Abençoados sejam os esquecidos, pois tiram maior proveito dos equívocos. (Nietzsche). - O equívoco é primo-irmão da mentira. (Adágio Popular). SOFISMA: [gr. sóphisma: sutileza de sofista] 1. Argumento aparentemente válido, mas na realidade não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta. Argumento que parte de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma conclusão inadmissível, que não pode enganar ninguém. É um silogismo aparente, ou silogismo sofístico, mediante os quais quer se defender algo falso e confundir o contrário. 2. Ensaios: 1) Um sofisma é um sofisma? Os erros são oportunidades para pensar, portanto condição de qualquer acerto na redação, na educação ou na vida. Os erros que se repetem, no entanto, perdem essa oportunidade e se esclerosam, formando o que muitas vezes 3 – Sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental. João Ivo Girardi
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 9/28 chamamos de preconceitos. Se pegamos pela palavra, vemos que pré-conceitos são justamente pré-argumentos, isto é, argumentos preguiçosos que se satisfazem com conclusões e certezas rápidas demais. Os preconceitos nascem de diversas maneiras de argumentar de maneira apressada e preguiçosa, maneiras estas que os estudiosos da Lógica chamam de sofismas ou de falácias. Mas o que são sofismas? Lá pelo século V, sofismas eram as teses defendidas pelos sofistas. Naquela época, os sofistas atuavam como professores, ensinando aos filhos das famílias nobres, e estavam preparados, como os advogados modernos, para mostrar de que maneira se argumenta contra ou a favor de qualquer opinião. Os sofistas seguiam um argumento aonde quer que ele os levasse, sem se preocuparem com considerações pessoais, morais, cívicas ou religiosas. Por conta dessa prática de pensamento livre, talvez livre demais, com o tempo o termo sofisma foi adquirindo uma conotação pejorativa, passando a significar um argumento usado para enganar e não para esclarecer ou chegar à verdade. Alguns filósofos dizem que sofisma é um argumento com dolo, isto é, construído com a intenção consciente de enganar o interlocutor, enquanto que falácia seria um argumento sem dolo, isto é, construído sem a intenção de enganar, mas enganoso do mesmo jeito. Na prática, a distinção é muito difícil: como saber se o sujeito argumenta errado de propósito ou sem querer? Pode ser que o faça sem querer querendo, como aquele personagem mexicano... Logo, podemos supor que sofisma e falácia são quase sinônimos. O termo sofisma, que prefiro, vem do grego sóphisma, que traduzo agora como só-pensamento. O sofisma é uma espécie de ideia pura, de ideia que se alimenta de si mesma e não dos fatos, das evidências, da realidade, enfim. Como a realidade é extremamente dinâmica, alterando-se a cada instante, quem argumenta de maneira sofismática tende a ter preguiça de observar cada fenômeno por todas as perspectivas possíveis, preferindo se empolgar com as próprias palavras. Ao invés de confirmar o que pensa pelo olhar contínuo sobre a realidade em movimento, prefere apoiar o que pensa com o seu próprio pensamento. (Gustavo Bernardo, 2009). 2) Súmula contra o Sofisma Religioso: Que a bíblia é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, isto é claro para qualquer um que se debruce para estudar, analisar e praticar os ensinamentos bíblicos. E também, não somente deste modo, mas observando a postura de muitos dos grandes homens na história da humanidade, os quais utilizaram este recurso como um arcabouço para sua conduta moral e espiritual, podemos nitidamente notar o quanto ela pôde ser útil e extremamente eficaz. Contudo, temos nos deparado nos dias de hoje, com muito daquilo que podemos denominar como um sofisma religioso. Ou seja, alguns pseudos pregadores, o qual o texto bíblico chama de falsos profetas, que introduzem encobertamente heresias de perdição. Estes, utilizando-se de algumas verdades bíblicas descontextualizadas e um pouco de retórica, tem conseguido infiltrar no seio da igreja uma numerosidade desacerbada de mentiras e falsos ensinamentos que muito se afasta de uma proposta fielmente cristã. Devido a tal situação, o genuíno evangelho proposto por Jesus tem se distanciado de sua origem, perdendo a sua identidade por discursos falaciosos que só trazem proveitos aos seus líderes que cada vez tem se tornado mais ricos, – ou como alguns deles mesmos gostam de dizer: prósperos. O que está em questão é a situação vergonhosa que se tornou hoje para qualquer indivíduo ser chamado de evangélico. Não por ser rejeitados pelo mudo por atributos como: loucos, fanáticos, ou até mesmo incoerentes com o sistema social – que por observação, isto seria para a sua glorificação, pois o próprio Jesus já dizia que tais coisas iriam acontecer para todos aqueles que o seguissem. Mas o que tem acontecido é que os evangélicos estão sendo conhecidos, não como os marginalizados pela sociedade, mas sim como: ladrões, usurpadores
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 10/28 e mentirosos, que utiliza da boa-fé das pessoas para a satisfação própria. Já se perde a conta de quantos modelos congregacionais e ramos teológicos têm surgido nestes últimos dias. Condutas teológicas como a teologia da prosperidade e a teologia da vitória têm sido um destes amalgamados de falsos ensinamentos que não obstante tem contraposto os primeiros ensinamentos apostólicos. (Moises Welldon, 2012). 3. Exemplo de sofisma: Todo cavalo raro é caro. Um cavalo barato é raro. Logo; um cavalo caro é barato! - Os índios estão desaparecendo. Os índios são homens. Logo; os homens estão desaparecendo. Sofismas engraçados: Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica (mas, que nestes casos abaixo, não deixam de ser engraçados). Sofisma 1: Quando bebemos álcool em excesso ficamos bêbados. ...quando estamos bêbados dormimos. ...enquanto dormimos não cometemos pecados. ...se não cometemos pecados vamos para o céu. Conclusão: para ir para o céu devemos estar bêbados. Sofisma 2: Hoje em dia os trabalhadores não têm tempo para nada. No entanto sabemos que os vadios têm todo o tempo do mundo. Tempo é dinheiro. Portanto os vadios têm mais dinheiro que os trabalhadores. Conclusão: para ser rico não precisa trabalhar. Sofisma 3: Imagine uma fatia de queijo suíço todo cheio de buracos. ...quanto mais queijo mais buracos. Cada buraco ocupa o lugar no qual deveria ter queijo... portanto quanto mais buracos menos queijo. ...Quanto mais queijo, mais buracos e quanto mais buracos menos queijo. Conclusão: quanto mais queijo menos queijo. Sofisma 4: Deus é amor. O amor é cego. Stevie Wonder é cego. Conclusão: Stevie Wonder é Deus! 4. Maçonaria: (...) Mas, o que é ser verdadeiramente maçom? É simples, basta cumprir a palavra e seguir rigorosamente a fórmula ditada pelo Orador para o Profano tomar ciência do tipo de compromisso que ele vai assumir, Juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, e por minha honra, em presença do Grande Arquiteto do Universo e dos membros desta Loja defender e proteger meus Irmãos esparsos pelo mundo, em tudo em que puder e for necessário e justo,…prometo também conservar–me sempre cidadão honesto e digno, submisso às leis democráticas do País, amigo de minha família e maçom sincero, nunca atentando contra a honra de alguém, (…) procurarei tornar-me sempre um elemento de Paz, de Concórdia e de Harmonia no seio da Maçonaria (…) Essa fórmula de juramento abrange outras declarações importantes até culminar com o seguinte desfecho: Tudo isto prometo cumprir, sem sofisma, equívoco ou reserva mental e consinto, se faltar à minha palavra, em ser exxcluído de toda a sociedade dos homens de bem que, então, deverão ver em mim um ente sem honra e sem dignidade. Isso, meus Irmãos tem o objetivo de mexer com os brios do neófito. O candidato precisa compreender o exato sentido destas palavras, para assumir na verdade, não um compromisso com a assembleia paramentada, mas um compromisso de foro íntimo, um compromisso de coração. O objetivo é despertar um sentimento daqueles, que se aflora vindo da alma. Quando por infelicidade algum de nós, sendo consciente e verdadeiro, cometer um deslize qualquer, e sentir o rubor na face e o amargor no coração, martirizado intimamente, sem ninguém saber, por ter cometido o deslize, aí sim, ficará caracterizado o compromisso do coração. Para isso é preciso praticar com exatidão a receita da fórmula do juramento, sem sofisma e sem reserva mental. 5. Complementos da GLSC: (...) Sofisma é um raciocínio errado, resultante de má-fé, que se apresenta com as aparências da verdade no momento em que é extraída a sua conclusão. Quando ela não é fruto de má-fé, isto é, não revestido pelo intuito de enganar, mas, mesmo assim, eivado de expressões duvidosas ou imperfeitas, passa a se chamar paralogismo. O instrumento único de que se vale o sofista é a retórica, mas empregada com segunda
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 11/28 intenção, isto é, com a de levar o interlocutor, trapaceiramente, a um convencimento falso, sem importar qual seja o seu posicionamento a respeito do assunto... (Filosofia Normativa - CM). (...) Reveste-se de suma importância para o Mestre Maçom, na constante investigação da Verdade, como também da ‘Palavra Perdida’, o mais amplo conhecimento possível em relação aos sofismas, particularmente quando adentra a Filosofia Iniciática da Maçonaria. Por esta razão, o estudo dessa matéria, aqui neste Fascículo, exibe-se com maior extensão, muito embora com desenvolvimento superficial e, tanto quanto possível, despregado de tecnicismo Lógico-formal. (Complemento de Mestre: Filosofia Metodológica/Lógica Material). 6. Rituais: (...) O Cinzel é a imagem frisante dos argumentos da palavra, com os quais se destroem os sofismas e os erros. (RC). RESERVA MENTAL: 1. O que é Reserva Mental: A origem do conceito reserva mental tem preocupado muito os juristas de todo o mundo. Há quem afirme que a figura surgiu na doutrina dos canonistas (especialista em direito canônico ou sistema de regras que rege a Igreja Católica), em meados da Idade Média. Por outro lado, os romanistas já apontavam a existência da reserva mental no direito romano, mencionando alguns trechos do Digesto (Compilação das decisões dos juriconsultos romanos, convertidas em lei por Justiniano (483-565), imperador romano do Oriente, e que constitui uma das quatro partes do Corpus Juris Civilis). Outros como Pontes de Miranda entendem que foram os moralistas, baseados no problema da mentira, que elucidaram o conceito de reserva mental, dando importância somente ao que houvesse sido declarado, porque a reserva secreta trazia dentro de si uma mentira, abominada pelos moralistas. Em um sentido lato, a reserva mental é o produto da divergência entre a vontade e a manifestação, o que implica em uma manifestação, mas não uma vontade da manifestação ou de seu conteúdo. Köhler nega essa possibilidade, dizendo que não é exato considerar-se vontade e declaração como dois elementos distintos, os quais se deixam arbitrariamente separar, e que a declaração se subordina à vontade. O direito - continua ele - não empresta relevância a este não natural divórcio entre a vontade e declaração, interno e externo, espírito e matéria: a declaração de vontade é uma unidade para qual o homem, física e psiquicamente, cooperou. A concepção voluntarista (é a tese que acreditamos porque queremos) de Köhler não se coaduna com a melhor doutrina. É sabido que pode haver divergência entre o que se quer e o que se declara, divergência essa que pode ser intencional ou não intencional. A reserva mental se coloca como sendo hipótese de divergência intencional. A divergência que ocorre entre aquilo que se quer e aquilo que se declara, dever ser, portanto, consciente. Daí a razão pela qual uma parcela da doutrina, equivocadamente, entende que seria, em certa medida, equiparada ao dolo, conduta do declarante, já que ele manifesta a sua vontade em total desacordo com o que intimamente quer, fazendo-o de modo intencional. Mas, para a conceituação da reserva sob o ponto de vista estritamente jurídico, não se pode levar em consideração divergências que não possam trazer alguma consequência para o direito. Assim, à mentira pura e simples, que não traduzam nenhum reflexo no âmbito do direito, não se pode dar importância para o fim de conceituar a reserva mental. (Augusto Passaman). 2. Código Civil: Há a reserva mental quando um dos contratantes reserva-se, secretamente, a intenção de não cumprir o contrato. A reserva mental é combatida no Código Civil no seu artigo 110, onde dispõe que a manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. Alguns doutrinadores a chamam de Simulação Unilateral.
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 12/28 3. Máximas: Não há espelho que melhor reflita a imagem do homem do que de suas palavras. (Juan Luís Vives). - Hipocrisia e simulação; eis duas pragas capazes de destruir a humanidade. (Maomé). - Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros. (Confúcio). 4. Maçonaria: Citações: Reserva mental é a mentira oculta; por fora, na frente de todos os Irmãos: ... Juro e prometo cumprir - por dentro,… eu não, me inclua fora dessa. Quem é que pode controlar uma atitude dessas senão a própria consciência? Se o meu juramento não for do coração, você não será verdadeiramente maçom. Se não for um compromisso pessoal, de dentro pra fora, não será possível cumprir os preceitos enunciados do mesmo ritual: ... praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar pela felicidade do gênero humano. E o maçom não é nada disso, por opção própria, por decisão pessoal, por convicção. A ordem não tem como penetrar no coração dos maçons, para vasculhar seus mais recônditos sentimentos e decidir mantê-los ou excluí-los de seus quadros. É possível que nem todos nós sejamos maçons de verdade, ou que não sejamos totalmente maçons. Essa nossa condição de seres humanos, imperfeitos e injustos, nos fragiliza tanto, que o ideal da Maçonaria, às vezes, parece se tornar uma utopia. É utopia sonhar com uma Maçonaria na qual todos os obreiros tenham as virtudes preconizadas pelo nosso ritual? O mundo carece de gente de bem. Precisamos urgentemente de maçons, de homens verdadeiramente maçons. Precisamos de legiões de gente de bem para influenciar positivamente e dar bons exemplos. Já temos bandidos em número suficiente, temos hipócritas, falsários, desonestos, corruptos, infiéis, traidores, incrédulos e toda a sorte de gente negativa que prejudica e destrói. Precisamos de gente do bem de verdade, é por isso que a Maçonaria precisa ampliar seus quadros e ministrar suas lições e alcançar os corações. O mecanismo da Maçonaria, só funcionará se alcançar seu coração e sua mente. (Isaac Bispo Ramos). 5. Juramentos na Maçonaria: Os juramentos feitos na Maçonaria na realidade são compromissos e devem ser prestados com a máxima transparência. Na Idade Média é que surgiu a reserva mental, quando os hereges eram obrigados a abjurar sua crença; faziam-no usando a reserva mental, isto é, o ato de abjurar era um ato mecânico do sentido da fala; em sua mente era desmentido de imediato. Quando um candidato, durante o cerimonial iniciático, presta os seus juramentos, o Venerável Mestre solicita que eles devem ser prestados sem reserva mental, isto é espontaneamente, livremente e com sinceridade. O juramento, todavia, é feito exclusivamente durante o ato místico iniciático e não mais repetido. Os juramentos dizem respeito à fidelidade grupal quanto aos sigilos recebidos que deve ser mantidos reservados com o fito de a Maçonaria não se tornar vulgar. O maçom tem palavra; o seu sim será sim; e o seu não será não. Isto é uma questão de caráter e de honra. O maçom é uma pessoa aberta, franca e pura. Rituais: (...) Tudo isso prometo cumprir sem sofisma, equívocos ou reserva mental... e se violar essa promesa.... (RI).
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 13/28 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com A VISÃO DA MAÇONARIA E A VISÃO DOS SÁBIOS TALMUDISTAS SOBRE A FALSA ACUSAÇÃO, A CALÚNIA E O PERDÃO: LIÇÕES PARA O ETERNO APRENDIZ. CALÚNIA: {lat.calumnia:acusação falsa} 1. Difamação, fazendo acusações falsas. 2. Falsa imputação (a alguém) de um fato definido como crime. 3. A calúnia é a irmã gêmea da blasfêmia. 4. Os Regulamentos maçônicos são rígidos a respeito do caluniador. Quem cultiva o amor fraterno jamais cometerá a leviandade de caluniar o seu próprio Irmão, ou quem quer que seja. (Girardi, pág. 82, 2008) PERDÃO: 2. Em Maçonaria substitui-se essa virtude pela da tolerância, que é compreensão elevada do ato agressivo. Quem tolera não se acovarda, nem deixa de se sensibilizar, porém compreende que o agressor obedeceu a impulsos que não conseguiu controlar, como a paixão e a emoção. As posturas maçônicas disciplinam esse controle. Perdoar (per e doar) significa dar-se a si mesmo. Quem agride espera reação para então levar avante a agressão; a agressão não correspondida desarma o agressor. A reação amorosa é fruto de uma disciplina, ou seja, de um exercício que o maçom aprende nas sessões da sua Loja. O perdão, quase sempre é uma reação posterior à agressão, quando ele deveria ser imediato. Não se confunde tolerância e perdão com covardia, é preciso muita coragem para enfrentar o agressor com armas tão frágeis e diferentes. O impulso de perdoar revela um caráter bem formado. (Girardi, pág. 498, 2008) INTRODUÇÃO Pois é, quem cultiva o amor fraterno jamais cometerá a leviandade de caluniar o seu próprio Irmão... Então, porque salientar que os regulamentos maçônicos são rígidos para com o caluniador? Depois de vários anos de Maçonaria, de ter o privilégio de conhecer, conviver e ter sido apresentado a dezenas de Irmãos de várias Lojas do mesmo Rito ou de outros Ritos, do mesmo Oriente ou de outros Orientes, fico pensando após a leitura e reflexão das descrições e comentários acima e ato seguinte resolvo colocar ênfase num trecho em especial e que foi repetido no início deste outro texto, o meu. Sem dúvida, não se pensa muito sobre isso, e sempre partimos do princípio que esse tipo de coisa não ocorre no âmbito da nossa Ordem. Será, então, que poderemos responder com toda a convicção, de que isso não ocorre? Quem sabe, antes de prosseguir na leitura é bom fazer uma pausa e repensar. Se consciente de que isso não ocorre, seja porque não é do feitio de um Maçom, suspenda-se a leitura, pois. Ocorrendo a dúvida, ou até mesmo, se já foi vítima, vá em frente. Antes, porém, digamos que aquelas argumentações do tipo que a Maçonaria não tem o objetivo de formar santos em suas fileiras, ou que somos seres humanos e, portanto, erramos, não se sustentam, ou não temos o livre-arbítrio? Façam-se outras perguntas: Será que o fato de se dizer Maçom, depois de ter optado pelo cultivo das virtudes e do amor fraterno, já faz um Maçom de verdade? Será que ter escolhido o caminho da retidão, é mesmo para teorizar sobre a mesma ou paraticá-la? Será que não cabe eventualmente (ou seguidamente) um “mea culpa”, uma volta à “câmara de reflexões”, com o objetivo de se encontrar e encontrar a diferença entre ser e estar Maçom? A exemplo do joio, que parece trigo, mas, não é trigo..., bem para respondermos às questões reunamos alguns subsídios provindos dos sábios que se debruçaram sobre os assuntos em pauta, sejam a calúnia, o perdão... A 4– A VISÃO DA MAÇONARIA E A VISÃO DOS SÁBIOS TALMUDISTAS SOBRE A FALSA ACUSAÇÃO, A CALÚNIA E O PERDÃO: LIÇÕES PARA O ETERNO APRENDIZ - José Ronaldo Viega Alves
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 14/28 calúnia é tão antiga como a história do mundo, sendo que há várias palavras hebraicas para representá-la, já que existem variações, assim como, outras tantas palavras gregas, além de que, consta na Bíblia em muitas passagens da mesma, e está em sua essência lá nos Dez Mandamentos, o que, enfim, leva-nos a concluir que sempre esteve muito presente ao longo de toda a história da humanidade e digamos, está mais viva do que nunca. SOBRE OS VALORES ÉTICOS JUDAICOS Para os Sábios Rabínicos havia concordância unânime no que se refere à crença de que “todo ser humano tem valor igual ao mundo inteiro”, o que por si só já coloca o ser humano num plano bem elevado. Isso porque do ponto de vista ético, o ser humano, para estes sábios, se assemelhava a Deus no tocante ao seu potencial de atributos de natureza ética, considerando ainda, a capacidade que o ser humano tem de usar do livre-arbítrio em todas as suas ações. Maimônides afirmou que todos os princípios morais se referem à relação do homem com seu semelhante, e com essa sua definição estava formado um consenso com os talmudistas no que concerne ao homem que adota princípios éticos: adotá-los e não colocá-los em prática podia ser considerado nada além de uma zombaria, sendo que, um outro crime ficava configurado também, o de hipocrisia. Com o exposto acima, algumas das questões formuladas anteriormente já começam a ser respondidas, baseado na lição que o último comentário traz embutido, eis que, vai permitir que usemos de uma analogia, mesmo em se fazendo uma outra pergunta de caráter muito simples, mas, que cairá como uma luva ao bom entendedor. Vamos cumprir um pouco do costume judaico aquele de responder uma pergunta com outra: Não é a Maçonaria numa das suas tantas definições ‘‘uma associação de homens sábios e virtuosos, que se consideram irmãos entre si, e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática das virtudes?” Então, não se pode esquecer aquilo que é repetido continuamente em uma sessão maçônica, numa relação que também podemos fazer a partir do que foi exposto até aqui, pois, adotados tais preceitos desde a nossa Iniciação na Ordem, cumpre então praticá-los, não é mesmo? “... levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.” OS ENSINAMENTOS TALMÚDICOS VERSANDO SOBRE OS EFEITOS NOCIVOS DA CALÚNIA Tomando por base, os ensinamentos judaicos dos Sábios Rabínicos, veremos de que maneira eles definiram a calúnia e a que conclusões chegaram a respeito de seus efeitos danosos. Mas, antes cabe aqui falar de algumas semelhanças que podemos detectar no tocante ao relacionamento existente entre os judeus e o relacionamento entre os Irmãos na Maçonaria. Nos sagrados ensinamentos da fé judaica, o que remete à solidariedade que une os judeus há mais de dois mil anos, é dito “Kol Israel Chaverim”, o que traduzido do hebraico para o português quer dizer “Todos em Israel são companheiros”. Por que citar isto? Pelo fato de que existe aí um significado bem mais profundo, o de que cada judeu tem a obrigação de cuidar e proteger o seu irmão judeu. Citando o sábio Maimônides novamente: “Um homem deve falar elogiando seu vizinho, e cuidar das posses dele como cuida das suas próprias, e almeja a sua própria honra.” Onde se quis chegar? Um homem deve cuidar, deve proteger, deve falar do seu próximo, elogiando-o, tal como gostaria que o outro fizesse consigo. Simples? Simples, e ainda mais se estamos falando de Irmãos, não é mesmo? (Mas, se aqueles que eram considerados delatores, caluniadores, eram muito mal vistos pela comunidade judaica, em nosso Brasil dos dias atuais, a coisa é bem diferente: a corrupção corrói todo o sistema, e os delatores estão em alta, em função dos benefícios da delação premiada. O pior é que, dificilmente a corrupção será erradicada. Mas, isso, é outra história.) E voltando ao universo judaico: os Sábios Talmúdicos demonstravam verdadeiro desprezo, também pelo delator, tanto que, sentenciavam: “Aquele que delata secretamente seu semelhante não terá qualquer porção do Mundo-do-Além.” Com relação aos caluniadores, como já ficou claro, a repulsa era maior ainda, tanto que eles se depararam com uma escassez de termos de opróbrio para defini-los à altura, mas, uma coisa tinham como certa: os caluniadores minavam , assim como o cupins, a fé que existia entre um homem e o seu semelhante, e para os mexericos, os rabinos chegaram a criar uma expressão muito própria, que, convenhamos, tem tudo a ver: “poeira da calúnia”.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 15/28 A maior de todas as lições que provém do Talmud, a que verdadeiramente expõe todo o mal que a calúnia representa é uma parábola, que é descrita na sequência: “Um dia os membros do reino animal se reunirão para admoestar a serpente: Se o leão dilacera a sua presa, é porque ele está com fome. Se o lobo devora sua vítima, é porque ele tem que comer. Mas tu, serpente, que é que lucras mordendo os outros? E a serpente muito esperta, responderá: Serei eu pior que o caluniador?” O GUARDA DE TEU IRMÃO As Escrituras dizem que todo o homem deve ser o guarda de seu Irmão, mas, para que isso ocorra verdadeiramente, os ainda incautos devem ser alertados sobre a ameaça constante que a calúnia representa sobre a moral e devem ser prevenidos sobre as suas consequências destrutivas e: “A calúnia prejudica aos três: à pessoa que é caluniada, a que ouve a calúnia e ao próprio caluniador.” Ainda Hillel, o Velho, outro grande sábio, mostra o que seria o caminho oposto ao da calúnia, e que faz valer aquilo que as Escrituras sugerem quanto a ser o guarda do nosso Irmão: “Que a honra de teu semelhante te seja tão cara como a tua própria.” COMENTÁRIOS FINAIS: Ela, a calúnia, já está lá no Decálogo, como algo a ser evitado. Para ter sido mencionada em tempos tão remotos e naquele que é o primeiro código de leis praticamente de influência universal, é porque ela já incomodava. A calúnia é algo que está na contramão da retidão. Retidão é aquilo que deveria valer como um atestado do Maçom, pois, significa correção, lisura, ou que as suas ações deverão ser sempre retilíneas. Calúnia é um defeito, próprio das almas mesquinhas, egoístas e conturbadas. Maçom tem que ser transparente. A Iniciação propicia um verdadeiro renascimento, a oportunidade de uma renovação do homem interior, o caminho para a sua evolução como Maçom e como ser humano, no entanto para que se atinja essa plenitude um dia, há que se persistir em levantar templos à virtude e cavar masmorras, o que significa dizer também que o nosso comportamento, as nossas atitudes para com os nossos Irmãos e aqueles que nos rodeiam devem ser pautadas pelo Esquadro. Porque a exemplo das conclusões dos sábios rabínicos onde adotar princípios éticos e não colocá-los em prática, soa como hipocrisia, e essa pode ser considerada também uma diferença entre o ser e estar Maçom. Para encerrar, vamos recorrer novamente à velha sabedoria judaica, onde os antigos escribas e fariseus tinham para com o perdão, um dos valores éticos mais louváveis, e isso já era precedente de Jesus Cristo em sua mensagem de amor, em pelo menos dois séculos. A título de ilustração, sobre o perdão e sobre a ética para com os semelhantes, os judeus mais devotos recitam uma antiga declaração em hebraico, antes de deitarem para dormir: “Senhor do mundo! Eu perdoo todas as transgressões e todos os erros cometidos contra a minha pessoa, a minha propriedade, a minha honra, ou tudo que possuo. Que ninguém seja punido por minha causa.” E na véspera do Yom Kippur, antes do início do culto de Kol Nidre, os fiéis se levantam e suplicam a todos os seus vizinhos, companheiros de culto: “Ouvi, meus senhores! Eu peço perdão por todas as ofensas que porventura tenha cometido contra qualquer de vós por atos ou palavras.” Essas são grandes e eternas lições, e que muito nos fazem refletir. Consultas Bibliográficas: AUSUBEL, Nathan. “JUDAICA 6 – Conhecimento Judaico II” – A. Koogan Editor - 1989 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade- Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2 Edição – 2008 Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito – GORGS - Porto Alegre – RS. 2010-2013
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 16/28 Ir Anestor Porfírio da Silva M.I. e Membro da Loja Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás. AS GUILDAS OU CORPORAÇÕES DE OFÍCIO NA CONSTRUÇÃO CIVIL, QUANDO E ONDE SURGIRAM Tem-se conhecimento de que a construção civil data do tempo em que surgiram os primeiros aglomerados urbanos, no início do século V a.C. Esses aglomerados desenvolveram- se na Suméria, região ao sul da Mesopotâmia, no norte da África. Lá, segundo relatos bíblicos e registros da história da evolução da humanidade, foi onde surgiram as cidades de URUK, KISH, UR e ACÁDIA as quais, entre outras, são tidas como as mais antigas. Desde então iniciou-se ininterrupto processo de expansão das civilizações por todas as partes. Tanto assim que, já no ano 3.000 a.C., verificava-se a presença do homem no Planalto do Irão, Cáucaso, Delta do Nilo e, um pouco depois, por volta do ano 2.000 a.C., esse mesmo fenômeno, de maneira progressiva, estendeu-se também pelo sul da Europa, Polônia, Alemanha, França, Ilhas Britânicas, Ásia etc. Entre as inúmeras grandes obras feitas pelos povos antigos, figuram algumas que foram levadas em conta em uma lista elaborada no século VI d.C.. São elas: a) a grande pirâmide de Gizé, no Egito; b) os Jardins Suspensos da Babilônia; c) a estátua de Zeus, em Olímpia; d) o Mausoléu de Halicarnasso (atual Bodrum), na Turquia; e) o Templo de Ártemis, em Éfeso; f) o Colosso de Rhodes, na Grécia e; g) o Farol de Alexandria, no Egito. Tais obras não se concretizaram seguindo projetos imperfeitos de arquitetura de equivalência mediana de baixa qualidade e imprecisão no acabamento. Elas requereram de seus arquitetos e construtores, além da arte, boa formação profissional com conhecimento e domínio de refinada capacidade técnica em nível considerado bastante elevado para os padrões culturais daquela distante época. Naquele tempo o uso do nível, do prumo, de medidas lineares e cúbicas, bem como de fórmulas matemáticas, leis da física, a álgebra, a geometria etc., já eram fontes de recursos sobre as quais os arquitetos e construtores da antiguidade detinham certo conhecimento e 5 – As Guildas ou Corporações de Ofício na Construção Civil, quando e Onde Surgiram - Anestor Porfírio da Silva
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 17/28 deles se valiam como instrumentos para se chegar a cálculos precisos na elaboração de projetos e na realização de obras de construção civil de grande porte. Também não eram mais ignoradas a existência e a utilidade de certos metais como o ferro, o ouro e o bronze, este último como resultante da fundição do cobre com o estanho. Com o passar dos séculos, na tentativa de ampliar o domínio da construção civil, os assírios, babilônios, egípcios, gregos e romanos se empenharam na descoberta de material com propriedade aglomerante mais eficaz que as argamassas até então desenvolvidas, que fosse capaz de unir as pedras usadas em obras, de forma sólida, rígida e duradoura. Nessa corrida, descobriram a cal e o gesso que, em mistura com água e argila, resultaram em material aglomerante de melhor qualidade o qual, por cuja razão, foi empregado no assentamento de blocos de pedra na construção das pirâmides do Egito. Outros povos fizeram uso de cinzas vulcânicas e de argila com bons resultados e de outras diversas matérias com as quais as expectativas se frustraram quanto ao êxito almejado, mas que, de qualquer forma serviram e muito, do ponto de vista experimental, para que os pesquisadores se aperfeiçoassem em suas técnicas até se chegar à descoberta da forma ideal do cimento que hoje conhecemos. O tempo seguia seu curso. A população aumentava e se espalhava pelo mundo. Todas as atividades econômicas também se desenvolviam (agricultura, comércio, indústria etc.) com técnicas cada vez mais aprimoradas. A cada século, novas atividades autônomas iam surgindo e se somando à lista das já existentes, tanto que ao final da Idade Antiga já era grande o número de tecelões, barbeiros, curandeiros, alfaiates, sapateiros, carpinteiros, desbastadores, lapidadores e moldadores de pedra, pedreiros, construtores, agricultores, pescadores, artesãos, pastores de ovelhas, ferreiros etc., espalhados por todas as regiões habitadas e, nesse ritmo evolutivo, a Idade Média teve o seu início recebendo como legado da era que a precedeu, o conhecimento das técnicas empregadas nas seguintes arquiteturas: a) egípcia; b) assíria; c) babilônica; d) etrusca; e) minoica; f) micênica; g) persa; e h) suméria. Apesar da diversidade de profissões exercidas de maneira autônoma com que o ciclo da Idade Antiga foi fechado, ainda não havia nenhuma organização de trabalhadores, nem corporação de ofício regulamentada. Isso só veio a acontecer séculos mais tarde, precisamente a partir de meados século XI (ano 1.100) em diante quando, em Paris, os artesãos, os construtores de obras, os alfaiates e sapateiros apareceram como os primeiros trabalhadores a se agruparem, em suas respectivas categorias, fundando uma espécie de associação denominada de “corporação de ofício”. Cada associação tinha a mesma finalidade: dar aos respectivos membros maior poder de representatividade, valorizar a classe e resguardar direitos mediante combate à concorrência desleal e a punição dos filiados desonestos. Daí em diante, instaurou-se irreversível processo em relação a outras categorias de trabalhadores, que acabou se espalhando por todas as grandes cidades em ascensão na Idade Média. No avanço desenvolvimentista da humanidade durante a Idade Média, a construção civil passou por períodos de constante evolução deixando registrados em sua história os seguintes estilos de arquitetura, em ordem cronológica: a) arquitetura paleocristã (Basílica de Constantino – Roma, Mosteiro Ortodoxo de Ravena - Itália, Basílica de Natividade - Belém);
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 18/28 b) arquitetura visigótica (Capela de São Frutuoso – Braga, Igreja de São Gião – Nazaré); c) arquitetura moçárabe (Igreja de Lourosa – Portugal); d) arquitetura bizantina (Igreja de Nossa Senhora de Poitier – França, Batistério de Florença – Portugal); e) arquitetura românica (Mosteiro de São Pedro Ferreira – Portugal, Mosteiro de Lessa do Balio – Portugal); f) arquitetura gótica (Catedral de Notre-Dame, Paris – França, Catedral de Amiens – França). No entanto, o destino da humanidade haveria de seguir novos rumos e passar por transformações sociais com a propagação do cristianismo nos séculos finais da Antiguidade e, mais especificamente, do surgimento do catolicismo no início da nova era, a Idade Medieval. Até então não se reunia tanta gente ao mesmo tempo em local fechado. Assim surgiu a necessidade de se construírem obras cobertas, com espaço interior cada vez maior destinado a servir como local de grandes reuniões públicas e para prática de rituais da Igreja Católica, o que resultou na construção de fóruns e basílicas junto aos palácios governamentais e aparecimento das sinagogas, templos, mosteiros, abadias, catedrais, castelos etc. Foi, justamente naquele período (de 476 d.C. a 1.500), que construtores e arquitetos surgidos de escolas como as de Atenas, Roma, Paris, Londres, Constantinopla e outras, deram ênfase a uma sequência de técnicas cada vez mais avançadas do ponto de vista da modernidade, saindo do estilo paleocristão até atingir o gótico, nos séculos XII a XV. No estilo românico, precedente do gótico, as grandes obras como igrejas eram sustentadas por colunas e vigas de madeira. Posteriormente, nessas grandes obras, colunas e vigas também passaram a ser construídas com pedra moldada e lapidada o que possibilitou aos arquitetos da época elaborarem projetos com espaços mais alargados com menos colunas, mais aberturas e mais altura. As catedrais desse período, o românico, eram edificadas em padrões semelhantes aos dos castelos e fortificações. Da segunda metade da Idade Antiga até o início do século V, durante o período em que predominaram estilos como os da arquitetura egípcia, da romana e as de outros povos, os assírios e babilônios haviam chegado a uma argamassa que se compunha de cal e gesso misturados com água. Nos séculos seguintes, algumas melhorias de compostos aglomerantes foram conseguidas pelos Gregos e Romanos mediante uso de matérias primas diferentes daquelas que os Assírios e Babilônios descobriram. No decorrer de longo tempo, inúmeros experimentos foram feitos, com várias descobertas alcançadas pelos povos do norte da África, Europa Ocidental e Ásia, mas havia uma corrida em busca do domínio territorial de regiões de terras férteis entre os povos daquele tempo, com o emprego de invasões violentas, por conta do que, muitos deles passaram a se olhar como inimigos mortais. Dentre os conflitos mais marcantes registrados pela nossa história, desde meados da Idade Antiga até o fim da Idade Média, pode-se citar os ocorridos entre persas e gregos, romanos e cartagineses, egípcios e cartagineses, a Queda do Império Romano, a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra, as Cruzadas e outros de igual importância histórica na evolução da humanidade os quais, pela crueldade com que se desenvolveram, deixaram marcas profundas de ódio e de sede de vingança, sentimentos esses que demoraram séculos para se dissiparem. Enquanto isso, o segredo que teve a sua origem na indústria de armas de guerra, sistemas de defesa e equipamentos de proteção corporal inventados na Idade Antiga,
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 19/28 estendeu-se a outras diversas áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento dos demais ramos de atividade, principalmente da indústria e do comércio. Daí resultou que os profissionais detentores de elevado grau de conhecimento e de técnicas ainda não dominadas pelos demais profissionais de suas respectivas áreas de atuação, também aderissem ao uso do segredo profissional com o objetivo de valorizar seus próprios trabalhos e defenderem seus interesses frente aos segmentos sociais, políticos e religiosos da época. O primeiro povo de que se tem notícia a guardar segredo de técnicas inovadoras na área da construção civil foram os Romanos que, na disputa pelo desenvolvimento de material aglomerante de melhor qualidade que as argamassas até então utilizadas, por volta do ano 27 a.C., chegaram ao “caementum”, que reunia em sua fórmula cal, água e cinza vulcânica oriunda de uma região próxima a Nápoles e ao Monte Vesúvio. Esse material, uma espécie de cimento de alta durabilidade, foi utilizado na construção da maior parte do Fórum Romano, do Coliseu e da Basílica de Constantino. Mas foi mesmo na Idade Média, após o surgimento do catolicismo que a construção civil evoluiu para novos estilos e, até o século XV, o que mais se destacou foi o gótico surgido na França, com a construção de catedrais. Durante quase todo o período da Idade Média o domínio das construções de mosteiros, catedrais, conventos e outras obras de grande vulto ligadas à Igreja Católica, deram- se sob a direção e acompanhamento daquela instituição, tendo à frente de quase todas elas, monges da Ordem de São Bento ou Ordem Beneditina. Acredita-se que muitos dos projetos arquitetônicos dos tipos de obras acima mencionados foram elaborados pelos próprios membros da Ordem que detinham formações acadêmicas em diversos ramos da ciência, tais como astronomia, filosofia, teologia, direito, matemática, física, engenharia, arquitetura etc.. No entanto, é indubitável que muitos dos grandes projetos executados naquela época, em função da complexidade que os envolvia, a Ordem Beneditina teve que se valer da autoridade eclesiástica absoluta de que dispunha para, via obediência religiosa, poder contar com a aptidão profissional mais elevada de renomados construtores e arquitetos independentes, na elaboração de novos projetos arquitetônicos, na edificação de novos empreendimentos, na reforma, na reestruturação e na ampliação de obras antigas. Dentre esses construtores e arquitetos, os que mais se destacaram na Idade Média foram: Isidoro de Mileto (séc. VI); Antémio Trales (séc. VI); Juliano de Ascalão (séc. VI); Petronas Camatero (séc. VIII); Tiridates, ou Trdat (séc. IX); Trifão (séc.V); Otão (séc.VIII); Michelozzo di Bartolommeo (séc. XIV); Arnolfo di Lapo (séc. XII/XIII); Galeazzo Alessi (séc. XV) e inúmeros outros. Do século XI para cá, as centenas de obras edificadas, principalmente no norte da África, em toda a Europa Ocidental e na Ásia, juntamente com a história da construção civil, nos revelam que, naquele período já existia, nas grandes cidades como Alexandria, Atenas, Roma, Paris, Constantinopla, Londres e outras, arquitetos acadêmicos formados em escolas de ensino superior, mas, como já se afirmou, de acordo com o que há, em termos de provas quanto ao surgimento das primeiras corporações de ofício no campo da construção civil, isto se deu, de maneira tímida, em Paris, por iniciativa de trabalhadores de categorias inferiores (mestres, oficiais e aprendizes) e só mais tarde, no século XIII, em Londres, aflorou a primeira corporação de arquitetos e construtores civis, dessa vez com firmeza de propósitos, identificada como Organização Profissional Maçônica, cujo código regulamentava o exercício das referidas profissões, a ética comportamental de seus membros, bem como as sanções cabíveis caso o compromisso assumido entre associação e associado viesse a ser violado. No texto desse código também foram inseridas regras básicas de como se dariam as admissões e as exclusões da corporação.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 20/28 Aparentemente, há uma indução de que essa primeira organização profissional tivesse seus estatutos elaborados sob a mesma inspiração que, a uns trinta anos mais tarde, foi causa do surgimento de um manuscrito intitulado de “Manuscrito Regius” ou “Poema Régio. Esse documento data do ano de 1.390, tido por muitos como o mais antigo sobre a maçonaria. Ele se encontra arquivado na Biblioteca Britânica (Londres) e é uma espécie de poema maçônico escrito a partir do que se ouvia e se via nos canteiros de obras medievais onde, no início de cada jornada de trabalho os oficiais se reuniam em torno do Mestre de Obra para exaltá-lo e saudá-lo por sua sabedoria no comando e na condução dos trabalhos e fazerem breve oração de agradecimento, ao fim do que todos eram exortados a iniciarem suas tarefas, cumprindo com seus deveres perante Deus e os seus semelhantes. A autoria desse manuscrito, um regulamento em forma de Manual voltado aos Entalhadores de Pedra, por seu estilo e forma, é atribuída a um sacerdote que, provavelmente, teria sido capelão ou secretário da maçonaria. Enfim, vale ressaltar que, a Organização Profissional Maçônica surgida em Londres não era uma Loja, mas um grupo de trabalhadores com interesses meramente profissionais, insipiente aos consagrados princípios e fundamentos da maçonaria de hoje, mas que pode ser considerada como marco inicial do período em que a própria história da Ordem a identifica como “operativa”, porque congregava em seu seio apenas militantes da área da construção civil e por seus objetivos que eram voltados à valorização de seus membros no meio social, político e religioso, ao alcance de maior representatividade da categoria, à garantia de direitos, ao combate da concorrência desleal e à punição dos filiados desonestos sem compromisso com a lei, a ética e os bons costumes. Um pouco mais à frente, aproximadamente uns vinte anos mais tarde, aquela organização se desfez dando lugar ao surgimento, em Londres, da primeira guilda de ofício com a denominação de “London Masons Company”. Essa agremiação também não era uma loja. Os assuntos de suas reuniões sempre eram de interesse profissional. Entre outras funções ela ajudava na administração dos assuntos municipais realizando obras e fazendo parte como representante dos construtores e arquitetos nos conselhos comunitários. Outros fatos contemporâneos aos já acima descritos puderam ser registrados na França e na Alemanha como, por exemplo, o movimento francês, que levou a denominação de “Compagnonnage”, cujo significado é “companheiros do dever”, que se compunha da classe mais refinada de construtores, assim reconhecida por serem detentores de técnicas de construção civil mais modernas herdadas dos romanos e gregos. Esse movimento tem como uma das mais fiéis provas de sua existência a menção feita na obra “O Livro dos Ofícios” escrita no ano de 1.268 (séc. XII), a pedido de Luís IX. Outra menção importante que comprova a prática desse movimento data do ano de 1.420 quando, por decreto, o rei Charles se refere aos “sapateiros” como “trabalhadores de ofício”. Já, na Alemanha, o destaque fica com o movimento identificado por “Steinmetzen”, que significa “canteiros” (de obras), cuja primazia sintetizava-se na defesa e valorização dos membros pertencentes à fraternidade dos arquitetos e construtores de catedrais no território alemão. Eram da chamada maçonaria operativa e suas primeiras células como loja maçônica datam do ano de 1.250. Até então seus interesses eram profissionais e, em função dos segredos decorrentes de tais interesses, as reuniões que faziam se davam em ambiente fechado. Anestor Porfírio da Silva M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 21/28 O Irmão Pedro Juk, Produz este Bloco às Segundas, quartas e sextas-feiras Loja Estrela de Morretes, 3159 – Morretes – PR Uso da gravata Em 04/08/2016 o Respeitável Irmão José Ailton de Oliveira, Loja 7 de Setembro, nº 7, Grande Loja do Estado do Acre, sem mencionar o nome do Rito, Oriente de Rio Branco, Estado do Acre, formula a seguinte questão: jose.ailton@torkms.com.br Mais uma vez recorro aos conhecimentos do irmão para tirar uma pequena dúvida surgida em minha loja na última semana. Apesar de ser um assunto relativamente simples, acabou gerando um grande debate com relação ao uso da gravata comprida por Aprendizes e Companheiros Maçons. Pelo que pude observar a maioria de minha loja concorda que os aprendizes e companheiros deverão usar gravatas borboletas, porém, uma pequena parte entende que isso não passa de um excesso de formalidade, contando inclusive com a opinião de Mestre Instalado. Meu irmão, eu peço encarecidamente que me ajude esclarecer o assunto, visto que em razão de estar ocupando o cargo de 1° Vigilante estou agora dirigindo a loja em face de ausência do VM que se afastou definitivamente por motivos particulares. Considerações: É até mesmo hilário se pensar que uma gravata foi a causadora de um grande debate na Loja. Se não fosse trágico eu diria que seria cômico. Penso que isso é literalmente dar mais valor ao molho do que à carne. Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 22/28 Pelo que eu tenho percebido, os Regulamentos das Obediências têm orientado o uso dos trajes para as sessões maçônicas de acordo com o Rito praticado. Em se tratando do uso da gravata no Brasil o REAA, Brasileiro, York, Adonhiramita e Moderno ela é a comum conhecida, aquela do tipo tira de tecido, estreita e longa, usada em volta do pescoço e amarrada em nó ou laço na parte da frente. O que pode variar nesses Ritos é a cor da gravata. Já para o Rito Schröder, é comum o uso da gravata borboleta. Entretanto, há que se considerar primeiro o que está previsto no regulamento da Obediência, pois isso não é uma regra mundial. Não sei, sinceramente, no que o uso de um traje possa causar tanto debate em Loja, até porque o verdadeiro traje de um maçom é o Avental. Nunca é demais lembrar que o elemento perfectível, isto é, passível de aprimoramento na Maçonaria é o Homem, não a sua roupa, muito embora, como latinos por natureza, infelizmente a roupa tem sido tema para discussão em sessões ritualísticas maçônicas. Nunca é demais lembrar que também é comum entre nós o uso do balandrau negro nas sessões econômicas (ordinárias) e nele não há gravata. Nesse sentido, no que diz respeito especificamente ao tipo de gravata a ser usada, eu sugiro a verificação pelo Orador da Loja (que é o Guarda da Lei) sobre o que prevê o Regulamento da vossa Grande Loja em relação a ela e o Rito praticado. T.F.A. PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com - Set/2016 Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação. Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico. https://www.trolha.com.br/loja/
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 23/28 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau 05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó 08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão 17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis 17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis 17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis 20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis 22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José 25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville 27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau Data Nome da Loja Oriente 03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis 09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas 09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau 16/09/2003 Ordem e Fraternidade Florianópolis 18/09/2009 Colunas do Oriente Tijucas 20/09/1948 Luiz Balster Caçador 20/09/2008 Acácia da Serra Rio Negrinho 25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras 27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz 28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú 30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de setembro
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 24/28 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis 03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis 08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis 09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque 10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna 11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis 12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul 12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara 15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros 18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque 19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo 22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá 30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 25/28 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) O Pentagrama Para o dia 28 de setembro É um termo grego: pente, significando "cinco" ; grama significado "sinal"; traduz-se por "sinal de cinco pontas". É um polígono de cinco pontas, configurando a Estrela. Representa o próprio homem, de braços e pernas abertas, porém ausente a "sexta ponta", que é o membro viril, encontrado na Estrela de Seis Pontas, denominada "Hexagrama", conhecida como Estrela de Davi ou Sêlo de Salomão. O Pentagrama é conhecido como Estrela dos Magos. No Segundo Grau, de Companheiro, é usado o Pentagrama como símbolo e vem colocado sobre o trono do Segundo Vigilante. Quando de suas hastes se desprendem "chamas", o pentagrama denomina-se de "Estrela Flamígera". Essa estrela simboliza um guia para o caminho que conduz ao templo, fixando a rota e iluminando o sendeiro. À noite, esse luminar substitui o Sol. O maçom vê no Pentagrama a si mesmo dominando os impulsos da carne. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 290.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 26/28 Templo da Loja Januário Corte (Florianópolis – GOSC)
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 27/28 1 –Salvamento no mar: AM-Salvamento no mar-Mensagem de Yusra Mardini1.pps 2 – Arraial do Cabo: arraial do cabo - impressionante.mp4 3 –Hungria Rapsódia Húngara: Hungria rapsodia hungara (GB).pps 4 – Esperando a Primavera: ESPERANDO LA PRIMAVERA - Pps C.A. 3-16.ppsx 5 – Marchinha portuguesa sobre a Maçonaria: Marchinha portuguesa sobre a Maçonaria.mp3 6 – Aves da Mata Atlântica: Aves_da_Mata_Atlantica.pps 7 - Filme do dia- “A Salvação Faroeste” - Dublado https://www.youtube.com/watch?v=EDCwqCLJJ_M
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016 Pág. 28/28 Igreja do Santo Sepulcro (Jerusalém) a mais venerada do Cristianismo