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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Eirunepé – AM (A Princesinha do Juruá)
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.202 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – Meu Cunhado Único (crônica semanal)
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Três Pontos
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Os Caminhos da verdade para o Maçom
Bloco 5-IrValdemar Sansão – Maçonaria em Gotas (V)
Bloco 6-IrPedro Juk - Perguntas & Respostas – do IrWilmar Gomes dos Reis (Brasília – DF)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 12 de outubro. Versos do Irmão e Poeta Adilson
Zotovici homenageando a Criança pelo transcurso de seu dia.
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 2/33
12 de outubro
1307 – O rei Filipe IV de França mandou prender 140 cavaleiros templários.
1492 – Cristóvão Colombo, genovês (ou português), dirigiu-se a Portugal,
Inglaterra e Castela, porque necessitava de dinheiro para a sua aventura de descobrir
o caminho marítimo para a América. Dirigiu-se uma segunda vez a Castela que o
apoiou com 16.000 cruzados. Neste dia abordou ilhas locais e avistou o novo Mundo
– a América.
1775 – Instalada em Liége a Loja Perfeita Inteligência.
1778 – Instalada nos E.U.A., a G.L. da Virgínia, constituída em 1732.
1779 – Nasceu, Tomás Xavier de Lima Vasconcelos Brito Nogueira Teles da Silva,
2° marquês de Ponte de Lima, coronel, ajudante de campo do marechal
Marmont, desertou juntando-se ao exército anglo-português, iniciado maçon em
Grenoble, na Loja (militar) Cavaleiros da Cruz (5/2/1822).
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 286º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente)
Faltam 80 dias para terminar este ano bissexto
Dia da Criança, dia de Nossa Senhora Aparecida, dia do Descobrimento da América (524º ano),
dia da Leitura, dia do Engenheiro Agrônomo, dia dia do Corretor de Seguros,
dia do Mar e dia do Basquete
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 3/33
1798 – Nasceu em Queluz, Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier
de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança
e Bourbon, D. Pedro IV, rei de Portugal e imp. do Brasil. Cedo partiu para o Brasil
com o pai D. João VI, envolveu-se no processo separatista liberal, proclamou a
independência do Brasil. Com a morte de seu pai foi aclamado rei de Portugal, mas
abdicou do trono em favor de sua filha Maria da Glória na condição desta casar com
o tio D. Miguel, e este aceitar a carta constitucional. Perante a violação do acordo
por parte de D. Miguel, que se assumiu como rei absoluto, D. Pedro abdicou do
trono brasileiro em favor de seu filho o imp. D. Pedro II e veio assumir os interesses
de sua filha, ainda menor. Desembarcou no Mindelo, com o apoio da França e da Inglaterra,
iniciando uma guerra civil que terminou com o acordo de Évora-Monte, transferindo seus poderes
para sua filha D. Maria II, iniciado maçon em 2/8/1822 na Loja Comércio e Artes, no Rio de
Janeiro, com o nome simbólico de Guatimosim, nome do último imp. azteca. G.M. do G.O. do
Brasil, em 4/10/1822, mas ele próprio viria a proibir as suas atividades em 27/10/1822, por razões
políticas (24/9/1834).
1804 – Foi criado em Paris o Sup. Cons. do R.E.A.A. de França, o segundo no mundo, para
difundir na Europa o Rito Escocês Antigo e Aceito.
1813 – Proclamada a independência do Paraguai.
1822 – D. Pedro foi aclamado imp. constitucional e defensor perpétuo do Brasil.
1858 – Nasceu em New Salem, Isaac Newton Lewis, militar americano, inventor da
metralhadora, fabricada na Bélgica e usadas na I Grande Guerra Mundial, e de uma
série de outras armas de artilharia de costa (9/9/1931).
1869 – Decretada pela Santa Sé a bula Apostolicae Sedis Moderatoni em que foram
excomungados os Maçons e os Carbonários, por maquinação contra a igreja e os seus
poderes legítimos.
1875 – Nasceu em Leamington Spa, Warwickshire, Edward Alexander Crowley, Aleister Crowley,
poeta, escritor, alpinista, pintor, astrólogo e crítico social, místico, ocultista, místico, revolucionário
sexual e dependente de drogas, nomeadamente da heroína, frequentou na infância a seita
irmandade de Plymouth, estudou e graduou-se no Trinity College. Dedicou-se ao misticismo,
magia, ocultismo, cabala, astronomia e magia celestial. Escreveu: A Infância no Inferno, Liber Al
vel Legis e The Equinox, em 1898 foi iniciado no Grau de Neophytus na Ordem Hermética da
Aurora Dourada onde privou com William Butler Yeats, Gustav Meyrink, Florence Farr, A. E.
Waite, Sax Homer, Bram Stocker, F. L. Gardner e Arthur Machen. Em 1907, fundou a Argenteum
Astrum ou Ordem da Estrela de Prata, amigo de Fernando Pessoa com quem trocou
correspondência e o visitou em Lisboa e em Sintra (5/10/1930), visitou lugares místicos. Nunca
se provou a sua iniciação como maçon, mas defende-se que o foi ainda que irregular. Teve
contactos e laços com a Maçonaria, nomeadamente no México, França e Inglaterra e com a Loja
Quattuor Coronati, mas nunca se proveou essa sua condição (1/12/1945).
1883 – Decreto instalador em Sofia, Bulgária, a Loja Bratestvo (Fraternidade), n° 162 do
G.O.L., que abateu colunas em 26/9/1911. Houve uma segunda Loja (26/2/1880) instalada.
1888 – Nasceu em Gouveia, João Abel Carneiro de Moura Abrantes Manta, pintor
impressionista, formado na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde foi prof.,
estabeleceu-se em Paris durante seis anos, viajou pela Europa. Pintou os retratos de
Aquilino Ribeiro, Paiva Couceiro e Bento de Jesus Caraça, expôs de Lisboa a Tóquio e
recebeu prémios internacionais (9/8/1981).
1890 – Nasceu em Lisboa, Luís de Freitas Branco, musicólogo e compositor, educado nas
tradições intelectuais e artísticas, as suas inclinações musicais cedo se revelaram e vieram a
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 4/33
confirmar-se com a composição, aos catorze anos de Aquela Moça, Vathek e Paraísos Artificiais.
Estudou com o Augusto Machado e Tomás Borba. Ao significado da sua obra, da personalidade
fecunda e dominadora, há a juntar a verdadeira paixão pela juventude (27/11/1955).
1906 – Morreu em Lisboa, Heliodoro Salgado, maçon, pobre, o seu enterro foi uma
manifestação de solidariedade popular (8/7/1861).
– Nasceu em Ponta Delgada, Álvaro António Barreiro Pais
de Ataíde, médico neurologista, operou Salazar
nasequência da sua queda, democrata, republicanop,
membro do M.U.D. e do M.U.N.A.F., apoiante de Norton
de Matos, Quintão Meireles e Humberto Delgado, iniciado
maçon no Triângulo nº 315 de Almada, fundador da Loja
Revoltar em Almada, saíu em 1934 e voltou em 1976 para
a Loja Liberdade e Justiça, membro do Conselho da
Ordem, Grau 33º do R.EA.A.. Fundador em 1980 da Loja Tolerância, G.M. Adjunto demitiu-se e
cindiu sendo fundador da G.L.R.P. (ver 10/7/1987).
1908 – Instalada na Batalha, a Loja Perseverança, n° 293 do G.O.L., no R.E.A.A., abateu
colunas em 30/6/1912.
1931 – Inaugurado no morro do Corcovado, Rio de Janeiro, a 710m de altura,
o monumento ao Cristo Redentor, um símbolo da cidade, da autoria do eng.
Heitor da Silva Costa, e com a contribuição financeira de todo o povo do Brasil.
1933 – Pastoral do sínodo da igreja ortodoxa, reunido na Grécia, condenou a
maçonaria.
1935 – Nasceu em Modena, Luciano Pavarotti, tenor lírico, reconhecido como o
que mais popularizou a ópera, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e
Verdi. Apresentou vários espetáculos de grande impacto com os amigos José
Carreras e Plácido Domingo. Correu todos os grandes palcos do mundo e foi
agraciado com inúmeros prémiso e condecorações pelo mundo fora. Formou
duetos com grandes cantores de música ligeira, como Frank Sinatra, Andrea
Boccelli, Laura Pausini, Elton John, Bryan Adams, Queen, Mariah Carey, Bom Jovi
e tantos outros, o que lhe granjeou grande popularidade (6/9/2007).
1958 – O governo belga instituiu o ensino livre e gratuito.
1959 – Diretiva do Estado-Maior do Exército sobre a definição da política militar do exército
português, iniciando a preparação da defesa do Ultramar, face à prevista eclosão de ações da
guerra colonial subversiva.
1964 – Leonid Brejnev substituiu Nikita Khrushchev como secretário geral do Partido Comunista
da União Soviética.
1968 – Proclamada a independência da Guiné Equatorial.
1972 – Assassinado pela P.I.D.E. nas instalações do então I.S.C.E.F., José
António Ribeiro dos Santos, estudante de direito, militante do M.R.P.P.,
gerou um movimento de contestação popular, nomeadamente no seu funeral a
dia 14.
2002 – Ataque terrorista a uma discoteca na ilha de Bali, Filipinas, originando mais de 200
mortos e 300 feridos, perpetrado pela organização Jemah Ismaliyach, ramo da Al-Qaeda.
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1798 Nascimento em Lisboa de D. Pedro I, (Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de
Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbom) –
primeiro Imperador do Brasil. Faleceu em 24.09.1834, em Lisboa (Portugal).1822 é aclamado Imperador
Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil no dia de seu aniversário. Consolida-se a nossa
Independência.
1804 Foi criado em Paris o Supremo Conselho de França, o segundo no mundo, para difundir na Europa o
Rito Escocês Antigo e Aceito
1822 D. Pedro é aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil no dia de seu aniversário:
consolida-se a independência.
1869 Bula Apostolicae sedis, do Papa Pio IX, condenando a Maçonaria
1985 Fundação da Loja Verdadeira Amizade, de Além Paraíba – (GOEMG)
1988 Fundação da Loja Kuzes e Virtude Itamogiense Nr. 50 de Itamogi – (GOMG)
1994 Fundação da Loja Fraternidade Serrana Nr. 57 de São Joaquim, que trabalha no REAA (GOSC).
Florianópolis vai sediar nos dias 14 e 15 de outubro o
XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
XXIIi Encontro dE Estudos E Pesquisas Maçônicas
da loja fraternidade brazileira
Florianópolis dias 14 e 15 de outubro de 2016
no CASTELMAR HOTEL
Inscrições, Programação, Evento, Organização, acesse
miguel.simao.neto@uol.com.br
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 6/33
O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
MEU CUNHADO ÚNICO
Eu gosto muito quando eu sonho com as pessoas que já não se encontram entre
nós, principalmente com aquelas que mantiveram comigo boas relações de amizade. Sonhar com
meu pai e com minha mãe, por exemplo, faz reviver as suas presenças e todo o dia para mim se
transforma em radiante luz. Neste dia 6 de outubro sonhei com o meu cunhado, Abelardo Barbosa
de Medeiros. Foi um sonho tão rápido como rápidas eram nossas conversas. Simplesmente
Abelardo me pedia para que eu mandasse rezar missa para ele.
Era o dia 10 de julho do corrente ano e eu me encontrava em São João do Rio do Peixe, no alto
sertão da Paraíba. O sol nem havia nascido quando meu sobrinho Eduardo me comunicava o
falecimento de seu pai Abelardo. Foi um evento que, não obstante a esperança, de certa maneira
era esperado, ante a complicada situação que ele enfrentava interno numa casa hospitalar. Voltei
imediatamente a Campina Grande para estar com minha irmã e demais familiares e participar dos
últimos atos de reverência a ele dirigidos.
Durante aquele curto dia pude rememorar e avaliar nossa relação familiar, desde quando por
algum pouco tempo habitei sua casa, auxiliando-o e à minha irmã em suas atividades comerciais
na sortida mercearia no bairro da Liberdade em Campina Grande. Mas não só isso, também a
forma respeitosa com que ele se relacionava comigo. Não tinha intimidades, não trocava
confidências, não demonstrava seus problemas. Mas ouvia opiniões, guardava conselhos e muitas
vezes aceitava soluções.
Ele, apesar de comerciante, tinha uma paixão pela vida rural, trazida certamente de sua infância
feliz lá em Casinhas, à época distrito de Surubim. Cuidar de gado era o que fazia com muita
eficiência, jamais se desapegando desse labor, tanto que mantinha um curral em pleno ambiente
urbano, produzindo e distribuindo leite para uma clientela cativa. Se, como disse Euclides da
Cunha, que o sertanejo era antes de tudo um forte, Abelardo era antes de tudo um vaqueiro, um
vaqueiro que tinha em seu sangue a força da terra árida nordestina castigada pelo sol, mas
vicejante aos primeiros pingos das primeiras chuvas. Muitas vezes ainda criança eu o via
participar das vaquejadas lá em Surubim, esporte próprio do vaqueiro nordestino e hoje ameaçado
de ser extinto. Esta é a imagem que tenho de Abelardo e que ficará sempre em minha lembrança.
Encontro-me hoje em Surubim, a minha terra natal e de Abelardo. Vim recordar o passado, os
bons momentos de minha infância, em companhia de Socorro e de minha irmã Teté, a esposa
viúva de Abelardo. Estivemos visitando a Igreja de São José, o padroeiro da cidade. E lá,
compenetrado, atendi ao seu pedido. Se quando em vida eu tinha consideração a Abelardo, esta
consideração transcendeu à sua morte para fixar-se na memória que tenho dele. Não importa a
razão do seu pedido, o que importa é que ele se lembrou de mim. Descanse em paz, Abelardo.
2 – Meu Cunhado Único
Ailton Elisiário
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
Três Pontos:
A origem deste sinal é discutível. Alguns autores defendem a tese que ela remonta a
uma seita de caráter filosófico-religiosa chamada Alumbrados, (Iluministas) que
atingiu o seu apogeu em 1623, na Espanha. Objetivando se resguardar da Inquisição,
os Alumbrados adotaram o uso de troca de correspondências, bilhetes e mensagens
através de modo singular e privativo de identificação, colocando os três pontinhos
para substituir a parte suprimida.
Em 1776, Adão Weishaupt fundou uma sociedade secreta nos mesmos moldes
daquela seita antiga, porém com outras finalidades à qual deram o nome de
Iluminismo. Da mesma maneira que os antigos Alumbrados adotaram o uso dos três
pontinhos em suas correspondências e com as mesmas finalidades: discrição
aparente. Como esta sociedade havia recrutado um número incontável de adeptos,
teria sido adotada pela Maçonaria como símbolo fadado a vencer séculos. A
literatura maçônica especializada aborda também, que a abreviatura pela
tripontuação vem da arte hieroglífica egípcia. Segundo J. C. Fisch, para marcar um
número de vegetais idênticos, ou da mesma espécie, os egípcios escreviam a letra
inicial do nome genérico da planta e colocavam três flores de lótus atrás dessa
inicial. Para um mineral, colocavam três grãos ou pontos e para um líquido colocavam
três traços ondulados.
Portanto, segundo este autor, os Três Pontos da abreviatura maçônica seriam uma
imitação das três flores de lótus, dos três grãos ou pontos e dos três traços
ondulados da escrita hieroglífica egípcia. Ainda, segundo Fisch para indicar a
pluralidade de uma coisa qualquer, os egípcios duplicavam, triplicavam,
quadruplicavam os sinais hieroglíficos de acordo com a quantidade que queriam
exprimir.
3 – Três Pontos
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 8/33
Tradição Maçônica: Quando a Maçonaria
organizada resolveu adotar o uso dos três
pontinhos com as mesmas finalidades dos seus
predecessores, o costume já era conhecido até
mesmo entre os gregos e os romanos.
Entre os romanos era tão difundida esta prática
que tornava os textos pouco legíveis, o que fez
com que o imperador Justiniano os proscrevesse.
Entretanto, a partir do século X o uso de abreviaturas se multiplicou tanto que em
1304, Felipe, o Belo, da França, publicou uma ordenação proibindo o uso de
abreviaturas nos documentos oficiais a fim de evitar falsificações e interpretações
errôneas ou tendenciosas. A Maçonaria adotou este sistema fundamentalmente como
sinal de abreviatura de determinadas palavras. Partindo-se do princípio de que esta
abreviatura tinha por finalidade resguardar suas correspondências dos olhares
indiscretos, este argumento torna-se pouco provável uma vez que a forma atual de
como são feitas as abreviações não resguarda coisa alguma, já que qualquer profano
consegue, por pressuposição, entender a redação das palavras.
Afirma-se que seu uso data de 1774, quando o Grande Oriente da França, os utilizou
pela primeira vez em correspondências dirigidas às Lojas de sua jurisdição.
O uso da tripontuação é marca registrada da Maçonaria francesa. Nos países anglo-
saxônicos este sinal quase não é utilizado. Foi adotado largamente nos Estados
Unidos e pelas Potências latinas onde os maçons tradicionaram seu uso depois de
seus nomes ou assinaturas. Simbolismo: Considerando ser a Maçonaria uma
Instituição essencialmente simbólica, de simples sinal de abreviatura, no início, os
Três Pontos tornaram-se, posteriormente, motivo de múltiplas interpretações pelo
caráter altamente místico do número três e pelo triângulo que os pontos formam em
si. Entre as mensagens simbólicas que eles encerram estão:
1) O Ponto Superior, isolado, representa a Unidade Fundamental de tudo, é o
Princípio Primário, do qual tudo se originou, é o Absoluto, o Ain Soph da Cabala, que
existe sem ter começo, criou e não foi criado. b) Os Dois Pontos Inferiores são a
imagem da Dualidade, reproduzindo a multiplicidade do Universo. Analisados
isoladamente, cada um dos pontos traduz sempre o mesmo aspecto da Unidade
Primordial e Originária. c) Unindo-se o Ponto Superior por linhas que terminam nos
dois pontos inferiores obtém-se um Ângulo onde se estiliza a mesma Dualidade dos
princípios, convergidos para um terceiro originário, figurado pelo vértice. d)
Traçando-se uma terceira linha horizontal que una os dois pontos inferiores entre si
consegue-se a figura do Triângulo que reproduz a Unidade Absoluta no mundo das
relatividades. O que esta interpretação quer nos transmitir é que no início da
formação das coisas Deus era Um e, para reinar, não poderia ser sozinho, a partir
daí Ele concebeu sua criação tirada de si mesmo, para constituir o Princípio
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 9/33
Originário Absoluto e sua criatura começaram a se originar numa proporção de
perfeito equilíbrio. 2) O Ponto isolado, superior corresponderia ao Oriente, de onde
emana a Luz e onde está a representação da divindade que é o Delta Luminoso que,
por sua vez, representa a Unidade Trinitária. Os outros dois pontos que se alinham
abaixo correspondem ao Ocidente, que representa o Mundo Relativo das aparências e
formas que é estudada em ambas as Colunas.
3) Representa os três grandes Pilares: Sabedoria, Força e Beleza. No Painel de
Aprendiz simbolizam as virtudes teologais dispostas nos três degraus da Escada de
Jacó: Fé, Esperança e Caridade. Poderia ser citados uma centena de outros ternários
e trilogias conhecidos abordando temas místicos, religiosos, maçônicos, cívicos, etc.
todos eles relacionados com os Três Pontos. Luiz Prado deu até nome para cada um
dos pontos isoladamente, informando que as três qualidades indispensáveis de um
bom maçom são: Vontade (ponto de cima), Amor (o da direita, embaixo), Inteligência
(o da esquerda, embaixo).
Embora Albert Mackey, em sua Enciclopédia da Maçonaria, diz textualmente ao se
referir aos Três Pontos: Não é um Símbolo, mas simplesmente um Sinal de
Abreviatura, a ideia da relação entre os Três Pontos com o Triângulo, já está
arraigada no conceito dos simbolistas maçônicos.
2. O triponto representa sempre a tríade, a trilogia, a Trindade e também o
triângulo. O triponto é o número da Luz, pois cada ponto é o estágio do Sol: quando
nasce, ao meio-dia e quando se põe. Três, diz a Instrução, é o número da Luz,
correspondente a Fogo, Chama e Calor.
O maçom deve ter em si o Fogo do amor para com tudo o que é bom, justo e honesto;
deve ter a Chama da Vontade para cumprir com paciência, resignação e
determinação, o programa por ele traçado para a conquista da Perfeição; deve ter,
finalmente, o Calor da Inteligência e da Sabedoria para distinguir o Bem, o Belo e o
Perfeito nas mínimas coisas que se lhe deparam! Amor, Vontade e Inteligência
constituem o significado dos três pontos que todo o maçom deve ter a honra de apor
à sua assinatura, colocando-os de maneira a formarem um triângulo de Perfeição.
3. Há várias interpretações reconhecidas. Lembra o místico Delta, faz referência ao
trinômio: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e às qualidades indispensáveis ao
maçom: Amor, Vontade e Inteligência. Os Três Pontos têm uma origem bem antiga –
nos objetos celtas do século IX a.C. e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e gregas.
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 10/33
Os Três Pontos dispostos em triângulo são uma das expressões da luz interior e do
Espírito que presidiu à Criação do Mundo. A tradição grega considerava o triângulo a
imagem do céu. O triângulo é a mais estável das formas poligonais. É a forma
utilizada para unir partes de estruturas rígidas, como pontes, etc., e fortalecer
outras estruturas, reduzindo a mobilidade. O triângulo apresenta-se como dois
opostos que se unem ao alto, por um terceiro elemento. Os Três Pontos traduzem a
concepção piramidal egípcia; A Criação. A natureza tríplice de Deus: Criação -
Conservação - Destruição. Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos).
O sexo em função reprodutiva. A trindade simboliza um processo de desenvolvimento
que se desenrola no tempo. É um processo dinâmico, que implica em crescimento,
desenvolvimento e movimento no tempo. O desenvolvimento ordenado e harmonioso
do Universo. A síntese espiritual. A solução do dualismo. A fórmula da criação de
cada um dos mundos. Os três ciclos de vida: nascimento, apogeu, morte. O
Conhecimento (Música, Geometria, Astronomia), segundo Pitágoras. A composição do
homem (corpo, alma, espírito). As três esferas concêntricas do Universo: natural,
humano e divino.
4. Os três pontos usados, em quase toda a Maçonaria do Universo, nas abreviaturas,
foram usados apela primeira vez, segundo historiadores franceses, em 12 de agosto
de 1774, pela Grande Loja da França.
5. Usa a Maçonaria e os maçons a tripontuação, que significaria: O Ne Varietur (para
que não se mude). A tripontuação foi muito usada na final dos textos canônicos por
inúmeras editoriais e editoras para autenticá-los e para, nunca, nada ser mudado,
permanecendo sua autenticidade. Usavam o termo em latim Ne Varietur, que alguns
pensam ser francês, pronunciado Ne Varieté, quanto a sequência dos três pontinhos.
6. Ensaios:
1) Os Três Pontos: Os três pontos maçônicos constituem o mais simples e
característico emblema do Ternário. Escolhendo estes símbolo juntamente com o
esquadro e o compasso, como insígnia da Ordem, os seus fundadores deram prova de
uma perspicácia e sabedoria que aqueles que conhecem, o valor oculto das coisas
nunca poderão negar-lhes. Estes três pontos sintetizam admiravelmente o Mistério
da Unidade, da Dualidade e da Trindade, ou seja do Mistério da Origem de todas as
coisas e de todos os seres. Encontramos estes três pontos, harmonicamente juntos e
diferenciados numa Unidade Oriental e numa Dualidade Ocidental, nas três Luzes do
Altar, em torno do Livro da Tradição que através dos séculos é portador da Eterna
Verdade, e dos instrumentos que são necessários para compreendê-la e aplicá-la.
O ponto superior representa, como é evidente, a Unidade Fundamental ou Primeiro
Princípio Preantinômica, Originário e Imanente, do qual tudo teve origem.
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É o Absoluto, o Ain-Soph, cabalístico, que existe em princípio, e no qual existem em
princípio todas as coisas. Brahma, Vishnu e Shiva o Criador, o Conservador e o
Destruidor do Universo; Osíris, Ísis e Hórus, ou seja o Pai, A Mãe e o Filho, formam
Nele uma única pessoa e um só ser, uma única e indivisível Realidade.
É Sat o que é o fundamental Princípio imanente e transcendente de toda existência,
o Fulcro Central Imóvel que é Origem e Princípio da Criação. Os dois pontos
inferiores, são igualmente, uma imagem da Dualidade; os dois Princípios que
representam as duas colunas, de cuja união e de cujas múltiplas ações e reações é
produzida a multiplicidade fenomênica do Universo.
Cada um deles é um diferente aspecto da Unidade Primordial Originária, que
permanece indivisa e indivisível em sua dúplice aparente manifestação: um existe
enquanto existe o outro, e os dois resolvem-se no Princípio Fundamental do qual
tiveram origem. Efetivamente, se aproximarmos os dois pontos inferiores, com
movimento igual, ao ponto superior, aproximam-se também, um do outro, e quando se
unem a este, unem-se também mutuamente.
Se traçarmos duas linhas entre o ponto superior e os dois pontos inferiores,
obteremos o ângulo que expressa, com seus dois lados emanados de um único vértice,
esta mesma dualidade dos dois Princípios, emanações ou aspectos de um só Princípio
Originário.
E se traçarmos outra linha que una os dois pontos inferiores, obteremos o triângulo,
cuja base, unindo os dois elementos, representa o terceiro, que reproduz em si, no
mundo do relativo um novo aspecto contingente da Unidade Preantinômica Absoluta.
Assim os três pontos mostram isoladamente os três Princípios que constituem a
Unidade Originária e a Dualidade da manifestação.
A união dos três Elementos primordiais - o enxofre, o sal e o mercúrio, o Pai, a Mãe e
o Filho - que tornam fecunda e construtiva a atividade dos três Princípios. Enquanto
o ponto superior corresponde ao Oriente e ao Mundo Absoluto da Realidade (e, na
Loja, ao Delta, emblema da Unidade tri-unitária), os dois pontos inferiores
correspondem ao Ocidente, ou seja ao Mundo Relativo, que é o domínio da aparência,
e na Loja às duas colunas emblemáticas da Dualidade: O progresso maçônico acha-se
também, aqui indicado sinteticamente, com o progresso da inteligência, que se ergue
sobre o domínio da mente concreta (Reino da Dualidade e dos pares de opostos),
estabelecendo-se no sentimento e na consciência da Unidade fundamental de tudo e
da identidade essencial de todos os seres, por meio das faculdades superiores da
Inteligência, que se baseiam na Unidade, da mesma maneira que a mente concreta
baseia sua lógica e seus juízos no sentido da Dualidade.
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2) Irmão com Três Pontinhos: A palavra Irmão, tal como se encontra no dicionário,
significa pessoa que descende de um ou dois pais comuns.
Essa definição baseada na origem biológica da pessoa, embora bastante simples e
precisa, não é suficiente para definir a palavra Irmão no sentido mais amplo do
termo. Muitas religiões, notadamente os evangélicos no Brasil, utilizam o termo
Irmão para definir aquele que professa a mesma religião que a sua; esse sentido
deriva da crença que todos somos filhos de um único Deus e, portanto, a humanidade
formaria, segundo esse entendimento, uma grande família, sendo todos irmãos. É,
sem dúvida, uma bela e filosófica visão e talvez seja um fim a ser alcançado.
Nos Estados Unidos da América, os índios Sioux tinham uma tradição que era a
seguinte: todo menino nascido na tribo, durante os primeiros meses, era amamentado
por todas as mulheres da tribo.
Dessa forma esse menino, ao tornar-se guerreiro, considerava todas as mulheres da
tribo como suas mães e todos os velhos como seus avós. Destarte, todos os outros
guerreiros eram seus irmãos e estando em batalha, cada um cuidaria da sua vida e da
vida de seus irmãos. Sendo esse um sentimento tão forte, jamais um irmão seria
abandonado no campo de batalha, se tivessem que morrer, morreriam juntos; irmãos
na vida e na morte. Na Maçonaria, temos o costume de tratar-nos como Irmãos,
demonstrando o caráter fraternal de nossa organização.
Quando um profano recebe a luz em um templo durante o ritual de iniciação, a
primeira coisa que ele vê são seus irmãos armados com espadas, jurando protegê-lo
sempre que for preciso. A partir desse momento, todos que a ele se referem o
tratam por irmão, e os filhos de seus irmãos passam a tratá-lo como tio. Forma-se,
nesse momento, um elo firme entre o novo membro da ordem e a família maçônica.
É difícil precisar, no entanto, como esse vínculo se cria e se mantém. Por quê? Ao
sermos reconhecidos como maçons, o outro lado prontamente abre um sorriso amigo
e te abraça, como se já te conhecesse toda a vida. Que força é essa que nos une e
faz com que pessoas de diferentes raças, credos, profissões e classes sociais
tenham um sentimento de irmandade mais forte entre eles que entre irmãos de
sangue? A Maçonaria que passou por várias fases em sua existência, desde a
Maçonaria operativa até as atuais Lojas Simbólicas, foi refinando a maneira pela qual
seus membros são escolhidos e convidados a integrar nossas colunas. O possível
candidato, sem saber, está sendo observado em seus atos e na forma de conduta na
vida profana.
Ao ser formalmente convidado, parte de sua avaliação já foi concluída, bastando
agora cumprir os regulamentos da respectiva potência maçônica para levar a cabo o
ingresso do novo membro. Talvez, devido ao fato de que todo o Maçom sabe dos
rigores dessa seleção, em que pese o fato de que algumas vezes cometemos erros
iniciando irmãos que nem de longe mereciam essa honra, nós temos a tendência a
confiar em um irmão porque sabemos que ele é livre e de bons costumes. Aquele que,
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ao pôr sua assinatura em uma folha qualquer acrescentar os três pontinhos, deve
saber que está dizendo ao mundo: Sou Livre e de Bons Costumes. E como tal, será
cobrado em suas ações e atitudes tanto dentro dos templos como no mundo profano.
Creio que muitos irmãos adentram à nossa ordem sem a devida reflexão da
responsabilidade que isso lhes impõem, repetem os juramentos sem entender a
verdadeira abrangência de suas palavras. Assim o fazem porque isso faz parte do
ritual, da mesma forma que as pessoas jamais frequentam a igreja, se casam e juram
amor eterno e fidelidade diante do sacerdote sem, no entanto, ter a menor intenção
de cumprir esse juramento. É compreensível que muitos irmãos entrem na Ordem
sem o devido conhecimento da mesma, até porque esse conhecimento é pouco
divulgado e muitas vezes os padrinhos e aqueles que fazem as sindicâncias não
esclarecem ao profano devidamente sobre as responsabilidades que estará
assumindo.
O que não é aceitável é que depois de ingressar e conhecer nossas normas e formas
de conduta exigidas, o irmão continue agindo como antes do ingresso. Ou seja, o
irmão transforma-se naquilo que costumamos chamar de Profano de Avental, é aquele
irmão que embora imbuído de boas intenções, não permeia seu espírito com os
ensinamentos da Maçonaria. Mesmo que permaneça na Ordem por toda a vida, ele
jamais será um Maçom no mais completo sentido da palavra. Nossa ordem necessita
de irmãos que tenham entre si aquele sentimento de fraternidade e solidariedade.
Tais quais os guerreiros Sioux, que sendo filhos genéticos de pais diferentes se
sentiam irmãos, porque participavam de algo maior que cada um deles
individualmente. Nossas Lojas precisam de irmãos de verdade, aqueles que têm
orgulho de pertencer a essa instituição.
Ele deve lembrar-se sempre que ele não escolheu a Maçonaria, mas foi por ela
escolhido, pois reúne as condições necessárias para tal. No entanto, ele escolheu
ficar e deve ser fiel aos seus juramentos. Precisamos, portanto, de Irmãos com três
pontinhos de verdade. (Álvaro Perez).
3) A Origem e o Significado do Triponto:
O triponto está presente nas abreviações contidas em diplomas, pranchas, manuais e
rituais do REAA e na assinatura de todo maçom brasileiro que se preze.
Mas qual é a origem desse costume e seu real significado? Muitos se arriscam em
chutar seu significado: os três graus simbólicos; o Esquadro e Compasso e o Livro da
Lei; as Colunas Jônica, Dórica e Coríntia; o Venerável e seus dois Vigilantes; o
triângulo superior da Árvore da Vida; as pirâmides de Quéops, Quefren e
Miquerinos; o Enxofre, o Mercúrio e o Sal; Pai, Filho e Espírito Santo; ou mesmo
Prótons, Elétrons e Nêutrons; etc, etc, etc.
Daí, em cima do suposto significado, deduzem a origem: Grécia Antiga, Cabala, Egito
Antigo, alquimistas, Igreja e até na Física. Temos que concordar que o tema colabora
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para o quase infinito número de interpretações, muitas sem pé nem cabeça, afinal de
contas, o número 03 pode ser encontrado em todas as culturas, épocas e religiões.
Aliás, pode-se encontrar nessas qualquer número entre 01 e 09, basta um pouco de
criatividade!
Os números acima de 09 não são tão populares exatamente por dar mais trabalho
encontrá-los. Mas não é possível que continuemos a utilizar o triponto nas
abreviações e até mesmo em nossas assinaturas sem saber a real origem e
significado do mesmo. Então, vamos ao que interessa: O triponto não está presente
na Maçonaria Universal, e sim apenas nos Ritos de origem francesa. Sua forte
presença no Brasil deve-se à supremacia do REAA no país. Conforme Ragon, em sua
obra Ortodoxia Maçônica o triponto começou a ser oficialmente usado nas
abreviações a partir de 12/08/1774, através de determinação do Grande Oriente da
França. Chapuis evidencia que o uso já era adotado por algumas Lojas francesas
anteriormente, como na Loja A Sinceridade, de Besançon, em ata de 1764. O
costume de abreviar as palavras surgiu com os gregos e foi extensamente explorado
pelos romanos através das anotações tironianas que, aliás, criaram a regra de
duplicar a letra inicial quando da abreviação de termo no plural, regra ainda
existente na abreviação maçônica. Esse sistema de abreviação do latim sobreviveu de
tal forma na Europa pós-romana que, para se ter uma ideia do uso e abuso das
abreviaturas na França, em 1304 o Rei Felipe IV, o Belo, publicou lei proibindo
abreviações nas atas jurídicas. Se sempre adotadas em atas e sinalizadas por traços,
barras ou reticências, é claro que nas atas maçônicas as abreviações não ficariam de
fora e ganhariam um sinal correspondente com a instituição: uma variação das
reticências, lembrando o símbolo geométrico mais importante para a Maçonaria, o
Triângulo.
Não demorou para que, pelo costume da escrita e exclusividade do uso, o triponto
ultrapassasse sua utilidade caligráfica e alcançasse a assinatura dos Irmãos. Por que
os maçons ingleses e americanos não utilizam o triponto? Simplesmente porque a
língua inglesa não é uma língua neolatina, românica.
Ocorrem abreviações, porém respeitando outras regras e sem o uso de sinais. Com a
questão esclarecida, sejamos sinceros: a verdade é bem melhor do que imaginar que
estamos desenhando Quéops, Elétrons ou Enxofre quando assinamos!
7. Rituais: (...) três são os pontos que o maçom deve orgulhar-se de apor a seu
nome, pois esses três pontos representam, especialmente, as três qualidades
indispensáveis ao maçom Vontade-Amor ou Sabedoria-Inteligência. (RA). (V.
Abreviaturas, Hieróglifos, Ternário Maçônico, Tríade, Triângulo, Trindade).
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
OS CAMINHOS DA VERDADE PARA O MAÇOM.
“Senhora, algumas vezes eu coloquei a mim mesmo uma dúvida: saber se é
melhor estar alegre e contente, imaginando que os bens que possuímos são
maiores e mais estimáveis do que eles são e ignorando os que nos faltam, ou
não parando para considerá-los, ou se é melhor ter mais consideração e saber,
para conhecer o justo valor de uns de outros, e com isso tornar-se mais triste. Se
eu pensasse que o soberano bem fosse a alegria, eu nunca duvidaria de que
deveríamos dedicar-nos a tornarmo-nos alegres a qualquer preço, e eu aprovaria
a brutalidade daqueles que afogam suas mágoas no vinho ou as atordoam com o
fumo. Mas eu distingo entre o soberano bem, que consiste no exercício da
virtude {...} e a satisfação do espírito que acompanha essa posse. É por isso que
é uma maior perfeição conhecer a verdade, mesmo que desvantajosa a nós, que
ignorá-la, e eu confesso que é melhor estar menos alegre e ter mais
conhecimento.” ( Descartes, R. “Carta a Elizabeth” de 6 de outubro de 1645)
UMA INTRODUÇÃO
O trecho acima foi extraído de uma das obras da filósofa Marilena Chaui, onde
consta com o subtítulo “O Valor da Verdade”, e do qual após a sua leitura podemos, então,
perceber o quanto um filósofo do porte de Descartes valorizava a verdade.
As questões, as deduções e muitos dos conceitos emitidos sobre a verdade já
vinham ocupando as mentes dos filósofos gregos antigos, mas, até os dias de hoje, é objeto da
Filosofia, pois é pensamento que para pesquisar a Verdade, é preciso desfazer-nos de todos
os conceitos adquiridos e reconstruir de novo, desde os fundamentos, todos os sistemas do
nosso conhecimento. (Octaviano Galvão, citado por João Ivo Girardi, pág. 628 do “Vade-
Mécum Maçônico”).
O que é a Verdade? Pergunta difícil de responder, e talvez todas as reflexões,
inferências e definições elaboradas até hoje ainda não sejam derradeiras para conceituá-la, até
porque, há o pensamento também de que não existe verdade absoluta, ou de que a minha
verdade pode não ser exatamente a verdade do outro.
A Maçonaria tem como um dos seus objetivos uma busca constante da
Verdade, o Maçom deve, portanto, ser um buscador da Verdade.
O caminho que o Maçom se propõe a trilhar é o caminho que deverá conduzi-lo à
Verdade, ou Luz da Verdade, ou Grande Verdade, mas, esse propósito somente poderá ser
alcançado se ele viver e estudar a Maçonaria convenientemente.
No Ritual de Aprendiz-Maçom, em sua Terceira Instrução, que tem o objetivo de
recordar conhecimentos (e aqui vamos reproduzi-lo com o escopo de fazer com que todos os
Irmãos, independente do seu Grau, e do seu tempo de Maçonaria, tenham a oportunidade de
se recordarem também), o Irmão 1º Vigilante solicitado pelo Ven.’. Mestre a explicar a
interpretação sobre tudo o que ele ouviu falar em Loja, em uma das suas interpretações diz:
4– Os Caminhos da Verdade para o Maçom
- José Ronaldo Viega Alves
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“As purificações, feitas no decurso da s viagens, lembraram-me que o homem não é bastante
puro para chegar ao Templo da Verdade.”
Como já pudemos perceber logo nesse início de trabalho, o tema é muito profundo,
o que sugerir, entre tantas outras coisas, que o nosso destino para essa vida, seja mesmo o de
somente buscá-la, já que não há com não inferir concomitantemente que ela, a Verdade,
carrega junto sua condição transcendental.
ARISTÓTELES E OS PRIMEIROS PRINCÍPIOS
As questões envolvendo a “verdade” e a definição de um conceito estão presentes
desde o nascimento da Filosofia. Aristóteles, um dos maiores filósofos gregos, numa série de
ensaios intitulados “Órganon”, deixou estabelecidas as diferenças entre as formas válidas e
inválidas de que se reveste o raciocínio dos seres humanos. Deixou claro também que, todo
campo de conhecimento começa com certas verdades, que ele denominou de primeiros
princípios. Os primeiros princípios são as verdades fundamentais das quais são retiradas as
conclusões.
A MAÇONARIA E A BUSCA DA VERDADE: UMA COSMOVISÃO
Falemos sobre cosmovisão. O que é uma cosmovisão? É um sistema filosófico
que tenta explicar como os fatos que fazem parte da realidade tem relação e se ajustam uns
aos outros. Há muitas cosmovisões diferentes difundidas em nossa cultura, onde se incluem, o
Deísmo, oTeísmo, etc. A Maçonaria medieval era teísta, por força das influências da Igreja e
do próprio Cristianismo. A Maçonaria Especulativa, e mais especificamente a de vertente
francesa acabou enveredando por uma linha deísta. Hoje, dá para dizer que essas duas
cosmovisões convivem no âmago da Maçonaria. O Teísmo revelou-nos que Deus é a fonte de
poder eterno e infinito, o causador e o que sustém a existência do universo, além de que a sua
divina natureza é a base fundamental para a ética. Sem dúvida, existe uma cosmovisão própria
da Maçonaria, responsável por uma escola de moral e ética que vem apostando nos homens
livres e de bons costumes e incentivando-os a evoluírem. Mas, ela conseguirá manter-se
intacta na condução dos Maçons, em seus propósitos morais, visando uma Humanidade
melhor?
A Maçonaria possui seu conjunto de conhecimentos definidos, os seus
fundamentos construídos ao longo de muitos séculos, e guarda em seu seio as suas verdades
fundamentais. Como disse o Irmão Hélcio Corrêa Gomes:
“Os Landmarques são leis maçônicas universais e imutáveis, é uma verdade – lei maçônica,
mas é, também, uma simulação – imutável, uma vez que a própria história demonstra de per si
existência de mais de um Landmarque em vigência, entre os Maçons universais, inclusive com
claras idiossincracias entre eles – Lojas Americanas e Lojas Inglesas, as quais se acusam
mutuamente de possuírem o verdadeiro e a outra os alterados, quais seriam então os
verdadeiros? Dizer que todas as versões “verdadeiras” nunca foram corrompidas, aqui e acolá,
na premência da dura realidade é apenas conto de fadas. No Brasil, quantos filhos de escravos
foram Iniciados? Na Inglaterra até deficiente visual foi Iniciado. Feliz dos maçons que
promoveram este tipo de alteração digna nos Landmarques, que ensinaram o sentido da
verdadeira Maçonaria, no combate à ignorância, em prol da liberdade e igualdade entre os
homens.”
Com o espírito sequioso, o Maçom, deve buscar várias respostas ao longo da sua
caminhada. No entendimento de Nicola Aslan: “Para o Maçom a investigação da Verdade é
contínua, e é algo que começa com a sua entrada em loja como Aprendiz, mas não acaba
quando já atingiu os Graus mais elevados.” Inferimos que são dos métodos que aplicados na
formação do homem-maçom, que abrangem o estudo, a pesquisa, a reflexão aliada ao
mergulho fundamental do “Conhece-te a ti mesmo” e o constante “desbastar da pedra bruta”,
que são adquiridas as condições necessárias para poder separar o bom do mau e o joio do
trigo, chegando o mais próximo da Verdade. No entender de Joaquim Gervásio de Figueiredo:
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”Se convenientemente estudada e vivida, a Maçonaria pode conduzir à Verdade que palpita e
se reflete através de seus símbolos e alegorias.”
Assim, devemos dispensar toda a nossa a atenção, concentrar todos os nossos
esforços, para que o Aprendiz possa combater a sua própria ignorância, e desenvolva ao
máximo as suas virtudes, sorvendo das mais profundas lições que lhes são ministradas.
O APRENDIZ: PRIMEIRAS NOÇÕES SOBRE A BUSCA DA VERDADE
Nos tempos atuais, onde grassam soberbas e vaidades, para o homem renascido
através da Iniciação, o Homem-Maçom, deve cumprir o dever de livrar-se dos preconceitos
sociais, assim como dos vícios, empreendendo a viagem para dentro de si mesmo, buscando
conhecer as suas verdades. Bem como está sintetizado num trabalho do Irmão Paulo
Fernandes Moura, onde ele diz: “A Sabedoria Divina escondeu o tesouro maçônico onde
nenhum homem poderá usurpá-lo, nem as traças ou o tempo possam corroê-lo: o tesouro
maçônico está dentro do próprio Maçom.”
O “CONHECE-TE A TI MESMO”
O “Conhece-te a ti mesmo” é um jeito de filosofar, é uma reflexão do homem sobre
si mesmo. Também na técnica desenvolvida por Sócrates, a Maiêutica, trazia-se à luz, pela
multiplicação das perguntas, aquilo que estava mais próximo da verdade. Algo como um
processo dialético para a obtenção por indução do conceito a que queremos chegar.
Platão, em sua obra “Apologia de Sócrates” coloca as seguintes palavras sendo
proferidas pelo mestre: “A vida sem exame não é digna de ser vivida.” E para comentar esse
dito, torna-se importante termos em mente os desafios que o Aprendiz-Maçom tem pela frente
e o quanto desses ensinamentos poderá ser-lhe útil. Está implícito no pensamento acima
atribuído a Sócrates o perceber de que a única vida a ser considerada virtuosa é a vida que se
examina. O olhar para dentro de si mesmo, o exame acurado das suas atitudes, das suas
ações, o constante e saudável duvidar, de estar buscando o bem. Eis aí toda a origem dessa
busca, a do filósofo, a do Maçom, ambos amantes da sabedoria.
O Iniciado, o Maçom, irá se converter em um buscador da Verdade, mas, para isso
irá sendo preparado. A sinceridade, a mesma com que ele deu ênfase para dizer que persistia
em entrar para a Maçonaria, a Coragem, a mesma com que enfrentou todas as provas, e a
Perseverança, da qual dependerá a sua continuidade na Ordem, serão três disposições
fundamentais, para que lá no final seja recompensado com a Verdade, esse é o caminho, mas
vejamos o que diz o excerto logo abaixo.
UM POUCO MAIS SOBRE A VERDADE E A MAÇONARIA
Ainda do ponto de vista filosófico, e baseado em Joaquim Gervásio de Figueiredo:
“a Verdade Absoluta não existe no mundo finito e condicionado onde vive o homem. O que
existe são verdades relativas. Na história da Humanidade, em todos os tempos, porém, tem
existido homens sábios que vislumbraram a tal Verdade absoluta, de onde tiraram parcelas
para ensinar as verdades relativas.”
A CIÊNCIA, A FILOSOFIA E A VERDADE
Sabemos que antigos conceitos mudaram, que o pensamento racional afetos à
Filosofia e a Ciência, não deram com as repostas ainda sobre a verdade. A Ciência, outrora tão
confiante nas possibilidades de apresentar unicamente verdades, já convive agora com a ideia
mais flexível de que a incerteza também ocupa alguns espaços. E para a Ciência da
atualidade, a verdade se define na adequação que se estabelece entre aquilo que
representamos e aquilo que percebemos, assim como, na conformidade que existem entre o
que nós enunciamos e os princípios lógicos que governam os nossos pensamentos.
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De parte da Filosofia, a luta pela verdade tem sido constante, pois, desde os seus
primórdios ela vem tentando livrar o homem das superstições, das crenças que não tem
fundamentos, das visões míticas e daquelas atitudes vistas como irracionais.
PARA CONCLUIR: DAS CONDIÇÕES QUE O MAÇOM DEVE REUNIR NE BUSCA DA
VERDADE
Na Maçonaria, o Maçom em primeiro lugar deve buscar a verdade com o espírito
liberto, pois, o Maçom é um livre-pensador. Estar livre de preconceitos, de ideias
preconcebidas, deverão ser alguns dos requisitos para que ele alcance o seu objetivo. Em
segundo lugar, quem sabe, comungarmos do que disse o Irmão Evandro Alberto Oro, em seu
trabalho intitulado e aqui sintetizado: “Se analisarmos mais profundamente veremos que ela, a
verdade maçônica, não propõe nenhum aspecto transcendente de união com o cosmos, com a
divindade, não promete revelação de mistérios. Não apresenta nenhum programa de salvação
espiritual, em resumo, não aborda nenhum dos aspectos tão queridos por alguns Maçons.
Porque se fosse assim, estaria ela, a verdade maçônica, perjurando, apoiando e direcionando
tudo para uma configuração religiosa ou um simulacro religioso. (...)” Então, o Maçom estará
livre para encetar a sua busca da verdade, sempre praticando o bem, pois, o homem só
consegue atingir os seus verdadeiros objetivos, quando liberto do erro, e aí sim, praticar a
virtude. Isto está em plena consonância com os ideais da Maçonaria.
O Maçom deverá, em primeira instância, aprender a desconfiar das próprias
certezas, para assim aproximar-se das verdades. Rizzardo Da Camino em seu dicionário de
termos maçônicos, definindo o vocábulo Verdade, diz à certa altura:
“A Verdade pode ser encontrada no interior do ser humano, no Universo de dentro; pode ser
encontrada no fim do túnel; no nascimento ou na morte; sempre haverá, em tudo, a Verdade,
ou pelo menos, uma Verdade. A busca da Verdade num conceito filosófico não cessa, porque a
Verdade não se deixa encontrar.”
*** Nota:
Este trabalho foi publicado originalmente na revista “Vozes Maçônicas” em sua edição
inaugural. A versão que consta acima é a que agora, foi revista e ampliada, e isso ainda poderá
acontecer outras vezes num futuro, já que:
“As verdades emergem dos fatos; elas, porém, mergulham de novo nos fatos e trazem
acréscimos a estes; os fatos criam de novo ou revelam nova verdade e assim indefinidamente.
Os ‘fatos’ em si mesmo, não são verdadeiros. Simplesmente são. A verdade é função das
crenças que começam e terminam entre eles. (CII3ºIA)” (Vade-Mécum Maçônico, pág. 628, 2008)
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Revistas:
FILOSOFIA – N° 49 – “A Incerteza das Verdades Científicas” – Alberto Oliva – Julho 2010
A TROLHA – N° 308 – “A Eterna Busca” - Trabalho do Irmão Raimundo Rodrigues – Junho/2012
A TROLHA – N° 312 – “A Maçonaria, a Verdade e o Homem” – Trabalho do Irmão Evandro Alberto Oro –
Outubro/2012
A TROLHA – n° 316 - “O Tesouro Maçônico” - Trabalho do Irmão Paulo Fernandes Moura – Fevereiro/2013
FILOSOFIA - Ciência e Vida, n° 71 – “Conhece-te a Ti Mesmo” artigo de Gustavo Dainezi – Junho/2012
Livros:
A TROLHA – COLETÂNEA 6 – “Verdade Não Verdadeira” – Trabalho do Irmão Hélcio Corrêa Gomes – Ed.
Maçônica “A Trolha” Ltda. - 2003
CHAUI, Marilena. “Iniciação à Filosofia” – Editora Ática – 1ª Edição – 4ª Impressão - 2013
DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. - 2006
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. – “Dicionário de Maçonaria” - Editora Pensamento
GEISLER, Norman & Bocchino, Peter. “Fundamentos Inabaláveis” – Editora Vida – 2001
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova letra Gráfica e Editora – 2ª
Edição – 2008
RITUAL E INSTRUÇÕES DO GRAU DE APRENDIZ-MAÇOM DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO –
GORGS – Porto Alegre, RS 2010-2013
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MENSAGEM DO DIA – MAÇONARIA EM GOTAS (V)
Valdemar Sansão
Dia 10 de outubro
MAÇONARIA EM GOTAS (V)
Quanto mais leitura, mais conhecimento, mais perguntas fizermos a nós mesmos, aos nossos
Irmãos e Mestres, mais cedo acolheremos a Maçonaria em nossos corações.
O que é Maçonaria? Rui Barbosa, num de seus célebres
discursos, proferiu a famosa frase: ”A Pátria não é ninguém, são
todos”. Podemos fazer a paráfrase: “A Maçonaria não é ninguém,
são todos”. Todos unidos em torno de um mesmo ideal: o bem da
Humanidade”! Até mesmo na grafia, a Maçonaria, por estranha
coincidência, possui nove letras. E nove é o resultado de três vezes
três. Três, a Trindade, o número sagrado, o dístico “Liberdade,
Igualdade, Fraternidade”. Liberdade, que devemos levar e pregar,
qualquer que seja nosso destino e nossa situação; Igualdade com
que devemos tratar todos aqueles que nos são semelhantes; e
Fraternidade, que deve estar sempre pregada em nossa mão,
quando apertamos a mão de alguém necessitado. A mesma mão
que se ergue para ajudar ao próximo, deve ser a mão que empunha a espada contra a perfídia e a
ignorância.
Meus irmãos, não há sonho mais bonito do que o da grande fraternidade humana. Os homens são
de raça, de povos, de credos diferentes, mas devem dar as mãos, formando uma corrente. Se cada um
de nós for uma semente que o vento espalha, este sonho poderá se realizar um dia!
Novo despertar - Protagonistas nos principais fatos históricos do Brasil, entre eles as proclamações
da Independência e da República, passamos um bom tempo hibernando, voltados para dentro, mas
agora despertamos de novo para o mundo exterior.
Queremos apenas oferecer os serviços dos nossos irmãos a governantes que comunguem dos
princípios da Maçonaria.
Os princípios básicos da Maçonaria são Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Até o início do
século XX, a Maçonaria era muito política. Depois se tornou mais um clube de filantropia, onde
predominam os eventos comemorativos e “copo d’água”. Para voltar a participar das questões
nacionais do séc. XXI, a Maç∴ terá primeiro de superar o imaginário misterioso que a envolve.
ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES
Advertência - Maçons que visitam nossa Loja devem ser recebidos com cordialidade, porém nunca
devem ser admitidos na Loja até que, depois de precauções apropriadas, tenham demonstrado que são
Maçons verdadeiros e dignos de confiança.
Franco-Maçonaria - Tradução literal da expressão francesa Franc-Maçonnerie, significando
apenas Maçonaria.
5 –Maçonaria em Gotas (V)
Valdemar Sansão
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Avental - O Avental é o Símbolo do trabalho e lembra o Avental de couro usado pelos
esquadrejadores (canteiros) e entalhadores de pedra das corporações medievais de ofício, para
proteção do corpo contra estilhaços. O Avental do Aprendiz é de couro, ou pelica (que é uma pele fina
de animal, geralmente carneiro), branco e usado com a abeta levantada, em lembrança do Avental
dos canteiros, o qual cobria o peito, o abdome e parte dos membros inferiores.
O Eixo da Loj∴ - é uma linha imaginária que vai desde o centro da porta de entrada do T∴ até o
dossel atrás do Trono do Ven∴ Mestr∴. Devemos lembrar que, toda vez que em “Loj∴ aberta”
cruzarmos o Eixo da Loj∴ e não estivermos portando instrumento de trabalho, devemos parar,
colocar-nos altivamente a Ordem (sempre com os pés em esquadria) fazermos o Sinal de Saudação,
seguindo após, naturalmente para o fim desejado. Se estivermos portando instrumento de trabalho,
devemos cruzar o Eixo da Loj∴ sem qualquer parada ou meneio de cabeça.
Abertura do Livro da Lei - Não são todos os Ritos que abrem o Livro da Lei, pois, em alguns
deles, o livro permanece fechado, bastando a sua presença. Os Ritos Escocês, Adoniramita e
Brasileiro, fazem a abertura e leitura dos versículos; York: faz a abertura, mas não há leitura dos
versículos; Schroeder: o Livro permanece fechado. No R ∴ E ∴ A ∴ A ∴ a abertura do Livro da Lei
se dá: Grau de Aprendiz: (Salmo 133).
Abertura dos Trabalhos - Cerimônia inicial das Sessões, muito rica em alegorias, onde se abre a
Loja, se identificam e convocam os presentes, procede-se a invocação do Grande Arquiteto e estipula-
se o Grau em que irá operar a Loja. A abertura é comandada pelo Venerável.
Painel - Quadro com gravura que faz lembrar cenas, símbolos, alegorias, termos ligados a
Maçonaria. O pintor John Harris desenhou os painéis que passaram a servir de modelo para as Lojas.
Os desenhos estampados no Painel levam uma vantagem sobre a palavra escrita. O desenho, por si só,
é esotérico, e não revela ao Profano a sua mensagem. É preciso ser Maçom para interpretá-lo.
Painel da Loja de Aprendiz – Define-se como Painel Alegórico da Loja de Aprendiz aquele onde
figuram como principais símbolos a Coluna Jônica (Sabedoria), Dórica (Força) e Coríntia (Beleza), o
Pavimento Mosaico, o Altar dos Juramentos e sobre si o Livro da Lei, as Pedras Bruta e Cúbica, a
Escada de Jacó e sobre ela a Cruz Latina (Sacrifício), a Âncora (Esperança) e a Mão empunhando a
Taça (Destino), a Estrela Flamejante, o Sol, as Estrelas, a Orla Dentada e as Quatro Borlas da Corda
de 81 nós. Esse Painel é colocado no Oriente.
Painéis – Os três Graus Simbólicos têm, cada um dois painéis. Um é simbólico, com o nome de
Painel do Grau de Aprendiz, Companheiro ou Mestre, colocado entre o vértice do Altar dos
Juramentos e a escada de acesso ao Oriente quando é declarada aberta a Sessão. O outro é alegórico,
com o nome de Painel da Loja de Aprendiz, Companheiro ou Mestre, devendo ser apresentado
quando for dada a Instrução explicativa sobre ele. A diferença principal entre os dois Painéis está em
que, no Painel do Grau, estão nele figurando os símbolos ornamentais, as joias fixas e móveis, ao
passo que, no Painel da Loja, os símbolos nele refletidos são alegóricos e constituem-se em objeto
específico das Instruções. Assim e p. ex., na Primeira Instrução de Aprendiz, o que nela se objetiva é
a explicação do Painel Alegórico da Loja de Aprendiz, e não o Painel Simbólico desse Grau. A Loja
estará fechada após a última fala do Venerável: “Meus Irmãos, os trabalhos estão encerrados e nossa
Loja fechada. Antes, porém, de nos retirarmos, juremos o mais profundo silêncio sobre tudo o quanto
aqui se passou”. “Retiremo-nos em paz”.
Cobertura Temporária do Templo – O Obr∴ que tiver que se retirar temporariamente do Templo
deve após autorização do Vig∴ de sua Col∴ e do Venerável, fazê-lo com passos naturais, sem
qualquer saudação. Se estiver na Coluna do Norte deverá, ao cruzar o Eixo da Loja, parar, colocar-se
altivamente a Ordem, fazer a saudação e continuar sua caminhada naturalmente.
Ao retornar (salvo determinação em contrário do Ven∴ Mestr∴) entrará sem formalidade, irá até
entre Col∴, em passos simples e quando passar fará a saudação apenas ao Ven∴ Mestr∴ dirigindo-se
em seguida ao seu lugar, obedecendo sempre a circunvolução.
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 21/33
Saída definitiva do Templo – O Obreiro que, após autorização, tiver que se retirar definitivamente
do Templo, deverá ficar “entre Colunas”, fazer a saudação às Luzes, depositar seu óbolo na Bolsa de
Beneficência, prestar juramento de silêncio e aguardar a permissão do Venerável Mestre para se
retirar.
Concluindo - Só quando o Aprendiz conhecer bem o simbolismo de tudo o que diz respeito a seu
grau é que ele estará apto a galgar o segundo grau, que fará dele um Companheiro. É preciso que a
Maçonaria tome cuidado em não nomear Companheiros, Aprendizes senão depois que os prazos
regulamentares tiverem sido observados. Caso contrário, corre-se o risco de encher as Oficinas de
verdadeiros profanos, isto é, de ignorantes dos simbolismos sagrados.
P.S. – Tudo aquilo que eu segurei com minhas mãos bem fortes, eu perdi, mas aquilo que eu entreguei nas
mãos de Deus, eu tenho até hoje. A Bíblia diz: não é ficar forçando situações ou portas a se abrirem; o teu
papel é entrar nas portas que Deus abriu e se conformar com aquelas que Ele fechou, porque Ele sabe por quê.
Se uma porta se fecha aqui, outra se abre ali. Eu preciso aprender mais de Deus porque Ele cuida de mim!
XXIIi Encontro dE Estudos E Pesquisas Maçônicas
da loja fraternidade brazileira
Florianópolis dias 14 e 15 de outubro de 2016
no CASTELMAR HOTEL
Inscrições, Programação, Evento, Organização, acesse
miguel.simao.neto@uol.com.br
JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 22/33
O Irmão Pedro Juk,
Produz este Bloco às
Segundas, quartas e sextas-feiras
Loja Estrela de Morretes, 3159 –
Morretes – PR
Sessão conjunta
Em 24/03/2016 o Respeitável Irmão Wilmar Gomes dos Reis, atual Venerável Mestre da Loja Acácia
dos 33, 2.341, REAA, GOB-DF, Oriente do Gama, Brasília, Distrito Federal.
wgreis@gmail.com
Estou precisando de informações de como realizar uma Oficina com duas Lojas do
mesmo Rito (REAA).
Quais os procedimentos a serem adotados?
Ocupação dos cargos, enfim tudo será bem vindo, vez que nem eu nem o outro Venerável
participamos de tal Sessão.
Desde já agradeço pela atenção, pondo-me à disposição do Irmão.
Considerações:
Vou transcrever um trecho dos Procedimentos Ritualísticos do Primeiro Grau, REAA,
Grande Oriente do Brasil – Paraná, edição 2.016, cuja autoria é da minha lavra e do Respeitável
Irmão Orlando Antonio Cestaro. Assim está descrito nos Procedimentos no item 3.5.9. Recepção
de Lojas – “Uma Loja pode estar presente na sessão de uma coirmã como incorporada (Art. 26,
inciso IX da Constituição do GOB), quando ambas funcionarem no mesmo Rito. As Lojas
incorporadas ingressam no Templo juntamente com a Loja anfitriã e com ela dividem a
realização dos trabalhos em Sessão Conjunta (Art. 97, inciso VII do RGF). Cabe lembrar que o
Venerável Mestre da Loja anfitriã não divide a direção dos trabalhos com qualquer Irmão. Na
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
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Sessão Conjunta não deverá ser lido o expediente das Lojas. Os assuntos da Ordem do Dia
deverão ser de interesse comum das Lojas. Será confeccionada uma Ata pela Loja anfitriã que
enviará cópia à Loja incorporada, a qual colocará sua própria numeração no Balaústre. O
Tronco de Beneficência deve ser dividido entre as Lojas. Cada Loja fará a sua Lista de
Presenças. Caso não seja do mesmo Rito ou, sendo do mesmo Rito, não atue no
desenvolvimento dos trabalhos, tratar-se-á de uma Loja visitante. A Loja visitante ingressa após
a abertura dos trabalhos com o Venerável Mestre à frente, seguindo-se o Estandarte e
hierarquicamente, as Dignidades, Oficiais e Irmãos formados em colunas por dois do de maior
grau para o de menor, sendo recebida de pé pela Loja visitada e sob-bateria incessante ao Altar
ocupado pelo Venerável Mestre e as respectivas mesas ocupadas pelos Vigilantes. Depois do
ingresso no Templo, os visitantes param e colocam-se à Ordem. Somente o Venerável Mestre
visitante saúda as três Luzes da Loja visitada, sendo conduzido ao Oriente para o lugar devido.
Os Irmãos da Loja visitante desfazem o Sinal, ocupam seus lugares, indicados e comandados
pelo Mestre de Cerimônias. Quando existirem duas ou mais Lojas em visitação, entra por último
o de maior título ou condecoração; se estes forem iguais, entra em último lugar a mais antiga na
Ordem (a de menor número)”.
Cabe lembrar que a Incorporação de Lojas será realizada em uma Sessão Conjunta. Note
que o que parece ser a mesma coisa, possui destaques diferentes. Assim existe uma Sessão
Conjunta desde que composta por duas ou mais Lojas incorporadas. Quando se tratar
simplesmente de uma Loja ou mais Lojas visitantes, o caso não é de uma Sessão Conjunta.
Quanto à ocupação dos cargos em Loja Incorporada, exceto o Venerável da Loja anfitriã,
que não divide o trabalho com ninguém, os outros cargos serão distribuídos conforme o
combinado entre as Lojas incorporadas.
T.F.A. PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com -
Mai/2016
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
03.10.1981 Ação e Fraternidade Gasparense nr. 26 Gaspar
17.10.1969 São João Batista nr. 14 Orleans
19.10.2000 Gênesis nr. 47 Florianópolis
20.10.1977 Duque de Caxias nr. 21 Florianópolis
22.10.1970 Sentinela do Oeste nr. 17 Chapecó
25.10.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
25.10.1996 Cavaleiros da Luz nr. 64 Florianópolis
28.10.1989 Jack Malt nr. 49 Rio Negrinho
28.10.2008 Delta do Universo nr. 98 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
05/10/1991 Zezinho Cascaes Braço do Norte
12/10/1994 Fraternidade Serrana São Joaquim
13/10/2004 Portal da Serra Bom Retiro
15/10/1985 Lealdade, Ação e Vigilância Florianópolis
16/10/1951 Estrela do Planalto Curitibanos
18/10/1997 Acácia das Gaivotas Bal. Gaivota
20/10/2008 Construtores da Paz Chapecó
21/10/1972 General Bento Gonçalves Araranguá
22/10/1997 Sol do Oriente Camboriú
26/10/1975 Acácia das Neves São Joaquim
30/10/2002 Frank Shermann Land Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
03.10.03 Delta de Ingleses - 3535 Florianópolis
06.10.81 Prof. Clementino Brito - 2115 Florianópolis
13.10.07 Luz de São Joaquim - 3884 São Joaquim
15.10.93 Cidade Azul - 2779 Tubarão
15.10.05 Estácio de Sá -3763 Florianópolis
17.10.08 Luz de Órion - 3951 Itapema
23.10.00 Luz e Harmonia - 3347 Brusque
26.10.96 Arquitetos do Vale - 2996 Blumenau
26.10.08 Amigos da Liberdade - 3967 Palhoça
27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí
28.10.95 Luz do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Para o dia 12 de outubro: A Prece
A Prece é o contato entre criatura e Criador.
Pela onisciência de Deus, obviamente, o Criador está constantemente em contato com
a criatura.
Se cada um de nós tivesse a consciência desse contato permanente, seria
desnecessária a prece.
No entanto, nós nos damos conta disso somente quando a necessidade bate à nossa
porta e então, desesperados, suplicamos a presença de Deus.
Sabedor dessa fraqueza humana, o Criador previa a atitude da criatura e então deleita-
se em ouvi-la suplicar.
A mente humana, pelo seu potencial misterioso e desconhecido, pode perfeitamente
“alcançar” onde Deus está.
Não faz mal que nisso haja criatividade e imaginação; na realidade, todos nós, de vez
em quando, nos colocamos diante de Deus e lhe pedimos o que desejamos.
O pedido não tem limite; pode ser vaidoso, egoísta e absolutamente inapropriado;
porém, o fato de suplicar já alivia a pessoa; a resposta chega à mente
instantaneamente, com a mesma velocidade com que partiu.
Por não ser religião, a Maçonaria não cuida desses mistérios; no entanto, o maçom,
como criatura humana, ressente-se desse auxílio.
A prece feita em templo, silenciosa e isoladamente, tem o mesmo efeito que aquela feita em alguma igreja.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 303.
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Eduque as crianças
e não será necessário castigar os homens (Pitágoras)
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1 –
Eu chorei de emoção vendo este
coral cantando 'Ave Maria'!
2 –
Qual é o seu QI? Descubra neste
desafiador teste de cores!
3 –
Natureza: 15 fotos tiradas
perfeitamente no momento exato!
4 – Transporte público de Porto:
https://www.youtube.com/watch?v=9ccO3crO33M
5 – História das Catedrais:
Histoire_Les cathedrales pour les Nuls.pps
6 – Conheça o Tram, o bonde elétrico suíço
https://www.youtube.com/watch?v=BCzSkq-ze8o
7 - Filme do dia- “Olhos Azuis” – Dublado
Sinopse: Marshall (David Rasche) é o chefe do Departamento de Imigração do aeroporto JFK, em Nova
York. Comemorando seu último dia de trabalho, Marshall resolve se divertir complicando a entrada no
país de vários latino-americanos. Entre eles está Nonato (Irandhir Santos), um brasileiro radicado nos
EUA, dois poetas argentinos, uma bailarina cubana e um grupo de lutadores hondurenhos. Dois anos
depois, Marshall vem ao Brasil procurar uma menina de nome Luiza. Quando ele conhece Bia (Cristina
Lago), uma jornada em busca de redenção se inicia. Olhos Azuis foi o grande vencedor do II Festival
Paulínia de Cinema com seis prêmios, incluindo o de Melhor Filme.
https://www.youtube.com/watch?v=6XzcPOmb_c0
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O Irmão Adilson Zotovici,
Obreiro da Loja Chequer Nassif-169
São Bernardo do Campo – SP GLESP
Que escreve aos sábados neste espaço,
hoje comparece homenageando as Crianças.
adilsonzotovici@gmail.com
Oh quão doce criatura
Que de amar não se cansa
De alva alma tão pura
Marca do amor, da bonança!
Vê-se claro em tua figura
Toda bem-aventurança
Gravado em tua candura
Que do PAI és semelhança
O teu riso é confiança
O abraço desenvoltura
Teus olhos toda pujança
Em ti habita a esperança
Vez que a própria ventura...
Sagrada e terna “criança” !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Eirunepé – AM (A Princesinha do Juruá) Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.202 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrAilton Elisiário – Meu Cunhado Único (crônica semanal) Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Três Pontos Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Os Caminhos da verdade para o Maçom Bloco 5-IrValdemar Sansão – Maçonaria em Gotas (V) Bloco 6-IrPedro Juk - Perguntas & Respostas – do IrWilmar Gomes dos Reis (Brasília – DF) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 12 de outubro. Versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici homenageando a Criança pelo transcurso de seu dia.
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 2/33 12 de outubro 1307 – O rei Filipe IV de França mandou prender 140 cavaleiros templários. 1492 – Cristóvão Colombo, genovês (ou português), dirigiu-se a Portugal, Inglaterra e Castela, porque necessitava de dinheiro para a sua aventura de descobrir o caminho marítimo para a América. Dirigiu-se uma segunda vez a Castela que o apoiou com 16.000 cruzados. Neste dia abordou ilhas locais e avistou o novo Mundo – a América. 1775 – Instalada em Liége a Loja Perfeita Inteligência. 1778 – Instalada nos E.U.A., a G.L. da Virgínia, constituída em 1732. 1779 – Nasceu, Tomás Xavier de Lima Vasconcelos Brito Nogueira Teles da Silva, 2° marquês de Ponte de Lima, coronel, ajudante de campo do marechal Marmont, desertou juntando-se ao exército anglo-português, iniciado maçon em Grenoble, na Loja (militar) Cavaleiros da Cruz (5/2/1822). Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 286º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente) Faltam 80 dias para terminar este ano bissexto Dia da Criança, dia de Nossa Senhora Aparecida, dia do Descobrimento da América (524º ano), dia da Leitura, dia do Engenheiro Agrônomo, dia dia do Corretor de Seguros, dia do Mar e dia do Basquete Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa) (Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 3/33 1798 – Nasceu em Queluz, Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, D. Pedro IV, rei de Portugal e imp. do Brasil. Cedo partiu para o Brasil com o pai D. João VI, envolveu-se no processo separatista liberal, proclamou a independência do Brasil. Com a morte de seu pai foi aclamado rei de Portugal, mas abdicou do trono em favor de sua filha Maria da Glória na condição desta casar com o tio D. Miguel, e este aceitar a carta constitucional. Perante a violação do acordo por parte de D. Miguel, que se assumiu como rei absoluto, D. Pedro abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho o imp. D. Pedro II e veio assumir os interesses de sua filha, ainda menor. Desembarcou no Mindelo, com o apoio da França e da Inglaterra, iniciando uma guerra civil que terminou com o acordo de Évora-Monte, transferindo seus poderes para sua filha D. Maria II, iniciado maçon em 2/8/1822 na Loja Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, com o nome simbólico de Guatimosim, nome do último imp. azteca. G.M. do G.O. do Brasil, em 4/10/1822, mas ele próprio viria a proibir as suas atividades em 27/10/1822, por razões políticas (24/9/1834). 1804 – Foi criado em Paris o Sup. Cons. do R.E.A.A. de França, o segundo no mundo, para difundir na Europa o Rito Escocês Antigo e Aceito. 1813 – Proclamada a independência do Paraguai. 1822 – D. Pedro foi aclamado imp. constitucional e defensor perpétuo do Brasil. 1858 – Nasceu em New Salem, Isaac Newton Lewis, militar americano, inventor da metralhadora, fabricada na Bélgica e usadas na I Grande Guerra Mundial, e de uma série de outras armas de artilharia de costa (9/9/1931). 1869 – Decretada pela Santa Sé a bula Apostolicae Sedis Moderatoni em que foram excomungados os Maçons e os Carbonários, por maquinação contra a igreja e os seus poderes legítimos. 1875 – Nasceu em Leamington Spa, Warwickshire, Edward Alexander Crowley, Aleister Crowley, poeta, escritor, alpinista, pintor, astrólogo e crítico social, místico, ocultista, místico, revolucionário sexual e dependente de drogas, nomeadamente da heroína, frequentou na infância a seita irmandade de Plymouth, estudou e graduou-se no Trinity College. Dedicou-se ao misticismo, magia, ocultismo, cabala, astronomia e magia celestial. Escreveu: A Infância no Inferno, Liber Al vel Legis e The Equinox, em 1898 foi iniciado no Grau de Neophytus na Ordem Hermética da Aurora Dourada onde privou com William Butler Yeats, Gustav Meyrink, Florence Farr, A. E. Waite, Sax Homer, Bram Stocker, F. L. Gardner e Arthur Machen. Em 1907, fundou a Argenteum Astrum ou Ordem da Estrela de Prata, amigo de Fernando Pessoa com quem trocou correspondência e o visitou em Lisboa e em Sintra (5/10/1930), visitou lugares místicos. Nunca se provou a sua iniciação como maçon, mas defende-se que o foi ainda que irregular. Teve contactos e laços com a Maçonaria, nomeadamente no México, França e Inglaterra e com a Loja Quattuor Coronati, mas nunca se proveou essa sua condição (1/12/1945). 1883 – Decreto instalador em Sofia, Bulgária, a Loja Bratestvo (Fraternidade), n° 162 do G.O.L., que abateu colunas em 26/9/1911. Houve uma segunda Loja (26/2/1880) instalada. 1888 – Nasceu em Gouveia, João Abel Carneiro de Moura Abrantes Manta, pintor impressionista, formado na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde foi prof., estabeleceu-se em Paris durante seis anos, viajou pela Europa. Pintou os retratos de Aquilino Ribeiro, Paiva Couceiro e Bento de Jesus Caraça, expôs de Lisboa a Tóquio e recebeu prémios internacionais (9/8/1981). 1890 – Nasceu em Lisboa, Luís de Freitas Branco, musicólogo e compositor, educado nas tradições intelectuais e artísticas, as suas inclinações musicais cedo se revelaram e vieram a
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 4/33 confirmar-se com a composição, aos catorze anos de Aquela Moça, Vathek e Paraísos Artificiais. Estudou com o Augusto Machado e Tomás Borba. Ao significado da sua obra, da personalidade fecunda e dominadora, há a juntar a verdadeira paixão pela juventude (27/11/1955). 1906 – Morreu em Lisboa, Heliodoro Salgado, maçon, pobre, o seu enterro foi uma manifestação de solidariedade popular (8/7/1861). – Nasceu em Ponta Delgada, Álvaro António Barreiro Pais de Ataíde, médico neurologista, operou Salazar nasequência da sua queda, democrata, republicanop, membro do M.U.D. e do M.U.N.A.F., apoiante de Norton de Matos, Quintão Meireles e Humberto Delgado, iniciado maçon no Triângulo nº 315 de Almada, fundador da Loja Revoltar em Almada, saíu em 1934 e voltou em 1976 para a Loja Liberdade e Justiça, membro do Conselho da Ordem, Grau 33º do R.EA.A.. Fundador em 1980 da Loja Tolerância, G.M. Adjunto demitiu-se e cindiu sendo fundador da G.L.R.P. (ver 10/7/1987). 1908 – Instalada na Batalha, a Loja Perseverança, n° 293 do G.O.L., no R.E.A.A., abateu colunas em 30/6/1912. 1931 – Inaugurado no morro do Corcovado, Rio de Janeiro, a 710m de altura, o monumento ao Cristo Redentor, um símbolo da cidade, da autoria do eng. Heitor da Silva Costa, e com a contribuição financeira de todo o povo do Brasil. 1933 – Pastoral do sínodo da igreja ortodoxa, reunido na Grécia, condenou a maçonaria. 1935 – Nasceu em Modena, Luciano Pavarotti, tenor lírico, reconhecido como o que mais popularizou a ópera, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e Verdi. Apresentou vários espetáculos de grande impacto com os amigos José Carreras e Plácido Domingo. Correu todos os grandes palcos do mundo e foi agraciado com inúmeros prémiso e condecorações pelo mundo fora. Formou duetos com grandes cantores de música ligeira, como Frank Sinatra, Andrea Boccelli, Laura Pausini, Elton John, Bryan Adams, Queen, Mariah Carey, Bom Jovi e tantos outros, o que lhe granjeou grande popularidade (6/9/2007). 1958 – O governo belga instituiu o ensino livre e gratuito. 1959 – Diretiva do Estado-Maior do Exército sobre a definição da política militar do exército português, iniciando a preparação da defesa do Ultramar, face à prevista eclosão de ações da guerra colonial subversiva. 1964 – Leonid Brejnev substituiu Nikita Khrushchev como secretário geral do Partido Comunista da União Soviética. 1968 – Proclamada a independência da Guiné Equatorial. 1972 – Assassinado pela P.I.D.E. nas instalações do então I.S.C.E.F., José António Ribeiro dos Santos, estudante de direito, militante do M.R.P.P., gerou um movimento de contestação popular, nomeadamente no seu funeral a dia 14. 2002 – Ataque terrorista a uma discoteca na ilha de Bali, Filipinas, originando mais de 200 mortos e 300 feridos, perpetrado pela organização Jemah Ismaliyach, ramo da Al-Qaeda.
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 5/33 1798 Nascimento em Lisboa de D. Pedro I, (Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbom) – primeiro Imperador do Brasil. Faleceu em 24.09.1834, em Lisboa (Portugal).1822 é aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil no dia de seu aniversário. Consolida-se a nossa Independência. 1804 Foi criado em Paris o Supremo Conselho de França, o segundo no mundo, para difundir na Europa o Rito Escocês Antigo e Aceito 1822 D. Pedro é aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil no dia de seu aniversário: consolida-se a independência. 1869 Bula Apostolicae sedis, do Papa Pio IX, condenando a Maçonaria 1985 Fundação da Loja Verdadeira Amizade, de Além Paraíba – (GOEMG) 1988 Fundação da Loja Kuzes e Virtude Itamogiense Nr. 50 de Itamogi – (GOMG) 1994 Fundação da Loja Fraternidade Serrana Nr. 57 de São Joaquim, que trabalha no REAA (GOSC). Florianópolis vai sediar nos dias 14 e 15 de outubro o XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal XXIIi Encontro dE Estudos E Pesquisas Maçônicas da loja fraternidade brazileira Florianópolis dias 14 e 15 de outubro de 2016 no CASTELMAR HOTEL Inscrições, Programação, Evento, Organização, acesse miguel.simao.neto@uol.com.br
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 6/33 O Irmão Ailton Elisiário, é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas. Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline. MEU CUNHADO ÚNICO Eu gosto muito quando eu sonho com as pessoas que já não se encontram entre nós, principalmente com aquelas que mantiveram comigo boas relações de amizade. Sonhar com meu pai e com minha mãe, por exemplo, faz reviver as suas presenças e todo o dia para mim se transforma em radiante luz. Neste dia 6 de outubro sonhei com o meu cunhado, Abelardo Barbosa de Medeiros. Foi um sonho tão rápido como rápidas eram nossas conversas. Simplesmente Abelardo me pedia para que eu mandasse rezar missa para ele. Era o dia 10 de julho do corrente ano e eu me encontrava em São João do Rio do Peixe, no alto sertão da Paraíba. O sol nem havia nascido quando meu sobrinho Eduardo me comunicava o falecimento de seu pai Abelardo. Foi um evento que, não obstante a esperança, de certa maneira era esperado, ante a complicada situação que ele enfrentava interno numa casa hospitalar. Voltei imediatamente a Campina Grande para estar com minha irmã e demais familiares e participar dos últimos atos de reverência a ele dirigidos. Durante aquele curto dia pude rememorar e avaliar nossa relação familiar, desde quando por algum pouco tempo habitei sua casa, auxiliando-o e à minha irmã em suas atividades comerciais na sortida mercearia no bairro da Liberdade em Campina Grande. Mas não só isso, também a forma respeitosa com que ele se relacionava comigo. Não tinha intimidades, não trocava confidências, não demonstrava seus problemas. Mas ouvia opiniões, guardava conselhos e muitas vezes aceitava soluções. Ele, apesar de comerciante, tinha uma paixão pela vida rural, trazida certamente de sua infância feliz lá em Casinhas, à época distrito de Surubim. Cuidar de gado era o que fazia com muita eficiência, jamais se desapegando desse labor, tanto que mantinha um curral em pleno ambiente urbano, produzindo e distribuindo leite para uma clientela cativa. Se, como disse Euclides da Cunha, que o sertanejo era antes de tudo um forte, Abelardo era antes de tudo um vaqueiro, um vaqueiro que tinha em seu sangue a força da terra árida nordestina castigada pelo sol, mas vicejante aos primeiros pingos das primeiras chuvas. Muitas vezes ainda criança eu o via participar das vaquejadas lá em Surubim, esporte próprio do vaqueiro nordestino e hoje ameaçado de ser extinto. Esta é a imagem que tenho de Abelardo e que ficará sempre em minha lembrança. Encontro-me hoje em Surubim, a minha terra natal e de Abelardo. Vim recordar o passado, os bons momentos de minha infância, em companhia de Socorro e de minha irmã Teté, a esposa viúva de Abelardo. Estivemos visitando a Igreja de São José, o padroeiro da cidade. E lá, compenetrado, atendi ao seu pedido. Se quando em vida eu tinha consideração a Abelardo, esta consideração transcendeu à sua morte para fixar-se na memória que tenho dele. Não importa a razão do seu pedido, o que importa é que ele se lembrou de mim. Descanse em paz, Abelardo. 2 – Meu Cunhado Único Ailton Elisiário
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 7/33 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. escreve às quartas-feiras e domingos. Três Pontos: A origem deste sinal é discutível. Alguns autores defendem a tese que ela remonta a uma seita de caráter filosófico-religiosa chamada Alumbrados, (Iluministas) que atingiu o seu apogeu em 1623, na Espanha. Objetivando se resguardar da Inquisição, os Alumbrados adotaram o uso de troca de correspondências, bilhetes e mensagens através de modo singular e privativo de identificação, colocando os três pontinhos para substituir a parte suprimida. Em 1776, Adão Weishaupt fundou uma sociedade secreta nos mesmos moldes daquela seita antiga, porém com outras finalidades à qual deram o nome de Iluminismo. Da mesma maneira que os antigos Alumbrados adotaram o uso dos três pontinhos em suas correspondências e com as mesmas finalidades: discrição aparente. Como esta sociedade havia recrutado um número incontável de adeptos, teria sido adotada pela Maçonaria como símbolo fadado a vencer séculos. A literatura maçônica especializada aborda também, que a abreviatura pela tripontuação vem da arte hieroglífica egípcia. Segundo J. C. Fisch, para marcar um número de vegetais idênticos, ou da mesma espécie, os egípcios escreviam a letra inicial do nome genérico da planta e colocavam três flores de lótus atrás dessa inicial. Para um mineral, colocavam três grãos ou pontos e para um líquido colocavam três traços ondulados. Portanto, segundo este autor, os Três Pontos da abreviatura maçônica seriam uma imitação das três flores de lótus, dos três grãos ou pontos e dos três traços ondulados da escrita hieroglífica egípcia. Ainda, segundo Fisch para indicar a pluralidade de uma coisa qualquer, os egípcios duplicavam, triplicavam, quadruplicavam os sinais hieroglíficos de acordo com a quantidade que queriam exprimir. 3 – Três Pontos João Ivo Girardi
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 8/33 Tradição Maçônica: Quando a Maçonaria organizada resolveu adotar o uso dos três pontinhos com as mesmas finalidades dos seus predecessores, o costume já era conhecido até mesmo entre os gregos e os romanos. Entre os romanos era tão difundida esta prática que tornava os textos pouco legíveis, o que fez com que o imperador Justiniano os proscrevesse. Entretanto, a partir do século X o uso de abreviaturas se multiplicou tanto que em 1304, Felipe, o Belo, da França, publicou uma ordenação proibindo o uso de abreviaturas nos documentos oficiais a fim de evitar falsificações e interpretações errôneas ou tendenciosas. A Maçonaria adotou este sistema fundamentalmente como sinal de abreviatura de determinadas palavras. Partindo-se do princípio de que esta abreviatura tinha por finalidade resguardar suas correspondências dos olhares indiscretos, este argumento torna-se pouco provável uma vez que a forma atual de como são feitas as abreviações não resguarda coisa alguma, já que qualquer profano consegue, por pressuposição, entender a redação das palavras. Afirma-se que seu uso data de 1774, quando o Grande Oriente da França, os utilizou pela primeira vez em correspondências dirigidas às Lojas de sua jurisdição. O uso da tripontuação é marca registrada da Maçonaria francesa. Nos países anglo- saxônicos este sinal quase não é utilizado. Foi adotado largamente nos Estados Unidos e pelas Potências latinas onde os maçons tradicionaram seu uso depois de seus nomes ou assinaturas. Simbolismo: Considerando ser a Maçonaria uma Instituição essencialmente simbólica, de simples sinal de abreviatura, no início, os Três Pontos tornaram-se, posteriormente, motivo de múltiplas interpretações pelo caráter altamente místico do número três e pelo triângulo que os pontos formam em si. Entre as mensagens simbólicas que eles encerram estão: 1) O Ponto Superior, isolado, representa a Unidade Fundamental de tudo, é o Princípio Primário, do qual tudo se originou, é o Absoluto, o Ain Soph da Cabala, que existe sem ter começo, criou e não foi criado. b) Os Dois Pontos Inferiores são a imagem da Dualidade, reproduzindo a multiplicidade do Universo. Analisados isoladamente, cada um dos pontos traduz sempre o mesmo aspecto da Unidade Primordial e Originária. c) Unindo-se o Ponto Superior por linhas que terminam nos dois pontos inferiores obtém-se um Ângulo onde se estiliza a mesma Dualidade dos princípios, convergidos para um terceiro originário, figurado pelo vértice. d) Traçando-se uma terceira linha horizontal que una os dois pontos inferiores entre si consegue-se a figura do Triângulo que reproduz a Unidade Absoluta no mundo das relatividades. O que esta interpretação quer nos transmitir é que no início da formação das coisas Deus era Um e, para reinar, não poderia ser sozinho, a partir daí Ele concebeu sua criação tirada de si mesmo, para constituir o Princípio
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 9/33 Originário Absoluto e sua criatura começaram a se originar numa proporção de perfeito equilíbrio. 2) O Ponto isolado, superior corresponderia ao Oriente, de onde emana a Luz e onde está a representação da divindade que é o Delta Luminoso que, por sua vez, representa a Unidade Trinitária. Os outros dois pontos que se alinham abaixo correspondem ao Ocidente, que representa o Mundo Relativo das aparências e formas que é estudada em ambas as Colunas. 3) Representa os três grandes Pilares: Sabedoria, Força e Beleza. No Painel de Aprendiz simbolizam as virtudes teologais dispostas nos três degraus da Escada de Jacó: Fé, Esperança e Caridade. Poderia ser citados uma centena de outros ternários e trilogias conhecidos abordando temas místicos, religiosos, maçônicos, cívicos, etc. todos eles relacionados com os Três Pontos. Luiz Prado deu até nome para cada um dos pontos isoladamente, informando que as três qualidades indispensáveis de um bom maçom são: Vontade (ponto de cima), Amor (o da direita, embaixo), Inteligência (o da esquerda, embaixo). Embora Albert Mackey, em sua Enciclopédia da Maçonaria, diz textualmente ao se referir aos Três Pontos: Não é um Símbolo, mas simplesmente um Sinal de Abreviatura, a ideia da relação entre os Três Pontos com o Triângulo, já está arraigada no conceito dos simbolistas maçônicos. 2. O triponto representa sempre a tríade, a trilogia, a Trindade e também o triângulo. O triponto é o número da Luz, pois cada ponto é o estágio do Sol: quando nasce, ao meio-dia e quando se põe. Três, diz a Instrução, é o número da Luz, correspondente a Fogo, Chama e Calor. O maçom deve ter em si o Fogo do amor para com tudo o que é bom, justo e honesto; deve ter a Chama da Vontade para cumprir com paciência, resignação e determinação, o programa por ele traçado para a conquista da Perfeição; deve ter, finalmente, o Calor da Inteligência e da Sabedoria para distinguir o Bem, o Belo e o Perfeito nas mínimas coisas que se lhe deparam! Amor, Vontade e Inteligência constituem o significado dos três pontos que todo o maçom deve ter a honra de apor à sua assinatura, colocando-os de maneira a formarem um triângulo de Perfeição. 3. Há várias interpretações reconhecidas. Lembra o místico Delta, faz referência ao trinômio: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e às qualidades indispensáveis ao maçom: Amor, Vontade e Inteligência. Os Três Pontos têm uma origem bem antiga – nos objetos celtas do século IX a.C. e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e gregas.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 10/33 Os Três Pontos dispostos em triângulo são uma das expressões da luz interior e do Espírito que presidiu à Criação do Mundo. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu. O triângulo é a mais estável das formas poligonais. É a forma utilizada para unir partes de estruturas rígidas, como pontes, etc., e fortalecer outras estruturas, reduzindo a mobilidade. O triângulo apresenta-se como dois opostos que se unem ao alto, por um terceiro elemento. Os Três Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia; A Criação. A natureza tríplice de Deus: Criação - Conservação - Destruição. Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos). O sexo em função reprodutiva. A trindade simboliza um processo de desenvolvimento que se desenrola no tempo. É um processo dinâmico, que implica em crescimento, desenvolvimento e movimento no tempo. O desenvolvimento ordenado e harmonioso do Universo. A síntese espiritual. A solução do dualismo. A fórmula da criação de cada um dos mundos. Os três ciclos de vida: nascimento, apogeu, morte. O Conhecimento (Música, Geometria, Astronomia), segundo Pitágoras. A composição do homem (corpo, alma, espírito). As três esferas concêntricas do Universo: natural, humano e divino. 4. Os três pontos usados, em quase toda a Maçonaria do Universo, nas abreviaturas, foram usados apela primeira vez, segundo historiadores franceses, em 12 de agosto de 1774, pela Grande Loja da França. 5. Usa a Maçonaria e os maçons a tripontuação, que significaria: O Ne Varietur (para que não se mude). A tripontuação foi muito usada na final dos textos canônicos por inúmeras editoriais e editoras para autenticá-los e para, nunca, nada ser mudado, permanecendo sua autenticidade. Usavam o termo em latim Ne Varietur, que alguns pensam ser francês, pronunciado Ne Varieté, quanto a sequência dos três pontinhos. 6. Ensaios: 1) Os Três Pontos: Os três pontos maçônicos constituem o mais simples e característico emblema do Ternário. Escolhendo estes símbolo juntamente com o esquadro e o compasso, como insígnia da Ordem, os seus fundadores deram prova de uma perspicácia e sabedoria que aqueles que conhecem, o valor oculto das coisas nunca poderão negar-lhes. Estes três pontos sintetizam admiravelmente o Mistério da Unidade, da Dualidade e da Trindade, ou seja do Mistério da Origem de todas as coisas e de todos os seres. Encontramos estes três pontos, harmonicamente juntos e diferenciados numa Unidade Oriental e numa Dualidade Ocidental, nas três Luzes do Altar, em torno do Livro da Tradição que através dos séculos é portador da Eterna Verdade, e dos instrumentos que são necessários para compreendê-la e aplicá-la. O ponto superior representa, como é evidente, a Unidade Fundamental ou Primeiro Princípio Preantinômica, Originário e Imanente, do qual tudo teve origem.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 11/33 É o Absoluto, o Ain-Soph, cabalístico, que existe em princípio, e no qual existem em princípio todas as coisas. Brahma, Vishnu e Shiva o Criador, o Conservador e o Destruidor do Universo; Osíris, Ísis e Hórus, ou seja o Pai, A Mãe e o Filho, formam Nele uma única pessoa e um só ser, uma única e indivisível Realidade. É Sat o que é o fundamental Princípio imanente e transcendente de toda existência, o Fulcro Central Imóvel que é Origem e Princípio da Criação. Os dois pontos inferiores, são igualmente, uma imagem da Dualidade; os dois Princípios que representam as duas colunas, de cuja união e de cujas múltiplas ações e reações é produzida a multiplicidade fenomênica do Universo. Cada um deles é um diferente aspecto da Unidade Primordial Originária, que permanece indivisa e indivisível em sua dúplice aparente manifestação: um existe enquanto existe o outro, e os dois resolvem-se no Princípio Fundamental do qual tiveram origem. Efetivamente, se aproximarmos os dois pontos inferiores, com movimento igual, ao ponto superior, aproximam-se também, um do outro, e quando se unem a este, unem-se também mutuamente. Se traçarmos duas linhas entre o ponto superior e os dois pontos inferiores, obteremos o ângulo que expressa, com seus dois lados emanados de um único vértice, esta mesma dualidade dos dois Princípios, emanações ou aspectos de um só Princípio Originário. E se traçarmos outra linha que una os dois pontos inferiores, obteremos o triângulo, cuja base, unindo os dois elementos, representa o terceiro, que reproduz em si, no mundo do relativo um novo aspecto contingente da Unidade Preantinômica Absoluta. Assim os três pontos mostram isoladamente os três Princípios que constituem a Unidade Originária e a Dualidade da manifestação. A união dos três Elementos primordiais - o enxofre, o sal e o mercúrio, o Pai, a Mãe e o Filho - que tornam fecunda e construtiva a atividade dos três Princípios. Enquanto o ponto superior corresponde ao Oriente e ao Mundo Absoluto da Realidade (e, na Loja, ao Delta, emblema da Unidade tri-unitária), os dois pontos inferiores correspondem ao Ocidente, ou seja ao Mundo Relativo, que é o domínio da aparência, e na Loja às duas colunas emblemáticas da Dualidade: O progresso maçônico acha-se também, aqui indicado sinteticamente, com o progresso da inteligência, que se ergue sobre o domínio da mente concreta (Reino da Dualidade e dos pares de opostos), estabelecendo-se no sentimento e na consciência da Unidade fundamental de tudo e da identidade essencial de todos os seres, por meio das faculdades superiores da Inteligência, que se baseiam na Unidade, da mesma maneira que a mente concreta baseia sua lógica e seus juízos no sentido da Dualidade.
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 12/33 2) Irmão com Três Pontinhos: A palavra Irmão, tal como se encontra no dicionário, significa pessoa que descende de um ou dois pais comuns. Essa definição baseada na origem biológica da pessoa, embora bastante simples e precisa, não é suficiente para definir a palavra Irmão no sentido mais amplo do termo. Muitas religiões, notadamente os evangélicos no Brasil, utilizam o termo Irmão para definir aquele que professa a mesma religião que a sua; esse sentido deriva da crença que todos somos filhos de um único Deus e, portanto, a humanidade formaria, segundo esse entendimento, uma grande família, sendo todos irmãos. É, sem dúvida, uma bela e filosófica visão e talvez seja um fim a ser alcançado. Nos Estados Unidos da América, os índios Sioux tinham uma tradição que era a seguinte: todo menino nascido na tribo, durante os primeiros meses, era amamentado por todas as mulheres da tribo. Dessa forma esse menino, ao tornar-se guerreiro, considerava todas as mulheres da tribo como suas mães e todos os velhos como seus avós. Destarte, todos os outros guerreiros eram seus irmãos e estando em batalha, cada um cuidaria da sua vida e da vida de seus irmãos. Sendo esse um sentimento tão forte, jamais um irmão seria abandonado no campo de batalha, se tivessem que morrer, morreriam juntos; irmãos na vida e na morte. Na Maçonaria, temos o costume de tratar-nos como Irmãos, demonstrando o caráter fraternal de nossa organização. Quando um profano recebe a luz em um templo durante o ritual de iniciação, a primeira coisa que ele vê são seus irmãos armados com espadas, jurando protegê-lo sempre que for preciso. A partir desse momento, todos que a ele se referem o tratam por irmão, e os filhos de seus irmãos passam a tratá-lo como tio. Forma-se, nesse momento, um elo firme entre o novo membro da ordem e a família maçônica. É difícil precisar, no entanto, como esse vínculo se cria e se mantém. Por quê? Ao sermos reconhecidos como maçons, o outro lado prontamente abre um sorriso amigo e te abraça, como se já te conhecesse toda a vida. Que força é essa que nos une e faz com que pessoas de diferentes raças, credos, profissões e classes sociais tenham um sentimento de irmandade mais forte entre eles que entre irmãos de sangue? A Maçonaria que passou por várias fases em sua existência, desde a Maçonaria operativa até as atuais Lojas Simbólicas, foi refinando a maneira pela qual seus membros são escolhidos e convidados a integrar nossas colunas. O possível candidato, sem saber, está sendo observado em seus atos e na forma de conduta na vida profana. Ao ser formalmente convidado, parte de sua avaliação já foi concluída, bastando agora cumprir os regulamentos da respectiva potência maçônica para levar a cabo o ingresso do novo membro. Talvez, devido ao fato de que todo o Maçom sabe dos rigores dessa seleção, em que pese o fato de que algumas vezes cometemos erros iniciando irmãos que nem de longe mereciam essa honra, nós temos a tendência a confiar em um irmão porque sabemos que ele é livre e de bons costumes. Aquele que,
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 13/33 ao pôr sua assinatura em uma folha qualquer acrescentar os três pontinhos, deve saber que está dizendo ao mundo: Sou Livre e de Bons Costumes. E como tal, será cobrado em suas ações e atitudes tanto dentro dos templos como no mundo profano. Creio que muitos irmãos adentram à nossa ordem sem a devida reflexão da responsabilidade que isso lhes impõem, repetem os juramentos sem entender a verdadeira abrangência de suas palavras. Assim o fazem porque isso faz parte do ritual, da mesma forma que as pessoas jamais frequentam a igreja, se casam e juram amor eterno e fidelidade diante do sacerdote sem, no entanto, ter a menor intenção de cumprir esse juramento. É compreensível que muitos irmãos entrem na Ordem sem o devido conhecimento da mesma, até porque esse conhecimento é pouco divulgado e muitas vezes os padrinhos e aqueles que fazem as sindicâncias não esclarecem ao profano devidamente sobre as responsabilidades que estará assumindo. O que não é aceitável é que depois de ingressar e conhecer nossas normas e formas de conduta exigidas, o irmão continue agindo como antes do ingresso. Ou seja, o irmão transforma-se naquilo que costumamos chamar de Profano de Avental, é aquele irmão que embora imbuído de boas intenções, não permeia seu espírito com os ensinamentos da Maçonaria. Mesmo que permaneça na Ordem por toda a vida, ele jamais será um Maçom no mais completo sentido da palavra. Nossa ordem necessita de irmãos que tenham entre si aquele sentimento de fraternidade e solidariedade. Tais quais os guerreiros Sioux, que sendo filhos genéticos de pais diferentes se sentiam irmãos, porque participavam de algo maior que cada um deles individualmente. Nossas Lojas precisam de irmãos de verdade, aqueles que têm orgulho de pertencer a essa instituição. Ele deve lembrar-se sempre que ele não escolheu a Maçonaria, mas foi por ela escolhido, pois reúne as condições necessárias para tal. No entanto, ele escolheu ficar e deve ser fiel aos seus juramentos. Precisamos, portanto, de Irmãos com três pontinhos de verdade. (Álvaro Perez). 3) A Origem e o Significado do Triponto: O triponto está presente nas abreviações contidas em diplomas, pranchas, manuais e rituais do REAA e na assinatura de todo maçom brasileiro que se preze. Mas qual é a origem desse costume e seu real significado? Muitos se arriscam em chutar seu significado: os três graus simbólicos; o Esquadro e Compasso e o Livro da Lei; as Colunas Jônica, Dórica e Coríntia; o Venerável e seus dois Vigilantes; o triângulo superior da Árvore da Vida; as pirâmides de Quéops, Quefren e Miquerinos; o Enxofre, o Mercúrio e o Sal; Pai, Filho e Espírito Santo; ou mesmo Prótons, Elétrons e Nêutrons; etc, etc, etc. Daí, em cima do suposto significado, deduzem a origem: Grécia Antiga, Cabala, Egito Antigo, alquimistas, Igreja e até na Física. Temos que concordar que o tema colabora
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 14/33 para o quase infinito número de interpretações, muitas sem pé nem cabeça, afinal de contas, o número 03 pode ser encontrado em todas as culturas, épocas e religiões. Aliás, pode-se encontrar nessas qualquer número entre 01 e 09, basta um pouco de criatividade! Os números acima de 09 não são tão populares exatamente por dar mais trabalho encontrá-los. Mas não é possível que continuemos a utilizar o triponto nas abreviações e até mesmo em nossas assinaturas sem saber a real origem e significado do mesmo. Então, vamos ao que interessa: O triponto não está presente na Maçonaria Universal, e sim apenas nos Ritos de origem francesa. Sua forte presença no Brasil deve-se à supremacia do REAA no país. Conforme Ragon, em sua obra Ortodoxia Maçônica o triponto começou a ser oficialmente usado nas abreviações a partir de 12/08/1774, através de determinação do Grande Oriente da França. Chapuis evidencia que o uso já era adotado por algumas Lojas francesas anteriormente, como na Loja A Sinceridade, de Besançon, em ata de 1764. O costume de abreviar as palavras surgiu com os gregos e foi extensamente explorado pelos romanos através das anotações tironianas que, aliás, criaram a regra de duplicar a letra inicial quando da abreviação de termo no plural, regra ainda existente na abreviação maçônica. Esse sistema de abreviação do latim sobreviveu de tal forma na Europa pós-romana que, para se ter uma ideia do uso e abuso das abreviaturas na França, em 1304 o Rei Felipe IV, o Belo, publicou lei proibindo abreviações nas atas jurídicas. Se sempre adotadas em atas e sinalizadas por traços, barras ou reticências, é claro que nas atas maçônicas as abreviações não ficariam de fora e ganhariam um sinal correspondente com a instituição: uma variação das reticências, lembrando o símbolo geométrico mais importante para a Maçonaria, o Triângulo. Não demorou para que, pelo costume da escrita e exclusividade do uso, o triponto ultrapassasse sua utilidade caligráfica e alcançasse a assinatura dos Irmãos. Por que os maçons ingleses e americanos não utilizam o triponto? Simplesmente porque a língua inglesa não é uma língua neolatina, românica. Ocorrem abreviações, porém respeitando outras regras e sem o uso de sinais. Com a questão esclarecida, sejamos sinceros: a verdade é bem melhor do que imaginar que estamos desenhando Quéops, Elétrons ou Enxofre quando assinamos! 7. Rituais: (...) três são os pontos que o maçom deve orgulhar-se de apor a seu nome, pois esses três pontos representam, especialmente, as três qualidades indispensáveis ao maçom Vontade-Amor ou Sabedoria-Inteligência. (RA). (V. Abreviaturas, Hieróglifos, Ternário Maçônico, Tríade, Triângulo, Trindade).
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 15/33 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com OS CAMINHOS DA VERDADE PARA O MAÇOM. “Senhora, algumas vezes eu coloquei a mim mesmo uma dúvida: saber se é melhor estar alegre e contente, imaginando que os bens que possuímos são maiores e mais estimáveis do que eles são e ignorando os que nos faltam, ou não parando para considerá-los, ou se é melhor ter mais consideração e saber, para conhecer o justo valor de uns de outros, e com isso tornar-se mais triste. Se eu pensasse que o soberano bem fosse a alegria, eu nunca duvidaria de que deveríamos dedicar-nos a tornarmo-nos alegres a qualquer preço, e eu aprovaria a brutalidade daqueles que afogam suas mágoas no vinho ou as atordoam com o fumo. Mas eu distingo entre o soberano bem, que consiste no exercício da virtude {...} e a satisfação do espírito que acompanha essa posse. É por isso que é uma maior perfeição conhecer a verdade, mesmo que desvantajosa a nós, que ignorá-la, e eu confesso que é melhor estar menos alegre e ter mais conhecimento.” ( Descartes, R. “Carta a Elizabeth” de 6 de outubro de 1645) UMA INTRODUÇÃO O trecho acima foi extraído de uma das obras da filósofa Marilena Chaui, onde consta com o subtítulo “O Valor da Verdade”, e do qual após a sua leitura podemos, então, perceber o quanto um filósofo do porte de Descartes valorizava a verdade. As questões, as deduções e muitos dos conceitos emitidos sobre a verdade já vinham ocupando as mentes dos filósofos gregos antigos, mas, até os dias de hoje, é objeto da Filosofia, pois é pensamento que para pesquisar a Verdade, é preciso desfazer-nos de todos os conceitos adquiridos e reconstruir de novo, desde os fundamentos, todos os sistemas do nosso conhecimento. (Octaviano Galvão, citado por João Ivo Girardi, pág. 628 do “Vade- Mécum Maçônico”). O que é a Verdade? Pergunta difícil de responder, e talvez todas as reflexões, inferências e definições elaboradas até hoje ainda não sejam derradeiras para conceituá-la, até porque, há o pensamento também de que não existe verdade absoluta, ou de que a minha verdade pode não ser exatamente a verdade do outro. A Maçonaria tem como um dos seus objetivos uma busca constante da Verdade, o Maçom deve, portanto, ser um buscador da Verdade. O caminho que o Maçom se propõe a trilhar é o caminho que deverá conduzi-lo à Verdade, ou Luz da Verdade, ou Grande Verdade, mas, esse propósito somente poderá ser alcançado se ele viver e estudar a Maçonaria convenientemente. No Ritual de Aprendiz-Maçom, em sua Terceira Instrução, que tem o objetivo de recordar conhecimentos (e aqui vamos reproduzi-lo com o escopo de fazer com que todos os Irmãos, independente do seu Grau, e do seu tempo de Maçonaria, tenham a oportunidade de se recordarem também), o Irmão 1º Vigilante solicitado pelo Ven.’. Mestre a explicar a interpretação sobre tudo o que ele ouviu falar em Loja, em uma das suas interpretações diz: 4– Os Caminhos da Verdade para o Maçom - José Ronaldo Viega Alves
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 16/33 “As purificações, feitas no decurso da s viagens, lembraram-me que o homem não é bastante puro para chegar ao Templo da Verdade.” Como já pudemos perceber logo nesse início de trabalho, o tema é muito profundo, o que sugerir, entre tantas outras coisas, que o nosso destino para essa vida, seja mesmo o de somente buscá-la, já que não há com não inferir concomitantemente que ela, a Verdade, carrega junto sua condição transcendental. ARISTÓTELES E OS PRIMEIROS PRINCÍPIOS As questões envolvendo a “verdade” e a definição de um conceito estão presentes desde o nascimento da Filosofia. Aristóteles, um dos maiores filósofos gregos, numa série de ensaios intitulados “Órganon”, deixou estabelecidas as diferenças entre as formas válidas e inválidas de que se reveste o raciocínio dos seres humanos. Deixou claro também que, todo campo de conhecimento começa com certas verdades, que ele denominou de primeiros princípios. Os primeiros princípios são as verdades fundamentais das quais são retiradas as conclusões. A MAÇONARIA E A BUSCA DA VERDADE: UMA COSMOVISÃO Falemos sobre cosmovisão. O que é uma cosmovisão? É um sistema filosófico que tenta explicar como os fatos que fazem parte da realidade tem relação e se ajustam uns aos outros. Há muitas cosmovisões diferentes difundidas em nossa cultura, onde se incluem, o Deísmo, oTeísmo, etc. A Maçonaria medieval era teísta, por força das influências da Igreja e do próprio Cristianismo. A Maçonaria Especulativa, e mais especificamente a de vertente francesa acabou enveredando por uma linha deísta. Hoje, dá para dizer que essas duas cosmovisões convivem no âmago da Maçonaria. O Teísmo revelou-nos que Deus é a fonte de poder eterno e infinito, o causador e o que sustém a existência do universo, além de que a sua divina natureza é a base fundamental para a ética. Sem dúvida, existe uma cosmovisão própria da Maçonaria, responsável por uma escola de moral e ética que vem apostando nos homens livres e de bons costumes e incentivando-os a evoluírem. Mas, ela conseguirá manter-se intacta na condução dos Maçons, em seus propósitos morais, visando uma Humanidade melhor? A Maçonaria possui seu conjunto de conhecimentos definidos, os seus fundamentos construídos ao longo de muitos séculos, e guarda em seu seio as suas verdades fundamentais. Como disse o Irmão Hélcio Corrêa Gomes: “Os Landmarques são leis maçônicas universais e imutáveis, é uma verdade – lei maçônica, mas é, também, uma simulação – imutável, uma vez que a própria história demonstra de per si existência de mais de um Landmarque em vigência, entre os Maçons universais, inclusive com claras idiossincracias entre eles – Lojas Americanas e Lojas Inglesas, as quais se acusam mutuamente de possuírem o verdadeiro e a outra os alterados, quais seriam então os verdadeiros? Dizer que todas as versões “verdadeiras” nunca foram corrompidas, aqui e acolá, na premência da dura realidade é apenas conto de fadas. No Brasil, quantos filhos de escravos foram Iniciados? Na Inglaterra até deficiente visual foi Iniciado. Feliz dos maçons que promoveram este tipo de alteração digna nos Landmarques, que ensinaram o sentido da verdadeira Maçonaria, no combate à ignorância, em prol da liberdade e igualdade entre os homens.” Com o espírito sequioso, o Maçom, deve buscar várias respostas ao longo da sua caminhada. No entendimento de Nicola Aslan: “Para o Maçom a investigação da Verdade é contínua, e é algo que começa com a sua entrada em loja como Aprendiz, mas não acaba quando já atingiu os Graus mais elevados.” Inferimos que são dos métodos que aplicados na formação do homem-maçom, que abrangem o estudo, a pesquisa, a reflexão aliada ao mergulho fundamental do “Conhece-te a ti mesmo” e o constante “desbastar da pedra bruta”, que são adquiridas as condições necessárias para poder separar o bom do mau e o joio do trigo, chegando o mais próximo da Verdade. No entender de Joaquim Gervásio de Figueiredo:
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 17/33 ”Se convenientemente estudada e vivida, a Maçonaria pode conduzir à Verdade que palpita e se reflete através de seus símbolos e alegorias.” Assim, devemos dispensar toda a nossa a atenção, concentrar todos os nossos esforços, para que o Aprendiz possa combater a sua própria ignorância, e desenvolva ao máximo as suas virtudes, sorvendo das mais profundas lições que lhes são ministradas. O APRENDIZ: PRIMEIRAS NOÇÕES SOBRE A BUSCA DA VERDADE Nos tempos atuais, onde grassam soberbas e vaidades, para o homem renascido através da Iniciação, o Homem-Maçom, deve cumprir o dever de livrar-se dos preconceitos sociais, assim como dos vícios, empreendendo a viagem para dentro de si mesmo, buscando conhecer as suas verdades. Bem como está sintetizado num trabalho do Irmão Paulo Fernandes Moura, onde ele diz: “A Sabedoria Divina escondeu o tesouro maçônico onde nenhum homem poderá usurpá-lo, nem as traças ou o tempo possam corroê-lo: o tesouro maçônico está dentro do próprio Maçom.” O “CONHECE-TE A TI MESMO” O “Conhece-te a ti mesmo” é um jeito de filosofar, é uma reflexão do homem sobre si mesmo. Também na técnica desenvolvida por Sócrates, a Maiêutica, trazia-se à luz, pela multiplicação das perguntas, aquilo que estava mais próximo da verdade. Algo como um processo dialético para a obtenção por indução do conceito a que queremos chegar. Platão, em sua obra “Apologia de Sócrates” coloca as seguintes palavras sendo proferidas pelo mestre: “A vida sem exame não é digna de ser vivida.” E para comentar esse dito, torna-se importante termos em mente os desafios que o Aprendiz-Maçom tem pela frente e o quanto desses ensinamentos poderá ser-lhe útil. Está implícito no pensamento acima atribuído a Sócrates o perceber de que a única vida a ser considerada virtuosa é a vida que se examina. O olhar para dentro de si mesmo, o exame acurado das suas atitudes, das suas ações, o constante e saudável duvidar, de estar buscando o bem. Eis aí toda a origem dessa busca, a do filósofo, a do Maçom, ambos amantes da sabedoria. O Iniciado, o Maçom, irá se converter em um buscador da Verdade, mas, para isso irá sendo preparado. A sinceridade, a mesma com que ele deu ênfase para dizer que persistia em entrar para a Maçonaria, a Coragem, a mesma com que enfrentou todas as provas, e a Perseverança, da qual dependerá a sua continuidade na Ordem, serão três disposições fundamentais, para que lá no final seja recompensado com a Verdade, esse é o caminho, mas vejamos o que diz o excerto logo abaixo. UM POUCO MAIS SOBRE A VERDADE E A MAÇONARIA Ainda do ponto de vista filosófico, e baseado em Joaquim Gervásio de Figueiredo: “a Verdade Absoluta não existe no mundo finito e condicionado onde vive o homem. O que existe são verdades relativas. Na história da Humanidade, em todos os tempos, porém, tem existido homens sábios que vislumbraram a tal Verdade absoluta, de onde tiraram parcelas para ensinar as verdades relativas.” A CIÊNCIA, A FILOSOFIA E A VERDADE Sabemos que antigos conceitos mudaram, que o pensamento racional afetos à Filosofia e a Ciência, não deram com as repostas ainda sobre a verdade. A Ciência, outrora tão confiante nas possibilidades de apresentar unicamente verdades, já convive agora com a ideia mais flexível de que a incerteza também ocupa alguns espaços. E para a Ciência da atualidade, a verdade se define na adequação que se estabelece entre aquilo que representamos e aquilo que percebemos, assim como, na conformidade que existem entre o que nós enunciamos e os princípios lógicos que governam os nossos pensamentos.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 18/33 De parte da Filosofia, a luta pela verdade tem sido constante, pois, desde os seus primórdios ela vem tentando livrar o homem das superstições, das crenças que não tem fundamentos, das visões míticas e daquelas atitudes vistas como irracionais. PARA CONCLUIR: DAS CONDIÇÕES QUE O MAÇOM DEVE REUNIR NE BUSCA DA VERDADE Na Maçonaria, o Maçom em primeiro lugar deve buscar a verdade com o espírito liberto, pois, o Maçom é um livre-pensador. Estar livre de preconceitos, de ideias preconcebidas, deverão ser alguns dos requisitos para que ele alcance o seu objetivo. Em segundo lugar, quem sabe, comungarmos do que disse o Irmão Evandro Alberto Oro, em seu trabalho intitulado e aqui sintetizado: “Se analisarmos mais profundamente veremos que ela, a verdade maçônica, não propõe nenhum aspecto transcendente de união com o cosmos, com a divindade, não promete revelação de mistérios. Não apresenta nenhum programa de salvação espiritual, em resumo, não aborda nenhum dos aspectos tão queridos por alguns Maçons. Porque se fosse assim, estaria ela, a verdade maçônica, perjurando, apoiando e direcionando tudo para uma configuração religiosa ou um simulacro religioso. (...)” Então, o Maçom estará livre para encetar a sua busca da verdade, sempre praticando o bem, pois, o homem só consegue atingir os seus verdadeiros objetivos, quando liberto do erro, e aí sim, praticar a virtude. Isto está em plena consonância com os ideais da Maçonaria. O Maçom deverá, em primeira instância, aprender a desconfiar das próprias certezas, para assim aproximar-se das verdades. Rizzardo Da Camino em seu dicionário de termos maçônicos, definindo o vocábulo Verdade, diz à certa altura: “A Verdade pode ser encontrada no interior do ser humano, no Universo de dentro; pode ser encontrada no fim do túnel; no nascimento ou na morte; sempre haverá, em tudo, a Verdade, ou pelo menos, uma Verdade. A busca da Verdade num conceito filosófico não cessa, porque a Verdade não se deixa encontrar.” *** Nota: Este trabalho foi publicado originalmente na revista “Vozes Maçônicas” em sua edição inaugural. A versão que consta acima é a que agora, foi revista e ampliada, e isso ainda poderá acontecer outras vezes num futuro, já que: “As verdades emergem dos fatos; elas, porém, mergulham de novo nos fatos e trazem acréscimos a estes; os fatos criam de novo ou revelam nova verdade e assim indefinidamente. Os ‘fatos’ em si mesmo, não são verdadeiros. Simplesmente são. A verdade é função das crenças que começam e terminam entre eles. (CII3ºIA)” (Vade-Mécum Maçônico, pág. 628, 2008) FONTES BIBLIOGRÁFICAS: Revistas: FILOSOFIA – N° 49 – “A Incerteza das Verdades Científicas” – Alberto Oliva – Julho 2010 A TROLHA – N° 308 – “A Eterna Busca” - Trabalho do Irmão Raimundo Rodrigues – Junho/2012 A TROLHA – N° 312 – “A Maçonaria, a Verdade e o Homem” – Trabalho do Irmão Evandro Alberto Oro – Outubro/2012 A TROLHA – n° 316 - “O Tesouro Maçônico” - Trabalho do Irmão Paulo Fernandes Moura – Fevereiro/2013 FILOSOFIA - Ciência e Vida, n° 71 – “Conhece-te a Ti Mesmo” artigo de Gustavo Dainezi – Junho/2012 Livros: A TROLHA – COLETÂNEA 6 – “Verdade Não Verdadeira” – Trabalho do Irmão Hélcio Corrêa Gomes – Ed. Maçônica “A Trolha” Ltda. - 2003 CHAUI, Marilena. “Iniciação à Filosofia” – Editora Ática – 1ª Edição – 4ª Impressão - 2013 DA CAMINO, Rizzardo. “Dicionário Maçônico” – Madras Editora Ltda. - 2006 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. – “Dicionário de Maçonaria” - Editora Pensamento GEISLER, Norman & Bocchino, Peter. “Fundamentos Inabaláveis” – Editora Vida – 2001 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova letra Gráfica e Editora – 2ª Edição – 2008 RITUAL E INSTRUÇÕES DO GRAU DE APRENDIZ-MAÇOM DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO – GORGS – Porto Alegre, RS 2010-2013
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 19/33 MENSAGEM DO DIA – MAÇONARIA EM GOTAS (V) Valdemar Sansão Dia 10 de outubro MAÇONARIA EM GOTAS (V) Quanto mais leitura, mais conhecimento, mais perguntas fizermos a nós mesmos, aos nossos Irmãos e Mestres, mais cedo acolheremos a Maçonaria em nossos corações. O que é Maçonaria? Rui Barbosa, num de seus célebres discursos, proferiu a famosa frase: ”A Pátria não é ninguém, são todos”. Podemos fazer a paráfrase: “A Maçonaria não é ninguém, são todos”. Todos unidos em torno de um mesmo ideal: o bem da Humanidade”! Até mesmo na grafia, a Maçonaria, por estranha coincidência, possui nove letras. E nove é o resultado de três vezes três. Três, a Trindade, o número sagrado, o dístico “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. Liberdade, que devemos levar e pregar, qualquer que seja nosso destino e nossa situação; Igualdade com que devemos tratar todos aqueles que nos são semelhantes; e Fraternidade, que deve estar sempre pregada em nossa mão, quando apertamos a mão de alguém necessitado. A mesma mão que se ergue para ajudar ao próximo, deve ser a mão que empunha a espada contra a perfídia e a ignorância. Meus irmãos, não há sonho mais bonito do que o da grande fraternidade humana. Os homens são de raça, de povos, de credos diferentes, mas devem dar as mãos, formando uma corrente. Se cada um de nós for uma semente que o vento espalha, este sonho poderá se realizar um dia! Novo despertar - Protagonistas nos principais fatos históricos do Brasil, entre eles as proclamações da Independência e da República, passamos um bom tempo hibernando, voltados para dentro, mas agora despertamos de novo para o mundo exterior. Queremos apenas oferecer os serviços dos nossos irmãos a governantes que comunguem dos princípios da Maçonaria. Os princípios básicos da Maçonaria são Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Até o início do século XX, a Maçonaria era muito política. Depois se tornou mais um clube de filantropia, onde predominam os eventos comemorativos e “copo d’água”. Para voltar a participar das questões nacionais do séc. XXI, a Maç∴ terá primeiro de superar o imaginário misterioso que a envolve. ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES Advertência - Maçons que visitam nossa Loja devem ser recebidos com cordialidade, porém nunca devem ser admitidos na Loja até que, depois de precauções apropriadas, tenham demonstrado que são Maçons verdadeiros e dignos de confiança. Franco-Maçonaria - Tradução literal da expressão francesa Franc-Maçonnerie, significando apenas Maçonaria. 5 –Maçonaria em Gotas (V) Valdemar Sansão
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 20/33 Avental - O Avental é o Símbolo do trabalho e lembra o Avental de couro usado pelos esquadrejadores (canteiros) e entalhadores de pedra das corporações medievais de ofício, para proteção do corpo contra estilhaços. O Avental do Aprendiz é de couro, ou pelica (que é uma pele fina de animal, geralmente carneiro), branco e usado com a abeta levantada, em lembrança do Avental dos canteiros, o qual cobria o peito, o abdome e parte dos membros inferiores. O Eixo da Loj∴ - é uma linha imaginária que vai desde o centro da porta de entrada do T∴ até o dossel atrás do Trono do Ven∴ Mestr∴. Devemos lembrar que, toda vez que em “Loj∴ aberta” cruzarmos o Eixo da Loj∴ e não estivermos portando instrumento de trabalho, devemos parar, colocar-nos altivamente a Ordem (sempre com os pés em esquadria) fazermos o Sinal de Saudação, seguindo após, naturalmente para o fim desejado. Se estivermos portando instrumento de trabalho, devemos cruzar o Eixo da Loj∴ sem qualquer parada ou meneio de cabeça. Abertura do Livro da Lei - Não são todos os Ritos que abrem o Livro da Lei, pois, em alguns deles, o livro permanece fechado, bastando a sua presença. Os Ritos Escocês, Adoniramita e Brasileiro, fazem a abertura e leitura dos versículos; York: faz a abertura, mas não há leitura dos versículos; Schroeder: o Livro permanece fechado. No R ∴ E ∴ A ∴ A ∴ a abertura do Livro da Lei se dá: Grau de Aprendiz: (Salmo 133). Abertura dos Trabalhos - Cerimônia inicial das Sessões, muito rica em alegorias, onde se abre a Loja, se identificam e convocam os presentes, procede-se a invocação do Grande Arquiteto e estipula- se o Grau em que irá operar a Loja. A abertura é comandada pelo Venerável. Painel - Quadro com gravura que faz lembrar cenas, símbolos, alegorias, termos ligados a Maçonaria. O pintor John Harris desenhou os painéis que passaram a servir de modelo para as Lojas. Os desenhos estampados no Painel levam uma vantagem sobre a palavra escrita. O desenho, por si só, é esotérico, e não revela ao Profano a sua mensagem. É preciso ser Maçom para interpretá-lo. Painel da Loja de Aprendiz – Define-se como Painel Alegórico da Loja de Aprendiz aquele onde figuram como principais símbolos a Coluna Jônica (Sabedoria), Dórica (Força) e Coríntia (Beleza), o Pavimento Mosaico, o Altar dos Juramentos e sobre si o Livro da Lei, as Pedras Bruta e Cúbica, a Escada de Jacó e sobre ela a Cruz Latina (Sacrifício), a Âncora (Esperança) e a Mão empunhando a Taça (Destino), a Estrela Flamejante, o Sol, as Estrelas, a Orla Dentada e as Quatro Borlas da Corda de 81 nós. Esse Painel é colocado no Oriente. Painéis – Os três Graus Simbólicos têm, cada um dois painéis. Um é simbólico, com o nome de Painel do Grau de Aprendiz, Companheiro ou Mestre, colocado entre o vértice do Altar dos Juramentos e a escada de acesso ao Oriente quando é declarada aberta a Sessão. O outro é alegórico, com o nome de Painel da Loja de Aprendiz, Companheiro ou Mestre, devendo ser apresentado quando for dada a Instrução explicativa sobre ele. A diferença principal entre os dois Painéis está em que, no Painel do Grau, estão nele figurando os símbolos ornamentais, as joias fixas e móveis, ao passo que, no Painel da Loja, os símbolos nele refletidos são alegóricos e constituem-se em objeto específico das Instruções. Assim e p. ex., na Primeira Instrução de Aprendiz, o que nela se objetiva é a explicação do Painel Alegórico da Loja de Aprendiz, e não o Painel Simbólico desse Grau. A Loja estará fechada após a última fala do Venerável: “Meus Irmãos, os trabalhos estão encerrados e nossa Loja fechada. Antes, porém, de nos retirarmos, juremos o mais profundo silêncio sobre tudo o quanto aqui se passou”. “Retiremo-nos em paz”. Cobertura Temporária do Templo – O Obr∴ que tiver que se retirar temporariamente do Templo deve após autorização do Vig∴ de sua Col∴ e do Venerável, fazê-lo com passos naturais, sem qualquer saudação. Se estiver na Coluna do Norte deverá, ao cruzar o Eixo da Loja, parar, colocar-se altivamente a Ordem, fazer a saudação e continuar sua caminhada naturalmente. Ao retornar (salvo determinação em contrário do Ven∴ Mestr∴) entrará sem formalidade, irá até entre Col∴, em passos simples e quando passar fará a saudação apenas ao Ven∴ Mestr∴ dirigindo-se em seguida ao seu lugar, obedecendo sempre a circunvolução.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 21/33 Saída definitiva do Templo – O Obreiro que, após autorização, tiver que se retirar definitivamente do Templo, deverá ficar “entre Colunas”, fazer a saudação às Luzes, depositar seu óbolo na Bolsa de Beneficência, prestar juramento de silêncio e aguardar a permissão do Venerável Mestre para se retirar. Concluindo - Só quando o Aprendiz conhecer bem o simbolismo de tudo o que diz respeito a seu grau é que ele estará apto a galgar o segundo grau, que fará dele um Companheiro. É preciso que a Maçonaria tome cuidado em não nomear Companheiros, Aprendizes senão depois que os prazos regulamentares tiverem sido observados. Caso contrário, corre-se o risco de encher as Oficinas de verdadeiros profanos, isto é, de ignorantes dos simbolismos sagrados. P.S. – Tudo aquilo que eu segurei com minhas mãos bem fortes, eu perdi, mas aquilo que eu entreguei nas mãos de Deus, eu tenho até hoje. A Bíblia diz: não é ficar forçando situações ou portas a se abrirem; o teu papel é entrar nas portas que Deus abriu e se conformar com aquelas que Ele fechou, porque Ele sabe por quê. Se uma porta se fecha aqui, outra se abre ali. Eu preciso aprender mais de Deus porque Ele cuida de mim! XXIIi Encontro dE Estudos E Pesquisas Maçônicas da loja fraternidade brazileira Florianópolis dias 14 e 15 de outubro de 2016 no CASTELMAR HOTEL Inscrições, Programação, Evento, Organização, acesse miguel.simao.neto@uol.com.br
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 22/33 O Irmão Pedro Juk, Produz este Bloco às Segundas, quartas e sextas-feiras Loja Estrela de Morretes, 3159 – Morretes – PR Sessão conjunta Em 24/03/2016 o Respeitável Irmão Wilmar Gomes dos Reis, atual Venerável Mestre da Loja Acácia dos 33, 2.341, REAA, GOB-DF, Oriente do Gama, Brasília, Distrito Federal. wgreis@gmail.com Estou precisando de informações de como realizar uma Oficina com duas Lojas do mesmo Rito (REAA). Quais os procedimentos a serem adotados? Ocupação dos cargos, enfim tudo será bem vindo, vez que nem eu nem o outro Venerável participamos de tal Sessão. Desde já agradeço pela atenção, pondo-me à disposição do Irmão. Considerações: Vou transcrever um trecho dos Procedimentos Ritualísticos do Primeiro Grau, REAA, Grande Oriente do Brasil – Paraná, edição 2.016, cuja autoria é da minha lavra e do Respeitável Irmão Orlando Antonio Cestaro. Assim está descrito nos Procedimentos no item 3.5.9. Recepção de Lojas – “Uma Loja pode estar presente na sessão de uma coirmã como incorporada (Art. 26, inciso IX da Constituição do GOB), quando ambas funcionarem no mesmo Rito. As Lojas incorporadas ingressam no Templo juntamente com a Loja anfitriã e com ela dividem a realização dos trabalhos em Sessão Conjunta (Art. 97, inciso VII do RGF). Cabe lembrar que o Venerável Mestre da Loja anfitriã não divide a direção dos trabalhos com qualquer Irmão. Na Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 23/33 Sessão Conjunta não deverá ser lido o expediente das Lojas. Os assuntos da Ordem do Dia deverão ser de interesse comum das Lojas. Será confeccionada uma Ata pela Loja anfitriã que enviará cópia à Loja incorporada, a qual colocará sua própria numeração no Balaústre. O Tronco de Beneficência deve ser dividido entre as Lojas. Cada Loja fará a sua Lista de Presenças. Caso não seja do mesmo Rito ou, sendo do mesmo Rito, não atue no desenvolvimento dos trabalhos, tratar-se-á de uma Loja visitante. A Loja visitante ingressa após a abertura dos trabalhos com o Venerável Mestre à frente, seguindo-se o Estandarte e hierarquicamente, as Dignidades, Oficiais e Irmãos formados em colunas por dois do de maior grau para o de menor, sendo recebida de pé pela Loja visitada e sob-bateria incessante ao Altar ocupado pelo Venerável Mestre e as respectivas mesas ocupadas pelos Vigilantes. Depois do ingresso no Templo, os visitantes param e colocam-se à Ordem. Somente o Venerável Mestre visitante saúda as três Luzes da Loja visitada, sendo conduzido ao Oriente para o lugar devido. Os Irmãos da Loja visitante desfazem o Sinal, ocupam seus lugares, indicados e comandados pelo Mestre de Cerimônias. Quando existirem duas ou mais Lojas em visitação, entra por último o de maior título ou condecoração; se estes forem iguais, entra em último lugar a mais antiga na Ordem (a de menor número)”. Cabe lembrar que a Incorporação de Lojas será realizada em uma Sessão Conjunta. Note que o que parece ser a mesma coisa, possui destaques diferentes. Assim existe uma Sessão Conjunta desde que composta por duas ou mais Lojas incorporadas. Quando se tratar simplesmente de uma Loja ou mais Lojas visitantes, o caso não é de uma Sessão Conjunta. Quanto à ocupação dos cargos em Loja Incorporada, exceto o Venerável da Loja anfitriã, que não divide o trabalho com ninguém, os outros cargos serão distribuídos conforme o combinado entre as Lojas incorporadas. T.F.A. PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com - Mai/2016
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 24/33 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 03.10.1981 Ação e Fraternidade Gasparense nr. 26 Gaspar 17.10.1969 São João Batista nr. 14 Orleans 19.10.2000 Gênesis nr. 47 Florianópolis 20.10.1977 Duque de Caxias nr. 21 Florianópolis 22.10.1970 Sentinela do Oeste nr. 17 Chapecó 25.10.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville 25.10.1996 Cavaleiros da Luz nr. 64 Florianópolis 28.10.1989 Jack Malt nr. 49 Rio Negrinho 28.10.2008 Delta do Universo nr. 98 Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 05/10/1991 Zezinho Cascaes Braço do Norte 12/10/1994 Fraternidade Serrana São Joaquim 13/10/2004 Portal da Serra Bom Retiro 15/10/1985 Lealdade, Ação e Vigilância Florianópolis 16/10/1951 Estrela do Planalto Curitibanos 18/10/1997 Acácia das Gaivotas Bal. Gaivota 20/10/2008 Construtores da Paz Chapecó 21/10/1972 General Bento Gonçalves Araranguá 22/10/1997 Sol do Oriente Camboriú 26/10/1975 Acácia das Neves São Joaquim 30/10/2002 Frank Shermann Land Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de setembro
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 25/33 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 03.10.03 Delta de Ingleses - 3535 Florianópolis 06.10.81 Prof. Clementino Brito - 2115 Florianópolis 13.10.07 Luz de São Joaquim - 3884 São Joaquim 15.10.93 Cidade Azul - 2779 Tubarão 15.10.05 Estácio de Sá -3763 Florianópolis 17.10.08 Luz de Órion - 3951 Itapema 23.10.00 Luz e Harmonia - 3347 Brusque 26.10.96 Arquitetos do Vale - 2996 Blumenau 26.10.08 Amigos da Liberdade - 3967 Palhoça 27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí 28.10.95 Luz do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 26/33
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 27/33 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Para o dia 12 de outubro: A Prece A Prece é o contato entre criatura e Criador. Pela onisciência de Deus, obviamente, o Criador está constantemente em contato com a criatura. Se cada um de nós tivesse a consciência desse contato permanente, seria desnecessária a prece. No entanto, nós nos damos conta disso somente quando a necessidade bate à nossa porta e então, desesperados, suplicamos a presença de Deus. Sabedor dessa fraqueza humana, o Criador previa a atitude da criatura e então deleita- se em ouvi-la suplicar. A mente humana, pelo seu potencial misterioso e desconhecido, pode perfeitamente “alcançar” onde Deus está. Não faz mal que nisso haja criatividade e imaginação; na realidade, todos nós, de vez em quando, nos colocamos diante de Deus e lhe pedimos o que desejamos. O pedido não tem limite; pode ser vaidoso, egoísta e absolutamente inapropriado; porém, o fato de suplicar já alivia a pessoa; a resposta chega à mente instantaneamente, com a mesma velocidade com que partiu. Por não ser religião, a Maçonaria não cuida desses mistérios; no entanto, o maçom, como criatura humana, ressente-se desse auxílio. A prece feita em templo, silenciosa e isoladamente, tem o mesmo efeito que aquela feita em alguma igreja. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 303.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 28/33 Eduque as crianças e não será necessário castigar os homens (Pitágoras)
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 29/33
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 30/33
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 31/33 1 – Eu chorei de emoção vendo este coral cantando 'Ave Maria'! 2 – Qual é o seu QI? Descubra neste desafiador teste de cores! 3 – Natureza: 15 fotos tiradas perfeitamente no momento exato! 4 – Transporte público de Porto: https://www.youtube.com/watch?v=9ccO3crO33M 5 – História das Catedrais: Histoire_Les cathedrales pour les Nuls.pps 6 – Conheça o Tram, o bonde elétrico suíço https://www.youtube.com/watch?v=BCzSkq-ze8o 7 - Filme do dia- “Olhos Azuis” – Dublado Sinopse: Marshall (David Rasche) é o chefe do Departamento de Imigração do aeroporto JFK, em Nova York. Comemorando seu último dia de trabalho, Marshall resolve se divertir complicando a entrada no país de vários latino-americanos. Entre eles está Nonato (Irandhir Santos), um brasileiro radicado nos EUA, dois poetas argentinos, uma bailarina cubana e um grupo de lutadores hondurenhos. Dois anos depois, Marshall vem ao Brasil procurar uma menina de nome Luiza. Quando ele conhece Bia (Cristina Lago), uma jornada em busca de redenção se inicia. Olhos Azuis foi o grande vencedor do II Festival Paulínia de Cinema com seis prêmios, incluindo o de Melhor Filme. https://www.youtube.com/watch?v=6XzcPOmb_c0
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 32/33 O Irmão Adilson Zotovici, Obreiro da Loja Chequer Nassif-169 São Bernardo do Campo – SP GLESP Que escreve aos sábados neste espaço, hoje comparece homenageando as Crianças. adilsonzotovici@gmail.com Oh quão doce criatura Que de amar não se cansa De alva alma tão pura Marca do amor, da bonança! Vê-se claro em tua figura Toda bem-aventurança Gravado em tua candura Que do PAI és semelhança O teu riso é confiança O abraço desenvoltura Teus olhos toda pujança Em ti habita a esperança Vez que a própria ventura... Sagrada e terna “criança” ! Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.202– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de outubro de 2016 Pág. 33/33