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JB NEWS
Informativo Nr. 371
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 03 de setembro de 2011
Índice deste sábado:
1. Almanaque
2. Taça Sagrada – Uma questão controvertida (Ir. Pedro Juk)
3. Palavra Semestral – Vamos trocá-la? ( Ir. Adayr P. Modena)
4. Questões Sobre Maçonaria - Perguntas e Respostas (Ir. Pedro
Juk)
5. Destaques JB
O MAGO DA FRANCO-MAÇONARIA - Elias Ashmole (1617-1694) nasceu em Lichfield,
Staffordshire, na Inglaterra. Foi membro-fundador da Royal Society, um Estabelecimento
Superior para promover o Ensino de Experimentos Físico-matemáticos, além de um misto
de homem renascentista e filósofo hermético britânico. Ashmole tinha um amplo
conhecimento e se preocupou em conhecer cada aspecto da história britânica. Foi uma
espécie de curador nacional fundou o primeiro museu público do mundo e possuía uma
coleção pessoal de selos da monarquia inglesa. Seu biógrafo C.H. Josten, já falecido,
acreditava que a grandeza de Ashmole talvez estivesse na tensão entre o homem do mundo
e a alma hermética de um místico espiritual, indiferente aos julgamentos profanos.
Em O Mago da Franco-Maçonaria, Tobias Churton discorre sobre a vida de Ashmole,
mostrando não somente seu papel fundamental na Franco-Maçonaria e no conhecimento
das ciências modernas, mas também as origens, a infância e a formação daquele que foi
nomeado o arauto de Windsor
WWW. RADIOSINTONIA33.COM.BR
 590 - É eleito o Papa Gregório I.
 1189 - Coroação de Ricardo I de Inglaterra.
 1384 - Fim do cerco de Lisboa (Crise de 1383-1385).
 1652 - Oliver Cromwell vence Batalha de Worcester.
 1758 - José I de Portugal escapa a uma tentativa de regicídio da qual resulta o
Processo dos Távoras.
 1759 - Expulsão dos jesuístas dos domínios portugueses.
 1783 - Fim de guerra e reconhecimento da Independência dos Estados Unidos da
América.
 1833 - Lançamento do jornal New York Sun.
 1895 - É realizada a primeira partida profissional de Futebol Americano.
 1914 - É eleito o Papa Bento XV.
 1937 - O assassino Eugen Weidmann faz sua primeira vítima (Joseph Couffy).
 1938 - Leon Trotski e seus seguidores fundam a Quarta Internacional.
 1939 - Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha nazista.
 1943 - Invasão da Itália pelo Aliados da Segunda Guerra Mundial.
 1944 - As tropas aliadas libertam Bruxelas da ocupação alemã.
 1971 - Independência do Qatar, sobre domínio do Reino Unido.
 1976 - Pouso da sonda Viking II em Marte.
 1989 - Queda de avião da Varig na Selva Amazônica, Voo Varig 254.
 1995 - O eBay é fundado.
 2003
o Gilberto Gil recebe o Grammy Latino prêmio de Personalidade do Ano, em
Miami.
 2004 - Termina o Cerco à escola de Beslan, na República Russa da Ossétia do
Norte, com pelo menos 334 mortos, a maioria crianças.
 2009 - Após mais de dois meses, é enterrado o corpo do cantor Michael Jackson.
 Dia de São Gregório Magno.
 Dia do Biólogo.
 Dia Nacional do Guarda Civil (Lei Ordinária nº 5088, de 30 de agosto de 1966).
 Fundação do Município de Senador Pompeu - Ceará (1896).
 Fundação do Atlético Clube Apollo (1970) - Arraial do Cabo - Rio de Janeiro.
 Independência de San Marino (301).
 Independência do Qatar (1971).
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1993:
Fundação da Loja Treue Freundschaft nr. 52, de Florianópolis que trabalha
no Rito Schroeder (GOSC)
1997:
Fundação do Capítulo Thomas Smith Webb de Maçons do Real Arco, em
Porto Alegre – RS, que recebeu o Nº 2, um dos três Capítulos pioneiros na
formação do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil
1997:
Fundação da Loja Maçônica Humildade e Fraternidade nr. 1684, de Vitória
(GOB/ES)
TAÇA SAGRADA – UMA QUESTÃO
CONTROVERTIDA
Ir. Pedro Juk
Or de Morretes – Pr., setembro de 2.003 da EC
O desenvolvimento dessa peça de arquitetura está direcionado
para sentido do esclarecimento de questões constantemente
debatidas e interrogadas que envolvem a prova denominada a
―Taça Sagrada‖ dentro dos rituais maçônicos e, nesse particular, o
que abrange o Rito Escocês Antigo e Aceito no contexto das
Obediências Maçônicas brasileiras.
Embora o arrazoado esteja especificamente dirigido aos
praticantes do escocesismo, urge, pelo caráter controverso do fato,
ser citado o Rito Adonhiramita, principalmente pela prática
litúrgica do ato em questão que, na forma praticada em nosso país
pelos integrantes do escocesismo, está intimamente ligada ao Rito
citado.
É bem verdade que há abrangência da prova da Taça Sagrada em
outros Ritos, independente dos que até aqui foram citados,
todavia, essa prova está também associada a outras
particularidades que se distinguem na forma e conteúdo da prática,
a exemplo do Rito Francês, ou Moderno, onde na França, a prova
é determinada como a ―Taça e a Bebida Amarga‖ – este Rito
emprega apenas a bebida amarga.
QUESTÃO CONTROVERSA NO SENTIDO DE PUREZA E
ORIGEM HISTÓRICA.
A TAÇA SAGRADA NO RITO ESCOCÊS ANTIGO E
ACEITO.
Um exame mais acurado dos tradicionais rituais escoceses aponta
para a inexistência da teatral prova da Taça Sagrada tal qual se
conhece atualmente em certos rituais brasileiros. Todavia, quando
se aborda o que é tradicional, fica o alerta de que é aconselhável a
adoção de um método que dispense pesquisas em antigos rituais
escoceses deturpados impressos no Brasil. Em tese, é saber
separar o autêntico do duvidoso. Um fato que dever levado,
sobretudo em consideração, é o de que, embora o nome sugestivo
do Rito seja Escocês, ele é na verdade de origem francesa. Atinar
para esse detalhe é por demais importante para que se evitem
conclusões apressadas e desprovidas de um compromisso mais
sério para com o que é autêntico e verdadeiro.
No tradicional escocesismo, as Taças da Boa e Má Sorte, ou das
Vicissitudes – esse é o nome mais condizente ao se tratar do Rito
Escocês Antigo e Aceito – estarão dispostas para observação do
candidato na Câmara de Reflexão, tal qual um alerta de alto
significado moral, sendo que, mais tarde, durante o cerimonial de
Iniciação, quando o candidato for inquirido sobre as suas
impressões de quando esteve encerrado ―naquele lugar sombrio‖,
o Venerável dará as explicações necessárias sobre o significado
simbólico do conteúdo das taças, sem que com isso, haja qualquer
necessidade do candidato sorver desta ou daquela bebida - basta a
explicação e, neste caso, o simbolismo está muito longe de ser
confundido com um trote ou coisas do gênero.
Dito isso, pergunta-se: então qual a razão dessa prova teatral estar
tão disseminada em certos rituais escoceses no Brasil?
É inexoravelmente claro que a origem desta anomalia, em termos
de rituais escoceses, está ligada diretamente aos primórdios da
Maçonaria regular no Brasil.
Sob a óptica de uma analise mais profunda, depara-se com a
questão dos ritos praticados à época no Brasil, mais precisamente
no início do século XIX.
Sem querer se desviar do objetivo desta lauda, se faz cogente a
compreensão de que a primeira Loja regular no Brasil foi fundada
em 1.801, no Rio de Janeiro, com o título distintivo de Loja
―Reunião‖, movida pela liturgia e com fins político-sociais, sob a
égide - segundo o manifesto de 1.832, do Grão-Mestre José
Bonifácio – do Grande Oriente da Ilha de França1
, representado
pelo Cavaleiro Laurent, que presidira a sua instalação.
Essa Loja trabalhava no Rito Francês, ou Moderno.
Dois anos depois, de acordo com o mesmo manifesto, o Grande
Oriente Lusitano, desejando propagar, no Brasil, a verdadeira
doutrina Maçônica, nomeou para esse fim, três delegados, com
plenos poderes para criar Lojas Regulares no Rio de Janeiro,
filiadas àquele Grande Oriente. Foram então criadas as Lojas
―Constância‖ e ―Filantropia‖, as quais, junto com a ―Reunião‖
serviram de centro comum para todos os Maçons existentes no
1
Ilha de França (Ille de France) é o antigo nome da ilha Maurício, uma pequena ilha situada no
Oceano Índico, no Arquipélago das Mascarenhas, atualmente pertencente à Grã-Bretanha.
Foi descoberta pelos portugueses, em 1.505, dominada pelos holandeses e pelos franceses,
a partir de 1.710, tornando-se posteriormente colônia britânica.
Rio de Janeiro – ainda de acordo com manifesto de 1832, do
Grão-Mestre José Bonifácio.
As Lojas ―Constância‖ e ―Filantropia‖
trabalhavam no Rito Adonhiramita.
A se notar que quando se trata de Maçonaria Regular no Brasil
naquela época, o Rito Escocês Antigo e Aceito era tido como um
ilustre desconhecido, até porquê, a despeito de suas origens
francesas e com o nome de Rito de Heredom com seu sistema de
vinte e cinco graus, somente tomaria o nome de Escocês, como
rito, a partir de 31 de maio de 1.801, data de sua fundação na
cidade de Charleston, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos da
América do Norte, inaugurando na oportunidade o sistema de
trinta e três graus. Seria somente a partir do ano de 1.832, isto é,
trinta e um anos após a fundação da Maçonaria regular brasileira,
que o Rito Escocês entraria oficialmente no Brasil instalado pelas
mãos de Francisco Gê Acayaba de Motezuma – o Visconde de
Jequitinhonha. Até então, e isso é importante ressaltar, a
Maçonaria regular brasileira praticava apenas dois ritos: o
Francês, ou Moderno e o Adonhiramita.
Dadas essas breves e superficiais considerações, pode-se notar que
a prática litúrgica inicial da Maçonaria em nosso país era feita
através dos ritos denominados então como Ritos Azuis (Moderno
e Adonhiramita), enquanto era desconhecido o Rito Vermelho
(Escocês). Entretanto, com o advento da instalação do sistema
escocês com seus trinta e três graus no Brasil, a partir de 1.832, o
fato despertou substancial interesse dos maçons brasileiros que,
atraídos talvez pelo novo sistema de trinta e três altos graus,
consolidaram o escocesismo em um curto espaço de tempo, a tal
ponto de que, em um futuro não muito distante, o Soberano
Grande Comendador do Grau 33.º seria também o Grão-Mestre da
Maçonaria simbólica brasileira.
Em face desses acontecimentos, era impresso, já em 1.834, no Rio
de Janeiro, através da Tipografia Impressora de Seignot –
Plancher & C. º, à rua do Ouvidor, n. º 95, para o Grande Oriente
Brasileiro, o ―Guia dos Maçons Escossezes ou Reguladores dos
Três Gráos Symbolicos do Rito Antigo e Aceito‖ (a grafia é da
época). Todavia, esse Regulador, ou Ritual (o primeiro dito
escocês impresso no Brasil) absorveu, talvez ao gosto dos que já
achavam na época esta ou aquela passagem mais bonita, dentre
outras, a prova teatral da Taça Sagrada, bem conhecida através
dos Rituais Adonhiramitas.
É bem provável que esteja aí o germe dessa controvérsia nos
Rituais Escoceses de algumas Obediências brasileiras que
perduram arraigados até os dias atuais assumindo uma espécie de
norma consuetudinária que tem causado verdadeiros alaridos de
protestos ao se mencionar qualquer probabilidade em se extirpar
tal prática do Rito Escocês.
A questão, pela sua relevância, será abordada em momento
oportuno no decorrer da explicação da exegese do símbolo.
A propósito de esclarecimento e sem querer entrar no campo da
prolixidade, é assaz importante se compreender que o tema
abordado se prende aos conceitos ritualísticos dos rituais
escoceses, portanto, nenhuma crítica é feita a doutrina de qualquer
outro Rito.
Da mesma forma, fica aqui robustecida a observância de que
qualquer pesquisa séria deverá ser feita em rituais tradicionais de
origem francesa ou alguns outros bons rituais, brasileiros ou não,
desde que isentos de enxertos e deturpações. De nada vale para
qualquer conclusão, se tomado por base, estejam certos rituais
ditos antigos, porém repletos de invencionices e deturpações. Nem
sempre a antiguidade dá um caráter de autenticidade. É preciso
método para tal. A questão controversa aborda a pureza de um
Rito e não a beleza deste ou daquele procedimento ritualístico.
A QUESTÃO CONTROVERSA
QUANTO AO SENTIDO DA PROVA.
Foi durante o período de transição da Maçonaria Operativa para a
Especulativa, ou dos Aceitos e a sua afirmação como Moderna
Maçonaria, séculos XVII, XVIII e XIX que a Sublime Instituição
se inspirou nas antigas civilizações, buscando símbolos, lendas e
alegorias, inclusive da própria Bíblia, procurando adaptar-se a
certos princípios, retirando o melhor da essência do misticismo, da
doutrina moral e da filosofia, buscando com isso formar um
arcabouço doutrinário especulativo, que fez, e ainda dela faz, uma
Instituição eclética.
A Maçonaria como construtora social, observa e é depositária de
uma grande parte da manifestação do pensamento humano,
todavia, isso não dá o direito a certos Maçons pensarem que
qualquer tema abordado pela Ordem é fato germinado no seio da
Instituição. A Maçonaria observa, colhe e ensina, mas não se
apropria do grande relicário cultural artístico e científico da
humanidade.
Com relação ao simbolismo da ―Taça Sagrada‖, é inquestionável a
sua antiguidade, entretanto, não é uma exclusividade da Ordem,
muito menos da uma pretensa existência da Instituição nos tempos
imemoriais. A Maçonaria tem uma história documental de
aproximadamente setecentos anos, mas nunca uma existência de
cunho milenar.
Em quase todas as manifestações do pensamento religioso e dos
mitos antigos, existem alusões a respeito da ―Taça‖, ora
aparecendo como um cálice, ora como um vaso, porém, apesar de
algumas diferenças quanto a sua forma, conteúdo e lendas, há uma
concordância que se converge sempre para uma certa semelhança.
O simbolismo da taça já era conhecido nos mistérios do Antigo
Egito, onde nas iniciações era dado ao neófito conhecer três tipos
de bebida em uma taça triangular. Nos mistérios de Eleusis eram
apresentadas duas taças ao iniciando, ao mesmo tempo em que era
informado de que em uma delas havia veneno. Não tivesse ele
medo da morte, deveria apanhar uma delas e sorver o seu
conteúdo. Na mística hebraica, a Taça do Amargor era o símbolo
da cólera de ―DEUS‖. Na Antiga Grécia o neófito era conduzido à
frente de um trono chamado de Trono da Impostura, no qual uma
bela mulher tinha às mãos um cálice que continha uma bebida que
nunca se esgotava. O sentido era de que se se quisesse ir além,
seria necessário ingerir aquela bebida. No Cristianismo, por
exemplo, se apresenta a lenda do Santo Graal, cujo receptáculo
havia sido usado por ―JESUS CRISTO‖ na celebração da última
ceia e que, mais tarde, seria o mesmo vaso com o qual José de
Arimatéa teria recolhido o sangue de uma das feridas do
―CRISTO‖ crucificado.
Por aí se pode ter ciência desse antigo simbolismo ligado às
tradições da antiga civilização, sem, contudo, se imaginar uma
precoce existência da Maçonaria desde aqueles tempos. No intuito
de concretizar o seu arcabouço doutrinário, foi a Maçonaria que
adotou, dentre outros, esse antigo simbolismo.
A despeito dessas observações, o controverso disso tudo é a
prática teatral usada atualmente em certos rituais escoceses no
Brasil. O belo conteúdo moral aplicado pelas alegorias lendárias
acabou sendo substituído mais por uma espécie de trote, do que
pela lição expressa pelo seu verdadeiro significado. Na verdade,
essa teatralização mais intimida do que esclarece o candidato.
Uma exposição racional dos fatos está acima de certos
―juramentos‖ e atos truculentos de uma retirada intempestiva que
muitas vezes está cercado de certos lances de sadismo por parte de
alguns protagonistas, assistidos por uma assembléia risonha que se
deleita com a cena bem ao gosto dos adeptos do trágico e do
cômico de um caricato espetáculo dantesco.
Ainda dentro do contraditório, no que tange à Maçonaria, que não
é uma religião, aparece o termo ―sagrado‖ relacionado à prova da
taça. Pergunta-se: o que há de santo, sacro, ou sagrado que se
possa relacionar a duas taças contendo líquidos amargo e doce?
Ainda mais: que espécie de juramento é esse sobre uma pretensa
―Taça Sagrada‖ para se guardar silêncio, se o candidato antes de
receber a Luz, prestará o verdadeiro juramento maçônico que
engloba todo o compromisso dele para com a Sublime Instituição?
É cristalino e verdadeiro que compromisso solene é apenas aquele
feito diante das Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria2
antes de se receber a Luz. Haveria, pois, outro juramento tão
importante em uma cena teatral cercada por ameaças e goles de
bebidas doces e amargas acompanhado de uma truculenta retirada,
sem que o pobre candidato possa ao menos saber o que se passa à
sua volta? Então, que juramento de honra é este feito sobre uma
taça que ora contém uma bebida doce e ora uma bebida amarga?
Onde está o ato santificado?
Ora, não seria mais aproveitável e condizente com o ato uma
explicação lógica e racional sobre os limites dos prazeres da vida
evitando-se que essa doçura não viesse a se tornar em um paladar
acre? Ou a ingestão de líquidos em prol de uma pretensa
exposição de coragem e um compromisso de guardar sigilo das
provas é tão mais aplicável? Afinal, durante o verdadeiro
compromisso, aquele prestado no Alt dos JJur, o maçom não
jura tudo isso?
Há que se compreender que uma Iniciação Maçônica possui
profundidade espiritual para a transformação vivida e verdadeira
do homem, calando, sobretudo, no seu intelecto.
Aos adeptos de uma pretensa tradição, que mais é na verdade um
enxerto no Rito fica mais uma vez o alerta de que a prova teatral
da Taça Sagrada não faz parte do primitivo escocesismo. Havia
sim, duas taças, mas que ficavam na Câmara de Reflexão e não
saiam de lá. Uma continha um líquido amargo e a outra um doce.
Quando era mencionado o conteúdo da Câmara ao candidato, o
Venerável dava as devidas explicações sobre o simbolismo do
líquido amargo e doce, ressaltando que este é um antigo símbolo,
presente inclusive na Bíblia. No escocesismo original não existe a
2
O Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso.
prática do candidato ingerir o conteúdo simbólico, muito menos
ser o protagonista principal de uma prova truculenta e de um
juramento qualificado como sagrado que de santo nada existe.
CONCLUSÃO.
Pelas origens da Maçonaria estarem interligadas em um passado
remoto à proteção do clero e ao cunho religioso dado ao trabalho
pelas corporações de ofício medievais, é bastante plausível que o
contexto da alegoria que envolve as taças da boa e da má bebida
em sua tradição tenha se originado – na Maçonaria – nas tradições
dos Salmos, 74,9: ―Há na mão do Senhor, uma taça, de vinho
espumante e aromático. Dela dá a beber e até às vezes hão de
esgota-la. Hão de sorve-la os ímpios todos da terra‖. Para os
antigos povos, principalmente os hebreus, uma taça era o símbolo
justiceiro de ―DEUS‖ (a Taça do Amargor).
Na Maçonaria em geral e no escocesismo em particular, as Taças
da Boa e da Má bebida, como os demais símbolos, representam os
opostos, freqüentemente apresentados na vida humana e que
acabam por determinar a própria evolução espiritual do homem: o
vício e a virtude, o bem e o mal, o espírito e a matéria, etc.
Simbolizam também a boa e a má sorte, mostrando que aqueles
que se afastam do bem à procura de efêmera doçura dos prazeres
dos vícios, terão, depois, de suportar os amargores dos revezes
adquiridos como resultado das suas atitudes.
A despeito do escrito, reforça-se que não se está aqui fazendo
crítica a quaisquer dos demais outros ritos maçônicos. Também
não o é um texto laudatório, mas sim objetiva apontar aspectos
controversos da história e da filosofia relacionada a alguns rituais
do Rito Escocês Antigo e Aceito em vigor no Brasil.
O que aqui se buscou, foi um ensaio interpretativo apontando para
questões controversas, estando, portanto, longe de ser conceituado
como a afirmativa de uma opinião final.
O tema é vasto e requer muita atenção e profundidade de estudo
para que se possa obter um resultado conclusivo, sério e
transparente, todavia, alguns aspectos aqui abordados subtraem
uma melhor observação, cujo objetivo é mostrar o verdadeiro
sentido da mensagem simbólica, e não um despojado
entendimento de que o ato é uma simples prova de coragem
aplicada durante o ato iniciático.
Dando por fim a esse arrazoado, segue a transcrição de um
precioso texto decalcado do Ritual de Aprendiz Maçom,
REAA, organizado pelo saudoso Irm Theobaldo Varoli
Filho no ano de 1.973, onde o Venerável dá a devida explicação
sobre o simbolismo das Taças da Boa e da Má Bebida (Taça das
Vicissitudes) ao candidato durante a cerimônia de Iniciação. É
interessante atentar para o texto de forma que se possa avaliar o
que é mais importante: a mensagem moral, ou uma prova de
truculência que mais assusta do que ensina.
“É certo que a vida pode trazer-nos amarguras
inesperadas, menos por nossa culpa do que pelas
circunstâncias que nos rodeiam. Nós, maçons, buscamos
enfrentar com serenidade as boas e más vicissitudes.
Sabemos que durante a nossa existência teremos de provar
as taças de boa ou má bebida, como não desconhecemos
que todo aquele que se afasta da virtude, buscando apenas
prazeres, provará do amargor do fel, que resulta de uma
doença precária e ilusória. Por isso, os maçons buscam
moderação no usufruir dos prazeres da vida”.
ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO
DARUTY, J.E., Recherches sur le Rite Escossais Ancien et Accepté – Paris, 1.879.
LANTOINE, A., Le Rite Escossais Ancien et Accepté – Lyon, 1.934.
WEIL, F., La Franc-Maçonnerie em France jusqu’em 1.755. Genève, 1.963.
SÉGUR, L. G., Les Franc-maçons, Paris, 1.887.
LINDSAY, R. S., The Scottch Rite for Scotland, Edimburg, 1.957.
MELLOR, A., La Franc-Maçonnerie à l’heure du Choix, Paris, 1.963.
VAROLI F.º T., Curso de Maçonaria Simbólica, Tomo I, São Paulo, 1.974.
___________, Ritual de Aprendiz Maçom - REAA, Grande Oriente de São Paulo,
1.974.
___________, Simbologia e Simbolismo da Maçonaria, A Trôlha, Londrina, 2.000.
CASTELLANI, J., O Rito Escocês Antigo e Aceito, A Trôlha, Londrina, 1.988.
_____________ , Consultório Maçônico, Vol. 2, A Trôlha, Londrina, 1.990.
_____________ , Cartilha do Aprendiz, A Trôlha, Londrina, 1.992.
DIVERSOS, As Cores Vermelhas do Rito Escocês, A Trôlha, Londrina, 1.994.
CARVALHO, F. A., Ritos e Rituais, Vol. III, A Trôlha, Londrina, 1.993.
BOUCHER, J., A Simbólica Maçônica, Pensamento, São Paulo, 1.979.
SPOLADORE, H., Caderno de Pesquisas n.º 03, A Trôlha, Londrina, 1.991.
ASLAN, N., Grande Dicionário Enciclopédico Maçonaria e Simbologia, A Trôlha, Londrina,
1.996
PARANÁ, G. O., Ritual de Aprendiz Maçom - REAA, Curitiba, 1.990.
JUK, P., Instruções Para a Loja de Aprendiz, REAA, Curitiba, 2.002.
______, Manual de Procedimentos – Grau 01, REAA, Curitiba, 2.001.
BRASIL, G. O., Ritual de Aprendiz, Brasília, 2.001.
COMAB, Instruções p/Lojas Simbólicas – Maçonaria Adonhiramita, Santa Catarina, 1.994.
COMAB, Ritual de Aprendiz Maçom, 1.º Grau, Maçonaria Adonhiramita, Santa Catarina,
1.997.
A PALAVRA SEMESTRAL: VAMOS TROCÁ-LA?
Ir Adayr Paulo Modena
Deputado do Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica
do Estado do Rio Grande do Sul
Repasse: Ir. José Robson Gouveia Freire (Brasília)
É norma contida no Ritual Escocês, de 1928, das GG
LL Brasileiras, que a Palavra Semestral deve ser trocada com o
Cobridor da Loja que se visita, como prova da regularidade
recíproca entre o visitante e a visitada. Quando Aprendiz, indaguei:
como é que se processa esse ―trocar‖? Responderam-me que eu
deveria dar ao Cobridor da Loja visitada uma falsa palavra, isto é,
inventada; caso ela fosse aceita ou recusada, haveria a prova da
irregularidade ou regularidade da Loja. E, à guisa de pá-de-cal, me
foi acrescentado: se a Loja for regular, o Cobridor não aceitará tal
―troca‖ e voltará a pedir a Palavra — e aí sim! — darás a verdadeira,
aquela recebida na Cadeia de União. Ponderei que a explicação não
abrangia todas as possibilidades, inclusive a do Visitante ser
colocado no olho-da-rua, por irregular ou por metido a
engraçadinho... Ante o frio olhar do Mestre, calei-me...
O tempo passou. Visitei muitas Lojas. Nunca foi
necessário trocar a Palavra Semestral com quem quer que fosse,
embora a dúvida de como proceder continuasse latente no
subconsciente. Até que um dia, ao longo das pesquisas e estudos,
inesperadamente, nas últimas páginas da obra ―A Simbólica
Maçônica‖ — de Jules Boucher — lá estava a resposta concisa à
invencionice que tentaram me impingir (e, sabe-se lá, a quantos
outros...). Então, juntei o dito por Jules Boucher com outras leituras
e, hoje, tantos anos passados, creio estar suficientemente informado
para explicar, sem “magister dixit”, aos Aprendizes de agora, a
verdade sobre tal assunto, vazada num texto simples, como eu
gostaria de ter recebido em 1977/78. Buscando reunir as
informações essenciais à compreensão do tema, situá-lo no tempo e
resumir seus eventos desencandeantes, vejamos...
A Maçonaria Francesa do século XVIII — de onde, em
grande parte, o nosso Rito provém —, foi pródiga em Graus, Ritos e
Corpos: quase 400 Graus, mais de 50 Ritos e, englobando tudo isso,
diversas Ordens e Obediências. Evidentemente, todas digladiando-se
por precedências. No sentido de amplitude, no de entrecruzar
caminhos, descaminhos e trilhas — ―uma savana‖ — verbera Allec
Mellor.
Assim, lá por 1770, existiam três grandes Obediências:
duas Grandes Lojas, a da França e a Nacional de França, mais o
Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente (Grande e
Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém), além de vários
Grupos e Lojas esparsas. No início de 1773, buscando dar fim ao
divisionismo, limitar o número de Graus e, segundo dizem, para
impor suserania à Maçonaria Francesa, a maior parte da Grande
Loja da França (e outras dissidências) reestruturou-se como ―Ordem
Real da Maçonaria em França‖, gerando e dando à luz — em
24.05.1773 — ao Grande Oriente de França, Obediência que, em 28
de outubro daquele ano, empossa seu primeiro Grão Mestre, Felipe
de Orleans, Duque de Charters (1).
Afora a estranha personalidade de tal Grão-Mestre (2), o
que importa assinalar é o fato de que na data de sua posse nasceu a
Palavra Semestral (3), criada para impedir a presença de Maçons
não filiados às reuniões do GOF. Foi uma medida bem diferente
daquela tomada em 1730 pela Grande Loja de Londres que, ao
trocar a seqüência das colunas de BJ para JB, buscava impedir o
acesso de profanos nas Lojas, em decorrência das ―inconfidências‖
de Prichard, quando publicou nossos ―segredos‖ num jornal
londrino.
Contrariamente, o GOF atingia os Maçons, tentando obrigá-los à
filiação na nova Obediência, limitando o livre direito de visitação
até então vigente.
Concluído o cenário e vistas às motivações que
ensejaram o nascimento da Palavra Semestral, vejamos como ela foi
planejada para ter eficácia, no sentido concebido por seus mentores,
os quais, com inteligência, uniram dois usos tradicionais: um militar,
o da Senha; e o outro obreiro, o da Cadeia de União (4). Tais
parâmetros foram conjugados e, até hoje, mantidos em vigor nas
Obediências Escocesas da Europa, assim:
a) A PS não é UM só vocábulo, são DOIS, ambos com a
mesma inicial; por exemplo: Luz/Lua, Sol/Saber ou
Fé/Força... É Senha e Contra-Senha ou melhor, tal como
se diz na França: são as palavras semestrais;
b) Na Cadeia de União, uma palavra vai pela direita, a
outra pela esquerda; e, pelo retorno aos ouvidos do
Venerável, este diz do acerto da recepção: ―Justas e
Perfeitas‖. Caso ocorra algum erro, o procedimento é
repetido até poder ser dado como correto.
À luz do até aqui exposto, retornando à indagação inicial
de como―trocar‖ a Palavra Semestral com o Cobridor, bastaria que o
visitante desse a Senha (uma palavra) e recebesse a Contra-senha (a
outra palavra) para que, inegavelmente, ficasse estabelecida a
regularidade de ambos. Ou seja, a do visitante e a da Loja. Tudo
simples, sem invencionices, de forma inteligente!
Aqui poderíamos dar por concluído este trabalho, mas
nossos leitores talvez ficassem com duas indagações:
1ª) A implantação das Palavras Semestrais surtiu o efeito desejado?
2ª) Por que nós temos somente uma Palavra Semestral?
Respondendo-as, ressalvando a existência de
divergências entre os historiadores, podemos dizer que:
 Na França, como vimos, a implantação das Palavras fazia parte
de um contexto obediencial e programático que, no sentido
hegemônico, não alcançou seu fim, pois a animosidade dos
IIr, Lojas e Obediências tidas por ―irregulares‖ avolumou-se
contra ao GOF — que, embora enobrecido com um príncipe de
sangue na titularidade do Grão-Mestrado, não conseguiu
unificar a Maçonaria Francesa, mas ficou com sua maior fatia
 No nosso caso, a existência de uma só Palavra Semestral, em
vez de duas, podemos creditar somente ao desconhecimento do
tema, tanto por tradutores quanto por autoridades litúrgicas, os
quais — por certo — desconheciam a História da Franco
Maçonaria de Findel, que à pág. 65, descrevendo uma
iniciação de antanho, quase ao final diz: ―Era libertado da
venda de seus olhos, mostravam-lhe as três grandes luzes,
colocavam-lhe um avental novo e davam-lhe o santo e a
senha (o grifo é nosso), conduzindo-o ao lugar que lhe
correspondia no recinto da Assembléia‖. Santo-e-senha,
segundo os dicionaristas, são palavras de mútuo
reconhecimento.
Aliás, fazendo-se um parêntese, os nossos Vven
recebem a Palavra Semestral inserida num triângulo (?) e cifrada
num código primário, para não dizer infantil, quando bem poderia
ser criptografada no antigo alfabeto maçônico. Pelo menos assim,
recordaríamos com decifrar certos sinais inseridos no Painel de
Mestre, além de nos lembrar a ausência da Prancheta em Loja.
Concluindo, embora desagradando aqueles que buscam
origens místicas e mágicas em tudo quando maçonicamente nos
cerca, vimos que a Palavra Semestral nasceu de uma contingência
nada esotérica. Aliás, daquele contexto, convém ressaltar, se
originou a forma democrática de eleição dos Vven (5) - (apanágio
que o GOF até hoje ostenta e orgulhosamente relembra). No mais,
acreditamos ter ficado evidente a forma equivocada de transmitir e
trocar a Palavra Semestral, totalmente em desacordo com a tradição
mais que bicentenária.
Por fim, com a última Palavra Semestral distribuída pela
CMSB, a do primeiro semestre de 2001, apressadamente julgamos
ter retornado ao tradicional molde de Senha — Contra Senha. Ledo
engano, mas razão suficiente para reformatarmos este trabalho e
continuarmos esperando que, um dia, a Palavra retorne à forma
originária. Caso isso não aconteça — o que é bem provável —
contentamo-nos em fazer a nossa parte: a de difundir mais uma
informação sobre nossos Usos e Costumes, para proveito dos
cultores das Tradições do R.E.A.A. .
NOTAS
1- Sendo seus oficiais: o Duque de Montmorency — Luxemburgo
(Administrador-Geral); o Conde de Buzencois (Grande-Conservador
(!?); o Príncipe de Rohan (Representante do GM); o Barão de
Chevalerie (Grande Orador); o Príncipe de Pignatelly (Grande
Experto).
2 – Militante revolucionário que, sob o cognome de Felipe-
Igualdade, votou na Convenção pela morte de seu primo e Ir, o rei
Luiz XVI. Além disso, em quase vinte anos de mandato, poucas
vezes presidiu os trabalhos do GOF; ao fim, renunciou e abjurou a
Maçonaria. Foi expulso da Ordem e sua espada foi quebrada ―em
Loja‖. Acabou seus dias guilhotinado como contra-revolucionário.
3- Segundo o Dic. De Frau Ablines (elencado na bibliografia), a
Palavra nasceu em 23.07.1777, sob a alegação de que ―convencidos
por uma larga experiência da insuficiência dos meios empregados
para afastar os falsos Maçons, acreditamos que o melhor que se pode
fazer é rogar ao Grão-Mestre que dê a cada seis meses uma palavra,
que se comunicará aos Maçons regulares, por meio da qual se farão
reconhecer nas Lojas que visitarem.‖
4- Não era, e continua não sendo, um costume universal da
Maçonaria, pois presumidamente nasceu na Compagnonnage,
corporação obreira do continente europeu que não penetrou na
Maçonaria de Ofício Insular (Ilhas Britânicas); conseqüentemente, a
Maçonaria de origem Anglo-Saxã não pratica a Cadeia de União,
dizendo-a fora dos cânones maçônicos.
5- Os Mestres de Loja, como eram chamados naquela época, tinham
conseguido tornar-se donos de Lojas particulares, inamovíveis até
24.05.1773. Nesta data, criado o GOF, foi usado pela primeira vez a
expressão ―Venerável Mestre de Loja‖; e declarado que, daí em
diante, não se reconheceria o Mestre elevado àquela dignidade,
senão pela livre escolha dos membros da Loja.
BIBLIOGRAFIA
 A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática — Jean Palou.
 A Simbólica Maçônica – Jules Boucher.
 Dicionário da FM e dos F. Maçons — Ajec Mellor.
 Dic. Enciclop. de la Masonería — Don Lorenzo Frau Abrines e Don Rosendo
Arús Arferiu.
 Gr. Dic. Enciclop. de Maçonaria e Simbologia — Nicola Aslan.
 Jornal ―Le Monde‖, artigo publicado em 15.09.2000 — Alain Bauer, Grão-
Mestre do GOF.
 O R.E.A.A. — José Castellani.
 Programa Radiofônico — Domingo, 05.11.2000 — Entrevista do Grão-Mestre
do GOF, Alain Bauer.
 Revista ―A Renascença‖ nº 22 — abril de 1998.
Considerações que solicita o Respeitável Irmão Alisson Marcos, Loja
Acácia do Sudoeste, GOB-PR, Oriente de Francisco Beltrão, Estado do
Paraná.
alissonmarcos82@gmail.com
Meu Irmão Pedro, Não deves se recordar de mim. Encontramo-nos no ERAC de
Francisco Beltrão em 2011 e adquiri vosso livro com dedicatória para a Loja
Acácia do Sudoeste. Como me sugeriste que diante de dúvidas poderia entrar em
contato contigo repasso uma pesquisa rápida que fiz e peço a confirmação, uma
vez que ainda não tive acesso ao rito de York. S S S.
A significação das três letras acima tem sido deturpada pela maioria dos Irmãos.
Alguns a traduzem por "saúde, saúde, saúde" e outros por "salve, salve, salve".
Nem uma nem outra cousa. As três letras significam as três colunas do Templo
que assim se escreviam em latim: “SAPIENTIA, SALUS, STABILITAS” Em outras
palavras: a Sabedoria (Sapientia) que é o Venerável Mestre; a Força (Salus) que é
o 1º Vigilante; e a Beleza (Stabilitas, ou "estabilidade moral" ou beleza moral) que
é o 2º Vigilante. Em um Templo inteiramente composto se vêm, por isso, as três
colunas de Minerva, de Hércules e de Vênus. Isto é, a Sabedoria, a Força e a
Beleza, ou Sapientia, Salus, Stabilitas, representadas por SSS. Resta
lembrar a todos os Maçons que praticam o REAA que, estas palavras são
pronunciadas com vigor ao encerrar a cadeia de União e apostas no início de
documentos maçônico. Ao contrário de muitos Maçons que por desconhecerem o
ritos existentes e suas origens, usam de forma errônea as palavras “SFU”
que significam, “Saúde, Força e União”. Estas palavras nunca pertenceram e não
pertencem ao REAA, e sim ao Rito de Emulação (York), portanto jamais
devem ser usadas e pronunciadas no Rito Escocês Antigo e Aceito. Os que assim
o fazem se expõe ao ridículo perante outros que tem o conhecimento da origem e
de que rito que ambas pertencem.
CONSIDERAÇÕES:
S S S - Corresponde a uma dentre tantas tríades de saudação
usadas pela Maçonaria e, no sentido do termo, herdada da fase
transitória da nossa Ordem. Destas, ―Sabedoria, Saúde e
Estabilidade‖, é uma saudação que está abreviada em latim –
“Sapientia, Salute (Salus), Stabilitate (Stabilitas)”.
Sapientia – Sapiência. Em português como substantivo feminino
revela a qualidade de ser sapiente (sábio) – de ―saber‖ do latim
sapere = conhecer, ter juízo, designa o caráter do que é dito ou
pensado sabiamente; o saber, a doutrina da totalidade do
conhecimento adquirido; o juízo, a retidão, a justiça. Também está
relacionado à sabedoria divina. Como adjetivo, do latim sapiente, é
o conhecedor das coisas divinas e humanas, também o sabedor, o
sábio, o erudito. Veja ainda o termo sapientíssimo muito usado no
tratamento maçônico (do latim sapientissimu), superlativo abstrato
do que é sapiente e sábio.
Salute – Salus - (salvação, conservação da vida) – Saúde palavra
tomada como substantivo feminino, em português exprime o estado
do que é sadio ou são. Força, robustez, vigor. Como interjeição
expressa o sentido de ter saúde excelente. Tomada ainda mais uma
vez por interjeição, porém como a palavra ―Salve‖ (do latim salve –
segunda pessoa singular do imperativo presente de salvere – passar
bem, ter saúde), manifesta o desejo de quem saúda alguém.
O sentido de salvação possui também elo com a influência religiosa
de tempos passados na Maçonaria (salvação da alma). É também o
voto, ou a saudação feita em solenidade, bebendo a saúde de
alguém; o brinde. As saúdes, ou os brindes, votos, ou saudações
estão presentes nas Sessões de Loja de Mesa em Maçonaria.
Stabilitate – Stabilitas - Estabilidade. Em português como
substantivo feminino indica a qualidade do que é estável. Exprime
firmeza, solidez, segurança.
Como saudação a tríade é também tomada com desejo expresso
numa correspondência de um maçom dirigida para outro; nesse caso,
uma forma bastante usada é SSS que significa Salus,
Sapientia, Stabilitas, (Saúde, Sabedoria, Estabilidade).
Em última análise, devo alertar que a saudação e o seu conteúdo não
são de origem ou propriedade maçônica, cabendo, nesse sentido o
esclarecimento de que muitas vezes a Maçonaria se fez, ou se faz
valer de expressões hauridas da diversidade das manifestações do
pensamento humano, sobretudo a partir do Século XVIII.
A despeito dessas considerações, a tríade que compõe um dos
pilares da moral maçônica é a alegoria da ―Sabedoria, Força e
Beleza‖ e não pode ser confundida com a tríade que evoca a
saudação (SSS).
A alegoria ―Sabedoria, Força e Beleza‖ está composta na Tábua de
Delinear dos trabalhos ingleses, presentes nas Lições Prestonianas.
Alguns autores tentam fazer uma ginástica mental associando os
vocábulos pelo fato de que o Venerável, emissário simbólico da
Sabedoria, é representado classicamente pela a ordem grega de
arquitetura Jônica. Assim também equivocadamente fazem
comparação com o vocábulo ―saúde‖ no que designa o que é sadio,
forte e robusto para o Primeiro Vigilante. Isso não é verdade, pois o
termo se enquadraria melhor na estabilidade, na solidez e na
segurança o que atribui também de forma clássica à ordem grega de
arquitetura Dórica que simboliza a Força. Por fim, e de maneira
também enganosa querem outros agregar o pilar da Beleza do
Segundo Vigilante com a estabilidade. Ora, esse pilar é bem
representado pela ordem grega de arquitetura Coríntia e
complementa a Sabedoria e a Força, já que a estabilidade e a solidez
da moral maçônica estão estabelecidos no equilíbrio de se ser sábio,
se ser forte e se ser belo. Uma virtude sempre complementará a
outra e nunca subsistirá pela falta de uma delas - Sabedoria, Força e
Beleza.
Na Tábua de Delinear (assim é chamado o painel na Inglaterra
―Tracing Board‖) se apresentam alegoricamente esses três pilares e
em cada um deles estão presentes respectivamente três letras – ―W,
S, B‖. Wisdom = sabedoria; Strong = força, forte, resistente; Beauty
= beleza.
Como se pode notar, as tríades são completamente distintas, daí não
se confundir os dísticos ―Sabedoria, Força e Beleza‖ com ―Saúde,
Sabedoria e Estabilidade‖. A título de ilustração esse equívoco
horroroso, por exemplo, aparece em certos dicionários como o
―Dicionário Ilustrado de Maçonaria‖ de Sebastião Dodel dos Santos,
na página 218, onde o autor cita equivocadamente que a saudação
SSS significa Sabedoria, Força e Beleza. Há também que se
precaver contra certos endereços eletrônicos, pois, sem subestimar a
Internet que concentra, sem dúvida, um grande avanço nas
comunicações globais prestando inestimável serviço à cultura e
educação, entretanto, não raras vezes, também é um repositório de
lixo e escritos contra a cultura.
Nas considerações finais devo salientar alguns tópicos citados pelo
Irmão que devem ser repensados: Na Inglaterra não se adotam ritos,
esse termo não é aplicado na Maçonaria Inglesa, daí não é Rito de
Emulação, porém Trabalho de Emulação, dentre outros existentes na
Grã Bretanha; Saúde, Sabedoria e Estabilidade não é apanágio da
Maçonaria Britânica; Saúde, Força e União é uma saudação mais
própria da Maçonaria Francesa (latina) e nunca do Trabalho de
Emulação que, diga-se de passagem, também não é o Rito de York;
a Cadeia de União feita no Rito Escocês Antigo e Aceito (rito que é
filho espiritual da França), somente é composta para a transmissão
da Palavra Semestral, não existindo nela orações, preces, pedidos de
melhoras e outras coisas do gênero; também nela não se faz
qualquer saudação, seja ela Saúde, Força e União; Saúde, Sabedoria
e Estabilidade; Saúde, Força e Beleza, etc., etc. Ratifico, não existe
esse procedimento no Rito Escocês. Quando da necessidade para
que seja composta a Cadeia para a Transmissão da Palavra
Semestral os Obreiros, após o encerramento dos trabalhos, assim o
fazem reunidos em forma de círculo, dão-se apenas às mãos na
forma de costume e procede-se a transmissão. Estando a palavra
correta, simplesmente se desfaz a Cadeia sem quaisquer outras
delongas e procedimentos que envolvam prece, pronunciamento,
oração, gestos, ou outros artifícios desnecessários. Outros atos que
não estão previstos no ritual em vigência no GOB para o rito em
questão é puro enxerto do faz de conta e devem ser rigorosamente
extirpados e coibidos.
T.F.A.
Pelo Ir. Pedro Juk –
Oriente de Morretes – PR
jukirm@hotmail.com
LOJA UNIÃO E TRABALHO
INICIOU MAIS TRÊS NOVOS IRMÃOS
A Loja União e Trabalho nr. 9, de Rio Branco (AC) realizou Sessão
Magna onde foram iniciados no sábado (27/8) os novos Irmãos André
Castro de Souza, Paulo Henrique Braga Leão e Rui Cândido da
Silva. Cumprimentos e parabéns ao Venerável Mestre Ir. Rui Arruda e
à querida Loja União e Trabalho. Acompanhe dois momentos da
grande Sessão:
ATIVIDADES DE SÁBADO
Neste sábado haverá Sessão Magna de Iniciação nas Lojas
Fraternidade Josefense nr. 30 e Universo nr. 43.
Ambas as cerimônias começam às 17h00. A Loja Fraternidade
Josefense inicia os candidatos Evandro Carlos Badin,- Guilherme
Pradi e Robson Dias Scoz, enquanto que a Loja Universo tem
iniciação dos profanos - Michell Roberto Pires Amorim e - Diego
Dário Cedron
De outro lado as Filhas de Jó dos Betheis nrs. 03 e 08 encetam hoje,
das 09h30 às 17h30, campanha contra o tabagismo, com as
sobrinhas percorrendo vários logradouros da cidade, com
distribuição de panfletos.
Os Graus Superiores começam suas atividades às 09h00, através da
Excelsa Loja de Perfeição, com apresentação de trabalho dos Graus
12 e 14, além de palestra que será proferida pelo Ir. Newton
Marcelino.
Templo maçônico egípcio
Na madrugada que terminou com
a absolvição de uma deputada que foi flagrada
recebendo propina,
o Poeta, Maçom e Brasileiro
Adilson Zotovici
desabafou...
Congresso
São três horas da madrugada !
Ainda acordado pela desilusão
Incrédulo por tal confusão
Pelo bando inescrupuloso gerada !
Num misto de raiva e perplexidade
Pela confiança novamente traída
Entendi que só havia uma saída,
Buscar força na fraternidade !
Coloquei-me então a fazer planos
Na esperança que ao raiar o dia
Um novo mundo a todos nós surgiria
Sem tristes lembranças, sem enganos !
Amanheceu , ao labor segui com ansiedade
E no caminho , fitando meus semelhantes
Com espanto, observei seus semblantes
De tristeza, de incertezas, de incredulidade !
Percebi o mal que haviam feito
Dos Brasileiros, traíram a confiança
Que com civismo, amor e esperança
Depositaram seus votos no pleito
Lamento, mas tenham toda certeza
Que o mal da ganância é crescente
Instalou-se nesse grupo indecente
Sem respeito à população indefesa !
E nós, paladinos da probidade
O que devemos dizer ou fazer ?
Manifestar repúdio, esperar acontecer ?
Ou lutarmos agrupados, contra a indignidade ?!
Nossa história, é nossa consciência
Que não pode viver tão somente,
De outrora, expressiva semente
Plantada com nossa Independência
O compromisso perene e sagrado
De combater sem temor a iniqüidade
Nos chama à responsabilidade
A cumprir o Juramento prestado
Confiante e esperançoso, hoje venho
Cônscio que o mal não perdurará
E que o bem esperado vencerá,
Pedir a todos, muito empenho !
Se a velha máxima, é verdadeira
Que vem de casa a educação !
Cobremos os pares que lá estão,
Da nossa Sublime Ordem, altaneira !
Ir:. Adilson Zotovici
ARLS Chequer nassif-169

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Jb news informativo nr. 0371

  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 371 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quintas-feiras 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC) 03 de setembro de 2011 Índice deste sábado: 1. Almanaque 2. Taça Sagrada – Uma questão controvertida (Ir. Pedro Juk) 3. Palavra Semestral – Vamos trocá-la? ( Ir. Adayr P. Modena) 4. Questões Sobre Maçonaria - Perguntas e Respostas (Ir. Pedro Juk) 5. Destaques JB
  • 2. O MAGO DA FRANCO-MAÇONARIA - Elias Ashmole (1617-1694) nasceu em Lichfield, Staffordshire, na Inglaterra. Foi membro-fundador da Royal Society, um Estabelecimento Superior para promover o Ensino de Experimentos Físico-matemáticos, além de um misto de homem renascentista e filósofo hermético britânico. Ashmole tinha um amplo conhecimento e se preocupou em conhecer cada aspecto da história britânica. Foi uma espécie de curador nacional fundou o primeiro museu público do mundo e possuía uma coleção pessoal de selos da monarquia inglesa. Seu biógrafo C.H. Josten, já falecido, acreditava que a grandeza de Ashmole talvez estivesse na tensão entre o homem do mundo e a alma hermética de um místico espiritual, indiferente aos julgamentos profanos. Em O Mago da Franco-Maçonaria, Tobias Churton discorre sobre a vida de Ashmole, mostrando não somente seu papel fundamental na Franco-Maçonaria e no conhecimento das ciências modernas, mas também as origens, a infância e a formação daquele que foi nomeado o arauto de Windsor WWW. RADIOSINTONIA33.COM.BR
  • 3.  590 - É eleito o Papa Gregório I.  1189 - Coroação de Ricardo I de Inglaterra.  1384 - Fim do cerco de Lisboa (Crise de 1383-1385).  1652 - Oliver Cromwell vence Batalha de Worcester.  1758 - José I de Portugal escapa a uma tentativa de regicídio da qual resulta o Processo dos Távoras.  1759 - Expulsão dos jesuístas dos domínios portugueses.  1783 - Fim de guerra e reconhecimento da Independência dos Estados Unidos da América.  1833 - Lançamento do jornal New York Sun.  1895 - É realizada a primeira partida profissional de Futebol Americano.  1914 - É eleito o Papa Bento XV.  1937 - O assassino Eugen Weidmann faz sua primeira vítima (Joseph Couffy).  1938 - Leon Trotski e seus seguidores fundam a Quarta Internacional.  1939 - Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha nazista.  1943 - Invasão da Itália pelo Aliados da Segunda Guerra Mundial.  1944 - As tropas aliadas libertam Bruxelas da ocupação alemã.  1971 - Independência do Qatar, sobre domínio do Reino Unido.  1976 - Pouso da sonda Viking II em Marte.  1989 - Queda de avião da Varig na Selva Amazônica, Voo Varig 254.  1995 - O eBay é fundado.  2003 o Gilberto Gil recebe o Grammy Latino prêmio de Personalidade do Ano, em Miami.  2004 - Termina o Cerco à escola de Beslan, na República Russa da Ossétia do Norte, com pelo menos 334 mortos, a maioria crianças.  2009 - Após mais de dois meses, é enterrado o corpo do cantor Michael Jackson.
  • 4.  Dia de São Gregório Magno.  Dia do Biólogo.  Dia Nacional do Guarda Civil (Lei Ordinária nº 5088, de 30 de agosto de 1966).  Fundação do Município de Senador Pompeu - Ceará (1896).  Fundação do Atlético Clube Apollo (1970) - Arraial do Cabo - Rio de Janeiro.  Independência de San Marino (301).  Independência do Qatar (1971). (fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1993: Fundação da Loja Treue Freundschaft nr. 52, de Florianópolis que trabalha no Rito Schroeder (GOSC) 1997: Fundação do Capítulo Thomas Smith Webb de Maçons do Real Arco, em Porto Alegre – RS, que recebeu o Nº 2, um dos três Capítulos pioneiros na formação do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil 1997: Fundação da Loja Maçônica Humildade e Fraternidade nr. 1684, de Vitória (GOB/ES)
  • 5. TAÇA SAGRADA – UMA QUESTÃO CONTROVERTIDA Ir. Pedro Juk Or de Morretes – Pr., setembro de 2.003 da EC O desenvolvimento dessa peça de arquitetura está direcionado para sentido do esclarecimento de questões constantemente debatidas e interrogadas que envolvem a prova denominada a ―Taça Sagrada‖ dentro dos rituais maçônicos e, nesse particular, o que abrange o Rito Escocês Antigo e Aceito no contexto das Obediências Maçônicas brasileiras. Embora o arrazoado esteja especificamente dirigido aos praticantes do escocesismo, urge, pelo caráter controverso do fato, ser citado o Rito Adonhiramita, principalmente pela prática litúrgica do ato em questão que, na forma praticada em nosso país
  • 6. pelos integrantes do escocesismo, está intimamente ligada ao Rito citado. É bem verdade que há abrangência da prova da Taça Sagrada em outros Ritos, independente dos que até aqui foram citados, todavia, essa prova está também associada a outras particularidades que se distinguem na forma e conteúdo da prática, a exemplo do Rito Francês, ou Moderno, onde na França, a prova é determinada como a ―Taça e a Bebida Amarga‖ – este Rito emprega apenas a bebida amarga. QUESTÃO CONTROVERSA NO SENTIDO DE PUREZA E ORIGEM HISTÓRICA. A TAÇA SAGRADA NO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO. Um exame mais acurado dos tradicionais rituais escoceses aponta para a inexistência da teatral prova da Taça Sagrada tal qual se conhece atualmente em certos rituais brasileiros. Todavia, quando se aborda o que é tradicional, fica o alerta de que é aconselhável a adoção de um método que dispense pesquisas em antigos rituais escoceses deturpados impressos no Brasil. Em tese, é saber separar o autêntico do duvidoso. Um fato que dever levado, sobretudo em consideração, é o de que, embora o nome sugestivo do Rito seja Escocês, ele é na verdade de origem francesa. Atinar para esse detalhe é por demais importante para que se evitem conclusões apressadas e desprovidas de um compromisso mais sério para com o que é autêntico e verdadeiro. No tradicional escocesismo, as Taças da Boa e Má Sorte, ou das Vicissitudes – esse é o nome mais condizente ao se tratar do Rito Escocês Antigo e Aceito – estarão dispostas para observação do candidato na Câmara de Reflexão, tal qual um alerta de alto significado moral, sendo que, mais tarde, durante o cerimonial de Iniciação, quando o candidato for inquirido sobre as suas impressões de quando esteve encerrado ―naquele lugar sombrio‖,
  • 7. o Venerável dará as explicações necessárias sobre o significado simbólico do conteúdo das taças, sem que com isso, haja qualquer necessidade do candidato sorver desta ou daquela bebida - basta a explicação e, neste caso, o simbolismo está muito longe de ser confundido com um trote ou coisas do gênero. Dito isso, pergunta-se: então qual a razão dessa prova teatral estar tão disseminada em certos rituais escoceses no Brasil? É inexoravelmente claro que a origem desta anomalia, em termos de rituais escoceses, está ligada diretamente aos primórdios da Maçonaria regular no Brasil. Sob a óptica de uma analise mais profunda, depara-se com a questão dos ritos praticados à época no Brasil, mais precisamente no início do século XIX. Sem querer se desviar do objetivo desta lauda, se faz cogente a compreensão de que a primeira Loja regular no Brasil foi fundada em 1.801, no Rio de Janeiro, com o título distintivo de Loja ―Reunião‖, movida pela liturgia e com fins político-sociais, sob a égide - segundo o manifesto de 1.832, do Grão-Mestre José Bonifácio – do Grande Oriente da Ilha de França1 , representado pelo Cavaleiro Laurent, que presidira a sua instalação. Essa Loja trabalhava no Rito Francês, ou Moderno. Dois anos depois, de acordo com o mesmo manifesto, o Grande Oriente Lusitano, desejando propagar, no Brasil, a verdadeira doutrina Maçônica, nomeou para esse fim, três delegados, com plenos poderes para criar Lojas Regulares no Rio de Janeiro, filiadas àquele Grande Oriente. Foram então criadas as Lojas ―Constância‖ e ―Filantropia‖, as quais, junto com a ―Reunião‖ serviram de centro comum para todos os Maçons existentes no 1 Ilha de França (Ille de France) é o antigo nome da ilha Maurício, uma pequena ilha situada no Oceano Índico, no Arquipélago das Mascarenhas, atualmente pertencente à Grã-Bretanha. Foi descoberta pelos portugueses, em 1.505, dominada pelos holandeses e pelos franceses, a partir de 1.710, tornando-se posteriormente colônia britânica.
  • 8. Rio de Janeiro – ainda de acordo com manifesto de 1832, do Grão-Mestre José Bonifácio. As Lojas ―Constância‖ e ―Filantropia‖ trabalhavam no Rito Adonhiramita. A se notar que quando se trata de Maçonaria Regular no Brasil naquela época, o Rito Escocês Antigo e Aceito era tido como um ilustre desconhecido, até porquê, a despeito de suas origens francesas e com o nome de Rito de Heredom com seu sistema de vinte e cinco graus, somente tomaria o nome de Escocês, como rito, a partir de 31 de maio de 1.801, data de sua fundação na cidade de Charleston, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos da América do Norte, inaugurando na oportunidade o sistema de trinta e três graus. Seria somente a partir do ano de 1.832, isto é, trinta e um anos após a fundação da Maçonaria regular brasileira, que o Rito Escocês entraria oficialmente no Brasil instalado pelas mãos de Francisco Gê Acayaba de Motezuma – o Visconde de Jequitinhonha. Até então, e isso é importante ressaltar, a Maçonaria regular brasileira praticava apenas dois ritos: o Francês, ou Moderno e o Adonhiramita. Dadas essas breves e superficiais considerações, pode-se notar que a prática litúrgica inicial da Maçonaria em nosso país era feita através dos ritos denominados então como Ritos Azuis (Moderno e Adonhiramita), enquanto era desconhecido o Rito Vermelho (Escocês). Entretanto, com o advento da instalação do sistema escocês com seus trinta e três graus no Brasil, a partir de 1.832, o fato despertou substancial interesse dos maçons brasileiros que, atraídos talvez pelo novo sistema de trinta e três altos graus, consolidaram o escocesismo em um curto espaço de tempo, a tal ponto de que, em um futuro não muito distante, o Soberano Grande Comendador do Grau 33.º seria também o Grão-Mestre da Maçonaria simbólica brasileira.
  • 9. Em face desses acontecimentos, era impresso, já em 1.834, no Rio de Janeiro, através da Tipografia Impressora de Seignot – Plancher & C. º, à rua do Ouvidor, n. º 95, para o Grande Oriente Brasileiro, o ―Guia dos Maçons Escossezes ou Reguladores dos Três Gráos Symbolicos do Rito Antigo e Aceito‖ (a grafia é da época). Todavia, esse Regulador, ou Ritual (o primeiro dito escocês impresso no Brasil) absorveu, talvez ao gosto dos que já achavam na época esta ou aquela passagem mais bonita, dentre outras, a prova teatral da Taça Sagrada, bem conhecida através dos Rituais Adonhiramitas. É bem provável que esteja aí o germe dessa controvérsia nos Rituais Escoceses de algumas Obediências brasileiras que perduram arraigados até os dias atuais assumindo uma espécie de norma consuetudinária que tem causado verdadeiros alaridos de protestos ao se mencionar qualquer probabilidade em se extirpar tal prática do Rito Escocês. A questão, pela sua relevância, será abordada em momento oportuno no decorrer da explicação da exegese do símbolo. A propósito de esclarecimento e sem querer entrar no campo da prolixidade, é assaz importante se compreender que o tema abordado se prende aos conceitos ritualísticos dos rituais escoceses, portanto, nenhuma crítica é feita a doutrina de qualquer outro Rito. Da mesma forma, fica aqui robustecida a observância de que qualquer pesquisa séria deverá ser feita em rituais tradicionais de origem francesa ou alguns outros bons rituais, brasileiros ou não, desde que isentos de enxertos e deturpações. De nada vale para qualquer conclusão, se tomado por base, estejam certos rituais ditos antigos, porém repletos de invencionices e deturpações. Nem sempre a antiguidade dá um caráter de autenticidade. É preciso método para tal. A questão controversa aborda a pureza de um Rito e não a beleza deste ou daquele procedimento ritualístico.
  • 10. A QUESTÃO CONTROVERSA QUANTO AO SENTIDO DA PROVA. Foi durante o período de transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa, ou dos Aceitos e a sua afirmação como Moderna Maçonaria, séculos XVII, XVIII e XIX que a Sublime Instituição se inspirou nas antigas civilizações, buscando símbolos, lendas e alegorias, inclusive da própria Bíblia, procurando adaptar-se a certos princípios, retirando o melhor da essência do misticismo, da doutrina moral e da filosofia, buscando com isso formar um arcabouço doutrinário especulativo, que fez, e ainda dela faz, uma Instituição eclética. A Maçonaria como construtora social, observa e é depositária de uma grande parte da manifestação do pensamento humano, todavia, isso não dá o direito a certos Maçons pensarem que qualquer tema abordado pela Ordem é fato germinado no seio da Instituição. A Maçonaria observa, colhe e ensina, mas não se apropria do grande relicário cultural artístico e científico da humanidade. Com relação ao simbolismo da ―Taça Sagrada‖, é inquestionável a sua antiguidade, entretanto, não é uma exclusividade da Ordem, muito menos da uma pretensa existência da Instituição nos tempos imemoriais. A Maçonaria tem uma história documental de aproximadamente setecentos anos, mas nunca uma existência de cunho milenar. Em quase todas as manifestações do pensamento religioso e dos mitos antigos, existem alusões a respeito da ―Taça‖, ora aparecendo como um cálice, ora como um vaso, porém, apesar de algumas diferenças quanto a sua forma, conteúdo e lendas, há uma concordância que se converge sempre para uma certa semelhança. O simbolismo da taça já era conhecido nos mistérios do Antigo Egito, onde nas iniciações era dado ao neófito conhecer três tipos de bebida em uma taça triangular. Nos mistérios de Eleusis eram apresentadas duas taças ao iniciando, ao mesmo tempo em que era informado de que em uma delas havia veneno. Não tivesse ele
  • 11. medo da morte, deveria apanhar uma delas e sorver o seu conteúdo. Na mística hebraica, a Taça do Amargor era o símbolo da cólera de ―DEUS‖. Na Antiga Grécia o neófito era conduzido à frente de um trono chamado de Trono da Impostura, no qual uma bela mulher tinha às mãos um cálice que continha uma bebida que nunca se esgotava. O sentido era de que se se quisesse ir além, seria necessário ingerir aquela bebida. No Cristianismo, por exemplo, se apresenta a lenda do Santo Graal, cujo receptáculo havia sido usado por ―JESUS CRISTO‖ na celebração da última ceia e que, mais tarde, seria o mesmo vaso com o qual José de Arimatéa teria recolhido o sangue de uma das feridas do ―CRISTO‖ crucificado. Por aí se pode ter ciência desse antigo simbolismo ligado às tradições da antiga civilização, sem, contudo, se imaginar uma precoce existência da Maçonaria desde aqueles tempos. No intuito de concretizar o seu arcabouço doutrinário, foi a Maçonaria que adotou, dentre outros, esse antigo simbolismo. A despeito dessas observações, o controverso disso tudo é a prática teatral usada atualmente em certos rituais escoceses no Brasil. O belo conteúdo moral aplicado pelas alegorias lendárias acabou sendo substituído mais por uma espécie de trote, do que pela lição expressa pelo seu verdadeiro significado. Na verdade, essa teatralização mais intimida do que esclarece o candidato. Uma exposição racional dos fatos está acima de certos ―juramentos‖ e atos truculentos de uma retirada intempestiva que muitas vezes está cercado de certos lances de sadismo por parte de alguns protagonistas, assistidos por uma assembléia risonha que se deleita com a cena bem ao gosto dos adeptos do trágico e do cômico de um caricato espetáculo dantesco. Ainda dentro do contraditório, no que tange à Maçonaria, que não é uma religião, aparece o termo ―sagrado‖ relacionado à prova da taça. Pergunta-se: o que há de santo, sacro, ou sagrado que se possa relacionar a duas taças contendo líquidos amargo e doce? Ainda mais: que espécie de juramento é esse sobre uma pretensa
  • 12. ―Taça Sagrada‖ para se guardar silêncio, se o candidato antes de receber a Luz, prestará o verdadeiro juramento maçônico que engloba todo o compromisso dele para com a Sublime Instituição? É cristalino e verdadeiro que compromisso solene é apenas aquele feito diante das Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria2 antes de se receber a Luz. Haveria, pois, outro juramento tão importante em uma cena teatral cercada por ameaças e goles de bebidas doces e amargas acompanhado de uma truculenta retirada, sem que o pobre candidato possa ao menos saber o que se passa à sua volta? Então, que juramento de honra é este feito sobre uma taça que ora contém uma bebida doce e ora uma bebida amarga? Onde está o ato santificado? Ora, não seria mais aproveitável e condizente com o ato uma explicação lógica e racional sobre os limites dos prazeres da vida evitando-se que essa doçura não viesse a se tornar em um paladar acre? Ou a ingestão de líquidos em prol de uma pretensa exposição de coragem e um compromisso de guardar sigilo das provas é tão mais aplicável? Afinal, durante o verdadeiro compromisso, aquele prestado no Alt dos JJur, o maçom não jura tudo isso? Há que se compreender que uma Iniciação Maçônica possui profundidade espiritual para a transformação vivida e verdadeira do homem, calando, sobretudo, no seu intelecto. Aos adeptos de uma pretensa tradição, que mais é na verdade um enxerto no Rito fica mais uma vez o alerta de que a prova teatral da Taça Sagrada não faz parte do primitivo escocesismo. Havia sim, duas taças, mas que ficavam na Câmara de Reflexão e não saiam de lá. Uma continha um líquido amargo e a outra um doce. Quando era mencionado o conteúdo da Câmara ao candidato, o Venerável dava as devidas explicações sobre o simbolismo do líquido amargo e doce, ressaltando que este é um antigo símbolo, presente inclusive na Bíblia. No escocesismo original não existe a 2 O Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso.
  • 13. prática do candidato ingerir o conteúdo simbólico, muito menos ser o protagonista principal de uma prova truculenta e de um juramento qualificado como sagrado que de santo nada existe. CONCLUSÃO. Pelas origens da Maçonaria estarem interligadas em um passado remoto à proteção do clero e ao cunho religioso dado ao trabalho pelas corporações de ofício medievais, é bastante plausível que o contexto da alegoria que envolve as taças da boa e da má bebida em sua tradição tenha se originado – na Maçonaria – nas tradições dos Salmos, 74,9: ―Há na mão do Senhor, uma taça, de vinho espumante e aromático. Dela dá a beber e até às vezes hão de esgota-la. Hão de sorve-la os ímpios todos da terra‖. Para os antigos povos, principalmente os hebreus, uma taça era o símbolo justiceiro de ―DEUS‖ (a Taça do Amargor). Na Maçonaria em geral e no escocesismo em particular, as Taças da Boa e da Má bebida, como os demais símbolos, representam os opostos, freqüentemente apresentados na vida humana e que acabam por determinar a própria evolução espiritual do homem: o vício e a virtude, o bem e o mal, o espírito e a matéria, etc. Simbolizam também a boa e a má sorte, mostrando que aqueles que se afastam do bem à procura de efêmera doçura dos prazeres dos vícios, terão, depois, de suportar os amargores dos revezes adquiridos como resultado das suas atitudes. A despeito do escrito, reforça-se que não se está aqui fazendo crítica a quaisquer dos demais outros ritos maçônicos. Também não o é um texto laudatório, mas sim objetiva apontar aspectos controversos da história e da filosofia relacionada a alguns rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito em vigor no Brasil. O que aqui se buscou, foi um ensaio interpretativo apontando para questões controversas, estando, portanto, longe de ser conceituado como a afirmativa de uma opinião final.
  • 14. O tema é vasto e requer muita atenção e profundidade de estudo para que se possa obter um resultado conclusivo, sério e transparente, todavia, alguns aspectos aqui abordados subtraem uma melhor observação, cujo objetivo é mostrar o verdadeiro sentido da mensagem simbólica, e não um despojado entendimento de que o ato é uma simples prova de coragem aplicada durante o ato iniciático. Dando por fim a esse arrazoado, segue a transcrição de um precioso texto decalcado do Ritual de Aprendiz Maçom, REAA, organizado pelo saudoso Irm Theobaldo Varoli Filho no ano de 1.973, onde o Venerável dá a devida explicação sobre o simbolismo das Taças da Boa e da Má Bebida (Taça das Vicissitudes) ao candidato durante a cerimônia de Iniciação. É interessante atentar para o texto de forma que se possa avaliar o que é mais importante: a mensagem moral, ou uma prova de truculência que mais assusta do que ensina. “É certo que a vida pode trazer-nos amarguras inesperadas, menos por nossa culpa do que pelas circunstâncias que nos rodeiam. Nós, maçons, buscamos enfrentar com serenidade as boas e más vicissitudes. Sabemos que durante a nossa existência teremos de provar as taças de boa ou má bebida, como não desconhecemos que todo aquele que se afasta da virtude, buscando apenas prazeres, provará do amargor do fel, que resulta de uma doença precária e ilusória. Por isso, os maçons buscam moderação no usufruir dos prazeres da vida”.
  • 15. ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO DARUTY, J.E., Recherches sur le Rite Escossais Ancien et Accepté – Paris, 1.879. LANTOINE, A., Le Rite Escossais Ancien et Accepté – Lyon, 1.934. WEIL, F., La Franc-Maçonnerie em France jusqu’em 1.755. Genève, 1.963. SÉGUR, L. G., Les Franc-maçons, Paris, 1.887. LINDSAY, R. S., The Scottch Rite for Scotland, Edimburg, 1.957. MELLOR, A., La Franc-Maçonnerie à l’heure du Choix, Paris, 1.963. VAROLI F.º T., Curso de Maçonaria Simbólica, Tomo I, São Paulo, 1.974. ___________, Ritual de Aprendiz Maçom - REAA, Grande Oriente de São Paulo, 1.974. ___________, Simbologia e Simbolismo da Maçonaria, A Trôlha, Londrina, 2.000. CASTELLANI, J., O Rito Escocês Antigo e Aceito, A Trôlha, Londrina, 1.988. _____________ , Consultório Maçônico, Vol. 2, A Trôlha, Londrina, 1.990. _____________ , Cartilha do Aprendiz, A Trôlha, Londrina, 1.992. DIVERSOS, As Cores Vermelhas do Rito Escocês, A Trôlha, Londrina, 1.994. CARVALHO, F. A., Ritos e Rituais, Vol. III, A Trôlha, Londrina, 1.993. BOUCHER, J., A Simbólica Maçônica, Pensamento, São Paulo, 1.979. SPOLADORE, H., Caderno de Pesquisas n.º 03, A Trôlha, Londrina, 1.991. ASLAN, N., Grande Dicionário Enciclopédico Maçonaria e Simbologia, A Trôlha, Londrina, 1.996 PARANÁ, G. O., Ritual de Aprendiz Maçom - REAA, Curitiba, 1.990. JUK, P., Instruções Para a Loja de Aprendiz, REAA, Curitiba, 2.002. ______, Manual de Procedimentos – Grau 01, REAA, Curitiba, 2.001. BRASIL, G. O., Ritual de Aprendiz, Brasília, 2.001. COMAB, Instruções p/Lojas Simbólicas – Maçonaria Adonhiramita, Santa Catarina, 1.994. COMAB, Ritual de Aprendiz Maçom, 1.º Grau, Maçonaria Adonhiramita, Santa Catarina, 1.997.
  • 16. A PALAVRA SEMESTRAL: VAMOS TROCÁ-LA? Ir Adayr Paulo Modena Deputado do Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul Repasse: Ir. José Robson Gouveia Freire (Brasília) É norma contida no Ritual Escocês, de 1928, das GG LL Brasileiras, que a Palavra Semestral deve ser trocada com o Cobridor da Loja que se visita, como prova da regularidade recíproca entre o visitante e a visitada. Quando Aprendiz, indaguei: como é que se processa esse ―trocar‖? Responderam-me que eu deveria dar ao Cobridor da Loja visitada uma falsa palavra, isto é, inventada; caso ela fosse aceita ou recusada, haveria a prova da irregularidade ou regularidade da Loja. E, à guisa de pá-de-cal, me foi acrescentado: se a Loja for regular, o Cobridor não aceitará tal ―troca‖ e voltará a pedir a Palavra — e aí sim! — darás a verdadeira, aquela recebida na Cadeia de União. Ponderei que a explicação não abrangia todas as possibilidades, inclusive a do Visitante ser colocado no olho-da-rua, por irregular ou por metido a engraçadinho... Ante o frio olhar do Mestre, calei-me...
  • 17. O tempo passou. Visitei muitas Lojas. Nunca foi necessário trocar a Palavra Semestral com quem quer que fosse, embora a dúvida de como proceder continuasse latente no subconsciente. Até que um dia, ao longo das pesquisas e estudos, inesperadamente, nas últimas páginas da obra ―A Simbólica Maçônica‖ — de Jules Boucher — lá estava a resposta concisa à invencionice que tentaram me impingir (e, sabe-se lá, a quantos outros...). Então, juntei o dito por Jules Boucher com outras leituras e, hoje, tantos anos passados, creio estar suficientemente informado para explicar, sem “magister dixit”, aos Aprendizes de agora, a verdade sobre tal assunto, vazada num texto simples, como eu gostaria de ter recebido em 1977/78. Buscando reunir as informações essenciais à compreensão do tema, situá-lo no tempo e resumir seus eventos desencandeantes, vejamos... A Maçonaria Francesa do século XVIII — de onde, em grande parte, o nosso Rito provém —, foi pródiga em Graus, Ritos e Corpos: quase 400 Graus, mais de 50 Ritos e, englobando tudo isso, diversas Ordens e Obediências. Evidentemente, todas digladiando-se por precedências. No sentido de amplitude, no de entrecruzar caminhos, descaminhos e trilhas — ―uma savana‖ — verbera Allec Mellor. Assim, lá por 1770, existiam três grandes Obediências: duas Grandes Lojas, a da França e a Nacional de França, mais o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente (Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém), além de vários Grupos e Lojas esparsas. No início de 1773, buscando dar fim ao divisionismo, limitar o número de Graus e, segundo dizem, para impor suserania à Maçonaria Francesa, a maior parte da Grande Loja da França (e outras dissidências) reestruturou-se como ―Ordem Real da Maçonaria em França‖, gerando e dando à luz — em 24.05.1773 — ao Grande Oriente de França, Obediência que, em 28 de outubro daquele ano, empossa seu primeiro Grão Mestre, Felipe de Orleans, Duque de Charters (1).
  • 18. Afora a estranha personalidade de tal Grão-Mestre (2), o que importa assinalar é o fato de que na data de sua posse nasceu a Palavra Semestral (3), criada para impedir a presença de Maçons não filiados às reuniões do GOF. Foi uma medida bem diferente daquela tomada em 1730 pela Grande Loja de Londres que, ao trocar a seqüência das colunas de BJ para JB, buscava impedir o acesso de profanos nas Lojas, em decorrência das ―inconfidências‖ de Prichard, quando publicou nossos ―segredos‖ num jornal londrino. Contrariamente, o GOF atingia os Maçons, tentando obrigá-los à filiação na nova Obediência, limitando o livre direito de visitação até então vigente. Concluído o cenário e vistas às motivações que ensejaram o nascimento da Palavra Semestral, vejamos como ela foi planejada para ter eficácia, no sentido concebido por seus mentores, os quais, com inteligência, uniram dois usos tradicionais: um militar, o da Senha; e o outro obreiro, o da Cadeia de União (4). Tais parâmetros foram conjugados e, até hoje, mantidos em vigor nas Obediências Escocesas da Europa, assim: a) A PS não é UM só vocábulo, são DOIS, ambos com a mesma inicial; por exemplo: Luz/Lua, Sol/Saber ou Fé/Força... É Senha e Contra-Senha ou melhor, tal como se diz na França: são as palavras semestrais; b) Na Cadeia de União, uma palavra vai pela direita, a outra pela esquerda; e, pelo retorno aos ouvidos do Venerável, este diz do acerto da recepção: ―Justas e Perfeitas‖. Caso ocorra algum erro, o procedimento é repetido até poder ser dado como correto. À luz do até aqui exposto, retornando à indagação inicial de como―trocar‖ a Palavra Semestral com o Cobridor, bastaria que o
  • 19. visitante desse a Senha (uma palavra) e recebesse a Contra-senha (a outra palavra) para que, inegavelmente, ficasse estabelecida a regularidade de ambos. Ou seja, a do visitante e a da Loja. Tudo simples, sem invencionices, de forma inteligente! Aqui poderíamos dar por concluído este trabalho, mas nossos leitores talvez ficassem com duas indagações: 1ª) A implantação das Palavras Semestrais surtiu o efeito desejado? 2ª) Por que nós temos somente uma Palavra Semestral? Respondendo-as, ressalvando a existência de divergências entre os historiadores, podemos dizer que:  Na França, como vimos, a implantação das Palavras fazia parte de um contexto obediencial e programático que, no sentido hegemônico, não alcançou seu fim, pois a animosidade dos IIr, Lojas e Obediências tidas por ―irregulares‖ avolumou-se contra ao GOF — que, embora enobrecido com um príncipe de sangue na titularidade do Grão-Mestrado, não conseguiu unificar a Maçonaria Francesa, mas ficou com sua maior fatia  No nosso caso, a existência de uma só Palavra Semestral, em vez de duas, podemos creditar somente ao desconhecimento do tema, tanto por tradutores quanto por autoridades litúrgicas, os quais — por certo — desconheciam a História da Franco Maçonaria de Findel, que à pág. 65, descrevendo uma iniciação de antanho, quase ao final diz: ―Era libertado da venda de seus olhos, mostravam-lhe as três grandes luzes, colocavam-lhe um avental novo e davam-lhe o santo e a senha (o grifo é nosso), conduzindo-o ao lugar que lhe correspondia no recinto da Assembléia‖. Santo-e-senha, segundo os dicionaristas, são palavras de mútuo reconhecimento.
  • 20. Aliás, fazendo-se um parêntese, os nossos Vven recebem a Palavra Semestral inserida num triângulo (?) e cifrada num código primário, para não dizer infantil, quando bem poderia ser criptografada no antigo alfabeto maçônico. Pelo menos assim, recordaríamos com decifrar certos sinais inseridos no Painel de Mestre, além de nos lembrar a ausência da Prancheta em Loja. Concluindo, embora desagradando aqueles que buscam origens místicas e mágicas em tudo quando maçonicamente nos cerca, vimos que a Palavra Semestral nasceu de uma contingência nada esotérica. Aliás, daquele contexto, convém ressaltar, se originou a forma democrática de eleição dos Vven (5) - (apanágio que o GOF até hoje ostenta e orgulhosamente relembra). No mais, acreditamos ter ficado evidente a forma equivocada de transmitir e trocar a Palavra Semestral, totalmente em desacordo com a tradição mais que bicentenária. Por fim, com a última Palavra Semestral distribuída pela CMSB, a do primeiro semestre de 2001, apressadamente julgamos ter retornado ao tradicional molde de Senha — Contra Senha. Ledo engano, mas razão suficiente para reformatarmos este trabalho e continuarmos esperando que, um dia, a Palavra retorne à forma originária. Caso isso não aconteça — o que é bem provável — contentamo-nos em fazer a nossa parte: a de difundir mais uma informação sobre nossos Usos e Costumes, para proveito dos cultores das Tradições do R.E.A.A. . NOTAS 1- Sendo seus oficiais: o Duque de Montmorency — Luxemburgo (Administrador-Geral); o Conde de Buzencois (Grande-Conservador (!?); o Príncipe de Rohan (Representante do GM); o Barão de Chevalerie (Grande Orador); o Príncipe de Pignatelly (Grande Experto).
  • 21. 2 – Militante revolucionário que, sob o cognome de Felipe- Igualdade, votou na Convenção pela morte de seu primo e Ir, o rei Luiz XVI. Além disso, em quase vinte anos de mandato, poucas vezes presidiu os trabalhos do GOF; ao fim, renunciou e abjurou a Maçonaria. Foi expulso da Ordem e sua espada foi quebrada ―em Loja‖. Acabou seus dias guilhotinado como contra-revolucionário. 3- Segundo o Dic. De Frau Ablines (elencado na bibliografia), a Palavra nasceu em 23.07.1777, sob a alegação de que ―convencidos por uma larga experiência da insuficiência dos meios empregados para afastar os falsos Maçons, acreditamos que o melhor que se pode fazer é rogar ao Grão-Mestre que dê a cada seis meses uma palavra, que se comunicará aos Maçons regulares, por meio da qual se farão reconhecer nas Lojas que visitarem.‖ 4- Não era, e continua não sendo, um costume universal da Maçonaria, pois presumidamente nasceu na Compagnonnage, corporação obreira do continente europeu que não penetrou na Maçonaria de Ofício Insular (Ilhas Britânicas); conseqüentemente, a Maçonaria de origem Anglo-Saxã não pratica a Cadeia de União, dizendo-a fora dos cânones maçônicos. 5- Os Mestres de Loja, como eram chamados naquela época, tinham conseguido tornar-se donos de Lojas particulares, inamovíveis até 24.05.1773. Nesta data, criado o GOF, foi usado pela primeira vez a expressão ―Venerável Mestre de Loja‖; e declarado que, daí em diante, não se reconheceria o Mestre elevado àquela dignidade, senão pela livre escolha dos membros da Loja.
  • 22. BIBLIOGRAFIA  A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática — Jean Palou.  A Simbólica Maçônica – Jules Boucher.  Dicionário da FM e dos F. Maçons — Ajec Mellor.  Dic. Enciclop. de la Masonería — Don Lorenzo Frau Abrines e Don Rosendo Arús Arferiu.  Gr. Dic. Enciclop. de Maçonaria e Simbologia — Nicola Aslan.  Jornal ―Le Monde‖, artigo publicado em 15.09.2000 — Alain Bauer, Grão- Mestre do GOF.  O R.E.A.A. — José Castellani.  Programa Radiofônico — Domingo, 05.11.2000 — Entrevista do Grão-Mestre do GOF, Alain Bauer.  Revista ―A Renascença‖ nº 22 — abril de 1998.
  • 23. Considerações que solicita o Respeitável Irmão Alisson Marcos, Loja Acácia do Sudoeste, GOB-PR, Oriente de Francisco Beltrão, Estado do Paraná. alissonmarcos82@gmail.com Meu Irmão Pedro, Não deves se recordar de mim. Encontramo-nos no ERAC de Francisco Beltrão em 2011 e adquiri vosso livro com dedicatória para a Loja Acácia do Sudoeste. Como me sugeriste que diante de dúvidas poderia entrar em contato contigo repasso uma pesquisa rápida que fiz e peço a confirmação, uma vez que ainda não tive acesso ao rito de York. S S S. A significação das três letras acima tem sido deturpada pela maioria dos Irmãos. Alguns a traduzem por "saúde, saúde, saúde" e outros por "salve, salve, salve". Nem uma nem outra cousa. As três letras significam as três colunas do Templo que assim se escreviam em latim: “SAPIENTIA, SALUS, STABILITAS” Em outras palavras: a Sabedoria (Sapientia) que é o Venerável Mestre; a Força (Salus) que é o 1º Vigilante; e a Beleza (Stabilitas, ou "estabilidade moral" ou beleza moral) que é o 2º Vigilante. Em um Templo inteiramente composto se vêm, por isso, as três colunas de Minerva, de Hércules e de Vênus. Isto é, a Sabedoria, a Força e a Beleza, ou Sapientia, Salus, Stabilitas, representadas por SSS. Resta lembrar a todos os Maçons que praticam o REAA que, estas palavras são pronunciadas com vigor ao encerrar a cadeia de União e apostas no início de documentos maçônico. Ao contrário de muitos Maçons que por desconhecerem o ritos existentes e suas origens, usam de forma errônea as palavras “SFU” que significam, “Saúde, Força e União”. Estas palavras nunca pertenceram e não pertencem ao REAA, e sim ao Rito de Emulação (York), portanto jamais devem ser usadas e pronunciadas no Rito Escocês Antigo e Aceito. Os que assim o fazem se expõe ao ridículo perante outros que tem o conhecimento da origem e de que rito que ambas pertencem.
  • 24. CONSIDERAÇÕES: S S S - Corresponde a uma dentre tantas tríades de saudação usadas pela Maçonaria e, no sentido do termo, herdada da fase transitória da nossa Ordem. Destas, ―Sabedoria, Saúde e Estabilidade‖, é uma saudação que está abreviada em latim – “Sapientia, Salute (Salus), Stabilitate (Stabilitas)”. Sapientia – Sapiência. Em português como substantivo feminino revela a qualidade de ser sapiente (sábio) – de ―saber‖ do latim sapere = conhecer, ter juízo, designa o caráter do que é dito ou pensado sabiamente; o saber, a doutrina da totalidade do conhecimento adquirido; o juízo, a retidão, a justiça. Também está relacionado à sabedoria divina. Como adjetivo, do latim sapiente, é o conhecedor das coisas divinas e humanas, também o sabedor, o sábio, o erudito. Veja ainda o termo sapientíssimo muito usado no tratamento maçônico (do latim sapientissimu), superlativo abstrato do que é sapiente e sábio. Salute – Salus - (salvação, conservação da vida) – Saúde palavra tomada como substantivo feminino, em português exprime o estado do que é sadio ou são. Força, robustez, vigor. Como interjeição expressa o sentido de ter saúde excelente. Tomada ainda mais uma vez por interjeição, porém como a palavra ―Salve‖ (do latim salve – segunda pessoa singular do imperativo presente de salvere – passar bem, ter saúde), manifesta o desejo de quem saúda alguém. O sentido de salvação possui também elo com a influência religiosa de tempos passados na Maçonaria (salvação da alma). É também o voto, ou a saudação feita em solenidade, bebendo a saúde de alguém; o brinde. As saúdes, ou os brindes, votos, ou saudações estão presentes nas Sessões de Loja de Mesa em Maçonaria. Stabilitate – Stabilitas - Estabilidade. Em português como substantivo feminino indica a qualidade do que é estável. Exprime firmeza, solidez, segurança. Como saudação a tríade é também tomada com desejo expresso numa correspondência de um maçom dirigida para outro; nesse caso,
  • 25. uma forma bastante usada é SSS que significa Salus, Sapientia, Stabilitas, (Saúde, Sabedoria, Estabilidade). Em última análise, devo alertar que a saudação e o seu conteúdo não são de origem ou propriedade maçônica, cabendo, nesse sentido o esclarecimento de que muitas vezes a Maçonaria se fez, ou se faz valer de expressões hauridas da diversidade das manifestações do pensamento humano, sobretudo a partir do Século XVIII. A despeito dessas considerações, a tríade que compõe um dos pilares da moral maçônica é a alegoria da ―Sabedoria, Força e Beleza‖ e não pode ser confundida com a tríade que evoca a saudação (SSS). A alegoria ―Sabedoria, Força e Beleza‖ está composta na Tábua de Delinear dos trabalhos ingleses, presentes nas Lições Prestonianas. Alguns autores tentam fazer uma ginástica mental associando os vocábulos pelo fato de que o Venerável, emissário simbólico da Sabedoria, é representado classicamente pela a ordem grega de arquitetura Jônica. Assim também equivocadamente fazem comparação com o vocábulo ―saúde‖ no que designa o que é sadio, forte e robusto para o Primeiro Vigilante. Isso não é verdade, pois o termo se enquadraria melhor na estabilidade, na solidez e na segurança o que atribui também de forma clássica à ordem grega de arquitetura Dórica que simboliza a Força. Por fim, e de maneira também enganosa querem outros agregar o pilar da Beleza do Segundo Vigilante com a estabilidade. Ora, esse pilar é bem representado pela ordem grega de arquitetura Coríntia e complementa a Sabedoria e a Força, já que a estabilidade e a solidez da moral maçônica estão estabelecidos no equilíbrio de se ser sábio, se ser forte e se ser belo. Uma virtude sempre complementará a outra e nunca subsistirá pela falta de uma delas - Sabedoria, Força e Beleza. Na Tábua de Delinear (assim é chamado o painel na Inglaterra ―Tracing Board‖) se apresentam alegoricamente esses três pilares e em cada um deles estão presentes respectivamente três letras – ―W, S, B‖. Wisdom = sabedoria; Strong = força, forte, resistente; Beauty = beleza.
  • 26. Como se pode notar, as tríades são completamente distintas, daí não se confundir os dísticos ―Sabedoria, Força e Beleza‖ com ―Saúde, Sabedoria e Estabilidade‖. A título de ilustração esse equívoco horroroso, por exemplo, aparece em certos dicionários como o ―Dicionário Ilustrado de Maçonaria‖ de Sebastião Dodel dos Santos, na página 218, onde o autor cita equivocadamente que a saudação SSS significa Sabedoria, Força e Beleza. Há também que se precaver contra certos endereços eletrônicos, pois, sem subestimar a Internet que concentra, sem dúvida, um grande avanço nas comunicações globais prestando inestimável serviço à cultura e educação, entretanto, não raras vezes, também é um repositório de lixo e escritos contra a cultura. Nas considerações finais devo salientar alguns tópicos citados pelo Irmão que devem ser repensados: Na Inglaterra não se adotam ritos, esse termo não é aplicado na Maçonaria Inglesa, daí não é Rito de Emulação, porém Trabalho de Emulação, dentre outros existentes na Grã Bretanha; Saúde, Sabedoria e Estabilidade não é apanágio da Maçonaria Britânica; Saúde, Força e União é uma saudação mais própria da Maçonaria Francesa (latina) e nunca do Trabalho de Emulação que, diga-se de passagem, também não é o Rito de York; a Cadeia de União feita no Rito Escocês Antigo e Aceito (rito que é filho espiritual da França), somente é composta para a transmissão da Palavra Semestral, não existindo nela orações, preces, pedidos de melhoras e outras coisas do gênero; também nela não se faz qualquer saudação, seja ela Saúde, Força e União; Saúde, Sabedoria e Estabilidade; Saúde, Força e Beleza, etc., etc. Ratifico, não existe esse procedimento no Rito Escocês. Quando da necessidade para que seja composta a Cadeia para a Transmissão da Palavra Semestral os Obreiros, após o encerramento dos trabalhos, assim o fazem reunidos em forma de círculo, dão-se apenas às mãos na forma de costume e procede-se a transmissão. Estando a palavra correta, simplesmente se desfaz a Cadeia sem quaisquer outras delongas e procedimentos que envolvam prece, pronunciamento, oração, gestos, ou outros artifícios desnecessários. Outros atos que não estão previstos no ritual em vigência no GOB para o rito em
  • 27. questão é puro enxerto do faz de conta e devem ser rigorosamente extirpados e coibidos. T.F.A. Pelo Ir. Pedro Juk – Oriente de Morretes – PR jukirm@hotmail.com LOJA UNIÃO E TRABALHO INICIOU MAIS TRÊS NOVOS IRMÃOS A Loja União e Trabalho nr. 9, de Rio Branco (AC) realizou Sessão Magna onde foram iniciados no sábado (27/8) os novos Irmãos André Castro de Souza, Paulo Henrique Braga Leão e Rui Cândido da Silva. Cumprimentos e parabéns ao Venerável Mestre Ir. Rui Arruda e à querida Loja União e Trabalho. Acompanhe dois momentos da grande Sessão:
  • 28.
  • 29. ATIVIDADES DE SÁBADO Neste sábado haverá Sessão Magna de Iniciação nas Lojas Fraternidade Josefense nr. 30 e Universo nr. 43. Ambas as cerimônias começam às 17h00. A Loja Fraternidade Josefense inicia os candidatos Evandro Carlos Badin,- Guilherme Pradi e Robson Dias Scoz, enquanto que a Loja Universo tem iniciação dos profanos - Michell Roberto Pires Amorim e - Diego Dário Cedron De outro lado as Filhas de Jó dos Betheis nrs. 03 e 08 encetam hoje, das 09h30 às 17h30, campanha contra o tabagismo, com as sobrinhas percorrendo vários logradouros da cidade, com distribuição de panfletos. Os Graus Superiores começam suas atividades às 09h00, através da Excelsa Loja de Perfeição, com apresentação de trabalho dos Graus 12 e 14, além de palestra que será proferida pelo Ir. Newton Marcelino.
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  • 32. Na madrugada que terminou com a absolvição de uma deputada que foi flagrada recebendo propina, o Poeta, Maçom e Brasileiro Adilson Zotovici desabafou... Congresso São três horas da madrugada ! Ainda acordado pela desilusão Incrédulo por tal confusão Pelo bando inescrupuloso gerada ! Num misto de raiva e perplexidade Pela confiança novamente traída Entendi que só havia uma saída, Buscar força na fraternidade !
  • 33. Coloquei-me então a fazer planos Na esperança que ao raiar o dia Um novo mundo a todos nós surgiria Sem tristes lembranças, sem enganos ! Amanheceu , ao labor segui com ansiedade E no caminho , fitando meus semelhantes Com espanto, observei seus semblantes De tristeza, de incertezas, de incredulidade ! Percebi o mal que haviam feito Dos Brasileiros, traíram a confiança Que com civismo, amor e esperança Depositaram seus votos no pleito Lamento, mas tenham toda certeza Que o mal da ganância é crescente Instalou-se nesse grupo indecente Sem respeito à população indefesa ! E nós, paladinos da probidade O que devemos dizer ou fazer ? Manifestar repúdio, esperar acontecer ? Ou lutarmos agrupados, contra a indignidade ?!
  • 34. Nossa história, é nossa consciência Que não pode viver tão somente, De outrora, expressiva semente Plantada com nossa Independência O compromisso perene e sagrado De combater sem temor a iniqüidade Nos chama à responsabilidade A cumprir o Juramento prestado Confiante e esperançoso, hoje venho Cônscio que o mal não perdurará E que o bem esperado vencerá, Pedir a todos, muito empenho ! Se a velha máxima, é verdadeira Que vem de casa a educação ! Cobremos os pares que lá estão, Da nossa Sublime Ordem, altaneira !
  • 35. Ir:. Adilson Zotovici ARLS Chequer nassif-169